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Ancilostomdeos e ancilostomase
Toxocara e toxocarase
Tas Rondello Bonatti
Ancilostomdeos e ancilostomase
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Introduo
Doenas tropicais negligenciadas
Afeta 700 milhes de pessoas / 65 mil mortes por ano
Endmicas: regio Sub Saariana, frica, sia e Amricas
Doena crnica que se manifesta na morbidade em vezde mortalidade - crianas
Fortemente associada com pobreza (menos de US$ 1,00 / dia)
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Nematides: Famlia Ancylostomatidae
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Introduo
Nematdeos Intestinais de Penetrao Ativa
Ancylostoma duodenale (Hospedeiro: Homem)
Necator americanus (Hospedeiro: Homem)
*Ancylostoma braziliense (Hospedeiro: Gato)
* Sndrome da Larva Migrans Cutnea
Strongyloides stercoralis
Epidemiologia
Paleoparasitologia: 7.000 anos - coprlitos humanos (Era Pr-Colombiana).
Ancylostoma duodenale: Europa Meridional, norte da frica, ndia, China, Japo elitoral do Peru e Chile.
Necator americanus: pases de clima tropical
Amrica, frica, sia e Oceania
Ancylostoma ceylanicum: Sudeste asitico
5OMS, 2015; Sianto, 2009.
Epidemiologia
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Morfologia: Cpsula bucal
Ancylostoma duodenale
Dois pares de dentes ventrais
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Necator americanus
Lminas cortantes (n=2)
Macho: Bolsa copuladora
Espculos longos, delgados e pontudos
( n= 2)
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Morfologia: Extremidade posterior
Gnero Ancylostoma
Fmea (10 18 mm)
Macho: (8 11 mm)
Necator americanus
Macho: (5 9 mm)
Fmea (9 11 mm)
Fmea: cauda afilada
Ancylostoma duodenale X Necator americanus
Muito similares
Ovais/Elipsides
Casca transparente/hialina
Importante: exame de fezes - larvas rabditides de ancilostomatdeos podem eclodir - diferenciao das larvas
rabditides de S. stercoralis. 9
Morfologia: ovos
A. duodenale: 20.000 a 30.000 ovos /diaN. americanus: 9.000 ovos / dia
Morfologia: larvas
Larvas rabditides (1 e 2 estdios larvrios)
Ancilostomdeos Strongyloides
Vestbulo bucal Longo Curto
Pequena dilatao
Dilatao maior(Bulbo musculoso)
Estreitamento
Ambas exibem esfago
rabditide
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Morfologia: larvas
Larvas rabditides (1 e 2 estdios larvrios)
Ancilostomdeos Strongyloides
Primrdio genital Imperceptvel Bem visvel (grande)
Tamanho: 300 a 400 m11
Morfologia: larvas
Larvas filariides (3 estdio larvrio)
Ancilostomdeos Strongyloides
Esfago filariide Ocupa 1/3 do comprimento Ocupa do comprimento
(Uniforme ; cilndrico do corpo da larva do corpo da larva
sem dilataes)
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No necessitam de hospedeiros intermedirios
Ciclo Biolgico
Duas fases distintas
Meio exterior
Hospedeiro definitivo
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Ciclo Biolgico : penetrao ativa
1.Ovos nas fezes Embrionamentodos ovos:Temperatura (20-30C) / Umidade (90%)/ Oxignio
2.L1 rabditide (solo-mat. org.)3.L3 filariide (bainha externa)a. Geotropismo -b. Termotropismo +c. Hidrotropismo +d. Tigmotropismo +
4.Penetrao da larva filariidena pele Circulao sangunea Corao -Pulmo (L4) Deglutio - Intestino (L5)
5.Vermes adultosPerodo pr-patente: 35-60 dias A.duodenale / 42 60 N. americanus
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Ingesto de L3 com alimento ou gua
Larvas perdem cutcula no estmago (pH cido; enzimas gstricas)
Larvas migram para o ID (duodeno), penetram na mucosa e clulas de Lieberkunn
Muda para L4 emergem a luz intestinal (hematofagia)
Intestino delgado - L5 (aprox. 15 dias depois infeco) adulto (30 dias)
Adultos: cpula postura (ovos:1 a 2 meses aps infeco)
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Ciclo Biolgico : infeco oral
A. duodenale: tanto transcutnea quanto oral (mais efetiva)N. americanus: transcutnea
Perodo de invaso cutnea
Leses mnimas (exceto ataque macio)
Sensao de picada
Hiperemia
Prurido
Edema
Dermatite urticariforme: mais observada por N. americanus (cessa aps 10 dias)
Ao patognica
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Perodo migratrio
Sndrome de Loeffer: tosse, febre, formao de catarro, sintomas de asma
Ao patognica
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Perodo de parasitismo intestinal
Ao patognica
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Leses da mucosa intestinal
Dilacerao na mucosa - cpsula bucal
Material necrosado ingerido pelo parasito - junto com o sangue
Mudana de local - aumento da rea lesada; perda de sangue
Espoliao sangunea
Substncias anticoagulantes nas secrees dos parasitos
40 vermes adultos: A. duodenale: 0,01 a 0,30 mL de sangue / N. americanus: 0,01 a 0,04 mL de sangue 100 a 1.000 vermes adultos: 10 a 30 mL de sangue / 5 a 15 mg Ferro
Perodo de parasitismo intestinal
Ao patognica
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Anemia ancilostomtica
Intensidade do parasitismo x volume de sangue perdido / dia
Paciente em dieta alimentar pobre (subnutrio crnica) 44 milhes de mulheres grvidas
Alteraes em outros rgos
Hiperplasia eritroctica do tipo normoctico
Dilatao do corao
Fgado: congesto e degenerao gordurosa (casos mais graves)
Anemia ancilostomtica (Amarelo): Anemia ferropriva: deficincia de ferro Tempo longo at o estabelecimento da anemia
Hipoproteinemia: edemas e atrofia da mucosa intestinal Perdas intestinais de sangue total Ingesto insuficiente de protenas
Diagnostico Clnico: deve ser diferenciada da duodenite, lceras duodenais ecolecistite
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Ao patognica
Sintomatologia
Incio e Fase Aguda
Prurido na regio da penetrao da larva.
Sinais da Sndrome de Loeffer
Eosinofilia sangunea: 30%
Alta carga parasitria: mal estar abdominal (epigstrica), nuseas,vmitos, clica diarreica, febre branda, cansao, perda de peso.
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Sintomatologia
Forma crnica:
Indivduos bem nutridos: sem manifestaes clnicas ou poucos sintomas
Indivduos subnutridos:
Anemia
Palidez
Cansao, apatia, vertigens, desnimo
Crianas: apetite reduzido ou exagerado, crescimento comprometido
Geofagia distrbio neurolgico (tentativa de repor ferro)
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Diagnstico
Mtodo de Willis (Flutuao em soluo saturada de NaCl)
Ovos leves de helmintos
Homogeneizao (frasco de boca larga)
Adio de Soluo NaCl
Homogeneizao
Adio de NaCl (Menisco positivo)
Lamnula - 10 a 15 minutos
Sem diferenciao de spp. (cultura de larvas)
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Mtodo de Rugai
Pesquisa de larvas de helmintos nas fezes (Strongyloides stercoralis eancilostomatdeos )
Termotropismo positivo
Amostra envolvida por gaze, abertura voltada para baixo clice de sedimentao
gua aquecida a 45C / no mnimo uma hora
Coletar o sedimento do clice
Examinar com lugol
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Diagnstico
Tratamento
Anti-helmnticos
Mebendazol: 100 mg / 2x ao dia (adultos e crianas) por 3 dias
Efetivo para todas as espcies
Albendazol (degenerao tegumentar e intestinal do parasito): 400 mg viaoral / 3 dias
Pamoato de Pirantel (bloqueio muscular): 10 mg / Kg do paciente dosenica
Tratamento antianmico:
Ferro: sulfato ferroso (200 mg / 3X dia)
Alimentao abundante
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Profilaxia
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Jeca Tatu Monteiro LobatoSculo XX: a pedido de Vargas (conscientizar populao sobre o uso de calados)
Profilaxia
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Uso de calados.
Uso de luvas para manipulao de terra.
Tratamento de gua e esgoto
- Mais eficientes que tratamento dos doentes
Tratamento dos doentes - aplicao em reas endmicas: induo da resistncia do parasito droga
Estudos recentes que revigoraram o estudo sobre ancilostomatdeos:
Perspectivas
Vacina (Fundao Bill e Melinda Gates)
Gaze et al., 2012; Helmby, 2015
Testes no Brasil (MG) e EstadosUnidos
Dois antgenos que estimulam aproduo de anticorpos queinibem a hematofagia
Limitaes: modelos animais,necessidade da descoberta de maisantgenos (genoma)
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Estudos recentes que revigoraram o estudo sobre ancilostomatdeos:
Perspectivas
Supresso da inflamao associada com adoenas auto-imunes benefcio do efeito da infeco pelos helmintos?
- Quadros assintomticos- Necessidade de saneamento adequado
- Vive por muitos anos no hospedeiro
Gaze et al., 2012; Helmby, 2015 29
Dermatite serpiginosa ou dermatite linear serpiginosa
Bicho geogrfico ou bicho das praias
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Larva migrans cutnea
Ancylostoma braziliense
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Larva migrans cutnea: agentes etiolgicos
Um par de dentes
A. caninum
Trs pares de dentes
Larvas de terceiro estdio
Ces e gatos
Larva migrans cutnea
Infeco no ser humanohospedeiro no habitual
L1 fezes co e gato
L3 (infectante)
Penetram ativamente na pele do homem
Migram para o tecido subcutneo
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Larva migrans cutnea
Larvas penetram pela pele - morrem sem completar seu ciclo de vida
Abrem tneis entre a epiderme e a derme (2 a 5 cm / dia)
Rastro deixado: consequncia de reao inflamatria - infiltrado de eosinfilos. Posteriormente, a parte mais antiga desinflama, deixando uma faixa
hiperpigmentada
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Larva migrans cutnea: Diagnstico e Tratament