29
FACULDADE CENTRO MATOGROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO MT MARINA APARECIDA DOS SANTOS SORRISO MT 2016

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

  • Upload
    others

  • View
    7

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

FACULDADE CENTRO – MATOGROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT

MARINA APARECIDA DOS SANTOS

SORRISO – MT

2016

Page 2: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

MARINA APARECIDA DOS SANTOS

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT

Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao Curso de Agronomia da Faculdade Centro Mato-grossense – FACEM, para obtenção do título de Bacharel em Agronomia sob a orientação da Prof. Dr. Eder Novaes Moreira.

SORRISO – MT 2016

Page 3: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

DEDICATÓRIA

À memória de meu Avô Domingos Zanini. Fonte de inspiração e determinação. De tudo que pensei, sobrou o que senti.

Page 4: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

AGRADECIMENTOS

Agradecer é admitir que houve um momento em que se precisou de alguém, é reconhecer que o homem jamais poderá lograr para si o dom de ser autossuficiente. Ninguém, e nada cresce sozinho, sempre é preciso um olhar de apoio, uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de amor.

Agradeço em primeiro lugar a Deus, porque através da fé, do amor e do seu poder infinito, podemos viver e aprender com as maravilhas do mundo.

Aos meus pais Jose e Joceli, minha avó Iracema e meu namorado Douglas, que nunca mediram esforços para eu alcançar meus objetivos, estiveram sempre ao meu lado, sendo meu apoio em todos os momentos, são os meus maiores símbolos de amor, sucesso e perseverança.

Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida que enriquece, nos aperfeiçoa não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.

Aos meus amigos e amigas de faculdade, por todos os momentos que passamos juntos, momentos es0tes que ficaram na memória.

Page 5: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.

Albert Einstein

Page 6: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

RESUMO

O milho é um dos mais importantes cereais cultivados e consumidos em todo

mundo, seja na alimentação humana ou animal, pois possui ampla adaptação a

diversos ambientes, alto potencial produtivo, uma composição química e valor

nutritivo favorável ao seu uso. O nitrogênio é o nutriente mineral mais exigido pelo

milho, podendo ser limitante no desenvolvimento da cultura, sendo necessário o uso

de adubação nitrogenada para complementar a quantidade fornecida pelo solo. O

objetivo deste trabalho foi avaliar três diferentes fontes de nitrogênio aplicado na

base e associando em diferentes estádios feno lógicos da cultura do milho. O

delineamento experimental utilizados em DBC, constituídos de 9 tratamentos mais a

testemunha, sendo realizada com quatro repetição. Os tratamentos consistem em

fontes e épocas distintas para aplicação da adubação nitrogenada. Para a avaliação

dos componentes do rendimento, foram coletadas as duas linhas centrais

descartando um metro cada extremidade do experimento por parcela e feita a

debulha e pesagem das mesmas, porém para avaliação de rendimento da unidade

experimental foi calculado peso de 1000 sementes para cada repetição. Os melhores

resultados em termos de produtividade foram quando utilizamos a ureia toda na

base, e a melhor fonte foi a Solub 45, seguida pela ureia comum.

Palavras-chave: nitrogênio, fertilizante, mineral.

Page 7: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

ABSTRACT

Corn is one of the most important cereals grown and consumed throughout the

world, whether in food or feed, because it has wide adaptation to different

environments, high yield potential, chemical composition and nutritional value

favorable to its use. Nitrogen is the mineral nutrient required by more maize and may

be limiting the development of culture, requiring the use of nitrogen fertilizer to

supplement the amount provided by the soil. The objective of this study was to

evaluate three different sources of nitrogen applied to the base and associating at

different stages logical hay corn. The experimental design used in DBC, made up of

9 treatments over the witness, being held with four repetition. The treatments consist

of sources and different times for nitrogen application. For the assessment of yield

components, the two centerlines discarding one meter each end of the experiment by

plot and made threshing and weigh the same, but for the experimental unit

performance assessment was calculated weight of 1000 seeds for each replicate

were collected. The best results in terms of productivity were when we use all urea

base, and the best source was the Solub 45, followed by the common urea.

Keywords: nitrogen, fertilizer, mineral.

Page 8: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12 1 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 14 1.1 IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MILHO ........................................................ 14 1.2 A IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO NA CULTURA DO MILHO ...................... 14 1.3 CICLOS DO NITROGÊNIO ................................................................................. 15 1.4 PERDAS DO NITROGÊNIO NO SOLO .............................................................. 16 1.5 DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO ......................................................... 16 1.5.1 Ureia Convencional ........................................................................................ 17 1.5.2 Ureia Encapsulada ......................................................................................... 17 1.5.3 Ureia Importada .............................................................................................. 17 1.6 NOVATEC SOLUB 45 ........................................................................................ 18 1.7 DOSES DE NITROGÊNIO .................................................................................. 19 2 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 21 2.1 LOCAL E INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO ................................................... 21 2.2 DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS .................................................................. 22 2.3 DIÂMETROS DO COLMO .................................... Error! Bookmark not defined. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 23 3.1 FONTES DE NITROGÊNIO .................................. Error! Bookmark not defined. 3.2 ÉPOCAS DE APLICAÇÃO ................................... Error! Bookmark not defined. 3.3 DIÂMETRO DO COLMO ....................................... Error! Bookmark not defined. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

Page 9: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia
Page 10: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

12

INTRODUÇÃO

A cultura do milho, pertencente à família das Poaceae e ao gênero Zea,

possuindo grande importância mundial devido os seus grãos serem utilizados para

alimentação animal e humana, produção de espessantes e colantes, produção de

óleos e, recentemente a Europa e os Estados Unidos tem incentivado sua utilização

para a produção de etanol (SILVA et al., 2009), com isso encarecendo o uso desse

cereal para fins alimentícios direto e indiretos.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2012),

na safra 2011/2012 plantou-se cerca de 7,3 milhões de hectares de milho de 2ª

safra, com produção em torno de 34,5 milhões de toneladas, o que representou mais

de 20% da produção total de grãos do Brasil.

Para atender ao crescimento da produção de milho, é necessário aumentar

o consumo de insumos, principalmente os fertilizantes. Nesse contexto, os

fertilizantes nitrogenados desempenham papel fundamental no desenvolvimento

dessa cultura, haja vista que o nitrogênio é um dos nutrientes absorvidos em

maiores quantidades e está relacionado a funções exercidas no metabolismo das

plantas como constituintes de proteínas, ácidos nucléicos e moléculas de clorofila

(EPSTEIN e BLOOM, 2005), fatores estes de maior relevância para incremento da

produção. Por outro lado, esses fertilizantes apresentam elevado custo; isto porque,

na produção do fertilizante nitrogenado existe um alto gasto energético e,

concomitantemente, o Brasil importa 74% do total consumido (ANDA, 2010),

tornando-se altamente dependente do mercado externo.

Ao planejar a adubação do milho, deve-se levar em consideração a fonte, a

quantidade e quando aplicar N (COELHO et al., 2012). Para a cultura do milho, a

extração de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio aumentam linearmente

com o aumento na produção, e a maior exigência do milho refere-se a nitrogênio e

potássio, seguindo-se cálcio, magnésio e fósforo (COELHO e FRANÇA, 1995).

Entretanto, ainda não está totalmente definido qual o melhor manejo da adubação

nitrogenada para a cultura do milho para as diversas condições de cultivo. A

aplicação de N mineral em pré-semeadura na cultura do milho têm sido uma das

alternativas estudadas, pois promove acréscimos no teor de N no solo e na

absorção pelas plantas após o manejo da cultura de cobertura, podendo também

influenciar a taxa de decomposição dos resíduos vegetais (BASSO e CERETTA,

2000). Assim, o manejo da adubação nitrogenada a fim de aumentar sua eficiência,

Page 11: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

13

é fator importante na busca de melhores produtividades, e tem sido a parte mais

desafiante e limitante na produção de milho (SILVA et al., 2005).

O nitrogênio (N) compõe aproximadamente 78% da atmosfera. Entretanto,

os animais e as plantas não podem absorvê-lo diretamente do ar na forma do gás

N2. Geralmente as formas disponíveis ou “combinadas” de nitrogênio para a nutrição

dos seres vivos incluem as combinações amoniacais (NH4+), nítricas (NO3-) ou

orgânicas (R-NH2) que são metabolizadas visando a construção de biomassa.

O objetivo deste trabalho foi avaliar três diferentes fontes de nitrogênio

aplicado na base e associando em diferentes estádios fenológicos da cultura do

milho.

Page 12: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

14

1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MILHO

O milho é um dos mais importantes cereais cultivados e consumidos em

todo mundo, seja na alimentação humana ou animal, pois possui ampla adaptação a

diversos ambientes, alto potencial produtivo, uma composição química e valor

nutritivo favoráveis ao seu uso. Devido a todas essas características esse cereal

pode ser utilizado “in natura” ou como matéria prima para a indústria, para a

produção de amido, óleo, farinha, glicose, produtos químicos e rações animais

(PINAZZA, 1993).

A composição média do grão de milho, com base em seu peso seco é de

73% amido, 10% proteína, 4,0% a 4,8% lipídios, 15% água, além de açúcares,

fibras, minerais e vitaminas conforme relata Mundstock e Bredemeier (2006). Por

possuir esta constituição esse cereal pode ser utilizado no preparo de mais de 600

derivados, para consumo humano e animal, participando como matéria prima, de

complexos industriais diversificados (PINAZZA, 1993).

A cultura do milho de 2ª safra (milho safrinha) tem expressiva participação

na produção de grãos e fundamental importância no agronegócio brasileiro. A partir

da década de 90, esse cultivo expandiu-se de forma considerável em vários Estados

do Brasil, principalmente no Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São

Paulo e Bahia.

1.2 A IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO NA CULTURA DO MILHO

Dentre as praticas de adubação a adubação nitrogenada é a mais

importante, segundo Meira et al. (2009), o nitrogênio é o nutriente mineral mais

exigido pelo milho, podendo ser limitante no desenvolvimento da cultura, sendo

necessário o uso de adubação nitrogenada para complementar a quantidade

fornecida pelo solo.

De acordo com Farinelli & Lemos (2010), o nitrogênio é um nutriente que

atua no desenvolvimento vegetativo, influenciando diretamente a divisão e expansão

celular e o processo fotossintético da planta. Cardoso et al. (2011) afirmam que as

plantas de milho apresentam maior demanda de nitrogênio a partir do estádio V4-V5

da cultura, pois esta é a fase que inicia o processo de diferenciação floral, definindo

Page 13: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

15

o potencial de produção, se não houver o suprimento de nitrogênio nesse período

pode haver um menor desenvolvimento da cultura.

Para que ocorra o suprimento da adubação alguns produtos são utilizados, a

ureia é o principal, pois é a fonte de nitrogênio mais utilizada no Brasil, apresenta

alta concentração de nitrogênio (44% de N na forma de amina) e menor preço por

unidade de N, porém apresenta perdas por volatilização de NH3 e perdas por

lixiviação (CIVARDI, et al., 2011; SILVA et al., 2012). O sulfato de amônio apresenta

21% de N na forma amoniacal, é bastante solúvel acelerando o processo de perdas

(CABEZAS & SOUZA, 2008).

Resultados de experimentos conduzidos no Brasil, sob diversas condições de

solo, clima e sistemas de cultivo, mostram resposta generalizada do milho à

adubação nitrogenada (GROVE et al., 1980; CANTARELLA & RAIJ, 1986; FRANCA

et al., 1986; COELHO et al., 1992). Esses autores mostram que, em geral, de 70 a

90% dos ensaios de adubação com milho realizado a campo no Brasil respondem à

aplicação de nitrogênio.

1.3 CICLOS DO NITROGÊNIO

As plantas requerem certo número de elementos além daqueles que obtêm

diretamente da atmosfera (carbono e oxigênio sob a forma de dióxido de carbono) e

da água do solo (hidrogênio e oxigênio). Todos estes elementos, com exceção de

um, provêm da desintegração das rochas e são captados pelas plantas a partir do

solo. A exceção é o nitrogênio, que representa 78% da atmosfera terrestre.

A maioria dos seres vivos é incapaz de utilizar o nitrogênio atmosférico para

sintetizar proteínas e outras substâncias orgânicas. Ao contrário do carbono e do

oxigênio, o nitrogênio é muito pouco reativo do ponto de vista químico, e apenas

certas bactérias e algas azuis possuem a capacidade altamente especializada de

assimilar o nitrogênio da atmosfera e convertê-lo numa forma que pode ser usada

pelas células. A deficiência de nitrogênio utilizável constitui muitas vezes, o principal

fator limitante do crescimento vegetal.

As principais formas de nitrogênio disponíveis para as plantas são amônio

(NH4+) e nitrato (NO3-), sendo absorvido e exportado em grandes quantidades

pelas culturas, atuando através da clorofila diretamente no processo de fotossíntese

(COELHO et. al., 1995).

Page 14: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

16

1.4 PERDAS DO NITROGÊNIO NO SOLO

A perda do nitrogênio pode ocorrer quando o solo apresenta pH alcalino,

baixa capacidade de troca de cátions, baixa capacidade tampão do hidrogênio, alta

temperatura, baixa umidade e altas doses de nitrogênio, ou através da ação

conjunta de dois ou mais desses fatores (OLIVEIRA; BALBINO,1995).

Isso em parte ocorre por meio dos processos de lixiviação do nitrato,

volatilização da amônia, desnitrificação e erosão do solo. A lixiviação é o movimento

dos nitratos com a água do solo. É considerada de grande importância no Cerrado,

principalmente em áreas onde ocorrem grandes volumes de chuva e solos bem

drenados, porque com o solo úmido a nitrificação torna-se rápida, transformando

adubos nitrogenados aplicados ao solo, na forma de amônio (NH4+, forma catiônica

e facilmente retida pelas cartas negativas do solo) para a forma NO3-, propenso a

lixiviação (SOUSA; LOBATO, 2004). Alcarde et al. (1998) e Lopes e Guilherme

(2000) citam que a lixiviação é considerada a perda de nutrientes pela lavagem do

solo no sentido vertical e estão sujeitos a esse tipo de perda os fertilizantes solúveis

em água e aqueles carreadores de ânions (íons negativos, NO3 - por exemplo) que

não são ou são fracamente adsorvidos nas camadas superficiais do solo, onde

predominam cargas negativas. Rosolem et al. (2003) concluiram que o aumento da

mineralização e a nitrificação, através da calagem, disponibiliza nitrogênio às plantas

e aumenta a lixiviação de nitrato no perfil do solo, independente do modo de

aplicação do corretivo, sendo o estudo feito em casa de vegetação e com

algodoeiro.

1.5 DIFERENTES FONTES DE NITROGÊNIO

O nitrogênio é o nutriente que mais limita a produtividade agrícola e a

relação custo/benefício de interesse do agricultor, podendo também provocar

prejuízos ao ambiente pelo elevado custo energético de produção das fontes

nitrogenadas (VITTI et al., 1999). Estimativas realizadas indicam que os fertilizantes

nitrogenados são responsáveis por 80% dos custos com fertilizantes e 30% de toda

energia empregada na produção agrícola (STANGEL, 1984).

Page 15: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

17

1.5.1 Ureia Convencional

A volatilização de nitrogênio amoniacal (N-NH3), originado de fontes de N

amídico (uréia), resulta da alcalinização da solução próxima ao grânulo durante sua

hidrólise, catalisada pela enzima urease pela formação de íons bicarbonato (HCO3-)

e hidroxila (OH-). A elevação do pH da solução do solo poderá alcançar valores

iguais a 10 (Nömmik & Nilsson, 1963), favorecendo a transformação de N-NH4+ em

N-NH3 e a perda na forma de gás para a atmosfera.

A recuperação pelas plantas do nitrogênio fornecido por fertilizantes é

inferior a 50% em relação à quantidade aplicada (RAO et al., 1992), sendo a

volatilização um importante processo responsável pela baixa eficiência. As perdas

de N-NH3, quando a uréia é aplicada ao solo, pode representar 50 a 80 % do total

de nitrogênio aplicado (VOLK, 1959; ALLISON, 1965), cujo efeito é aumentado em

plantio direto e em áreas canavieiras com colheita de cana crua (WOOD, 1991;

OLIVEIRA et al., 1997; LARA CABEZAS, 1998).

1.5.2 Ureia Encapsulada

Para minimizar as perdas com a utilização de fertilizantes mais solúveis

como a uréia e o sulfato de amônio, algumas estratégias estão surgindo no

mercado, que é a utilização de fertilizantes nitrogenados com liberação controlada,

segundo Cantarella (2007), com utilização desses fertilizantes a disponibilidade para

as plantas é gradativa, pois esses apresentam uma camada de proteção que diminui

as perdas por volatilização e lixiviação. Uma alternativa para a utilização de adubos

nitrogenados de liberação lenta é a utilização do sulfammo, que é um adubo com

22% de nitrogênio, sendo 19% na forma amidica e o restante na forma amoniacal,

uma dupla membrana de revestimento do tipo organo-mineral interferem na

liberação deste fertilizante.

1.5.3 Ureia Importada

A ureia importada tem como nome comercial: YaraBela™ Nitromag™ e

contem: 27% Nitrogênio Total (N) – sendo que 13,5% N-Nítrico e 13,5% N-

Amoniacal 4%Cálcio(Ca) 2% Magnésio (Mg).

Page 16: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

18

O produto é uma fonte balanceada de nitrogênio, com proporções de nitrato

e amônio que maximizam a fertilidade do solo e o desenvolvimento e rendimento

das culturas. Essa combinação entre as formas de nitrogênio proporciona uma

disponibilidade imediata de N-nítrico e um suprimento prolongado de amônio para o

desenvolvimento sustentado das plantas.

O cálcio e o magnésio são provenientes de um pó muito fino de dolomita

(carbonato de cálcio e magnésio), sendo a disponibilidade desses nutrientes gradual

ao longo do tempo, garantindo um suprimento prolongado.

O YaraBela é uma combinação única de nitrogênio nítrico e amoniacal,

cálcio e magnésio. Seu nitrogênio não volatiliza, permitindo a aplicação nos períodos

de demanda das plantas, em qualquer situação climática e de umidade do solo. Esta

combinação proporciona uma disponibilidade imediata e prolongada de nitrogênio,

resultando em plantas melhor nutridas. O produto apresenta baixo potencial de

acidificação do solo comparado a outros fertilizantes nitrogenados, como ureia e

sulfato de amônio.

Outro benefício do YaraBela é o rendimento operacional da aplicação,

ocasionado pela maior densidade e tamanho dos grânulos que possibilitam um

aumento da largura útil de aplicação e um menor número de “passadas” para a

adubação na lavoura.

“O produto é um fertilizante granulado com agente anticompactante de fácil,

uniforme e otimizada aplicação, que não volatiliza, proporcionando assim uma

melhor relação custo-benefício ao agricultor nas lavouras de milho e trigo”, afirma

Sadi Heinen, gerente Comercial Sul da Yara.

1.6 NOVATEC SOLUB 45

A linha Novatec® Solub incorpora a avançada tecnologia NET (nitrogen

efficient technology) para a estabilização do Nitrogênio no solo e fertirrigação. Esta

tecnologia, exclusiva da COMPO EXPERT, se baseia na inibição da conversão do

amônio em nitrato, que consequentemente melhora a eficiência da adubação

nitrogenada e diminui suas perdas. Tudo isso proporciona incrementos qualitativos e

quantitativos na produção. A inibição da nitrificação é feita pela inibição das

bactérias nitrossomonas do solo, que são responsáveis pela conversão do N-

amoniacal em N-nítrico. Isso faz com que o nitrogênio não passe a forma de nitrato,

e permaneça na forma de amônio, o que diminui as perdas de nitrogênio por

Page 17: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

19

lixiviação e aumentam a eficiência de absorção desse nutriente pelas plantas. O N-

amoniacal é retido no solo pelo complexo argilo-húmico, enquanto o N-nítrico é mais

solúvel e facilmente lavável, conseguindo desta maneira maior disponibilidade do

Nitrogênio para as culturas.

1.7 DOSES DE NITROGÊNIO

Deve se ter cautela para recomendar a dose de N a ser utilizada, haja vista

que se subestimada, ocorrerá a redução da produtividade e, quando superestimada,

diminuem a rentabilidade do produtor pelo gasto desnecessário com fertilizantes,

além de afetar o meio ambiente, em consequência das perdas de N em decorrência

do excesso disponível (ARGENTA et al. 2003).

Do ponto de vista econômico e ambiental, a dose de N a ser aplicada, é a

decisão mais importante no manejo de fertilizantes. Nessa recomendação deve se

levar em consideração às condições edafoclimáticas, sistema de cultivo (sistema

plantio direto ou convencional), época de semeadura, responsividade do material

genético, rotação de culturas, época e modo de aplicação, fontes de N, aspectos

econômicos e operacionais (BOBATO, 2006).

Esses fatores afetam a resposta do milho ao N de modo que as curvas de

rendimento podem variar bastante entre diferentes locais, assim como em solos

férteis com elevado teor de N orgânico no solo, consequentemente, adubações

nitrogenadas podem não ter efeito ou mesmo diminuir a produção (BELOW, 2002).

De acordo com Bull (1993) e Yamada (1996), o uso de 30-40 kg/ha de N na

semeadura e 80-140 kg/ha de N em cobertura no estádio V4, pode proporcionar

produtividades de 9000-12000 kg/ha de grãos de milho, caso nenhum efeito

negativo ocorra para a cultura.

Segundo Malhi et al. (2001) é necessário ter cautela na recomendação da

dose, pois a recuperação do N dos fertilizantes, pelas plantas, é relativamente baixa,

alcançando em muitos casos menos que 50%. Coelho et al. (1991) utilizando 60

kg/ha de N obtiveram recuperação de 60% do N aplicado como uréia na cultura do

milho. No entanto, quando as doses de N são maiores, a recuperação do N tende a

diminuir relativamente, como observado por Grove et al. (1980), que obtiveram 36%

e 40% de recuperação do N, aplicado na cultura do milho, na forma de ureia nas

doses de 120 e 140 kg/ ha de N, respectivamente.

Page 18: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

20

A baixa eficiência de recuperação do N do fertilizante tem sido atribuída,

principalmente por volatilização, desnitrificação (LARA CABEZAS et al., 1997) e

lixiviação. As perdas do fertilizante N por desnitrificação têm sido estimadas em

menos de 10% na cultura do milho (HILTON et al., 1994), por lixiviação foi de

apenas 4% do aplicado (COELHO et al., 1991) e por volatilização constata-se

perdas que variam de 31% a 78% do total de N aplicado (LARA CABEZAS et al.,

1997).

Page 19: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

21

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCAL E INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido na Fundação Mato Grosso localizada na BR

163 Km 765 sentido Sinop no município de Sorriso,estado do Mato Grosso/centro

norte, situada nas coordenadas geométricas:latitude: 12º 26’ 33,12” S, Longitude

055º 39’ 30,44” W e altitude: 384 metros.

A semeadura foi realizada no dia 10 de dezembro de 2013, em sistema de

plantio direto sobre a resteva de milheto.

Foi utilizado um adubo N P K, cuja formulação era 04-24-12 no sulco de

plantio e uma dose de 485 Kg/há. A semente foi tratada com Standak Top na

dosagem de 100ml/100kg/ sementes. Foi aplicado 2L/há de Glifosato, para

dessecação de restos culturais existentes na área de plantio. A semeadora utilizada

foi uma Jumil ar 7 linhas com espaçamento de 45 cm número da semeadora 2890.

O delineamento experimental utilizados em DBC (delineamento de blocos

casualizados) constituídos de 9 tratamentos mais a testemunha, sendo realizada

com quatro repetição. Os tratamentos consistem em , fontes e épocas distintas para

aplicação da adubação nitrogenada. Será semeada a cultivar 30F53YH Pioneer, é

um material precoce, tem um potencial produtivo bom, população de plantas é de

52-57 mil plantas por hectar, 3 programas de fertilizantes mais testemunha,

objetivando estágios vegetativo da planta e diferentes formulações de nutrientes

nitrogenados.

Para a avaliação dos componentes do rendimento, foram coletados as duas

linhas centrais descartando um metro cada extremidade do experimento por parcela

e feita a debulha e pesagem das mesmas, porém para avaliação de rendimento da

unidade experimental foi calculado peso de 1000 sementes para cada repetição.

Page 20: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

22

2.2 DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS

Os tratamentos consistiram na aplicação de Ureia revestida com polímeros

(figura A), Uréia convencional (figura B) e Solub 45 (figura C). As três fontes de

nitrogênio foram testadas em três épocas de aplicação: Base, Base+ V4,

Base+V4+V8.

(A) (B) (C)

Figura 1- Uréia revestida com polímero(A), Uréia convencional (B) e Solub 45 (C). Fonte: Foto tomada pela autora

A dosagem recomendada foi de 100 pontos. Os fertilizantes foram aplicados

manualmente em faixa e sem incorporação imitando aplicação a lanço nas seguintes

épocas: base, base + V4, base + V4+ V8, quando estas apresentam quatro folhas

totalmente expandidas (estádio fonológico V4), quando estas apresentaram oito

folhas totalmente expandidas (estádio fonológico V8).

Page 21: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

23

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve diferença significativa na produtividade de grãos, entre os

tratamentos nas diferentes épocas de aplicação. Nos tratamentos com dosagens de

100 pontos na base, o correspondente ao uso de Ureia convencional apresentou

diferença significativa na produção de grãos de milho, comparado ao tratamento

com Ureia Importada, que teve o menor rendimento. O parcelamento em três épocas

diferentes também foi significativo onde ocorreu a seguinte situação: quanto mais

parceladas eram as aplicações menor foi a produtividade.

Casagrande e Fornasieri Filho(2002) verificaram que a aplicação de todo o N

(uréia) na semeadura, até a dose de 90 kg ha, não diferiu da colocação desta dose

no estádio de cinco a seis folhas nos componentes de produção massa de mil grãos,

índice de colheita, altura das plantas e espigas, número de fileiras de grãos por

espiga e número de grãos e na produtividade de grãos. Resultados concordantes

com os de Yamada (1995), que afirmou ser possível a aplicação de uma quantidade

maior de N na semeadura, e com os de Coelho et al. (1991), que afirmaram que o

fornecimento de N pode ser feito numa única aplicação em cobertura, para doses de

até 100 kg de N ha-1, em solos argilosos.

Segundo Yamada (1996), o nitrogênio aplicado ao solo é retido primeiro

pelos microrganismos do solo, assim, há um intervalo de tempo, que podendo

chegar a 3 semanas, entre a aplicação de N e a sua liberação pelos microrganismos

na solução do solo, o que poderia ocasionar um déficit de N no período de maior

necessidade de absorção de N pela planta, principalmente quando se faz coberturas

nitrogenadas tardias ou se aplica pouco nitrogênio na semeadura.

Tradicionalmente, a complementação da adubação nitrogenada, na cultura

do milho, é feita através de aplicações de cobertura, onde a época de aplicação é

estabelecida, normalmente, levando-se em consideração aspectos operacionais e

climáticos (CERETTA, 1997). A recomendação de se aplicar 1/3 da dose de N no

plantio e 2/3 em uma ou duas aplicações de cobertura, quando as plantas estiverem

com 40 a 60 cm de altura. Ou então, com base nos estádios fenológicos da cultura,

ou seja, quando as plantas estiverem com 4 a 8 folhas (FANCELLI & DOURADO

NETO, 1996) ou com 6 a 8 folhas totalmente desdobradas (VITTI & FAVARIN, 1997,

citados por CERETTA, 1997).

O primeiro ponto a ser considerado é que a ausência de revolvimento do

solo, no plantio direto, aumenta significativamente a quantidade de matéria orgânica,

Page 22: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

24

principalmente porque as taxas de decomposição são menores que no sistema

convencional (SÁ, 1996). Além disso, principalmente nos primeiros anos após a

implantação do plantio direto, a atividade microbiana do solo cresce

significativamente e se a cultura de inverno for uma gramínea (antecessora ao

milho), a relação C/N do sistema aumenta, fazendo com que haja uma redução na

quantidade das formas de nitrogênio prontamente disponíveis para a planta. Essa é

a principal razão pela qual vários autores têm avaliado a antecipação da adubação

de cobertura e até mesmo a aplicação em pré-semeadura, como é o caso dos

trabalhos de SÁ (1995), CERETTA & FRIES (1998), BASSO (1999) e

PAULETTI(1999).

A alternativa de se aplicar o N em pré-semeadura do milho tem despertado

grande interesse porque, além de evitar a imobilização temporária do N do

fertilizante, apresenta algumas vantagens operacionais, como maior flexibilidade no

período de execução da adubação, racionalização do uso das máquinas e mão-de-

obra e redução do custo de aplicação (CERETTA, 1997).

Tabela 1 - Média gerais de produtividade dos tratamentos

Tratamentos Médias

T7 Solub 45 ba 118,83 a T1 Uréia comum base 117,06 a T8 Solub 45 base + V4 98,00 b T4 Uréia Importada base 97,43 b T2 Uréia comum base + V4 91,07 b T9 Solub 45 base + V4 + V8 77,12 c T3 Uréia comum base + V4 + V8 75,56 cd T5 Uréia Impirtada base +V4 73,52 cd T6 Uréia Importada base + V4 + V8 69,09 d T10 Testemunha 54,16 e

Média QMRes C.V

87,18 6,60 2,95

Médias seguidas pelos mesmas letras na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de

tukey, a 5% de probabilidade.

O recobrimento de fertilizantes com polímeros, por ter custo mais elevado,

deve proporcionar diminuição das perdas e o prolongamento do tempo de

disponibilidade de nutrientes as plantas, para que possíveis redução de doses

possam ser efetuadas, tornando o fertilizante economicamente viável. Isso serve

tanto para a Ureia Importada quanto para a Ureia Solub 45, isso não inclui na Ureia

Page 23: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

25

convencional, mas que teve um melhor resultado, comparada com as outras duas

recobertas com polímeros tanto para volatilização quanto lixiviação.

A aplicação de Ureia revestida (UR) com polímero ou Ureia Importada, não

reduziu significativamente as perdas de amônia por volatilização, e os teores de

amônia e nitrato no solo, correspondendo assim em baixa produtividade entre os

tratamentos testados.

Page 24: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

26

CONCLUSÃO

A produtividade de grãos de milho teve um aumento significativo quando a

adubação nitrogenada foi realizada apenas na base, diminuindo gradativamente

quando parcelada. A melhor fonte de nitrogênio utilizada foi a Ureia Solub 45,

seguida pela ureia comum.

Page 25: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

27

REFERÊNCIAS

ALCARDE, J. C.; GUIDOLIN, J. A.; LOPES, A. S. Os adubos e a eficiência das adubações. Boletim Técnico, 3 ed. São Paulo: ANDA, 1998. ARGENTA, G.; SILVA, P.R.F.; FOSTHOFER, E.L.; STRIEDER, M.L.; SUHRE, E.; TEICHMANN, L.L. Adubação nitrogenada em milho pelo monitoramento do nível de nitrogênio na planta por meio do clorofilômetro. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.27, p.109-119, 2003. BASSO, C. J.; CERETTA, C. A. Manejo do nitrogênio no milho em sucessão a plantas de cobertura de solo, sob plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 24, p.905-915, 2000. BELOW, F.E. Fisiologia, nutrição e adubarão nitrogenada do milho. Piracicaba: Potafós, p. 7-12, 2002. (Informações Agronômicas, 99). BOBATO, A. Índice nutricional do nitrogenio: uma ferramenta para o diagnostico do estado nutricional da cultura do milho. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2006. 76f. BÜLL, L.T. Nutrição mineral do milho. In: BULL, L.T.; CANTARELLA, H. (eds) Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POFAFOS, 1993. p. 63-145. CANTARELLA, H. Nitrogênio. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (Ed.) Fertilidade do solo. 2. ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciencia do Solo, 2007. p.375-470. CARDOSO, S. M.; SORATTO, R. P.; SILVA, A. H.; MENDONÇA, C. G. Fontes e parcelamento do nitrogênio em cobertura, na cultura do milho sobre plantio direto. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v.6, p.23-28, 2011 CASAGRANDE, J. R. R.; FORNASIERI FILHO, D. Adubação nitrogenada na cultura do milho safrinha. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, n. 1, p. 33-40, 2002 CIVARDI, E. A.; SILVEIRA NETO, A. N.; RAGAGNIN, V. A.; GODOY, E. R.; BROD, E. Uréia de liberação lenta aplicada superficialmente e ureia comum incorporada ao solo no rendimento do milho. Revista Agropecuária tropical, v.41, p.52-59, 2011. COELHO, A. M.; FRANCA, G. E. Seja o doutor do seu milho: nutrição e adubação. Informações Agronômicas, Piracicaba, n.71, set. 1995. Arquivo do Agronômico, Piracicaba, n. 2, p.1-9, 1995. Encarte. COELHO, A. M.; FRANÇA, G.E.; BAHIA FILHO, A.F.C.; GUEDES, G.A.A. Balanço de nitrogênio (15N) em um Latossolo Vermelho-Escuro, sob vegetação de Cerrado, cultivado com milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.15, n.2, p.187-193, 1991. COELHO, A. M.; FRANCA, G. E.; PITTA, G. V. E.; ALVES, V. M. C.; HERNANI, L. C. Nutrição e adubação da cultura do milho. Sistemas de produção: EMBRAPA: Milho e

Page 26: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

28

Sorgo. Versao Eletronica, 5 ed. set. 2009. Disponivel em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/feraduba.htm>. Acesso em: 23 de Março de 2012. DIBB, DAVID W., ROBERTS, TERRY L., WELCH, ROSS M. Da quantidade para a qualidade – a importância dos fertilizantes na nutrição humana. Informações agronômicas POTAFOS. Número 111. Piracicaba – SP 2005. EMBRAPA: Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho. (Circular técnica 96), Sete Lagoas- MG, 2007, 11p. FANCELLI, A.L.; DOURADO NETTO, D. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 2000.360p. FARINELLI, R.; LEMOS, L. B. Produtividade e eficiência agronômica do milho em função da adubação nitrogenada e manejos do solo. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.9, p.135- 146, 2010. GROVE, L.T.; RICHET, K.D.; MADERMAN, G.C. Nitrogen fertilization of maize on oxisol of the cerrado of Brazil. Agronomy Journal, v.27, p.261-265, 1980. LARA CABEZAS, W.A.R. Comportamento dos adubos nitrogenados em clima e solo de Cerrado. R. Plantio Direto, maio/junho: 52-60, 1998. LARA CABEZAS, W.A.R.L.; KORNDORFER, G.H.; MOTTA, S.A. Volatilização de N-NH3 na cultura de milho: I. Efeito da irrigação e substituição parcial da uréia por sulfato de amônio. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.21, n.3, p.481-487, 1997. LOPES, A. S.; GUILHERME, L. R. G. Uso eficiente de fertilizantes e corretivos agrícolas: aspectos agronômicos. Boletim Técnico, 4. 3 ed. São Paulo: ANDA, 2000. 72 p. MALAVOLTA, E. O futuro da nutrição de plantas tendo em vista aspectos agronômicos, econômicos e ambientais. Informações Agronômicas IPNI. Nº 121. Piracicaba – SP. 2008. MALAVOLTA, E. Potássio - absorção, transporte e redistribuição na planta. Informações Agronômicas POTAFOS. Nº 108. Piracicaba – SP. 2004. MALHI, S.S.; GRANT, C.A.; JOHNSTON, A.M.; GILL, K.S. Nitrogen fertilization management for no-till cereal production in the Canadian Great Plains: a review. Soil and Tillage Research, v.60, n.3/4, p.101-122, 2001. MEIRA, F. A.; BUZETTI, S.; ANDREOTTI, M.; ARF, O.; SÁ, M. C.; ANDRADE, J. A. C. Fontes e épocas de aplicação do nitrogênio na cultura do milho irrigado. Semina: Ciências agrárias, v.30, p.275-284, 2009. MOTTA, ANTÔNIO CARLOS VARGAS, SERRAT, BEATRIZ MONTE, REISSMANN, CARLOS BRUNO. Micronutrientes no solo e na planta. Edição do autor. Curitiba – Pr, 2007. MUNDSTOCK, C. M.; BREDEMEIER, C. Qualidade de grãos de milho. Porto

Page 27: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

29

Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2006. 112 p. NAHASS, SAMIR, SEVERINO, JOAQUIM. Calcário agrícola no Brasil. CETEM/MCT. Rio de Janeiro, 2003. ISSN 0103-6319. NÖMMIK, H. & NILSSON, K.O. Nitrification and movement of anhydrous ammonia in soil. Acta Agric. Scand., 13:205-219, 1963. OLIVEIRA, E. F. de; BALBINO, L. C. Efeitos de fontes e doses de nitrogênio aplicado em cobertura nas culturas de trigo, milho e algodão. In: OLIVEIRA, E. F. de; BALBINO, L. C. Resultados de pesquisa, 1/95. Cascavel: OCEPAR, 1995. 48 p. PINAZZA, L. A. Perspectivas da cultura do milho e do sorgo no Brasil. In: BÜLL, L. T.; CANTARELLA, H. Cultura do Milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFOS, 1993. p. 1 – 10. RAO, A.C.S.; SMITH, J.L.; PARR, J.F. & PAPENDICK, R.I. Considerations in estimating nitrogen recovery efficiency by the difference and isotopic dilution methods. Fer.Res., 33:209-217, 1992. ROSOLEM, C. A.; FOLONI, J. S. S.; OLIVEIRA, R. H. de. Dinâmica do nitrogênio no solo em razão da calagem e adubação nitrogenada, com palha na superfície. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.38, n.2, p. 301-309, 2003. SILVA, E. C.; FERREIRA, S. M.; SILVA, G. P.; ASSIS, R. L.; GUIMARÃES, G L. Épocas e formas de aplicação de nitrogênio no milho sob plantio direto em solo de cerrado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.29, n.5, p.725-733, 2005. SOUSA, D. M. G. de; LOBATO, E. Adubação com nitrogênio. In: SOUSA, D. M. G. de; LOBATO, E. Cerrado: correção do solo e adubação. 2. ed. Brasília: Embrapa informação tecnológica, 2004. 416 p. p. 129-145 STANGEL, P.J. World nitrogen situation, trends, outlook, and requirements. In: HANCK, R.D., ed. Nitrogen in crop production. Madison, American Society Agronomy, 1984. p.23-54. VITTI, G.C.; FAVARIN, J.L.; RESENDE, L.O.; & TREVISAN, W. Manejo do nitrogênio em diversos sistemas de produção agrícola. Piracicaba, Serrana/FEALQ/GAPE, 1999. 38p. VOLK, G.M. Volatile loss of ammonia following surface application of urea to turf on base soils. Agron. J., 51:746- 749, 1959. WOOD, A.W. Management of crop following green harvesting of sugarcane in North Queensland. Soil & Till. Res., 20:69-85, 1991. YAMADA, T. Adubação nitrogenada do milho. Quanto, como e quando aplicar? Informações Agronômicas, Piracicaba: Potafos, n.74, p.1-5, 1996. YAMADA, T. Adubação nitrogenada do milho: como melhorar a eficiência? Informações Agronômicas, Piracicaba, n. 71, p. 1-9, 1995.

Page 28: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

30

Page 29: ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays …€¦ · ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.) EM PLANTIO DIRETO NA REGIÃO DE SORRISO – MT Monografia

31