25
ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL BRASÍLIA 2018

ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

BRASÍLIA 2018

Page 2: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Projeto apresentado ao Curso de Enfermagem da Instituição Faculdade Anhanguera.

Orientador: Prof(ª): Maria Clara da Silva Coersch

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

BRASÍLIA 2018

Page 3: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, fonte de inspiração para seguir meu caminho,

amigo fiel e companheiro, por me ter concedido paciência e também oportunidade

de percorrer nessa jornada e pela sabedoria com que guia os meus passos.

Aos colegas de sala e amigos, pelo companheirismo, amizade e pelos

grandes desafios enfrentados juntos, pela coragem e imensa força de vontade de

vencer, que fez com que prosseguíssemos em busca dessa tão grande realização

de nossas vidas.

Ao meu orientador, pela dedicação, conhecimento, esforços,

comprometimento e exemplo de profissionalismo repassado durante a realização

deste Trabalho de Conclusão de Curso.

A todas as pessoas, que direta ou indiretamente, fizeram parte desse estudo.

Muito obrigada!

Page 4: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

PEIRA, Ana Claudia da Costa, GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL. 2018. 16 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Enfermagem – Faculdade

Anhanguera, Brasília, 2018.

Resumo: Identificar o papel do enfermeiro no apoio emocional e psicossocial da gravidez na adolescência a partir de uma prática humanizada. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da bibliografia, no período de 2009 a 2016, por meio de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS – BIREME) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Resultados: Foram selecionados 10 artigos científicos, esses abordaram assuntos que foram separados e organizados por categoria, onde foi consolidado o conhecimento publicado através dos mesmos acerca do tema proposto, interligando-os sintaticamente a fim de obter um conjunto de proposições e conclusões a partir de referências teóricas escolhidas. Conclusão: Devido a abrangência do tema, foi possível compreender, sob o olhar de diversos autores, os inúmeros desafios do profissional de enfermagem no acolhimento psicossocial da adolescente grávida. O estudo permitiu identificar estratégias capazes de reduzir a vulnerabilidade na gravidez na puberdade como fisiológicas, psicológicas e social, através da abordagem psicossomática pela enfermagem, lidando com a complexidade e adversidade da gestação.

Descritores: Gravidez na Adolescência, Cuidado Pré-Natal, Acolhimento Humanizado pela Enfermagem, Intervenção Psicossomática.

Page 5: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

PEIRA, Ana Claudia da Costa, GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL. 2018. 16

folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Enfermagem – Faculdade Anhanguera, Brasília, 2018.

Abstract: To identify the role of nurses in emotional and psychosocial support of teen pregnancy from a humanized practice. Methods: this consists of an integrative bibliography review, from 2009 to 2016, data based surveys from an electronic virtual health library (BVS- BIREME) and scientific electronic library online (Scielo). Results: We selected 10 scientific articles, these addressed issues that were separated and organized by category, which was consolidated knowledge published by the same on the proposed theme, linking them syntactically in order to obtain a set of propositions and conclusions from theoretical references chosen. Conclusion: Due to the scope of the topic, it was possible to understand, from the perspective of several authors, the numerous challenges of nursing professionals in the psychosocial care of the pregnant teenager. The study identified strategies to reduce vulnerability in pregnancy at puberty as physiological, psychological and social, through psychosomatic approach by nurses, dealing with the complexity and adversity of pregnancy.

Descriptors: Teenage Pregnancy, Prenatal Care, Home Humanized for Nursing Psychosomatic Intervention.

Page 6: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

6

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07

2. HUMANIZAÇÃO DO ENFERMEIRO NO APOIO PSICOSSOCIAL DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ............................................................................................ 09

3. FATORES DE RISCOS E PROBLEMAS ASSOCIADOS A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA .................................................................................................... 13

4. PERCEPÇÃO DAS JOVENS ADOLESCENTES SOBRE OS PROBLEMAS EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ ............................................................................... 17

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 29

6. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 23

Page 7: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

7

1 INTRODUÇÃO

A adolescência é uma das fases de desenvolvimento mais importante

pela qual passa todo ser humano. Uma etapa de mudanças nas relações sociais

estabelecidas, transformações físicas, mas também de questionamento de valores,

de costumes, sentimentos que contribuem para o exercício da vida adulta. Entre as

experiências significativas dessa fase temos o começo da vida sexual e reprodutiva,

e as expectativas levantadas em volta da vida produtiva (FARIAS & MORE, 2012).

A gravidez na adolescência é uma questão atual tanto no ambiente da

psicologia bem como da medicina e enfermagem, especialmente por suas implicações

biopsicossociais. A adolescência é um processo de mudanças física e psicológica. Ter

uma criança não é uma decisão fácil e sim bastante difícil de ser tomada, visto que

acarreta em diversas renuncias na vida dos pais, por essa razão o apoio da família da

gestante e da família do pai da criança é de grande relevância tanto pelo lado

emocional quanto financeiro (FRIZZO, KAHL & OLIVEIRA, 2005).Na atualidade

persistem algumas divergências sobre os limites de idade que define a adolescência.

Para a Organização Mundial de Saúde - OMS (1997) a adolescência é caracterizada

como uma etapa da vida correspondente à faixa etária entre 10 e 19 anos, fase em

que aparecem as características sexuais secundárias para a maturidade sexual.

Nesse contexto, percebe-se a importância do enfermeiro que atua na atenção

pré-natal, proporcionando a estas gestantes orientações básicas e específicas a

respeito do autocuidado necessário neste período (RICHARDSON, 2007). Sendo

assim, a atuação do enfermeiro é de grande relevância para amenizar possíveis

transtornos emocionais e psicossociais, pois através da assistência do enfermeiro se

obtém sucesso no atendimento humanizado que deve ser prestado a todos os

pacientes e principalmente as adolescentes que se encontram nesse estágio.

Dessa forma, o sucesso no atendimento ao paciente vulnerável está

relacionado com a avaliação das mudanças que se operam nas suas condições

fisiológicas, psicológicas e social. A presente pesquisa objetivou identificar o papel do

enfermeiro no apoio emocional e psicossocial da gravidez na adolescência a partir de

uma prática humanizada.

Page 8: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

8

O Objetivo dessa pesquisa é identificar o papel do enfermeiro no apoio

psicossocial da adolescente grávida, sendo os específicos Transcrever as atribuições

mais citadas na literatura referentes apoio psicossocial do enfermeiro à gravidez na

adolescência; Descrever fatores influenciadores da gravidez na adolescência e

principais reações familiares decorrentes dessa gestação descritos na literatura e

Percepções das Jovens Adolescentes sobre os Problemas Emocionais da Gravidez.

Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com o intuito da disciplina de

TCC é realizar um estudo bibliográfico você não terá contato com os profissionais. A

proposta é realizar uma busca na literatura existente para responder sua pergunta de

pesquisa. Por isso sua pesquisa não será qualitativa.

Portanto, seguiram-se as fases para a elaboração de revisão integrativa da

literatura, onde foi iniciada a primeira etapa do processo com a definição e seleção da

hipótese para a definição do tema. Nessa fase obteve-se a seguinte pergunta

norteadora: Qual papel do enfermeiro na abordagem psicossomática durante a

gravidez na adolescência? A obtenção dos artigos foi realizada por meio de bancos

de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – BIREME e Scientific

Electronic Library Online – Scielo. A consulta foi realizada por meio das palavras-

chaves: “gravidez na adolescência”, “cuidado pré-natal”, “acolhimento humanizado

pela enfermagem” e “intervenção psicossomática”, entre o período de 2009 a 2017 e

apenas artigos na língua portuguesa. A seleção dos descritores utilizados no processo

de revisão foi efetuada mediante consulta ao DECs. Para responder à pergunta

norteadora, foram adotados critérios de inclusão, artigos em idioma português,

publicados e indexados nos últimos oito anos.

Page 9: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

9

2. Humanização do Enfermeiro no Apoio Psicossocial da Gravidez na

adolescência

Atualmente é possível evidenciar uma preocupação muito grande por parte dos

profissionais da saúde sobre a matéria da humanização no atendimento ao paciente.

Os autores Frizzo, Oliveira e Godinho (2005) mostram que com o passar dos anos

houve a necessidade de fomentar um ambiente que proporcionasse melhores

condições de bem-estar do cliente, respeitando os aspectos físico e mental do mesmo

(MENDONÇA, 2010; DEPRÁ, 2011; PARIS,2012) . Godinho (2006), enfatiza que a

família é de grande valia para o paciente e a equipe, pois ajuda no planejamento da

assistência a ser prestada à gestante, fornecendo informações importantes acerca da

mesma.

Nas últimas duas décadas, a gravidez na adolescência virou um importante

tema de debate e alvo de políticas públicas em praticamente todo o mundo. O

Ministério da Saúde tem implementado ações que ampliam as oportunidades em

educação em saúde com foco no direito sexual e direito reprodutivo para

adolescentes, para conscientizar essa população sobre o tempo desejável para

engravidar.

Para, além disso, o Ministério da Saúde vem trabalhando fortemente com a

promoção, proteção e recuperação da saúde de adolescentes e jovens procurando

sensibilizar gestores para uma visão completa do ser humano e para uma abordagem

sistêmica das necessidades dessa população (M.S, 2017).

A gravidez nessa fase da vida oferece implicações desenvolvimentais tanto

para a adolescente quanto para aqueles envolvidos nessa situação. A gravidez na

adolescência se tornou um problema de saúde pública, especialmente pelo fato de

propiciar riscos ao desenvolvimento da criança gerada e da própria adolescente

gestante (CERQUEIRA-SANTOS, 2010).

A gestação na adolescência é uma grande inquietação para a Saúde Pública

do país pelo fato de estar também associada à disseminação de Doenças

Sexualmente Transmissíveis (DST). De maneira geral, a gestação na adolescência é

Page 10: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

10

classificada como de risco, pois representa uma situação de risco biológico (tanto para

as mães como para os recém-nascidos), e existem evidências de que este fenômeno

ainda repercute negativamente nos índices de evasão escolar (tanto anterior como

posterior à gestação), atingindo o nível de escolaridade da mãe, diminuindo suas

oportunidades futuras (TABORDA, 2014).

Sendo assim, a assistência de enfermagem no pré-natal tem como objetivo a

orientação sobre a importância da realização de exames, hábitos de vida saudáveis,

rastreamento de dificuldades, apoio psicológico, prevenção e diagnóstico de

intercorrências que possam intervir no processo gestatório. Portanto, a assistência

pré-natal precoce é fundamental para uma boa evolução gestacional e neonatal

(MONTEIRO, 2011).

A percepção do profissional de enfermagem facilita muito a condição evolutiva

da gestação e diminui os fatores complicantes, além de despertar a autonomia da mãe

e gestante adolescente dentro da problematização e responsabilização enquanto ator

direto , mas deve-se verificar em que condições a gestante está inserida, pois esta

reflexão pode ser negativa se as condições psicológicas não apresentarem suporte

emocional para tal proposta.

Aos enfermeiros que trabalham com adolescentes, ter a concepção de que tais

pessoas se desenvolvem numa relação de mediação com o meio social, elaboram

suas crenças sobre saúde e doença, e nos serviços de saúde estabelecem relações

de vínculo e acolhimento gerado entre usuários e

trabalhadores, e estes devem ter responsabilização com os usuários no

atendimento de suas necessidades.

Faz-se necessário registrar as ações estratégicas e as atividades, para que

sejam percebidas lacunas, dificuldades e avanços, subsidiando o planejamento do

processo de cuidar do enfermeiro a fim de alcançar melhoria do cuidado à adolescente

grávida iniciado na atenção primária (MENEZES, 2014).

Page 11: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

11

Dessa forma, o profissional enfermeiro desempenha importantes funções na

assistência a pacientes gestantes. Entre essas funções pode-se destacar

intervenções que “ajudam no amadurecimento”; promoção ações interdisciplinares;

implemento de estratégias de prevenção voltadas para essa faixa etária; estimular os

projetos e programas que visam à abordagem do tema e enfocar a promoção da saúde

(MOREIRA, 2016).

Os enfermeiros além de propiciar um local adequado para a assistência, devem

trabalhar com as necessidades individuais dos clientes e seus familiares, tentando

desta maneira, diminuir a ansiedade e o desconforto destes (PARIZ, 2012) . Os artigos

5 e 6 relatam que o acolhimento é essencial para a política de humanização acontecer.

Pois na consulta pré-natal o enfermeiro deve acolher a gestante desde sua chegada

e responsabilizar-se por ela, ouvindo suas angústias, queixas e dando-lhe apoio para

expressar suas preocupações, garantindo a atenção contínua (14,15) .

Os artigos 7 e 8 abordam a necessidade para a humanização se constituir,

sobretudo, na presença fraterna e solidária do enfermeiro, espelhada na compreensão

e no olhar sensível, aquela visão de cuidado que desperta no ser humano fragilizado

o sentimento de confiança e solidariedade. Nesse contexto pode-se, afirmar que

humanizar é ofertar atendimento de qualidade, com atitudes de acolhimento(ALVES

et al,2014 ; PARIZ, 2012) . A humanização conforme os estudos depende da

capacidade de comunicação, pois as coisas do mundo só se tornam perceptível ao

ser humano quando passam pelo diálogo, ou seja, viabilizar as relações e interações

humanas, não apenas como uma mera técnica de comunicação verbal que possui um

objetivo pré-estabelecido, mas sim como forma de entender o outro, compreendê-lo e

atingir o estabelecimento de metas conjuntas que possam proporcionar o conforto

recíproco (DEPRÁ, 2011; MELO, 2015) .

Para os autores dos artigos 6 e 8, a humanização é um processo muito amplo,

demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências e paradigmas, pois envolve

novos comportamentos que sempre despertam certa insegurança. Os padrões

atualmente estabelecidos parecem mais seguros, além disso, o modelo de

Page 12: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

12

humanização não está previsto diretamente em nenhuma lei e o acervo deste assunto

na literatura ainda é precário.

A humanização do enfermeiro ainda não tem nenhuma característica

generalizável, pois cada equipe, cada profissional, cada instituição terá seu processo

próprio ou até mesmo único método de humanização (PARIS, 2012; MELO, 2015).

No artigo 5, defende-se que profissionais que trabalham com o ser humano devem

tratar o outro como tal, isto é, com igualdade, dignidade, respeito e aproximação.

Devem desenvolver as atividades necessárias para a humanização, de modo a

possibilitar o melhor acolhimento do paciente. Para o processo de humanização

acontecer, médicos, enfermeiros, pacientes e até mesmo a família devem estar

envolvidos de forma harmônica (PARIS, 2012) .

Page 13: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

13

3. Fatores de riscos e problemas associados a gravidez na adolescência.

A ocorrência da gravidez faz com que a adolescente sofra um corte em seu

desenvolvimento, viva um momento de muitas perdas, tais como a perda de

identidade, expectativa do futuro, confiabilidade e proteção familiar. Por estes motivos,

a gestação precoce é apontada como um elemento capaz de desestabilizar a vida da

adolescente, além de ser um elemento determinante na reprodução do ciclo de

pobreza das populações, ao ocasionar obstáculos na continuidade dos estudos e no

acesso ao mercado de trabalho.

Além disso, a gravidez na adolescência ainda representa uma das principais

causas de morte de mulheres entre 15 e 19 anos de idade e é capaz de gerar

consequências para os bebês, deixando estes mais vulneráveis a apresentar

condições de risco como o baixo peso ao nascer e a morte por problemas infecciosos

e/ou desnutrição no primeiro ano de vida (SILVA, 2013).

A gravidez na adolescência alcança muitos e diferentes âmbitos do

desenvolvimento psicossocial da jovem ao modificar formas de relacionamento com

seus familiares, com o pai da criança, em seus vários contextos ambientais, e consigo

mesma - mudanças não necessariamente negativas (OLIVEIRA-MONTEIRO, 2011).

Observa-se a importância do acesso das adolescentes as consultas de

planejamento familiar e ginecológica para obter informações necessárias afim de

evitar a gravidez indesejada associada ao medo, a depressão, a ansiedade que pode

provocar serias consequências durante e após a gestação. Assim como, é importante

também para se planejar uma gravidez e obter informações sobre o pré-natal

(CORDEIRO, 2011).

Do ponto de vista biológico, dentre as consequências da gravidez para a

adolescente, citam-se maiores incidências de síndrome hipertensiva da gravidez

(SHG), anemia, diabetes gestacional, complicações no parto, determinando aumento

da mortalidade materna e infantil. É importante notar que alguns estudos têm

demonstrado aumento na incidência de intercorrências pré-natais, intraparto e pós-

parto entre gestantes adolescentes.

Page 14: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

14

No tocante aos problemas com o recém-nascido, a gravidez na adolescência

está associada a taxas mais elevadas de baixo peso ao nascer, parto pré-termo,

doenças respiratórias e tocotraumatismo, além de maior frequência de complicações

neonatais e mortalidade infantil (AZEVEDO,2014).

Muitas vezes a gravidez é desejada, porém não é planejada, refletindo o pouco

conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e saúde reprodutiva, a ausência

de orientação da família, da escola ou do serviço de saúde.

No que diz respeito à gravidez na adolescência, atualmente é considerada um

risco social, isso devido, principalmente, a sua magnitude e amplitude, como também

os problemas que dela derivam. Dentre este se destacam: o abandono escolar, o risco

durante a gravidez, este derivado muitas vezes pela não realização do pré-natal de

qualidade, pelo fato de a adolescente esconder a gravidez ou os serviços de saúde

não estarem qualificados para tal assistência. (CARDOSO, 2011).

A gravidez na adolescência, traz consigo consequências sociais, como a

interrupção da gravidez devido ao fato de estarem sozinhas, sem o apoio do parceiro

ou família e à ambiguidade emocional a que estão expostas.

Consequências físicas, apresentando intercorrências como anemia,

desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré) eclampsia, desproporção céfalopélvica,

hipertensão e depressão pós-parto (DIAS, 2010).

Consequências psicoemocionais, como a imaturidade psíquica das

adolescentes que pode contribuir para que se revelem pouco contingentes às

necessidades desenvolvimentais do bebê. Esta imaturidade pode deixar a criança

mais propensa a contrair doenças infectocontagiosas, ou, até mesmo, a sofrer

acidentes.

Muitas intercorrências devem-se ao fato de não realizarem. um pré-natal

adequado, ou seja, precocemente e de forma regular, durante todo o período

gestacional. É observado, também, que a responsabilidade precoce imposta pela

gravidez, resulta em uma adolescente despreparada para assumir as

Page 15: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

15

responsabilidades psicológicas, sociais e econômicas que a maternidade envolve

(SILVA,2013).

Estudos constataram que a gravidez na adolescência deixa de ser somente um

acontecimento e passa a tornar-se um risco, visto que essa gestação pode estar

relacionada a comportamentos de ameaça como por exemplo, a utilização de álcool

e drogas ou até mesmo a precária realização do acompanhamento pré- natal durante

a gravidez (DEPRÁ, 2011).

A adolescente é caracterizada como uma grávida de elevado risco, devido ao

alto índice de morbidade materna fetal, esse risco a qual ela está exposta, decorre

principalmente, de uma incidência maior de toxemia, infecção urinára, baixo ganho de

peso materno, desmame precoce, desproporção cefalopélvica, anemia, desnutrição,

além da baixa cobertura pré-natal (ARAÚJO, 2001; MENDONÇA, 2010) . Por outro

lado, no que tange a saúde do bebê, a gestação na adolescência associa-se a

situação de prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, deficiência mental,

transtornos do desenvolvimento, além de morte na infância. (PARIZ, 2012).

No tocante a mortalidade materna, é importante ressaltar que esse problema

está intimamente relacionado com a carência nutricional da gestante e que grávidas

adolescentes estão mais propensas a contrair essa deficiência nutricional (ALVES,

2014) .

Os artigos Frizzo (2005) e Araújo (2001) problematizam uma questão muito

delicada, que diz respeito a liberação sexual dos jovens, uma vez que, para esses

autores, a nova geração de adolescentes se perdeu em princípios e costumes,

levando em consideração apenas o prazer momentâneo derivado da prática de uma

sexualidade sem responsabilidades (MENDONÇA, 2010) .

Page 16: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

16

Tal afirmação pode ser feita pelo fato de que, apesar das inúmeras campanhas

ou prevenção do Governo Federal, muitos jovens não utilizam nenhum contraceptivo

na primeira relação sexual (DEPRÁ, 2011) .

O artigo 3 traz dados que corrobora com essa informação, já que, um estudo

feito com gestantes adolescentes no município de Campinas, constatou que 67% dos

jovens, apesar de possuir um bom nível de conhecimento sobre os métodos

contraceptivos, não utilizaram método algum na primeira relação (MENDONÇA, 2010)

As principais razões para o não uso dos métodos contraceptivos foram: não

pensarem nisso na hora (32,4%); desejavam a gravidez (25,4%); não esperavam ter

relação sexual naquele momento (12,7%); não conheciam nenhum método

contraceptivo (11,3%); os parceiros não queriam usar (8,5%); não se importavam em

ficar grávidas (5,6%); achavam caro ou inconveniente usar algum método

contraceptivo (5,6%) (MACHADO, 2012).

No entanto é importante esclarecer que dados como esses mostram que,

mesmo quando existe conhecimento e acesso a algum método contraceptivo, pode

existir insegurança quanto ao uso, pois utiliza-lo acarreta assumir e expor sua

sexualidade, o que pode ser algo difícil para a adolescente (MENDONÇA, 2010) .

Pesquisas evidenciam que a gravidez é considerada uma situação de risco

biológico tanto para as adolescentes como para os recém-nascidos. Alguns autores

observam que características fisiológicas e psicológicas da adolescência fariam com

que uma gestação nesse período se caracterizasse como gestação de risco

(MACHADO, 2012).

Os autores Dias (2010) e Godinho (2011) enfatizam a importância da

intervenção do Estado, através de políticas sociais que tratam acerca da prevenção

da gravidez na adolescência. São políticas com o incentivo ao uso de contraceptivos,

programas informativos e facilidades para o acesso aos métodos anticonceptivos, que

contribuem para o equilíbrio da reprodução e faz com que ela não seja banalizada.

Page 17: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

17

4. Percepções das Jovens Adolescentes sobre os Problemas Emocionais da Gravidez.

Para os autores dos artigos 6, 8 e 10, na gestação da adolescente ocorrem

efeitos psicológicos associados ao conflito emocional e educacional frente à situação

da maternidade. Percebe-se também, a ausência de apoio, o despreparo ou

abandono por parte do parceiro, causando grande impacto emocional (FERREIRA,

2010) .

Os artigos 2 e 4 apontam evidencias que as adolescentes engravidam cada vez

em maior proporção e em idade mais precoce. Dada à imaturidade e a labilidade

emocional destas meninas grávidas, podem surgir significativas alterações

psicológicas, o que causa extrema dificuldade de adaptação à nova condição (de mãe)

e o agravamento de dificuldades emocionais, como ansiedade, depressão e

hostilidade (DIAS, 2010).

Os índices de suicídio entre adolescentes grávidas também são mais elevados

do que as não adolescentes, principalmente entre as solteiras, isso porque, elas estão

mais propensas a problemas emocionais e acabam buscando o suicídio como uma

solução desesperada para a gravidez indesejada. (MENDONÇA, 2010).

Existem níveis de estresse em cada período gestacional. No primeiro trimestre

da gravidez o nível de estresse é maior e mais preocupante, já que tem o choque

inicial, a preocupação com o futuro e o medo de julgamentos pela família e amigos.

Essa fase da gestação é a mais perigosa porque há mais instabilidade emocional e

maiores riscos da pratica do aborto (GODINHO, 2011).

No segundo trimestre é possível verificar um período de estabilidade emocional

por parte da gestante que abarca um sentimento de conformismo e inclusive de

empolgação com o futuro filho (PARIZ, 2012). No entanto, no terceiro trimestre volta

Page 18: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

18

com intensidade os medos, as ansiedades e o estresse emocional, gerado agora pela

aproximação do parto, intensificando a crise surgida com o desenvolvimento da

gravidez (FERREIRA, 2010) .

Esta crise é caracterizada como um estado de desequilíbrio que resultou da

interação de um evento (neste caso, a gravidez) com os mecanismos de manejo do

indivíduo ou / e da família para atendermos demandas da situação (DIAS, 2010).

Sendo assim, os enfermeiros devem avaliar o grau de aceitação da adolescente à

gravidez, comparando a quantidade de vezes que ela está feliz versus deprimida, e o

que ela aceita ou rejeita de mudanças em seu corpo, demonstrando seu grau de

comprometimento pelo estresse (PARIZ, 2012).

Consoante o artigo 5, desde as primeiras fases da gestação, a adolescente

gestante precisa de oportunidade para retomar e repensar seu papel social, de

mulher, de mãe, de cidadã, desenvolvendo assim uma autoestima favorável para que

dessa fase em diante possa obter maior equilíbrio, apoio e uma melhor perspectiva

de futuro para sua vida e a de seu bebê (14) .

Fica evidente a importância da relação que o enfermeiro estabelece com a

gestante, formando uma verdadeira (parceria de confiança). Isto posto, ajuda a

aumentar sua autoestima e a confiança no fase de pré-natal, orientando a gestante se

tornar independente no cuidado com o bebê.

O enfermeiro deve sempre providenciar um clima de aprendizagem,

envolvendo a mãe ativamente no cuidado do recém-nascido, ensinando como resolver

as dificuldades que possam aparecer e como tomar a decisão correta (MACHADO,

2012). Neste sentido, Richardson (2007), concluiu que é imprescindível o papel do

enfermeiro para uma assistência mais humanizada e de qualidade, devendo a sua

atuação ser mais efetiva e presente durante as consultas, com o objetivo de promover

a integralidade das ações de saúde que resultarão em uma medida preventiva

satisfatória e eficaz.

Page 19: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

19

Desse forma o enfermeiro desempenha um papel importante no controle das

intercorrências, pois certas intervenções no período gravídico poderão alterar e

favorecer todo o prognóstico materno fetal (MELO, 2015).

Muitas mães jovens estão dando à luz no período de desenvolvimento de

capacidades emocionais e cognitivas para “adentrar” no universo adulto. A

adolescente gestante sofrerá vários malefícios que deixarão marcas em sua evolução

psíquica e social.

A confirmação da gravidez desencadeia diversos sentimentos, que podem

variar de alegria e medo, para algumas um projeto de vida, e para outras uma grande

frustação futura (SILVA, 2009).

Do ponto de vista das expectativas sociais e responsabilidades a serem

assumidas pela mãe adolescente, o nascimento do filho poderia ser considerado um

desencadeador da transição da adolescência para vida adulta. No entanto tais

mudanças não ocorrem em todos os casos, pois vai depender de um conjunto de

situações concretas de vida de cada uma delas.

Alguns fatores estariam relacionados com essas mudanças e que também

apontam para os impactos da gestação, tais como o estabelecimento de união

conjugal; a evasão escolar que é duas vezes maior entre mães adolescentes em

comparação com pais; diminuição do convívio com amigos e restrição da vida social

nos primeiros meses de vida da criança (DIAS, 2010).

No tocante a adolescência estas expectativas, perspectivas e angústias são

vivenciadas de forma singular; já que este período também traz mudanças biológicas,

psicológicas, familiares, trazendo alterações no ciclo gravídico. A expectativa de ser

mãe, de vivenciar por nove meses urna nova vida dentro de si, o convívio diário com

este ser que ainda não se conhece, mas que desde o momento da concepção já faz

parte da sua vida e de todos que a cercam, são motivos de alegria, satisfação e prazer

para a futura mãe.

Page 20: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

20

Porém, neste período, podem coexistir sentimentos como ansiedade, medo,

incertezas e inseguranças, que permeiam não só o desenvolvimento da gravidez, mas

o momento do nascimento e o período pós-parto (MOTA, 2011).

De acordo com as adolescentes, a descoberta da gravidez foi considerada um

momento de surpresa junto com certa apreensão quanto a contar para os familiares.

A gravidez na adolescência, indiscutivelmente, coexiste com potenciais riscos

sociais e à saúde da adolescente, sendo de grande importância uma rede de

assistência que insira os jovens nas suas ações

de promoção de saúde, especialmente na discussão e divulgação de

informações sobre planejamento familiar (SANTOS, 2016).

Page 21: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

21

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esse estudo foi possível identificar como o enfermeiro deve abordar as

adolescentes grávidas em relação aos aspectos emocionas e psicossociais da

gravidez na adolescência. É preciso permitir que as gestantes adolescentes sintam-

se mais acolhidas nas suas consultas, para que dessa forma possa ocorrer a relação

de confiança entre o enfermeiro e a adolescente, que diariamente necessitam de

atendimento.

Gestação, parto e amamentação são períodos de transição extremamente

importantes para transformação da adolescente para mulher. É certo que a gestante

adolescente tem uma carga de estresse emocional imensamente maior do que as

demais grávidas. No entanto, é papel do enfermeiro acolher e tranquilizar a gestante,

proporcionando um pré-natal humanizado e por conseguinte diminuindo os riscos

emocionais decorrentes da gravidez. A ajuda psicoterápica a nível individual, de casal

ou de família é uma indicação necessária em muitos casos em que a maternidade e

a paternidade trazem à tona conflitos e dificuldades importantes que, não raro, se

manifestam por meio de problemas psicossomáticos.

A organização de centros de atendimento psicoterápico destinados à

população de baixa renda continua sendo de suma importância, o leque de

possibilidades de atendimento é bastante amplo, embora as condições de viabilizar

projetos nesse sentido sejam ainda bastante precárias.

Portanto, de acordo com a problemática levantada, pode-se concluir que o

papel do enfermeiro na abordagem psicossomática durante a gravidez na

adolescência é atuar no pré- natal considerando não somente os sintomas

físicos mais os aspectos emocionais e psicossociais. O enfermeiro que atua nesse

cenário deve estimular as adolescentes grávidas a apresentar suas dúvidas e motivos

de ansiedade, para que com isso possa contribuir para uma assistência humanizada

e ajudá-las nessa fase de mudanças.

Page 22: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

22

O enfermeiro deve procurar trabalhar em conjunto com a equipe multidisciplinar

e oferecer todo suporte emocional e social para resolução de ansiedades, medos e

conflitos.

O direito constitucional a saúde é dever do Estado, e dessa forma, o Estado

deverá proporcionar estratégias de saúde e acompanhamento as adolescentes,

promovendo a humanização no atendimento e a melhoria da qualidade de vida das

gestantes e consequentemente dos seus recém-nascidos.

Page 23: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

23

6. REFERÊNCIAS

ARCANJO, Conceição de Maria; OLIVEIRA, Maria Ivoneide Veríssimo de; BEZERRA, Maria Gorete Andrade. Gravidez em adolescentes de uma unidade municipal de saúde em Fortaleza - Ceará. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 11, n. 3, p. 445-451, Sept. 2007 . . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452007000300008&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452007000300008.

BRAGA, Liliane Pereira et al . Riscos psicossociais e repetição de gravidez na adolescência. Bol. psicol, São Paulo , v. 60, n. 133, p. 205-215, dez. 2010 . Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432010000200007&lng=pt&nrm=iso. acessos em 09 mar. 2018.

FERRARI, Rosângela Aparecida Pimenta; THOMSON, Zuleika; MELCHIOR, Regina. Adolescência: ações e percepção dos médicos e enfermeiros do Programa Saúde da Família. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 12, n. 25, p. 387-400, June 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832008000200013&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832008000200013.

FERREIRA, Rosiane Araújo et al . Análise espacial da vulnerabilidade social da gravidez na adolescência. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 28, n. 2, p. 313-323, Feb. 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2012000200010&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000200010.

GODINHO, Roselí Aparecida et al. Adolescentes e grávidas: onde buscam apoio?. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 2, p. 25-32, apr. 2000. ISSN 1518-8345. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/1445>. Acesso em: 09 mar. 2018. doi:http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692000000200005.

GURGEL, Maria Glêdes Ibiapina et al . Gravidez na adolescência: tendência na produção científica de enfermagem. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 12, n. 4, p. 800-806, Dec. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452008000400027&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452008000400027.

Page 24: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

24

LUZ, Anna Maria Hecker; MENDES, Sandra Maria de Abreu; AGOSTINI, Sonia Maria Motink. Gravidez na adolescência: atuação da enfermeira. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 36, n. 1, p. 03-12, Mar. 1983 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671983000100002&lng=en&nrm=iso. access on 20 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71671983000100002

MAINARTE, Miriam Andréia Chiquetto, GODOY, Sandra Regina de and BONADIO, Isabel Cristina. Gravidez na adolescência em periódicos de enfermagem, ginecologia e obstetrícia entre 1997-2001.. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 2., 2005, São Paulo. Proceedings online... Available from: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005000200095&lng=en&nrm=abn. Acess on: 09 Mar. 2018.

MOREIRA, Thereza Maria Magalhães et al . Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 42, n. 2, p. 312-320, June 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000200015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342008000200015.

NASCIMENTO, A., DE ANDRADE, A.. A atuação da psicologia na atenção básica frente à gravidez na adolescência.Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, ##plugins.citationFormat.abnt.location##, 5, out. 2013. Disponível em: <http://stat.ijie.incubadora.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/1701>. Acesso em: 26 Mar. 2018.

OKAZAKI, Egle Lourdes Fontes Jardim, TOCCI, Heloisa Antonia, CAVALIERI, Joyce et al. Adolescente: protocolo de prevenção à gestação e DST's nas Unidades Básicas de Saúde.. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 2., 2005, São Paulo.Proceedings online... Available from: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000082005000200059&lng=en&nrm=abn>. Acess on: 26 Mar. 2018.

OLIVEIRA, Thays Cristina de; CARVALHO, Liliane Pinto; SILVA, Marysia Alves da. O enfermeiro na atenção à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 61, n. 3, p. 306-311, June 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672008000300005&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000300005.

PARIZ, Juliane; MENGARDA, Celito Francisco; FRIZZO, Giana Bitencourt. A atenção e o cuidado à gravidez na adolescência nos âmbitos familiar, político e na sociedade: uma revisão da literatura. Saude soc., São Paulo , v. 21, n. 3, p. 623-

Page 25: ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA

25

636, Sept. 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902012000300009&lng=en&nrm=iso>. access on 13 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902012000300009.

RIBEIRO, Patricia Mônica; GUALDA, Dulce Maria Rosa. Gestação na adolescência: a construção do processo Saúde-Resiliência. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 15, n. 2, p. 361-371, June 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452011000200020&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000200020.

SILVA, Edna Lúcia Coutinho da et al . Gravidez e dinâmica familiar na perspectiva de adolescentes. Bol. - Acad. Paul. Psicol., São Paulo , v. 34, n. 86, p. 118-138, 2014 . Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2014000100009&lng=pt&nrm=iso. acessos em 09 mar. 2018.