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ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) COM ÁREAS ESTRATÉGICAS POR MEIO DA ABORDAGEM DA ARQUITETURA CORPORATIVA Sergio João Limberger (UFSC) [email protected] Fabiana Raupp (UFSC) [email protected] William Barbosa Vianna (UFSC) [email protected] Paulo Maurício Selig (UFSC) [email protected] A rápida evolução tecnológica vem exigindo investimentos crescentes na área da Tecnologia da Informação de forma a integrá-la operacionalmente cada vez mais aos objetivos estratégicos e demais áreas da organização. No entanto, abordagens taais como a do Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação vem demonstrando-se insuficientes para tais desafios de integração. Esse artigo analisa de forma exploratória, as potencialidades da abordagem da Arquitetura Corporativa, pelas suas características holísticas, em integrar os diversos elementos envolvidos no processo de alinhamento e integração da TI em áreas estratégicas, tais como a área de negócios. O resultado da analise identifica que a Arquitetura Corporativa é uma forma abrangente de buscar soluções para questões de alinhamento e integração da TI. Ela facilita a organização nos momentos de mudança, na incorporação de novas formas de gestão, na adaptação às novas tecnologias, na facilidade de adoção de novos processos de inovação e assim manter o seu potencial competitivo, que a distinguem no mercado, sendo que a busca da sustentabilidade da organização pode ser facilitada com a implantação de uma Arquitetura Corporativa para ancorar processos e áreas da organização. Palavras-chaves: Alinhamento Estratégico, Arquitetura Corporativa, Gestão XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

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ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) COM ÁREAS ESTRATÉGICAS POR

MEIO DA ABORDAGEM DA ARQUITETURA CORPORATIVA

Sergio João Limberger (UFSC)

[email protected] Fabiana Raupp (UFSC)

[email protected] William Barbosa Vianna (UFSC)

[email protected] Paulo Maurício Selig (UFSC)

[email protected]

A rápida evolução tecnológica vem exigindo investimentos crescentes

na área da Tecnologia da Informação de forma a integrá-la

operacionalmente cada vez mais aos objetivos estratégicos e demais

áreas da organização. No entanto, abordagens taais como a do

Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação vem

demonstrando-se insuficientes para tais desafios de integração.

�Esse artigo analisa de forma exploratória, as potencialidades da

abordagem da Arquitetura Corporativa, pelas suas características

holísticas, em integrar os diversos elementos envolvidos no processo de

alinhamento e integração da TI em áreas estratégicas, tais como a

área de negócios.

�O resultado da analise identifica que a Arquitetura Corporativa é

uma forma abrangente de buscar soluções para questões de

alinhamento e integração da TI. Ela facilita a organização nos

momentos de mudança, na incorporação de novas formas de gestão, na

adaptação às novas tecnologias, na facilidade de adoção de novos

processos de inovação e assim manter o seu potencial competitivo, que

a distinguem no mercado, sendo que a busca da sustentabilidade da

organização pode ser facilitada com a implantação de uma Arquitetura

Corporativa para ancorar processos e áreas da organização.

Palavras-chaves: Alinhamento Estratégico, Arquitetura Corporativa,

Gestão

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1. Introdução

O objetivo desse artigo é abordar aspectos do problema da integração das ações da área de Tecnologia da Informação (TI) com a área de negócios e avaliar o potencial da abordagem da Arquitetura Corporativa em abrigar uma proposta operacional de alinhamento e integração entre as duas áreas.

Busca-se uma fundamentação teórica que dê suporte a analise da viabilidade da utilização da Arquitetura Corporativa, como uma abordagem ampla, com possibilidades de alinhamento e melhoria no desempenho de integração entre TI e área de negócios.

A rápida evolução tecnológica vem exigindo investimentos crescentes na área da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). Garantir que estes investimentos sejam utilizados de forma eficiente e com eficácia para agregar valor à organização tem sido o desafio dos gestores organizacionais e especialmente dos gestores da área de TI. No entanto, a integração da área de TI com a área de negócios é um dos principais gargalos quando se trata de avaliar os resultados desses investimentos em TI.

O papel da TI como arma estratégica competitiva necessita ser discutido e enfatizado, principalmente pelas novas possibilidades de negócios que ela proporciona (Laurindo, 2000).

Em sua sétima pesquisa anual realizada e publicada no inicio de 2008, a revista virtual Chief

Information Officers (CIO, 2008), em consulta a 558 CIOs, destaca que para 82% dos respondentes, o problema do alinhamento da TI com a área de negócios é a sua prioridade numero um no ano de 2008. Também em pesquisa realizada pelo grupo Gartner (2007) em 200 programas de implantação de uma Arquitetura Corporativa, a vantagem almejada mais referenciada para a organização é a de obter o alinhamento da TI com a área de negócios.

A literatura aborda a questão do alinhamento da área de TI com a organização em estudos recorrentes, tais como os estudos que tratam de Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI), do Alinhamento Estratégico e recentemente no enfoque da Arquitetura Corporativa (Enterprise Architecture). No entanto, o alinhamento e a integração entre TI e a área de negócios não se limita ao nível ou plano estratégico.

A integração é resultado de um processo amplo que necessita considerar variáveis no campo técnico, social, cultural e ambiental e que assimile a TI em todas as áreas e processos organizacionais de forma amigável.

Pergunta-se: qual é o potencial teórico da abordagem de Arquitetura Organizacional em promover o alinhamento e a integração entre as áreas de TI e negócios?

2. O Alinhamento a partir do Planejamento Estratégico

O Planejamento Estratégico organizacional (PE) é o instrumento de intervençao organizacional mais utilizado no mundo corporativo. Por sua vez, o Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI) é uma sistemática que visa aproximar e envolver a área de Tecnologia da Informação no âmbito do planejamento estratégico organizacional. Na busca da integração da área da TI com a organização ela é planejada em conjunto com a estratégia de negócios. O PETI utiliza metodologias efetivas com etapas inteligentes e uma implementação avaliada e operacionalização ativa (REZENDE, 2002).

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Mas além de ser um recurso importante para dar suporte ao PE, a TI pode contribuir com outras atividades adicionais, viabilizando ou facilitando a organização a desempenhar seu papel estratégico. Ela agrega valor aos produtos e/ou serviços da organização, auxiliando a promoção das suas inteligências competitiva e empresarial (LUFTMAN e BRIER, 1999) de forma que a TI facilita a obtenção de uma vantagem competitiva para a organização (WILKINSON, 2006).

A complexidade de melhorar o desempenho empresarial por meio de um aumento da eficiência, eficácia e competitividade, combinada com aplicações inovadoras de TI, tem reforçado a consciência da equipe de TI e dos gestores empresariais para abordagens estrategicamente orientadas para o planejamento e a melhoria da gestão (BURN e SZETO, 2000).

A construção e o escopo do PETI, segundo Rezende (2002), é um processo dinâmico e interativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente as informações organizacionais. Envolve a TI e seus recursos (hardware, software, sistemas de telecomunicações, gestão de dados e informações), os sistemas de informação (estratégicos, gerenciais e operacionais), as pessoas envolvidas e a infra-estrutura necessária para o atendimento de todas as decisões, ações e respectivos processos das organizações (KEARNS e LEDERER, 1997; REZENDE, 2002).

Dessa forma, a necessidade do planejamento da TI é fundamental e ajuda as organizações na formulação de estratégias, atuando na configuração das atividades da cadeia de valor, nas alianças estratégicas e integração do mercado (PORTER e MILLAR, 1985; REZENDE, 2002) do atual e complexo contexto competitivo mercadológico.

Um modelo de alinhamento entre o PE e o PETI foi desenvolvido por Rezende e Abreu (2002), apresentado na Figura 1, na qual estão destacados os recursos sustentadores do alinhamento estratégico, que fornecem uma visão geral das atividades, variáveis e fatores que facilitam o referido modelo de alinhamento. Neste modelo, o PETI fornece uma visão geral de conceitos, modelos, métodos e ferramentas de TI necessários para facilitar a estratégia de negócios e suportar as tomadas de decisão, as ações empresariais e os respectivos processos da organização. Já o PE fornece uma visão geral de conceitos, modelos, métodos e instrumentos de como fazer acontecer a estratégia de negócios empresariais (REZENDE e ABREU, 2002).

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Figura 1 – Modelo de integração do PETI ao PE Fonte: Rezende e Abreu (2002)

Uma visão ampliada da integração, necessária entre as áreas de TI e de negócios é proposta por Henderson e Venkatraman (1993). A busca por um modelo que permita avaliar as modificações nas fronteiras da organização (VENKATRAMAN, 1994), conduziram a uma nova abordagem que amplia a capacidade dos mecanismos tradicionais do PETI de funcionar no contexto único do ajuste da TI às necessidades das organizações, definidas através da subordinação única do planejamento da TI ao apoio e suporte à estratégia organizacional. Estudos realizados por Byrd, Lewis e Bryan (2005) concluíram que organizações que realizam esforços significativos no alinhamento estratégico possuem maiores garantias no retorno do investimento realizado na área de TI. Defendem que o investimento em TI e a performance da organização são dependentes do esforço no alinhamento estratégico.

3. Alinhamento Estratégico da Tecnologia da Informação

É fundamental salientar que o alinhamento estratégico não é um evento ou um resultado isolado (AVISON et al., 2004; SLEDGIANOWSKI e LUFTMAN, 2005), mas um processo contínuo de adaptação e de mudanças (HENDERSON e VENKATRAMAN, 1993, AVISON et al., 2004), na busca de uma vantagem competitiva sustentada (HUANG et al., 2005), com ênfase da gestão, através de processos de compartilhamento do conhecimento entre a TI e a área de negócios da organização (KEARNS e SABHERWAL, 2007), na análise da TI dentro da cadeia de valor (TALLON e KRAEMER, 2003) e na melhoria dos processos internos (NDEDE-AMANDI, 2004).

O uso da tecnologia na capacidade dinâmica da organização não se refere somente a sofisticada funcionalidade tecnológica, mas na capacidade organizacional de obter um diferencial competitivo em relação aos seus competidores (Henderson e Venkatraman, 1993). Significa que além de agregar ou disponibilizar as novas tecnologias na organização atua na perspectiva de implantar o alinhamento estratégico, com ações que apresentem reflexo positivo na melhoria do desempenho organizacional (BERGERON, et al., 2004). Afinal a TI deve suportar e apoiar as decisões estratégicas do negócio e não ser concebida somente como um centro de custo adicional para a organização (HENDERSON e VANKATRAMAN, 1993).

Avison et al. (2004) destacam que o alinhamento ajuda as organizações em três aspectos: na maximização do retorno dos investimentos de TI; na obtenção de uma vantagem competitiva através da TI; e por permitir direção e flexibilidade para reagir diante das novas oportunidades. Permite as organizações, além de alcançar à sinergia e o desenvolvimento dos planos corporativos a busca do aumento da rentabilidade e da eficiência. Também permite ampliar as competências essenciais, habilidades e uso da tecnologia na melhoria da eficiência (PAPP, 1999; LUFTMAN e BRIER, 1999).

A integração das organizações com fornecedores, clientes e o mercado reportam para a necessidade de alinhar a atuação interna e externa e este é requisito para eficiência na aplicação de recursos de TI. Manter o necessário equilíbrio neste balanço nas duas atuações (HENDERSON e VANKATRAMAN, 1993) é o primeiro nível no alinhamento, denominado de ajuste estratégico. O segundo nível do alinhamento é o da TI com a área de negócios, denominada de a integração funcional.

Nesta perspectiva, Henderson e Venkatraman (1993) elaboraram um modelo para promover o

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alinhamento estratégico. A busca de suprir um vácuo existente na organização, no uso das potencialidades da área de TI para uma nova formatação das organizações, incentivou ao desenvolvimento do modelo para a conceitualização e para o direcionamento da gestão estratégica da tecnologia da informação (HENDERSON e VENKATRAMAN, 1993). A Figura 2 apresenta o Framework desenvolvido com o direcionamento de quatro perspectivas de alinhamento e orientações específicas na gestão desta importante área.

Figura 2 – Modelo de Alinhamento Estratégico de TI

Fonte: Henderson e Venakatraman (1993)

O modelo de alinhamento estratégico proposto por Henderson e Venkatraman (1993) é apresentado em quatro domínios. Os domínios são analisados sobre dois aspectos, relacionado ao escopo funcional em área de Negócios e área da Tecnologia da informação e na visão de abrangência com a visão interna e externa. Os quatro domínios são o da estratégia do negócio, da infra-estrutura e processos organizacionais, da estratégia da TI, e da infra-estrutura e processos de TI.

A partir da mudança proposta, relacionada com a função da unidade de TI na organização, saindo de uma função meramente operacional, como suporte a serviços e focada em apresentar um nível de serviço satisfatório para uma função de responsabilidade organizacional, houve uma significativa percepção da melhora da função interna. O modelo de Henderson e Venkatraman (1993) dá suporte a esta nova visão e apresenta os conceitos do ajuste estratégico e da integração estratégica.

A Integração estratégica ocorre em dois níveis organizacionais e é a ligação entre a estratégia do negócio e a estratégia da TI. Em um primeiro nível vem refletindo os componentes externos, através da definição da estratégia, em nível organizacional e da Tecnologia da Informação. O segundo tipo, denominado de integração operacional, ocorre com os correspondentes domínios internos denominados de infra-estrutura e processos organizacionais e infra-estrutura e processos da TI.

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Em relação ao ajuste estratégico, ele representa a integração entre os domínios internos e externos, que são as relações entre as escolhas estratégicas e a infra-estrutura, processos e pessoas. Ele posiciona a organização dentro do seu contexto, no ambiente competitivo e o desenvolvimento da sua infra-estrutura e dos processos organizacionais que suportam a execução da sua estratégia competitiva.

Ampliando a concepção da importância da TI no contexto organizacional e apoiado pela concepção de Zachman (1987) o modelo de uma Arquitetura Corporativa é definido e apresentado como forma de facilitar os processos de alinhamento e de integração da área da TI com a área de negócios da organização.

4. Arquitetura Corporativa

A Arquitetura Corporativa, como será apresentado na próxima seção é identificada com potencial de integração entre TI e área de negócios pela sua natureza holística, capaz de promover para o desenho, desenvolvimento e implementação de sistemas integrados de pessoas, materiais e equipamentos, uma abordagem que incorpora os conhecimentos da Engenharia de Sistemas e da Reengenharia de Processos (LILES et al., 1996) e promove assim a re-configuração das organizações para melhor promoverem sua missão (TRIBOLET, 2005).

Uma analise adequada das potencialidades da Arquiteuta Corporativa necessita uma caracterização de tal abordagem por meio de uma revisão bibliográfica acerca de suas origens e elementos constituitivos.

A Engenharia Organizacional, que abriga a abordagem da Arquitetura Corporativa, é desenvolvida a partir dos seguintes princípios (LILES et al., 1996): uma organização empresarial pode ser entendida como um sistema complexo; um sistema pode ser visto como um sistema de processos de negócio; e a engenharia pode ser utilizada no processo de transformação da empresa. Na base destes princípios são desenvolvidas técnicas para modelar, desenhar e implementar uma organização ou de aspectos desta.

A arquitetura pode ser definida como a arte, a ciência ou a prática de desenhar e construir estruturas (CARDOSO, 2005) e destaca-se a necessidade no uso de suas definições na área da gestão organizacional, motivada pela crescente complexidade das organizações. A arquitetura é um conjunto de representações descritivas que são relevantes para descrever algo que se pretende criar, e que se constituem na base para mudanças de uma instância da coisa que você tenha criado (ZACHMAN, 2006). Ela é uma ferramenta de princípios, linhas orientadoras, normas, modelos e estratégias que direcionam o desenho, a construção e o desenvolvimento de sistemas de informação (ROOD, 1994), tecnologias da informação, processos e modelos de negócio (CARDOSO, 2005) fornecendo suporte aos processos de inovação e na melhoria da gestão (TRIBOLET, 2005).

A Arquitetura Corporativa define os componentes e as relações entre estes componentes da organização. Estes são constituídos por (TARCISIUS, 2002):

− Estratégia – as decisões sobre a organização e a utilização dos recursos para atingir os objetivos;

− Pessoas – identifica o recurso humano, habilidades e como utilizar estas habilidades; − Estrutura organizacional – define a organização hierárquica e geográfica; − Funções – consiste nas tarefas e processos organizacionais;

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− Informação – o conhecimento e os dados utilizados pelas pessoas, processos e tecnologias;

− Infra-estrutura – representada pelos equipamentos, maquinas, métodos e ferramentas requeridas e necessárias para atingir os objetivos organizacionais.

Na configuração dos mercados atuais, nenhuma empresa, para obter a sua sustentabilidade, pode se concentrar somente e exclusivamente em sua própria atividade. Para obter o controle sobre a riqueza das interconexões com seus clientes, fornecedores e demais parceiros a arquitetura corporativa é um bem valioso (JONKERS et al., 2006). A decomposição de um sistema (ambiente) complexo em partes menores gerenciáveis, a descrição destas partes, a orquestração das interações entre estas partes constitui a chamada arquitetura corporativa (ROOD, 1994; IYER E GOTTLIEB, 2004).

A Arquitetura Corporativa ainda está na sua infância (JONKERS et al., 2006) e seu surgimento foi influenciado pelos trabalhos de Zachman (1987) e de Sowa e Zachaman (1992), baseados na organização dos recursos de Sistemas de Informações e Tecnologia da Informação presentes e utilizados em uma organização. Nesta fase inicial o foco era gerenciar a complexidade da estrutura de TI que estava sendo desenvolvida nas organizações e a forma como reduzir e manter seus custos gerenciados e na promoção do alinhamento entre negócios e a TI (STRNADL, 2006).

Para implementar a Arquitetura Corporativa um Framework foi proposto por Zachman (1987), ampliado e detalhado em trabalho de Sowa e Zachman (1992) e é o referencial inicial da Arquitetura Corporativa. Ainda considerado o melhor (FATOLAHI e SHAMS, 2006) e dos mais utilizados (SESSIONS, 2007, SCHEKKERMAN, 2007).

A necessidade de incrementar valor e proporcionar agilidade aos negócios levou Zachman a introduzir na Arquitetura de Sistemas de Informação uma abordagem holística, considerando que todas as questões importantes precisam ser analisadas sobre diversas e importantes perspectivas (SESSIONS, 2007). Nesta abordagem de multi-perspectiva inicialmente denominada de framework arquitetural de sistemas de informação passou logo a usar a denominação de framework arquitetural corporativo.

O framework, segundo Zachman (1987), é uma estrutura lógica para a classificação e organização das representações corporativas de uma empresa, significativas à administração da empresa e ao desenvolvimento de sistemas de informação corporativos. Apresenta uma abordagem interdisciplinar e com influência em outras áreas além da relacionada à tecnologia da informação. O uso de um framework introduz um componente de eficiência nas ações desenvolvidas. É necessário que tenhamos uma boa compreensão de como usá-lo, tanto na engenharia como na administração da empresa (SESSIONS, 2007). Ele é baseado e constituído de informações, normalmente isoladas na organização, mas com ferramentas e idéias já consolidadas (FATOLAHI e SHAMS, 2006).

O Framework de Zachman apresenta duas dimensões, sendo que em uma das dimensões estão representadas as diversas perspectivas de seis protagonistas distintos e independentes que influenciam o artefato a ser desenvolvido ou construído. Neste framework Zachman inclui as seguintes visões ou perspectivas para análise:

− Planejador - que determina a capacidade de empreendimento em uma determinada indústria;

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− Dono - que são as pessoas de negócios que gerenciam a organização; − Arquiteto - responsável por representar a organização a partir de uma forma ou estrutura

disciplinada; − Construtor - que tem a função de aplicar tecnologias específicas para resolver problemas

do negócio; − Subempreiteiro - que tem a função de construir o sistema em questão; e − Sistema - que é a visão ou perspectiva para o sistema pronto, concluído.

Na outra dimensão, estão representados os diversos aspectos para as quais cada uma das perspectivas precisa ser analisada. Estas estão relacionadas a:

− Dados (o que) - que dados são manipulados pela organização; − Funções (como) - quais são as funções e processos que manipulam esses dados; − Rede (onde) - quais são os locais onde o negócio é realizado; − Pessoas (quem) - que pessoas e quais unidades organizacionais estão envolvidas; − Tempo (quando) - quais são os eventos que originam as atividades de negócio da

organização; e − Motivação (porque) - quais são os objetivos do negócio mais importantes que levam a

organização a atingir seus objetivos de negócio.

Relacionando a visão dos protagonistas com os diferentes aspectos as duas dimensões formam uma matriz que é o alicerce do framework de Zachman para arquiteturas corporativas, apresentado na Figura 3. Como pode ser visto a primeira linha é uma definição da empresa. Na segunda linha, a empresa é modelada utilizando técnicas de modelagem empresarial. No âmbito da terceira linha, o ambiente de TI é conceitualmente modelado. Estes modelos projetados são mapeados em função do ambiente do design da tecnologia na quarta linha. A quinta linha descreve a implementação dos modelos. O desenvolvimento dos sistemas é normalmente considerado como uma terceirização, que não é realizada pela própria organização, esta gerência não é incluída no contexto da Arquitetura Corporativa. Por fim, a sexta linha retrata o sistema já operacional dentro da organização.

Existem algumas regras que gerenciam o framework e que são responsáveis pela manutenção da integridade do modelo: as colunas possuem uma ordem; cada coluna possui um simples e modelo básico; o modelo básico para cada coluna deve ser único; cada linha representa uma perspectiva distinta e única; cada célula é única; a composição ou integração do conteúdo de todas as células de uma linha constitui um modelo completo da perspectiva desta linha; e a lógica é recursiva(SOWA e ZACHMAN, 1992; FATOLAHI e SHAMS, 2006; PEREIRA e SOUSA, 2004).

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Figura 3 – Framework de Zachman para arquiteturas corporativas

Fonte: Zachman (1987)

A abordagem de arquitetura corporativa pode ser um instrumento valioso para orientar a mudança (Sessions, 2007) e se manifesta de diversas formas. Alguns benefícios citados pelo autor na implementação de uma arquitetura corporativa incluem: aprimoramentos no uso da TI para conduzir a adaptabilidade do negócio; parcerias próximas entre os grupos da área comercial e tecnológica; enfoque aprimorado nas metas organizacionais; moral aprimorada, na medida em que um número maior de indivíduos consegue ver uma correlação direta entre o seu trabalho e o sucesso da organização; número reduzido de falhas nos sistemas de TI; numero reduzido de complexidade nos sistemas de TI existentes; agilidade aprimorada dos novos sistemas de TI; e alinhamento mais próximo entre os produtos de TI e as exigências do negócio.

5. Uma Análise do Alinhamento da TI com a área de negócios por meio da Arquitetura Corporativa

Smaczny (2001) afirma que nenhum estudo relevante foi encontrado sobre a forma como organizações realmente atingem o alinhamento. A maioria dos modelos de alinhamento supõe que as organizações são construídas sobre princípios mecanicistas e que utilizam gestão estruturada, orientadas ao planejamento e abordagens para os objetivos do negócio.

Questões subjetivas são importantes no contexto organizacional em questões relacionadas a integração e ao alinhamento da área da TI à estrutura organizacional. Reich e Benbasat (2000) argumentam que a credibilidade das funções desempenhadas pela TI são adquiridas através da sua experiência técnica e, em seguida, que esta pode levar ao sucesso da comunicação. A comunicação é outro fator importante a ser considerado na abordagem do alinhamento.

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Campbell et al. (2005) destacam que a credibilidade é fator extremamente importante e que é necessária para desenvolver relacionamentos que facilitem o compartilhamento no domínio do conhecimento, da colaboração e do alinhamento. Chan et al. (2006) destacam que além da credibilidade é importante também para a área de TI ter um histórico consistente de sucesso.

Dentro da análise das fases das abordagens dos processos de alinhamento e da integração da área da TI, analisa-se o PETI, o Alinhamento Estratégico e a Arquitetura Corporativa a partir dos critérios de seus objetivos, perspectivas, responsabilidade e elaboração. No segundo momento, com o framework de alinhamento de Henderson e Venkatraman o alinhamento e a integração passam a ser definidos e implementados sob uma maior amplitude. Já na Arquitetura Corporativa o foco é o alinhamento organizacional, no qual a TI é uma das unidades que influenciam a organização e é influenciada pela organização. Todas as unidades e visões estão presentes e representadas no framework da AC ao mesmo tempo em que as questões específicas internas da área da Tecnologia da Informação precisam ser trabalhadas a partir das melhores soluções disponíveis.

Característica PETI Alinhamento Estratégico Arquitetura Corporativa Objetivos Planejar ações da TI

Controle da área de TI Redução de custos Retorno do investimento Padronização de

atividades

Compatibilizar a estratégia do negócio e a estratégia da TI

Integação com os processos

de negócio

Desenvolver a visão na integração e do planejamento estratégico organizacional

Promover a fusão da TI à

organização Perspectivas Visão da TI Da TI e da área de negócios Multi-perspectivas

Responsabilidade Equipe de TI Equipe de TI e Negócios Organizacional Elaboração Equipe de planejamento Equipe de negócios e TI Todos colaboradores da

organização

Quadro 1 – Evolução do alinhamento e integração da TI Fonte: Elaborado pelos autores

A Arquitetura Corporativa ao definir um quadro amplo representativo do contexto, das particularidades e especificidades da organização e elaborar ou subordinar o alinhamento a este framework permite que as relações e inter-relações com as demais unidades sejam adequadamente consideradas e a questão social e cultural entre as diversas unidades da organização influenciem na capacidade de obter resultados da área da TI e das demais unidades organizacionais.

6. Conclusão

A busca de melhoria da performance organizacional exige projetar o alinhamento da unidade de TI com a área de negócios. O alinhamento da área de TI com a área de negócios são freqüentemente apresentados na literatura a partir do Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI), do Alinhamento Estratégico da TI.

Apesar de mais recente, a abordagem da Arquitetura Corporativa apresenta maior potencial teórico para o referido alinhamento e integração, conforme a analise realizada.

Em uma analise das metodologias para garantir o alinhamento da TI com a área de negócios a implantação de uma Arquitetura Corporativa é uma forma abrangente de buscar soluções para questões gerencias da organização. Ela facilita a organização nos momentos de mudança, na

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incorporação de novas formas de gestão, na adaptação às novas tecnologias, na facilidade de adoção de novos processos de inovação e assim manter o seu potencial competitivo, que a distinguem no mercado atual. A busca da sustentabilidade da organização pode ser facilitada com a implantação de uma Arquitetura Corporativa.

Essa abordagem exige, no entanto, manter uma equipe de tecnologia com o conhecimento do negócio organizacional como forma a facilitar a integração e obter uma maior aderência da tecnologia, sendo esse aspecto não apenas um desejo, mas uma necessidade para a organização manter a sua vantagem competitiva e o instrumento ter suas potencialidades ampliadas.

Outros aspectos de planejamento continuam sendo necessários e fundamentais para obter resultados consistentes, porém, o alinhamento da área de TI da mesma forma será também influenciado pela capacidade de agregação do líder, e outras variáveis que merecem maior aprofundamento.

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