41
ALERTA Pelo Espírito JOANNA DE ÂNGELIS DIVALDO P. FRANCO l. a edição Do l.° ao 15.° milheiro Copyright 1981 by SÚMULA Pág. Alerta . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . Alerta Emmanuel ....... 13 1. O perdão das ofensas 15 2. Morrer para viver m ... • S - 17 3. Sempre com Deus ................... 20 4. Obsessão e Jesus .......* 23 5. Conceito de irmão .................. 26 6. Almas-problema .i.. 29 7. Técnicas de vida 32 8. Tua cooperação 35 9. Palavra e Jesus 38 10. Gêneses de suicídios ., 41 11. Paciência e caridade ..! 44 12. Desafio à caridade 46 13. Aprimoramento íntimo 49 14. Compromisso fraternal ........ 51 15. Cristo e César 53 16. Investimento nobre 55 17. Tarefa libertadora .i.. 57 18. Hábito da solidariedade 59 19. Posição correta 61 20. Inconformismo e revolta 64 1. Com fé e perseverança • 67 2. Aborto . 1 ™ ■ 3. Brilhe tua luz . . . 4. Reação pacífica • 76 5. Palavras de estímulo 79 6. Violência e Jesus 81 7. Nem todos consolados 84

Alerta - Joanna de Angelis

  • Upload
    analua

  • View
    431

  • Download
    43

Embed Size (px)

DESCRIPTION

canalização

Citation preview

  • ALERTA Pelo Esprito JOANNA DE NGELIS

    DIVALDO P. FRANCO l.a edio

    Do l. ao 15. milheiro

    Copyright 1981 by

    SMULA Pg.

    Alerta . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Alerta Emmanuel . . . . . . . 13

    1. O perdo das ofensas 15

    2. Morrer para viver m ... S - 17

    3. Sempre com Deus ................... 20

    4. Obsesso e Jesus .......* 23

    5. Conceito de irmo .................. 26

    6. Almas-problema .i.. 29

    7. Tcnicas de vida 32

    8. Tua cooperao 35

    9. Palavra e Jesus 38

    10. Gneses de suicdios ., 41

    11. Pacincia e caridade ..! 44

    12. Desafio caridade 46

    13. Aprimoramento ntimo 49

    14. Compromisso fraternal ........ 51

    15. Cristo e Csar 53

    16. Investimento nobre 55

    17. Tarefa libertadora .i.. 57

    18. Hbito da solidariedade 59

    19. Posio correta 61

    20. Inconformismo e revolta 64

    1. Com f e perseverana 67

    2. Aborto . 1

    3. Brilhe tua luz . . .

    4. Reao pacfica 76

    5. Palavras de estmulo 79

    6. Violncia e Jesus 81

    7. Nem todos consolados 84

  • 28 . Suicidas tambm 86

    29. Sob limites . .i. 88

    30. Iniciao medinica 90

    31 . Influncias espirituais 93

    32. Na conjuntura difcil . . . 96

    33. Testemunhos e provaes 98

    34. Questo de emergncia 100

    35. Apatia i. . . 102

    36. Perseverana com alegria 105

    37. Estmulos indiretos 107

    38. O melhor .............. 110

    39. Amor vida 113

    40. Problema de conscincia 115

    41. Tem coragem ... .i. .|. .... 117

    42. Na lavoura medinica 120

    43. Angstia e paz 123

    44. O bem em ao . .i. fJ. , 125

    45. Festival de bnos 128

    46. Alternativas 130

    47. Viso da vida . 133

    48. Dinmica da palavra 135

    49. Tentao do repouso . . . .. 137

    50. Renovao ntima 139

    51. Pontos vulnerveis 142

    52. Ante o mundo e Jesus 145

    53. A serenidade da f 147

    Pg.

    54. Balano e oramento 149

    55. Gozo e felicidade .......i 152

    56. O amor-prprio 155

    57. Pra e age 157

    58. Humildade sempre . .j 160

    59. Veculo da vida ;........ .. 163

    60. Triunfador perene 166

  • ALERTA O imperativo da vigilncia constitui mtodo preventivo eficiente contra males inumerveis.

    Hoje, mais do que ontem, a vaga da alucinao faz soobrar, na Terra, o cdigo de tica sobre o qual se

    mantinham as diretrizes do equilbrio e da paz da criatura humana.

    Cresce, a cada momento, a onda gigantesca arrastando verdadeira mole de pessoas desassisadas,

    arrebentando construes morais respeitveis e atingindo muitos discpulos do Evangelho, que se deixam colher,

    imprevidentes.

    Os fatores dissolventes, que so recebidos com entusiasmo neste perodo de aflies, repletam Sanatrios,

    Clnicas psiquitricas, Hospitais de vrias especialidades, no se considerando o crescente nmero dos enfermos

    que deambulam a esmo pelas ruas das megalpoles regorgitantes, ou nas praas dos pequenos conglomerados do

    interior, ou surgem nos campos, lentamente despovoados...

    Enfermidades de etiologia desconhecida grassam, exigindo redobrados sacrifcios de cientistas dedicados,

    nos laboratrios de investigao e nas demoradas pesquisas que lhes absorvem as horas, tentando encontrar-lhes

    as causas.

    Certamente, este um estado de emergncia, que se vive na Terra, alis, anunciado pelo Senhor, quando, se

    referindo aos tempos chegados, descreveu os sinais caractersticos ora evidentes. A violncia urbana, a agressividade mental, moral e fsica, a volpia dos prazeres exacerbados, a

    insatisfao dos sentidos em desgoverno, as ambies desmedidas pelo poder, as providncias criminosas em

    favor do aborto, a escassez de po, a indiferena ctfetiva so apenas alguns dos muitos males que se multiplicam

    no organismo enfermio da sociedade que torna o homem alienado, empurrando-o para a loucura desabrida, o

    suicdio nefando.

    Momento de alerta que concita a uma reviso de conceitos, meditao, programao de comportamentos

    novos, a fim de superar-se as circunstncias difceis, sobrepor-se situao dolorosa.

    O Evangelho de Jesus, entretanto, constitui terapia preventiva quanto curadora, sendo a nica diretriz de

    segurana para o homem moderno repletado de favores tecnolgicos, mas esvaziado de paz interior.

    Atualizando o pensamento de Jesus Cristo, o Espiritismo surge, hora predita, auxiliando o homem com as

    armas da razo e dos fatos, para que ele possa enfrentar as dificuldades e asperezas a que faz jus, em razo dos

    descalabros e arbitrariedades do passado...

    Vigiai e orai proclamou o Mestre, em vigorosa advertncia, concitando os discpulos valorizao das horas mediante o seu aproveitamento salutar.

    Diante das contingncias da atualidade, em que o homem lamenta a escassez de tempo para orar e meditar,

    no se pode, no entanto, isentar do imposi- tivo da vigilncia.

    Assim pensando, ao largo dos meses, escrevemos as pginas que constituem este livro de alerta, oferecendo

    temas breves, com respostas evanglicas e espritas aos muitos problemas que aturdem e desconsertam as

    pessoas.

    Sugerimos algumas reflexes para antes das decises a que todos somos chamados a cada instante, no

    dia-a-dia do processo evolutivo.

    So pensamentos simples e rpidos para os problemas de emergncia e os procedimentos de difcil acerto.

    Esperamos, desse modo, que os nossos eventuais leitores, antes de assumirem posies radicais ou tomarem

    decises irreversveis, parem um pouco, alerta contra o mal, leiam uma pgina, um conceito ao menos e orem,

    marchando, depois, na direo do dever. Todavia, se j foi assumida a responsabilidade pela ao realizada e

    considerando-a precipitada ou desastrosa, infeliz ou prejudicial, antes de fazerem um mecanismo neurtico,

    tormentoso> pedimos compulsem esta Obra e reflexionem em algum captulo, renovando-se e reunindo foras

    para se recuperarem, desculparem, deterem as consequncias do gesto impensado, prosseguindo de nimo

    robusto, estrada a frente, na marcha ascensional.

    Aguardando sensibilizar algum em aflio, facultando-lhe uma viso positiva e otimista da vida,

    agradecida pela oportunidade de servio, rogamos ao Senhor de todos ns que nos abenoe e nos guarde na Sua

    paz.

    Joanna de ngelis Salvador, 1 de julho de 1981

    1 O PERDO DAS OFENAS O teu agressor, talvez, noutra circunstncia, levantar a voz em tua defesa.

    O teu adversrio, possivelmente, em situao diferente, ser o amigo que te distender a mo em socorro.

    O teu caluniador, qui, em posio diversa, vir em teu auxlio.

    O teu inimigo, certamente, passada a injuno de agora, ser-te- devotado benfeitor.

  • O teu acusador, superado o transe que o amargura, far-se- o companheiro gentil da tua jornada.

    Perdoa-os, portanto, hoje que se voltaram contra tua pessoa, levantando dificuldades no caminho pelo qual

    avanas.

    Perdoa as suas ofensas sem impores quaisquer condies, sequer aclarando incompreenses e dirimindo

    equvocos.

    O perdo deve assentar-se no esquecimento da ofensa, no repdio total ao mal, sem exigncias.

    No sabes como se encontra aquele que se ergue para ferir-te, acusar-te.

    Ignoras como vive intimamente quem se fez inimigo revel.

    Desconheces a trama em que tombou o companheiro, a ponto de voltar-se contra ti.

    Ainda no experimentaste a dolorosa aflio que padece o outro -o que est contrrio a ti e te flecha com

    petardos venenosos, amargurando-te as horas. . .

    certo que nada justifica a atitude inimiga, a posio agressiva, a situao adversria.

    No entanto, se fosses ele, talvez agisses da mesma forma ou pior.

    Para evitar que isso te acontea, exercita ' perdo, preparando-te para no tombares na rampa por onde

    outros escorregaram. . .

    *

    Quem perdoa ofensas adquire paz e propicia paz.

    Quem esquece o mal de que foi vtima, vitaliza o bem de que necessita.

    Nunca te faas inimigo de ningum, nem aceites o desafio dos que se te fazem inimigos, sintonizando na faixa

    deles.

    Se no conseguires superar a injuno penosa, que os teus inimigos criam, ora por eles e pensa neles com paz

    no corao.

    O inimigo algum que enfermou. ..

    Recorda de Jesus que, mesmo vtima indbita, perdoando, rogou ao Pai que a todos perdoasse, porque eles

    no sabiam o que estavam a fazer.

    2 MORRER PARA VIVER Aquele que cr em mim, j passou da morte para a Vida

    Jesus

    conjuntura dolorosa da morte, sombreada por aflies que transitam entre as cortinas das lgrimas

    contnuas, pospe a realidade da vida, que prossegue, exuberante, quando se interrompem os envoltrios

    materiais.

    A morte desvela a vida, que se apresenta em plenitude, quando se ultrapassam as barreiras vibratrias de que

    o corpo constitui impedimento.

    No te deixes, portanto, dominar pelo estado de revolta em face da presena da morte.

    Evita que a surpresa se te converta em dano profundo, fazendo que desmoronem as construes de esperana,

    em torno da necessidade de continuar no rumo dos deveres, aps a partida do ser querido...

    A vida, na sua profundidade excelsa, se apresenta em etapas: no corpo e fora dele.

    Todos sabemos que o corpo, por mais duradouro, na sua condio biolgica, sempre breve, podendo

    interromper o seu ciclo com ou sem aviso prvio.

    Por tal razo, no te fixes em demasia nos valores transitrios da matria.

    Tem em mente que, no obstante a necessidade de realizar um ministrio inteligente, durante a experincia

    corporal, a vida, em si mesma, tem a sua gnese e o seu fanal, alm da matria mais densa. *

    A morte merece acuradas reflexes, de que nos no podemos furtar, considerando que a todas as criaturas

    domina, no processo das transformaes inevitveis.

    *

    Programa as tuas atividades contando com o fenmeno inexorvel da morte.

    Ela te conduzir ao retorno.

    Necessrio preparar-te para essa viagem libertadora.

    Outrossim, considera, tambm, nas tuas meditaes, a possibilidade da partida de quem se te faz querido,

    antecedendo-te no regresso ao mundo de origem.

    *

    Reencontrars os que te precederam no rumo da Vida Espiritual.

    Em homenagem a esses afetos que viajaram antes, prossegue no culto do bem, mantendo as suas doces

    recordaes e revivendo-as em poemas de carinho, programando a continuao do compromisso eterno.

    Se choras, o que natural, conforta-te com o lenitivo da certeza de que voltars a conviver com o ser amado.

    No te deixes abalar ante a perspectiva improvvel da sobrevivncia.

    Tudo nos fala de vida.

  • A glande do carvalho despedaa-se para que surja a rvore que se agigantar a pouco e pouco.

    A lagarta liberta a borboleta, quando se extingue a forma.

    O plen libera a perpetuidade da espcie.

    Tudo se transforma ante o milagre da morte, que ddiva da vida.

    *

    Ante Jesus, na cruz da ignomnia, Maria e quantos O amavam, choraram.

    Misturavam-se a saudade e a dor, diante da consumao do adeus corporal, no entanto, logo depois, .pleno de

    vida, Ele volveu ao convvio maternal e ao dos seus amigos, demonstrando a perenidade da Vida.

    Confia na ressurreio em triunfo e prepara-te para a alegria da sobrevivncia.

    O Apstolo Paulo, emocionado, exclamou: Tragada foi a morte na vitria. Onde est, morte, a tua

    vitriafll Onde est, morte, o teu aguilho?.. * E o iluminado de Assis, pacificado e confiante, asseverou na sua

    Orao Simples: Porque morrendo, que nascemos para a vida eterna.

    Teus mortos queridos esto vivos e aguardam o momento em que, terminados os teus compromissos terrenos,

    marchars na direo do reencontro feliz e perene.

    3 SEMPRE COM DEUS As mentes hbeis, que urdem planos perniciosos objetivando fruir xito em empreendimentos infelizes, por

    mais cuidados e minudentes programas, no fogem ao imprevisvel, exatamente pela impossibilidade de lograrem

    a perfeio.

    Em razo disso, o imprevisvel a presena divina, surpreendendo a infrao.

    *

    Elaboradas aes com mincias e sofisticao, no instante de serem postas em prtica, no se realizam sem a

    ocorrncia do insuspeitvel, que na sua expresso surpreendente pe por terra toda uma larga movimentao de

    foras.

    O insuspeitvel pode ser considerado como a interferncia divina sempre vigilante.

    *

    Na aplicao de um projeto bem organizado, com as suas implicaes malficas, no instante de tornar-se

    realidade, defronta o inesperado que frustra todo ou parte do esforo colocado a servio das paixes subalternas do

    homem.

    O inesperado deve ser levado em conta como a ocorrncia divina trabalhando pela ordem.

    *

    certo que sucedem, vezes sem conta, aparentes xitos em tais acontecimentos inditosos.

    Quando tal ocorre, pode-se retirar proveitosos benefcios, que bem aplicados rendem juros de progresso, de

    elevao, para aqueles que padecem a penosa injuno.

    *

    Tudo, diante das sbias Leis da Vida, obedece superior programtica, mesmo quando parecem conspiraes

    para o mal, porquanto o bom ceifeiro de um mal sempre retira um grande bem. *

    Ocorrem, na mesma ordem, as intervenes divinas, quando se opera pelo enobrecimento.

    O plano bem estabelecido, que periga, subitamente conquista uma ajuda imprevisvel tomando-se superior

    investimento de xito.

    O trabalho nobre, que recebeu acurada ateno e priclita no azado instante, sustentado por insuspeitvel

    socorro, prosseguindo em pauta de benemerncia.

    O desastre, que se consumava em determinada hora apia-se em inesperada ocorrncia, que impede a

    derrocada, salvando a situao.

    Entrega tua vida a Deus e nEle confia sem reservas.

    Produze o melhor, que te seja possvel, permitindo-te a alegria de servir incansavelmente.

    Nenhum mal que triunfe, sejam quais forem os cuidados de que se revista.

    Bem algum que no se possa fazer nas situaes danosas.

    Quem se entrega a Deus conscientemente, em Deus se move e age, marchando com segurana para Ele.

    *

    Na esfera das tuas aspiraes superiores, quando o desnimo te ciciar descorooamento e abandono da tarefa,

    em razo das aparentes multiplicadas dificuldades, insiste, contando com o imprevisvel, o insuspei- tvel e

    o inesperado que viro em teu socorro.

    Os que agem mal, embora no os aguardem, no se furtaro sua intercorrncia.

    Continua, portanto, contando com Deus, sempre.

  • 4 OBSESSO E JESUS A ideia enfermia, sem contornos definidos alcana os paineis mentais, sutilmente.

    Aceita, desenvolve caractersticas, apresenta-se com maior riqueza de detalhes, estabelece o contato atravs

    do qual se originam as penosas fixaes, lamentveis quo perniciosas...

    Se recusada, apaga-se em nvoa diluente para repetir-se com maior intensidade at alcanar correspondente

    vibratrio na mente receptora, que passa, a largo prazo, a submeter-se ao impositivo que termina por dominar..

    A obsesso enfermidade generalizada, que grassa entre os homens, em decorrncia do comrcio psquico,

    infeliz quo desesperador.

    Desde que o agente obsessivo persistente no plano negativo a que se afervora, este muda de tcnica toda vez

    que repudiado, mantendo rigoroso cerco em torno de quem lhe padece a influncia, at dobrar a vontade resistente,

    caso-esta no se fortalea nos valores morais e espirituais que constituem defesa e vitalidade contra essa terrvel

    chaga devastadora.

    Mentes viciadas com mais facilidade aceitam as sugestes morbficas que lhes so insufladas dentro do

    campo em que melhor se expressam: desconfiana, cime, dio, desvario sexual, dependncia alcolica ou

    toxicmana, gula, maledicncia...

    Temperamentos arredios, suspeitosos, so mais acessveis em razo de melhor agasalharem as indues

    equivalentes, que se lhes associam em forma de perfeita sintonia.

    Caracteres violentos, apaixonados, mais fortemente se fazem maleveis em decorrncia do esprito rebelde

    que nesse corpo habita, dissimulando as chispas que lhes acendem as labaredas do incndio interior, a

    exteriorizar-se como fogareis destruidores...

    Personalidades ociosas so mais susceptveis em razo da mente vazia sempre acolher o que lhe apraz,

    deixando-se conduzir pela personalidade dos seus afins desencarnados.

    Desnecessrio reafirmar que, no apenas alm- da-morte, se encontram os perturbadores, desde que a

    obsesso campeia, igualmente, entre os transeuntes do corpo, obedecendo a mesmo processo de sintonia mental,

    por cultivo das mesmas paixes inferiores.

    *

    A ao do pensamento otimista e sadiamente oprante; o labor fraternal de solidariedade; a preocupao

    edificante em favor do prximo; os servios hum- limos ou grandiosos a benefcio dos outros; o interesse honesto

    pelo bem-estar alheio constituem a terapia preventiva quanto curadora contra a obsesso.

    A prece o hbito de orar , gerando um clima de paz; a leitura elevada, que cria clichs psquicos superiores;

    a meditao em torno das questes enobre- cedoras da vida; o dilogo edificante impedem qualquer intercmbio

    perturbante, verdadeiros antdotos que se fazem obsesso, por constiturem meios de elevao vibratria na qual

    no vigem as interferncias malficas, as parasitoses e as vampirizaes prejudiciais que somente tm curso em

    faixas mentais semelhantes.

    Ademais, o exerccio de tais mtodos libera qualquer tombado nas malhas apertadas da alienao obsessiva

    de perniciosos efeitos na Terra...

    *

    Na condio de Terapeuta Divino prescreveu Jesus, contra os flagelos da obsesso: Fazer ao prximo

    somente o que desejar que este lhe faa, porquanto, assim procedendo, o amor que nos dedicamos a ns mesmos,

    automaticamente se dilatar em relao ao nosso prximo, desfazendo as matrizes do mal que ainda se demoram

    fixadas em muitos dos seres que pululam em torno da Terra, ao mesmo tempo auxiliando-os a despertarem

    para Q bem e para a felicidade.

    5 CONCEITO DE IRMO Um questionamento de profundidade faz-se necessrio em tomo do conceito de irmo, conforme o enunciou

    Jesus.

    Se despirmos das excentricidades como dos mecanismos de evaso com que, no raro, a palavra colocada,

    ser possvel uma identificao melhor, mais vlida, a respeito do profundo sentido de que se reveste.

    Partindo-se do princpio de que Deus Pai de todos ns, o irmo algum inevitavelmente vinculado a cada

    um, a todos ns.

    *

    Aquele que se nos faz adversrio, no obstante a posio que assume, transitoriamente, nosso irmo;

    Quem se reveste da infeliz atitude de perseguidor, apesar da colocao que esposa, mesmo que o esquea,

    nosso irmo.

    Poder-se- renovar a paisagem humana, mediante a adoo do suporte fraternal, sendo e defrontando sempre

    e antes de tudo, o seu irmo.

    |

  • O nubente, antes de ver o parceiro, na condio da afetividade conjugal, t-lo- como irmo, mantendo um

    vnculo inquebrantvel que, mesmo se rompa aquele de carter matrimonial, dever manter-se o primeiro.

    O patro encontrar no auxiliar antes que o empregado, o irmo situado na posio de servio, servidor que

    tambm ele , e este ltimo receber no chefe o irmo, lutando ambos para que prevalea o sentimento fraternal,

    embora, no relacionamento entre empregador e empregado, se deteriorem as conjunturas, um no prejudicando ao

    outro, em razo da irreversvel fraternidade.

    O irmo deve amar o seu irmo em qualquer circunstncia, em todo momento.

    Este que te magoa e aquele que te punge so teus irmos.

    Algum que triunfa e outrem que tomba, teus irmos na luta, so lies que te convidam a avanar e a servir.

    Ama sempre e sem excogitares de situaes, nas mltiplas reas dos humanos interesses, sobrepondo a todos

    o afeto de irmo em relao ao teu prximo.

    No obstante as posies evolutivas que separavam os discpulos, Jesus no amou menos a Judas, ou a Pedro,

    que por um momento se equivocaram, durante o ministrio.

    Diante da mulher surpreendida em adultrio ou de Zaqueu no alto da rvore, ou de Pilatos vacilante, ou de

    Herodes prepotente, a todos amou como irmos, apesar de sab-los em processos diferentes de evoluo,

    amando-nos docemente at hoje, sem queixume nem reprimendas, seus irmos da retaguarda, aos quais espera,

    paciente e amoroso, na condio de Irmo Maior.

    6 ALMAS-PROBLEMA pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, no te desconhecida...

    O filhinho-dificuldade que te exige doao integral, no se encontra ao teu lado por primeira vez.

    O ancio-renitente que te parece um pesadelo contnuo, exaurindo-te as foras, no encontro fortuito na tua

    marcha...

    O familiar de qualquer vinculao que te constitui provao, no resultado do acaso que te leva a desfrutar

    da convivncia dolorosa.

    Todos eles provm do teu passado espiritual.

    Eles caram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injuno penosa. Mas, tu

    tambm.

    Quando algum cai, sempre h fatores preponderantes e outros predisponentes, que induzem e levam ao

    abismo.

    Normalmente, oculto, o causador do infortnio permanece desconhecido do mundo. No, porm, da

    conscincia, nem das Soberanas Leis.

    Renascem em circunstncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consanguinidade,

    atravs da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande famlia humana, tomando o caminho das

    reparaes e compensaes indispensveis.

    *

    No te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.

    Aqui, o companheiro que se transforma em spero adversrio; ali, o filhinho rebelde, ora portador de

    enfermidade desgastante; acol, o familiar vitimado pela artriosclrose tormentosa; mais adiante, algum

    dominado pela loucura, e que chegam economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos mltiplos.

    Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses...

    Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado. ..

    Ledo engano!

    S h liberdade real, quando se resgata o dbito.

    Distncia fsica no constitui impedimento psquico.

    Ausncia material no expressa impossibilidade de intercmbio.

    O Esprito a vida, e enquanto o amor no Iene as dores e no lima as arestas das dificuldades, o problema

    prossegue inalterado.

    Arrima-te ao amor e sofre com pacincia. Suporta a alma-problema que se junge a ti e no depereas nos

    ideais de amparar e prosseguir.

    Ama, socorrendo.

    Dia nascer, luminoso, em que, superadas as sombras que impedem a clara viso da vida, compreenders a

    grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeio a todos.

    O problema toma a dimenso que lhe proporcionas.

    Mas o amor, que cobre a multido dos pecados voltado para o bem, resolve todos os problemas e

    dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.

  • 7 TCNICAS DA VIDA A vida so ddivas de amor onde e como quer que se expresse.

    Hlito divino, constitui bno da forma como se manifeste.

    Alegrias e tristezas, felicidade e desdita, sade e doena, poder e pobreza so experincias por onde transita o

    Esprito no seu processo evolutivo.

    Legatrio dos prprios atos, renasce para crescer, recapitulando labores mal sucedidos, aprendendo lies

    novas, superando-se.

    Erro e acerto, insucesso e triunfo constituem tcnicas para a fixao da aprendizagem que o liberta das

    paixes, acrisolando os valores reais do bem.

    *

    A vida atua em forma circular.

    Tudo quanto se transforma em pensamento e ao se dilata e volve ao ponto de partida.

    Qualquer emisso vibratria segue a linha por onde se projeta e retoma ao fulcro gerador da fora que a

    impulsiona.

    Se pensas bem, isto faz-te bem.

    Se pensas mal, eis que ests mal.

    Imperioso corrigires a tua posio mental, a fim de educares os teus impulsos.

    Mente e ao constituem causa e efeito que se interrelacionam.

    *

    Foste mal sucedido num tentame. Esquece e recomea-o, otimista.

    Atravessaste perodos difceis, que te marcaram profundamente. Olvida e prossegue.

    Sofreste enfermidades pertinazes. Liberta-te da lembrana e vive.

    Provaste o fel da ingratido vrias vezes. Desculpa e avana.

    Perdeste bens e valores queridos. Recomea e produze.

    Sempre h oportunidade nova, quando se deseja vencer.

    O guich das reclamaes est sempre repleto de pessoas atormentadas, enquanto que o da gratido jaz vario. *

    H muito para bendizer e louvar.

    Certamente sofreste, todavia, isto o passado. Nesse pretrito, mil vezes houve em que sorriste, sonhaste,

    produziste, amaste e recebeste amor .. .

    Por que recordar somente o lado menos bom, aquele que te descontentou?

    Por que a eleio da amargura, em detrimento dos jbilos?

    Ningum, no mundo, que passe inclume s experincias alegres como s tristes. *

    Pudessem os metais negar-se fornalha e a mnimas utilidades se reduziram s necessidades humanas.

    Recusasse-se a bomba cardaca ao intrmina e de breve durao se faria a vida animal e humana.

    Dor bno que impulsiona o progresso.

    Sade estmulo para o progresso.

    Uma e outra constituem, no entanto, tcnicas de que a vida se utiliza para a promoo de todas as criaturas.

    Assim, liberta-te da amargura, da queixa e do pessimismo, recordando as horas boas e revivendo-as, de modo

    a te sentires emulado a prosseguir, ao invs de te deter na tristeza e, desanimado, parares.

    8 TUA COOPERAO O teu prximo necessita de tudo quanto a ti valioso na vida.

    Concede-lhe o tesouro da tua cooperao, irradiando, na sua direo, pensamentos de bondade e de simpatia.

    Ningum vive sem o milagre da cooperao.

    Mesmo que o no percebas, tudo e todos cooperam para que vivas e cresas no rumo da meta para a qual

    renasceste.

    O teu prximo, igualmente, no prescinde dos teus pensamentos positivos nem da tua cordialidade.

    certo que h pessoas portadoras de expresses que as tornam antipticas tua convivncia. No obstante,

    necessrio envolv-las nas tuas vibraes de ternura.

    Da mesma forma, no te enganes. Exteriorizas, sem que o percebas, manifestaes psquicas que te fazem

    animoso e antiptico a outras pessoas.

    Gostarias que o teu prximo dissimulasse as dificuldades e limitaes que possuis, oferecendo-te

    receptividade agradvel e cordial.

    Age da mesma forma, em relao aos que te parecem desagradveis.

  • Coopera com Deus, na edificao do bem irrepreensvel, no te escusando lavoura da gentileza, nem ao

    contributo da tua amizade.

    Ningum sobrevive sem o auxlio da afeio de outrem, quanto vida alguma se desenvolve sem o ar de que se

    nutre, salvadas, apenas, as bactrias anaerbias de existncia breve.

    Um tijolo cooperando com outro levanta a construo.

    Um gro se une a outro, no silncio do solo, e eis nascente a seara luxuriante.

    Uma molcula se agrega a outra e a galxia se espraia pelo infinito.

    *

    Doa a tua cooperao, por menor te parea.

    Ao faz-lo, evita o impositivo da tua paixo, a exigncia da tua forma de ser, pois que isto representa uma

    cobrana do que supes ofertar.

    Quando algum oferece algo a outrem, a si prprio se enriquece.

    O plen, arrastado pelo vento, responsvel pela fecundao, sem qualquer imposio de sua parte.

    A chuva tomba, generosa e espontnea, sustentando a vida e reverdescendo o solo.

    No te imponhas nunca.

    Jesus, cooperando com o homem, no obstante a voz imperativa que lhe caracteriza toda a mensagem, foi

    claro ao dizer: Aquele que quiser vir aps mim,

    tome a sua cruz e siga-me, mediante a condicional da vontade de cada um.

    No entanto, o sublime Construtor da Terra e tudo que nela existe.

    Coopera, portanto, com a vida, esparzindo bn- es onde estejas, com quem te encontres, conforme surja a

    oportunidade.

    Retribui com amor ao amor que a vida te oferta...

    9 PALAVRA E JESUS A palavra, colocada a servio da sade, exerce inimaginvel funo teraputica, oferecendo larga pauta de

    benefcios.

    A utilizao do verbo de forma positiva faculta o otimismo, criando uma psicosfera renovadora de que se

    nutre o ser.

    Em face d^ fenmeno da sintonia, o conceito edificante produz empatia e atrai fatores benficos, inclusive,

    a presena das Entidades Felizes, que se sentem motivadas a um intercmbio edificante, mediante o qual se

    enriquecem os clichs mentais com paisagens novas e a organizao fsio-psquica com estmulos benficos.

    A palavra instrumento da vida para vestir as ideias e exterioriz-las com clareza.

    Aplicada de forma edificante, levanta o mundo, sustenta o pensamento e enriquece a vida com belezas.

    Falando, Jesus estruturou, nas mentes e nos coraes, os ideais da vida eterna, de que os fatos e os exemplos

    por Ele vividos constituram corolrio dos incomparveis ensinos.

    Modulando a palavra com a autoridade de que se fazia portador, impregnou os ouvintes, que jamais foram os

    mesmos...

    Ouvindo-O, ningum lograva esquec-lO.

    Dialogando com Ele, aliceravam-se os ideais de enobrecimento humano, que mudaram o curso da Histria.

    Ensinando na ctedra viva da natureza, projetou luz inapagvel que passou a clarear os discpulos por todo o

    sempre.

    Sempre usou a palavra para a construo imperecvel da felicidade humana.

    Com energia ou doura, em suave tranquilidade ou grave admoestao, o Seu verbo sempre esteve colocado a

    servio do bem e da paz.

    Maria de Magdala, atenazada por obsessores crueis, libertou-se do aturdimento a que fora atirada, sob o

    magnetismo salutar do Seu verbo, desobsidiando-se.

    Simo Pedro, periodicamente influenciado por mentes perniciosas da Erraticidade Inferior, encontrou, na Sua

    palavra, a terapia da libertao, a ponto de poder oferecer-se integralmente ao ministrio da doutrina, que dele fez

    o grande mrtir do Evangelho.

    O gadareno, visivelmente possesso, saiu das sombras da alienao e volveu claridade da razo, ante a Sua

    voz.

    Lzaro, retornou do profundo transe da ctalepsia, atendendo-Lhe ao chamado enrgico.

    Perturbador desencarnado, contumaz na ao infeliz, silenciou, em plena? Sinagoga, onde desejava gerar

    tumulto, repreendido pela Sua palavra severa.

    . . .E falando, no monte, Jesus comps o soberano cdigo do amor, jamais igualado, que nunca ser superado.

    Utiliza-te da palavra a fim de inspirares imagens felizes.

    O que digas, como digas, gerar clichs mentais e incidir em ondas-pensamento, produzindo resultados

    conforme a intensidade emocional com que vistas a expresso verbal, favorecendo ou infelicitando aquele a quem

    a diriges, a ti mesmo responsabilizando.

  • Faze da palavra um veculo da esperana, da paz, da sade e do bem.

    H demasiado verbo aplicado com o cido da crtica, com o azedume da inveja e do pessimismo, com a

    labareda do dio produzindo o mal.

    Seja tua a palavra de vida, de vida abundante.

    10 GNESES DE SUICDIOS A tristeza que agasalhas, levando-te mortificao interior, de que no te consegues libertar, fator

    destrutivo nos alicerces da tua personalidade.

    A mgoa, que conservas como cido que te corri os tecidos do sentimento, constitui morbo que em breve

    terminar por vencer as tuas resistncias.

    A rebeldia sistemtica, a que te agrilhoas, transformar as tuas aspiraes duramente acalentadas em resduos

    de infelicidade e tormento infindvel.

    Defrontas os problemas que se manifestam no teu dia-a-dia entre a irritao e o desespero, estabelecendo

    matrizes de aflies que te conduziro ao auto-aniqui- lamento.

    Suicida no somente aquele que, acionado pelo desconcerto da emotividade se arroja no despenhadei- ro da

    auto-destruio fsica. *

    Esta melancolia que te busca os paineis da mente, tecendo as malhas da depresso, sinal de alarme que no

    podes desconsiderar.

    Essa aflio que se agiganta, dominando-te o equipamento nervoso, convida-te a uma mudana de atitude,

    que no deves postergar.

    Isto que te consome, desaparecendo e ressurgindo em roupagens de configurao nova, desafio que deves

    enfrentar com estoicismo, para saires da desarmonia.

    Mil pequenas injunes contra a tua sade emocional e mental, que deves rechaar antes que sejas colhido

    pelo infortnio da desencarnao injustificvel e precipitada. *

    Sejam quais forem os fatores afligentes ou depressivos que te cheguem, invitando-te ao cultivo do

    pessimismo ou da irritabilidade, no devem encontrar guarida nos teus paineis mentais.

    Dor e saudade aferem a fora do valor moral de cada um de ns.

    Enfermidade e desencarnao constituem fenmeno natural no processo biolgico em que te encontras

    situado.

    Problemas e dificuldades representam prova com que crescemos na direo da vida.

    Desse modo, realiza a assepsia mental pela preservao do otimismo e da irrestrita confiana em Deus.

    *

    Quando a vida te parecer sem objetivo e estiveres a ponto de cair, renova os teus conceitos e ora, buscando a

    divina inspirao, haurindo, ento, a fora que te propiciar sair do ocaso emocional e transformar os teus

    problemas em ao de benemerncia para os teus irmos, descobrindo, por fim, que a linguagem universal do bem

    a terapia preventiva e curadora para o suicdio e a loucura.

    11 PACINCIA E CARIDADE Aturdem-te os comentrios malsos que so entretecidos contra a tua pessoa, ferindo-te as mais caras

    aspiraes.

    Sofres o aguilho das dificuldades e malcias que so postas no teu caminho, atingindo as carnes da tua alma.

    Padeces a incompreenso gratuita de pessoas bem formadas, que se deixam anestesiar pelos vapores da

    antipatia e voltam a sua animosidade contra ti, no descansando na faina de sensibilizar-te.

    Experimentas angstia, quando te informas dos problemas inconsequentes que so criados, envolvendo teu

    nome e tua ao em rudes colocaes ou informes pejorativos.

    Gostarias, talvez, de caminhar sem tropeo, desconhecendo impedimentos. Todavia, no te olvides que te

    encontras na Terra e este o campo ao qual foste chamado para o servio.

    Alm de auxiliar-te a desenvolver a pacincia e exercitar-te a humildade correta, propicia-te o desapego aos

    transitrios conceitos do mundo.

    Nem mesmo Jesus, impoluto e incorruptvel, experimentou uma trajetria de exceo, padecendo azorragues

    de todo tipo e qualidade, a fim de ensinar-nos coragem e valoir.

    Diante das dores que te chegam oriundas das mais variadas gneses, vive a caridade da pacincia.

    Caridade para com aqueles que te no compreendem e pacincia ante a prova.

  • Desprezado e estigmatizado pela intolerncia e insistncia dos que preferem perseguir a servir, adestra-te na

    caridade da pacincia.

    Caridade difcil desculpar o ofensor e t-lo em conta de enfermo, necessitado da tua amizade e

    considerao. Ao mesmo tempo, caminho iluminativo para tuas aspiraes, atravs de pacincia com

    perseverana no dever.

    So caridade a doao de amor, a transferncia de recursos' e moedas para amenizar provaes e dores, os

    socorros fraternos da sopa e do po, todavia^ a pacincia em relao aos que se obstinam em dificultar-nos a

    marcha no bem, buscando o Pai, constitui a excelente caridade moral de que todos necessitamos, desde que, ontem

    por certo, tenhamos delinquido, aprendendo, agora, a reparar, ou estejamos a equivocar-nos necessitando, por

    nossa vez, da doao da benevolncia do nosso prximo.

    A caridade da pacincia das mais expressivas virtudes que o cristo autntico deve cultivar.

    *

    Jesus, esperando-nos e amando-nos sem cansao, at hoje, oferece-nos o exemplo sublime e sem retoques da

    caridade pela pacincia.

    12 DESAFIO CARIDADE Sempre que o tema da caridade seja trazido a consideraes, recorda que ela a luz da razo, mantida pelo

    combustvel do sentimento, a projetar claridade pelo caminho em sombras de quem avana em sofrimento ou

    limitao.

    A caridade resulta da irradiao do amor, que jamais se exaure.

    Estrutura-se no esforo pessoal e robustece-se no sacrifcio de quem a cultiva, sem o que no passa de

    filantropia ou emoo de transitrio prazer.

    Mais se engrandece a caridade, quanto mais difcil se apresenta a circunstncia pelo pratic-la.

    Por isso, tem uma elasticidade imensa o seu exerccio.

    Transcendendo s doaes materiais - que so, igualmente, suas manifestaes respeitveis , sublima-se,

    santificando quem se prope viv-la, na rea dos contributos morais. *

    No so poucos os desafios caridade.

    O delinquente, pela ao infeliz de que se tomou responsvel, inspira animosidade; am-lo, na condio de

    um enfermo necessitado de recuperao, caridade.

    O rebelde provoca reao equivalente de agressividade; auxili-lo com pacincia at conquist-lo para o que

    equilbrio, constitui relevante caridade.

    Aquele com quem te sentes enfadado ou que te provocou antipatia, representa um teste para as tuas

    realizaes espirituais; superar a condio negativa e traz-lo provncia do teu corao, significativa caridade.

    O ingrato, naturalmente inspira desprezo, seno indiferena; prosseguir ajudando-o, conquanto as

    dificuldades no relacionamento, representa elevada caridade.

    Quem te ofendeu por qualquer razo, legtima ou injusta S como se razo houvesse para que algum a outrem

    ofendesse -9 provoca um natural retraimento; insistir na ao cordial com esquecimento do mal, constitui

    verdadeira caridade.

    Caridade para com todos, mediante uma revoluo ntima de superao pessoal.

    Sempre a caridade como diretriz.

    Nunca demasiado a sua presena; ningum que a dispense.

    Sem a caridade do Pai Criador para conosco, prosseguiramos no primitivismo ou rentearamos ainda com a

    barbrie.

    A caridade, porm, alimenta a vida e impele para a paz.

    No olvides que a caridade o amor que se expande e o amor que retoma em fora harmonizadora.

    Coroando todo o ministrio de amor com a estrela de primeira grandeza dentre as virtudes, a caridade moral

    do Cristo, na cruz, expressou-se no perdo a todas as faltas perpetradas contra Ele, e corporificada no seu retomo

    paciente ao convvio com os companheiros enfraquecidos, no esplendente amanhecer da Sua perene ressurreio.

    13 APRIMORAMENTO NTIMO Muito justo e mesmo recomendvel que se recorra cooperao fraternal do prximo, quando o sofrimento e

    a dificuldade nos visitem as paisagens ntimas.

  • O auxlio desinteressado que recebemos bno inestimvel de que se constitui a vida nas relaes

    humanas.

    No mundo, tudo so intercmbios, permutas que se consubstanciam em fora e resistncia para colima- rem

    os objetivos a que se destinam.

    No obstante, h tarefas que compete a cada um realizar, integrados no processo evolutivo como nos

    encontramos.

    Igualmente, no lcito transferir-se deveres e responsabilidades pessoais, que fazem parte do esquema de

    iluminao que devemos conseguir, mesmo sob as penosas cargas de aflio e renncia.

    Dentre os desafios que a vida nos oferece, o que diz respeito ao aprimoramento ntimo ganha prioridade.

    Aprendizes da vida, somos defrontados pelas lies necessrias que nos propiciam o conhecimento e a

    libertao das peias da ignorncia geradora de mil males, e do egosmo, que um cncer de alto poder destrutivo.

    *

    Ningum te acompanhar nesse af de renovao e aprimoramento ntimo.

    Poucos percebero a luta que travas no campo ignoto dessa batalha importante.

    Alguns criaro dificuldades para o teu cometimento, talvez franqueando-te recursos e meios para a fuga ou a

    queda.

    Tentars e repetirs o esforo, no poucas vezes, receando o fracasso ou crendo no alcanar a meta.

    Prossegue, porm, trabalhando o carter e o sentimento.

    No te deixes turbar pelas vanglorias, nem te anestesies pelos vapores da violncia que infelicita multides. ..

    Dulcifica-te e no revides ao mal, no resistas ao mal com o mal, no te negues bondade, nem

    beneficncia, esperana, nem humildade.

    Essas virtudes a cultivar sero as tuas resistncias, e, quando os testemunhos parecerem apresentar-te a noite

    mais densa e temerosa, elas brilharo no teu cu em sombras, apontando-te o rumo...

    * Por conhecer a destinao que nos aguarda, no futuro, Jesus nos veio convocar pelo exemplo e pela palavra ao

    aprimoramento ntimo e vitria sobre qualquer expresso do mal atravs da ao correta do bem.

    14 COMPROMISSO FRATERNAL Nunca te esqueas, nos teus empreendimentos espirituais, dos companheiros desencarnados, na retaguarda do

    processo da evoluo, ainda mergulhados na dor sem nome ou no desespero sem consolo.

    Talvez no os ouas, nem os vejas ou sequer os sintas.

    Eles, porm, convivem na mesma psicosfera, ou melhor, encontras-te mergulhado no mesmo clima psquico

    onde eles se movimentam, j que no se liberaram das conjunturas carnais, quando lhes ocorreu a morte dos

    despojos fsicos.

    Intercambiam com os homens, muitas vezes, sem que estes tenham conscincia, experimentando as suas

    emoes e ansiedades, as suas paixes e problemas, ansiosos uns, por se comunicarem, outros, por fazerem- se

    compreendidos, diversos, por lograrem desforos infelizes, inmeros, por volverem reencarnao.. ;

    Nesse complexo emitir-absorver de vibraes, terminam por influenciar o comportamento das criaturas,

    gerando dependncias, muitas vezes, passando a depender tambm.

    Inclui-os nas tuas oraes, pensando neles, cooperando com eles.

    *

    Quando menos esperes, romper-se-o as amarras carnais e aportars vida, no plano espiritual...

    Irs adensar a populao em que eles ora se encontram.

    Qui, na oportunidade, j hajam retomado muitos destes irmos desconhecidos.

    Ser, ento, a tua vez de acercares-te deles. Compreenders o que agora sentem, o que gostariam de

    conseguir, pudessem comunicar-se mais ostensivamente contigo.

    Faze por eles hoje, 0 que gostars que faam a teu benefcio amanh.

    Ama-os, envolvendo-os em vibraes de ternura e bondade.

    ... E cuida de iluminar-te, interiormente, pelo estudo e pela ao do bem, evitando futuras aflies

    desnecessrias.

    *

    Sempre estars na vida.

    Mergulhado na matria densa ou fora dela, torna-te instrumento de fraternidade para com todos, perseverando

    nos bons propsitos, mantendo este compromisso fraternal, mesmo que sob o alto preo da renncia e da

    abnegao.

    Outro no tem sido, h milnios, o permanente comportamento de Jesus em relao a todos ns.

  • 15 CRISTO E CSAR As injunes dos relacionamentos humanos operam contnuas transformaes nas paisagens ntimas da

    criatura, nem sempre saudveis.

    As constituies de ordem scio-econmica produzem estados emocionais variados, raramente salutares.

    As comunicaes massificadoras revolvem os clichs mentais, e fixam paineis dificilmente edificantes.

    O aturdimento humano, na atualidade, inegvel.

    O predomnio dos ttulos de Csar faz-se inexorvel, conspirando contra a positiva alternativa dos valores

    apresentados por Cristo, a respeito de Deus.

    *

    Desertam companheiros das lides edificantes, a cada momento, permutando a simplicidade que d paz pelos

    atavios que embaraam.

    Emocionalmente, a princpio, para depois fisicamente completar a distncia, medra o desinteresse pela f

    renovadora em muitos discpulos honestos e bem intencionados da Doutrina Esprita, vencidos pelos vapores

    txicos da psicosfera negativa onde se vem obrigados a movimentar-se, ha azfama do dia-a-dia.

    Lamentando o tempo, que passa rpido, diversos j

    aprendizes do Evangelho se transferem para os campos das sensaes e emoes mais fortes, perecendo

    extenuados pelo desequilbrio e arrojando-se nos cipoais das speras aflies futuras.

    Ao praticada, retorno difcil posio antiga.

    *

    urgente que faas uma reviso de conceitos e, qui, de atitudes.

    No te fascines pela iluso, nem te atormentes sem necessidade.

    Recupera-te, restaurando a tua paz.

    Do que vale conquistar o mundo e perder-se?

    Cristo e Csar prosseguem em litgio, no foro ntimo de cada ser.

    J conheces os resultados das indues e situaes do mundo com Csar.

    No desperdices a oportunidade de viver o estgio espiritual com Jesus, desde hoje.

    16 INVESTIMENTO NOBRE Aplicas dinheiro na bolsa de valores, em mercado de capitais, em aes, atormentando-te com resultados

    sempre incertos, variveis...

    Investes em ttulos e moedas estrangeiras, em seguros de variada modalidade, pensando nas surpresas da

    sorte...

    Acumulas cdulas, compras metais e pedras preciosas, resguardando-te em posio previdente...

    Adquires imveis e semoventes, contabilizas poupanas, capitalizas juros ante a inflao assustadora que

    comanda os recursos financeiros da atualidade...

    Pensas e selecionas os meios, ouvindo banqueiros e expertos nos assuntos econmicos, quais aquelas mais

    rentveis aplicaes do mercado, no momento...

    Discutes com emoo, apaixonadamente, a respeito da situao e armazenas recursos, acautelando-te...

    Todavia, por maior prudncia e por mais cuidadosa previdncia, os rumos do futuro so imprevisveis.

    As bolsas de aes, os mercados de capitais, os ttulos e moedas, os imveis e os animais, as jias e os seguros

    no oferecem paz a ningum.

    Sofrem abalos, mudam de cmbios e preos, perdem-se, desmoronam...

    Muitos investidores, tomados de pnico, nos jogos e oscilaes de preos, enlouquecem, suicidam-se, matam.

    . .

    *

    E mesmo que tudo transcorra em ritmo de xitos, com resultados felizes para ti e os bens de que te fazes

    mordomo temporrio, a morte chega e tudo fica, mudando de mos.

    *

    Investe no amor.

    Transforma moedas em pes, ttulos financeiros em educao, juros em medicamentos, capitais em amparo s

    vidas que desfalecem, ou que se agitam sob os aoites da violncia e da agressividade.

    Aplica hoje os tesouros que no poders usar amanh, removendo a misria do teu caminho.

    Constri dignidade naqueles que se fazem vtimas da criminalidade e do vcio.

    Usa os teus recursos na recuperao das criaturas e ters tesouros indesgastveis, que se multiplicaro no

    suceder do tempo.

    Cada vida que ampares, desdobrar bnos pelos caminhos do futuro.

  • Nunca te esqueas das criaturas humanas, nos teus tormentosos programas de investimento.

    *

    Bom investidor todo aquele que, logrando saldos positivos no campo terrestre, semeia e aplica nas almas,

    pensando no inefvel amor de Deus, de que Jesus se fez o exemplo perfeito.

    17 TAREFA LIBERTADORA Atm-te com dedicao tarefa que desempenhas.

    So nobres todos os cometimentos que conformam objetivos superiores por meios dignos.

    No importa se exigem maior esforo fsico ou mental, ou se lida nas faixas menos favorecidas da cultura ou

    do destaque social.

    O trabalho dignifica aquele que o executa, ensejando-lhe crescimento.

    O homem a posio mental em que se situa, expressando-se conforme a emoo que anima. *

    Tomas conhecimento dos mdiuns famosos que fulguram nos relatrios ds minuciosas investigaes de

    cientistas respeitveis, e gostarias de haver sido um deles.

    Sabes de notveis paranormais que demonstraram, saciedade, a iniludvel sobrevivncia da vida aos

    despojos cadavricos, e anelarias possuir-lhes os registos psquicos.

    Comovem-te os relatos que envolvem os sensitivos da mais variada gama, que foram testados, reiteradas

    vezes, em memorveis sesses e laboratrios, e desejarias ser como eles.

    No te equivoques, porm.

    Cada criatura est colocada pelo Pai no lugar certo, hora prpria, com um programa importante a atender.

    O aplauso, a considerao pujana das foras paranormais do homem so testes resistncia moral dele, nos

    quais muitos fracassam.

    Embora hoje sejam recordados com respeito, muitos daqueles abnegados instrumentos das mensagens

    espirituais sofreram incompreenses e diatribes, acusaes e imputaes injustas.

    Outros tombaram em armadilhas crueis, preparadas por terceiros ou engendradas pela prpria incria.

    Inumerveis, que hoje so conhecidos e destacados, no so menos sofridos, carregando cruzes invisveis, nas

    quais dilaceram a alma com os olhos postos no futuro libertador.

    *

    No to fcil o triunfo, no mundo.

    A madrugada mais luminosa aps vencidas as sombras.

    Enquanto h caminho a percorrer, no te desalentes nem titubeies.

    Realiza o teu compromisso por menos significante parea, na certeza de que ele ser base para s grandes

    realizaes do fuutro...

    E onde quer que estejas colocado em nome do amor, recorda Jesus, o Mdium de Deus, que no desdenhou

    jamais os pequenos compromissos com a carpintaria de Jos, a fim de culminar nos braos da cruz, em atitude de

    quem nos aguarda, a fim de conduzir-nos nas asas sublimes da ressurreio.

    18 HBITO DA SOLIDARIEDADE Por mais te encontres cansado no te eximas de ser solidrio com algum.

    Talvez o problema do outro, aquele que te procura, seja menor do que o teu.

    Para ele, no entanto, por que se afigura muito grave, assim se faz.

    As tuas experincias de f do-te real dimenso de inmeras ocorrncias, e por isto podes ajudar mais com

    menos desgaste de foras e emoes.

    Quem percorre um trecho de estrada tem condies de apresentar notcias daquele caminho.

    Experincia rota que cada qual dever vencer mesmo que a grande esforo.

    A solidariedade, por isso mesmo, po de emprstimo, de que sempre o doador necessitar.

    Ningum a pode prescindir, por mais que se pretenda isolar do convvio com o seu prximo.

    Na vida de todas as criaturas um momento surge em que a solidariedade se faz imperiosa, como socorro

    salvador.

    *

    Fazer ou deixar de fazer o bem efeito natural da f que se mantm, definindo-lhe a qualidade, cuja

    ao se transforma em hbito, que se incorpora natureza, personalidade de cada um.

    Quem se no acostuma a doar, nunca dispe de oportunidade para auxiliar, encontrando motivos

    injustificveis para recusar-se.

  • Aquele que se aclimata ao trabalho solidrio, sempre dispe de tempo- e recursos para faz-lo.

    Os desocupados e indiferentes esto sempre muito cheios de horas vazias para tentar preencher algum espao,

    por isso no dispem de tempo para nada.

    Vivem extenuados pela inutilidade e pessimismo.

    Apura a tua percepo e verificars que os lamentos demasiados nem sempre decorrem da enfermidade ou do

    problema que se tem, mas da necessidade de chamar a ateno, requerendo apoio e amizade.

    H muita carncia, no mundo, sendo, entretanto, a mais grave e urgente, a de afeto, de interesse humano.

    A questo assume to grave proporo que, no raro, quando algum se preocupa com outrem e d-lhe

    assistncia, os sentimentos de um ou de ambos perturbam-se, dando origem a desvios da fraternidade,

    tombando-se em delquios morais, que mais agravam as circunstncias e as dificuldades.

    Mantm o hbito da solidariedade sem exigncia ou solicitao alguma.

    Ajuda, portanto, sem vinculao servil, a fim de permaneceres livre, no amor e na ao solidria, crescendo

    para Deus ao lado do teu prximo necessitado, necessitados que somos' quase todos, da divina solidariedade.

    19 POSIO CORRETA Ante os irmos portadores de deficincias fsicas, procura manter uma posio mental e social correta. Nem a

    compaixo injustificvel, nem a indiferena fria para com eles.

    O teu irmo limitado aguarda de ti uma oportunidade digna, a fim de exercer a tarefa e cumprir a finalidade

    para as quais se encontra na Terra.

    Da mesma forma como ocorre contigo algum que se recupera de lamentveis equvocos passados.

    As marcas e limitaes que nele percebes no constituem maldio, nem significam motivo de abandono.

    Tambm tu possuis deficincias e limites, qui, mais graves, com a diferena nica de que os teus so

    ocultos e os demais os ignoram.

    Anteriormente, em inmeras civilizaes e culturas, o deficiente fsico, ao nascer, era arrojado morte,

    impiedosamente.

    O homem peregrinava, ento, do instinto para a razo, sem haver-se beneficiado com as ddivas do amor.

    Com Jesus, a bno da solidariedade transformou-se em dever de todas as criaturas umas para com as outras.

    O deficiente fsico , psiquicamente, normal, gente, conforme a linguagem usual, com sentimentos e

    raciocnios que o fazem ver o mundo, porm, atravs da tica de como seja recebido e tratado.

    *

    Se lhe concedes o ensejo de realizar e realizar-se, ele ver o mundo humano e digno, dignificando-se na luta e

    crescendo em jbilo com entusiasmo.

    Se lhe cerceias o passo, negando-lhe ensejo, por preconceito ou inferioridade de tua parte, oferecer-lhe- s a

    viso incorreta da Terra, deixando-o amargurar- se, cair em depresso, alienar-se...

    Excelentes trabalhadores revelam-se os que sofrem deficincias fsicas.

    Aprimoram valores, desenvolvem outras aptides e firmam-se com dedicao nas realizaes a que se

    entregam.

    Seja qual for a limitao fsica do teu prximo, ele se encontra, na Terra, qual ocorre contigo prprio, com o

    objetivo superior de crescer, redimindo-se do ontem e planificando o amanh.

    Honra-o com a concesso do momento, a fim de que possa demonstrar o valor de que dotado.

    Caso estivesses com alguma problemtica dessa natureza, anelarias por oportunidade de trabalho com a qual

    te realizarias.

    No o habitues esmola humilhante, de que ele no necessita.

    Coopera para educ-lo, facultar-lhe uma profisso e contribuir para que ele a exera nobremente.

    Nem todos os deficientes fsicos encontram-se em punio...

    Steinmetz, limitado por tormentosa deformidade, fez-se mestre em pesquisas eltricas, deixandp patentes de

    mais de duzentas invenes...

    Milton, cego e trpego, ofereceu Humanidade o excelente Paraso Perdido, considerado um dos mais

    belos poemas de lngua inglesa.

    Beethoven, surdo, melhor pde compor, legando posteridade a grandiosa Nona Sinfonia, que considerada

    a mais perfeita e bela superando as anteriores.

    Pasteur, vitimado por pertinaz enfermidade, contribuiu, decisivamente, para revelar a vida microbian a . . .

    Limitados, em ministrio de luz, ensinando o homem, forte e sadio, a no se deter sem se apoiar em bengalas

    desculpistas para fugir luta. *

  • Com deficincias ou no de que te vejas objeto, coopera com o teu irmo em luta, laborando com ele, como

    Jesus, ao lado dos padecentes de toda natureza, renovando, libertando espritos e coraes, e encarninhando-os ao

    reino de Deus que, afinal, se encontra dentro de cada um de ns.

    20 INCONFORMISMO E REVOLTA No me conformo! Explodem, revoltados, aqueles que da vida somente esperam vantagens e

    recompensas, quando surpreendidos por acontecimentos que lhes parecem desastrosos e trgicos.

    Deus injusto! Proferem, estentricos, os que se supem credores apenas de receber

    ddivas, embora desassisados, da vda somente retiram lucros e comodidades.

    No mereo isto! Bradam, desatinados, quantos so colhidos pelo que denominam infortnios e

    desgraas, que os desarvoram.

    No creio em mais nada ! Estridulam as pessoas tomadas por insucessos desta ou daquela

    natureza, que afinal, se fossem examinadas com seriedade e reflexo, constituiriam ocasio

    iluminativa, roteiro de felicidade.

    *

    O homem teima em permanecer anestesiado pela iluso, sem dar-se conta, conscientemente, da fragilidade da

    organizao carnal de que se encontra temporariamente revestido.

    Cada um, por isso mesmo, a si se concede privilgios e se faculta mritos que no possui.

    Examinassem melhor a vida, verificariam que as ocorrncias do trivial, que atingem os outros, a eles tambm

    alcanaro, procurando preparar-se para enfrentar com dignidade quaisquer injunes ou dissabores, que so

    igualmente transitrios.

    *

    Prefiro no saber. Informam as pessoas passadistas, quando convidadas ao exame da vida

    menos densa.

    No consigo acreditar. IS Escusam-se as criaturas invitadas ao esclarecimento imortalista, como

    se estivessem indenes ao fenmeno da cessao da vida biolgica.

    Irei aproveitar o meu tempo, gozando. Justificam-se os imediatistas ante qualquer referncia

    meditao, caridade, ao sacrifcio...

    natural que, visitados por acontecimentos no habituais no canhenho das suas convenincias, derrapem no

    inconformismo, no desespero, na alucinao.

    A ao inexorvel do tempo, entretanto, aguarda todos e modela-os, submetendo-os.

    Mesmo quando se pretende fugir da situao a que se vai arrojado, cai-se na realidade da vida, que predomina

    em toda parte.

    *

    Recebe o insucesso como fenmeno normal nos tentames do teu processo evolutivo.

    No te consideres inatingvel.

    Acostuma-te fragilidade do corpo e s necessidades decrescimento como esprito que s.

    Nenhuma dor te alcana sem critrio superior de justia.

    Sofrimento algum no teu campo emocional, que se no acabe, deixando o resultado do seu trnsito.

    Utiliza-te das ocorrncias que trazem dor, para crescer, e no te apresentes inconformado.

    *

    Jesus, que veio Terra exclusivamente para viver e ensinar o amor, sem qualquer culpa, nasceu em modesta

    gruta, passou pelo carreiro de inumerveis injunes e partiu numa cruz, sob apupos e malquerenas, volvendo, no

    entanto, Sol Divino que , em, insupervel madrugada que dura at hoje, para que ningum reclame, nem se

    revolte, nem se inconforme ante as ocorrncias dolorosas do mundo...

    21 COM F E PERSEVERANA Que estes so dias de transio moral e de crescimento espiritual do planeta, no tenhas dvidas.

  • Face circunstncia, no te surpreendas com a paisagem emocional aflitiva que se apresenta entre os homens

    em toda parte.

    Angstia e insatisfao gerando situaes lamentveis, enquanto a violncia e a agressividade produzindo

    loucura e crime.

    No apenas isto. Estados dalma inquitantes dominam larga faixa da Humanidade, como decorrncia de f

    atores scio-econmicos e psicolgicos, que atestam a. precariedade dos valores sobre os quais foi erguido o

    aparente sucesso da inteligncia, ora aplicada nas conquistas externas sem o apoio do sentimento voltado para o

    bem.

    Outrossim, neste momento, mais ostensivo o intercmbio, inconsciente, embora, com os Espritos

    desencarnados e em aturdimento.

    *

    As complexas cargas de informaes negativas, deprimentes, aulam os desajustes de varia espcie, e o

    apressar das horas conclama ao prazer excessivo, em

    detrimento da paz lavrada em base do dever retamente cumprido e do amor superiormente vivido.

    *

    Surgem momentos em que supes no mais poder suportar a situao desesperadora.

    Todos se te parecem adversrios ou se te afiguram ingratos.

    Fazes rpida avaliao das tuas atividades e a colheita se te apresenta de pequena monta ao que consideras um

    grande investimento de tua parte.

    A mente descontrolada nega-se a fixar os ensinos edificantes e a afetividade recusa-te alargar o campo das

    relaes, receando apodos, rejeies, abandonos...

    Tens estado a considerar, apenas, o que prejudicial sem te dares conta de que, insensivelmente, sintonizas

    com aqueles cujo comportamento lamentas, merecendo desconsiderao.

    Em todo processo de crescimento surgem situaes no esperadas, por melhor se programem os

    desdobramentos dos fatores propiciatrios a tal fatalidade.

    *

    Cumpre, porm, no te permitires colheita de azedume nem rescaldo de pessimismo.

    A nau humana no se encontra no oceano do progresso, matroca, rumando para o soobro...

    Jesus comanda o destino da Terra e as soberanas Leis de Deus velam pela destinao gloriosa da Criao.

    Sai da colocao negativa e segue a marcha do amor.

    H emoes de santificao em renncias e sacrifcios conjugados para a felicidade geral.

    Contribui com a tua quota de bondade e de otimismo, acendendo luzes antes que deblaterando nas sombras

    ajudando, ao invs de reivindicares auxlio; esclarecendo, em vez de reclamares contra a ignorncia; desculpando,

    sem excogitares de receber compreenso; edificando o amor nas almas, ao invs de demolires com os camartelos

    do mal-estar e da revolta.

    Tem em mente que, inobstante a noite escura, o Sol prossegue brilhando, sustentando a vida e mantendo o

    equilbrio gravitacional do Sistema, apesar de no ser visto.

    Prossegue, portanto, com f e perseverana.

    22 ABORTO Consequncia natural do instinto de conservao da vida a procriao, traduzindo a sabedoria divina, no que

    tange perpetuao das espcies.

    Mesmo nos animais inferiores a maternidade se expressa como um dos mais vigorosos mecanismos da vida,

    trabalhando para a manuteno da prole.

    Ressalvadas raras excees, o animal dcil, quando reproduz, modifica-se, liberando a ferocidade que jaz

    latente, quando as suas crias se encontram ameaadas.

    O egosmo humano, porm, condescendendo com os preconceitos infelizes, sempre que em desagrado, ergue

    a clava maldita e arroga-se o direito de destruir a vida.

    *

    Por mais se busquem argumentos, em Vs tentativas para justificar-se o aborto, todos eles no escondem os

    estados mrbidos da personalidade humana, a revolta, a vingana, o campo aberto para as licenas morais, sem

    qualquer compromisso ou responsabilidade.

    O absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas decises de interromper a vida do feto, somente

    porque os pais preferem que o filho seja portador de outra e no da sexualidade que exames sofisticados

    conseguem identificar em breve perodo de gestao, entre os povos super-civilizados do planet a. . .

    No h qualquer dvida, quanto aos direitos da mulher sobre o seu corpo, mas, no quanto vida que vige

    na intimidade da sua estrutura orgnica.

    Afinal, o corpo a ningum pertence, ou melhor nada pertence a quem quer que seja, seno Vida.

  • Os movimentos em favor da liberao do aborto, sob a alegao de que o mesmo feito clandestinamente,

    resultam em legalizar-se um crime para que outro equivalente no tenha curso.

    Diz-se que, na clandestinidade, o bito das gestantes que tombam, por imprudncia, em mos incapazes e

    criminosas, muito grande, e quando tal no. ocorre, as consequncias datcnica so dolorosas, gerando sequelas,

    ou dando origem a processos de enfermidades de longo curso.

    A providncia seria, portanto, a do esclarecimento, da orientao e no do infanticdio covarde,

    interrompendo a vida em comeo de algum que nao foi consultado quanto gravidade do tentame e ao seu

    destino.

    Ocorre, porm, na maioria dos casos de aborto, que a expulso do corpo em formao, de forma nenhuma

    interrompe as ligaes Esprito-a-Esprito, entre a futura me e o porvindouro filho.

    Sem entender a ocorrncia, ou percebendo-a, em desespero, o ser espiritual agarra-se s matrizes orgnicas e,

    fora da persistncia psquica, sob frustrao do insucesso termina por lesar a aparelhagem gnital

    da mulher, dando gnese a doenas de etiologia mui complicada, favorecendo os mltiplos processos

    cancergenos.

    Outrossim, em estado de desespero, por sentir-se impedido de completar o ciclo da vida, o Esprito estabelece

    processos de obsesso que se complicam, culminando por alienar-se a mulher de conscincia culpada, formando

    quadros depressivos e outros, em que a loucura e o suicdio tomam-se portas de libertao mentirosa.

    Ningum tem o direito de interromper uma vida humana em formao.

    Diante da terapia para salvar a vida da me, aceitvel a interrupo do processo da vida fetal, em se

    considerando a possibilidade de nova gestao ou o dever para com a vida j estabelecida, face dvida ante a

    vida em. formao...

    Quando qualquer crime seja tomado um comportamento legal, jamais se enquadrar nos processos morais das

    Leis Soberanas que sustentam o Universo em nome de Deus. *

    Diante do aborto em delineamento, procura pensar em termos de amor e o amor te dir qual a melhor atitude

    a tomar em relao ao filhinho em formao, conforme os teus genitores fizeram contigo, permitindo-te renascer.

    23 BRILHE TUA LUZ A movimentao contnua da massa humana causa-te preocupao, se consideras a problemtica espiritual,

    que a todos diz respeito.

    Grande parte se te apresenta carrancuda, sob o extenuar das dores para as quais no se preparou,

    convenientemente, derrapando em violncias contra os outros e contra si mesma.

    Outra expressiva quantidade de criaturas transita distrada, sem dar-se conta das responsabilidades que lhe

    dizem respeito.

    A desinformao em tomo dos valores do Esprito aqueles que so de durao imperecvel , alarmante,

    somando aos conceitos errneos que muitos esposam, em chocante desconsiderao quanto s realidades da Vida.

    Tendo em vista tais situaes, reflete em tomo dos movimentos religiosos que conduzem as massas,

    esvaziadas de sentimento legtimo de f, sem claridades interiores, ficando aturdido.

    Sem dvida, toda emulao edificante, intentando incorporar Jesus ao dia-a-dia dos homens, de alta

    significao. No entanto, a claridade da f deve estar sustentada pelo combustvel dos feitos, sob pena de

    apagar-se de um para outro momento.

    Para lograr-se tal desiderato imprescindvel que haja um suporte da razo que se apoia nos fatos, de que se

    no pode evadir a mente, quando ocorrncias desagradveis ameaam o equilbrio.

    Desacostumados ao raciocnio em matria de f, os homens submetem-se aos cdigos do amor agora, para

    abandon-los mais tarde, crendo, por convenincias passageiras, antes por acomodao de interesses, do que pela

    necessidade de crescimento e renovao.

    *

    So respeitveis as movimentaes exteriores do clima religioso da Terra. Todavia, de vital importncia a

    transformao moral do homem ante a presena da f, na mente e no corao.

    Quem diz crer e no produz para o bem do seu prximo, insensato.

    Se se utiliza da vida e no reparte bnos, torna-se dilapidador da oportunidade.

    Se se enclausura na vaidade da salvao individual, faz-se parasita inconsequente.

    Se impe a sua forma de ser, estribado em presunosas convices, transforma-se em prepotente.

    Somente quando nele brilha a luz do Cristo, exteriorizando em atos o odor da caridade e do amor, que se

    encontra em condies de provar que o caminho da felicidade leva ao prximo, numa viagem para fora, aps

    haver-se penetrado pela busca interior, mediante a introspeco e a prece que ora o sustentam nos cometimentos

    libertadores.

    *

  • No te detenhas, ante os impedimentos massivos. na tarefa de auxlio espiritual.

    Junta a tua a outras candeias que estejam ardendo na noite das aflies, derramando parca luminosidade.

    Vai ao teu prximo e clarifica-o com a mensagem do Cristo, chamando-o ao e responsabilidade.

    No obstante o Evangelho houvesse sido pregado para a aturdida multido, o Mestre no se poupou esforos

    no ministrio de atender e iluminar uma a uma as criaturas que dEle se acercavam.

    Tem confiana irrestrita na Sua governana e faze a tua parte sem precipitao nem pessimismo, no temendo

    a mole humana, nem tombando na marginalizao por indiferena ou timidez.

    Espiritualiza-te, e deixa que a tua luz brilhe confortadora, apontando os rumos da paz para os que seguem

    contigo.

    24 REAO PACFICA Estes so dias de desequilbrio.

    O medo galvaniza os homens.

    A onda dos crimes cresce cada hora. No entanto, a agressividade e a violncia que dominam as preocupaes

    do mundo hodierno, a par das causas de natureza extrnseca, tm, no prprio homem, o caldo de cultura em que se

    desenvolvem, assustadoramente.

    Enquanto os especialistas dos diversos ramos do conhecimento tentam deter os efeitos da violncia, que

    irrompe, voluptuosa, em toda parte, mergulhando o pensamento nos fatores causais scio-econmicos,

    scio-polticos, scio-culturais, psicolgicos e de outras ordens, o egosmo a grande geratriz dos males que

    afligem a Terra.. .

    Em consequncia, o Evangelho de Jesus vivido pelo Espiritismo, em esprito e verdade, o anti-corpo de

    urgncia para a calamidade virulenta que ameaa as estruturas sociais da atualidade.

    *

    No somes ao volume dos desequilbrios vigentes as reaes negativas que traduzam desassossegos internos.

    Estabelece as diretrizes de paz interior, a esforo de prece e sacrifcio, de modo a

    poderes minimizar problemtica afligente.

    Evita o comentrio pernicioso e no difundas a informao mals.

    Apaga o fogo da ira com a gua da resignao.

    Asserena as ansiedades pessoais, impedindo-te o desespero.

    O servidor do Cristo est, na Terra, para o excelente mister de produzir a harmonia entre todos.

    Agredido, no ataca; acossado, no investe contra, porfia; sofrendo, no promove a revolta, vence-a.

    Estncia de paz, toma-se veculo do otimismo, contribuindo valiosamente para a mudana da paisagem em

    agonia da atualidade.

    *

    Harmoniza-te em Jesus e esparze esperana, constituindo-te fortaleza contra o mal, lio viva de confiana,

    lentamente transformando o meio onde te encontras situado, de modo a vencer pela resistncia pacfica a onda de

    provaes necessrias para a Humanidade neste momento de transio histrica.

    *

    O egosmo o inimigo poderoso contra o qual todos devem voltar-se .com disposio de nimo e deciso.

    Insculpindo nalma as bnos da caridade, sero superados todos os fatores perturbantes que afetam o

    homem, e a violncia como a agressividade sero banidas da Terra em definitivo.

    Entrega-te, portanto, a Jesus e nEle confia, no fazendo ao teu prximo, o que no desejares que ele te faa.

    25 PALAVRAS DE ESTMULO A experincia da dor e da soledade, cimentando os compromissos da redeno a benefcio nosso, ddiva de

    Deus, que nos cumpre valorizar sem qualquer amargura.

    No so os que fruem, nem os que se utilizam do corpo para o prazer, os que transitam ditosos.

    Houve tempo em que assim pensando - usufruir at a exausto utilizamo-nos da vida para os atuais

    processos de recuperao afligente...

    Hoje, os teus so os compromissos com o amor silencioso e a ao renovadora de espalhar a mensagem

    esprita quanto te permitam as possibilidades, sem esquecimento das tarefas normais, nas quais tens empenhado a

    existncia.

    Ora e serve, estuda e medita, sem cansao, para servires sem desfalecimento.

    *

    Se a rvore temesse a poda, decretar-se-ia inutilidade prematura...

  • Se os metais evitassem a fornalha, candidatar-se-iam ao aniquilamento pelo desgaste ante a umidade ...

    Se o solo se negasse chuva abundante, terminaria em deserto infeliz...

    sempre a bigorna da aflio trabalhando hoje em dor, a fim de evitar destruio amanh pela dor.

    *

    Aproveita com sabedoria tuas horas e ganha os teus minutos na ao edificante, sem pessimismo nem receio

    de qualquer porte.

    Os espinhos do passado, cravados nas carnes da alma, abrir-se-o em flores de paz, mais tarde.

    Quando a fonte generosa tem os minadouros esgotados, diz-lhe a nuvem passante: Espera!

    Quando o fruto verde estua, fala-lhe o sol amigo: Espera!

    Quando o sofrimento domina, canta-lhe a f: Espera!

    Vem a chuva e a fonte se enriquece; o calor chega e o fruto amadurece; a f arde e o sofrimento pacifica. ..

    Em nossa rea de evoluo tudo segue marcha equivalente.

    Espera!

    Transfere as tristezas da Terra e confia nas alegrias do reino, desde hoje at mais tarde.

    No temas nunca!

    A ss se encontra quem se afasta do amor de Deus e nem assim este se detm em abandono.

    Conserva o otimismo e ajuda os coraes em agonia maior, tu que sabes das agonias silenciosas do corao.

    26 VIOLNCIA E JESUS Diante da agressividade que te vigia, impiedosa, exerce o equilbrio, guardando serenidade.

    Em todos os trmites da vida, Jesus o modelo e guia em quem encontramos a diretriz de segurana.

    Acicatado pel impiedade farisaica, Ele preconizou o amor indistinto.

    Perseguido pela malta irresponsvel, Ele recomendou o perdo.

    Instado a aceitar a justia arbitrria, Ele props a resignao e a humildade.

    Antes, porm, em todos os Seus passos, vemos Sua vida assinalada pela total abnegao, com que

    estabeleceu, na Terra, o primado do Esprito Imortal.

    Quando a fome angustiava a multido, Ele transformou peixes e pes em abundante repasto para todos.

    Quando defrontou a mulher equivocada, que lhe foi trazida para lapidao, Ele ensinou misericrdia.

    Insulado, na soledade, buscou Deus.

    Abandonado pelos comensais do seu afeto, volveu a demonstrar fidelidade ao amor.

    Trado por um amigo, distendeu a Sua magnanimidade como lio de complacncia.

    Nunca receitou a violncia.

    A violncia, nos quadros do Cristianismo, no vige, em pgina alguma.

    Quando hoje, a Terra em aturdimento estertora sob os guantes da agressividade e da violncia, que se

    transformam em lobos ferozes, apavorando os homens, Jesus prossegue o modelo.

    *

    No te deixes engalfinhar na luta da arbitrria justia pelas prprias mos.

    Toda violncia oculta um ser enfermo, que extrapola da sua dor para a agresso infeliz.

    Somente o amor em plenitude e a paz em profundidade podem constituir antdotos eficazes para minimizar a

    fora hiante que avassala o mundo expulsar este adversrio, que se disfara: o egosmo!

    Nenhuma medida existe, a curto prazo, para deter a onda desencadeada pela invigilncia desde h muito.

    A tarefa que te cumpre realizar a da educao das geraes moas pelo exemplo de total dignificao

    humana sob as bnos do Senhor.

    Nenhuma pena capital pode erradicar a paixo ultriz que vige no homem.

    A tomada de atitude arbitrria mais aula a insnia do pervertido, enquanto que a solidariedade, destruindo o

    caldo de cultura crimingena, que fecunda, que enlouquece, o recurso para diminuir e neutralizar a ao do mal

    que se espraia pelo mundo.

    Quem tem Jesus no corao no tomba nas ciladas da impiedade, pois somente lobos caem nas armadilhas

    para lobos.

    No te deixes atemorizar pela onda d desespero, armando-te de violncia para revidar golpe por golpe.

    O cristo se arma de paz e de amor para atender luta que vem sendo desencadeada, concitando

    misericrdia e ao perdo, em qualquer conjuntura anrquica e perturbadora da atualidade.

    S tu quem ama, quem confia e quem realiza a resistncia pacfica, a fim de mudar a paisagem da Terra e

    plantar no corao humano o Triunfador Invencvel da Cruz.

    A violncia sempre sem Jesus. Jesus nunca em clima de violncia.

  • 27 NEM TODOS CONSOLADOS Bem-aventurados os que choram , disse Jesus. Nem todos, porm.

    A ira indmita, quando no logra atingir o alvo contra o qual investe, explode em choro convulsivo.

    A inveja inditosa, irradiando a vibrao deletrica, no se detm, e irrompe em lgrimas abundantes.

    O cime irrefreado, aoitando o corao invigilante, derrama lgrimas ardentes.

    O dio, que se volta virulento contra os que lhe tombam nas ciladas, ferve em lgrimas comburentes.

    As paixes inferiores, preferindo as situaes perniciosas, extrapolam os estados ntimos, exteriorizando-se

    em choro de revolta e azedume com que diminuem a insnia das causas donde se originam... *

    H lgrimas que no traduzem humildade nem esperana.

    Choros que fomentam vinganas ultrizes e engendram males de largo curso.

    Jesus reportou-se, sem dvida, queles que choram sob o aodar das injustias humanas, sem qualquer

    rebeldia;

    queles que sofrem as contingncias afligentes, sem acalentar os sentimentos de vingana;

    aos que expungem os dbitos pretritos, sem desespero ;v

    aos que sentem a alma pungida, e no entanto, transformam a agonia lacrimejante em esperanas estelares;

    aos que, padecendo, no infligem aflies a ningum;

    queles que, perseguidos, jamais se deixam consumir pelo desejo do desforo;

    aos que, esfaimados e sedentos de amor e paz, laboram pela felicidade do prximo...

    .. .Estes sero consolados.

    *

    O choro reao do sentimento, da emoo, nem sempre credor de respeito e solidariedade.

    Por isso, bem-aventurados todos os que choram, tocados pelo esprito do bem e da misericrdia, sofrendo

    para no fazer sofrer, burilando-se sem macerar ningum, porquanto, assim, sero realmente consolados.

    28 SUICIDAS TAMBM Os vapores da ira cultivada perturbam o equilbrio da emoo.

    Os txicos da angstia vitalizada envenenam os centros da harmonia psquica.

    As viciaes mentais ou fsicas mantidas interferem no metabolismo fisiopsicolgico.

    A insatisfao demorada desarticula o ritmo da mquina orgnica.

    A rebeldia sistemtica d gnese a enfermidades complexas.

    A ociosidade responde por inmeros distrbios psquicos.

    A ansiedade contnua leva s alienaes.

    O cime envilece o carter e desconcerta a vida.

    A avareza tisna o discernimento e perturba a organizao fisiolgica.

    Quantos cultivam estes e outros semelhantes vrus perigosos adoecem, avanando, insensatamente, para o

    autocdio total.

    $

    O suicdio, que decorre do gesto alucinado, levando a vtima a perder os contornos da realidade, choca e

    produz comoo geral.

    O suicdio lento, desgastante e fatal, porm, passa despercebido.

    Pululam, na atualidade, em todos os nveis sociais e econmicos, as vtimas da auto-destruio, por equvocos

    morais, excessos fsicos e leviandades espirituais.

    Fumantes inveterados, toxicmanos irresponsveis, alcolatras sistemticos, sexlatras atnitos padecendo

    de estranhas e rudes obsesses, j se encontram a largo trecho da estrada do suicdio infeliz.

    H outras formas de anulamento da vida fsica, a que se entregam inumerveis vtimas inermes.

    .. .No entanto, h tanta beleza e amor convidando vida!

    Acautela-te, nas atitudes e comportamentos sadios, preservando a ddiva do corpo com que a Vida te honra,

    no processo inevitvel da evoluo.

    Ora e medita, anulando as constries negativas de que sejas objeto.

    Ama e serve indistintamente, arrebentando as algemas morais e emocionais que desejem reter os teus

    movimentos nobres.

    .. .E em qualquer situao, segue Jesus, sustentado na f imortalista, guardando a certeza de que tudo quanto

    te acontea ocorre sempre para o teu bem, se te souberes conduzir na difcil circunstncia. Por fim, tem em mente

    que a madrugada colore a treva, suavemente, enquanto a sombra campeia, e que a ressurreio ditosa chegar

    somente aps a passagem pelo tmulo, onde todos despertam para a realidade insofismvel da vida.

  • 29 SOB LIMITES O dia pujante, marcha para o ocaso.

    O ano, de largos dias, no excede um minuto na ampulheta do tempo.

    A existncia fsica, mesmo duradoura, no logra evitar a morte.

    Tudo, na Terra, so limites.

    S a vida em plenitude permanece, mergulhando e liberando-se dos envoltrios transitrios de que se reveste,

    para as transformaes e avanos na fatalidade da perfeio que busca e alcanar.

    *

    Nunca te suponhas indene aos acontecimentos dos processos da evoluo.

    Embrulha-te nos tecidos da humildade e avana, trabalhando sem cansao.

    Conserva o otimismo em tuas realizaes, mesmo quando os cus da tua experincia estejam nublados por

    espessas sombras de dificuldades.

    Quem receia agir no bem, entorpece as resistncias da realizao.

    A prepotncia age para a loucura.

    A presuno atua para o desequilbrio.

    S o amor, calcado no interesse pelo prximo, logra produzir para a Vida.

    Instado a edificar o bem, onde estejas, no postergues a oportunidade.

    No conseguindo o desiderato, evita lamentar o esforo despendido.

    A rosa aromatiza o ar; quantos se inebriam, preferem o aroma. S tu a rosa.

    Todos bendizem o ar balsmico da Natureza que os refrigera e agrada. S tu a brisa abenoada.

    Na ambincia da tranquilidade, todos anelam por fru-la. S tu quem a propicia.

    Melhor ensejar ventura do que goz-la. *

    Recorda Jesus, que tudo investiu em amor, para, mesmo sofrendo, ensinar o homem a ser feliz, no

    ultrapassando os deveres e submetendo-se, Ele, que o nosso apoio s limitaes do mundo, onde, por enquanto,

    nos encontramos a crescer e a evoluir.

    30 INICIAO MEDINICA A mediunidade, como qualquer outra faculdade, exige exerccio, treinamento, dedicao.

    Pelas suas caractersticas de paranormalidade, impe estudo cuidadoso e disciplina correta.

    O conhecimento dos seus mecanismos e o da prpria personalidade daro ao candidato os parmetros para

    melhor aquilatar as manifestaes, o contedo, os resultados.

    O fator moral , igualmente, de relevante importncia pelos efeitos que dele resultam.

    Estando o homem mergulhado num universo de ondas, mentes e vibraes, de Espritos, ele sintoniza

    Conforme a frequncia em que estagia mentalmente, atraindo os afins e repelindo os contrrios.

    No havendo milagres, nem mutaes nos processos anmicos e medinicos, por serem fenmenos naturais, a

    educao das faculdades parafsicas produz-se com o rigor para cuja finalidade se deseje us-los.

    O tempo proporciona, como em qualquer outro cometimento, os resultados que nem sempre se lobrigam nos

    primeiros tentames.

    Pelas delicadas teceduras de que se revestem as foras psquicas, o fenmeno medinico independe do

    sensitivo, que deve estar sempre em condies, porm, na dependncia dos Espritos, sem cujo contributo no se

    produzir.

    O conhecimento da faculdade medinica proporcionar ao homem, melhor comportamento, a fim de produzir

    com eficincia e tranquilidade.

    *

    Se desejas cooperar com os Benfeitores da humanidade, no campo das responsabilidades medinicas, tem

    tento e entrega-te a Deus, resguardando-te na orao, no estudo e na ao da caridade.

    No te apresses em apurar as tuas faculdades medianmicas.

    Aprimora-te, primeiro, nos valores morais, submetendo-te ao caldeamento das paixes inferiores, de modo a

    superar-te.

    Dedica-te ao servio do bem e caridade fraternal, aprendendo boa vontade e submisso.

    Libera-te de caprichos e pequenezes do carter, com que aprenders cooperao e entendimento, tornando-te

    dctil, malevel ao intercmbio espiritual.

  • Prope-te silncio e meditao diante dos fatos e ocorrncias lamentveis, treinando discrio e humildade.

    Busca manter a vida interior e resguarda-te de agredir, sequer por pensamento, favorecendo aos Espritos um

    campo mental tranquilo.

    Cultiva a pacincia, submetendo a presuno, com que te armars de conscincia moral para uma sintoma

    correta com os desencarnados, que os Benfeitores Espirituais, encarregados do teu programa medinico,

    estabelecero para a tua tarefa de redeno.

    *

    Jesus, o Mdium por Excelncia, entregava-se a Deus, sem exigncia nem precipitao, recebendo do Pai as

    diretrizes para o Seu messianato, com que nos vem alando do vale das humanas fraquezas para a montanha da

    sublimao espiritual, que o nosso fanal.

    31 INFLUNCIAS ESPIRITUAIS Creia-se ou no, o intercmbio espiritual sucede, naturalmente, dentro das leis de afinidade que regem a vida.

    Onde o homem estagie o pensamento e situe os valores morais, a ocorrem os mecanismos da sintonia, que

    facultam o intercurso espiritual.

    Afinal, os Espritos so os homens mesmos, desvestidos do invlucro material, prosseguindo conforme as

    prprias conquistas.

    Quando atrasados, perseveram nos estados primeiros do seu processo de evoluo;

    malevos, continuam atados malquerena;

    perversos, permanecem comprazendo-se nas aflies que promovem;

    invejosos, estagiam na paixo desgastante que os intoxica;

    perseguidores, do larga s tendncias selvagens que cultivam;

    odientos, ampliam o crculo em que estertoram, contaminando aqueles que lhes tombam nas armadilhas.

    Assim tambm ocorre com os que vivem a beleza e o amor, fomentam o trabalho e as artes, exercitam

    as virtudes e promovem o progresso, entesourando conquistas relevantes, de que se fazem depositrios, irradiando

    o bem e mimetizando as criaturas que lhes facultam a assistncia benfica.

    *

    No te permitas, desse modo, deslizes morais.

    Instaura o perodo da vigilncia pessoal e vitaliza o dever na mente para exerc-lo nos sentimentos junto ao

    prximo.

    Os que partem da Terra, fortemente imantados aos vcios, retomam vidos, sedentos, ansiosos, tentando

    continuar o infeliz programa, ora interrompido, utilizando-se de ulicos afins que lhes cedam os rgos fsicos...

    Em consequncia, a caravana das vti- mas-inermes, padecendo as rudes obsesses espirituais, muito grande.

    *

    Liberta-te das paixes inferiores, trabalhando as aspiraes e plasmando o futuro mediante a ao correta.

    Muda os clichs mentais viciosos e renova as paisagens ntimas.

    Faze a orao do silncio, reflexionando sobre os reais valores da vida.

    Vincula-te ao amor ao prximo, contribuindo de alguma forma para o bem de algum, para o bem geral.

    Sentindo auladas as tendncias negativas, desperta e reage, no te deixando hipnotizar pelos Espritos

    perturbadores.

    Sintoniza com Jesus, e Ele, o Amigo Incondicional e Libertador, vir em teu socorro, favorecendo-te com a

    paz e a alegria.

    32 NA CONJUNTURA DIFCIL Limitado na paralisia ou algemado dor, medita na urgente necessidade de reformulao de conceitos sobre a

    vida e renova-te.

    Amputado emocionalmente pela perda de um ser querido, que se transferiu para a vida espiritual, re- flexiona

    sobre a transitoriedade do corpo somtico e aprimora-te, interiormente, com os olhos postos no futuro.

    Ferido nos sentimentos profundos pelo aguilho dos desafetos que no supunhas existissem, considera a

    oportunidade para fazeres uma avaliao em tomo do teu comportamento e exercita a pacincia com o perdo das

    ofensas.

    Tombado na armadilha hbil e rude da ingratido de qualquer natureza, verifica o teu estado interior e altera a

    situao deprimente, transferindo-te da amargura para a beneficncia geral.

  • Amarfanhado pelos golpes da e