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XXIII Semana da Enfermagem do Coren-RR – 12 a 20 de maio de 2017 COREN-RR: Rua, Rocha Leal, nº. 296 São Francisco, CEP: 69305-095, Boa Vista-RR. Fone: (95) 3224-6552 - Site: www.corenrr.org.br - E-mail: [email protected]: ANAIS XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM Transformando o cuidado e

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XXIII Semana da Enfermagem do Coren-RR – 12 a 20 de maio de 2017

COREN-RR: Rua, Rocha Leal, nº. 296 São Francisco, CEP: 69305-095, Boa Vista-RR.

Fone: (95) 3224-6552 - Site: www.corenrr.org.br - E-mail: [email protected]:

ANAIS XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM

Transformando o cuidado

e

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

1

XXIII Semana da Enfermagem do Conselho Regional de Enfermagem

de Roraima (COREN-RR), n.01, ano 2017. Campus Paricarana da

Universidade Federal de Roraima (UFRR). Anais... Boa Vista-RR:

COREN-RR, 2017. 64p.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

2

Corpo Editorial

Comissão Organizadora e Científica: .

Dr. Raphael Florindo Amorim – Enfermeiro

Drª Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto – Enfermeira

Drª Daniela Trindade – Enfermeira

Portaria COREN-RR n.060 de 08/02/2017.

Conselho Regional de Enfermagem - RR

Presidente:

Dr. Josias Neves Ribeiro - Enfermeiro

Conselheiros Efetivos:

Dr. Rodrigo Augusto Zagury - Enfermeiro

Dr. Francisca Irani Mineira de Pinho - Enfermeira

Daniel Bernardino Zanona – Técnico de Enfermagem

Rosa Mendes Ribeiro – Técnica de Enfermagem

Conselheiros Suplentes:

Drª Luzia Silva Rodrigues - Enfermeira

Drª Gabrielle Almeida Rodrigues - Enfermeira

Dr. Raphael Florindo Amorim - Enfermeiro

Reginaldo José da Silva – Técnico de Enfermagem

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

3

Apresentação

A Semana da enfermagem é um evento anual organizado pelo

Conselho regional de Enfermagem, para proporcionar um momento de

integração entre os profissionais da categoria e ainda disseminar

conhecimento.

O evento está na sua XXIII edição e a cada ano e teve como tema:

“Enfermagem na linha de frente, transformando o cuidado, ” objetivando

consolidar a postura ética e cidadã propiciando a indissociabilidade entre

os diversos saberes do conhecimento.

Na era da informação e da tecnologia, do avanço frenético na busca

de melhores terapias e tratamentos, o profissional de enfermagem continua

sendo o que mais mantém contato direto com o paciente durante a

internação no ambiente hospitalar, onde este depende (parcial ou

totalmente) do auxílio da equipe de enfermagem para suprir suas

necessidades humanas básicas, acarretando assim um contato que

envolve exposição corporal, invasão da intimidade e procedimentos que

visam manutenção e controle da homeostase orgânica. Nesse cenário,

apresentamos os Anais do XXIII Semana de Enfermagem consolidando e

confirmando o compromisso do COREN-RR com a produção do

conhecimento científico e socialização deste.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

4

Prefácio

De longa data conhecemos o ditado que traduz a enfermagem

como “arte do cuidar”, porém a muito tempo saímos do saber empírico

para vivenciar o saber científico e assistimos diuturnamente o

crescimento da enfermagem enquanto ciência. Esta enfermagem

merece cada dia mais espaço na divulgação de suas descobertas, e

através dos eventos científicos podemos fortalecer estes laços, cabe

a cada um de nós disseminar o que aprendemos e o que vivenciamos,

afinal aquele “plantão inusitado”, aquela ação de saúde e o trabalho

de conclusão de curso podem ter muito a contribuir com o saber do

outro.

Este é o primeiro ano que produzimos os Anais da Semana da

enfermagem, por acreditarmos no poder da disseminação do

aprendizado e esperamos que estes possam contribuir com o

aprendizado de cada profissional, além de incentivar a novas e ricas

publicações nos eventos que estão por vir.

Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

5

Sumário

Efeitos crônicos da ingestão do álcool sobre o sistema nervoso central do organismo

humano…………..……………...................………………………………………………08

A adesão dos profissionais da saúde para a prática de higienizar as mãos: Revisão sistemática…………………...……………………………………………………….…….09

Câncer de mama e os fatores relacionados a adesão ao tratamento: revisão de literatura……………………..…………………………………………………….………..10

Impacto do acolhimento na atenção básica sob a ótica dos acadêmicos de enfermagem…………………………………………………………..…….………….…..11

Câncer de boca e a falta de orientação sobre os fatores de risco, sinais, sintomas, e tratamento: revisão de literatura……………………………………………….....…...….12

Visão masculina dos fatores condicionantes para o declínio da busca do diagnóstico do câncer de próstata: uma revisão de literatura………...…………......................…..13

Métodos contraceptivos: prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidez precoce na adolescência…………………...……………..………………….14

Fatores associados à dengue……………………………..……………..……………….15

Lúpus eritematoso sistêmico (LES): uma breve revisão………………..……………...17

Tecnologias digitais na infância: influência, desenvolvimento e risco à saúde.….....18

Relação entre a incidência de câncer de pele e a destruição da camada de ozônio…………………………..……………………………………………………….…..19

SensibilizArte – a humanização em saúde sob o olhar acadêmico: relato de experiência………………………………………..………………………………………..20

As características da leptospirose e sua relação com o meio ambiente no Brasil.....21

A importância do acadêmico na liga de obstetrícia…………………………..……...….22

As consequências do uso de agrotóxicos à vida dos trabalhadores rurais……....….23

A importância da enfermagem forense no controle da violência intrafamiliar de jovens no Estado de Roraima………………………………………………………..............…...24

Verificação de fatores e sintomas associados a depressão entre graduandos de enfermagem e medicina: revisão bibliográfica…………………………..……..……….25

O desenvolvimento do câncer e sua relação com o consumo de conservantes como aditivos em alimentos enlatados no Brasil…………………..………………………......26

Atendimento de enfermagem à mulher sobrevivente à violência doméstica……...…27

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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Recortes da violência doméstica em Roraima……….…….………..………………….28

Avaliação do impacto da realização de assembleias no centro de atenção psicossocial – CAPS ii em boa vista –RR na humanização em saúde mental.…..........................29

Tuberculose e os fatores relacionados a falta de conhecimento: revisão de literatura………………………………………………………………………….….……...31

Baixa adesão na realização do exame papanicolau Sob a ótica de mulheres em idade

fértil…………………………………………………………………..………...........……...32

Como a enfermagem pode atuar nos casos de estupro e agressões físicas que dão

entrada no hospital pelo setor emergencial…………………………..……….………..33

Infecção hospitalar adquirida na UTI: uma realidade iminente – revisão

integrativa…………………………………………………………………………..……….34

O profissional de enfermagem frente as doenças ocupacionais: revisão de

literatura…………………………………………………………………………….……....36

Relato de experiência sobre a percepção das ligantes de obstetrícia quanto à prática

do quarto passo no pós-parto em uma maternidade pública…………….............…..38

Prevalência do diabetes mellitus registrados pelo distrito sanitário especial indígena

leste de Roraima no período de 2014………………………….……………..………….39

Principais diagnósticos de enfermagem aplicados a pacientes infectados por

arbovírus…………………………..…………………………………………………….….40

Alcoolismo na adolescência, o enfermeiro como estratégia na prevenção……........42

O papel do enfermeiro perfusionista na circulação extracorpórea……………….......43

Malformação congênita devido ao fator genético: revisão de literatura……...…..…..44

Rotina de idosos residentes em uma instituição de longa permanência em Boa Vista-

RR: um relato de experiência……….………………………………………...........…….45

Preparando a mulher para o parto e o puerpério…………………………….....………46

Aedes aegypti: conscientização e disseminação do combate ao mosquito……..…..47

A atuação na liga acadêmica em saúde mental: um relato de experiência……….....48

Contribuição da educação em saúde junto à equipe de enfermagem para a prevenção

de riscos de infecção hospitalar em uti-p do HCSA-PMBV-RR……...................…...49

Utilização Da Sistematização Da Assistência De Enfermagem No Hospital Geral De

Roraima Pelos Enfermeiros…………………………………………………………..…...50

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

7

Política Nacional De Humanização: Uma Análise Do Conceito De Humanização com

Profissionais De Saúde Do Hospital Geral De Roraima……………………………......52

Masculinidades E Fatores De Risco Cardiovascular Em Roraima…….....…………...54

A Percepção De Enfermeiros Obstetras Acerca Da Assistência De Enfermagem A

Parturientes Indígenas De Um Hospital Do Estado De Roraima………………….…..56

O Parto Indígena Hospitalar: Sob A Ótica De Enfermeiros Atuantes Em Maternidade

De Roraima…………………………………………………………………………..……..57

Retrospectiva Sobre O Dengue No Estado De Roraima……………………………....58

A Relação Do Uso Do Ácido Acetilsalicílico (AAS) Com O Ataque Cardíaco: Revisão

De Literatura…….………………..………………………………………………………...59

Relato De Experiência: A Partir Das Práticas Realizadas Em Um Capsad………..…60

Resultados dos Trabalhos Científicos...................................................................61

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EFEITOS CRÔNICOS DA INGESTÃO DO ÁLCOOL SOBRE O SISTEMA NERVOSO

CENTRAL DO ORGANISMO HUMANO

Kelly Amanda C. P. (Relatora - e-mail: [email protected]), Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O consumo abusivo de álcool, além de causar milhões de mortes por ano, está relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças, parte delas ocasionadas por alterações no funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC). O álcool é considerado uma droga psicotrópica depressora desse sistema. Graças a seu longo período de desenvolvimento, os efeitos crônicos da bebida alcoólica não recebem a devida atenção. Objetivo: Investigar os efeitos crônicos da ingestão do álcool para o sistema nervoso central do ser humano, buscando para isso compreender o papel e a importância do Sistema Nervoso Central e avaliar como a bebida alcoólica afeta os seus componentes. Metodologia: Revisão bibliográfica, qualitativa, descritiva, o material usado para realizar esta revisão foi coletado a partir de pesquisa na ferramenta Google Acadêmico, nos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Scientific Electronic Library Online (SciELO) usando os termos “álcool” e “sistema nervoso central”, foram desconsiderados os resultados duplicados e os que não abrangeram o tema em estudo. Resultados e discussão: A ideia midiatizada que populariza o álcool como uma bebida que causa apenas efeitos passageiros sendo, muitas vezes, apenas uma “diversão”, influencia no índice elevado de consumo de bebidas alcóolicas, o relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a situação mundial de álcool e saúde, constatou que 55% dos adultos consomem bebidas alcoólicas principalmente entre jovens e adolescentes. Entretanto, os efeitos do álcool são para além dos sintomas imediatos como, euforia, tontura, náusea, que são os mais conhecidos, os mais evidentes. Ele causa danos crônicos a diversos componentes do organismo humano, como o Sistema Nervoso Central (SNC). O SNC é responsável pela coordenação, direta ou indireta, da maioria das funções motora, visceral, endócrina e psíquica do corpo humano, processando todos os estímulos, sendo responsável pelas respostas a tais estímulos. Essas respostas sofrem influência de drogas psicotrópicas, como o álcool. As sinapses são os locais de contato entre células do SNC e outras células efetoras, sendo responsável pela transmissão dos impulsos nervosos em uma única direção. A parir daí as informações são transmitidas por meio de neurotransmissores, que podem ser excitatórios ou inibitórios. O álcool prejudica as sinapses deixando o processo mais lento, sendo por isso considerado depressor do SNC, considera-se também o prejuízo na atividade elétrica do neurônio. Em alguns casos ocorre redução no rendimento em testes neuropsicológicos que exploram a memória e a capacidade de aprendizagem, motivada pela dificuldade de manter a atenção. Além das complicações funcionais, observações a partir de tomografia axial computadorizada e ressonância magnética apontam a atrofia cerebral, diminuição da massa encefálica, associadas ao uso de bebidas alcóolicas. Considerações finais: O SNC é um componente de extrema importância para o ser humano, portanto, o desequilíbrio no seu funcionamento pode causar sérios danos ao indivíduo. O álcool se mostra como elemento prejudicial no processo de comunicação dos neurotransmissores, desencadeando o surgimento de diversas doenças.

Palavras-chave: Álcool. Efeitos crônicos. Sistema Nervoso Central.

Referências:

CARLINI, E. A.; NAPPO, S. A.; GALDURÓZ, J. C. F.; NOTO, A. R. Drogas Psicotrópicas – O Que São e Como Agem. São Paulo: Revista IMESC - Instituto de Medicina Social e de Criminologia, n. 3, 2001.

JUNQUEIRA, L. C. U. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

WHO, World Health Organization. Global status report on alcohol and health 2014. Luxembourg: WHO Library Cataloguing-in-Publication Data, 2014.

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A ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA A PRÁTICA DE HIGIENIZAR AS MÃOS: REVISÃO SISTEMÁTICA

Leydnara A. B. (Relatora, e-mail: [email protected]); Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Higienizar as mãos é a medida mais importante reconhecida há muitos anos para prevenir a transmissão de microrganismos patogênicos e evitar infecções, mas fazer com que os profissionais coloquem em práticas de forma contínua em seu cotidiano tem sido um grande desafio. Objetivo: Descrever a importância da higienização das mãos no ambiente hospitalar e compreender as dificuldades de adesão dos profissionais a essa prática. Metodologia: Pesquisa de revisão bibliográfica, onde se utilizou fontes oficiais do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Organização Mundial de Saúde (OMS) e também as bases de dados Scielo e PubMed. Os artigos obtidos foram analisados e sintetizados, proporcionando melhor explicação sobre o determinado problema. Resultado e Discussão: A OMS estabelece cinco momentos de higienização das mãos para evitar a proliferação de microrganismos, são eles: 1. Antes do contato com o paciente, 2. Antes da realização de procedimento asséptico, 3. Após risco de exposição a fluidos corporais, 4. Após contato com o paciente e 5. Após contato com as áreas próximas ao paciente. Em meio a esses requisitos necessários no controle das infecções hospitalares, foram evidenciados fatores que dificultam a prática desse ato, dentre eles, o acesso às pias e dosadores dispostos em locais inconvenientes ou distantes de onde os procedimentos estão sendo realizados, estudos comprovam que quando se tem uma maior disponibilidade de pias ou dosadores o profissional passar a higienizar as mãos com maior frequência, exemplo é o estudo realizado por Boyce (2001) que demonstrou quando a proporção era de 1 pia: 4 leitos, a adesão foi de 51% e quando a proporção passou de 1 pia: 1 leito a adesão aumentou para 76%. O fácil acesso ao produto proporciona maior aumento na adesão dos profissionais. Outro fator levantado é o tempo necessário para a realização do procedimento considerando-se a ocupação excessiva e o número insuficiente de profissionais, devido à correria na rotina dos profissionais uma alternativa pra sanar essa dificuldade seria a introdução de dosadores, destacando o álcool, de fácil aplicação e age rapidamente gerando uma economia de tempo para o profissional que pode chegar até cinco vezes se comparada ao tempo gasto nas lavagens das mãos com água, além da economia de tempo terá a de custo, visto que a introdução de pias teria um gasto maior, com encanamento, manutenção, água, papel toalha. As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptica. A aceitabilidade do produto disponibilizado para a higienização das mãos também foi indicado em uns dos fatores que dificultam esse hábito, podendo ser descrita a sensação desagradável em razão do forte odor do álcool. Considerações finais: A higienização das mãos é a medida individual mais eficiente na prevenção da propagação das infecções, muitas são as dificuldades dos profissionais em se habituar, diante disso, é necessária a atenção de gestores públicos, administradores de serviços de saúde e educadores para o incentivo e a sensibilização dos profissionais de saúde. Importante também que no ambiente de trabalho as equipes fossem incentivadas, é necessária uma educação contínua nesse assunto.

Palavras-chave: Adesão. Higienização. Profissionais.

Referências:

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Ministério da Saúde. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007.

Boyce JM. Antiseptic technology: access, affordability and acceptance. Emerging Infectious Diseases. 2001; 7(2): 231-233

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009.105p.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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CÂNCER DE MAMA E OS FATORES RELACIONADOS A ADESÃO AO TRATAMENTO: REVISÃO DE LITERATURA

Thalyta Ketlen. M. O. (Relatora, e-mail: [email protected]), Gleidilene N. S., Andreia Cristina N. C., Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O câncer de mama é um tumor maligno que levou a óbito no Brasil 14.622 mil mulheres

no ano de 2014, segundo o Instituto Nacional de Câncer, principalmente na faixa etária de 40 a 69

anos. É o segundo tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo e no Brasil é o primeiro.

Os fatores de risco da doença estão principalmente relacionados a idade avançada, ao histórico

familiar e aos hábitos de vida, como obesidade, consumo de bebidas alcoólicas e prática de

atividades físicas. Objetivo: Analisar os fatores que influenciam na adesão ao tratamento do câncer

de mama em mulheres. Metodologia: A presente pesquisa constitui-se de uma revisão bibliográfica,

descritiva, qualitativa, que teve como fontes de pesquisa filtragens nos sites de busca Scientific

Eletronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico, utilizou como fonte de dados o site no

Instituto Nacional de Câncer, manuais do Ministério da Saúde e periódicos publicados a partir do

ano de 2000. Foram analisados 38 periódicos e selecionados 18. E como critérios de avaliação das

referências, foram analisadas as discussões científicas que abordavam a respeito dos diagnósticos

e tratamento dos tumores mamários em mulheres, utilizando as palavras-chaves: câncer de mama,

diagnóstico e tratamento. Resultado e Discussão: O câncer de mama se dá a partir de alterações

celulares de forma desordenada. É uma doença que ainda não pode ser evitada, mas se

diagnosticada precocemente as chances de sobrevida aumentam, tornando-o decisivo quanto ao

bom prognóstico. As alterações promovidas pelo câncer causam grandes impactos na vida das

mulheres, tantos físicos quanto emocionais, pois trata-se de um processo longo e doloroso, que

envolve sentimentos, tais como medo, ansiedade e auto aceitação, além das mudanças físicas

devido a procedimentos invasivos, que influencia fortemente na decisão de aderir ao tratamento.

Conclusão: A escassez de informação a respeito da importância dos exames preventivos e um

diagnóstico tardio são fatores contribuintes para o elevado número de mortalidade, além dos fatores

socioculturais, como nível de escolaridade, condições econômicas e experiências vividas, que estão

diretamente interligados na adesão ao tratamento.

Palavras-chaves: Câncer de mama. Diagnostico. Tratamento.

Referencias:

BRASIL. Instituto Nacional do Câncer (INCA). A mulher e o câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014.

GOMES, E. A. Mulheres e câncer de mama: percepção, itinerário terapêutico e prevenção. 2012. 154 p. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.

MOURA, S. R. B. et al. Fatores de risco e de proteção para o câncer de mama: uma revisão da literatura. Revista Interdisciplinar UNINOVAFAPI, Teresina. v.5, n.3, p.42-45, Jul./Ago./Set. 2012.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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IMPACTO DO ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA SOB A ÓTICA DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.

André M (Relator, e-mail: [email protected]), Gabriel M.; Maria H.; Renata D.; Zedequias M.

Jaime L. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

A atenção básica é a porta de acesso do paciente no sistema de saúde, onde se promove saúde e previne os problemas de saúde da população. Nela, são oferecidos programas de saúde, assistências médicas, consultas de enfermagem, visitas domiciliares, assistência odontológica entre outras demandas de saúde. Num nível crescente de complexidade, algumas doenças são diagnosticadas na atenção básica e depois são referenciadas para os níveis de média e alta complexidade respeitando as diretrizes e princípios dos SUS. Este estudo tem por objetivo averiguar os impactos nas ações de saúde após implantação do programa de acolhimento implantado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com a observação sistemática dos acadêmicos de enfermagem inseridos no módulo de ensino: Interação Ensino, Serviços e Comunidade (IESC) do componente curricular do curso de bacharelado em enfermagem da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Metodologia, pretende-se realizar um estudo observacional descritivo na UBS Sayonara Maria Dantas Licarião no bairro Sen. Hélio Campos, na cidade de Boa Vista/RR. Discussões que destacaram pontos negativos e positivos na execução da estratégia do acolhimento em vista da realidade particular dessa unidade. A ênfase no distanciamento do discurso disposto pelo SUS no acolhimento e a real prática e a estrutura física para um atendimento ao usuário. Resultados mostraram-se positivos em relação ao tempo distribuído entre as atividades da estratégia em saúde da família e as demandas do acolhimento que não se sobrepõem. Porém relacionados aos recursos humanos, de acordo com protocolo de atendimento do caderno 28 da atenção básica, o quantitativo de profissionais é insuficiente para atender as demandas espontâneas do acolhimento e outras atividades na unidade. A capacitação em acolhimento dos profissionais, como resultado de melhorias na qualidade do atendimento mostrou-se necessária. Conclui-se que a tentativa de execução do acolhimento parte de a necessidade dos profissionais serem ouvidos sobre a adequação de sua realidade no seu espaço de atuação; melhorar a distribuição dos profissionais para atender a demanda espontânea, inclusive sugerida como proposta de intervenção para a problemática apresentada.

Palavras-chave: Acolhimento. Impacto. Unidade Básica de Saúde.

Referências:

Silva MNP da, Gomes ACL, Lago EC et al. Qualidade do acolhimento na Unidade básica de saúde Rev.

Enfermagem UFPE on-line., Recife, 9(Supl. 9):9923-8, nov, 2015

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 290 p.il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II)

MEDEIROS, Flávia A et al. Acolhimento em uma Unidade Básica de Saúde: a satisfação do usuário em foco. Rev. salud pública , Bogotá , v. 12, n. 3, p. 402-413, June 2010 . Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0124-00642010000300006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 25 Abril. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0124-00642010000300006.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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CÂNCER DE BOCA E A FALTA DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS FATORES DE RISCO, SINAIS, SINTOMAS E TRATAMENTO: REVISÃO DE LITERATURA.

Karoline G. L. (Relatora, e-mail: [email protected]), Thalyta K. M. O., Emily L. O., Gleidilene

N.S., Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O câncer de boca é um tumor maligno que levou a óbito 5.401 pessoas, dentre elas 4.223 homens e 1.178 mulheres no ano de 2013, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No Brasil, dados dos Registros de Câncer de Base Populacional mostram que o câncer de boca ocupa o 4º lugar entre os tipos de câncer mais incidentes no sexo masculino principalmente na faixa etária de 41 anos. Os fatores de risco da doença estão principalmente relacionados ao tabagismo, etilismo, infecções pelo vírus do papiloma humano (HPV), e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Objetivo: Ampliar o grau de orientação a respeito do câncer de boca, destacando os fatores de risco, sinais, sintomas e o tratamento. Metodologia: Estudo de revisão bibliográfica, qualitativa, descritiva, que utilizou como fonte de dados o site do Instituto Nacional de Câncer, manuais do Ministério da Saúde, periódicos publicados a partir do ano de 2000 e teve como fonte de pesquisa filtragens nos sites de busca Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico. E como critério de inserção das referências, foram utilizadas literaturas sobre orientações úteis aos usuários, fatores de risco e o controle da doença, utilizando as palavras-chaves: câncer de boca, orientações, falta de conhecimento, sinais, sintomas, tratamento e fatores de risco. Resultado e Discussão: O fumo e o álcool estão entre as principais causas do câncer bucal. O câncer tem o seu início com o descontrole de algumas células que se multiplicam mais rápido que as células normais do organismo e os fatores de risco são imprescindíveis para que ocorra a obstinação ao local acometido. Ele é pouco conhecido, costuma ser diagnosticado tardiamente e, no Brasil, já começa a ganhar contornos de verdadeira epidemia. Segundo o Inca, mais de 14 mil novos casos de câncer bucal são registrados por ano, a maioria entre homens. A prevenção e o diagnóstico precoce constituem as melhores formas de providência para novos casos que quando detectados na fase inicial, principalmente as neoplasias, têm de 80 a 90% de chances de cura. Conclusão: O alto índice de pessoas acometidas por câncer bucal revela a falta de conhecimento adequado da população sobre seus fatores de risco e prevenção, como evitar o consumo em grandes quantidades de bebidas alcoólicas, não fumar e ter uma boa higiene bucal. Ainda que existam esforços por parte da odontologia, campanhas por parte do INCA e outras instituições para a conscientização da população para a prevenção do câncer bucal, ainda há muito que ser feito.

Palavras-chave: Câncer de boca. Fatores de risco. Tratamento.

Referências:

DE LIMA, Antonio Adilson Soares et al. Conhecimento de alunos universitários sobre câncer bucal. Revista brasileira de cancerologia, v. 51, n. 4, p. 283-288, 2005.

DE SOUZA QUIRINO, Maria Rozeli et al. Avaliação do conhecimento sobre o câncer de boca entre participantes de campanha para prevenção e diagnóstico precoce da doença em Taubaté-SP. Revista de Odontologia da UNESP, v. 35, n. 4, p. 327-333, 2006.

OLIVEIRA, Jamile Marinho Bezerra de et al. Câncer de boca: avaliação do conhecimento de acadêmicos de odontologia e enfermagem quanto aos fatores de risco e procedimentos de diagnóstico. Rev. bras. cancerol, 2013.

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VISÃO MASCULINA DOS FATORES CONDICIONANTES PARA O DECLÍNIO DA BUSCA DO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

GleidileneN.S. (Relatora, e-mail: [email protected]), Thalyta Ketlen M. O., Andreia Cristina N.C., Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais leva ao óbito a população masculina, em sua maioria idosa, pois o risco aumenta de acordo com a idade, num contexto em que o gênero masculino revela preconceito em relação ao exame de toque retal considerado o mais eficiente no diagnóstico deste tipo de câncer. Objetivo: Sintetizar e analisar fatores condicionantes que favorecem o declínio na busca do diagnóstico do câncer de próstata. Metodologia: Pesquisa de revisão bibliográfica, descritiva, qualitativa, que teve como fonte de pesquisa filtragens nos sites de busca Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde, LILACS e Google Acadêmico, utilizou como fonte de dados o site no Instituto Nacional de Câncer, manuais do Ministério da Saúde e periódicos publicados. Foram coletadas 40 fontes, destas apenas 22 foram utilizados. Os critérios de exclusão foram literaturas duplicadas, e inferiores ao ano de 2002, como critérios de inclusão periódicos que abordassem o diagnóstico e o contexto do câncer de próstata, dessa maneira utilizando-se como palavras chaves: masculinidade, saúde, homem, toque retal, câncer, próstata e diagnóstico. Resultado e Discursão: A próstata é uma glândula que vai crescendo de acordo com a idade. O crescimento desordenado de células, e o excesso dessas células gera um tumor que pode ser considerado benigno ou maligno, sendo estudado aqui o tumor maligno, que é o caso do câncer de próstata. O câncer de próstata se desenvolve lentamente, para ele ter o tamanho de 1cm leva cerca de 4 à 10 anos. A partir dos 45 anos recomenda-se que os homens realizem o exame para detecção. O exame para diagnosticar é feito através do sangue ou do toque retal, porém o exame de sangue não é tão fidedigno, o exame eficaz é o de toque retal, porém devido à forma de como é realizado há uma baixa procura pelo mesmo nos serviços de saúde e para grande parte desta população, o exame instiga a sua masculinidade, uma vez que a maioria deles conhece a doença, mas se recusa realizar o procedimento, deste modo o exame afeta o aspecto psicológico do gênero masculino. Conclusão: O fator que possibilita a ineficácia da prevenção desse câncer é o diagnóstico tardio demonstrando desse modo à precariedade das políticas voltadas à saúde do homem com vistas à conscientização e mudanças de paradigmas relacionados à temática.

Palavras chaves: Câncer. Próstata. Diagnóstico.

Referências:

BRASIL. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer e seus fatores de risco: O que a educação pode evitar? 2 ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro, p.01-56. INCA, 2013.

GOMES, R. et al. As arranhaduras da masculinidade: uma discussão sobre o toque retal como medida de prevenção do câncer prostático. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.13, n.1, p.231-246. 2008.

GOMES, Romeu; NASCIMENTO, Elaine Ferreira do. A produção do conhecimento da saúde pública sobre a relação homem-saúde: uma revisão bibliográfica. Cad. Saúde Pública. v.22, n.5, p. 901-911. 2006.

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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTS) E GRAVIDEZ PRECOCE NA ADOLESCÊNCIA.

Keiva Cristina P.R. (Relatora, e-mail: [email protected]), Dérica Karoly E.A., Gabriel P.P., Emanuel A.B. (Orientador)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima campus Boa Vista-RR

As Doenças Sexualmente Transmissíveis estão entre os agravos de saúde pública mais comuns em todo o mundo, diante disto, levamos à comunidade escolar informações para os adolescentes, um público-alvo de risco para exposição e transmissão das IST. Assim, o Projeto “Métodos Contraceptivos: Prevenção da Infecção Sexualmente Transmissíveis (IST) e Gravidez Precoce na Adolescência” foi aplicado em duas escolas públicas da rede estadual, a Escola Professor Severino Gonçalves Cavalcante e Escola Dr. Ulysses Guimarães, localizadas na zona leste da cidade de Boa Vista objetivando promover a troca de saberes, através da realização de oficinas, acerca dos métodos contraceptivos, prevenção de gestações indesejadas e riscos da exposição a doenças venéreas. Nos encontros foram aplicados questionários para identificar o conhecimento dos estudantes no tema e discutimos sobre a importância desses contraceptivos, evidenciando seus benefícios, efeitos colaterais e demonstrando o uso dos mais comuns. Através da análise dos questionários, obtivemos informações importantes, e percebemos como a falta de diálogo familiar influencia na tomada de decisões dos jovens, que somada a curiosidade e a imaturidade, aumenta a probabilidade da ocorrência de casos de gravidez indesejada e/ou DST. Notamos que entre os 259 alunos participantes, 32% têm vida sexual ativa, e dentro deste percentual 80% informaram experiências com relações sexuais sem uso de preservativo, sendo a maioria garotas de 16 a 18 anos com renda familiar média de 1 a 2 salários mínimos, e pais com formação em ensino médio. De forma geral, identificamos o quão enriquecedor foram as oficinas no intuito de conhecer a realidade dos adolescentes e apresentar uma possibilidade aos mesmos de conhecerem mais sobre o tema ampliando o diálogo através da retirada de dúvidas.

Palavras-chaves: adolescência; gravidez; métodos.

Referências:

ABREU, J. F. R. O conhecimento e a atitude face à saúde sexual e reprodutiva: um estudo correlacional em estudantes universitários [dissertação de mestrado]. Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2008.

BELDA Jr. W, SHIRATSU R, Pinto V. Abordagem nas doenças sexualmente transmissíveis. AnBrasDermatol. 2009;84(2):151-59.

______. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Editora do

Ministério da Saúde, 2009.

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FATORES ASSOCIADOS À DENGUE

Sara S.O. (Relatora, [email protected]), Ramão Luciano, N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A dengue é uma doença febril aguda causada por um arbovírus, transmitida no Brasil

pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que constitui um sério problema de saúde pública

mundial em virtude da sua circulação por quase todos os continentes e do grande potencial para

formas graves e letais da doença, sendo considerada atualmente como a mais importante

arbovirose humana. Diversos fatores estão relacionados com a presença do vetor, tais como:

aglomerados urbanos; condições inadequadas de moradia e abastecimento de água; coleta

inapropriada do lixo; mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, o constante processo

migratório de pessoas e cargas, além da grande capacidade de adaptação do mosquito causador

da infecção. Objetivo: Saber os fatores que influenciam na transmissão da dengue e as medidas

utilizadas no controle vetorial do mosquito Aedes aegypti. Metodologia: Artigo de revisão

bibliográfica em diferentes bases de dados eletrônicas científicas, através de descritores referentes

à dengue, as medidas de controle vetorial e os fatores socioeconômicos e ambientais que

influenciam na transmissão da doença no Brasil. A pesquisa foi conduzida nas seguintes bases de

dados: Scielo; Fiocruz; Google Acadêmico; Lilacs e Periódicos CAPES. Resultados e discussão: A

dengue não é considerada de fato uma doença socioeconômica, pois afeta todas as classes, no

entanto populações de classe econômica baixa estão sobre maior risco de adquirir a infecção devido

às condições precárias de moradia, pouco conhecimento a respeito da doença e as medidas que

precisam ser tomadas para evita-la e principalmente a falta ou acesso inadequado ao saneamento

básico. Além dos fatores sociais e econômicos, a ocorrência da doença também está intimamente

ligada com as alterações climáticas e a grande capacidade de adaptação do vetor que possibilita

que a dengue esteja presente o ano inteiro, mas que se intensifique nos períodos chuvosos, onde

o aumento da temperatura e o acúmulo de água decorrente das chuvas tornam o ambiente mais

favorável para o desenvolvimento do mosquito. Por esses motivos é praticamente impossível que

se consiga erradicar o Aedes aegypti, sendo possível apenas seu controle, e para que isso acorra

de maneira eficaz precisa-se de mais atenção por parte das entidades estatais que deve intensificar

as políticas públicas de combate ao mosquito transmissor; realizar atividades de educação em

saúde que abranja a maior parte da comunidade, em especial aquelas em áreas consideradas mais

suscetíveis e buscar oferecer um serviço de saneamento básico de qualidade para toda a

população. Considerações finais: O conhecimento das prioridades comunitárias e o investimento

do governo na busca de soluções para os problemas de saneamento básico, juntamente com

políticas públicas voltadas para a população carente que vive em ambientes insalubres e o combate

aos focos de acúmulo de água, seria um importante aliado no controle da dengue.

Palavras-chave: Controle. Dengue. Socioeconômicos.

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Referencias:

ZARA, A. L. S. A. et al. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Brasília: Epidemol. Serv. Saúde, 2016.

MAGALHÃES, G. B; ZANELLA, M. E. A variabilidade climática e a frequência de dengue em Fortaleza-CE, Brasil. Fortaleza: Revista Brasileira do Prodema, 2015.

BUSATO, M. A. et al. Evolução da infestação por Aedes aegypti (díptera: culicidae) nos municípios do oeste de Santa Catarina. Florianópolis: Revista Saúde pública Santa Catarina, 2014.

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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES): UMA BREVE REVISÃO

Jadila Tainá S. O (Relatora, e-mail: [email protected], Nayara Kalila S. B, Ramão Luciano N. H

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que afeta vários sistemas do corpo desenvolvendo-se de forma lenta, apresentando sintomas depois de meses ou de uma forma mais rápida onde, os sinais aparecem em questões de semanas. A manifestação clínica dos sintomas do LES depende do órgão afetado o que dificulta o diagnóstico da doença, podendo variar desde manchas na pele e artralgia até problemas nos rins e o acometimento do sistema nervoso central. Quanto à origem da doença ainda é desconhecida, no entanto alguns autores fazem associações com fatores ambientais e distúrbio do metabolismo humano, gerando reações químicas onde as células dos tecidos do corpo liberam alguma substância fazendo com que seu sistema imunológico entenda como um invasor. Objetivo: Analisar o processo de desenvolvimento do lúpus no organismo humano e sua relação com o sistema imune, assim como os fatores de risco que desencadeia o Lúpus Eritematoso Sistêmico e de como o sistema imune age na resposta a esta doença. Metodologia: Esta é uma pesquisa bibliográfica qualitativa, descritiva visando a comparações entre as literaturas consultadas referentes ao tema. Os dados foram obtidos através de artigos relacionados com o Lúpus seja ele cutâneo ou eritematoso para compreensão da etiologia desta doença. Base de dados: revistas científicas, scielo e pubmed. Resultados e discussão: O lúpus é uma doença multifatorial na qual a interação entre fatores ambientais, genéticos e hormonais originam respostas imunes anormais que levam ao desenvolvimento desta doença. Estudos relata que a radiação ultravioleta induz a apoptose dos queratinócitos e aumentos das vesículas apoptóticas, podendo ter em sua superfície antígenos que se ligam a auto-anticorpos; esses auto-anticorpos ou antígeno-anticorpo, liberam citocinas sendo posteriormente fagocitados por macrófagos e apresentados aos linfócitos. Nesse processo, os autoanticorpos que se depositam na parede de vasos em território da microcirculação ligam-se ao sistema de complemento, proteínas responsáveis pela ligação às células inflamatórias como os macrófagos desencadeando uma resposta imune. Com lúpus, o sistema imunológico falha; em vez de produzir anticorpos protetores ele produz autoanticorpos, atacando os próprios tecidos do paciente. O LES é uma doença rara com atingimento tanto em homens como em mulheres, porém com maior incidência em mulheres numa proporção de nove a dez mulheres por um homem, principalmente na fase reprodutiva. Apesar de haver uma predisposição genética a doença poderá não ser desenvolvida, entretanto quando associada a fatores ambientais (a luz ultravioleta e medicamentos) e hormonais (estrogênio) pode haver um desequilíbrio no sistema imunológico favorecendo o surgimento do lúpus. Considerações Finais: A associação de fatores ambientais, genéticos e por vezes hormonais contribui para o desenvolvimento do lúpus; onde tais fatores ligados a apoptose celular desencadeiam respostas imunológicas inflamatórias. Os restos celulares proveniente da apoptose são expostos a componentes do sistema imune que não os reconhece e rejeitando-os dando início ao processo autoimune.

Palavras-Chave: Doenças autoimunes. Lúpus. Lúpus Eritematoso Sistêmico.

Referências:

GINZLER, Ellen M.D; TAYAR, Jean MD. Colégio Americano de Reumatologia, 2015 Disponível em: <http://www.rheumatology.org/I-Am-A/Patient-Caregiver/Diseases-Conditions/Lupus>. Acesso em: 22 mar. 2017.

SATO, E.I. Et al; Consenso Brasileiro de para o tratamento de lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia v. 48, n.4, p. 196-207, jul/ago, 2008.

Werth VP. Cutaneous lupus: insights into pathogenesis and disease classification. Bulletin of the NYU Hospital For Joint Diseases 2007; 65:200-204.

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TECNOLOGIAS DIGITAIS NA INFÂNCIA: INFLUÊNCIA, DESENVOLVIMENTO E RISCO À SAÚDE

Nayara Kalila S. B. (Relatora, e-mail: [email protected]), Jadila Tainá S. O., Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Nos dias atuais a tecnologia se tornou uma ferramenta aliada do ser humano e está cada vez mais integrada em nossa rotina. É impressionante sua velocidade em aprimoramento e a maneira como vem se transformando ao longo dos anos. Inserida num contexto de modernizar a sociedade trazendo uma ideia de futuro totalmente digitalizado. Em contrapartida, essa integração tem afastado as pessoas e tem afetado particularmente as crianças e seu modo de brincar. Objetivo: Compreender a influência do uso das tecnologias digitais na infância assim como discutir os benefícios e os riscos á saúde. Metodologia: O presente estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica de artigos publicados para consulta em base de dados como: scielo, lilacs e google acadêmico entre os anos 1990 a 2017. A análise dos dados foi realizada através da comparação entre as discussões dos autores a fim de conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre esse assunto. Resultados e Discussão: O estudo aborda a historicidade do conceito infância e suas modificações ao longo do tempo, como também traz a visão de autores que dialogam em um espaço intertemporal, mas que apresentam evidências que o uso indiscriminado de tecnologias na infância faz mal e trazem sérios riscos à saúde devido à horas exposição. Mediante ao uso de aparelhos eletrônicos como: tablet, computadores, smartphones e entre outros as crianças não participam mais tão ativamente das atividades recreativas. Brincadeiras como: amarelinhas, pular corda, correr, brincar de bola, andar de bicicleta, e entre outras estão se tornando raridade. A falta de atividades físicas resulta no surgimento do sedentarismo que é o principal fator para desencadear doenças crônicas como: diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade, além disso, pode afetar também a saúde mental e o desenvolvimento social e cognitivo dessas crianças. Estudos relatam que possivelmente essas horas em excesso com as tecnologias podem causar doenças como déficit de atenção, hiperatividade, impulsividade, ansiedade, depressão entre outras. Considerações Finais: Não podemos negar que as tecnologias são essenciais e sempre estarão presentes em nossas vidas, no entanto, o avanço das tecnologias trouxe mudanças para a vida cotidiana das crianças, que estão cada vez mais substituindo as brincadeiras tradicionais por jogos em aparelhos eletrônicos. Sendo assim, é importante que os pais imponham limites e incentive seus filhos a prática de atividades físicas, pois assim, estarão contribuindo para manter uma boa saúde física e mental.

Palavras-chave: Aparelhos Digitais. Infância. Tecnologia.

Referências:

ASSEMANY, Nancy Mendonça. Superestimulação na infância: uma questão contemporânea. Cad. Psicanálise (CPRJ), Rio de Janeiro, v. 38, n. 34, p. 231-243, jan./jun. 2016.

PAIVA, Natália Moraes Nolêto; COSTA, Johnatan da Silva. A influência da Tecnologia na Infância: Desenvolvimento ou Ameaça?. Psicologia. pt (O Portal dos Psicólogos), Piauí, ISSN 1646-6977, jan.2015

PREVITALE, Ana Paula. A importância do Brincar. UNICAMP, Campinas, SP: [s.n.], 2006.

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RELAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE PELE E A DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

Kelyhorrara L. F. (Relatora, e-mail: [email protected]), Ramão Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O principal fator carcinogênico para a pele é a radiação ultravioleta (UV) A, B e C. Exposição prolongada e sem proteção ou intensa com queimaduras pode aumentar o risco do desenvolvimento do câncer de pele. Grande parte da RUV é absorvida pela camada de ozônio, porém com a destruição da mesma a proteção que ela oferece está comprometida e a exposição a altos níveis de RUV causa inúmeros riscos à saúde humana, ambiental e ecológica. Objetivo: Compreender a relação entre o câncer de pele e a destruição da camada de ozônio, entendendo a importância da sua preservação para a saúde do ser humano. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica através de consulta de artigos científicos das bases de dados: Scielo, Lilacs e Bireme. A pesquisa de artigos ocorreu entre fevereiro e março de 2017. Utilizamos as seguintes palavras-chave: câncer de pele, radiação ultravioleta e destruição da camada de ozônio. Artigos em duplicata foram excluídos. Resultados e Discussões: A camada de ozônio tem grande papel nos níveis de radiação solar ultravioleta, e ela tem sofrido sérios danos nas últimas décadas. No protocolo de Montreal (1985) foram identificadas as “Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio” (SDOs), como os grupos Clorofluocarbonos (CFCs), Halons, Tetracloretos de Carbono (CTCs) e Hidroclorofluorcarbono (HCFCs), que liberados na atmosfera provocam a quebra das moléculas de O3 num complexo processo causando os buracos na camada de ozônio na estratosfera, causando uma penetração maior de RUV. Atualmente, a destruição da camada de ozônio é reconhecida como uma das mais significantes ameaças ao meio ambiente das últimas décadas, entre os potenciais efeitos estão: risco a saúde humana e animal com aumento de casos de doenças causadas pela exposição a R-UVB, mutação em plantas alterando a biodiversidade em diferentes ecossistemas, impacto negativo da produtividade dos sistemas aquáticos, alteração nos ciclos bio-geo-químicos terrestres e aquáticos, diminuição da qualidade do ar, alteração climática, alterações fisiológicas, mutações de DNA e carcinogênese. Como vários tipos de câncer, que podem surgir devido a mudanças na etiologia ambiental, nesse caso RUV, a incidência de câncer de pele aumenta com a idade, e reflete os efeitos da exposição à carcinógenos e a formação de câncer. Considerações finais: Portanto, a destruição da camada de ozônio afeta a incidência de câncer de pele, devido à diminuição da proteção que a mesma oferece contra a radiação ultravioleta solar. Por mais que seja um fator de risco extremamente perigoso, medidas de proteção tomadas durante a vida do indivíduo, como o uso do protetor solar, podem diminuir as chances de desenvolvimento de neoplasias cutâneas. Sem medidas efetivas que visem a preservação da camada de ozônio, medidas de proteção individual eficientes, os níveis de RUV terrestres aumentarão provocando diversos problemas para a saúde pública, saúde do meio ambiente e para a produção primária no planeta.

Palavras chave: Camada de ozônio. Câncer de pele. Radiação ultravioleta.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2016, Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA 2015.

SIVASAKTHIVEL, T; REDDY; K.K.Siva Kumar. Ozone Layer Depletion and Its Effects: A Review. International Journal of Environmental Science and Development, Vol.2, No.1, February 2011 ISSN: 2010-0264.

DUGO, Mark A.; HAN, Fengxiang; TCHOUNWOU, Paul B. Persistent Polar Depletion of Stratospheric Ozone and Emergent Mechanisms of Ultraviolet Radiation-Mediated Health Dysregulation. Rev Environ Health. Author manuscript; available in PMC 2013 September 10.

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SENSIBILIZARTE – A HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE SOB O OLHAR ACADÊMICO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Larissa Q. (Relatora, e-mail: [email protected]), Bruna Hellen V., Tarcia Millene A.C.B. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

As últimas décadas serviram de cenário para a discussão sobre a carência de humanizar a assistência em saúde e o elo profissional-paciente, podendo ser tida como reflexo das recomendações do Ministério da Saúde que propôs a Política Nacional de Humanização (PNH). Criada em 2003, a PNH objetiva contribuir para o aumento da qualidade e eficácia da atenção e da gestão da saúde, entretanto é sabido que se trata de um processo amplo, lento e complexo, uma vez que envolve mudanças comportamentais que podem causar resistências por parte dos profissionais. Assim, a necessidade de firmar o conceito humanização em saúde não se restringe ao âmbito prático do cuidar, deve-se estender também aos primórdios: a academia. Em razão disso o SensibilizArte, projeto voluntário da International Federation of Medical Students Associations of Brazil (IFMSA - Brazil), tem o intuito de contribuir para a formação de futuros profissionais da saúde mais humanizados utilizando-se de recursos artísticos como instrumento para sensibilização. Nasceu através da iniciativa de acadêmicos das áreas de saúde da Universidade Estadual de Londrina no início de 2007 e expandiu-se posteriormente pelas demais instituições de ensino superior brasileiras, chegando à Universidade Federal de Roraima (UFRR) em 2013. O projeto SensibilizArte - Humanizar através da arte comitê UFRR possui oitos objetivos, dos quais destacamos apenas quatro neste relato: contemplação, humanização, comunicação e integração multiprofissional. Portanto, objetivou-se relatar as experiências vivenciadas por acadêmicas de enfermagem no projeto SensibilizArte. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado a partir da vivência de acadêmicas de enfermagem da UFRR como voluntárias no projeto SensibilizArte - Humanizar através da Arte, em visitas quinzenais realizadas no período de abril de 2015 a abril de 2017 no Hospital Geral de Roraima. O projeto citado é composto por quatro frentes de atuação: artesanato, contação de histórias, musicoterapia e palhaçoterapia. Sendo estas, propícias a incitar o acadêmico voluntário a sair da sua zona de conforto, proporcionando a construção do olhar humanístico capaz de enxergar as variantes de uma mesma situação e que, também estimulam a empatia. Com o intuito de abrandar a rotina do ambiente hospitalar, no decorrer das visitas é desenvolvido e aprimorado valores humanísticos nos voluntários, que passam por situações incomuns ao seu cotidiano. Inúmeras vezes são descritos pelos pacientes e/ou acompanhantes os obstáculos encontrados diante do diagnóstico e tratamento, desafiando os voluntários a os oferecer uma maneira diferente de enxergar sua condição com a tentativa de contribuir para a aceitação do tratamento e manter a qualidade de vida dos envolvidos. E, devido a isto são criados momentos onde se faz possível a partilha e discussão das experiências vividas durante as atividades realizadas e dificuldades, levando em conta aspectos biopsicossociais. Além das estratégias para aflorar a visão holística do voluntário, busca-se aperfeiçoar a habilidade de comunicação verbal e não verbal - instrumento do cuidado imprescindível para a humanização, assim como proporcionar oportunidade de integração entre estudantes e profissionais das diferentes áreas da saúde. Faz-se perceptível o impacto causado ao longo prazo na formação do acadêmico posto que este futuramente, apesar da fatigante rotina hospitalar e tribulações, já não poderá se esquecer da vivência como voluntário, recordando o cliente como cidadão com nome e sobrenome e não um número de leito. Reafirma-se, assim, a necessidade de ações como a do projeto SensibilizArte que busquem ainda na graduação humanizar futuros profissionais da saúde, que permitam a constituição do vínculo multiprofissional, e que ofereçam o aprendizado na prática sobre a humanização em saúde.

Palavras-chave: Acadêmicos. Humanização. SensibilizArte.

Referências:

SENSIBILIZARTE. Regimento Interno do Projeto Humanizar através da Arte. Boa Vista, 2017.

BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília, 2013.

WALDOWI, V.R; BORGES, R.F. Cuidar e humanizar: relações e significado. Acta paul. enferm. vol.24. São Paulo,

2011.

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AS CARACTERÍSTICAS DA LEPTOSPIROSE E SUA RELAÇÃO COM O MEIO

AMBIENTE NO BRASIL

Lorrayne, M. C. (Relatora, e-mail: [email protected]), Ramão Luciano, N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A leptospirose é uma doença muito comum e que atinge toda parte do mundo, apesar de ser ainda uma das mais mal diagnosticadas doenças transmitidas a seres humanos. As suas causas estão diretamente relacionadas às precárias condições de infraestrutura sanitária e alto índice de infestação de roedores. As inundações facilitam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a eclosão de surtos, neste ambiente esta doença pode sobreviver até 6 meses. Objetivo: Compreender as características da leptospirose e sua relação com o meio ambiente no Brasil e descrevendo sua historicidade. Metodologia: Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica que teve como busca sistemática realizada nos bancos de dados, SCIELO, Medline e MSAUDE, utilizando-se os descritores “leptospirose”, “saneamento básico” e “mortalidade”, teve como consulta artigos do período entre 1992 e 2013. Após a busca na literatura, foi realizada a seleção dos artigos de interesse. Os artigos foram selecionados, inicialmente, pela leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos aqueles cujo resumo não apresentava relação com a temática do trabalho. Após a definição dos artigos a serem utilizados, procedeu-se à leitura dos mesmos, identificando conceitos e aspectos relevantes à construção deste estudo. Resultados e Discussões: O estudo destaca a importância do conhecimento da leptospirose que é uma das zoonoses mais mal diagnosticados no mundo, no Brasil é endêmica em todo os estados da federação, principalmente em épocas chuvosas. As más condições de saneamento básico propiciam a alta infestação de roedores infectados, que através deles proliferam a doença, facilitando a eclosão de surtos. A leptospirose por ser uma das doenças mais mal diagnosticadas, não se encontra informações com facilidade para população de como ela atua e suas formas de prevenções, sendo que a mesma se encontra em toda a parte no mundo por apresenta manifestações epidêmicas que acontecem de forma sazonal, em estações climáticas caracterizadas pelo aumento das precipitações pluviométricas, exceto em regiões polares. O diagnóstico é geralmente tardio, porque os seus sinais e sintomas são semelhante a outras doenças, consequentemente o tratamento se torna menos eficaz, estes e a junção de outros fatores, aumentam o índice de mortalidade. Para a vigilância epidemiológica esta doença apresenta dificuldades para seu enfretamento e controle, ou seja, torna-se indispensável o desenvolvimento de novas ferramentas ou programas para um maior monitoramento da doença. Considerações Finais: Conclui-se que medidas básicas de saneamento são de grande importância para a prevenção da leptospirose já que nesta revisão bibliográfica observou-se que o meio ambiente é um dos principais fatores para a disseminação da doença. Outra forma de prevenção é a orientação aos grupos de riscos de trabalhadores sobre a importância do uso de EPIs social e que qualquer suspeita ou sinais e sintomas da doença, deve-se procurar imediatamente ajuda médica, visto que a intervenção precoce é uma forma para que a doença não evolua e reduza os índices de mortalidade.

Palavras-Chaves: Lepstospira spp, ocupação, roedores.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilânciamepidemiológica. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Leptospirose. In: Guia de vigilância epidemiológica Brasília: Ministério da Saúde, ed. 7, v. 8, p. 15, 2009.

VASCONCELOS, C. H. et al. Fatores ambientais e socioeconômicos relacionados à distribuição de casos de leptospirose no Estado de Pernambuco, Brasil, 2001–2009. Caderno de Saúde Coletiva, v. 20, n. 1, p. 49-56, 2012.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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A IMPORTÂNCIA DO ACADÊMICO NA LIGA DE OBSTETRÍCIA

Stefane F.S. (Relatora, e-mail: [email protected]), Daniel G.S, Beatriz C.N., Jessica L. P. Tarcia Millene. A.C.B. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

A Liga Acadêmica de Enfermagem Obstétrica de Roraima (LAEO-RR) é um projeto de extensão

composto por um grupo de acadêmicos do curso de Enfermagem coordenados por uma professora

da UFRR, dedicados a se aprofundar no estudo de obstetrícia a fim de aprimorar a formação

acadêmica. A liga abrange três modalidades clássicas de aprendizagem: Ensino, Pesquisa e

Extensão. Na área de Ensino, há reuniões mensais e extras, sobre assuntos preestabelecidos na

área de obstetrícia. Na Pesquisa, os acadêmicos que tem interesse realizam projetos, sob a

coordenação da professora responsável pela liga. E por fim, na área de extensão, os acadêmicos

acompanham o Enfermeiro na ala de parto do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth

(HMINSN), e praticam atividades direcionadas para a população, como palestras sobre a Saúde da

Mulher. Este trabalho tem como objetivo relatar as experiências que os participantes da LAEO-RR

obtiveram nos meses de atuação, através dos eixos de finalidade da liga. Trata-se de um relato de

experiência dos acadêmicos no HMINSN. Vivenciamos experiências únicas, adquirimos

conhecimento nos plantões e através das aulas assistidas, temos uma educação continuada que

contribui para um melhor desenvolvimento da nossa liga e a ampliação da visão para a futura vida

profissional. Possibilitando o convívio com a classe trabalhadora de enfermagem e o contato

acadêmico junto a comunidade, de extrema importância na formação de profissionais mais

competentes, aptos e conscientes quanto as necessidades da população na qual deseja

desempenhar o seu papel futuro.

Palavras-Chave: Liga Acadêmica. Liga Obstétrica. Obstetrícia.

Referências:

QUEIROZ, S. J.; OLIVEIRA, R. L. A.; LIMA, K. P.; LEMES, M. D.; ANDRADE, M. A Importância das Ligas Acadêmicas na Formação Profissional e Promoção de Saúde. FRAGMENTOS DE CULTURA ; Goiânia, 2014;

BARBOSA, P. G. Enfermagem obstétrica: descobrindo as facilidades e dificuldades do especialista nesta área. São Paulo 2008.

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AS CONSEQUÊNCIAS DO USO DE AGROTÓXICOS À VIDA DOS TRABALHADORES

RURAIS

Leonardo C. S (Relator, e-mail: [email protected]), Rayana B. S., Franderson L. S., Ramão

Luciano N. H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O uso de agrotóxicos é de fundamental importância para que haja eficiência na

produtividade agrícola, pois tais pesticidas inibem o crescimento de pragas que possam prejudicar

uma plantação. O agrotóxico é um produto nocivo à saúde humana, e estudos comprovam os efeitos

para os fetos de mães que entram em contato com tais produtos, e incidência de câncer para

pessoas expostas continuamente aos mesmos. O que não é muito explanado é o fato dos

trabalhadores serem os mais prejudicados, pois estão em contato direto com esses produtos, e que

sem o cuidado adequado são os principais alvos de doenças. Objetivo: Compreender os prejuízos

à saúde do trabalhador rural que utiliza pesticidas sem as adequadas normas de segurança.

Metodologia: Este estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica, na qual se realizou consultas

em periódicos científicos como: Scielo, pubmed, Bireme, Lilacs. Além de normas de regimentos do

ministério da saúde e meio ambiente. Resultados e discussão: Os resultados obtidos constataram

que os mais expostos aos efeitos do uso indiscriminado dos agrotóxicos são os trabalhadores que

fazem a utilização de tais produtos e sem o uso adequado de equipamentos de segurança (EPI´s).

O que mais nos chamou atenção foi que muitos não observam e não fazem uso das recomendações

técnicas que estão impressas nas embalagens dos produtos. Outro fator que acaba contribuindo

para o agravo à saúde dos trabalhadores, é que além de terem conhecimento sobre o efeito nocivo

do pesticida, ainda assim utilizam de forma inadequada e sem os cuidados de segurança. Além de

suas famílias, que de forma indireta, mas com um grau ainda considerável de exposição sofrem

com os efeitos de tais pesticidas, principalmente mulheres grávidas, pois os produtos interferem

diretamente no feto. Considerações finais: É notório ainda que o trabalhador rural tenha uma visão

focada no lucro, porém necessita que o mesmo faça uso dos equipamentos de proteção individual

para garantir proteção a sua saúde. Portanto a enfermagem como a ciência e a arte do cuidar e

com todas suas bases teóricas muito bem embasadas, deve intervir diretamente nesse grupo de

risco. Assim como o Estado deve ajudar diretamente dando subsídios para um modelo mais

sustentável de produção agrícola, pois pesquisas já mostram que os métodos naturais ajudam a

controlar as pragas nas lavouras diminuindo o uso de tais produtos nocivos ao trabalhador rural.

Palavras-chaves: Agrotóxico. Saúde. Trabalhador.

Referências:

Siqueira, Lemos Soraia; Kruse, Maria Henriqueta Luce. Agrotóxicos e saúde humana: contribuição dos profissionais do campo de saúde. Ver Esc Enferm USP – 2008.

Ferreira AP; Cunha CLN, et al. Impactos de pesticidas na atividade microbiana do solo e sobre a saúde dos agricultores. Rev Baiana Saúde Pública. 2006; 30(2):309-21.

MORO, Bráz P. Um estudo sobre a utilização de agrotóxico e seus riscos na produção do fumo no município de Jacinto Machado/SC. Criciúma, 2008.

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A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM FORENSE NO CONTROLE DA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR DE JOVENS NO ESTADO DE RORAIMA

Iloneide P. S. C. (Relatora, e-mail: [email protected]) Luzia R. S. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem – Faculdade Roraimense de Ensino Superior

A Violência Intrafamiliar vitimiza jovens no meio familiar e o Estado de Roraima está no rancking das estatísticas nos últimos anos e a Enfermagem Forense tem capacidade para contribuir no combate e controle atuando na Atenção Básica, fortalecendo a equipe multiprofissional e a Justiça. Apresentar a atuação da Enfermagem Forense e como ela pode contribuir na prevenção e controle da violência intrafamiliar de jovens no Estado de Roraima. Este TCC é uma pesquisa documental, exploratória e quantitativa com levantamento de dados estatísticos da SESP/RR dos últimos cinco anos (2011 a 2015), sendo o ano de 2015 dados referente aos meses de Janeiro a Maio. 1) Estupro de vulnerável: do total de 915 jovens, 41,64% de 0 a 11 anos e 58,36% de 12 a 17 anos; 2) Tentativa de estupro: do total de 138 jovens, 40,58% de 0 a 11 anos e 59,42% de 12 a 17 anos; 3) Ameaça: do total de 1.201 jovens, 17,32% de 0 a 11 anos e 82,68% de 12 a 17 anos; 4) Lesão corporal: do total de 1.515 jovens, 23,50% de 0 a 11 anos e 76,50% de 12 a 17 anos; 5) Maus tratos: do total de 618 jovens, 82,04% de 0 a 11 anos e 17,96% de 12 a 17 anos; 6) Homicídio: do total de 22 jovens, 31,82% de 0 a 11 anos e 68,18% de 12 a 17 anos e 7) Tentativa de homicídio: do total de 50 jovens, 8% de 0 a 11 anos e 92% de 12 a 17 anos. De todos os anos estudados prevaleceu a faixa etária de 12 a 17 anos com exceção do fenômeno 5) Maus tratos onde prevaleceu a faixa etária de 0 a 11 anos. Com isso, a Enfermagem Forense atuando na Atenção Básica, junto com a equipe multiprofissional, pode contribuir para o combate e controle da Violência Intrafamiliar de jovens no Estado de Roraima e garantindo que se faça Justiça.

Palavras-chave: Atenção Básica. Enfermagem Forense. Violência Intrafamiliar.

Referências:

GOMES, A. Enfermagem Forense. v. 1. Lisboa: Lidel. 2014.

MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Análise da implantação da rede de atenção às vítimas de acidentes e violências segundo diretrizes da Política Nacional de Redução da Morbimortalidade sobre Violência e Saúde. Ciência e Saúde Coletiva. v. 14, n. 5, p. 1641-1649, Dez. 2009. <Disponível em: http://www.researchgate.net/publication/38031083.pdf> Acesso em 26 de Fevereiro de 2016.

BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Maio, 2001.

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VERIFICAÇÃO DE FATORES E SINTOMAS ASSOCIADOS A DEPRESSÃO ENTRE

GRADUANDOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Juliana D. (Relatora, e-mail: [email protected]), Sara J., Andreia C., Ramão Luciano H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: As doenças mentais sobrecarregam não só o portador, mas também os seus familiares e cuidadores. De acordo Organização Mundial de Saúde (OMS) ela será a segunda maior causa de morte em 2020 e em 2030 matará mais do que doenças do coração e câncer. De acordo com estudos constata-se uma incidência de depressão entre os acadêmicos da área da saúde, esses são mais suscetíveis a tal doença comparado a população em geral. A vida acadêmica contribui em vários fatores para o desenvolvimento de tal doença. Portanto, é relevante identificar nos acadêmicos, possíveis pessoas portadoras de depressão, uma vez que a depressão, é uma causa de incapacitação do acadêmico, futuro profissional. Objetivo: Verificar os fatores de predisposição a depressão, assim como verificar os níveis de sintomas depressivos nos estudantes de medicina e enfermagem. Metodologia: Esse trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos em periódicos de circulação nacional. Na maioria das pesquisas os autores utilizaram questionários como o socioeconômico com perguntas direcionadas a características singulares dos acadêmicos, e puderam assim verificar os fatores de maior recorrência. Utilizaram também como ferramenta o Inventario de depressão de Beck (IDB), a versão traduzida para português, devidamente validada, que serviu para qualificar os possíveis níveis de sintomas depressivos nos estudantes das pesquisas. Resultados e discussão: Os resultados do questionário socioeconômico e do IDB foram cruzados avaliando os fatores e os sintomas depressivos que os estudantes apresentavam. Verificou-se então que mulheres, jovens, em sua maioria apresentavam maior graus de sintomas depressivos. Assim como os fatores de jornada dupla e maçante, entre afazeres da faculdade e do lar, grande carga de atividades extracurriculares e sobretudo o alto grau de exigência de empenho do próprio aluno e dos familiares. Considerações finais: É de extrema importância verificar os fatores e os níveis de sintomas depressivos nessa população pois muitos estudantes ficam, por vezes, incapacitados de dar continuidade ao curso superior, por pequenos e grandes períodos ou até mesmo chegam a abandonar a faculdade. Uma vez identificados, a incidência de estudantes doentes poderá diminuir com medidas que reduzam as causas, de modo que busquem garantir a formação de profissionais que saibam cuidar e lidar com a própria saúde mental, melhorando assim sua própria qualidade de vida.

Palavras-chave: Acadêmicos. Depressão. IDB.

Referências:

AMARAL, Geraldo Francisco do et al., Sintomas depressivos em acadêmicos de medicina da Universidade Federal de Goiás: um estudo de prevalência. Rev. De psiquiatria do Rio Grande do Sul [online]. 2008, vol.30, n.2, pp.124-130. ISSN 0101-8108.

FUREGATO, Antônia; SANTOS, Jair Lício; SILVA, Edilaine Cristina: Depressão entre estudantes de dois cursos de enfermagem: autoavaliação da saúde e fatores associados. Brasília: Revista Brasileira de Enfermagem, 2010. 509-516p

LIMA, Maria Cristina Pereira; DOMINGUES, Mariana de Souza ; CERQUEIRA, Ana Teresa de Abreu Ramos. Prevalência e fatores de risco para transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina. Rev. Saúde Pública [online]. 2006, vol.40, n.6, pp.1035-1041. ISSN 1518-8787.

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O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER E SUA RELAÇÃO COM O CONSUMO DE CONSERVANTES COMO ADITIVOS EM ALIMENTOS ENLATADOS NO BRASIL

Rayana B.S. (Relatora, e-mail: [email protected]), Leonardo S.C, Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: O câncer é uma doença crônica interligada ao estilo de vida da população e uma das

principais causas para o seu desenvolvimento é a alimentação sendo responsável por 30% dos

casos, uma consequência da escolha de hábitos de vida não saudáveis e pelo consumo de

alimentos fáceis, os enlatados, que trazem consigo os conservantes nos quais alguns destes estão

associados ao desenvolvimento do câncer. Objetivo: Identificar os conservantes utilizados nos

alimentos enlatados e analisar a relação entre o consumo desses alimentos como fator para o

desenvolvimento do câncer no Brasil. Metodologia: Para responder a questão da pesquisa foram

analisados 28 artigos científicos, sendo cinco do Ministério da Saúde e três internacionais, o estudo

é qualitativo e quantitativo e do tipo descritivo, a coleta de dados foi realizada em um supermercado

de Boa Vista/RR. Foram analisados os rótulos de 11 alimentos enlatados escolhidos de forma

aleatória. Resultados e Discussões: Os enlatados foram agrupados em três grupos: vegetais, frutas

e carnes. Nos vegetais encontrou-se a salmoura que pode estar relacionada ao câncer de pulmão.

No agrupamento frutas não foi encontrado substâncias lesivas, no entanto, nos enlatados de carne

observou-se a utilização de nitritos de sódio, substância que ao encontrar as aminas das proteínas

presentes nas carnes, formam as N-nitrosaminas, substância que comprovadamente é mutagênica

e tetragênica. Muitos autores associam a doença aos hábitos de vida e o consumo de alimentos

industrializados, bem como, enlatados com conservantes ou em salmoura, estes formam

substâncias lesivas e cancerosas, pois, modificam o DNA celular causando o tumor. Considerações

finais: Pode se dizer que o aumento dos cânceres de intestino, gastro intestinal e esôfago estão

relacionados ao consumo de alimentos enlatados devido ao efeito acumulativo de substâncias

cancerígenas. O número de novos casos tende a crescer em consequência da não divulgação de

informação, e o consumo cada vez maior destes alimentos por serem de baixo custo, de longa

durabilidade e ter uma maior facilidade de acesso.

Palavras-chave: Alimentos enlatados. Câncer. Conservantes.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro, 2011.

LAMARINO. L. Z. et al. Nitritos e Nitratos em produtos cárneos enlatados e/ou embutidos. Gestão em foco. 7º Ed. 2015.

POLÔNIO, M.; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para saúde pública brasileira. Cad. Saúde pública, Rio de Janeiro, 2009.

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ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM À MULHER SOBREVIVENTE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

RODRIGUES, Luzia S. (E-mail: [email protected]), Enfermeira.

Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem na Faculdade Roraimense de Ensino Superior

O contexto atual da violência doméstica nos remete aos primórdios da humanidade, tempo do “homem das cavernas”, quando não se permitia qualquer possibilidade da mulher ter vez e voz. A cada caso de violência identificado atualmente, nos faz refletir que apesar de toda evolução técnica e cientifica, moralmente o homem parece não ter evoluiu nada, quando se trata de relacionamento homem x mulher, ou seja, a prática de truculência é a mesma encontrada na história, observado nos casos atendidos nos serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência, que têm diariamente registrado os mais diversos casos. Entre os serviços, incluindo-se o de perícia médica, na sala lilás, no Instituto Médico Legal (IML), ambiente destinado ao acolhimento das mulheres vítimas de violência, por profissionais de enfermagem, antes de serem periciadas. No 1º trimestre de 2017, registraram-se 211 casos de lesões corporais em mulheres atendidas na sala lilás, praticada em sua maioria por seus companheiros (namorados, ex-namorados, maridos, ex-maridos, entre outros), excluídas todas as outras causas de violência. Este estudo por o objetivo fazer uma breve reflexão sobre a importância da presença da enfermagem, desenvolvendo as habilidades do cuidar dispensado a uma pessoa vitimizada, envergonhada e altamente fragilizada, física e emocionalmente, que precisa amenizar um pouco a sua dor. É um estudo bibliográfico, qualitativo, desenvolvido a partir de registros dos atendimentos de enfermagem, realizados na sala lilás no IML. Resultado: Conforme observado nos momentos de atendimento às vítimas de violência, é visível o grau de tranquilidade dessas pessoas após o acolhimento e a escuta ativa feita pela enfermagem, sendo muitas vezes momento de externalização de gratidão, mencionando “eu estavam com medo e agora me sinto mais segura”, o que nos remete a um patamar de satisfação profissional, gratificante, embora sabendo que a causa não está sendo tratada, podendo apenas está sendo interrompido um ciclo, o que já é um grande ganho para essa família. Ainda de acordo com alguns relatos das vítimas, esse momento está sendo um ponto de partida para a mudança de sua vida, pela situação de violência vivida há muitos anos, repetidas vezes, mas agora mudou, pela primeira vez “eu tive coragem de denunciar, agora acabou, chega”. Considerações finais: Conforme classificação da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), a violência contra a mulher pode ser: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Neste estudo foram citados apenas os casos de violência física, sabendo que quando esta chega a acontecer, certamente já aconteceram pelo menos a psicológica e a moral e muitas vezes até a sexual, porque geralmente a física é a última escolha entre os cinco tipos, tornando muito difícil a identificação do número real de casos de violência praticado contra a mulher. Quanto à atenção e o cuidado prestado pela enfermagem, sabe-se que é de fundamental importância, considerando os relatos e agradecimentos recebidos após cada atendimento.

Palavras-chave: Violência. Mulher. Enfermagem.

Referencias:

BRASIL, P. d. Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006. Brasília, Distrito Federal - DF, Brasil, 2006.

GUIMARÃES, I. Violência de gênero. In: Claudia Araújo de Lima (Coord.) et al., Violência faz mal à saúde (p. 105). Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Melo, D. A luta contra a violência doméstica. A luta contra a violência doméstica. Brasília, Distrito Federal,

Brasil, 2010.

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RECORTES DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM RORAIMA

RODRIGUES, Luzia S. (E-mail: [email protected]), Enfermeira.

Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem na Faculdade Roraimense de Ensino Superior

A violência doméstica ainda é um paradigma, seguido por grande parte da sociedade, em sua maioria os parentes, conhecidos, maridos, namorados e outros, mesmo quando não estão praticando, estão sendo conivente, contribuindo para a prática desta. Os jornais locais demonstram isso frequentemente, como é visto nos recortes aqui abordados. As informações aqui apresentadas tratam de fatos reais, ocorridos no Estado, foram coletadas a partir de algumas reportagens publicadas no período de 2013 a 2016. Tem como objetivo fazer uma reflexão sobre a essa causa e a evolução das políticas públicas voltadas para o combate e controle dessa situação, que é responsabilidade do poder público e da sociedade, desde o núcleo familiar ao grupo mais distante. É um estudo bibliográfico, descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado a partir da seleção de reportagens em jornais, de grande circulação na cidade de Boa Vista como Jornal Folha de Boa Vista e G1/RR. As informações levantadas retratam claramente a epidemiologia da violência em Roraima, apontando dados preocupantes, ocupando o 5º lugar no ranking de violência doméstica em 2014, tendo sido registrado em 2015 pela Delegacia da Mulher, um aumento dos casos de lesão corporal, de 1.622 para 1.812, em 2014 e 2015 respectivamente. Discussão: A disputa entre os seres, independente da espécie, sempre vai existir, mesmo que seja por objetivos diferentes, ela acontecerá. O homem é parte desse universo, sente-se mais forte e poderoso sobre a mulher e demonstra o seu domínio usando os mais diversos recursos, de forma agressiva e impositiva, muitas vezes não dando chance de argumentação e defesa daquela que se transformou em sua oponente. Essa é uma realidade, e requer uma inversão, que depende de um aparato político/social específico voltado para a atenção a esse homem, perpassando pelos modelos de educação e o despertar para a afetividade familiar e social, que se perdeu ao longo da história. A violência ainda assusta, preocupa principalmente as mulheres e foge ao domínio das autoridades que veem a fragilidade dos equipamentos de segurança e educação comprometendo a capacidade de impedir a ocorrência desses casos, distanciado o êxito desejado. A sociedade, principalmente a feminina continua em risco, precisa ser mais bem amparada.

Palavras-chave: Violência. Mulher. Reportagens.

Referências:

ESTADO DE RORAIMA. Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Serviço de Estatísticas. Boa Vista, 2015. Disponível em: http://www.sesp.rr.gov.br/, acessado em: 10/08/2016.

NASCIMENTO, Nara. Chame registra 314 casos de violência doméstica no primeiro semestre do ano. Jornal g1.globo.com/rr/Roraima, Boa Vista/RR, 22 de julho de 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2014/05/numero-de-registros-de-violencia-contra-mulher-aumenta-em-roraima.html, acessado em: 31/07/2015.

OLIVEIRA, Neidiana. RR ocupa 5º lugar no ranking de violência doméstica, diz defensora. Jornal

g1.globo.com/rr/Roraima, Boa Vista/RR, 19 de maio de 2014. Disponível em:

http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2014/05/rr-ocupa-5-lugar-no-raking-nacional-de-violencia-domestica-

diz-defensora.html. Acessado em 09/11/2015.

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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA REALIZAÇÃO DE ASSEMBLEIAS NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS II EM BOA VISTA – RR NA HUMANIZAÇÃO EM

SAÚDE MENTAL.

Weslley Danny Dantas F (Relator, e-mail: [email protected]); Leônidas Marinho dos S; Flávia Martão F; Arlete Maria Gomes O; Luciane Z.

Faculdade São Leopoldo Mandic

Em 2003 foi instituída a Política Nacional de Humanização com intento de fortalecer as práticas assistenciais em saúde tendo como escopo maior a implementação dos princípios do SUS e abordagens como: atendimento integral, responsabilidade e vínculo, protagonismo dos sujeitos e gestão participativa. O objetivo foi avaliar o impacto da realização de assembleias no Centro de atenção psicossocial – CAPS II de Boa Vista –RR na humanização em saúde mental. Pesquisa exploratória descritiva qualitativa, intentando o aprofundamento da relação nexo causal entre as assembleias e a humanização. Foram selecionados intencionalmente 10 usuários que atendiam aos critérios de inclusão da pesquisa e que se encontrava em regime intensivo de tratamento sendo a amostra final definida pela saturação dos dados de acordo com a disponibilidade em participar do estudo. A coleta de dados foi realizada por meio da técnica de entrevista estruturada seguindo um roteiro de sete perguntas abertas sobre a efetivação da política de humanização em meio a realização de assembleias. O estudo priorizou a análise de conteúdo das informações (Bardin, 2009), a qual se desdobra em três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Indagou-se inicialmente qual a importância de se realizar assembleias para o centro de atenção psicossocial. Os relatos sobre a aproximação com os demais participantes, permitindo que a família saiba do que vem ocorrendo com o paciente, criando um entorno entre familiares, usuários e técnico foi significativo. Na seguinte pergunta foi indagado se os entrevistados têm observado alguma mudança significativa na relação entre paciente, profissional e gestor após a realização das assembleias. Os entrevistados em sua maioria disseram que a relação tem sido boa, de respeito mútuo e com maior proximidade. A terceira pergunta busca saber a opinião dos entrevistados em relação ao trabalho desenvolvido por essa gestão. Em sua maioria, as respostas foram positivas, os respondentes disseram que a relação é muito boa, atribuindo qualidades como: resolubilidade, organização, excelência e humanização. Alguns entrevistados apontaram para o caráter humanizado das Gestões, referindo-se ao acolhimento recebido pelas equipes advindo a priori do importante trabalho desenvolvido nas gestões. A cerca das principais insatisfações em relação aos serviços oferecidos no CAPS, os entrevistados argumentaram a falta de medicamentos e o fato de não terem mais ido para a piscina. Sobre o serviço ser ou não humanizado, a maior parte dos voluntários referiu-se ao comprometimento profissional, dedicação e carinho como ferramentas importantes para o acolhimento e adesão de pacientes ao tratamento. Buscou-se identificar se os entrevistados estão satisfeitos com a atuação da equipe profissional, a maioria se declarou satisfeito com o excelente trabalho, feito com amor, bem como o acolhimento recebido pelos. Quando indagados se conseguiriam expressar as melhoras ocorridas nesse serviço após a realização das assembleias, os participantes pontuaram sobre a realização de novas oficinas, evolução no tratamento e no atendimento. Após a análise do conteúdo observou-se que as assembleias realizadas no centro de atenção psicossocial- CAPS-II em Boa Vista propiciaram mudanças prolíficas na relação paciente, profissional e gestor, como preconizado no princípio da indissociabilidade entre gestão e atenção da política nacional de humanização, as reuniões tangenciam para lógica da reforma Psiquiátrica ,substituindo práticas hospitalocêntricas e ultrapassadas por um modelo de saúde com vistas a ressocialização no âmbito do seio familiar e da sociedade, pois mesmo diante das questões candentes e dependentes de resolução, a participação em assembleias por parte desses usuários apresentou impacto exponencial no que tange a efetivação das práticas de humanização em saúde mental.

Palavras-chave: Atenção psicossocial. CAPS. Humanização.

Referências:

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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BENEVIDES R, PASSOS E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciências & Saúde Coletiva. 10(3): 561 – 571. 2005.

PASCHE, Dário Frederico, PASSOS, Eduardo. A importância da humanização a partir do sistema único de saúde. Rev. Saúde públ. Santa Cat., Florianópolis, v. 1, n. 1, jan./jun. 2008.

BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicólogo informação ano 14, n, 14 jan./dez. 2010.

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TUBERCULOSE E OS FATORES RELACIONADOS A FALTA DE CONHECIMENTO:

REVISÃO DE LITERATURA

Sara J. (Relatora, e-mail: [email protected]), Juliana D., Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo microrganismo

Mycobacterium tuberculosis, este se propaga pelo ar, através da fala, tosse ou espirros, por meio

de gotículas contendo os bacilos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil

faz parte do grupo dos 22 países com alta carga de TB, onde se concentram 80% dos casos de TB

no mundo. Foram registrados entre 2005 e 2014, uma média de 70 mil casos novos e 4.400 mortes

por TB, por ano. Objetivo: Sintetizar e analisar estudos, para desenvolver uma explicação mais

abrangente, visando a falta de conhecimento da população sobre a TB. Metodologia: Estudo de

revisão bibliográfica, que se baseia no agrupamento dos resultados obtidos por meio de pesquisas

sobre a TB. Para a coleta de dados utilizou-se levantamento de livros na Biblioteca Virtual de Saúde

(BVS) e artigos nas principais bases de dados: Scielo, PubMed e Lilacs. Resultados e discussão: A

TB é uma doença que necessita de uma educação em saúde, que seja feita em função de

conscientizar a população em geral e principalmente os cidadãos adoecidos, para que além do

tratamento e acesso aos serviços de saúde, possam obter melhoria na qualidade de vida. As

atividades de educação em saúde direcionadas à TB resumem-se à entrega de panfletos e/ou à

realização de palestras, porém é necessário orientar aos profissionais sobre novos métodos na

pratica educativa. Cabe destacar também que o espaço físico das unidades de saúde, na maioria

das vezes é inadequado, e isso acaba interferindo na realização das ações de educação em saúde.

Considerações finais: É notório que há um déficit de educação em saúde sobre TB, e ficou claro

que aspectos como, etilismo, baixa renda e baixo nível de escolaridade, são fatores principais que

contribuem para a transmissão e abandono do tratamento. Fica visível que se deve investir

rigorosamente em educação em saúde, de maneira clara e objetiva. É importante ressaltar também

que os profissionais de saúde devem buscar formas de chamar a atenção dos usuários do serviço

de saúde, não realizando apenas palestras e distribuição de panfletos, mas também implementando

rodas de discussão, buscando assim, a troca de experiências, a interação da comunidade e

consequentemente proporcionando um maior conhecimento relacionado a doença.

Palavras-chave: Educação. Informação. Tuberculose.

Referências:

FREITAS et al. Fatores associados ao conhecimento sobre tuberculose e atitudes das famílias de pacientes com a doença em Ribeirão Preto, São Paulo. Rev. Brasileira de Epidemiologia. 2015, v.18, n.2, p. 326-340.

SÁ, L. et al. Educação em saúde no controle da tuberculose: perspectiva de profissionais da estratégia Saúde da Família. Rev. Eletrônica de Enfermagem. 2013, jan/mar; v.15, n.1, p. 103-111.

TRIGUEIRO, JS. et al. Percepção De Enfermeiros Sobre Educação Em Saúde No Controle Da Tuberculose. Ciência Cuidado Saúde. 2009, out/dez ; v.8, n.4, p. 660-666.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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BAIXA ADESÃO NA REALIZAÇÃO DO EXAME PAPANICOLAU SOB A ÓTICA DE

MULHERES EM IDADE FÉRTIL

Jamilla K. C. R. (Relatora, e-mail: [email protected]), Ramão L. N. H. (Orientador) Cíntia F. C.

(Co-orientadora)

Curso de Bacharela em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima.

INTRODUÇÃO: O exame Papanicolau é uma estratégia para o diagnóstico precoce e prevenção

do Câncer de Colo de útero. A prevenção de um possível desenvolvimento dessa patologia

juntamente com a realização do Papanicolau se faz necessária, pois o mesmo identifica

alterações celulares que possam ocorrer e caso confirmado, posteriormente, com início do

tratamento adequado, poderá interromper o curso da patologia e assim, pode garantir que a

mulher não desenvolva a neoplasia (SANTOS et al, 2013). Apesar da importância do exame

ginecológico, muitos são os fatores que contribuem para a não adesão ao exame Papanicolau

por mulheres nas Unidades básicas de saúde anualmente. Fatores esses, como o fato de muitas

mulheres não possuírem conhecimento sobre o que é o Câncer de colo uterino e que se realizado

o exame preventivo não há como desenvolvê-lo; não conhecerem a técnica utilizada na coleta

do exame Papanicolau, bem como a importância do mesmo; muitas mulheres são tomadas pelos

sentimentos de vergonha e constrangimento no momento da coleta; há também um sentimento

de medo de um possível resultado positivo para câncer; falta de conscientização por parte de

profissionais quanto aos comportamentos adequados de prevenção; ou mesmo a simples

dificuldade para a realização do exame (RESSEL et al, 2013). OBJETIVO: Conhecer e identificar

as principais influências que têm gerado uma redução na procura para realização do exame

Papanicolau. METODOLOGIA: pesquisa de revisão integrativa, mediante os dados contidos em

artigos científicos, que tem como bases de dados duas fontes de pesquisa, sendo essas, Scielo

– Google acadêmico e Bireme – Portal Regional BVS, na qual se fez uso das Palavras-chaves:

Saúde, mulher e exame Papanicolau, em ambos. Limitou-se entre os anos 2012 a 2017, nos

idiomas Português e inglês. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os principais fatores que

influenciam para uma baixa adesão ao exame Papanicolau são a falta de conhecimento quanto

á realização do exame, sentimentos de medo e vergonha ao despir-se em frente de um

profissional da saúde, além de um despreparo dos profissionais e uma infraestrutura ainda

inadequada para coleta do exame. É de suma importância que os profissionais de saúde atuem

de forma a incluir constantemente a mulher em tudo que se tratar da realização do exame, seja

quando estiverem em um grupo maior de pessoas, seja a mulher estando em seu domicílio ou

quando somente estiverem os dois, pois isso resulta na redução da incidência de traumas físicos,

psicológicos e sociais, além de contribuir na oferta de serviços voltados para a prevenção e

detecção do câncer do colo de útero em seus estágios. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há uma

baixa procura e adesão ao exame Papanicolau, entretanto muitos profissionais da saúde podem

desenvolver estratégias para reverter esse quadro e instigar o interesse da mulher em procurar

o serviço de saúde, ressaltando a importância que esse fato possui sobre sua saúde.

Palavras-Chave: Exame Papanicolau. Mulher. Saúde.

Referências:

AGUILAR, R. P.; SOARES, D. A. Barreiras à realização do exame Papanicolau: perspectivas de usuárias e profissionais da Estratégia de Saúde da Família da cidade de Vitória da Conquista - BA. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 25 [ 2 ]: 359-379, 2015.

ANDRADE, C. B.; SOUZA, C.; CAMPOS, N. P. S.; GONZAGA, R. S. F. P.; SOARES, A. P. G. Percepção dos enfermeiros da atenção básica á saúde do município de Jeremoabo frente á resistência das mulheres na realização do exame citopatológico de colo de útero. Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 – Ano: 2017.

ANDRADE, S. S. C. et al. Agentes microbiológicos de vulvovaginites identificados pelo papanicolau. Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(2):338-45, fev., 2014.

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COMO A ENFERMAGEM PODE ATUAR NOS CASOS DE ESTUPRO E AGRESSÕES

FÍSICAS QUE DÃO ENTRADA NO HOSPITAL PELO SETOR EMERGENCIAL

Letícia S.M.D. (Relatora, e-mail: [email protected]), Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Os serviços de emergência são a porta de entrada de diversas situações relacionadas com a agressão e a violência. Os enfermeiros são, na maioria das vezes, o primeiro profissional com quem as vítimas se deparam e, por esta razão, devem estar preparados para saber prestar cuidados de enfermagem respeitando, não só os princípios clínicos da assistência, mas também a preservação de vestígios. Surgindo assim, a especialidade de enfermeiro forense. Objetivo: Conhecer como o profissional enfermeiro pode atuar nos setores emergenciais de hospitais utilizando a ciência forense e a medicina legal nos casos de estupro e violência física. Metodologia: Artigo de revisão bibliográfica de cunho descritivo e qualitativo. As bases para coleta de dados utilizada foram os sites de busca Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico, utilizando-se das seguintes palavras-chave: Assistência de enfermagem; enfermagem forense; medicina legal; ciência forense; evidências; investigação criminal; estupro; violência física. Resultados e Discussão: O principal objetivo dos profissionais de saúde é a preservação da vida e promoção da saúde, em consequência, a preservação e a coleta de potenciais provas perícias correm o risco de ser ignoradas. O enfermeiro forense do setor emergencial deve ser detentor de conhecimentos para preservar a vida e as provas forenses, pois, na maioria das vezes, a recolha de provas ocorre no ambiente hospitalar. O primeiro passo para uma correta recolha de evidências é a completa documentação, com notas descritivas das observações das lesões e condições em que a vítima chegou ao serviço. Nos casos de vítimas de violência física, os registros escritos devem ser os mais completos possíveis, com a descrição completa de todas as lesões. Nas vítimas de estupro, o enfermeiro deve ser capaz de prestar assistência humanizada e fazer a correta coleta de evidências na região íntima da vítima, em busca de esperma e outros vestígios, além de observar outros locais onde há marcas e fluídos extra corporais, como saliva e suor, do estuprador, contribuindo assim, com a posterior investigação criminal dos casos. Considerações finais: É notável a extrema importância de profissionais enfermeiros especializados na ciência forense no ambiente hospitalar, pois assim, ele será capaz de suprir as necessidades do paciente de forma humanizada e irá contribuir consideravelmente à justiça brasileira, pois deste modo, estará auxiliando nos processos de investigação criminal.

Palavras-chave: Enfermagem forense. Estupro. Violência física.

Referências:

BRAZ, J. - Investigação criminal. A organização, o método e a prova. Os desafios de nova criminalidade. - Almedina, Coimbra, 2010.

GONÇALVE, S. - Vivências dos enfermeiros na manutenção de provas forenses no serviço de emergência. - Instituto de ciências biomédicas Abel Salazar, Universidade de porto. Setembro, 2011.

SILVA, C. J. - Os enfermeiros e a preservação de vestígios perante vítimas de agressão sexual, no serviço de urgência. - Instituto de ciências biomédicas Abel Salazar, Universidade de porto, 2010.

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INFECÇÃO HOSPITALAR ADQUIRIDA NA UTI: UMA REALIDADE IMINENTE – REVISÃO INTEGRATIVA

Orlenildes L. dos S. (Relatora, e-mail: [email protected]); Andréa M. R; Fabrício B. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Infecção Hospitalar (IH) é aquela contraída depois do ingresso do paciente no hospital e que se manifesta ao longo da internação, ou posteriormente a alta, quando estiver relacionada com a internação ou procedimentos. Outro tipo de infecção, é a de origem comunitária, que já se encontra com o paciente ou incubada durante o ingresso no hospital, aparece 48 horas após a internação (BRASIL, 1998). As bactérias encontradas nos hospitais são caracterizadas por ser mais resistentes que as encontradas na comunidade, pelo fato de estarem constantemente expostas a antibióticos, causando assim, uma seleção bacteriana (MORAIS & SILVA, 2015). Os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são mais suscetíveis a uma IH, por conta dos procedimentos invasivos e o uso abundante de antibióticos nesse meio. Dependendo do caso clínico, as condições nutricionais e os procedimentos feitos, o tempo de internação é prolongada, facilitando assim uma contaminação (ÁRTICO, GARCIA, FELLET, 2015). Objetivo: Conhecer as principais causas que favorecem o aparecimento de infecções em pacientes na UTI e a resistência desses microrganismos. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores “infecção UTI”, “bactérias resistentes hospitalar”, nas bases de dados LILACS e SciELO. Foram considerados artigos publicados entre 2010 e 2015, disponíveis na íntegra, no idioma português. Resultados e Discussão: Foram identificados 15 artigos e, a partir da leitura do resumo e, posteriormente, do artigo na íntegra, foram selecionados seis, sendo três do SciELO, três do LILACS publicados na língua portuguesa nos anos de 2010 a 2015, 100% foram elaborados por pesquisadores na área da enfermagem. As IH em UTI está muito associada por ser um ambiente que se encontra pacientes críticos com quadros clínicos que facilitam a contrair infecções. A permanência dentro da UTI tem muita relação com a aquisição dessas bactérias, pois com uma permanência média de 19,3 dias já é possível adquirir uma infecção hospitalar e 20,2 dias para colonização de microrganismos resistentes. As vias mais comuns de infecção cruzada entre pacientes e profissionais são as superfícies e os equipamentos pois contribuem para a disseminação de patógenos. A maior frequência de contaminações é encontrada na UTI, pela quantidade de equipamentos e as condições dos pacientes, os monitores por ser frequentemente tocados se tornam um dos principais contaminantes dentro da UTI. A principal via de transmissão de microrganismos ocorre entre as mãos dos profissionais aos pacientes, porém podem ocorrer através de fatores ambientais, como superfícies, equipamentos e vestuários (jaleco, avental e uniforme). Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Klebsiella são microrganismos que podem ser encontrados nos vestuários dos profissionais, essas bactérias são multirresistentes e causam graves infecções em pacientes hospitalizados. A Staphylococcus aereus é um dos microrganismos de grande frequência encontradas na IRAS, sua virulência é bem alta e possui resistência a Meticilina, sua transmissão principal é por contato direto (mãos contaminadas) ou indireta (através de superfície contaminada). Na unidade de terapia intensiva os microrganismos resistentes mais frequentes são Acinetobacter sp; Staphylococcus aureus e Pseudômonas. Cerca de 75% de Acinetobacter sp apresentam resistência a Piperacilina associada a Tazobactam, Miropirem e Levofloxacina. 36,3% de S.aereus apresentam resistência a Oxacilina e 10% dos isolados de Pseudômonas sp. foram resistentes aos medicamentos. A UTI é um cenário ideal para disseminação da resistência dessas bactérias, por conta dos pacientes críticos, sobrecarga de trabalho e uso incorreto das medidas de biossegurança. A resistência bacteriana é um problema de saúde pública em todo mundo, vários fatores contribuem para o aparecimento de resistências bacterianas, uma delas é uso incorreto dos antibióticos. Considerações Finais: Nesse estudo foi observado que entre os fatores que contribuem para a alta taxa de infecção é uso incorreto de antimicrobianos durante o prolongado tempo de internação, os procedimentos invasivos que são realizados nesses pacientes, que facilitam o crescimento de microrganismos e o simples ato de não lavar as mãos de forma correta promove as infecções cruzadas, é indicado a frequência da lavagem desses vestuários pelo menos 1 vez por semana e seu uso restrito nas UTIs contribui para diminuição dessas contaminações.

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Palavra Chave: Infecção Hospitalar, Resistência Bacteriana, UTI.

Referências:

ÁRTICO, Ana Elisa; GARCIA, Marta Regina L; FELLET, Rosana L. Biologia para Enfermagem – Porto Alegre: Artmed, 2015. 14-15p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.616, 12 de maio de 1998. Diário Oficial, Brasília, 1998. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html visitado no dia 21/04/2017.

MORAIS, Teresa Márcia; SILVA, Antonio. Fundamentos da Odontologia em ambiente hospitalar/UTI. Elservier editora Ltda, 2015. 27-29p.

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O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS DOENÇAS OCUPACIONAIS: REVISÃO DE LITERATURA

Lucas, R.G. (Relator, e-mail: [email protected]); Ramão, Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Atualmente a relação trabalho e homem a todo o momento vêm sofrendo

transformações, como a implementação e a inovação de novas tecnologias, a utilização de métodos

práticos que facilitem processos, mudanças trabalhistas fatores esses que exercem forte influência

no trabalhador, da mesma maneira essas transformações ocorreram no âmbito da enfermagem, e

apesar dessas mudanças toda ou qualquer tipo de profissão da sociedade ainda estão sujeitas aos

acidentes de trabalho e ao adoecimento do profissional situações essas que surgem em decorrência

da exposição do trabalhador frente ás doenças ocupacionais Objetivo: Apresentar a definição de

doenças ocupacionais, saúde do trabalhador e os fatores que atualmente estão relacionados ao

adoecimento do profissional de enfermagem, e buscar formas de prevenção frente aos riscos

encontrados. Metodologia: Para o desenvolvimento foram pesquisados em periódicos de circulação

nacional e internacional artigos com temas relevantes ao assunto, utilizando os seguintes termos

chaves: Saúde do trabalhador, Doenças ocupacionais do profissional de enfermagem, Doenças da

enfermagem. Utilizamos o seguinte critério de exclusão: Artigos em duplicata, e quaisquer artigos

que não apresentassem relevância. O estudo trata-se de uma metodologia descritiva qualitativa

onde buscamos informações relevantes ao assunto saúde do trabalhador em especifico o

profissional de enfermagem. Resultados e Discussões: O profissional de enfermagem hoje está

sujeito a extensas jornadas de trabalho convivendo com situações diversas que cobrem total esforço

da equipe que muitas das vezes acabam prestando cuidado ao paciente e esquecem-se da

manutenção da sua própria saúde e do ambiente de trabalho dessa maneira expondo-os as

doenças ocupacionais da profissão. As doenças ocupacionais são todas aquelas que exercem

influência negativa no profissional, proveniente de riscos a qual são expostos sendo riscos esses

caracterizados como físicos onde são consideradas as vibrações, temperaturas, radiações riscos

esses bem presentes no ambiente de atuação, biológicos que nesse aspecto são muitos

relacionados aos objetos perfuro/cortantes como agulhas que oferecem grande risco de contato

com sangue, fluidos e com a pele do paciente, químicos serão a exposição a medicamentos, gases

esses que possam penetrar no organismo por vias inalatórias, pela pele ou que possam ser

ingeridas, ergonômicos é toda aquela relacionada à maneira como são executadas as atividades,

as posturas estáticas e prolongadas do cotidiano do profissional. Conclusão: O profissional de

enfermagem durante a assistência ao paciente no ambiente hospitalar ou em outro ambiente que

atue estará a todo e a qualquer momento suscetível a esses riscos desde o mais simples

procedimento como a administração de medicamentos até o mais complexo. Durante a realização

dessa pesquisa percebeu-se a importância notória desse tema para a comunidade profissional e

acadêmica a fim de mostrar soluções que possam ser executadas como a educação continua do

profissional, inspeção e criação de normas regulativas que assegurem a saúde e o bem-estar do

profissional de enfermagem.

Palavras Chaves: Doenças Ocupacionais. Profissional de enfermagem. Saúde do trabalhador.

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Referências:

Ribeiro, R. P; Martins, J. T; Marziale, M. H. P; Robazzi, M. L. C. C. O adoecer pelo trabalho na enfermagem: Uma revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(2):495-504

Teixeira L. P; Silva, T. A. S. M; Occupational diseases in nursing - When the work is sick. Revista Pró-UniverSUS. 2014 Jul./Dez.; 05 (2): 19-24.

Carrara, G. L. R; Magalhães, D. M; Lima, R. C. Riscos ocupacionais á saúde dos profissionais de enfermagem. Revista Fafibe On-Line, 2015, Bebedouro SP, 8 (1): 265-286,

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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A PERCEPÇÃO DAS LIGANTES DE OBSTETRÍCIA QUANTO À PRÁTICA DO QUARTO PASSO NO PÓS-PARTO EM UMA

MATERNIDADE PÚBLICA

Jessica Yasmim L. P. (Relatora, e-mail: [email protected]), Beatriz C. N., Tarcia Millene A.C.B. (Orientadora), Rafhael B. (Co-orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Segundo D’Artibale e Bercini (2014), o contato precoce e a amamentação nas primeiras horas de vida são recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), e faz parte da Iniciativa do Hospital Amigo da Criança, que define esse processo como o quarto passo. Esse contato pele a pele, logo após o parto favorece um vínculo essencial entre mãe-filho nas primeiras horas de vida extrauterina. Os benefícios trazidos com tal prática, contribuem para os aspectos físicos e psicológicos a curto e longo prazo, comprovados cientificamente. Dentre estes, pode-se destacar, o calor transferido do corpo da mãe para o recém-nascido, impedindo os riscos de hipotermia no RN, assim como também, proporciona na sucção precoce do leite materno. A produção hormonal que é desencadeada por essa aproximação, beneficia ainda à saúde da mulher, pois ajuda nas trocas fisiológicas e na transição de grávida para puérpera, auxilia na dequitação da placenta mais rapidamente e diminui o perigo de hemorragias pós-parto. Objetivo: Descrever a percepção das ligantes quanto à realização do quarto passo (contato pele a pele e amamentação nas primeiras horas de vida) em uma maternidade pública de Roraima. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado pelas ligantes da Liga Acadêmica de Enfermagem Obstétrica de Roraima nas salas de parto em uma maternidade do município de Boa Vista-RR. Resultados: Observou-se que, após o período expulsivo (saída do feto), o obstetra põe o RN diretamente no colo da mãe, favorecendo o vínculo imediato, esse processo mantém-se até expulsão da placenta. No entanto, percebeu-se que essa prática ocorre dependente do profissional que está acompanhando essa mulher. Em alguns partos notou-se que a dinâmica em volta do quarto passo é fragmentada, existindo uma preocupação maior em manter a estabilidade da mãe e da criança, por vezes, impedindo o contato pele a pele inicial. Considerações finais: O presente relato nos possibilitou observar a dinâmica desse processo de parto e nascimento, especificamente a realização do quarto passo como fundamental para adaptação do RN com o meio externo, notou-se que ainda é uma prática que precisa ser realizada com mais vigor, haja vista as comprovações científicas que são positivas em sua efetuação. A partir da nossa vivência dentro das salas de parto salienta-se a importância da estimulação desse passo que é tão benéfico para o binômio (mãe-filho).

Palavras-chave: Aleitamento precoce. Enfermagem Obstétrica. Parto Humanizado.

Referências:

D’ARTIBALE, E.F; BERCINI, L.O. A prática do quarto passo da iniciativa hospital amigo da criança. Esc. Anna Nery, v. 18, n. 2, abril-jun, 2014.

MONTEIRO, J.C.S. Contato precoce e amamentação em sala de parto na perspectiva da mulher. 2006. 6-123 p. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Programa de Pós-Graduação, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.

SAMPAIO, A.R.D; et al. O contato pele a pele ao nascer: um desafio para a promoção do aleitamento materno em maternidade pública no Nordeste brasileiro com o título de Hospital Amigo da Criança. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 25, n. 2, p. 281- 290, abril-jun, 2016.

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PREVALÊNCIA DO DIABETES MELLITUS REGISTRADOS PELO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA LESTE DE RORAIMA NO PERÍODO DE 2014

Nirley, S.S. (Relatora, -email: [email protected]), Eliene, M.O. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Faculdade Roraimense de Ensino Superior

O diabetes mellitus é considerado uma das principais síndromes de evolução crônica que acometem o homem moderno em qualquer idade, condição social e localização geográfica (OLIVEIRA, 2004). Entre os indígenas constitui-se um problema ainda maior, uma vez que houve alteração no estilo de vida dessa população específica. Alguns estudos recentes relatam aumento da prevalência de Diabetes Mellitus tipo II, obesidade e doença cardiovascular em grupos indígenas (OLIVEIRA et al., 2011). A pesquisa embasou-se em dados epidemiológicos sobre os casos de diabetes registrados pelo DSEI Leste de Roraima. A motivação da pesquisa foi escassez de estudos sobre os casos da doença entre os indígenas do distrito Leste para consulta de acadêmicos e demais pesquisadores. O estudo objetivou determinar a prevalência do diabetes mellitus na população indígena no DSEI Leste de Roraima no ano de 2014 e descrever a proporção em que a doença está associada a hipertensão. No intuito de responder os objetivos da pesquisa, o estudo foi do tipo descritivo-exploratório e ocorreu por delineamento documental. Os recursos utilizados foram as planilhas fornecidas pelo DSEI Leste de Roraima que continham os registros dos casos de diabetes diagnosticados no período delimitado (2014). A pesquisa verificou que no ano de 2014 foram realizados 1.258 cadastros pelo programa hiperdia, destes 298 (23,7%) das pessoas tinham diabetes, 30 (2,4%) eram pacientes insulinodependentes 770 (61%), recebem assistência no programa, mas não necessariamente possuem diagnostico fechado de diabetes e 171 (13,6%) são diabéticos e hipertensos. Foi observado que grande parte da população indígena do DSEI Leste passa por uma situação alarmante, em que as doenças endócrinas e metabólicas (hipertensão e diabetes) veem ganhando espaço e tornando-se um problema cada vez mais notório na população indígena. Durante a análise observou-se que as informações fornecidas pelo SIASI do DSEI Leste de Roraima, apresentou falhas, revelando pacientes registrados pelo programa sem especificação de variáveis quanto ao gênero e idade. Vale ressaltar ainda que é comum a ausência de dados demográficos sobre povos indígenas, que mesmo após o processo de distritalização, o SIASI ainda não disponibiliza dados demográficos e epidemiológicos de forma ampla e concisa sobre o perfil epidemiológico indígena. Esses resultados apontam para a necessidade de adoção de políticas públicas para implementação de cuidados primários ofertados à população indígena aldeada, no propósito de reduzir os casos de doenças oriundas da má alimentação e sedentarismo como aqui reportadas o diabetes e a hipertensão.

Palavras-chave: Diabetes. Prevalência. Indígena.

Referências:

BRASIL, Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Cadernos de Atenção Básica – nº 16, Brasília, DF, 2015. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF> Acesso em 15 de março de 2016.

OLIVEIRA, J. E. P. Conceito, Classificação e Diagnóstico do Diabetes. In: MILECH A. (Org.). Diabetes Mellitus Clínica, Diagnóstico, Tratamento Multidisciplinar. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 7-14

Oliveira GF, Oliveira TRR, Rodrigues FF, Corrêa LF, Ikejiri AT, Casulari LA. Prevalência de diabetes melito e tolerância à glicose diminuída nos indígenas da Aldeia Jaguapiru, Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2011: 29(5): 315–21.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM APLICADOS A PACIENTES INFECTADOS POR ARBOVÍRUS

Pedro Eduardo L. S. (Relator, e-mail: [email protected]), Brunna Caroline B. S., Raquel V. C. (Co-orientadora), Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Introdução: As arboviroses mais prevalentes no território brasileiro são resultantes das infecções pelo vírus da Dengue, Chikungunya e Zika, sendo a Febre Amarela outro exemplo com potencial de disseminação. Essas doenças costumam ter apresentação clínica semelhante, marcada por doença febril leve e indiferenciada que pode evoluir a síndromes febris neurológicas, articulares e hemorrágicas. Dada essa conjuntura, o profissional de enfermagem, através de campanhas de educação em saúde e ações em âmbito hospitalar, tem a possibilidade de auxiliar no controle e prevenção destas doenças. Para tal, o enfermeiro deve usufruir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), um instrumento científico de gestão de cuidado baseado nas necessidades dos pacientes que viabiliza uma atuação mais fundamentada e organizada, sendo subsidiada por uma coleta de dados detalhada, o que constitui o pilar desta ferramenta. Uma das etapas da SAE se concretiza nos Diagnósticos de Enfermagem, que evidencia os problemas do indivíduo a fim de elaborar uma assistência integral e promover um bem-estar biopsicossocial. Objetivo: Elaborar os principais diagnósticos de enfermagem para pacientes infectados por arbovírus prevalentes no Brasil. Metodologia: Para fundamentação teórica do estudo selecionou-se literatura científica indexada nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Repositório Institucional da Fiocruz (ARCA) e PUBMED. Descritores de Ciência da Saúde (DeCS): Arboviroses, Quadro clínico, Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. Para a realização do objetivo optou-se pelo uso dos Diagnósticos de Enfermagem da Associação Norte-Americana de Diagnósticos de Enfermagem (NANDA) 2015-2017, classificados em reais, de risco e de prevenção de saúde, incluídos em 13 domínios. Resultados e Discussão: Em conformidade com o quadro clínico das arboviroses mais prevalentes no Brasil, foram julgados 33 principais Diagnósticos de Enfermagem sendo 18 reais e 15 de risco, presentes em 9 dos 13 domínios (D – 1 a 13) do NANDA. Os pacientes infectados podem evidenciar uma Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais e Riscos de glicemia instável, desequilíbrio eletrolítico (D2 - Nutrição) e de constipação (D3 – Eliminação e troca). Incluídos em Atividade e repouso (D4) podem coexistir Insônia, Capacidade de transferência prejudicada, Deambulação prejudicada, Levantar-se prejudicado, Mobilidade física prejudicada, Fadiga, Intolerância à atividade, Riscos de débito cardíaco diminuído e perfusão renal ineficaz, e Déficits no autocuidado para alimentação e higiene íntima. O Risco de confusão aguda, inserido em Percepção/cognição (D5), também merece importante destaque, assim como a possibilidade de Interação social prejudicada e Relacionamento ineficaz (D7 – Papéis e relacionamentos). O indivíduo ainda pode desenvolver Disfunção sexual (D8 – Sexualidade) e ter a Regulação do humor prejudicada (D9 – Enfrentamento/tolerância ao estresse). A respeito da Segurança e Proteção (D11) do paciente acometido, essas infecções virais podem contribuir para os Riscos de infecção, choque, integridade da pele prejudicada, integridade tissular prejudicada, lesão, quedas, sangramento e trauma, além dos diagnósticos reais de Hipertermia e Termorregulação ineficaz. Conforto prejudicado, Dor aguda e Náusea, presentes (D12 – Conforto) também podem estar presentes. Considerações finais: A enfermagem deve compreender o curso, sintomatologia e epidemiologia das arboviroses, bem como considerar a individualidade de cada paciente e assim poder elaborar diagnósticos de enfermagem para a população afetada, de modo a promover uma maior praticidade e facilidade na assistência a estes casos. Este trabalho se traduz, também, em importante incentivo a construção de protocolos para o estabelecimento da SAE para pacientes infectados com arboviroses.

Palavras-chave: Arboviroses. Diagnóstico de Enfermagem. Sistematização da Assistência de Enfermagem.

Referências:

DONALISIO, M. R.; FREITAS, A. R. R.; ZUBEN, A. P. B. V. Arboviroses emergentes no Brasil:

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desafios para a clínica e implicações para a saúde pública. Rev Saúde Pública, vol. 51 n. 30, 2017.

HERDMAN, T. H.; KAMITSURU, S. Diagnósticos de enfermagem da NANDA : definições e classificação 2015-2017. Porto Alegre : Artmed, 2015.

SANTOS, W. N. Systematization of nursing care: the historical context, the process and obstaclesto deployment. J Manag Prim Health Care, v.5. n.2. p.153-158, 2014.

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ALCOOLISMO NA ADOLESCÊNCIA, O ENFERMEIRO COMO ESTRATÉGIA NA PREVENÇÃO

GOMES,C.J. (Relatora, e-mail: [email protected]);. OLIVEIRA, G.G. (Bióloga)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Faculdade Roraimense de Ensino Superior

O alcoolismo é uma temática que diretamente ou indiretamente, diz respeito a todos. Este estudo

teve como objetivo identificar a contribuição do enfermeiro na prevenção do alcoolismo na

adolescência. Trata-se de um estudo cunho qualitativo e descritivo. Para a identificação da

bibliografia pertinente à temática, foram consultados artigos que relataram o uso de bebida alcoólica

delimitado os que abordaram o uso de álcool em adolescentes, publicados entre os anos 2003 a

2013 nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google acadêmico,

Biblioteca Digital, verificando que essa perspectiva problemática do álcool é uma questão de saúde

pública que atinge a população mundial em todas as faixas etárias. Os dados coletados nos artigos

foram tabulados e serviram para construção de tabelas e gráficos. Para esta etapa, utilizou-se o

programa Excel 2010 da Microsoft. A adolescência é um período crítico na vida das pessoas, no

qual ocorrem novas descobertas significativas que são fundamentais para a construção da

personalidade e da individualidade, sob o ponto de vista biopsicossocial. Como resultado da

pesquisa, verificou-se que de 27 artigos relacionados ao tema apresentaram os seguintes fatores

que colaboram para o uso de álcool na adolescência: falta de estrutura familiar (13), influência de

amizades (3), decepções (2), conflito com os pais (2) e influência da própria família e (7). Ficou

evidente também que o enfermeiro desempenha uma função importante na prevenção do uso de

álcool na adolescência e pode auxiliar na prevenção do alcoolismo através de palestras de saúde

e educação, desenvolvendo atividades recreativas.

Palavras-Chave: Álcool. Adolescente. Educação. Saúde.

Referências:

ABREU, Angela Maria Mendes. A enfermagem e o problema do uso e abuso de álcool e outras drogas. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, Dec. 2007.

BARROS MA, PILLON SC. Programa Saúde da Família: desafios e pontecialidades frente ao uso de drogas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2006.

JESUS et al. Vulnerabilidade na adolescência: a experiência e expressão do adolescente. Rev Gaúcha Enferm.,Porto Alegre, v. 32, n. 2, p.359-67, jun., 2011.

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O PAPEL DO ENFERMEIRO PERFUSIONISTA NA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

André A.A.V. (Relator, e-mail: [email protected]) Daniela T.D.S. (Orientadora), Luzia R.S. (Co-orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Faculdade Roraimense de Ensino Superior

As DCV (Doenças Cardiovasculares) são a principal causa de morte a nível mundial: mais pessoas morrem anualmente de doenças cardiovasculares do que por qualquer outra causa. Estima-se que 17,5 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2012, representando 31% de todas as mortes globais. A cirurgia cardiovascular engloba o tratamento das cardiopatias congênitas, das doenças das artérias coronarianas, da aorta e seus ramos. A cirurgia de revascularização do miocárdio, indicada para o tratamento da doença arterial coronária, é realizada com ou sem o uso de circulação extracorpórea, o que confere mais alternativas para cada caso. Conforme dados do Datasus (2012) a taxa de mortalidade específicas por doenças do aparelho circulatório no estado de Roraima representa 23,5% e a taxa de mortalidade específica para doenças cerebrovasculares compreende 23,3% da população, demonstrando que as DCV têm significância relativa nos óbitos e principalmente naqueles que poderiam ser prevenidos por meio de estratégias para o controle e combate destes agravos de saúde. A circulação extracorpórea, em um sentido mais amplo, compreende o conjunto de maquinas, aparelhos, circuitos e técnicas mediante as quais se substituem temporariamente, as funções do coração e dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação. (Souza & Elias, 2006)1. A data de 6 de maio de 1953 representa um importante marco nessa tecnologia. Naquela data, uma jovem de 18 anos chamada Cecilia Bavolek, portadora de uma comunicação interatrial (CIA), entrou para a história como a primeira paciente operada com sucesso, utilizando-se um sistema coração-pulmão artificial para conseguir acesso ao interior do coração. Walter J. Gomes2, relata que em 12 de novembro de 1956, foi realizada a primeira CEC no Brasil, utilizando este equipamento, para a correção de comunicação interatrial (CIA) em uma criança de 8 anos de idade. Segundo o Dr.º Jeffchandler, a SBCEC (Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea), recomenda que que exclusivamente indivíduos graduados numa das profissões das áreas das ciências biológicas e da saúde tenham acesso ao treinamento necessário à formação de Perfusionista. Fundamentado nesse contexto que o COFEN, através da Resolução nº 528/20163, em seu Artigo 1º, normatiza a atuação do Enfermeiro Perfusionista, como membro da Equipe Cirúrgica. O objetivo deste artigo é refletir sobre a função do Enfermeiro Perfusionista nas cirurgias cardíacas, ampliando assim um campo de trabalho para a Enfermagem. Trata-se de um artigo bibliográfico, sobre a trajetória do Perfusionista que atua, como membro da equipe cirúrgica. É importante observar, que vários profissionais de saúde podem atuar como Perfusionista, dentre eles: Biomédico, Bioquímico, Fisioterapeuta, Biólogo, no entanto, o enfermeiro possui todas as condições e conhecimentos necessários para exercer a função de Perfusionista, onde é o profissional que pode prestar assistência no pré-intra e pós-operatório, desenvolvendo um atendimento com visão holística e atendimento humanizado. Com este estudo, acredita-se estar transmitindo para outros profissionais de enfermagem, um esclarecimento sobre o trabalho de um Perfusionista e a sua relação com o profissional enfermeiro, oportunizando assim, maior conhecimento do processo da circulação extracorpórea bem como apresentando outros caminhos possíveis de o enfermeiro se desenvolver, dentro de sua área de atuação.

Palavras – Chave: Cirurgia Cardíaca. Circulação Extracorpórea. Enfermagem em Cardiologia.

Referências:

SOUZA, MARIA HELENA L.; ELIAS, DECIO O.; Fundamentos da Circulação Extracorpórea. 2ª edição. Rio de Janeiro:

Centro Editorial Alfa Rio, 2006. Cap.1, Pag. 18, 49.

SCIELO BRASIL. Walter J. Gomes; João C. Saba; Enio Buffolo. 50 anos de circulação extracorpórea no Brasil: Hugo

J. Felipozzi, o pioneiro da circulação extracorpórea no Brasil. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382005000400002. Acesso em 21/04/2017.

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem – Resolução COFEN nº 0528, de 09 de novembro de 2016. Normatiza a

atuação do Enfermeiro Perfusionista. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05282016_46279.html. Acessado em: 22/04/2017.

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MALFORMAÇÃO CONGÊNITA DEVIDO AO FATOR GENÉTICO: REVISÃO DE LITERATURA

Emily L.O. (Relatora, e-mail: [email protected]), Karoline G.L, Ralife F. J. M, Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A malformação congênita existe desde os tempos mais antigos, havendo inúmeros tipos e gravidades variáveis, elas podem ser de origem genética, como as anomalias cromossômicas ou de genes mutante, ou não genética, causadas por fatores externos como infecções perinatais e o uso de drogas no período gestacional. As malformações congênitas são a principal causa de mortalidade infantil, elas podem ser estruturais, funcionais, metabólicos, e/ou comportamentais esses defeitos algumas vezes quase não causam problemas ao portador; outras são totalmente incompatíveis com a vida. Objetivos: Compreender a malformação congênita de origem genética em fase embrionária e fetal, assim como conhecer as causas e fatores que levam a esse tipo de problema. Metodologia: Neste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica e descritiva sobre o tema, através de livros, artigos, trabalhos científicos, nas bases de dados como: Scielo, Bireme, Lilacs, utilizando as seguintes palavras-chave: Malformação – congênita, excluindo os que não condiziam com o tema. Resultados e discussão: O primeiro trimestre gestacional é a fase mais delicada da gravidez, pois é nele que ocorre a formação do zigoto, bem como a diferenciação celular, divisão dos folhetos embrionários, substituição do saco vitelino pelo cordão umbilical, ainda nessa fase ocorre a formação de órgãos vitais, é nesse período que normalmente acontece a maioria dos casos de anomalias. Grande parte dos defeitos congênitos são de causas genéticas, as anomalias ocasionadas por este fator, se dividem em numéricas e estruturais. As anomalias cromossômicas numéricas são modificações na quantidade de cromossomos, dando origem a algumas síndromes como a Síndrome de Down que consiste em um cromossomo 21 extra. Essa é uma das anomalias mais comuns. As crianças apresentam vários graus de incapacidade intelectual, dismorfologia facial, defeitos cardíacos e outros problemas, por outro lado essas pessoas podem ter uma vida “normal”, podem trabalhar, estudar e vivem em média 35 - 40 anos. Enquanto que as anomalias estruturais são alterações na estrutura cromossômica, resultando na ruptura de um cromossomo, que pode ser induzido por diversos fatores ambientais como radiação, drogas e alguns vírus. Um exemplo de ruptura de braço do cromossomo 5 é a Síndrome de Cri Du Chat (síndrome do miado de gato). Considerações finais: Diante do estudo, pode-se afirmar que a malformação congênita ocorre por diversos fatores, o principal deles é o fator genético. Os casos de anomalias fetais são a nível mundial a causa mais frequente de morte no primeiro ano de vida, os números são assustadores pois grande parte das anomalias podem ser evitadas durante o pré-natal, por tanto cabe á equipe de saúde orientar os pais quanto ao que está acontecendo explicar o que pode e o que não pode ser feito no caso do filho deles, o desejo dos pais de terem uma criança perfeita é bruscamente abalado com o nascimento de um filho com malformação congênita, surgindo assim um sentimento de medo, culpa e de não aceitação por parte da família. É papel da enfermagem orientar os pais sobre as dificuldades em cuidar de uma criança portadora de necessidades especiais.

Palavras-chave: Malformação, congênita, embriologia.

Referencias:

BORBA, Graciela Gonsalves et al. Fatores associados à morbimortalidade neonatal: um estudo de revisão. Saúde (Santa Maria), v. 40, n. 1, p. 9-16, 2014;

MORAES, Carolina Leão de et al. Fatores de risco para anomalia congênita: estudo de caso-controle, 2016.

SANTOS, Rosângela da Silva; DIAS, Iêda Maria Vargas. Refletindo sobre a malformação congênita. Rev. bras. Enfermagem. Brasília, v. 58, n. 5, p. 592-596, Out. 2005.

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ROTINA DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA EM BOA VISTA-RR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Brunna Caroline B.S.(Relatora, e-mail: [email protected]), Raquel V.C. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A sociedade atual tem experimentado o crescimento do número de idosos, invertendo a pirâmide etária como é conhecida originalmente, sendo o envelhecimento da população “um fenômeno natural, irreversível e mundial” que pode ser atribuído, em grande parte, à saúde, elemento primordial quando trata-se de qualidade de vida no processo de senescência. Objetivo: Desta forma, objetivou-se relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre a rotina de idosos institucionalizados. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado a partir da vivência de acadêmicos de enfermagem durante estágio complementar ocorrido do dia 16 a 20 de maio de 2016, em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), situada na capital Boa Vista, Roraima. Resultados e Discussão: O período em que os acadêmicos acompanharam a rotina dos 33 idosos residentes na instituição foi de grande relevância teórica, mas sobretudo prática, uma vez que foi ofertado a possibilidade de conviver, analisar, examinar e conhecer aqueles indivíduos, traduzindo-se em ações o conteúdo teórico aprendido na academia. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) pôde ser implementada em casos reais de idosos com doenças crônicas prevalentes nesta população, a partir da entrevista e do exame físico detalhado específico para esta parcela da população, teve-se a oportunidade de entender a doença, relacioná-la ao modo de vida, idade, dentre outros fatores e com isso, prescrever cuidados de enfermagem para alcançar resultados positivos na reabilitação ou na manutenção da qualidade de vida desses idosos. Outra experiência de grande riqueza prática foram os procedimentos realizados, dentre eles: administração de medicamentos, aplicação de insulina, realização de exames de glicemia e acompanhamento dos casos de diabetes, aferição de sinais vitais, cujo aprimoramentos se fez muito válido, visto que estas técnicas são rotineiras na profissão de enfermagem e necessitam de prática para aperfeiçoamento. Outra característica inerente a profissão de enfermagem e que pôde ser aprimorada foi a observação, que se estendeu para além da pessoa, contemplando o espaço físico da instituição, onde percebeu-se inadequações quanto a segurança estrutural para a circulação dos idosos, uma vez que estão inseridos no grupo de risco para quedas. Considerações Finais: Sendo assim, demonstrou-se, através desta experiência, que aliar a teoria com a prática resulta em um aprendizado mais ativo e permanente, além de inserir, ainda na graduação, os acadêmicos na realidade da assistência de uma ILPI para que, assim, possam conhecer a rotina de cuidados prestados a esta população, bem como promover oportunidade de realizar, com maior segurança, as práticas de procedimentos básicos e observar o paciente de forma holística, desde o físico até as suas interações e o local onde vive. Todos esses aspectos contemplam o bem-estar e a qualidade de vida inerentes ao envelhecimento saudável.

Palavras-chaves: Idosos. Instituição de Longa Permanência. Experiência.

Referências:

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Resumo: Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. OMS, 2015.

BRASIL. Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010.

GASPAROTTO, L. P. R.; FALSARELLA, G. R.; COIMBRA, A. M. V. As quedas no cenário da velhice: conceitos básicos e atualidades da pesquisa em saúde. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., Rio de Janeiro, n. 17. v. 1. p. 201-209, 2014.

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PREPARANDO A MULHER PARA O PARTO E O PUERPÉRIO

Dérica A. (E-mail: [email protected]>); Emanuel B.; Janimere S. (Docentes). Gabriel P.P.; Keiva R.

(Estudantes).

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima campus Boa Vista-RR

Introdução: Durante o ciclo gravídico puerperal a mulher vivencia alterações fisiológicas e até mesmo patológica provocando diversas transformações ou alterações físicas e emocionais. Garantir um pré-natal completo, significa informar, cuidar, tratar e até mesmo prevenir situações indesejáveis visando o bem-estar da gestante e do seu filho. Assim, período gestacional, o parto e o puerpério são eventos carregados de sentimentos diversos, dúvidas, preocupações, angústias, mas também são momentos visto por muitas mulheres como algo inexplicável, repleto de amor que envolve toda a família. Conhecido como ciclo gravídico-puerperal, esse período apresenta em suas etapas inúmeras alterações que provocam transformações no corpo e na mente da mulher. Deste modo, é possível afirmar que a importância da educação em saúde poderá desvelar as principais dúvidas dessas mulheres que vivenciam momentos muitas vezes não comparáveis a nenhum outro. Se a mulher for preparada durante o pré-natal, receber informações e orientações pertinentes à gestação, parto e puerpério, enfrentará estes períodos com maior segurança, harmonia e prazer, pois a falta de informação pode gerar preocupações desnecessárias e expectativa as frustradas (CATAFESTA, et al, 2009, p. 610). Já o puerpério é conhecido como o período em que a mulher enfrenta intensas modificações, adaptações, vivencia o nascimento e os cuidados com o recém-nascido. Nesta fase existe um estabelecimento intenso de emoções. O puerpério, também conhecido como pós-parto, pode ser caracterizado por momentos de desconfortos, medo de não conseguir cuidar do filho, amamentar, desconforto físico e de até não conseguir atender as necessidades do bebê (MALDONADO, 2000). Objetivos: Facilitar a preparação das mulheres para os momentos da gestação, parto e puerpério, através da realização de oficinas semanais. Metodologia: O projeto desenvolvido em forma de atividade de extensão ocorreu no período de 13 de setembro a 13 de outubro de 2016. As oficinas educativas, teórico-práticas, realizaram-se no Instituto Federal de Roraima - campus Boa Vista, pelos docentes do curso técnico em enfermagem e alunos do módulo VI do curso Técnico em Enfermagem. Nos encontros os temas abordados foram: pré-natal, parto, puerpério e cuidados com a criança ao nascer. Uma vez que o público-alvo eram mulheres gestantes ou que estavam planejando uma gestação, as oficinas ocorreram de forma a aliar a teoria à prática, no intuito de aprimorar os conceitos e aproximar a realidade do período gestacional às participantes. Resultados e discussão: O processo metodológico-prático realizado por meio dos docentes e discentes do Curso Técnico em Enfermagem proporcionou um maior conhecimento e práticas educativas tanto para os alunos quanto para as gestantes participantes do projeto, auxiliando na construção de um conhecimento pertinente a gestação, puerpério e aos cuidados com o recém-nascido. Diante da realização das oficinas houve uma integração teórico-prático da disciplina de Saúde da Mulher, Gravidez de Alto Risco e bioética inseridas no plano de curso do módulo VI do Curso Técnico em Enfermagem. Sendo assim, percebeu-se uma integração da estrutura curricular e da realidade da população atendida no projeto. Considerações finais: Dessa maneira, ocorreu uma integração com a prática através da supervisão dos docentes, buscando-se garantir a qualificação das mulheres participantes atendidas.

Palavras-chave: parto, puerpério, enfermagem.

Referencias:

CATAFESTA F, Zagonel IPS, Martins M, Venturini KK. A amamentação na transição puerperal: o desvelamento pelo método de pesquisa-cuidado. Esc Anna Nery. 2009;13(3):609-16.

LANDERDAHL MC, Ressel LB, Martins FB, Cabral FB, Gonçalves MO. A percepção de mulheres sobre atenção pré-natal em uma unidade básica de saúde. Esc Anna Nery. 2007;11(1):105-11.

MALDONADO MT. Psicologia da gravidez: parto e puerpério. 16ª ed. São Paulo: Saraiva; 2000.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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AEDES AEGYPTI: CONSCIENTIZAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO COMBATE AO MOSQUITO

Gabriel P.P. (Relator, e-mail: [email protected]), Kellen Danielle A.M.; Keiva Cristina P.R., Dericá Karoly E.A. (Orientadora)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima campos Boa Vista-RR

O Brasil vem sofrendo constantes transformações nos campos econômicos e sociais, e consequentemente moldando a superfície geográfica muitas vezes de forma desorganizada. Em consequência da expansão das áreas urbanas, a população tem desenvolvido cada vez mais doenças urbanas e silvestres, principalmente as transmitidas por vetores, que obtém nas cidades um lugar favorável para seu ciclo biológico, dentre essas, cabe citar a dengue, a zika e a chikungunya, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O mosquito Aedes Aegypti é transmissor de diversas doenças que ocorrem em todo o país, e apesar das intervenções dos órgãos governamentais por meio das campanhas de conscientização, tem apresentado poucos resultados no controle e combate ao vetor. Diante disso, desenvolvemos o projeto “Aedes Aegypti: conscientização e disseminação do combate ao mosquito”, que visa estabelecer contato com estudantes da rede ensino público estadual de Roraima em Boa Vista, a fim de empoderar e conscientização do combate ao mosquito. Durante o desenvolvimento do projeto foram realizadas palestras, com a finalidade de explicar as principais doenças transmitidas pelo mosquito, bem como seus sintomas, métodos de combate a proliferação, utilizando vídeos educativos e atividades escrito-lúdicas. Foi perceptível, tanto pelos professores quanto pelos autores do projeto, a mudança positiva dos hábitos de higiene ambiental por parte dos alunos, pondo em prática os ensinamentos adquiridos através do projeto, bem como o despertar pelo interesse no tema abordado, uma vez que o fator de adoecimento em decorrência das doenças transmitidas pelo mosquito é comum no convívio dos estudantes. Identificamos ainda a existência de muitas dúvidas sobre os métodos de prevenção, o que nos induz a pensar que os meios utilizados para alcançar o público jovem (de 15 a 18 anos) não estão sendo efetivos, fazendo-se necessário outros tipos de abordagem para efetivar a conscientização.

Palavras Chaves: Aedes, conscientização, estudantes.

Referencias:

Dias LBA, Almeida SCL, Haes TM, Mota LM, Roriz-Filho JS; Dengue: transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento; Medicina (Ribeirão Preto) 2010;43(2):

Gomes LHM, Nascimento PO, Pachêco NMD, Silva TM. Abordagem educativa sobre dengue aos adolescentes de uma escola pública federal. Adolesc Saude. 2014;11(2)

Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde coletiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. - 2. ed. rev., 1.a reimpr. - Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

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ANAIS DA XXIII SEMANA DA ENFERMAGEM DO COREN-RR - 2017

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A ATUAÇÃO NA LIGA ACADÊMICA EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Yan, P.M. (Relator, e-mail: [email protected]), Camila, R.B.; Alexandre, S.S.; Letycia, A.M.; Andréa, S.C. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima-UFRR

Introdução: O presente relato de experiência é resultado das atividades realizadas pelos

acadêmicos de Enfermagem e Psicologia no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

(CAPS Ad). Este surge como um dos dispositivos sociais, com a finalidade de reabilitação e resgate

dos direitos e deveres dos cidadãos, bem como uma vida digna. A criação da Liga Acadêmica de

Saúde Mental em Enfermagem e Psicologia (LASMEP) se direciona a atuação em Saúde Mental

por meio da integração dos dois cursos, nesses ambientes. Objetivos: Este trabalho tem como

objetivo relatar as experiências vivenciadas pelos acadêmicos em um CAPs Ad na cidade de Boa

Vista-RR. Metodologia: As visitas foram realizadas aos finais de semana, no período da manhã ou

tarde, a partir de janeiro de 2017. A equipe se dirigia a instituição e realizava atividades com os

usuários do CAPs Ad, com a finalidade de executar ações que promovam a saúde mental, através

de oficinas, rodas de conversas, dinâmicas em grupos e abordagem individual, visando proporcionar

a qualidade da assistência e compreender os processos relacionados ao adoecimento. Resultados

e Discussão: As atividades eram realizadas de acordo com a demanda apresentada no momento

da visita ao CAPs Ad, valorizando assim a participação dos usuários. A experiência obtida através

dessas atividades nos permite compreender uma prática ainda em construção, com inúmeros

desafios a serem superados. Além de pensar e refletir questões acerca de temas e assuntos que

integram a discussão social sobre a dependência química não apenas de álcool, mas, também, de

outras drogas. Considerações finais: A atuação na Liga Acadêmica representa uma oportunidade

de articulação teórico-prática durante a graduação, bem como permite a aproximação entre a

Universidade e a comunidade, com a intenção de reconstruir novos conceitos direcionados as

doenças mentais.

Palavras Chaves: Enfermagem, Saúde Mental e CAPS.

Referências:

A. J. F. Souza, G. N. Matias, K. F. A. Gomes, A. C. M. Parente. A saúde mental no Programa de Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2007 jul-ago; 60(4): 391-5.

A. C. G. Dias & A. C. Muller. O Psicólogo na Rede Pública de Saúde: Um Estudo Sobre a Formação e a Atuação Profissional. Revista Interinstitucional de Psicologia, Santa Maria, 2008, 1 (1), 54-66.

L. P. KANTORSKI, F. B. Mielke, S. T. Júnior. O Trabalho Do Enfermeiro Nos Centros De Atenção Psicossocial. Revista Trabalho, Educação e Saúde, São Paulo, 2008 mar./jun, v. 6 n. 1, p. 87-105.

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CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE JUNTO À EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UTI-P DO HCSA-

PMBV-RR

Igor I.A.F. (Relator, e-mail: [email protected]), Geames T.M.; Daniela T.D.S. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem – Faculdade Roraimense de ensino Superior

Introdução: A saúde pública brasileira vivencia constantes desafios, provenientes do manejo de pacientes acometidos por enfermidades infectocontagiosas. A falta de um controle significativo perfaz o aumento considerado de infecções em pacientes de alto risco. No Hospital da Criança Santo Antônio, nota-se que o risco de se adquirir infecções é determinado pela suscetibilidade do paciente e pelos procedimentos clínicos e invasivos durante a hospitalização. O presente trabalho visa caracterizar a intervenção em ambiente hospitalar, para que ocorra a redução de riscos de resistência bacteriana em unidade de terapia intensiva (UTI), no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) do município de Boa Vista – RR, de modo a orientar e estabelecer metodologias de prevenção e educação em saúde, na busca de combater os riscos de infecção hospitalar pelos profissionais de enfermagem. Objetivo Geral: Validar tecnologia de educação em saúde como controle e prevenção de infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTI-P) do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Objetivos Específicos: Identificar o perfil dos microrganismos contaminantes da UTI do hospital da criança, estabelecendo o gênero/espécie resistente mais prevalente; definir o papel do enfermeiro frente a medidas de promoção e prevenção em saúde; descrever as ações educativas realizadas junto as equipes de enfermagem que atuam na UTI-P do HCSA. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa-ação, que faz uma proposta de intervenção e experimentação realizada na área educacional com aplicação de tecnologia em saúde para prevenção de riscos de infecção hospitalar em UTI pediátrica, no Hospital da Criança Santo Antônio. Foi necessária a submissão da pesquisa ao comitê de ética em pesquisa. Deste modo, foram respeitados aos princípios Éticos/ Morais conforme a resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do conselho nacional de saúde (CNS) comitê de ética. Resultados e discussão: O tema é trabalhado no sentido de evidenciar a responsabilidade em controlar a infecção como sendo papel inerente aos profissionais da equipe de saúde. Destaca-se a formação profissional voltada para uma cultura prevencionista como condição necessária para se concretizar um programa de controle e prevenção de infecção, descrevendo-se uma experiência local sobre a importância das atividades desenvolvidas pelo núcleo de pesquisa na área, como instrumento que interfere, positivamente, nos resultados das ações dos enfermeiros. Frente a análise, obteve-se um resultado, das 94 cepas bacterianas analisadas, os microrganismos mais frequentes foram: Staphylococcus sp. Coagulase Negativa 21,62% (23), Staphylococcus Aureus 15,98% (17), Pseudomonas sp 9,4% (10), Klebsiella Pneumoniae 8,46% (09), E.Colli 7,52% (8). Considerações finais: O controle de infecção hospitalar foi, ao longo dos anos, evoluindo e se evidenciando como um fenômeno que não se restringe apenas ao meio hospitalar, mas, também, a todos os estabelecimentos da área de saúde, nos quais se desenvolvem ações consideradas de risco para o aparecimento das infecções. Evidencia-se o importante papel do enfermeiro no desenvolvimento das ações de prevenção e controle de infecção e a educação continuada como estratégia de implementação de medidas eficazes na busca da qualidade do cuidado.

Palavras-Chave: Educação, Saúde, Enfermagem.

Referências:

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Investigação e Controle de bactérias Multirresistentes. Brasília, 2007.

BRAND, Cátia Inácia; FONTANA, Rosane Teresinha. Biossegurança na perspectiva da equipe de enfermagem de Unidades de Tratamento Intensivo. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 67, n. 1, p. 78-84, fev. 2014 . Acessos em 12 dez. 2016. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672014000100078&lng=pt&nrm=iso>.

FERREIRA, Rodrigo Silva; BEZERRA, Cleide Maria Fernandes. Atuação da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) na redução da infecção: Um estudo no Hospital da Criança Santo Antônio. Ciências da Saúde. Rev Norte Científico IFRR. v. 5, n. 1, dezembro de 2010.Disponível em: http://wilikit.ifrr.edu.br/SISTEMAS/revista/index.php/revista/article/view/94

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UTILIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO HOSPITAL GERAL DE RORAIMA PELOS ENFERMEIROS

Thays RC. (Relatora, e-mail: [email protected]), Bruno M.R. (Orientador); Raphael F.A (Co-orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Estadual de Roraima

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a ferramenta de trabalho mais importante durante a assistência de Enfermagem ao cliente, pois permite ao profissional aplicar o seu conhecimento teórico identificando situações de saúde, com bases científicas, e estabelecendo condutas e metas a serem executadas e alcançadas. Considerando o conhecimento do profissional de Enfermagem e a busca contínua pela melhor assistência aos seus pacientes, a presente pesquisa teve por objetivo verificar o conhecimento que os enfermeiros do Hospital Geral de Roraima possuem sobre a SAE e se eles a utilizam ou não. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva com abordagem qualitativa, realizada em campo por meio da aplicação de um questionário semiestruturado com 3 perguntas abertas (o que é SAE?; quais são as suas etapas? Você utiliza a SAE em seu plantão? Se não, justifique sua resposta) e uma de múltipla escolha (Você sente dificuldade de continuar a assistência ao paciente pela falta de registros?), aplicados a 21 profissionais Enfermeiros do Hospital Geral de Roraima dos blocos A, B, C, D e E. O quantitativo da amostra se justifica pela falta de adesão dos funcionários em participar da pesquisa. Muitos afirmaram não possui tempo hábil para responder as questões e outros não demonstraram interesse. O estudo foi desenvolvido nas seguintes etapas: 1 - apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) aos enfermeiros que se prontificaram a participar da pesquisa nos blocos: A, B, C, D, E; 2 - aplicação do questionário; 3 - análise e coleta de informações nos prontuários; 4 – transcrição integral das respostas dos entrevistados no Microsoft Excel® 2013, e divisão das mesmas por cores conforme os discursos repetidos. 5 - Análise individual das respostas dos entrevistados com o Método de Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977); 6 - realização da discussão do trabalho. Além da aplicação do questionário, foram analisados 176 prontuários de pacientes internados nos referidos blocos durante a realização da pesquisa, que totalizou 30 dias, em busca de registros e anotações da equipe de Enfermagem. Após a análise dos questionários verificou-se que 10 enfermeiros (47,6%) responderam que a SAE é uma atividade privativa do enfermeiro e que a mesma organiza e norteia os serviços de Enfermagem. Dentro desses 10 enfermeiros, 2 profissionais consideraram o paciente nesse processo. 2 enfermeiros (9,5%) responderam que a SAE é avaliação do paciente e 1 enfermeiro (4,7%) não respondeu a essa pergunta. Sobre as etapas da SAE, dos 21 enfermeiros entrevistados, 18 responderam e 3 não responderam a questão. Cinco enfermeiros (23,8%) deram respostas correspondentes ao que pede a Resolução Federal 358/09, dez enfermeiros (47,6%) responderam mais de 3 etapas corretamente e três (14,3%) deram respostas fora do esperado como por exemplo: “nível de consciência (E5), oxigenoterapias (E5), eliminações (E3), curativos (E4)”. Na terceira questão, foi perguntado aos entrevistados se eles utilizam SAE em seus plantões. Se a resposta fosse não, foi solicitado ao enfermeiro o porquê da não utilização. Os 21 enfermeiros responderam a questão. Cinco enfermeiros (23,8%) responderam que sim, utilizam a SAE e 16 (76,2%) responderam que não a utilizam. As justificativas destes 15 enfermeiros sobre a não utilização foram classificadas conforme os discursos repetidos utilizados, a saber: sobrecarga de trabalho (8 enfermeiros – 53,3%), falta de recursos (6 – 40% enfermeiros) e respostas sem justificativas (1 enfermeiro –6,7%). Na quarta questão foi questionado ao enfermeiro se ele sente dificuldade de continuar a assistência pela falta de registro no prontuário do paciente. Dos 21 enfermeiros entrevistados 16 (76,2%) responderam “sim”, 2 (9,6 %) responderam que “não” e 3 (14,2%) não responderam. Ainda como parte da pesquisa foram verificados os registros nos prontuários por parte da equipe de enfermagem. Ao todo foram analisados 176 prontuários nos 5 blocos do Hospital Geral de Roraima de pacientes internados durante a realização da pesquisa, e avaliados anotações, prescrições e a presença de SAE preenchidas pela categoria. Foi possível verificar cinco (5) modelos de SAE adaptados ao setor de UTI, Centro Cirúrgico, Trauma, SAE do Pronto Atendimento e uma (1) SAE voltada para o acompanhamento de feridas. Também foram encontradas anotações gerais de enfermagem de profissionais do respectivo hospital e de hospitais diferentes. Contudo, não foi encontrado nenhuma SAE específica para os setores analisados (blocos A, B, C, D e E). Apenas o registro dos sinais vitais dos pacientes em todos os 176 prontuários, sendo estes realizados pelos técnicos de

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enfermagem, e 55 anotações de enfermagem. Foi possível observar que, ainda que considerem a SAE importante, os profissionais não possuem domínio sobre o assunto e não conseguem realizar o processo de enfermagem em sua integralidade. Ao comparar o presente estudo com pesquisas realizadas em outras regiões do país, é possível identificar que as dificuldades da implementação da SAE relatadas pelos profissionais de Enfermagem vão além das capacidades técnicas dos profissionais, envolvendo questões estruturais e administrativas. A análise dos prontuários evidencia a falta de registros em geral e a ausência de diagnósticos e prescrições de enfermagem. Diante do exposto, a pesquisa sugere que outros estudos sejam realizados no município de Boa Vista, para que se possa conhecer a realidade local sobre a utilização da SAE e a execução da assistência de enfermagem com bases científicas, além de propor que campanhas educativas sejam pensadas de forma a apresentar ao profissional os prejuízos gerados pela falta do PE na assistência direta ao paciente e de chamar a atenção para os problemas que a Enfermagem vem enfrentando no seu cotidiano e ambiente de trabalho.

Palavras-chave: Enfermagem; Processo de Enfermagem; SAE.

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n.º 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a sistematização da assistência de enfermagem e a implementação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem. Brasília: COFEN; 2009.

MANGUEIRA SO, LIMA JTS, COSTA SLA, NÓBREGA MML, LOPES MVO. Implantação da sistematização da assistência de enfermagem: opinião de uma equipe de enfermagem hospitalar. Recebido em: 23/04/2012 Aceito em: 12/07/2012

TANNURE, MC; GONÇALVES, AMP. SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guia prático. 2ª edição Gen; Guanabara Koogan, Lab. 2010

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POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL GERAL DE

RORAIMA

Bruna H.V.P. (Relatora, e-mail: [email protected]), Lediane N.B.S.; Augusto C.A.L.; Tarcia M.A.C.B. (Orientadora), Fabricio B. (Co-orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

A Política Nacional de Humanização (PNH), entende humanização como a valorização dos diferentes sujeitos, sejam eles usuários, trabalhadores ou gestores, envolvidos no processo de saúde. Valoriza-los é dar maior autonomia, a ampliação da sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, criação de vínculos solidários, e da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde¹. Dessa, forma, objetivou-se avaliar o conhecimento dos profissionais da saúde a respeito do conceito de humanização. Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo, com abordagem qualiquantitativa das informações. A pesquisa foi realizada no município de Boa Vista, RR, no Hospital Geral de Roraima. Foram aplicados questionários com 50 profissionais, dentre eles: Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Médicos, Nutricionistas e Fisioterapeutas, com perguntas abertas e fechadas, que visou verificar o conhecimento dos profissionais sobre o conceito de humanização, e conhecer sua área de atuação. Dentro dos aspectos éticos o presente projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Roraima, sob o número 1.301.083. Com a análise dos dados foi possível notar que a maioria dos participantes são técnicos de enfermagem, (82%), e enfermeiros, (10%), o que demostra que a equipe de enfermagem tem um potencial elevado para promover cuidados mais humanizados. Ao analisar o setor em que atuam, 72% responderam na internação, esse fato nos chamou atenção, pois atitudes humanizadas podem elevar os níveis de qualidade da internação e até mesmo diminuir o tempo de permanência do cliente no ambiente hospitalar. Para avaliar o conhecimento dos profissionais sobre o conceito de humanização, dividimos as respostas em quatro categorias, sendo que 6% não souberam responder. A primeira representou 36% dos entrevistados, para eles humanização é o ato de tratar os demais como gostariam que fossem tratados, o que entra em concordância com estudos acerca da temática, que define humanização como a preocupação pelo semelhante, que se encontra vulnerável no ambiente hospitalar. Na segunda categoria, 40%, conceituaram como, um conjunto de ações que os profissionais podem oferecer ao paciente para o seu bem-estar físico e psicológico. Dentre essas ações citaram o respeito, o carinho e um acolhimento de qualidade. O mesmo foi observado na política de humanização, que descreve o acolhimento como fundamental para sustentar a relação entre equipes de saúde e usuários do sistema. A terceira categoria correspondeu a 12% dos participantes, que definiram humanização como o tratamento igualitário dos pacientes, sem discriminação. Entretanto a PNH busca por em pratica a equidade no cotidiano dos serviços de saúde, proporcionando mudanças no modo de gerir, cuidando dos indivíduos de acordo com suas peculiaridades. A última categoria observada, 8%, relacionaram o conceito com o ato de executar com competência suas atribuições profissionais. De acordo com Barchifontaine o profissional deve ser um prestador de serviços completo, executando seus conhecimentos técnico-científico adjunto aos princípios humanitários de respeito e valorização da vida do ser humano de forma integral. Com isso, notou-se que a maioria das respostas coletadas coincidem com os conceitos e finalidades propostas pela PNH. Denotando assim que os profissionais de saúde conseguem definir de forma simples e qualitativa a essência da humanização, ressaltando formas adequadas de prestar a assistência ao cliente hospitalizado. Porém ainda são levantados questionamentos quanto as formas de execução da assistência e a falta dos componentes de valorização do ser humano nas horas que lhes são prestados os cuidados enquanto hospitalizados, atitudes que desencaminham os rumos de perfeição dos princípios desenvolvidos pela Política Nacional de Humanização e do Sistema Único de Saúde.

Palavras-Chave: Cuidado. Enfermagem. Humanização.

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Referências:

BRASIL. Ministério da saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília, 2013.

WALDOWI, et al. Cuidar e humanizar: relações e significado. Acta paul. enferm. vol.24. São Paulo, 2011.

PESSINI, L; BARCHIFONTAINE, C.P. Problemas Atuais de Bioética. São Paulo: Loyola, 1997.

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MASCULINIDADES E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM RORAIMA

Emanuel B. (Relator, e-mail: [email protected]), Dérica A., (Docentes); Keiva R. ( Estudante)

Curso Técnico de Enfermagem - Instituto Federal de Roraima

Introdução. As pesquisas de gênero em saúde constituem um complexo e relacional campo com grandes possibilidades de desenvolvimento. A perspectiva de gênero oferece amplo direcionamento no sentido da reflexão teórica em saúde (AQUINO, 2006). Diversos estudos comparativos entre os sexos têm evidenciado que homens são mais vulneráveis às doenças, principalmente no que diz respeito às enfermidades graves e crônicas (BRASIL, 2008). Objetivos: Analisar, sob a perspectiva de gênero, fatores de risco cardiovascular no estado de Roraima, além de discutir o enfoque de gênero em saúde, traçar o perfil epidemiológico dos homens de Roraima e realizar o cruzamento de informações do estudo. Metodologia. Este artigo discute dados obtidos em estudo realizado em 2013 em Roraima. Foi realizado estudo epidemiológico, descritivo, transversal, com abordagem quantiqualitativa das informações. A coleta de dados foi realizada em Boa Vista-RR. A população do estudo foi composta por homens com mais de 40 anos residentes no estado de Roraima. Foi realizada amostragem simples por conveniência. Os dados foram coletados através do preenchimento de um formulário com dados de exame físico, aferição de sinais vitais, dados antropométricos, aplicação de um questionário, seguido de coleta de sangue para realização de exames em laboratório de referência. O estudo foi submetido ao Conselho de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Roraima e aprovado pelo parecer número 1799613.2.0000.5302 de 18/12/2013. Resultados e Discussão. No total foram abordados 598 participantes válidos para o estudo. Destes, apenas 346 (57,9%) foram realmente realizar os exames, enquanto outros 252 (42,1%) não compareceram ao laboratório e não realizaram os exames sanguíneos. Neste sentido, atente-se para o que citam Villela e Doreto (2006), ao apontar para um tipo de masculinidade que é tida como hegemônica, através da qual o masculino em nossa sociedade é associado à força, à assertividade, à não-vulnerabilidade e à crença de imunidade. Sobre os dados de exame físico, identificamos que os participantes tinham um IMC médio de 26,96±4,23 kg/m2, sendo um terço dos entrevistados (33,1%) tinha IMC dentro da faixa saudável (<25), 42,6% com sobrepeso, 23,6% eram obesos e 0,7% estavam abaixo do peso, de acordo com a classificação da OMS. A circunferência abdominal média dos participantes foi de 96,62±10,98cm, com um intervalo de 54-138 cm, sendo considerado um valor aumentado de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Nos últimos anos, apesar dos esforços de diversos pesquisadores, tem sido difícil realizar o controle da obesidade, que se tornou um dos maiores desafios de pesquisadores e profissionais da área da saúde. Por mais que se sejam realizadas campanhas de conscientização da população para prevenção e controle, o número de brasileiros com sobrepeso e obesidade aumenta significativamente (AMER, MARCON E SANTANA, 2011). As perguntas do questionário trazem hábitos que já foram indicados na literatura como fatores de risco cardiovascular em diversos outros estudos. A maioria dos 598 entrevistados relatou que nunca ou raramente praticaram exercício (61,7%), enquanto 14,5% realizam atividades físicas ocasionalmente e pouco menos de um quarto (23,7%) relataram se exercitar três ou mais vezes por semana. Identificamos baixo consumo de álcool, visto que a maioria dos entrevistados relatou que consome álcool raramente ou apenas ocasionalmente (65,4%). Além disso, mais da metade (53,7%) relatou nunca ter fumado ou ter fumado por períodos curtos, inferiores a cinco anos. Apenas 9,5% fumavam diariamente. Nas associações realizadas identificou-se que alto risco foi significativamente associado a ser divorciado ou viúvo (p = 0,010) e também que pessoas com alto risco eram mais propensos a ter um baixo nível de escolaridade, embora a associação não tenha sigo significativa (p = 0,072). Amer, Marcon e Santana (2011) identificaram que o estado civil viúvo constitui fator de risco para sobrepeso. Compreendendo que o sobrepeso é um fator de risco cardiovascular, esta é uma relação importante na análise desse contexto. Considerações finais. A partir dos resultados obtidos foi possível constatar-se que é necessária uma maior sensibilização da população masculina com relação aos cuidados de saúde. Foram identificados como fatores de risco cardiovascular o sedentarismo, o sobrepeso, o estado conjugal divorciado ou viúvo e os baixos níveis de escolaridade.

Palavras-Chave: Fatores de risco cardiovascular. Gênero. Masculinidade.

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Referências:

AMER, Nadi’a Mohamed; MARCON, Sonia Silva; SANTANA, Rosangela Getirana. Índice de massa corporal e hipertensão arterial em indivíduos adultos no Centro-Oeste do Brasil. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2011.

AQUINO, E. M. Gênero e saúde: perfil e tendências da produção científica no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 40, p. 121-132, 2006. Edição especial.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Princípios e Diretrizes). Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

VILLELA, W.V.; DORETO, D.T. Sobre a experiência sexual dos jovens. Cadernos de Saúde Publica 2006.

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A PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS OBSTETRAS ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM A PARTURIENTES INDÍGENAS DE UM HOSPITAL DO ESTADO DE

RORAIMA

Vitória C. L. (Relatora, e-mail: [email protected]), Cíntia F. C. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem – Universidade Federal de Roraima

INTRODUÇÃO: A expressiva população indígena brasileira está concentrada da região Norte do país, e Roraima é o segundo estado da região em concentração de indígena, detendo o maior percentual populacional indígena, se comparado à população total do estado, uma vez que aproximadamente 11% da população autodeclarada indígena. Na perspectiva de atender esta população, e em especial, a mulher indígena, uma vez que sua vida é marcada por ensinamentos, tradições e costumes culturais que influenciam em todos os ciclos de vida da indígena, especialmente no momento do parto, faz-se necessário conhecer a assistência de enfermagem presta a estas pacientes no estado de Roraima. OBJETIVO: Analisar a atuação de enfermeiros na humanização do parto indígena hospitalar; conhecer a percepção de enfermeiros acerca da atenção à saúde da parturiente indígena no estado de Roraima; identificar as ações desenvolvidas pelo enfermeiro no parto indígena em um hospital do estado de Roraima. METODOLÓGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com emprego do estudo etnográfico, desenvolvido durante os meses de março a novembro de 2016. Os informantes da pesquisa foram onze enfermeiros especialistas em obstetrícia com no mínimo um ano de atuação nas salas de parto de uma maternidade de Roraima. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada com base em duas questões norteadoras “como você vê o parto indígena hospitalar?” e “qual sua conduta frente a um parto indígena?”. Também foi utilizado gravador e diário de campo. Os dados foram analisados mediante as técnicas de análise de conteúdo de Bardin. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise dos dados emergiram duas categorias: Os entraves na atuação do enfermeiro na assistência a indígena, no qual foi relatado a comunicação, preparo da equipe, e a ambiência como as principais dificuldades enfrentadas, como demonstra o relato “[...] a gente não sabe nem falar a linguagem delas, não entendemos o que elas falam, é mais através de gestos, quando se entende [os gestos], não tem um interprete na sala, o que deveria ter.” (E11). E as condutas do enfermeiro com as parturientes indígenas, na qual os discursos evidenciaram temas como o respeito à cultura da mulher indígena, o tratamento destinado as indígenas, a presença do acompanhante e apoio, conforme relato “[...] então o profissional que assiste ao parto, ele acaba não respeitando a cultura indígena. E muita das vezes é traumática para as pacientes.” (E11). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos relatos percebe-se que a assistência prestada pelos enfermeiros à mulher indígena, não se enquadrou aos princípios e diretrizes da Política Nacional de Humanização devido às dificuldades de comunicação, a falta de um ambiente físico de acordo com os costumes culturais, além da ausência de capacitação para os profissionais, desencadeando um cuidado que não atende aos princípios da humanização.

Palavras-chave: Enfermagem. Parto Humanizado. Saúde Indígena.

Referências:

BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70, 2006.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os Indígenas no Censo Demográfico 2010, primeiras considerações com base nos quesitos cor ou raça. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012.

GIL, L. P; PATRÍCIO, M; BRANDÃO, E. C; YAWANAWA, L. L. Valorização e Adequação dos Sistemas de Parto Tradicionais das Etnias Indígenas do Acre e do Sul do Amazonas. Relatório De Etnográfico Final do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Etnográfico – Olhar Etnográfico. Florianópolis, 2007b.

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O PARTO INDÍGENA HOSPITALAR: SOB A ÓTICA DE ENFERMEIROS ATUANTES EM MATERNIDADE DE RORAIMA

Vitória C. L. (Relatora, e-mail: [email protected]), Cíntia F. C. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem – Universidade Federal de Roraima

INTRODUÇÃO: O Brasil apresenta uma expressiva população indígena, com maior concentração na região norte, e Roraima é o segundo estado da região com maior população indígena, com aproximadamente 11% da sua população autodeclarada indígena. Na perspectiva de atender esta população, criaram-se políticas públicas de atenção à saúde dos povos indígena como forma de reorganizar o Sistema Único de Saúde (SUS) a atender as especificidades dessa população. Assim, faz-se necessário conhecer as particularidades que permeiam a vida da mulher indígena, sendo esta marcada por ensinamentos, tradições e costumes culturais que influenciam no momento do parto. OBJETIVO: Conhecer a percepção de enfermeiros acerca da atenção à saúde da parturiente indígena no estado de Roraima; METODOLÓGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com emprego do estudo etnográfico, desenvolvido durante os meses de março a novembro de 2016. Os informantes da pesquisa foram onze enfermeiros especialistas em obstetrícia com no mínimo um ano de atuação nas salas de parto de uma maternidade de Roraima. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada com base em uma questão norteadora “como você vê o parto indígena hospitalar?”. Também foi utilizado gravador e diário de campo. Os dados foram analisados mediante as técnicas de análise de conteúdo de Bardin. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise dos dados emergiu a categoria peculiaridades da parturiente indígena, na qual os discursos evidenciaram as características da indígena frente ao processo de parto, as particularidades culturais, experiência e sentimento da mulher indígena, conforme o seguinte depoimento “[...] eu ainda acho que seja humanizado, praticamente elas que fazem o parto delas, às vezes a gente não faz o parto delas, nós só assistimos, colocamos alguma coisa pra elas parirem, ficamos esperando, só damos atenção depois que ela já pariu e tudo [...].” (E2). A forma discreta e o controle da dor na qual ocorre o parto indígena também foi relato “[...] quando ela tá em trabalho de parto, ela pode até sentir dor, mas não demonstra como uma mulher não indígena, eu digo que elas conseguem até cantar durante a dor [...].” (E3). Quando abordados os sentimentos das indígenas durante a internação, identificou-se que estas não se sentem confortáveis com o local e os procedimentos desconhecido, conforme o relato “[...] as indígenas vêm pra cá e ficam assustadas, sem saber muitas vezes o que nos vamos fazer com elas, tanto é que varias vezes já aconteceu, da gente querer examinar, fazer o toque e elas não permitem, porque estão assustadas, não sabe o que vamos fazer [...].” (E1). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A humanização do parto indígena hospitalar foi relacionada com o fato de deixar as indígenas conduzirem o próprio parto, demonstrando que estes profissionais valorizam a decisão da parturiente. Quando abordado os sentimentos demonstrados pelas indígenas no período de internação, identifica-se que estas não se sentem confortáveis com a hospitalização e assistência prestada pelos profissionais devido à falta de compreensão dos procedimentos e ao local.

Palavras-chave: Enfermagem. Parto Humanizado. Saúde Indígena.

Referências:

BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70, 2006.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os Indígenas no Censo Demográfico 2010, primeiras considerações com base nos quesitos cor ou raça. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012.

GIL, L. P; PATRÍCIO, M; BRANDÃO, E. C; YAWANAWA, L. L. Valorização e Adequação dos Sistemas de Parto Tradicionais das Etnias Indígenas do Acre e do Sul do Amazonas. Relatório De Etnográfico Final DO Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Etnográfico – Olhar Etnográfico. Florianópolis, 2007b.

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RETROSPECTIVA SOBRE O DENGUE NO ESTADO DE RORAIMA

Dhuly. S.S. (Relatora, e-mail: [email protected]); Pedro, E.L.S; Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: A dengue é uma infecção viral transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Aedes. O Aedes. aegypti é um vetor urbano que se encontra dentro ou ao redor de residências/escolas. O vetor tem hábitos diurnos, o macho se alimenta de seiva enquanto a fêmea realiza repasto de sangue humano necessário para a maturação dos ovos. Atualmente existem quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4) no Brasil. Com o avanço dos estudos sobre a dengue, descobriu-se então um novo mosquito infectante, secundário, chamado Aedes albopictus, que foi introduzido em 1980, porém ainda não foi registrado nenhum caso de infecção por esse vetor no Brasil. O Estado de Roraima foi porta de entrada do dengue no país com registro da primeira infecção em 1981 envolvendo os sorotipos DENV-1 e DENV-4, que logo mais se propagou para o Rio de Janeiro, em 1986, com os sorotipos DENV-1 e DENV-2. A partir de 2004 houve o aparecimento do DENV-3 no país e, no ano seguinte, houve o registro da circulação do DENV-4. Objetivo: Apontar, de maneira retrospectiva, o surgimento do vírus, assim como o aparecimento dos primeiros casos de dengue em Roraima. Metodologia: Esta revisão bibliográfica é baseada no contexto histórico do vírus do dengue no Estado de Roraima. Para a realização da coleta de dados foram pesquisados artigos retirados de periódicos de circulação nacional e internacional, bem como nas bases de dados da Scielo e contidas na Biblioteca Virtual de Saúde – Bireme - BVS. Resultados e Discussão: Os primeiros relatos do vírus do dengue surgiram na África Subsaariana, chegando às Américas através dos navios negreiros. Na década de 40, o Brasil passou uma grande industrialização e urbanização o que ajudou no surgimento de criadouros para o mosquito. Somente em 1947 o Brasil, junto com a OPAS, solicitou a erradicação do mosquito Aedes aegypti em todo o território americano. Após se aceitar a proposta, iniciou-se uma campanha para a erradicação mosquito. Em 1981 e 1982, a dengue foi reintroduzida no Brasil com a 1ª epidemia documentada em Boa Vista, no estado de Roraima com os sorotipos 1 e 4, somente em 2008 foi detectado outro caso do DENV-4 que ocorreu em Manaus no Estado do Amazonas. Em 2010 durante uma epidemia de Dengue em Roraima, foi sequenciado o genoma DENV-4 caracterizando a reentrada deste sorotipo no Estado. Conclusão: Conclui-se que o Aedes aegypti chegou às Américas por meio das embarcações negreiras e desde então confirma presença no Brasil com a circulação dos 4 sorotipos. Em Roraima hoje temos os 4 sorotipos circulantes, o que necessita de estratégia de controle do vetor para diminuir a incidência de dengue em nosso Estado. Sugere-se novos estudos de monitoramento deste vetor para que haja um controle efetivo e eficaz evitando desta forma a incidência de arboviroses no Estado, em particular o Dengue.

Palavras chave: Dengue, Roraima, Aedes aegypti.

Referências:

Silva, J.S.; Mariano, Z.F.; Scopel, I.; A dengue no Brasil e as políticas de combate ao aedes aegypti: da tentativa de erradicação ás políticas de controle Hygeia 3(6):163-175, Jun/2008.

Sousa, D.D.; Caracterização genética dos vírus dengue sorotipo 1 isolado em Roraima durante os anos de 2008 a 2010 / Débora Dinelly de Sousa – Boa Vista, 2013.

Naveca, F.G.; Souza, V,C.; Silva, G.A.V.; Maito, R.M.; Granja, F.; Siqueira,T.; and Acosta, P.O.A.; Complete Genome Sequence of a Dengue Virus Serotype 4 Strain Isolated in Roraima, Brazil. Journal of Virology, p. 1897–1898, November. 2011.

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A RELAÇÃO DO USO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) COM O ATAQUE

CARDÍACO: REVISÃO DE LITERATURA

Ralife F.J.M. (Relatora, e-mail: [email protected]), Thalyta Ketlen M.O.; Ramão Luciano N.H. (Orientador)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima

Introdução: Nenhum outro medicamento é tão conhecido e amplamente ingerido quanto o ácido

acetilsalicílico (AAS), também conhecido como Aspirina®. É o agente antiplaquetário mais prescrito

no mundo desde a comprovação de seus efeitos benéficos na prevenção de eventos

cardiovasculares, em particular o ataque cardíaco. O crescente número de pessoas que fazem o

uso do AAS contribui para o dilema entre a suspenção e autorização da medicação. Objetivo:

Buscar as principais evidencia sobre a eficiência do uso do ácido acetilsalicílico para a prevenção

de ataque cardíaco. Metodologia: A presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica e se

caracteriza como descritivo, segundo os seus objetivos e de acordo com os procedimentos de fontes

de informações bibliográficas, quanto à natureza dos dados classifica-se como qualitativa. Foi

realizada uma análise de literatura sobre o uso do ácido acetilsalicílico como prevenção de ataque

cardíaco e prevenção. Foram consultadas as bases de dados de artigos científico publicados nos

últimos 13 anos, como Pubmed, Lilacs, Periódicos, Capes, Scielo, caderno de atenção básica -

ministério da saúde. Resultado e Discussão: O ácido Acetil Salicílico pertence a uma classe de

medicamentos anti-inflatórios não hormonais (AINEs), além de ser muito utilizado para dor e febre,

o ácido acetilsalicílico também tem um importante efeito inibitório sobre as plaquetas do sangue.

Ocasionalmente, o ácido acetilsalicílico pode estimular a produzir lesões graves, como a ulcera

duodenal e ulcera gástrica, podendo provocar um elevado risco de mortalidade. Entretanto se tem

uma eficácia em prevenção primária e prevenção secundaria. Conclusão: Há uma contrariedade

sobre o uso do ácido acetilsalicílico na prevenção de ataque cardíaco, onde em prevenção primária

de eventos cardiovasculares o AAS em baixas doses exerce benefícios, mas o risco de

sangramento não pode ser ignorado. Em prevenção secundária reduz morte e morbidade

cardiovascular, superando os riscos.

Palavras-chaves: Ácido Acetilsalicílico. Ataque cardíaco. Prevenção.

Referências:

GRASSI, E. A.; ARAÚJO, M.C. Antiagregantes plaquetários: Ampliando o conhecimento. Ciências da Saúde, Santa Maria. v. 13, n. 1, p. 131-143, 2012.

VIANNA, C. A. prevalência do uso do ácido acetilsalicílico (AAS) como prevenção de doenças cardiovasculares na cidade de Pelotas,RS. 2010. 101 p. dissertação de mestrado. Universidade federal de Pelotas, RS, 2010.

VIANNA, C. A; GONZALES D. A; MATIJASEVICH A. utilização de ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção de doenças cardiovasculares: um estudo de base populacional. Caderno saúde pública, p. 1122 – 1132. Junho, 2012.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PARTIR DAS PRÁTICAS REALIZADAS EM UM CAPSAD

Carolinne,V.F.E. (Relatora, e-mail: [email protected]), Fernanda, I.D.A.; Jhully, S.P.S.; Jamilla, C.L.R, Andréa, S.C. (Orientadora)

Curso de Bacharelado em Enfermagem - Universidade Federal de Roraima-UFRR

Introdução: O presente trabalho descreve experiências vivenciadas através da Liga de Saúde

Mental em Enfermagem e Psicologia, vinculada Universidade Federal de Roraima (UFRR). O

projeto de extensão foi desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III

(CAPS ad III) nos meses de novembro de 2016 e abril de 2017. Os CAPS têm como principal

objetivo proporcionar a reabilitação psicossocial para os usuários. Objetivos: Procura-se através

deste relato apresentar a reflexão dos acadêmicos acerca do cuidado em saúde mental, a prática

dos serviços substitutivos sugeridos pela Reforma Psiquiátrica e a Política de Saúde Mental no

Brasil, limitações e potencialidades do serviço, bem como a inserção de estudantes nesses espaços

que se transformam em lugar de formação profissional. Metodologia: As atividades foram realizadas

através de visitas, sempre nos finais de semana, os quais envolviam atividades como acolhimento,

atendimento clínico individual, oficinas de arteterapia e rodas de conversas. Resultados e

Discussões: Apesar dos inúmeros avanços alcançados com a proposta da Reforma Psiquiátrica a

prática assistencial ainda se encontra direcionada a assistência individualizada e principalmente na

doença, com descontextualização sociocultural do indivíduo portador de Transtornos Mentais. O

tratamento medicamentoso continua em primeiro plano para recuperação do indivíduo, com

valorização mais direcionada a causa orgânica. Considerações Finais: Torna-se evidente a

percepção crítica dos acadêmicos em relação a necessidade de reformulação da prática clínica no

atendimento à saúde mental, como também a relevância de participação em Liga Acadêmica

permitindo a participação precocemente em cenários da realidade local.

Palavras-chave: Enfermagem, Saúde Mental e CAPS

Referências:

A. J. F. Souza, G. N. Matias, K. F. A. Gomes, A. C. M. Parente. A saúde mental no Programa de Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2007 jul-ago; 60(4): 391-5.

A. C. G. Dias & A. C. Muller. O Psicólogo na Rede Pública de Saúde: Um Estudo Sobre a Formação e a Atuação Profissional. Revista Interinstitucional de Psicologia, Santa Maria, 2008, 1 (1), 54-66.

L. P. KANTORSKI, F. B. Mielke, S. T. Júnior. O Trabalho Do Enfermeiro Nos Centros De Atenção Psicossocial. Revista Trabalho, Educação e Saúde, São Paulo, 2008 mar./jun, v. 6 n. 1, p. 87-105.

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Resultado dos Trabalhos Científicos

Boa Vista-RR, 19 de maio de 2017.

A Comissão Científica da XXIII Semana da Enfermagem do COREN-RR torna público o resultado dos Trabalhos Científicos.

Categoria: Acadêmicos Enfermagem (Concorre a Premiação)

Ord. Relator Eixo Temático Título do Trabalho Científico

1º Pedro Eduardo S. Lima Cuidado Sist. de

Enfermagem Principais diagnósticos de enfermagem aplicados a pacientes infectados por Arbovírus.

1º Orlenildes Lima dos Santos Cuidados Básicos

de enf. Infecção Hospitalar adquirida na UTI: uma realidade iminente – revisão integrativa.

2º Jamilla Karla C. Reis Cuidado Esp. de

Enfermagem Baixa adesão na realização do exame Papanicolau sob a ótica de mulheres em idade fértil.

3º Bruna Hellen Vaz Pires Ética no cuidar

em Enfermagem

Política Nacional de Humanização: Uma análise do conceito de humanização com profissionais de saúde do Hospital Geral de Roraima.

4 Larissa Queiroz da Silva Cuidados Básicos

de Enf. SensibilizarArte – A Humanização em saúde sob o olhar acadêmico: relato de experiência.

5 André Antunes A. Vieira Cuidado Esp. de

Enfermagem O papel do enfermeiro perfusionista na circulação extracorpórea.

6 Keiva Cristina Pires Ramos Cuidado Básico de Enfermagem

Métodos contraceptivos: prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST´s) e gravidez na adolescência.

7 Sara Brenda de Sousa Jesus Cuidados básicos

de Enf. Tuberculose e os fatores relacionados a falta de conhecimento: revisão de literatura.

8 André Ignacio C. Mourão Cuidado Básico de Enfermagem

Impacto do Acolhimento na atenção básica sob a ótica dos acadêmicos de enfermagem.

Categoria: Acadêmicos Enfermagem - Eixo: Tema Livre (Não concorre a premiação)

Ord. Relator Eixo Temático Título do Trabalho Científico

1º Stefane Ferreira de Souza Tema Livre A importância para uma acadêmica em uma liga de obstetrícia.

2º Thalyta Ketlen de M. Olivera Tema Livre Câncer de mama e os fatores relacionados a adesão ao tratamento: revisão de literatura

3º Leydnara Assis Brasil Tema livre A adesão dos profissionais da saúde para a prática de higienização das mãos: revisão sistemática.

4 Brunna Caroline B. dos Santos Tema Livre Rotina de idosos residentes em uma instituição de longa permanência em Boa Vista-RR: Um relato de experiência.

5 Gleidilene Neves da Silva Tema Livre A visão masculina dos fatores condicionantes para o declínio da busca do diagnóstico do câncer de próstata: Uma revisão de literatura

6 Jéssica Yasmim Lima Pessoa Tema livre Relato de experiência sobre a percepção das ligantes de obstetrícia quanto a prática do quarto passo no pós-parto

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em uma maternidade pública.

7 Leticia Souza Moreno Dantas Tema Livre Como a enfermagem pode atuar frente aos casos de estupro e violência física que dão entrada no hospital pelo setor emergencial.

8 Gabriel Pereira Parreira Tema Livre Aedes Aegypyi: conscientização e disseminação do combate ao mosquito.

9 Sara Suerda Lopes Oliveira Tema Livre Fatores associados à dengue.

10 Yan Peixoto Milla Tema Livre Atuação na Liga Acadêmica em saúde mental: um relato de experiência.

11 Karoline Gomes Lira Tema livre Câncer de boca e a falta de orientações sobre os fatores de risco, sinais, sintomas e tratamento: revisão de literatura.

12 Leonardo de Souza Cunha Tema Livre As consequências do uso de agrotóxicos à vida dos trabalhadores rurais.

13 Rayana Barreto Silva Tema Livre O desenvolvimento do câncer e sua relação com o consumo de conservantes como aditivos em alimentos enlatados no Brasil.

14 Jadila Tainá S. de Oliveira Tema Livre Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): Uma breve revisão.

15 Lorrayne Marinho da Costa Tema Livre As características da leptospirose e sua relação com o meio ambiente no Brasil.

16 Lucas Rodrigues Gacema Tema Livre O profissional de enfermagem frente às doenças ocupacionais: revisão de literatura.

17 Carolinne Vitória F. Estrella Tema Livre Relato de experiência: A partir das práticas realizadas em um CAPSad.

18 Juliana Araújo Duenas Tema Livre Verificação de fatores e sintomas associados a depressão entre graduandos de enfermagem e medicina: Revisão bibliográfica

19 Ralife Ferreira de J. Monteiro Tema livre A relação do Ácido Acetil Salicílico (AAS) com o ataque cardíaco: revisão de literatura.

20 Nayara Kalila dos S. Bezerra Tema Livre Tecnologias digitais na infância: Influência, desenvolvimento e risco à saúde.

21 Kelyhorrara Lima Fernandes Tema Livre Relação entre a incidência de câncer de pele e a destruição da camada de ozônio.

22 Dhurly dos Santos Sousa Tema livre Retrospectiva sobre a dengue no Estado de Roraima.

23 Kelly Amanda Coelho Pereira Tema livre Efeitos crônicos da ingestão do álcool sobre o sistema nervoso central do organismo humano.

24 Emily Lima de Oliveira Tema livre Malformação congênita devido ao fator genético: revisão de literatura.

Categoria: Profissional de Enfermagem (Concorre a premiação)

Ord. Relator Eixo Temático Título do Trabalho Científico

1º Thays Roiz Casarin Cuidado Sist. de

Enfermagem Utilização da sistematização da assistência de enfermagem no Hospital Geral de Roraima pelos enfermeiros.

2º Vitória Cruz Lana Cuidado Esp. de A percepção de enfermeiros obstetras acerca da assistência

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Enfermagem de enfermagem a parturientes indígenas de um hospital do estado de Roraima.

3º Vitória Cruz Lana Cuidado Esp. de

Enfermagem O parto indígena hospitalar: Sob a ótica de enfermeiros atuantes em maternidade de Roraima.

4 Emanuel Araújo Bezerra Cuidado Esp. de

enfermagem Masculinidades e fatores de risco cardiovascular em Roraima.

5 Nirley da Silva e Souza Cuidado Esp. de

Enfermagem

Prevalência do Diabetes Mellitus registrados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima no período de 2014.

6 Igor Ivison Almeida Ferreria Cuidado Sist. de

Enfermagem

Contribuição da educação em saúde junto à equipe de enfermagem para a prevenção de riscos de infecção hospitalar em UTI-P do HCSA.

7 Iloneide Pereira da S. Cardoso Cuidado Esp. de

Enfermagem A importância da enfermagem forense no controle da violência intrafamiliar de jovens no Estado de Roraima.

8 Jaine Constantino Gomes Cuidado Básico de Enfermagem

Alcoolismo na adolescência, o enfermeiro como estratégia de prevenção.

Categoria: Profissional de Enfermagem - Eixo: Tema Livre (Não concorre a premiação)

Ord. Relator Eixo Temático Título do Trabalho Científico

1º Weslley Danny Dantas Formiga

Tema livre Avaliação do impacto da realização de assembleias no centro de atenção psicossocial – CAPS II em Boa Vista – RR na humanização em saúde mental.

2º Luzia Silva Rodrigues Tema Livre Recortes da Violência Doméstica em Roraima.

3º Luzia Silva Rodrigues Tema livre Atendimento de enfermagem à mulher sobrevivente à violência doméstica.

4 Dérica Karoly E. Almeida Tema livre Preparando a mulher para o parto e o puerpério.

Prof. Raphael Florindo Amorim Presidente da Comissão Científica

Portaria COREN-RR n.060 de 08/02/2017

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