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Anarquismo Metodológico. Paul Feyerabend. Biografia. Nascimento 13 de Janeiro de 1924 , Áustria 1942 : Graduou-se no nível médio e passou a servir às unidades de serviço alemãs. Serve na França. - PowerPoint PPT Presentation
Anarquismo Metodolgico
Anarquismo MetodolgicoPaul FeyerabendBiografiaNascimento13 de Janeirode1924, ustria
1942: Graduou-se no nvel mdio e passou a servir s unidades de servio alems. Serve na Frana.
Em dezembro de1943, ele serviu como oficial na parte norte da frente oriental. Foi condecorado com acruz de ferroe promovido atenente.
Foi atingido por trs disparos enquanto direcionava as tropas. Uma das balas acertou sua espinha.
Como conseqncia deste evento precisou utilizar uma bengala para o resto de sua vida e freqentemente experimentava fortes dores.
BiografiaEstudou na Academia de Weimar e retornou a Viena para estudarHistriaeSociologia.
Passou a estudarFsicaonde conheceuFelix Ehrenhaft, um fsico cujas experincias influenciaram a sua viso sobre a natureza da cincia.
Muda o foco de seus estudos paraFilosofiae submeteu sua tese final em sentenas de observao.
1948: foi ao primeiro encontro do seminrio internacional de vero daAustrian College Societyem Alpbach. Onde conheceu Karl Popper.
Popper teve uma influncia muito grande em seus trabalhos posteriores, de uma maneira positiva, inicialmente.
1951: Feyerabend conseguiu uma bolsa para estudar sob a orientao deWittgenstein. No entanto, Wittgenstein morreu antes de Feyerabend mudar-se para a Inglaterra.
1952: Escolhe Popper como seu orientador e passou a estudar naLondon School of economics.
BiografiaFeyerabend recebeu sua primeira indicao acadmica para aUniversidade de Bristol, Inglaterra, onde ocupou-se de leituras sobreFilosofia da cincia.
Mais tarde trabalhou como professor emBerkeley,Auckland,Sussex,Yale,LondreseBerlim. Durante este perodo desenvolveu uma viso crtica da cincia, a qual mais tarde descreveria como "anarquista" ou "dadasta" para ilustrar sua rejeio ao uso dogmtico das regras. Sua posio era incompatvel com a cultura racionalista contempornea na filosofia da cincia.
Morte11 de fevereirode1994(70anos)
ObrasBibliografia em Portugus
Dilogo sobre o mtodo.Lisboa:Editora Presena, 1991. ISBN: 972-23-1354-1
Contra o Mtodo. So Paulo: EditoraUNESP, 2007. ISBN: 978-85-7139-738-5
Dilogos sobre o conhecimento. So Paulo:Editora Perspectiva, 2008. ISBN: 978-85-273-0237-1
Adeus razo. So Paulo: EditoraUNESP, 2010. ISBN: 8539300451 ISBN13: 9788539300457
A Cincia em uma sociedade livre. So Paulo: EditoraUNESP, 2011. ISBN: 978-85-3930-145-4
Bibliografia em Ingls
Against Method: Outline of an Anarchistic Theory of Knowledge(1975),ISBN 0-391-00381-X,ISBN 0-86091-222-1,ISBN 0-86091-481-X,ISBN 0-86091-646-4,ISBN 0-86091-934-X,ISBN 0-902308-91-2(First edition in M. Radner & S. Winokur, eds.,Analyses of Theories and Methods of Physics and Psychology, Minneapolis: University of Minnesota Press, 1970.)
ObrasScience in a Free Society(1978),ISBN 0-8052-7043-4
Realism, Rationalism and Scientific Method: Philosophical papers, Volume 1(1981),ISBN 0-521-22897-2,ISBN 0-521-31642-1
Problems of Empiricism: Philosophical Papers, Volume 2(1981),ISBN 0-521-23964-8,ISBN 0-521-31641-3
Farewell to Reason(1987),ISBN 0-86091-184-5,ISBN 0-86091-896-3Three Dialogues on Knowledge(1991),ISBN 0-631-17917-8,ISBN 0-631-17918-6
Killing Time: The Autobiography of Paul Feyerabend(1995),ISBN 0-226-24531-4,ISBN 0-226-24532-2
Conquest of Abundance: A Tale of Abstraction versus the Richness of Being(1999),ISBN 0-226-24533-0,ISBN 0-226-24534-9
ObrasKnowledge, Science and Relativism: Philosophical Papers, Volume 3(1999),ISBN 0-521-64129-2
For and Against Method: Including Lakatos's Lectures on Scientific Method and the Lakatos-Feyerabend CorrespondencewithImre Lakatos(1999),ISBN 0-226-46774-0,ISBN 0-226-46775-9
The Tyranny of Science(2011),ISBN 0-7456-5189-5,ISBN 0-7456-5190-9Artigos:
Realism, Rationalism and Scientific Method: Philosophical papers, Volume 1 (1981),ISBN 0521228972,ISBN 0521316421
Problems of Empiricism: Philosophical Papers, Volume 2 (1981),ISBN 0521239648,ISBN 0521316413
Knowledge, Science and Relativism: Philosophical Papers, Volume 3 (1999),ISBN 0521641292
TRATADO CONTRA O MTODOA Cincia uma empresaessencialmentetericoanarquista; o anarquismo mais humanistaemais adequado paraencorajar o progressodo quesuas alternativas com base na leie da ordem.
A irredutibilidade do mundoA histriaem geral e dahistria das revoluesemparticular, sempre mais rica em contedo,mais variada,mais multilateralemais vivae inteligentedo que mesmoo melhorhistoriadoremelhor metodlogopodem imaginar.
A histria est cheiadeacidentese conjunturasecuriosasjustaposiesde eventos. Isto mostra a complexidade damudana humanae a naturezaimprevisveldas consequncias ltimasde qualquerato ou deciso de o homem.
Devemos realmente acreditar que as regras ingnuas e simplrias que os metodlogos tomam como guia so capazes de explicar tal labirinto de interaes? P. 32
A inexistncia de fatos nusEmuma anlise mais aprofundadaencontra-sede que a cinciano conhece 'fatosnus', mais, mas os"fatos"que registramo nosso conhecimento j sointerpretadosde qualquer forma eso, portanto,essencialmentetericos.
Sendo assim, a histria da cincia to complexa,catica echeia de erroscomoas ideiasque ele contm,e por sua vez, essas ideiassero to complexas, caticas,cheia de erros comoasmentes daqueles que as inventaram.
A simplificao dos participantesA educao cientfica tal como hoje a conhecemos tem precisamente esse objetivo. Simplifica a cincia pela simplificao de seus participantes: primeiro, defini-se um campo de pesquisa. Esse campo separado do restante da histria e recebe uma lgica prpria. [...] condiciona ento aqueles que trabalham nesse campo; torna suas aes mais uniformes e tambm congela grandes pores do processo histrico. p. 34.
A insuficincia do Mtodo CientficoMas ser que desejvel dar apoio a tal tradio a ponto de excluir tudo o mais?
E minha resposta, a essas perguntas, ser um firme e sonoro NO.
H duas razes que fazem tal resposta parecer apropriada:
A primeira que o mundo que desejamos explorar uma entidade em grande parte desconhecida.A segunda razo que uma educao cientfica, como antes descrita no pode ser conciliada com uma atividade humanista.
A mutilao da individualidadeElaentra em conflito comocultivo da individualidade, a nica coisa que produz ou pode produzir seres humanos bem desenvolvidos (MILL, John Stuart).
Mutila, por compresso, tal como mutila os ps de uma dama chinesa, cada parte da natureza humana que sobressaia perceptivelmente, e tende a fazer que certa pessoa tenha um perfil marcadamente diferente. (MILL, John Stuart).A negao da liberdadeUma gerao que teve a coragem de livrar-se de Deus, de esmagar o Estado e a Igreja e de subverter a sociedade e a moralidade continuava todavia a curvar-se diante da Cincia. E na Cincia, onde deveria reinar a liberdade, a ordem do dia era 'acredite nas autoridades ou ter sua cabea cortada'. p. 36.
Comprovao Emprica do Argumento[...] um dos aspectos mais notveis das recentes discusses na histria e na filosofia da cincia a compreenso de que eventos e desenvolvimentos como a inveno do atomismo na Antiguidade,a a Revoluo Copernicana, o surgimento do atomismo moderno e a emergncia gradual da teoria ondulatria da luz ocorreram apenas porque alguns pensadores decidiram no se deixar limitar por certas regras metodolgicas bvias, ou porque as violaram inadvertidamente.
O Progresso para o AnarquismoPara um empirista, progresso significar a transio a uma teoria que permite testes empricos diretos da maioria de seus pressupostos bsicos.
Para outros, progresso pode significar unificao e harmonia, talvez mesmo custa da adequao emprica. ( assim que Einstein encarava a Teoria Geral da Relatividade).
E minha tese a de que o anarquismo contribui para que se obtenha progresso em qualquer dos sentidos que se escolha atribuir o termo.
Mesmo uma cincia pautada por lei e ordem s ter xito se se permitir que, ocasionalmente, tenham lugar procedimentos anrquicos.
O PRINCPIO DO TUDO VALEEst claro, ento, que a ideia de um mtodo fixo ou de uma teoria fixa da racionalidade baseia-se em uma concepo demasiado ingnua do homem e de suas circunstncias sociais. Para os que examinam o rico material fornecido pela histria e no tm a inteno de empobrec-lo a fim de agradar a seus baixos instintos, a seu anseio por segurana intelectual na fora de clareza, preciso, objetividade e verdade, ficar claro que h apenas um princpio que pode ser defendido em todas as circunstncias e em todos os estgios do desenvolvimento humano. o princpio de que tudo vale. p. 43.
Detalhamento do Tudo vale: as contra-regrasUm cientista que deseja maximizar o contedo emprico das concepes que sustenta e compreend-las to claramente quanto lhe seja possvel deve, portanto, introduzir outras concepes, ou seja, precisa adotar uma metodologia pluralista. Ele precisa comparar idias antes com outras idias do que com a experincia e tem de tentar aperfeioar, em v de descartar as concepes que fracassaram nessa competio. p. 46.
Concebido dessa maneira, o conhecimento no uma srie de teorias e autoconsistentes que converge para uma concepo ideal, no uma aproximao gradual da verdade. , antes, um sempre crescente oceano de alternativas mutuamente incompatveis, no qual cada teoria, cada conto de fadas e cada mio que faz parte da coleo fora os outros a uma articulao maior, todos contribuindo, mediante esse processo de competio, pra o desenvolvimento de nossa conscincia. p. 46.
O pluralismoPor exemplo, possvel utilizarhiptesesque contradizembem teorias confirmados e / ou resultados bem estabelecidos. Podemos fazer avanar a cincia procedendo contra-indutivamente.
Alm disso,algumas das propriedadesmais importantes deumateoria formal so descobertas porcontraste no,para anlise.
Um cientista quedeseja maximizaro contedo empricodos pontos de vistasubjacentes equer entender mais claramente possvel, temde introduzir, comoasacima,outros pontos de vista, isto ,tem queadotar uma metodologiapluralista.Voc deve comparar suas ideias comoutras ideiasdo que com a Experincia,edeve tentarmelhorar, e node excluso,os pontos de vistaque sucumbiramnesta competio.
O conhecimentoConcebido desta forma, o conhecimento no uma srie deteoriasauto-consistentes que convergememuma perspectivaideal,no uma abordagemgradualpara a verdade.
, antes, umsempre umcrescente oceanode alternativas mutuamente incompatveis.
Um mundo imaginrioComo descobrir otipo de mundo quepressupomos, ao agir como agimos?
A resposta clara: no podemosdescobri-laa partir de dentro.Precisamos de um critrioexterno decrtica, de um conjunto alternativo de pressupostos;
Precisamos construirum mundo alternativoimaginrio para descobriras caractersticas do mundo realem que vivemos(e o qual, na verdade, talvez seja apenas outro mundo imaginrio).
FIM
Elaborado por Luana Rosrio