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Oficinas de Produção Cultural 2015 Elaboração de Projetos / Produção de Eventos Veronica Diaz

apostila 2015B

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Apostila sobre Produção Cultural

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Page 1: apostila 2015B

Oficinas de Produção Cultural 2015

Elaboração de Projetos / Produção de Eventos

Veronica Diaz

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Indice Conteúdo Pg

1. Cultura, Arte e Produção Cultural 3

2. Zona Portuária 4

3. Pertinência Sociocultural 5

4. Projeto cultural 5

5. Mecanismos de financiamento 7

6. Principais tópicos de um projeto 8

7. Etapas de realização 15

8. Eventos: tipos de espaço 16

9. Planilha de pagamentos 17

10. Ánexos: Mapeamento Institucional da área da Cultura 17

O material constante desta apostila é um resumo, fruto de discussões em sala de aula, aprendizado

formal e experiência prática. Parte das informações relativas às instituições foi coletada na internet,

com indicação das fontes. Algumas imagens foram utilizadas como exemplos, sem a preocupação com a

referência, uma vez que estão abertas e disponíveis na rede.

Esta apostila não pode ser vendida, mas pode perfeitamente ser copiada por quem se interessar, e é um

prazer se for útil para a realização de projetos culturais.

Breve currículo de Veronica Diaz Produtora cultural com pós graduação em Gestão Cultural (SENAC), ministra oficinas de Produção

Cultural na ONG Ação da Cidadania desde agosto/2014. Produz o Dança Carioca na Rede, projeto

premiado com Editais de Fomento da Prefeitura do Rio em 2013 e 2014. Coordena uma equipe de arte

educadores com oficinas de artes integradas e estímulo à leitura em várias escolas municipais, dentro

do Projeto Segundo Turno Cultural, da Prefeitura do Rio (2010-13/2015). Coordenou a produção de

espetáculos como: As Troianas (98, ruínas do T. Casa Grande), Ouro do Peru (2007-08 Circuito SESC e T.

Gláucio Gil), Vida é o quê? (2010-SESC Copacabana e 2012 - T. Maria Clara Machado), entre outros.

Fundou a Irazú Produções Artísticas, com a qual realizou eventos e peças como Vida é o quê, com Ângela

Câmara e Saulo Rodrigues (2010) e A Lua vem da Ásia, com Chico Diaz (2011). Em 2012 administrou as

peças A Primeira Vista, com Drica Moraes e Mariana Lima (T. Poeira e T. Leblon) e In on it, com Emílio de

Mello e Enrique Diaz (T. Leblon), ambas sob dir. de Enrique Diaz. Atualmente cursa Especialização em

Administração Pública (CEPERJ).

Contatos: [email protected]

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1. Cultura, Arte e Produção Cultural

O que é Cultura?

O que é Arte?

Para que serve um produtor cultural?

As ideias abaixo se aproximam de respostas, sempre incompletas:

Entendemos que a noção de Cultura abrange o conjunto de hábitos,

comportamentos, atividades, valores pelos quais um povo se reconhece. Essas

diferentes manifestações vão desde a língua e os modos de falar até a culinária,

dos gestos e do vestuário até a construção das casas, das brincadeiras de criança

até as festividades e expressões religiosas. Assim, independentemente do grau de

estudo, todos temos Cultura, que pode ter traços diferentes de acordo com o grupo

social ao qual pertencemos.

Como uma teia imaginária que nos envolve e que ajudamos a construir com o nosso

dia a dia, a Cultura desempenha um importante papel de “cimento social”.

Segundo Juca Ferreira, Ministro da Cultura:

"Falamos de Cultura como o eixo construtor de nossa identidade, espaço de

realização da cidadania, dimensão simbólica e lúdica da existência social

brasileira. Cultura como síntese do Brasil”.

Deste modo, as ações culturais devem visar, acima de tudo, a melhoria da

qualidade de vida das pessoas, o que implica vivências poéticas, ampliação de

horizontes, diversidade cultural, alimentos que podem nos tornar mais humanos.

Quando falamos em Arte geralmente restringimos esse conceito em torno das

linguagens, suas técnicas e gramáticas, seus processos criativos. Ainda que surjam

novas formas de arte e elas estejam sempre em transformação, reconhecemos aí

construções que extrapolam o cotidiano, por exemplo, no campo da música, do

teatro, das artes visuais, etc.

Vemos o produtor cultural como um realizador que coordena vários profissionais e

serviços, com objetivos voltados para atender a demandas culturais, introduzir

inovações criativas, disseminar experiências estéticas, promover a formação de

artistas e plateias, contribuir para a preservação do patrimônio material e imaterial.

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2. Zona Portuária

Formada pelos bairros da Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju, a região tem um

histórico de violência e sofrimento como ponto de desembarque de grandes

contingentes de pessoas trazidas como escravas - pesquisas recentes falam em

cerca de 2 milhões. Depois de décadas de estagnação e abandono, hoje a área

abaixo delimitada, que exclui o bairro do Caju e inclui partes do Centro, está

vivendo um profundo processo de transformação. As obras de revitalização,

realizadas pela Concessionária Porto Novo sob administração da CDURP, órgão da

Prefeitura do Rio, têm previsão para término em 2016.

Fonte: www.portomaravilha.com.br

Culturalmente, esta localidade tem suas maiores riquezas ligadas às raízes

africanas. Histórias pessoais e de movimentos sociais, ritmos, danças, ritos

religiosos, culinária, são aspectos que falam da ancestralidade da “Pequena África”,

nome dado ao local no século XIX em função do grande número de descendentes

de povos africanos que se mantiveram no local.

Considerada um dos berços do samba, a região também abriga inúmeros

monumentos históricos e pontos de intensa atividade cultural e turística, como a

Pedra do Sal e o Museu de Arte do Rio (MAR).

A valorização territorial da região coloca para os poderes públicos e agentes

culturais o desafio de criar estratégias para preservar esse legado, renovando e

atualizando as possibilidades que mantêm vivas e autênticas essas tradições.

Nesta oficina visitamos o Instituto dos Pretos Novos (INP), os Jardins Suspensos do

Valongo e a casa da Guarda, a Pedra do Sal e as Praças do Cais do Valongo, da

Harmonia e Largo de São Francisco da Prainha.

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3. Pertinência Sociocultural

Para que o aproveitamento seja o melhor possível, a criação de uma proposta

cultural deve levar em conta a sua adequação ao grupo social no qual ela irá

interferir. Dizemos que um projeto tem pertinência sociocultural quando, por sua

história, sua conformação, suas condições de vida, o grupo se interessa e pode

efetivamente se envolver e abraçar a ideia.

Isso não implica “rotular” ou limitar setores populacionais ou regiões da cidade,

ainda mais lembrando que vivemos em uma sociedade globalizada, a cada dia mais

interconectada e que, como fruto dos cruzamentos culturais contemporâneos, a

“fusão” é uma das principais vertentes artísticas. Trata-se apenas da clareza

necessária quanto ao papel de mediação do produtor cultural, do cuidado que é

preciso ter nas etapas iniciais da elaboração do projeto para que se favoreça o

diálogo e não, eventualmente, imposições simbólicas, “de cima para baixo”, que

dificilmente alcançam sucesso por estarem fora de sintonia com a população

afetada.

4. Projeto cultural

É o planejamento detalhado para a realização de uma interferência cultural.

Ciclo de vida de um Projeto cultural

Desde a idealização até a completa finalização de um projeto cultural, é importante

considerar as seguintes fases:

Ideia Pesquisa Pré Projeto

Elaboração

Pós Produção Realização Captação

IDEIA

Ineditismo, originalidade Demandas, carências

O que falta na área? Pertinência cultural

O que seria adequado para o local?

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PESQUISA

Fundamentação o quê? por quê? para quê? para quem? como? quando? onde?

Histórico de ações próximas

(parecidas ou correlatas) Levantamento de dados /

depoimentos Parcerias

PRÉ PROJETO

Prévia - pode ser em vídeo ou em blog

Prospecção parcerias - aglutinar pessoas

Experimentar a ideia, corrigir

Fundamentar, desdobrar

Abrir para várias linguagens / interfaces, etc.

ELABORAÇÃO

Apresentação

Objetivos

Justificativa

Ficha Técnica

Orçamento

Cronograma

Divulgação

CAPTAÇÃO

Fomento Direto

Crowdfunding

Leis de Incentivo

REALIZAÇÃO

Fidelidade ao projeto / adaptações

Manutenção dos canais de diálogo

Contratos

Acompanhamento contábil – notas!

Registros (DVD, fotos, etc)

PÓS PRODUÇÃO

Finalização das ações (devoluções, edição, etc)

Fechamento contábil

Prestação de contas

Agradecimentos / entrega de materiais aos parceiros

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5. Mecanismos de financiamento:

1. Fomento direto

2. Crowdfunding

3. Leis de incentivo

5.1 Fomento direto

Nesta forma o financiamento é transferido diretamente ao proponente pelo

investidor, que pode ser uma empresa privada, um órgão público ou pessoas

físicas. No caso de um órgão público, na maioria das vezes são abertas

chamadas para que artistas e produtores apresentem seus projetos de acordo

com as regras de um edital.

5.2 Crowdfunding

É a chamada “vaquinha digital”, em que vários apoiadores, geralmente pessoas

físicas, conhecidas do proponente, contribuem cada um com um valor baixo.

Uma empresa administradora recebe uma comissão para organizar virtualmente

a divulgação e as contribuições. Princípios importantes:

a) “tudo ou nada”: atinge-se o valor necessário ao projeto ou as contribuições

são devolvidas, sem a realização do projeto.

b) oferecimento de contrapartidas diferenciadas aos contribuintes.

OBS: Este processo é uma importante estratégia de divulgação do projeto.

5.3 Leis de Incentivo

Também chamado de Fomento indireto, é quando o financiamento do projeto se

dá pela transferência de impostos devidos pelo investidor ao governo federal,

estadual ou municipal. O investidor pode ser empresa ou pessoa física.

Lei do Incentivo Federal: Transferência do Imposto de Renda – lei Rouanet

Lei do Incentivo Estadual: Transferência do Imposto sobre Circulação de

Mercadorias (ICMS).

Lei do Incentivo Municipal: Transferência do Imposto sobre Serviços (ISS).

Após análise do projeto, os Governos fornecem certificados que permitem ao

proponente procurar um investidor entre as empresas cadastradas.

OBS: A Lei Rouanet é hoje alvo de questionamentos por parte de muitos agentes

culturais quanto a temas como elitismo, concentração, direcionamento

comercial, valor de ingressos, etc.

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6. Principais tópicos de um projeto

a) Apresentação

É um resumo da proposta: o que se pretende fazer, onde, quando, principais

atrativos e benefícios, etc.

Público Alvo

Este tópico poderá muitas vezes estar incluído na Apresentação. Quanto mais

detalhadamente se conhecer o público alvo, melhor. Descrever a faixa etária,

o local de moradia, o gênero, os interesses, etc. Se possível, colocar uma

estimativa da quantidade de pessoas que será atingida com a ação.

b) Objetivos

Eventualmente também pode estar incluído na Apresentação.

Costuma-se escrever em frases curtas, iniciadas por verbos no infinitivo:

OBJETIVOS GERAIS – no máximo 3, que apontem as contribuições que o projeto

espera trazer para a humanidade, de um ponto de vista mais amplo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS – concretos, diretamente ligados ao que se vai realizar.

Exemplo:

OBJETIVOS GERAIS: - Promover a democratização do acesso à cultura;

- Incentivar a formação de público para as artes visuais;

- Levantar a reflexão sobre a relação do homem com o seu meio.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Expor 5 esculturas do artista ZYX no Cais do Valongo por um período de 2 meses. - Oferecer, como contrapartida, uma oficina de trabalho artístico para até 30 jovens de escolas públicas situadas no entorno do espaço citado.

c) Ficha técnica

Apontar os nomes e as funções dos profissionais que irão participar, anexando

currículos resumidos.

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d) Justificativa

São os argumentos que explicam a importância do projeto, isto é, os motivos

pelos quais a iniciativa merece receber investimentos financeiros.

É um texto mais elaborado, que pede atenção, mas que não deve ser longo

demais. Apenas para lembrar, segue uma lista com sugestões de argumentos

que podem ajudar a montar a justificativa.

Tipos de argumentos

a pertinência sociocultural, a relevância, a carência identificada (com apoio em dados estatísticos, mapas, outros textos, depoimentos, etc.)

a oportunidade do momento (circunstâncias, calendário, efemérides)

os benefícios que trará nos campos:

social

conhecimento (a transversalidade)

preservação/resgate

difusão

político

econômico

o ineditismo, a criatividade, a originalidade

a contribuição para formação de plateias e democratização do acesso

a qualidade, experiência e reconhecimento da equipe

a possibilidade de continuidade e desdobramentos - sustentabilidade (multiplicadores, novas ações)

o histórico positivo de projetos similares ou ações anteriores

o potencial de interesse junto ao público-alvo (envolvimento, mobilização, participação)

a acessibilidade (para deficientes físicos)

o impacto ambiental

o preço, o local, a linguagem acessíveis

Contrapartidas

Poderão estar incluídas na justificativa. A divulgação da logomarca dos

investidores é sempre imprescindível. Bate-papo com artistas, oficinas,

apresentações gratuitas estão entre as contrapartidas sociais mais comuns.

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e) Orçamento

Aqui é onde se indica quanto será gasto com o quê. Costuma ser feito em

planilhas, como as que estão nos 2 exemplos a seguir.

Exemplo 1

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Exemplo 2

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f) Cronograma

Deve mostrar as etapas de trabalho, com as tarefas que serão realizadas e sua

ordenação no tempo. Pode ser apresentado como planilha ou como texto.

Seguem alguns exemplos.

Exemplo 1 PLANEJAMENTO PARA A REALIZAÇÃO Pré produção – 2 meses

Produção - 1 mês

Pós produção - 1 mês

Após a confirmação do local que irá acolher as ações do projeto, ao longo dos 2 meses seguintes

serão realizadas as atividades da pré produção. A coordenação das equipes de criação, técnica e de

assessoria (jurídica e de imprensa), bem como a confirmação e agendamento dos especialistas, estão

entre os itens desta etapa, que engloba a criação dos materiais para a divulgação e sua confecção, e

o desenvolvimento dos projetos de cenografia e iluminação da exposição.

Na fase seguinte teremos um mês de produção, com o brunch de abertura da exposição, a realização

dos 4 debates, às 6as feiras, e os dois encontros da oficina, aos sábados. O registro dessas atividades

em fotos e em DVD, e a exposição dos resultados da oficina, nas últimas duas semanas, são ainda

atividades desta fase.

Na etapa de pós produção será feita a desmontagem da exposição, a edição final do DVD, a

elaboração do relatório final e a prestação de contas aos apoiadores.

Exemplo 2

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Exemplo 3

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g) Estratégias de Divulgação

Aqui elencamos todos os recursos que serão utilizados para mobilizar as pessoas

a participar do projeto, incluindo assessoria de imprensa, materiais gráficos,

mídias sociais, por exemplo, com as respectivas quantidades.

Exemplo:

A estratégia de divulgação do projeto se dará pela contratação de Assessoria de imprensa, com distribuição de kit (release e fotos) aos principais meios de comunicação impressa e televisiva; por meio eletrônico, com uso de eflyers e forte apoio nas redes sociais; pela utilização de materiais impressos, como 30.000 folders, 3 banners, 20.000 filipetas e cartazes afixados em 15 coletivos, no sistema busdoor, durante o 1º. mês de exposição. Serão convidadas entidades e personalidades do bairro, com direcionamento prioritário voltado aos moradores do Catete, artistas, estudantes, professores e profissionais envolvidos com a área de educação ambiental.

7. Etapas de realização

No processo de execução, as etapas projetadas nos Cronogramas das pgs 12 a 14

podem ser desdobradas em semanas e dias. Em geral, as principais tarefas são:

Pré produção ou preparação – Levantar Mapa do local e principais características,

acessos, circulação, etc.; Alvarás/Autorizações; Direitos Autorais; Controles entrada;

Segurança; Aluguel Equipamentos e Banheiros químicos; Assistência Saúde;

Camarins. Levantar os documentos técnicos exemplificados a seguir.

Divulgação – Relação com Assessoria de Imprensa, Programador Visual, Gráficas,

Estúdios, Serviços Publicitários (como onbus, busdoor, etc); Confecção dos Recursos

que serão utilizados (como flyers, banners, filipetas, gravações, etc.); Distribuição.

Produção ou execução: Relação com profissionais de luz e som; Instalação de

equipamentos; Testagens, etc. Disposição de mobiliário; logística de movimentação.

Verificação geral (banheiros, camarins, etc.) Atendimento ao público, artistas,

autoridades, patrocinadores. Registros (Fotos, DVD); Encerramento.

Pós produção: Limpeza; Devolução de equipamentos alugados; Documentos para

Prestação de Contas; Entrega de materiais a Patrocinadores e participantes;

Agradecimentos, etc.

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Documentos com informações técnicas:

Rider – contém as dimensões do palco e a lista de equipamentos de luz e som,

com suas especificações.

Exemplo

Mapa de palco – contém a distribuição

dos equipamentos de som no palco

(eventualmente cenário também)

Exemplo

Mapa de luz – contém a distribuição

dos equipamentos de luz nas varas e

no chão.

Exemplo

8. Eventos: tipos de espaço

O tipo de local, se é fechado ou aberto ao ar livre, se é uma casa de espetáculos ou

um espaço alternativo, por exemplo, cria condições bem diferentes para a

realização de um evento e a participação das pessoas. Entre outros aspectos, é vital

atentar para itens como:

Alvarás/autorizações

Clima

Acesso a transporte

Fluxo de pessoas

Banheiros

Acessibilidade para deficientes, gestantes e idosos

Acústica

Iluminação

Segurança

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9. Planilha de pagamentos

É importante acompanhar e controlar as datas e os valores já pagos aos

profissionais e serviços envolvidos, do início ao final do projeto. Segue abaixo

exemplos de planilhas bem simples, com pagamentos regulares e pontuais.

10. ANEXOS: Mapeamento Institucional da Área da Cultura

Os órgãos públicos responsáveis pela política cultural em cada uma das 3 esferas

governamentais são o MINC, a SEC/RJ e a SMC/RJ. O resumo a seguir foi extraído

das páginas de cada instituição na internet. Destacamos iniciativas recentes que

contribuem para a democratização da produção cultural no país.

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10. 1 MINC Fonte: www.cultura.gov.br

Destacam-se o Plano Nacional de Cultura e o Programa Cultura Viva.

a) PLANO NACIONAL DE CULTURA (PNC) Instituído em 2010, tem por finalidade o planejamento e implementação de políticas

públicas de longo prazo (até 2020) voltadas à proteção e promoção da diversidade

cultural brasileira.

Objetivos:

fortalecimento institucional e definição de políticas públicas que assegurem

o direito constitucional à cultura;

proteção e promoção do patrimônio e da diversidade étnica, artística e

cultural;

ampliação do acesso à produção e fruição da cultura em todo o território;

inserção da cultura em modelos sustentáveis de desenvolvimento

socioeconômico;

estabelecimento de um sistema público e participativo de gestão,

acompanhamento e avaliação das políticas culturais.

Por meio da ampla participação da sociedade e gestores públicos, foram

estabelecidas 53 metas a serem atingidas até 2020. Vale destacar que o sucesso do

PNC só ocorrerá com o envolvimento de todos os entes federados, por meio do

Sistema Nacional de Cultura.

b) Programa Cultura Viva

Esta iniciativa, desenvolvida durante a gestão de Gilberto Gil, tem como principal

fundamento considerar que a população não é apenas consumidora de cultura, mas

também é criativa e produz cultura.

Assim, busca-se alavancar as múltiplas possibilidades já existentes em todo o país,

facilitando seu acesso ao apoio financeiro: são firmados convênios com os governos

estaduais e municipais para fomento e formação de redes de pontos de cultura.

Podem participar dos editais pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos

que sejam de natureza cultural, como:

associações

sindicatos

cooperativas

fundações privadas

escolas comunitárias e suas

associações de pais e mestres

organizações tituladas como

OSCIPS e OS

sediadas e com atuação comprovada na área cultural de, no mínimo, 3 anos em seu

respectivo estado e/ou município.

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c) Sobre o MINC:

Histórico

O Ministério da Cultura foi criado em 1985. Até então, a Cultura era tratada em

conjunto com Educação. Em 1990, o Ministério da Cultura foi transformado em

Secretaria da Cultura, situação revertida em 1992.

Estrutura

Desde 2012 o MinC possui:

3 órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

Gabinete

Secretaria-Executiva

Consultoria Jurídica

3 diretorias de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

Diretoria de Relações Internacionais (DRI)

Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI)

Diretoria de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural (DINC)

6 secretarias:

Secretaria de Políticas Culturais (SPC)

Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC)

Secretaria do Audiovisual (SAV)

Secretaria de Economia Criativa (SEC)

Secretaria de Articulação Institucional (SAI)

Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (SEFIC)

7 entidades vinculadas, sendo três autarquias e quatro fundações, que compõem o

denominado Sistema MinC, cada uma com atuação em área específica:

Cinema • ANCINE

Museu • IBRAM

Patrimônio • IPHAN

Artes • FUNARTE

Livro • Fundação Biblioteca Nacional

Cultura Afro • Fundação Palmares

Pesquisa • Fundação Casa de Rui Barbosa

8 representações regionais:

São Paulo

Rio de Janeiro/Espírito Santo

Bahia/Sergipe

Minas Gerais

Nordeste

Sul

Norte

Centro-Oeste

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10.2 SEC – SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA – Rio de Janeiro

Entre os projetos e programas, destaca-se o Rio Criativo com a incubação de

empresas e o Escritório de Apoio a Projetos Culturais (EAP).

a) OBJETIVOS

> Democratizar o acesso à produção e ao consumo de bens culturais;

> Garantir a diversidade cultural;

> Promover e preservar o patrimônio cultural material e imaterial do Estado;

> Aperfeiçoar o conjunto de instrumentos jurídico-institucionais relacionados à cultura;

> Estimular o desenvolvimento da economia da cultura para a geração de emprego e renda;

> Modernizar a gestão dos equipamentos culturais administrados pela SEC;

> Estimular a formação cultural e artística nas instituições de ensino;

> Dinamizar e sistematizar as instâncias de diálogo com a sociedade.

b) PROJETOS e PROGRAMAS

EDITAIS

FILME RIO - RIO FILM COMMISSION

PONTOS DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INCUBADORAS RIO CRIATIVO

OLIMPÍADAS DE JOGOS DIGITAIS E EDUCAÇÃO

NOVAS CENAS

BANDA LARGA

CIRCUITO ESTADUAL DAS ARTES

CINEMA PARA TODOS

BIBLIOTECAS PARQUE

PLANO ESTADUAL DE CULTURA

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c) ESTRUTURA

SUPERINTENDÊNCIAS

Leitura e Conhecimento

Cultura e Sociedade

Museus

Lei de Incentivo

Audiovisual

Artes

ESPAÇOS CULTURAIS

Bibliotecas Comunitária Solano Trindade Parque de Manguinhos Parque de Niterói Parque Estadual (BPE) C4 - Parque da Rocinha

Casas de Cultura Laura Alvim Euclides da Cunha Oliveira Vianna Fechada temporariamente Casimiro de Abreu França Brasil

Escolas de Arte Artes Visuais do Parque Lage Dança, Artes e Técnicas do Theatro Municipal Maria Olenewa Música Villa-Lobos

Salas de Música Cecília Meireles Fechada para obras Guiomar Novaes

Teatros Armando Gonzaga Arthur Azevedo Glaucio Gill João Caetano Villa-Lobos Fechado para obras. Municipal do Rio de Janeiro

Museus Antonio Parreiras Carmen Miranda do Primeiro Reinado dos Teatros do Ingá Imagem e Som

Fonte: www.cultura.rj.gov.br

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10.3 SMC - Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro

Fonte: www.rio.rj.gov.br

Destaques importantes: o Prêmio de Ações Locais e os Editais de Fomento.

a) OBJETIVOS 1) Expandir e dinamizar a produção cultural.

2) Democratizar o acesso à cultura.

3) Estimular e proteger a diversidade cultural.

4) Valorizar a cultura carioca na cidade, no país e no exterior.

b) PROGRAMAS

1) Fomento à Cultura Carioca

2) Gestão e Expansão da Rede de Espaços Culturais Públicos

3) Promoção da Cultura Carioca

4) Implantação e Gestão do Sistema Municipal de Cultura

5) Apoio à Economia Criativa

c) ESTRUTURA 3 Subsecretarias:

Gestão Arte e Fomento Articulação, Cidadania e Diversidade Cultural

2 órgãos vinculados:

RIOFILME Fundação Planetário

11 Centros Culturais

Casas Casadas

Centro Coreográfico

Calouste Gulbenkian

José Bonifácio

Laurinda Santos Lobos

Oduvaldo Vianna Filho

Parque das Ruínas

Professora Dyla Sylvia de Sá

Arthur da Távola

Hélio Oiticica

Imperator - João Nogueira

10 Lonas Culturais

Carlos Zéfiro – Anchieta

Elza Osborne - Campo Grande

Gilberto Gil – Realengo

Herbert Vianna - Maré

Hermeto Pascoal - Bangu

João Bosco - Vista Alegre

Sandra De Sá - Santa Cruz

Terra - Guadalupe

Jacob Do Bandolim - Jacarepaguá

Renato Russo - Ilha do Gov.

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7 Bibliotecas Populares Municipais

Botafogo Campo Grande Gamboa Ilha do Governador Irajá Jacarepaguá Tijuca

Outros espaços de leitura:

Abgar Renault (CASS) Maré (dentro da Lona Cultural Municipal Herbert Vianna) Guandu (dentro da Lona Cultural Municipal Sandra de Sá) Praça do Lote, 219 - Santa Cruz. (Fechada para obras) Santa Teresa (no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo) Volante (Administrativo na de Irajá)

4 Museus

Ecomuseu

Memorial Municipal Getúlio Vargas

Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro (Em obras, fechado ao público)

MAR - Museu de Arte do Rio

4 Arenas Culturais

Jovelina Pérola Negra - Pavuna

Dicró – Carlos Roberto de Oliveira - Penha

Abelardo Barbosa – Chacrinha - Pedra de Guaratiba

Fernando Torres – Parque Madureira

2 Planetários

Gávea

Santa Cruz

9 Teatros

Espaço Sérgio Porto Café Pequeno Carlos Gomes Maria Clara Machado Sala Baden Powell Ziembinski Gonzaguinha Ipanema Serrador

3 Teatros de Guignol

Flamengo Méier Tijuca