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7/24/2019 Aconselhamento Redentivo http://slidepdf.com/reader/full/aconselhamento-redentivo 1/129 ACONSELHAMENTO RREDENTIVO SUMARIO Umapalavrasobre oaconselhamentoredentivo.......................... 7  Psicologia e aconselhamento cristão. .......................................... 9 Terapia e redenção........................................................................ 13  Perspectivas no aconselhamento .................................................. 19  Inteiração  Afetosdocoração ......................................................................... 27  Afeições ...................................................................................... 31  Afetos tácitos ............................................................................... 39 Conhecimento pessoal .............................................................. 55 ............................................................................................... 61 Esperança ................................................................................... 73  Amor .......................................................................................... 83  As moções dos afetos ................................................................... 91  Interação Movimentosafetivos: habitação, imaginação, operação................ 95  Aspectos individuais e modais dos movimentos afetivos ........ 100 Conhecimento revelado.............................................................. 105 Habitação ................................................................................... 109 Imaginação .................................................................................. 115  Receptivamente criativos e ativamente redentivos .................. 117  Duas perspectivas ásicas diferentes....................................... 121  A hist!ria do coração ................................................................. 127 Operação ..................................................................................... 133  A operação do amor................................................................... 135 " aprendi#ado............................................................................ 137  Ato-estruturadocorpo ............................................................... 145  Interação emocional e e$pressão comportamental ................. 145 Emoção ...................................................................................... 151 Comportamento .......................................................................... %~-

Aconselhamento Redentivo

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ACONSELHAMENTO RREDENTIVO

SUMARIO

Uma palavra sobre o aconselhamento redentivo .......................... 7

 Psicologia e aconselhamento cristão. .......................................... 9

Terapia e redenção........................................................................ 13

 Perspectivas no aconselhamento.................................................. 19

 Inteiração

 Afetos do coração......................................................................... 27

 Afeições .................................................................................. .... 31

 Afetos tácitos............................................................................... 39

Conhecimento pessoal .............................................................. 55

Fé............................................................................................... 61

Esperança................................................................................... 73

 Amor.......................................................................................... 83

 As moções dos afetos...................................................................91

 Interação

Movimentos afetivos: habitação, imaginação, operação ................ 95

 Aspectos individuais e modais dos movimentos afetivos ... ... .. 100Conhecimento revelado.............................................................. 105

Habitação ................................................................................... 109Imaginação.................................................................................. 115

 Receptivamente criativos e ativamente redentivos ......... ....... .. 117

 Duas perspectivas ásicas diferentes........................ ......... ...... 121

 A hist!ria do coração................................................................. 127

Operação..................................................................................... 133

 A operação do amor................................................................... 135

" aprendi#ado............................................................................ 137

 Ato-estrutura do corpo ............................................................... 145

 Interação emocional e e$pressão comportamental.......... ..... .. 145

Emoção ...................................................................................... 151

Comportamento.......................................................................... %~-

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UNIA PALAVRA SOBRE O ACONSUHAMENTO REDENTIVO

O pastor da minha infância, de uma igrejâ de importância histórica, no interior do Estado deSão Paulo, era, para mim, uma figura única:gra!e, em "uase todos os sentidos da pala!ra,amoroso # e distante $epois, na pr%&adolesc'ncia, não sei se de!ido ao meu própriodesen!ol!imento, ti!e impressão diferente do meu pró(imo pastor )agro, *comprido como poste de a!enida*, como disse o poeta, desata!a a rir com um riso chiado e estendidodiante de "ual"uer piada Ele mesmo conta!a o caso ocorrido numa col+nia de faenda decaf% onde tinha ido !isi tar uns crentes e e!angeliar os !iinhos -onhecido pelo caf% sema.úcar "ue ele toma!a com gosto, era tam/%m conhecido pela delicadea no trato uando, na primeira casa da faenda, a dona da casa ofereceu&lhe a tpica *(icrinha* de caf% ser!idocomo se diia, *a.úcar com caf%*, ele o e(perimentou e tremeu *Est2 /em ado.ado3*, ela perguntou *Est2*, respondeu ele sem mentir, mas tam/%m sem dier "ue preferia sem a.úcarSem "ue ele perce/esse, a dona da casa mandou "ue o filho, um menino esperto, fosse acada casa da col+nia e passasse o recado: *O pastor gosta de caf% em doce* 42 os mist%rios da

delicadea5 Ele aca/ou tomando mais de uma deena de (caras de a.úcar com caf% Eleconta!a tam/%m "ue, noutra ocasião, uma senhora o chamara 6 coinha e lhe oferecera uma(cara de caf%, diendo com ar de cumplicidade: *7ome este a"ui8 est2 doce Eu não conto paraningu%m*

9ssim % "ue eu !ia os pastores -onhecia&os *de púlpito*, *de cafeinho*, *de ora.ão* e, maistarde, os conheci *de escritório*, *administradores*, *com percia em crescimento de igreja*,*mestre* e *conselheiro*

O aconselhamento cristão não de!eria ser considerado como uma especialidade separada doaspecto pastoral e da comunhão cristã na igreja Para o pastor, as ha/ilidades para oaconselhamento são tanto parte do preparo e da entrega de sermes "uanto da prontidão para responder aos seus ou!intes após a mensagem ; preciso "ue o pastor seja h2/il int%r & prete da Pala!ra e h2/il interprete de pessoas, se ele "uiser ser efeti!o no minist%rio <ala&semuito em !isita.ão Os crentes "uerem a !isita do pastor = muitas !ees, não importando o "ueele fa.a l28 ou melhor, contanto "ue ele só fa.a o "ue os !isitados acham "ue % papel do pastor:tomar cafeinho, jogar con!ersa fora, ler um te(to da >/lia e orar pedindo de $eus cura ou prosperidade8 se ele e(igir "ual"uer coisa mais, como maior fre"?'ncia e participa.ão na o/ra,se mencionar arrependimento e perdão, então ter2 *come.ado a pregar* Os pastoresenfatiam, so/retudo, a !isita.ão, ou dão muitas e(plica.es so/re por"ue não !isitam,tratando o aconselhamento como *mat%ria* de escritório para a "ual muitos alegam não estar  preparados )as nem um nem outro tira pro!eito do aconselhamento //lico como um estilo de!ida, como Paulo recomendou: *4a/ite, ricamente, em !ós a pala!ra de -risto8 instru&!os eaconselhai&vos mutuamente em toda a sa/edoria, lou!ando a $eus, com salmos, e hinos, ecânticos espirituais, com gratidão, em !osso cora.ão* @-l A1BC

 Aconselhamento cristão

-ertamente, h2 lugar para o especialista, como em todas as outras 2reas ministeriais-ontudo, em geral, o aconselhamento cristão deve ser visto como ahabilidade relacional de ajuda mútua para o conhecimento de Deuse do homem. -al!ino, so/ o ttulo " conhecimento de n!s mesmos condu#&nos aconhecer a Deus' disse "ue a soma de "uase todo nosso conhecimento consta de duas partes: do conhecimento de $eus e do conhecimento de nós mesmos8 e "ue *-omo,

 por%m, de muitos elos se entrela.am, "ual, entretanto, precede ao outro e ao outro origina,não % f2cil discernir -onse"?entemente, pelo conhecimento de si Dmesmo % cada umnão apenas aguilhoado a /uscar a $eus, mas at% como "ue pela mão conduido a ach2&lo*F

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PSICOLOGIA E ACONSELHAMENTO CRISTÃO

)uito se discute, tam/%m, so/re a rela.ão entre aconselhamento e psicologia e entreaconselhamento e psicoterapia 9 psicologia de!eria ser considerada uma 2rea de estudo do ser humano e, como tal, de car2ter o/ser!atório 9s o/ser!a.es feitas e as teorias propostas poderão

ser tanto corretas como erradas, e de!eriam ser apreciadas, como ocorre em todas as 2reas doconhecimento, de modo crtico ) E 4ahan di "ue conhece poucos orientadores "ue estejam plenamente con!encidos das distin.es feitas entre aconselhamento e psicoterapia # "ue h2semelhan.as e diferen.asF 42 os "ue separam, irreconcilia!elmente, essas mat%rias8 h2 a"ueles"ue as consideram inter&relacionais8 e h2 os "ue tentam integr2&las O pensamento corrente %"ue, assim como h2 !erdades em todas as 2reas do conhecimento, nas ci'ncias *e(atas* e nas*humanas*, por "ue não se rece/er a contri/ui.ão cientfica da psicologia3 9 "uestão não %difcil de ser respondida, mas é preciso ter cuidado na resposta, uma !e "ue a discussão j2 saiudo terreno da in"uiri.ão honesta para a luta emocional por causa do jogo de poder Ga !erdade,engenheiros discordam entre si, fsicos tam/%m, ling?istas, e especialmente, a psicologia sedi!ide em psicologias # mas pretendendo "ue haja, em algum lugar, uma teoria unificada da psi"ue "ue !alide o *fato* da psicologia $a forma como !emos, as o/ser!a.es da psicologia

 podem ajudar muito no preparo do conselheiro e na condu.ão do processo de aconselhamento,con(uanto se)a resguardada a soerania da f* cristã revelada na +scritura como o elementocr,tico da sua validade.

O uso da Escritura como elemento crtico da !alidade das o/ser!a.es da psicologia e dacorre.ão de suas aplica.es % uma "uestão %tica 9 >/lia de!er2 ser usada de modo !ariado para "ue sua !erdade singular e única re!ele os caminhos "ue de!eremos seguir nos campos doconhecimento humano, discernindo entre os caminhos maus e o /om caminho -... a pala!ra de$eus % !i!a, e efica, e mais cortante do "ue "ual"uer espada de dois gumes, e penetra at%ao ponto de di!idir alma e esprito, juntas e medulas, e % apta para discernir os pensamentos e propósitos do cora.ão E não h2 criatura "ue não seja manifesta na sua presen.a8 pelo contr2rio,

todas as coisas estão desco/ertas e patentes aos olhos da"uele a "uem temos de prestar contas*, 4/ H1I,1AC, assim como entre caminhos /ons e o caminho e(celente @1-o 1AC Gamaioria das !ees, poderemos apelar para a Escritura como nosso  guia'/ isto %, "uando a Pala!rade $eus ti!er algo definido a dier so/re psicologia ou so/re o aconselhairiento como, por e(emplo, so/re antropologia e so/re a naturea da solu.ão do pro/lema do homem 9lgumas!ees não ser2 tão f2cil encontrar a resposta para certas "uestes por"ue a >/lia não sereferiu a elas com tanta clarea Gesse caso, "uando a Escritura não pro!idenciar uma a!alia&.ão direta de uma "uestão, nós a usaremos como  guardiã do processo crtico Gesse caso,ela poder2 não apenas conser!ar&nos nos caminhos da f%, mas ad!ertir&nos dos mauscaminhos, como "uando, por e(emplo, as psicologias concentram o diagnóstico e o prognóstico totalmente no ser humano Outras !ees, a >/lia não ter2 nenhuma indica.ão aoferecer so/re determinadas "uestes Gesse caso, nós usaremos a >/lia como 0ssola' a "ual

indica a dire.ão a seguir sem oferecer dados especficos senão um etos cristão em geralEsse % o caso de desco/ertas cientficas so/re as !ari2!eis das influ'ncias fsico&"umicas noconjunto dos atos humanos, em rela.ão aos "uais teremos de considerar "ue $eus criou ocorpo e a alma e forneceu diretries so/re a maneira de se lidar com eles Em todos os casos, a>/lia poder2 ser usada como fonte de e$emplos' os "uais fornecem lu para o caminho

 Ga"uelas 2reas em "ue não hou!er te(tos //licos para definir concei tos, ha!er2 sempreinstru.ão para definir posi.es )uitas no!idades ocorreram no conhecimento da humanidade"ue constituram mudan.as no pensamento e no comportamento do indi!duo e da sociedade = as "uais foram consideradas /en%ficas e necess2rias pelos cristãos )as esses desen!ol!imentosforam aceitos por"ue esta!am de conformidade com a Pala!ra de $eus Os profetas do9ntigo 7estamento e os apóstolos do Go!o 7estamento não dei(aram para nós uma teoriaespecfica da personalida  de, mas, certamente, nos orientaram so/re os a/usos contra a

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honra de $eus como -riador e Senhor da nossa !ida e os desrespeitos cometidos contra a pessoa humana, assim como nos orientaram "uanto a uma !isão ade"uada de $eus e da pessoahumana de modo "ue pud%ssemos desen!ol!er nosso conhecimento e atua.ão na o/edi'ncia a$eus e na ajuda ao pró(imo *9 fim de formar nosso julgamento moral em muitas situa.es,não /astar2 conhecer a >/lia 7eremos de conhecer tam/%m a história na "ual $eus Se re!ela

@Fre!ela.ão geralFC*F Gós, contudo, certamente erraremos na *leitura* da história, o "ue tornanecess2ria a hermen'utica da história feita por meio da hermen'utica //lica @*7oda a Escritura* inspirada por $eus e útil para o ensino, para a repreensão, para a corre.ão, para aeduca.ão na justi.a, a fim de "ue o homem de $eus seja perfeito e perfeitamente ha/ilitado para toda /oa o/ra*, I7m A1B,1JC Gem tudo o "ue % *e!idente* aos olhos do mundo cado% e!idente aos olhos da f% Gão * por"ue um pensamento foi a/ertamente aceito pela maioria"ue isso significa "ue ele seja !erdadeiro, pois os efeitos  po*ticos do pecado não apenas prejudicaram o entendimento humano, mas tornaram o homem re/elde contra $eus e re!ersoem rela.ão ao seu pensamento uando a Pala!ra de $eus di algo so/re o ser humano e seucomportamento, ela % autorit2ria 9ssim, como cristãos, temos de ter /em definido emnossa mente a"uilo "ue cremos Portanto, a Escritura ret%m sua fun.ão crtica Ela poder2

não nos dier o "ue % /om numa situa.ão especfica, mas nos indicar2 sempre o caminho aseguir para encontrar uma resposta para a "uestão so/re o "ue % /om ou mau nessa situa.ão

uando aprendemos da psicologia, temos o direito de concordar com a"uilo "ue homens deg'nio, /anhados pela gra.a comum de $eus, o/ser!aram )as temos o de!er de fa'&locriticamente 6 lu da Escritura, sa/endo como redimir suas o/ser!a.es de modo teológico

Perspectivas

-omo di Kem S PoLthress em seu li!ro 12mphonic Theolog2' os cientistas sociais usam perspecti!as, ou modelos, na condu.ão dos seus estudos *Por e(emplo*, di ele, *a psicologia

tem sido di!idida j2 por muito tempo em FescolasF, cada uma dominada por uma única perspecti!a Os psicólogos freudianos tentam e(plicar os seres humanos em termos de impulsos /iológicos Os comportamentistas -ehavioristas3 tentam formar e(plica.es usando suaanalogia dominante de estmuloMresposta em animais 9 apro(ima.ão humanista da teoria da personalidade tenta formular e(plica.es com /ase na capacidade para solu.ão de pro/lemas ede atualia.ão dos seres humanos* PoLthress prossegue, diendo "ue o uso de perspecti!astem, o/!iamente, seus perigos Por isso % "ue as escolas de psicologia tendem ao reducionisi&no:o freudianismo % tentado a reduir os seres humanos a animais controlados por impulsos /iológicos Os comportamentistas são tentados a reduir os seres humanos a massas comple &(as de padres de estmuloMresposta Esse perigo e(iste sempre "ue as perspecti!as incorporem pressuposi.es não&cristãs, as "uais, su/se"?entemente, condicionam a totalidade dain!estiga.ão *Por e(emplo, os comportamentistas ou os teóricos da personalidade tal!e presumam "ue a religião seja, meramente, um meio humano de se lidar com o cosmos, e"ue $eus poderia ser, efeti!amente, eliminado dos seus estudos $ificilmente os resultados desuas in!estiga.es confirmarão a presen.a de $eusN 9l%m disso, lidar com perspecti!asna teologia poder2 conduir a um pluralismo, o "ual tende a se afastar da teologiateoc'ntrica O mundo de hoje est2 imerso nesse pluralismo Especialmente, a mudan.a de perspecti!a causada pelo pensamento pós&moderno trocou o foco de sua aten.ão para o aspectoda est%tica O termo pós&moderno foi deri!ado de uma concep.ão artstica ar"uitetnica eaplicado 6 sociologia, sendo, depois, aplicado 6 an2lise da cultura ean <ran.ois Lotarddefiniu o pós&modernismo como a *incredulidade da meta&narrati!a* = partir da descren.aem rela.ão 6 epistemologia e 6 centralidade metafsica, para uma op.ão pelo pluralismo de perspecti!as 9o criar a !erdade por meio da constru.ão da linguagem em fun.ão de

 propósitos particulares, colocamos o aspecto modal da est%tica no lugar, primeiramente, doaspecto pIstico e, depois, dos aspectos %ticos e jurdicosF

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Proposta

$a!id PoQlison prope sete compromissos, os "uais possi/ilitam uma unifica.ão doaconselhamento //lico: @1C $eus % o centro do aconse   lhamento8 @IC um compromisso com

$eus tem conse"?'ncias epistemológicas8 @AC o pecado, em todas as suas dimenses @moti!o,comportamento, pessoal, contra outros, original e conse"?enteC % o pro/lema prim2rio com o"ual o conselheiro de!e lidar8 @HC o e!angelho de esus -risto % a resposta8 @RC o processo demudan.a de!e o/jeti!ar a santifica.ão progressi!a8 @BC as situa.es difceis "ue as pessoasenfrentam não são causas fortuitas dos pro/lemas da !ida8 @JC o aconselhamento % umaati!idade fundamentalmente pastoral e de!e ser /aseada na igreja Esses sete compromissos,di ele, pro!'em uma infraestrutura dentro da "ual diferen.as secund2rias comointerpreta.ão //lica, compromisso teológico, am/iente e estilo de aconselhamento e personalidade poderão con!i!er construti!amente *)as h2 numerosos outros temas "uere"uerem pensamento //lico claro e compromisso firme: o lugar do passado, a !isão //lica da moti!a.ão humana, a rela.ão do aconselhamento //lico com a psicologia secular, olugar do sofrimento, como aplicar os di!ersos aspectos da !erdade //lica e m%todos de

minist%rio //lico aos di!ersos tipos de pro/lemas etc117

Portanto, as teorias de aplica.ão das o/ser!a.es das psicologias, de modo geral, lidam coma naturea do homem, com suas moti!a.es e seus comportamentos e com sua finalidade Ora,esses são temas aos "uais a Escritura se dirige de forma muito particular e "ue estão jungidos auma formula.ão teológica

TERAPIA E REDENÇ!

Seguindo essa linha, como % o homem3 -omo % ele em sua presente situa.ão3 ual % o

 pro/lema /2sico do homem3 -omo ele pode ser ajudado3 7odas essas "uestes de!em ser  precedidas de outra ainda mais /2sica, se % "ue "ueremos ter um modelo //lico para oaconselhamento:  +stamos falando sore a (uestão evang*lica ou sore outras (uestões4Se a resposta % a (uestão evang*lica' então temos de pensar em termos de !alores e!ang%licos,isto %, de !alores //licos sso far2 a diferen.a entre as respostas redentiva e terap5utica 6 primeira "uestão

Por terap5utico' eu me refiro à apro(ima.ão ao ser humano e seus pro/lemas para cura esolu.ão @o "ue implica o modelo m%dicoC Por redentivo @neologismo consagrado na teologiaC,

entenda&se a a.ão do po&der do e!angelho "ue inclui: @1C o am/iente do homem = "ue % o próprio

$eus so/erano = e todo o seu propósito na -ria.ão, ueda e Teden.ãoassim como no destino final da humanidade8 @IC toda a profundidade dosaspectos psicológicos, sociais, ecológicos e, principalmente, teológicosdo ser humano8 @AC a transforma.ão de seres humanos 6 imagem de -risto

com /ase na sua o/ra redenti!a com todas as suas conse"?'ncias por meio do Esprito Santo, sua cura @psicológica, cultural = a totalidade do

serC, isto *' a reden.ão dos pro/lemas e o alcance dos propósitos de $eus9m/os os termos, *terapia* e *reden.ão*, t'm /oa conota.ão se usa&

dos em seu significado de cura e restaura.ão 42, contudo, uma tensãoentre seus diferentes conteúdos na psicologia e na teologia 9 "uestão !ai

al%m da mera prefer'ncia pessoal com respeito ao uso dos termos emrela.ão 6 /ase e aos resultados dessa prefer'ncia 9s diferentes psicolo&

gias presumem a cura do homem a partir de princpios seculares humanistas,das id%ias da /ondade completa do homem ou de sua maldade por defini&

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.ão ou, ainda, de sua neutralidade moral e da circunstância natural do pro/lema @psicológico, mental ou am/ientalC, oferecendo a possi/ilidadede solu.ão dos pro/lemas humanos 6 parte de $eus = seguindo um mode&lo m%dico do "ual deri!a a e(pressão *terapia* 9 teologia reformada

&

e m utilia o termo*reden.ão* não apenas para faer uso da linguagem teolóti trgica, mas, primordialmente, por"ue a cren.a na depra!a.ão total do homem @!eja Un I&A8Tm 1&AC coloca o pro/lema do homem no âm/ito dos aspectos moral e p,stico @relati!o 6 f%CF

$esde o incio, $eus re!elou aos homens a e(ist'ncia de um princpio de ant,tese entre o /eme o mal O /em era tudo o "ue $eus analogicamente criara8 o mal, por%m, não tinha e(ist'nciaem si mesmo, como coisa criada, sendo, na !erdade, a "ue/ra do /em com suasconse"?'nciasF 4a!endo *"ue/rado* o /em, o homem não alcan.ou uma sntese do /em edo mal, como o dia/o prometera, mas, antes, perdeu sua comunhão original com $eus e o seuconhecimento, o "ue afetou todo o seu espectro de !ida at% a morte eterna Vma tentati!aterap'utica para se recuperar o ser humano da ueda sem a permissão de $eus, portanto,constitui re/elião contra $eus por parte de uma mente re!ertida e cujas perspecti!as estãosempre de ponta&ca/e.a Os resultados serão mais como os das famosas lo/otomias frontais"ue encontraram solu.ão para os pro/lemas da agressi!idade por meio da transe.ão da parte afeti!a do c%re/ro10 sso significa "ue não só o mal % retirado, mas ainda a possi/ilidadedo /em #o "ue % o próprio mal 9 tentati!a de remo!er o mal 6 parte de $eus implica perda de !ida, pois o mal % o /em (uerado. @7eria sido essa a raão pela "ual $eus proi/iu aos homens o acesso 6 2r!ore da !ida3C Somente uma apro(ima.ão redentiva podeoferecer uma /oa terapia  para o pro/lema do homem # simplesmente por"ue umaapro(ima.ão redenti!a procede de $eus @teologiaC para alcan.ar o homem @psicologia,sociologia, ecologiaC, en"uanto uma apro(ima.ão meramente terap'utica procede do homeme, não chegando a $eus, "ue * a <onte da Kida, não pode alcan.ar o homem na sua totalidade

nem em todas as suas necessidades Em suma, "uanto ao aconselhamento cristão, não mecoloco totalmente contra o termo terapia' mas defendo "ue ele só tem significado "uandoencapsulado no termo redentivo.

9 diferen.a crucial entre a apro(ima.ão terap'utica e o aconselhamento redenti!o est2na antropologia "ue sustenta cada uma delas O aconselhamento "ue se inicia no aspecto psicológico tra/alha com o/ser!a.es cientficas do ser humano, a partir de uma perspecti!ahumana, considerando o homem de modo uniforme, isto %, de "ue o homem % hoje comosempre foi O aconselhamento cristão redenti!o tem de tra/alhar a partir de uma perspecti!a teo&referente /aseada na própria re!ela.ão de $eus so/re si mesmo e suao/ra Essa % a única maneira de sa/er se algo realmente e(iste, o "ue % e como funciona

9ssim, sa/endo "ue $eus se re!ela ao homem, em geral por meio da naturea e da consci'nciae, especificamente na Pala!ra Escrita, a >/lia, e na Pala!ra Ki!a, -risto esus, podemos, pelagra.a, faer a hermen'utica da hermen'utica de $eus para conhecer a nós mesmos comocriaturas feitas 6 sua imagem

9 ilumina.ão espiritual "ue $eus nos pro!' pelo Esprito Santo permite&nos, ao menos, duaso/ser!a.es:

Primeiro, não são duas disciplinas separadas = psicologia e aconselhamento //lico = masduas perspecti!as a respeito do homem: a !isão //lica do homem dependente de $eus e a !isão

anti//lica do homem aut+nomo " homem * uni ser religioso (ue vive no amiente de Deus. aL EdQard 9dams, comentando so/re a doutrina de $eus no Salmo 1AW, em rela.ão aoaconselhamento, di: *; !erdadeiro "ue, neste salmo, o escritor % um dos filhos de $eus,

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mas o "ue ele di % !erdadeiro tam/%m para os não&cristãos @contudo, de um modo pertur/ador em !e de um modo confortadorC:  Deus % o 9m/iente do homem E a"ueles "ue estão em de&sarmonia com Ele por causa do pecado, estão fora de sincronia com seu próprio am/iente Elenos cerca por tr2s, pelos lados, pela frente8 nas tre!as e na lu Gão h2 como escapar doSenhor 9s 2r!ores, o c%u, a terra, nada % neutro8 tudo % cria.ão de $eus Dcf S X1&W:tudo fala de $eus Para a"ueles "ue não t'm ou!idos para ou!ir, a e(ist'ncia da cria.ão %um "ue/ra&ca/e.a "ue não tem sentido**

Segundo, o conhecimento de $eus e da Escritura ha/ilita o homem a apreciar am/as as perspecti!as 6 lu da re!ela.ão e a resgatar o conhecimento humano " homem * um ser anal!gico' receptivamente criativo e ativamente redentivo. 12

Método

Partindo do fato de "ue o aconselhamento //lico % /aseado na >/lia e "ue a >/lia julgatodos os pensamentos e permite "ue a !erdade seja reconhecida e aplicada, podemos dier "ue o

aconselhamento fa uso das o/ser!a.es da psicologia @como da sociologia, da ecologia, dahistória etcC <undado so/re uma estrutura trinitariana e na centralidade de Cristo' oaconselhamento //lico resgata as o/ser!a.es das psicologias por meio de uma desconstruçãoem suas categorias seculares e uma se"?ente reconstrução em suas de!idas categorias //licasde pensamento

Kan 7il di "ue conselheiros cristãos de!em ter conhecimento de uma saud2!el apro(ima.ão psicológica do homem, mas "ue % preciso notar "ue, se o -ristianismo % !erdadeiro, amelhor apro(ima.ão psicológica não ser2 efeti!a sem o poder do Esprito Santo *sso nãosignifica, po r%m, "ue não haja importância no conhecimento da psicologia Significa, contudo,

"ue o cristão de!e conhecer a psicologia cristã e estar apto a distingui&la da psicologia não&cristã Em primeiro lugar não podemos, como cristãos, permitir a presun.ão daindepend'ncia metaf,sica da autoconsci'ncia do homem em geral e da consci'ncia religiosaem particular "ue su/ja a totalidade da psicologia da religião -remos na doutrina da-ria.ão e isso torna o homem metafisicamente dependente de $eus Em segundo lugar,não podemos, como cristãos, permitir a presun.ão da independ'ncia *tica daautoconsci'ncia do homem em geral e da consci'ncia religiosa em particular -remos nadoutrina do pecado e isso torna o homem eticamente separado de $eus e, ainda assim,dependente dele**

"uest#es b$sicas do aconselhamento

O aconselhamento //lico !ai al%m das preocupa.es psicológicas 6 @1C transforma.ãodo cora.ão humano por meio de -risto para "ue a !erdade, o amor e as /oas o/ras de $eustenham efeito completo !isando 6 maturidade indi!idual e coleti!a e @IC ajuda para todos oshomens a fim de "ue a !erdade, o amor e as o/ras de $eus sejam conhecidos por todos9ssim, o aconselhamento //lico se /aseia na redenção consumada e aplicada6 e, para "ue a proclama.ão da f% tenha efeito pleno, tra/alha tam/%m com a reden.ão pregada' isto %, comos aspectos doutrin2rios e %ticos da reden.ãoN

9s seguintes /re!es respostas 6s "uestes le!antadas no incio de!erão nortear o nosso pensamento 6 medida "ue prosseguirmos neste estudo

@1C 7uem * o homem4 O homem % um ser criado por $eus de modo analógico, isto %, criadosegundo a imagem de $eus $eus % pessoal, trino, infinito e so/erano, transcendente e

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imanente, justo e /om, e redentor8 o homem % pessoal, um, finito e dependente, imanente eautotranscendente @at% certo pontoC, criado /om, mas cado, e redim!el11

Toger E 4urding, procurando construir uma perspecti!a //lica da nossa humanidade,destaca "uatro aspectos "ue de!eriam ser considerados em "ual"uer antropologia "ue

 pretenda ser //lica: o ser humano tem  supremo valor @em fun.ão de sua cria.ão especial ede suas rela.es especiaisC, % uma unidade viva' sofre relacionamentos (uerados' e %restaurável. 

-83 Como * o homem4 " homem apresenta uma dualidade ontológica, uma pluralidadefuncional e uma unidade compreensi!a 9 >/lia não di!ide o homem em partes como corpo,alma e esprito,* ou mente, sentimentos e !ontade 9 pessoa % uma totalidade de corpo,alma, esprito, cora.ão, etc uando algu%m pergunta so/re a separa.ão *pó ao pó* e *oEsprito a $eus*, ela confirma "ue essa separa.ão % o resultado do pecado = "uando ocorrea separa.ão so/re!%m a morte, e a ressurrei.ão * a reunião de corpo e alma

-93 7ual o presente estado do homem4 " homem % hoje o mesmo homem criado por $eus,

mas sua condi.ão não % a mesma da cria.ão 9 >/lia di "ue ele est2 morto em seus pecadose "ue a !ida "ue ele ainda tem % !i!ida num am/iente de morte, isto %, de re/elião contra$eus, seus pensamentos são reversos "uanto a $eus e 6 -ria.ão e ele e(perimenta umainversão total dos sentidos "uanto aos propósitos de $eus para si mesmo

-83 7ual o prolema ásico do homem4 uando conselheiros //licos diem, em coro coma Escritura, "ue o pro/lema /2sico do homem * o pecado, contra eles se le!antam !oesdissonantes !indas de pontos diferentes 42 outros pro/lemas, diem, com um pouco deraão Gem todos os pro/lemas são conse"?'ncias imediatas do pecado de algu%m, mascertamente são conse"?'ncias do pecado de 9dão, "uer perpetrado por um indi!duocontra ele, ou !indo de um mundo cado, permeando todos os seus pro/lemas

Como o homem poderá ser a)udado4 9 reden.ão consumada pelo Senhor esus na cru emfa!or de muitos supre a necessidade "ue todos temos de sua imagem, sua glória 9 glóriade $eus % demonstrada em gra.a 6"ueles "ue são chamados e em ira para com osr%pro/os $esse modo, a ajuda % oferecida ao homem pela prega.ão do e!angelho para"ue ele creia e se arrependa a fim de "ue seja sal!o 9 sal!a.ão tem di   ferentes aspectos: a própria sal!a.ão @santifica.ão pela justifica.ãoC, crescimento na sal!a.ão @santifica.ão progressi!a /aseada na justifica.ãoC e a sal!a.ão a ser re!elada @glorifica.ãoC

PERSPECTIVAS NO ACONSELHAMENTO

7udo isso le!anta uma "uestão: e(iste uma teoria unificada de aconselhamento cristão3 9resposta correta de!er ser um retum/ante: Gão5 9 única unidade "ue e(iste nessa 2rea temde continuar sendo o e!angelho, como disse Paulo: *Togo&!os, pois, eu, o prisioneiro noSenhor, "ue andeis de modo digno da !oca.ão a "ue fostes chamados, com toda a humildadee mansidão, com longanimidade, suportando&!os uns aos outros em amor, esfor.ando&!osdiligentemente por preser!ar a unidade do Esprito no !nculo da pa8 h2 somente um corpo eum Esprito, como tam/%m fostes chamados numa só esperan.a da !ossa !oca.ão8 h2 um sóSenhor, uma só f%, um só /atismo8 um só $eus e Pai de todos, o "ual % so/re todos, age por meio de todos e est2 em todos E a gra.a foi concedida a cada um de nós segundo a propor.ão do dom de -risto* @Ef H1&JC

$e!e ha!er mais de uma teoria, pois a !erdade //lica % multiperspectiva e não h2 como se

entender a multiforme sa/edoria de $eus senão cercando as coisas temporais o/ser!adas comas lentes dos princpios por ele re!elados T E 4urding escre!eu "ue, no seu li!ro The Tree of 

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 :ealing D9 2r!ore da cura, ele tinha desen!ol!ido gradualmente uma teoria para a!alia.ãodas metodologias de aconselhamento 11 Ga !erdade, tratou&se mais de uma teoria para estudar teorias de aconselhamento, pois "ue as teorias não diferem apenas em m%todo 7eorias cristãsde aconselhamento podem diferir entre si "uanto ao m%todo, mas não poderão ser incongruentes "uanto ao conteúdo e suas conse"?'ncias metodológicas e processológicas

Para "ue a nossa proposta seja entendida, ser2 preciso compreender o uso de perspecti!as na>/lia e na teologia por meio de analogias e met2foras, de temas e de pala!ras Kern SPoLthress escre!eu "ue "ual"uer analogia éum tipo de perspecti!a e "ue a >/lia, usandoanalogias e met2foras, pro!' perspecti!as so/re todos os tipos de assuntos dos "uais ela trata-ontudo, di ele ainda, uma simples analogia ou met2fora não formula um modelo cientficosofisticado nem pro!' uma maneira consistente e pene   trance de se olhar o mundo 9ssim,de!emos distinguir uma segunda maneira em "ue as pessoas usam perspecti!as, isto %, *comouma maneira consistentemente desen!ol!ida de se atender a apresenta.es particulares de umo/jeto de estudo* Esse tipo de perspecti!a % o usado pelos cientistas da psicologia, os "uaisformulam e(plica.es so/re a naturea do homem, suas moti!a.es e seus comportamentos e

sua finalidade em termos dos seus paradigmas: impulso /iológico, padres de condicionamento,atualia.ão, etc 9 pergunta, a"ui, % a"uela 6 "ual PoLthress responde: *7eria, a >/lia,modelos perpassantes, ou perspecti!as, nesse sentido3* Genhuma analogia conta a históriatoda, di ele *9 >/lia não usa uma única perspecti!a dominante de maneira e(clusi!a*)uitas perspecti!as são utiliadas de diferentes maneiras @o/ser!e o uso dos temas de lu,glória, amor, ha/ita.ão e f%, na EscrituraC 9lgumas das diferen.as "ue e(istem nos di!ersosli!ros da >/lia residem nas diferen.as de uso das analogias *-reio "ue, em princpio, todasessas diferen.as sejam harm+nicas @ainda "ue não possamos !er prontamente como seharmoniamC So/ a inspira.ão do Esprito Santo, Dos autores selecionaram aspectos diferentes para tratar e os trataram de modos diferentes, por"ue esta!am focaliando ou enfatiando!erdades diferentes ou diferentes aspectos da mesma !erdade* 9 >/lia usa muitas perspecti!as para nos oferecer uma cosmo!isão *9 >/lia nos fornece uma !isão de $eus, de nós mesmos e

do mundo Ela e(plica as origens e os propósitos das coisas, di "uem nós somos, fala&nos decomo lidar com os nossos pecados, e mostra as nossas responsa/ilidades /2sicas em rela.ão a$eus e ao nosso pró(imo**

9s raes "ue PoLthress apresenta para defender o !alor de se e(pandir perspecti!as paraco/rir as 2reas da nossa e(peri'ncia são pertinentes: primeiro *muitos dos campos de estudo e2reas da !ida "ue são, fre"?entemente compartimentados na mente das pessoas, na !erdade,de!eriam estar juntos, especialmente no uso da >/lia*8 segundo, *os limites "ue colocamosentre esses compartimentos são, muitas !ees, ar/itr2rios e artificiais8 e terceiro, o/ser!ando atotalidade da >/lia ou de uma doutrina Dou das pessoas de uma perspecti!a, tal!e notemos

coisas "ue ha!iam escapado 6 nossa aten.ãoFFF

$a mesma maneira, o uso de perspecti!as em temas e pala!ras e a sua e(pansão para co/rir grandes campos de estudo e 2reas da !ida, % im portante para a formula.ão de modelos maisefeti!os e ade"uados -ontudo, como PoLthress coloca, h2 algumas restri.es: primeiro,de!eramos estar conscientes de "ue nenhum sistema % maior do "ue a própria >/lia8 segundo,se usamos uma categoria para agrupar uma s%rie de te(tos em nossa mente, de!eramosdei(ar no pano de fundo *as diferen.as entre os te(tos e as liga.ão "ue alguns, mas não todos, possam ter com um grupo de categoria alternati!o*N 9ssim, PoLthress oferece doem2(imas de uma teologia sinf+nica "ue poderão au(iliar nosso tra/alho: @1C a linguagemnão % transparente para o mundo8 @IC nenhum termo na >/lia % igual a um termo t%cnico nateologia sistem2tica Dnem em "ual"uer modelo funcional em "ual"uer 2rea da !ida8 @AC termost%cnicos na teologia sistem2tica De em modelos funcionais podem ser, "uase sempre,

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definidos de mais de uma maneira 7odo termo t%cnico % seleti!o nas apresenta.es "ueinclui8 @HC os limites são indistintos8 @RC nenhuma categoria ou sistema oferece a realidadeúltima8 @BC os diferentes escritores humanos da >/lia apresentam diferentes perspecti!as paraapoiar dadas doutrinas ou e!entos8 @JC as diferen.as entre os escritos //licos por diferentesautores humanos são, tam/%m, diferen.as di!inas8 @XC "ual"uer tema da >/lia pode ser usado

como tema organiado singular8 @WC usamos diferentes temas não para tornar relati!a a!erdade, mas para atingir a !erdade8 @10C nós !emos a"uilo "ue os nossos instrumentos nosha/ilitam a !er8 @11C o erro % um parasita da !erdade8 @1IC nos de/ates teológicos,de!eramos es!a& iar os pontos fortes dos oponentes21

Perspectiva redentiva

9 perspecti!a deste modelo de aconselhamento redentivo não *'  pois, a proposta de uma*escola* de aconselhamento cristão, mas, sim, uma aplica.ão ampla do e!angelho aoaconselhamento Goutro lugar, escre!i "ue aconselhamento % e!angelia.ão ee!angelia.ão % aconselhamento: *9 proposta de um e!angelismo aconselhador, e de umaconselhamento e!angeliador, considera "ue a /ase de am/os % a reden.ão Teden.ão da penalidade do pecado, para os incr%dulos, e reden.ão do poder do pecado, para os crentes O processo % o mesmo: relacionar&se com as pessoas de maneira !erdadeira, amorosa e frutferacom !istas a glorificar ao Senhor pela manifesta.ão de sua gra.a*

O modelo de aconselhamento cristão redentivo opera com a prega.ão //lica # da sal!a.ão pela gra.a mediante a f%, com a esperança da !ida eterna agora e para sempre, e com o processode sal!a.ão crescente at% a maturidade do amor de -risto @em toda a sua largura, altura,comprimento e profundidadeC # *conduindo pela mão* os ou!intes da maneira como aEscritura ensina: *Prega a pala!ra, insta, "uer seja oportuno, "uer não, corrige, repreende, e(ortacom toda a longanimidade e doutrina* @I7m HIC8 *)as o "ue profetia fala aos homens,edificando, e(ortando e consolando @1 -o 1HAC*8 e *4a/ite, ricamente, em !ós a pala!ra de-risto8 instru&!os e aconselhai&!os mutuamente em toda a sa/edoria, lou!ando a $eus, comsalmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em !osso cora.ão* @-l A1BC

9s pala!ras f*' esperança e amor -%Co %9.%93 serão usadas a"ui comI1

di!ersos sentidos, mas sendo, cada uma, e(pandida para a/ranger as outras duas e paracompreender a totalidade das e(peri'ncias do ser humano em suas intera.es com $eus,consigo mesmo e com o pró(imo, e com o mundo O coment2rio de Yilliam aQ so/re 1-orntios %9.%9 * interessante Ele di "ue Paulo usou o termo *perman'ncia*, em rela.ãoaos termos f%, esperan.a e amor, para ressaltar a "ualidade dessas coisas *"ue não falham* emcontraste com a temporalidade e fali/ilidade das demais coisas discutidas na epstola@l-o AXC 9 fatuidade do conhecimento parcial e a perman'ncia do conhecimento daeternidade são, num sentido, opostos, mas a perman'ncia desse trin+mio e(celente d2 perenidade e !alor ao conhecimento presente I1 9 f% % a certea de "ue a Pala!ra de $eus %realiadora8 a esperan.a % a certea de "ue a Pala!ra de $eus se realiar28 e o amor, * arealia.ão da Pala!ra de $eus

%onteúdo

 Ga primeira parte do li!ro, trataremos da "uestão das afeições do cora.ão, isto % das

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moti!a.es /2sicas do ser humano )uito j2 se tem discutido so/re o "ue moti!a o homem Gós cremos "ue $eus % o moti!o principal do homem = contra ou a fa!or5 Ga segunda parte, tra taremos da "uestão do conhecimento, de $eus e das coisas criadas, eespecialmente, do homem @de si mesmo e do outroC Ga terceira parte, trataremos doaspecto emocional, não como uma parte do ser, mas como a e(pressão do homem interior nohomem e(terior em rela.ão a $eus, ao pró(imo e 6s demais coisas criadas, por meio dos atosdo corpo <inalmente, na "uarta parte, a/ordaremos alguns aspectos da dinâmica doaconselhamento cristão "ue fornecerão uma dire.ão no processo desse aconselhamento

INTEIRAÇÃO

 Ainda (ue eu fale as l,nguas dos homens e dos an)os' se não tiver amor' serei como o ron#e (ue soa ou como o c,malo (ue retine.

 Ainda (ue eu tenha o dom de profeti#ar e conheça todos os mist*riose toda a ci5ncia; ainda (ue eu tenha tamanha f*' a ponto de transportar 

montes' se não tiver amor' nada serei.E ainda "ue eu distri/ua todos os meus /ens entre os po/res

e ainda "ue entregue o meu próprio corpo para ser "ueimado,se não ti!er amor, nada disso me apro!eitar2

O amor % paciente, % /enigno8 o amor não arde em ciúmes, não se iiftn,não se enso/er/ece,nãosecondu incon!enientemente,não procura os seus

interesses, nteresses, não se e(aspera, não se ressente do mal8não se alegra tonainjusti.a, mas regoija&se com a !erdade8

tudo sofre, tudo cr', tudo espera, tudo suportaO amor jamais aca/a8 mas, ha!endo profecias, desaparecerão8

ha!endo lnguas, cessarão8 ha!endo ci'ncia, passar28 por"ue, em parte, conhecemos e, em parte, profetiamosuando, porem, !ier o "ue % pea feito, então, o "ue % em parte ser2

ani"uilado uando eu era menino, fala!a como menino, sentia comomenino, pensa!a como menino8 "uando cheguei a ser homem,

desisti das coisas próprias de meninoPor"ue, agora, !emos como em espelho, o/scuramente8então, !eremos face a face 9gora, conhe.o em parte8

então, conhecerei como tam/%m sou conhecido9gora, pois, permanecem a f%, a esperan.a e o amor, estes tr's8

 por%m o maior destes % o amor

% Cor,nflos %9.%&%9

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 AFETOS DO CORAÇÃO

&otiva'ão

Os professores da pr%&escola esta!am preocupados com um comportamento especfico deuma das aluninhas

 #Kejam estes desenhos # disse uma professora aos pais da menina # todos feitos com

l2pis preto Gem um se"uer colorido Essa prefer'ncia me parece estranha #Por "ue ser23 #a mãe perguntou #9"ui em casa ela usa seus l2pisde&cera e coloca

muita cor nos seus desenhos #j2 pensamos em tudo #a professora não pareceu ou!ir a mãe -onsideramos todas as

 possi/ilidades, e a última, foi !ir a"ui para con!ersarmos

<inalmente, depois de mais con!ersa de dire.ão única, sem ningu%m ponderar o "ue o outrodiia, o pai inter!eio:

 < Por "ue não perguntam a ela3

sso foi feito, e a desco/erta, muito elucidati!a = ; "ue eu sou a menor dentre as minhas coleguinhas, e "uando eu consigo chegar 6

mesa, elas j2 le!aram todos os l2pis de cor

Elucidati!o, digo, por"ue re!ela nossa dificuldade para esta/elecer ointerfere das coisas Zs !ees, nosso próprio moti!o interfere na desco/erta dos moti!os

dos outros e influencia tanto a o/ser!a.ão "uanto a an2lise Outras !ees, somossuperficiais demais ou "ueremos !er algo mais profundo em 2gua rasa

O "ue moti!a o ser humano3 9tualia.ão, se(ualidade, amor, ira, poder, praer,li/erdade3 9 lista seria muito longa ual"uer coisa poder2 moti!ar o cora.ão humano se estenão for moti!ado unicamente por $eus Por "ue a comple(idade e "uantidade de

respostas3 9 resposta de!eria ser outra pergunta: uando3 uando, na história dahumanidade, se pretende sa/er como o homem lidou com sua moti!a.ão3

Motivador

; preciso "ue se esta/ele.a um *ponto de fuga* para a nossa perspecti!a E(iste umauniformidade histórica nas maneiras como o ser humano reage 6s suas moti!a.es ou hou!ealguma "ue/ra de continuidade importante "ue o tenha afetado a ponto de determinar umdes!io angular do seu ponto de !ista em rela.ão aos moti!os do seu cora.ão3 -remos"ue o segundo ponto % !erdadeiro 9 história da humanidade não % uniforme 4ou!e uma

"ue/ra de continuidade e a possi/ilidade de um no!o come.o = fatos "ue terão de ser le!ados em conta se "uisermos ter uma !isão geral coerente da história do cora.ãohumano -omo ohn <rame argumenta "uanto ao conhecimento do cristão e o do não&

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cristão, o conhecimento e(posto na Escritura não en!ol!e apenas o conhecimento fatual,masé,tam/%m, um dom da gra.a redenti!a de $eus, uma resposta pactuai o/ediente a $euse uma rela.ão amorosa com $eus O não&cristão não tem esse conhecimentoE!identemente, di ele, num sentido @ou sentidosC o não&crente conhece @ou senteC a $euse noutro sentido @ou sentidosC ele não o conhece <rame lem/ra "ue a >/lia di "ue aTe!ela.ão não produ impacto so/re o incr%dulo @ainda "ue ele e(perimente a gra.acomum de $eusC8 o não&crente desejaria conhecer a $eus, mas não o fa8 ele conhecea $eus *psicologicamente* @se /em "ue reprima esse conhecimentoC8 sua concordânciacom os crentes % apenas formal @ele di as mes  mas coisas, mas com diferentes sentidosC8 seuconhecimento % falsificado pelo seu conte(to8 seu conhecimento só e(iste "uando ele nãoreflete so/re ele @pois, "uando % confrontado por $eus, prefere neg2&loC8 ele não tem pressuposi.es suficientes para chegar ao conhecimento8 seu conhecimento % intelectual enão *%tico*8 para ele, não e(iste $eus ou, se e(iste, % outro "ue não o $eus da >/liaF

Categorias e pensamento !"!#ico

O cristão considera o ser humano segundo as categorias da -ria.ão, da ueda e daTeden.ão: o homem foi criado com a moti!a.ão /2sica de adorar a $eus e cultu2&lo para sempre, como di o -atecismo )aior @!er s HAJC8 decado dessa !oca.ão por causado pecado, o homem continuou a ter em $eus a sua refer'ncia moti!acional, mas, agora,contra ele, *por"uanto, tendo conhecimento de $eus, não o glorificaram como $eus, nem lhederam gra.as8 antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocnios, o/scurecendo&se&lhes ocora.ão insensato* @Tin, %.8%3; "uando redimido, o homem, restaurado 6 imagem de -risto,tem a sua moti!a.ão original restaurada pelo Esprito Santo: *)as at% hoje, "uando % lido)ois%s, o !%u est2 posto so/re o cora.ão deles uando, por%m, algum deles se con!erte aoSenhor, o !%u lhe % retirado Ora, o Senhor % o Esprito8 e, onde est2 o Esprito do Senhor, ah2 li/erdade E todos nós, com o rosto des!endado, contemplando, como por espelho, aglória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como

 pelo Senhor, o Esprito* @I-o A1XC

7al como no i!ro das suas Institutas, -al!ino inicia o i!ro com a "uestão doconhecimento próprio e do conhecimento de $eus, diendo "ue o conhecimento "ue ohomem tem de si mesmo situa&se, em primeiro lugar, em "ue considerando o "ue nos foioutorgado na cria.ão e a /ondade de $eus em continuar a e(ercer gra.a para conosco,sai/amos "uão grande seria a e(cel'ncia da nossa naturea, se ti!%ssemos permanecidontegros, e "uão faltos nos tornamos de dessa e(cel'nciaF

$a!i -harles Uomes di "ue a oposi.ão entre o pensamento do cristão e o do não&cristão não%, apenas, uma "uestão de princpios ou de pers pecti!as, mas !ai al%m disso Te!ela ae(ist'ncia de *uma anttese contnua e um antagonismo entre cada aspecto dos sistemasconstrudos por eles Pressuposi.es não são como teoremas ou hipóteses dos "uais cada umassume um ponto de partida, mas "ue podem ser negadas ou aceitas São, antes, comorecept2culos "ue determinam "uais as e!id'ncias "ue serão consideradas e como serãoconsideradas* uando a psicologia secular, di $ - Uomes, inicia com a pressuposi.ão de"ue o homem de!e ser entendido como um ser contido em si mesmo, isto %, aut+nomo, todasas demais o/ser!a.es "ue se seguirem serão racionaliadas de maneira a defender a id%ia *9naturea antit%tica do cristão e do não&cristão deri!a&se dos moti!os do cora.ãoN <aremos /em em lem/rar "ue o pensamento secular permeou "uase "ue tão completamente o pensamento cristão moderno, "ue podemos dier "ue tanto o cristão "uanto o não&cristão podem partir de uma moti!a.ão autocentrada, se o cristão não for moti!ado por -risto a

 pensar os pensamento de $eus por meio do minist%rio do Esprito Santo

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9 resposta 6 primeira pergunta, então, torna&se simples: o homem % moti!ado por $eus 9fa!or ou contra ele uando o não&cristão considera como /2sicas "uais"uer outrasmoti!a.es, ele, na !erdade, elegeu dolos su/stituti!os de $eus O cristão de!eriaconsiderar "ue todas as demais moti!a.es são secund2rias = e "ue só $eus % o moti!ador doser 9s demais moti!a.es deri!am&se dos afetos do cora.ão

"o#os

$a!id PoQlison, falando da rela.ão entre moti!a.ão indi!idual e o condicionamentosociológico, di "ue a Escritura fala muito so/re idolatria' mas "ue um te(to em particular chama a sua aten.ão: *<ilhinhos, guardai&!os dos dolos* @1o RI1C -omo a!aliar umte(to como esse no final de um tratado de 10R !ersos so/re um relacionamento pessoalcom esus3, ele pergunta E responde: Vm de dois moti!adores controla a confian.a donosso cora.ão e afeta o nosso comportamento, pensamento e sentimento *Go conceito //lico*, di ele, *a "uestão da moti!a.ão % a "uestão do senhorio. uem ou o "ue regula o

meu comportamento, o Senhor ou um su/stituto3* PoQlison di tam/%m "ue o car2ter interior da moti!a.ão % demonstrado na *concupisc'ncia da carne* @)o I1B # *por"uetudo "ue h2 no mundo, a concupisc'ncia da carne, a concupisc'ncia dos olhos e a so/er/ada !ida, não procede do Pai, mas procede do mundo*C, essa in%rcia egosta "ue nos fa!i!er por *necessidades* e falsas esperan.as, as "uais afetam o nosso cora.ão O car2ter e(terno da moti!a.ão % demonstrado na e(pressão *o mundo*, figurando tudo o "ue modela,refor.a e condiciona essa in%rcia instruindo&nos na mentira Em contraste, *guardar&se dosdolos* significa !er de todo cora.ão a f%, a esperan.a e o amor de $eusF

7emos um só -riador e Senhor da nossa !ida, o "ual criou, mant%m e e(erce autoridadeso/re todas as coisas pelo poder da sua pala!ra Pela sua Pala!ra Escrita e Ki!a se re!elae mant%m comunhão conosco, como di oão: *O "ue era desde o princpio, o "ue temos

ou!ido, o "ue temos !isto com os nossos próprios olhos, o "ue contemplamos, e asnossas mãos apalparam, com respeito ao Ker/o da !ida @e a !ida se manifestou, e nós atemos !isto, e dela damos testemunho, e !o&la anunciamos, a !ida eterna, a "ual esta!a como Pai e nos foi manifestadaC, o "ue temos !isto e ou!ido anunciamos tam/%m a !ós outros, para "ue !ós, igualmente, mantenhais comunhão conosco Ora, a nossa comunhão % como Pai e com seu <ilho, esus -risto* @1o 11&AC

Portanto, temos uma !isão clara da moti!a.ão humana: pessoas @$eus ou dolosCmoti!am pessoas e pala!ras @Escritura ou !oesC moti!am pessoas

A$EI%&ES

Vsaremos o termo *afei.es* @cujo sentido inclui rela.ão e apegoC de modocompreensi!o para a/ranger todos os processos interiores do cora.ão, e o termo *afetos*@cujo sentido porta a id%ia do !er/o afetar, isto %, da"uilo "ue afetaC para descre!er asmo.es prim2rias dessas mesmas afei.es Por "ue *afei.es do ser* e *afetos docora.ão*3 Pareceu&me "ue esses termos seriam ade"uados para manter a mesma"ualidade do âmago do ser no processo su/se"?ente, mas diferenciando causas e de&corr'ncias $o mesmo modo, usaremos o termo *afeitos* para descre!er a dinâmica dasconse"?'ncias finaliadas no comportamento da pessoa

%onceito b(blico de a)ei'#es

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O conceito //lico de afei.es, na !ida espiritual em geral e em particular nareden.ão, tra ao cora.ão a id%ia de união de  pacto e de adoção. $i respeito 6s coisasinteriores "ue mo!em o ser, tal como no caso do profundo mo!imento de $eus na dire.ão doseu po!o: *Gão !os te!e o Senhor afei.ão, nem !os escolheu por"ue f+sseis mais numerososdo "ue "ual"uer po!o, pois %reis o menor de todos os po!os, mas por"ue o Senhor !osama!a e, para guardar o juramento "ue fiera a !ossos pais, o Senhor !os tirou com mão poderosa e !os resgatou da casa da ser!idão, do poder de <araó, rei do Egito* @$t JJ,XC8ou no caso do mo!imento de +natas ao encontro de $a!i: *Sucedeu "ue, aca/ando $a!i defalar com Saul, a alma de +natas se ligou com a de $a!i8 e +natas o amou como 6 sua própria alma Saul, na"uele dia, o tomou e não lhe permitiu "ue tor nasse para casa de seu pai +natas e $a!i fieram alian.a8 por"ue +natas o ama!a como 6 sua própria alma* @1Sm 1X1&A8 cf 1W1C, ou no caso do mo!imento de um homem ao encontro de uma mulher:*uando sares 6 peleja contra os teus inimigos, e o Senhor, teu $eus, os entregar nas tuasmãos, e tu deles le!ares cati!os, e !ires entre eles uma mulher formosa, e te afei.oares aela, e a "uiseres tomar por mulher, então, a le!ar2s para casa, e ela rapar2 a ca/e.a, ecortar2 as unhas, e despir2 o !estido do seu cati!eiro, e ficar2 na tua casa, e chorar2 a seu paie a sua mãe durante um m's $epois disto, a tomar2s8 tu ser2s seu marido, e ela, tua mulher*

@$t I110&1AC 9 Escritura fala so/re afei.es como os mais profundos afetos do ser interior: *7u, pois, ó Senhor dos E(%rcitos, "ue pro!as o justo e es"uadrinhas os afetos e ocora.ão* @r I01IC8 *E o seu entranh2!el afeto cresce mais e mais para con!osco,lem/rando&se da o/edi'ncia de todos !ós, de como o rece/estes com temor e tremor* @I-oJ1R8 cf B1IC

!s termos

9 >/lia usa muitas pala!ras diferentes, tanto no he/raico "uanto no grego, para se referir 

6"uilo "ue o conteúdo do termo portugu's, deri!ado do latim, afei.ão, di ao nosso cora.ãoEm 1 -r+nicas IWA, $a!i di "ue ama a casa do Senhor @deliciar&se, ter praer, amar, he/ratsah3. Em amenta.es A1, eremias di "ue seus olhos ha!iam entristecido @afetar, he/alai3 seu cora.ão Paulo, em U2latas H1J, di "ue certas pessoas "ueriam rou/ar&lhe oelo @afeto, gr  #elos3 dos g2latas8 em U2latas R, Paulo usa o termo como pai(ão e, emTomanos 1IB, -olossenses AR e Gálatas 5.2! "#$# %a&'(# ) s)*t&$)*t# +,-.

 pathena' pathos3; )$ 2 C#-*t&#s /.05! "#$# $#1&$)*t# &*t)-&#- +,-. splangchan3; )$ C#l#ss)*s)s ! %)*sa$)*t# +,-.  phroneo3; )$ R#$a*#s0.0 ) 2 T&$3t)# .! la4#s ) 6a$l&a +,-. astorgos3; )$ F&l&%)*s)s 2.0!la4#s ) a$&7a) +,-.  philostorgos3; )$ 0 T)ssal#*&")*s)s 2.8! t)-*#)s)9# +,-. himeiromao3; )$ F&l&%)*s)s 2.0! a$&7a)! "#$:*;(#!s#"&a<&l&a)! "#$:*&"a4(#! &st-&<:&4(#! #a4(#! ":&a# +,-.=oinonia3.

N# %#-t:,:=s! # t)-$# a6)&4(# %#-ta # s)*t&# ) )l)$)*t# <ás&"# aa6)t&1&a)! ) )sta# )$#"&#*al l&,a# à -)al&7a4(# ) :$a %:ls(#) ) a6)&4(# "#$# a$&7a)! a$#-! &*"l&*a4(#! t)*=*"&a! "#*)'(#!-)la"&#*a$)*t# %)ss#al! s&$%at&a! s)*t&$)*t#! %a&'(# ) )&"a4(#. A )>*&4(# %s&"#l3,&"a -)6)-)?s) a :$ "#*9:*t# ) 6)*@$)*#s%s:&"#s $a*&6)sta# "#$# )$#4(#! s)*t&$)*t# ) %a&'(#! s),:&#%#- &$%-)ss(# ) #- #: %-a7)-! sat&s6a4(# #: &*sat&s6a4(#! %-a7)- #:)s%-a7)-! 6)l&"&a) #: &*6)l&"&a). S&,$:* F-): +085?0!%#- )')$%l#! &l:st-#: s): %#*t# ) 1&sta s#<-) a s)':al&a) &*6a*t&l

"#$ :$a s&t:a4(# <<l&"a U$ ;#$)$ )&'a-á s): %a& ) s:a $() s),:*# # %-)")&t# <<l&"# ) s) :*&-á à s:a $:l;)- ass&$! a6)&4(# )

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s)*s:al&a) s) ass#"&a$...

 A:&! # :s# # t)-$# J # $a&s %-3'&$# a t#tal&a) # %)*sa$)*t# )Pa:l# )$ 2 C#-*t&#s .00?0! #*) # a%3st#l# &7

Pa-a 13s #:t-#s! 3 "#-*t&#s! a<-)$?s) #s *#ss#s lá<&#s! ) ala-,a?s)

# *#ss# coração. N(# t)*)s l&$&t)s )$ *3s $as )sta&s l&$&ta#s )$ 1#ss#s %-3%-&#s a6)t#s. O-a! "#$# 9:sta -)t-&<:&4(# +6al#?1#s "#$# a>l;#s! &lata&?1#s ta$<J$ 13s +$&*;a =*6as).

O t)-$# "#-a4(# +,-. =ardia3 *a Es"-&t:-a s:-,) %l)*# ) s&,*&>"a#)stá %-3'&$# a#s t)-$#s %)*sa$)*t#! "#,*&4(#! )*t)*&$)*t#! 1#*ta)!&s")-*&$)*t#! 9:l,a$)*t#! %-#%3s&t#! a6)&4(#! a$#-! 3&#! $)#!6)l&"&a)! t-&st)7a "#&sas :) %#)$! atJ $)s$#! a6)ta- #"#-a4(# 6s&"#. C#$# l)$#s )$ At#s 2.2! :$a "&ta4(# as %ala1-as) Da1& $#st-a a )st-)&ta "#*)'(# )*t-) # "#-a4(# *(#?6s&"# ) #"#-%# P#- &ss#! s) al),-#: # $): "#-a4(#! ) a $&*;a l*,:a )':lt#:

alJ$ &st#! ta$<J$ a $&*;a %-3%-&a "a-*) -)%#:sa-á )$ )s%)-a*4a *ass&$! ta$<J$! :) P-#1J-<&#s HI0&IA fala so/re pala!ras e ensino guardadosno cora.ão, enfatiando "ue: *So/re tudo o "ue se de!e guardar, guarda o cora.ão, por"uedele procedem as fontes da !ida*, pois, como di o te(to, isso % !ida e % saúde para o corpo,assim como afeta diretamente o "ue dirige a /oca, os olhos e os p%s $e certa maneira,o termo neotestament2rio afeição @gr  splagchanon' de rimC tam/%m !em pleno designificado de igual sentido, como ser interior, empatia, dar de siF

9ssim, os *afetos do ser* serão tomados, a"ui, como o conteúdo do su/strato interior da pessoa Gele ha/itam todas as for.as "ue permeiam o ser em toda a sua e(tensão, dae(peri'ncia 6 ela/ora.ão dos atos do corpo = de forma tão comum a todos nós e de formatão singular para o indi!duo como são a concep.ão, a gesta.ão, as dores, o parto e a

cria.ão de uma crian.a ; o "ue a pessoa % antes de sua própria descri.ão de si mesmoonathan EdQards escre!eu "ue: *9fei.ão % uma pala!ra "ue, em seu significado

ordin2rio, parece ser mais e(tensa do "ue pai(ão, sendo usada para descre!er todos os!igorosos e !!idos atos da !ontade ou inclina.ão* )as para nós, a"ui, % at% um pouco diferente do "ue onathan EdQards disse so/re afei.ão: *)as ainda assim não% o corpo, mas a mente apenas, "ue % o lugar apropriado das afei.es*F 9"ui, os afetos docora.ão significam os moti!os /2sicos da totalidade da pessoa e(pressos nos atos docorpo

oel T >ee[e di "ue -al!ino pensa!a "ue a alma consistisse de duas partes, intelecto e!ontade -Institutas 11RJC -om respeito ao cora.ão, ele di, -al!ino foi mais am/guo,

referindo&se a ele como mente ou intelecto, mas, mais fre"?entemente, como !ontade $issetam/%m "ue o !erdadeiro conhecimento de f% controla não apenas o entendimento, mas permeia o cora.ão por meio da aplica.ão do e!angelhoF

 Gas Institutas' oão -al!ino, falando so/re arrependimento, di:

)ois%s, em di!ersas ocasies, "uando "ueria mostrar como os israelitas de!eriam searrepender e tornar&se para o Senhor, disse "ue de!eriam fa'&lo de todo cora.ão e detoda alma @um modo de dier fre"?entemente usado pelos profetasC e, chamando isso decircuncisão do cora.ão, aponta a afei.ão internaN

Em outro tra/alho, $ - Uomes, discutindo so/re a unidade orgânica de cora.ão e

mente, compara os pensamentos de oão -al!ino e de onathan EdQards Primeiro, eleconsidera se -al!ino e EdQards parecem separar cora.ão e mente ou se estão, am/os, apenas

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descre!endo diferentes *mo!imentos* dentro do conjunto unificado da psicologia humana-al!ino, di $ - Uomes, fala de um *tipo* de conhecimento meramente especulati!o Gesse caso, sua discussão não est2 na "uestão desse conhecimento em oposi.ão ao*conhecimento do cora.ão*, mas sim, entre o *falso conhecimento e o conhecimento!erdadeiro "ue procede do con)unto unificadode um ser regenerado* Este último, *surgedas próprias percep.es de uma mente regenerada e tem suas raes num cora.ãoregenerado* =capacitado, portanto, para produir /ons frutos 9ssim tam/%m, em rela.ãoa EdQards, continua $ - Uomes, h2 muitas passagens nas "uais ele parece usar os termos*cora.ão* e *mente* como coisas separadas, ou, pelo menos, parece falar de um*conhecimento da mente* e de *um conhecimento do cora.ão* )as Uomes conclui,tal como ocorre com -al!ino, EdQards não fa distin.ão real entre mente e cora.ão,mas di, sim, "ue o não&regenerado não pode conhecer algo especulati!amente sem "ue issotenha sido afetado pelo cora.ãoN

*nidade or+,nica e diversidade )uncional

Pretendemos olhar a "uestão de uma perspecti!a "ue não seccione o ser humano, mas "uenos permita entender sua unidade orgânica e sua di!ersidade funcional Ueralmente, a literaturaso/re aconselhamento, cristã e não&cristã, apresenta modelos para descre!er o ser humano "uese caracteriam pela trplice di!isão: mente, emo.ão e !oli.ão 9pesar de essa perspecti!a ser correta para o propósito do estudo da personalidade, creio "ue ela, como "ual"uer outra perspecti!a semelhante @corpo, alma e esprito8 id, ego e superego, etcC concorre para aforma.ão de uma id%ia de parti.ão do ser humano 9ssim, procurando preser!ar a id%ia daunicidade do ser, mesmo reconhecendo o perigo de recorrer nesse erro, gostaramos deapresentar o referido conceito de afetos do coração não como uma op.ão 6s categoriasde mente, emoção e volição, mas como uma maneira de consider2&las

magine "ue a maneira comum de se considerar o ser humano como tripartido @ou /ipartido, como corpo e almaC seja como uma laranja a/erta no sentido dos seus gomos 9organia.ão dos gomos em conjuntos poder2 se adaptar de maneiras diferentes 6s di!ersasteorias so/re a forma.ão do ser Gelas, por%m, a intera.ão das partes, a despeito dastentati!as de unifica.ão, torna&se mecânica, deformando cada parte em rela.ão 6 sua fun.ão Go caso da di!isão mentelemoçãolvolição' al%m da id%ia do funcionamento estan"ue de cada parte, fica perdida a dinâmica do processo: todo pensamento %, primariamente, racional e,secundariamente, emocional e !oliti!o8 toda emo.ão en!ol!e mente e !oli.ão8 e todo ato!oliti!o % iniciado numa cren.a e pressupe uma opera.ão @"uer concluda numa a.ão "uer  permanecendo apenas planejadaC Go nosso caso, seria como se cort2ssemos uma laranja, primeiro, ao meio, e depois, prossegussemos cortando se.es paralelas e ou longitudinais, afim de preser!ar a id%ia da unicidade do ser humano e da multiformidade dos seusmo!imentos internos e e(ternos

9 afei.es do cora.ão encapsulam a mente, a emo.ão e a !oli.ão, mas de maneiradinâmica $esse modo, os processos do conhecimento e sua rela.ão com as e(peri'nciasinterna e e(terna do indi!duo, serão considerados 6 lu da dinâmica e da fluidecaractersticas das coisas !i!as

Seguindo essa linha, trataremos, /asicamente, das moti!a.es humanas, as "uais são amat%ria&prima do conteúdo pessoal do ser humano "ue direcionam os mo!imentos internose e(ternos do seu comportamento São os aspectos prim2rios "ue afetam o mais ntimo doser, o *cora.ão*

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A'eiç(es conscientes e inconscientes

$a mesma maneira "ue Piaget não "ueria adotar nem criticar a teoria psicanaltica, e por"ue tam/%m não a endossamos em suas /ases @em fun.ão da proposi.ão da antropologia //lica de um homem teo&referente e revelacionalmenteconhecidoC, "uero traer 6 nossa

aten.ão os termos conscientee inconsciente,"ue caracteriam o modelo psicanaltico,mas a partir de outros fundamentos e de uma perspecti!a //lica Piaget escre!e "ue aafeti!idade se caracteria por composi.es energ%ticas com distri/ui.es de cargas so/re umo/jeto segundo liga.es positi!as ou negati!as, e "ue, pelo contr2rio, a estrutura cogniti!a éo sistema de cone(es "ue pode e de!e utiliar, mas "ue isso não se redu somente aoconsciente8 o inconsciente cogniti!o consiste num conjunto de estruturas e funcionamentosos "uais o indi!duo ignora, não o/stante seja afetado por elas e "ue as conhe.a nos seusresultados E(istem tomadas conscientes da a.ão e recal"ues do inconsciente nesse processo Para ele, o senso comum forma uma id%ia insuficiente e err+nea da tomada deconsci'ncia moldando um *modo de !er* "ue projetaria esclarecimentos so/re a realidade,como um a/ajur aceso num "uarto "ue modificasse a apar'ncia delineada com lu esom/ras sem, contudo, modificar as posi.es dos o/jetos no "uarto Ele prefere dier "ue a

consci'ncia % mais do "ue isso, pois consiste em faer passar alguns elementos de um plano inferior inconsciente a um plano superior consciente 9 atuam a percep.ão do presente e suas reintegra.es com memórias !erdadeiras ou forjadas, juntamente com asinter!en.es de afetos de toda naturea

O inconsciente na )"!#ia

9 >/lia di algo a respeito do inconsciente3 )ois%s, no Salmo W0X, di: *$iante de ti puseste as nossas ini"?idades e, so/ a lu do teu rosto, os nossos pecados ocultos* @h/

'alam, segredo, coisa secreta, escondidaC Estaria ele se referindo a pecadosinconscientes3 -ertamente, ele o fa no Salmo 1W1I: *uem h2 "ue possa discernir as próprias faltas3 9/sol!e&me das "ue me são ocultas @h/ cathar,escondido, secretoC*Paulo, escre!endo aos Tomanos so/re o conhecimento t2cito "ue os incr%dulos t'm da lei de$eus, di: *Estes mostram a norma da lei gra!ada no seu cora.ão, testemunhando&lhestam/%m a consci'ncia e os seus pensamentos, mutuamente acusando&se ou defendendo&se, nodia em "ue $eus por meio de -risto esus, julgar os segredos dos homens, de conformida decom o meu e!angelho* @Tm I1R,1BC mostrando "ue h2 um testemunho consciente docora.ão com respeito 6 sua própria condi.ão8 escre!endo ao corntios so/re a efeti!idadeda profecia, ele di: *tornam&se&lhe manifestos os segredos @gr =ruptos' secreto, escondidoCdo cora.ão, e, assim, prostrando&se com a face em terra, adorar2 a $eus, testemunhando"ue $eus est2, de fato, no meio de !ós* @1-o 1HIRC, mostrando "ue h2 tam/%m segredos

do cora.ão a serem desco/ertos, os "uais antes não eram manifestos 9l%m disso, aEscritura fala de segredos enganosos do cora.ão, os "uais poderão ser inconscientes:*Enganoso % o cora.ão, mais do "ue todas as coisas, e desesperadamente corrupto8"uem o conhecer23 Eu, o Senhor, es"uadrinho o cora.ão, eu pro!o os pensamentos8 eisto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas a.es* @r 1JW,10C, e "ue de!eriam ser desco/ertos: *-omo 2guas profundas, são os propósitos docora.ão do homem, mas o homem de intelig'ncia sa/e desco/ri&os* @P! I0RC

Essas 2guas profundas do cora.ão, como os mares e os grandes lagos, apresentam maior transpar'ncia e clarea na superfcie, mas, 6 medida "ue se aprofunda nelas, se tornammais escuras e opacas -ertamente, nas 2reas da raão, da memória e da !ontade, os aspectosmais profundos do cora.ão estão sujeitos tanto 6s influ'ncias do fsico @por e(emplo,c%re/ro e neurossistemaC "uanto 6s do auto&engano

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9 fim de nos localiarmos "uanto 6 perspecti!a //lica do inconsciente, teremos de lan.ar os olhos para o "ue j2 e(iste e "ue tem sido formador de nossa opinião @seculariadaC Seriaimposs!el a"ui e at% mesmo numa cole.ão de li!ros, es!aiarmos a "uestão 9ssim, ser2melhor usar apenas algumas linhas para traer 6 nossa lem/ran.a as opinies maisrepresentati!as, no meu entendimento <reud o/ser!ou nos seus pacientes "ue a *e(peri'ncia passada*, muitas !ees, se mantinha inacess!el 6 memória consciente, e formulou, a partir da, sua teoria do *consciente, pr%&consciente e inconsciente*, a "ual permeou todo o seutra/alho ung, seu discpulo, deri!ou do inconsciente freudiano a sua teoria do *inconscientecoleti!o*, a "ual tam/%m permeou sua o/ra 9dler e outros neofreudianos mudaram essa'nfase no passado e no inconsciente para uma 'nfase no *a"ui e agora* <ran[l, no seu personalismo da psicologia e(istencial e(pandiu a 'nfase no inconsciente por meio de uma perspecti!a da centralidade do elemento *espiritual* como cerne de uma estrutura de*conscienteM pr%&conscienteMinconsciente* Go transpersonalismo de 9/raham )asloQ oinconsciente tam/%m desempenhou papel importante em rela.ão 6 fusão do ego, id, superegoe ego&ideal em termos de uma estrutura de consci'n  cia, pr%&consci'ncia e inconsci'ncia Gaan2lise transacional, 7homas 4arrL, principalmente, le!ando em conta o tra/alho de 9dler eSulli!an, defende "ue as tenses de algumas das distor.es do tema *eu estou o=' !oc'

est2 o= residem no inconsciente 9 terapia da >estalt rejeita a id%ia de "ue nossos*pontos cegos* e rigide se encontrem num inconsciente inacess!el, afirmando "ue elessão, de alguma maneira, conscientes Esses pensamentos influenciaram so/remodo osdi!ersos m%todos integrati!os de psicologia e o -ristianismo e, tam/%m o "ue temos por ade *psicologia popular cristã*, so/ di!ersos nomes = *cura do passado*, *cura interior*, *curade relacionamento*

Nosso uso do termo inconsciente

uanto ao nosso enfo"ue, o inconsciente não % um *departamento* do ser, mas um estadodo cora.ão, "uer afetado pela ato&estrutura do corpo @afetos t2citos, fra"ueaC "uer pelo

auto&engano = o "ual, se necess2rio for, poder2 ser acessado, ainda "ue so/ os efeitosno%ticos do pecado, pela sa/edoria humana, e de modo su/stancial e efeti!o pelo cristãomo!ido pelo Esprito Santo So/re isso a Escritura di: *Gem olhos !iram, nem ou!idosou!iram, nem jamais penetrou em cora.ão humano o "ue $eus tem preparado paraa"ueles "ue o amam )as $eus no&lo re!elou pelo Esprito8 por"ue o Esprito a todas ascoisas perscruta, at% mesmo as profundeas de $eus Por"ue "ual dos homens sa/e as coisasdo homem, senão o seu próprio esprito, "ue nele est23 9ssim, tam/%m as coisas de $eus,ningu%m as conhece, senão o Esprito de $eus Ora, nós não temos rece/ido o esprito domundo, e sim o Esprito "ue !em de $eus, para "ue conhe.amos o "ue por $eus nos foidado gratuitamente* @1-o IW&1IC

 AFETOS TKCITOS

 A)etos e o objeto 6#"al

7omei emprestada de )ichael PolanLi a id%ia de "ue o mundo e(terno repousa so/re /ases

metafsicas tacitamente aceitas* sso concorda com o pensamento testa //lico de "ue o

homem, criado como parte integral da naturea, % apto para reconhecer a realidade 6 "ual

 pertence 1I So/retudo, tendo sido criado por $eus, o homem % dotado com a capacidade

de perce/'&lo por meio das coisas criadas = o "ue o torna indesculp2!el = e com a

capacidade de rece/er, pelo Esprito de $eus, sua re!ela.ão especial = "ue o conscientiade culpa so/ a lei de $eus, sendo, por%m, redim!el por meio de -risto -omo di Paulo,

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9 ira de $eus se re!ela do c%u contra toda impiedade e per!ersão dos homens "uedet'm a !erdade pela injusti.a8 por"uanto o "ue de $eus se pode conhecer % manifestoentre eles, por"ue $eus lhes manifestou Por"ue os atri/utos in!is!eis de $eus, assim oseu eterno poder, como tam/%m a sua própria di!indade, claramente se reconhecem, desdeo princpio do mundo, sendo perce/idos por meio das coisas "ue foram criadas 7aishomens são, por isso, indesculp2!eis Ora, sa/emos "ue tudo o "ue a lei di, aos "ue !i!em

na lei o di para "ue se cale toda /oca, e todo o mundo seja culp2!el perante $eus, !isto"ue ningu%m ser2 justificado diante dele por o/ras da lei, em raão de "ue pela lei !em o pleno conhecimento do pecado )as agora, sem lei, se manifestou a justi.a de $eustestemunhada pela lei e pelos profetas8 justi.a de $eus mediante a f% em esus -risto,

 para todos De so/re todos os "ue cr'em8 por"ue não h2 distin.ão, pois todos pecaram ecarecem da glória de $eus, sendo justificados gratuitamente, por sua gra.a, mediante areden.ão "ue h2 em -risto esus, a "uem $eus prop+s, no seu san gue, como propicia.ão,mediante a f%, para manifestar a sua justi.a, por ter $eus, na sua tolerância, dei(adoimpunes os pecados anteriormente cometidos8 tendo em !ista a manifesta.ão da sua justi.ano tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificados da"uele "ue tem f% em esus*@Tm 11X&I08 A1W&IB8 cf caps 1&AC

E(iste uma distin.ão entre a consci'ncia do regenerado e a do não&regenerado, di Kan 7il:*O crente !' na naturea "ue ela foi criada por $eus, "ue ela mostra a glória do -riador8 onão&crente !' na naturea algo, total ou parcialmente, independente de $eus* Segundoele, "uando se estuda a naturea em rela.ão 6 personalidade humana, e esta % traida auma rela.ão !erdadeira com $eus, o s ignificado da naturea surge em toda a suae(pressão, pois *a naturea foi criada para o homem e o homem para $eus* 42 uma cone(ãoentre a naturea e o homem, e o homem pode concluir D"uer da gra.a "uer da ira de$eus e(posta na naturea = e portanto, no corpo humano = "ue ele !i!e pela gra.a de $eusE di ainda: *So/retudo, na atua.ão da sua consci'ncia Dpercep.ão a mente do homem% traida ao mais imediato contato com a !erdade so/re si mesmo ; isso "ue -al!ino procura le!antar "uando di "ue o homem tem um senso da deidade, e "ue a reside a própriacomposi.ão da religião -al!ino "uer dier "ue antes "ue deri!e "ual"uer conclusão

autoconsciente, ele tem em si mesmo uma intui.ão da !erdade 7eólogos t'm falado dissocomo um conhecimento inato (insira)distinto de conhecimento ad"uirido**

! conhecimento t$cito em Polan-i

PolanLi prope uma concep.ão da !erdade conforme tr's fatos: @1C todo conhecimento pelo "ual o homem ultrapassa os animais % ad"uirido pelo uso da linguagem8 @IC asopera.es da linguagem repousam, em última instância, em nossos poderes t2citos, os"uais são contnuos aos dos animais8 @AC esses atos de inteli g'ncia inarticulados /uscamsatisfaer padres auto&impostos e alcan.am suas concluses por meio do cr%dito em

seus próprios sucessos Ele di mais: *2 relacionei esses deci si!os coeficientes t2citosde articula.ão aos tr's tipos /2sicos de aprendiado em animais8 mas isso não se aplica 6nossa participa.ão pessoal intensi!a na /usca e na con"uista de nosso conhecimento9 origem dessa lida intelectual "ue @de algum modo, parado(almenteC tanto molda nossoentendimento "uanto assente com sua !eracidade, de!e se /asear num princpio ati!o$eri!a&se, de fato, de nossa sensi/ilidade e aten.ão inatas, tal como j2 manifestadas nosanimais inferiores em mo!imentos e(ploratórios e apetites instinti!os, e em algunsn!eis mais altos nos poderes da percep.ão* PolanLi di "ue encontrou a impulsosautomotores e autogratificantes em rela.ão ao propósito e 6 aten.ão "ue antecipam oaprendiado em animais, as "uais acionam o aprendiado *Esses são os protótipos primordiais dos anseios intelectuais mais altos "ue tanto /uscam satisfa.ão na /usca doconhecimento articulado "uanto d2 cr%dito a eles por seu mesmo assentimento* E

conclui, diendo "ue para se chegar a esses protótipos de!emos ir das mais /ai(as para asmais altas formas de lida intelectual e, com isso, chegar 6 percep.ão, para, só depois, lidar

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com os impulsos su/se"?entes 14

Para se entender /em essa !isão @e a totalidade da o/raC de PolanLi e para se o/ter unia !isão crtica cristã tanto teológica "uanto filosófica da sua o/ra em rela.ão ao nosso

tra/alho, % /om "ue se conhe.a o tra/alho de $a!i -harles Uomes Ele di "ue o pro/lemacom PolanLi % "ue ele apresenta o homem como o *ponto de 9r"uimedes*, conforme seu*programa de auto&identifica.ão* 9ssim, ele fica com a tarefa de mostrar *por "ue ecomo a id%ia de um propósito transcendental completamente a/erto e a/strato pro!' uma /ase suficiente para !erdadeira esperan.a para a e(ist'ncia humana, uma justifica.ão para a dire.ão da luta* sso não ser2 feito apenas pelo reconhecimento de "ue o homemtem uma aspira.ão eterna @em/ora Uomes concorde "ue ele tenhaC Gem ser2 por meio de,simplesmente, mostrar "ue o conhecimento humano procede de suas raes fiduci2rias e dofato de "ue o homem *sa/e mais do "ue pode dier** 9 argumenta.ão de Uomes % "uea lógica da integra.ão t2cita, assim como a do significado emergente, reconhece "ue oconhecimento humano * sempre de < para @por e(emplo, do o/ser!ador para o o/ser!adoCe dessa maneira, a progressão do conhecimento não poderia ser antropoc'ntrica, pois

falharia em esta/elecer um referencial concreto para os parâmetros e estruturas necess2rios 6integra.ão, integra.ão e intera.ão significati!as do próprio processo de < para. *Portanto,de sua perspecti!a e(clusi!amente antropoc'ntrica o homem * o único ponto de refer'ncia a

 posteriori para as integra.es naturais, e o único ponto de refer'ncia a priori para as assimchamadas integra.es transnaturais. 9 "uestão se torna, então, a seguinte: dada a /re!ee(ist'ncia do homem, e o fato de "ue o homem % um indi!duo consciente = e isso paraPolanLi era muito importante = por "ue continuar ansiando em !ão por a"uilo "ue est2 naeternidade3 Por "ue uma consuma.ão inimagin2!el, indeterminaria e no processo deemergir, essa emergente noologia e as o/riga.es nela en!ol!idas, de!eria ser uma fonte deesperan.a em "ue se acreditar e 6 "ual se su/meter3*

-om os parâmetros da re!ela.ão geral e especfica de $eus e na estrutura de -ria.ão,ueda e Teden.ão, *não precisamos considerar a dimensão t2cita de modo tão opaco*, diUomes 9 e!oca.ão de pressuposi.es /2sicas se toma a e!oca.ão das raes do cora.ão @edos afetos5CN Persiste o fato de "ue as raes t2citas últimas das raes do cora.ão@afetosC são não especific2!eis, !istas da perspecti!a da nossa su/jeti!idade *Gós asreconhecemos como os óculos naturais com os "uais atentamos acriticamente a todo o/jetofocal de nosso conhecimento* e *a infra&estrutura cristã torna essas *cren.ashumanamente não especific2!eis, mas tacitamente operati!as, parte do "ue % dado a partir do lado de fora @cf r 1JW,108 4/ H1IC 9 re!ela.ão especial identifica osafetos t2citos do cora.ão e suas atua.es *Oferece um no!o par de óculos com os "uaisatentamos ao significado da e(ist'ncia criada e 6 nossa condi.ão decada e sua refer'ncianegati!a ao car2ter de $eus 9 partir desses óculos revelacionais  podemos, efeti!amente,

atentar aos nossos moti!os /2sicos c or am  Deo @diante de $eusC 9l%m disso, elesre!elam -risto como o ponto de 9r"uimedes por meio do "ual as raes religiosas dare/elião t2cita do homem contra seu criador podem ser regeneradas e feitas coerentes,em princpio, com a interpreta.ão pessoal e o/jeti!a da realidade criada, feita pelo próprio$eus*

 Vida humana

 Geste presente estudo, a e(pressão afetos do coração ser2 estendida para co/rir o

conhecimento na totalidade da !ida humana -ontudo, em primeiro lugar, temos de definir o"ue "ueremos dier por *!ida humana* aL EdQard 9dams, di "ue "uando a >/lia ensina

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"ue 9dão foi feito *do pó da terra* @Un IJC est2 atestando a naturea material do homem,desde o princpio em identifica.ão, harmonia e continuidade com o mundo *O homem %terreno, da terra*, di ele O próprio nome 9dão significa !ermelho @/arroC e se tornou a pala!ra he/raica gen%rica para homem* )as, 6 parte dessa materialidade, so/re a "ualdiscutiremos depois, a >/lia tam/%m atesta "ue $eus soprou no homem o f+lego de!ida, e ele se tornou *alma !i!ente* @Un IJC -onclumos, assim, "ue a naturea dohomem, como ele foi criado, % materialMespiritual Gão duas cria.es Gão apenas mat%riainsuflada com f+lego de !ida, mas mat%ria com !ida interior autoconsciente

-al!ino entende essa cria.ão do homem "uase do mesmo modo Ele di: *-om efeito,ha!emos Dj2 antes ensinado da Escritura "ue Da alma * uma su/stância incorpórea $e!e&seacrescentar "ue, em/ora não se cinja propriamente a um lugar, contudo, infundida no corpo,a ha/ita como em uma resid'ncia, não apenas de sorte "ue a todas as partes lhe anime, e osórgãos lhe renda aptos e prestantes 6s a.es, mas ainda "ue mantenha o

1 primado no reger a !ida a criatura humanaF .21

 Antropologia bíblica

Para melhor compreender como esses afetos t2citos en!ol!em a totalidade da personalidade humana é preciso "ue se tenha uma !isão geral da antropologia //lica4erman $ooLeQeerd desen!ol!eu um estudo @não pu/licadoCFF&F do "ual podemos partir  para uma !isão acurada da antropologia //lica Seus pensamentos, em linhas gerais, poderiam ser assim resumidos:

O homem * um ser religioso Gosso pensamento moderno tenta manter uma !isão secular dohomem, a despeito de o desen!ol!imento do pensamento antropológico ocidental não fugir 6orienta.ão de um ou mais de "uatro moti!os /2sicos religiosos: @1C o moti!o grego da

 forma&mat*ria' @IC o moti!o escriturstico da religião judaico&cristã da -ria.ão&ueda&Teden.ão, @AC o moti!o da sntese romântica da nature#a&graça; e @HC o moti!o humanistamoderno da nature#a e lierdade. "s moti!os da forma&mat*ria' nature#a&graça e nature#a&lierdade são interiormente dial%ticos @dualismo "ue se mo!e para um ponto de sntese e portanto, opostoC Esse dualismo !em da fragmenta.ão interior da id%ia da origem de todasas coisas causada pelo direcionamento apóstata da origem da id%ia, em "ue oautoconhecimento % completamente di!orciado do conhecimento segundo Deus -coram

 Deo3. " conceito dualista de corpo e alma deri!a dessa fragmenta.ão 2 o moti!o dare!ela.ão di!ina = -ria.ão, ueda e Teden.ão em -risto = e(clui "ual"uer dualismo tantona auto&re!ela.ão de $eus como origem de todas as coisas, "uanto na re!ela.ão do homem para si mesmo

Segundo $ooLeQeerd, a antropologia //lica apresenta uma s%rie de distin.es:

Em primeiro lugar, o homem * um ser religioso' ,ntegro' interagente e inteirando&se. Suaunidade % descrita na >/lia, de diferentes perspecti!as, como homem interior?homeme$terior @Ef 3.14-21),esp,rito -ou alma3? corpo @7s RIJC coração?memros @Tm B, JC etc Gão h2 dualismo em "ual"uer das perspecti!as O homem foi criado ntegro e, ainda "uetenha ha!ido desintegra.ão por causa da "ueda em pecado, ele % feito no!o e ntegro emesus -risto 9 suposi.ão de "ue o homem seja dual @mentealma&esprito pensante e corpomaterialC por"ue a alma se separa do corpo na morte, de!e ser re/atida com o "ue aPala!ra de $eus re!ela: "uando h2 separa.ão @produto do pecadoC de alma e corpo, ocorpo morre por"ue a unidade foi desfeita uando a >/lia fala do homem como  ser religioso @isto %, de uma perspecti!a de unidadeC, usa fre"?entemente a met2fora do cora.ãosso por"ue sua id%ia /2sica % a de "ue o corpo não % o in!ólucro da alma, mas, sim, a de"ue o corpo * a e$ist5ncia temporal da alma @e nisso, $ooLeQeerd !ai al%m de -al!ino,definindo ainda mais a unidade do homemC

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Em segundo lugar, o homem * Teo&referente. 9s antropologias ditadas pelas filosofiasseculares, orientadas por moti!os /2sicos dial%ticos, apresentam uma teoria metafsicada alma humana, !inda do acaso material e indo para um ponto de atra.ão materialmentedeterminado Gessas teorias, o homem não % um ser religioso, mas, sim, material8 e a religião% apenas fruto da ignorância ou do uso errado de capacidades naturais de relacionamento emfun.ão da inclina.ão para o conhecimento O !erdadeiro conhecimento cientfico so/re ohomem se mant%m limitado 6 estrutura do corpo humano tomado no sentido da formatemporal da e(ist'ncia humana O pensamento filosófico, entretanto, e(ige uma id%ia da almahumana 9 "uestão %: -omo pode a e(ist'ncia temporal do homem ser teoricamentedesmontada em seus diferentes aspectos e estruturas indi!iduais, e ainda ser apreendida emsua unidade fundamental3 9 única resposta %: " homem * um ser religioso@ criativamentereceptivo e ativamente redentivo

Em terceiro lugar, o ser humano * singular e plural. Seu corpo não de!e ser !isto como um*corpo material o/jeti!o* nem sua mente como *alma espiritual a/strata* , mas, sim, am/osde!em ser !istos como uma singularidade: o corpo humano % o todo da e(ist'ncia temporalrece/endo sua profundidade em !irtude de sua concentra.ão na alma Este corpo presente se

desintegrar2, mas a alma se far2 em outro corpo @celeste e, depois, eternoC

Estr*t*ras inivi*ais

\als/ee[ e(plica o pensamento de $ooLeQeerd:* O corpo humano consiste de "uatroestruturas de indi!idualidade, das "uais as inferiores estão morfologicamente contidas pelas superiores "ue, en"uanto juntas, formam uma totalidade encapsulada O crit%rio para adistin.ão entre estruturas separadas % interno na sua naturea e pode, ainda, ser ligado coma forma corpórea e(terna:

7ualificação f,sico&(u,mica. Essa primeira "ualifica.ão não pode ser chamada em si

mesma de *estrutura corpórea* Só "uando entrela.ada com as estruturas superiores %"ue ela ad"uire essa designa.ão Go processo de desintegra.ão @uedaC de nosso corpona morte, as leis e estruturas de indi!idualidade desse aspecto se manifestam

7ualificação vegetativa ou i!tica. 9"ui surgem as estruturas de c%lulas !i!as e outrascom/ina.es /iológicas Esta estrutura, com sua esfera interna de so/erania, go!erna o processo !egetati!o do corpo en"uanto ele permanece fora da a.ão das fun.es ps"uicasou outras fun.es últimas Pertencem a essa "ualifica.ão o sistema ner!oso e seus tecidosmusculares, os ossos e as glândulas ener!adas pelo sistema aut+nomo

7ualificação ps,(uica ou função do sentimento instintivo. Esta estrutura go!erna asfun.es ps"uicas @sistema ner!oso central Dsens!el, sentidos, c%re/ro, medula e sistemaglandular, músculos Despecialmente os estriados ener!ados pelo sistemaC $entro de certos

limites, essas fun.es se encontram fora do controle da !ontade humana -ontudo, aestrutura seguinte, encapsulando as tr's anteriores, juntas formam um todo !oliti!o

7ualificação dos atos humanos ou ato&estrutura. Por *ato&estrutura* -moções'movimentos' atos3 entende&se todas as ati!idades "ue afloram da alma @ou espritoC"ue funcionam dentro da estrutura total encapsulada do corpo humano )ediante essasati!idades, so/ a lideran.a de pontos de !ista normati!os, o homem se dirigeintencionalmente a certos estados de coisas neste mundo ou no mundo da imagina.ão9ssim, relacionando esse estado de coisas intencional 6 sua própria "ualidade de ser, o*eu*, o homem promo!e seu ser interior

uando pensamos nas tr's primeiras estruturas /ai(as @fsico&"umica, /iótica e

 ps"uicaC em seus princpios peculiares e tpicos separadas de suas concep.es com aúltima superior @ato&estruturaC, não podemos pensar nelas como partes estruturais do

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corpo humano Somente "uando as tr's primeiras estruturas esti!erem jungidas 6 "uartaestrutura, poderão ser consideradas como partes essenciais do todo encapsulado chamado*corpo humano* Essas estruturas podem apresentar manifesta.es e(ternas aparentementeseparadas, mas, na !erdade elas são interagentes @por e(emplo, "uando a emo.ão, ou acogni.ão, ou a !oli.ão, parecem dominar indi!idualmenteC ; imposs!el se referir a"ual"uer parte do corpo humano como sede e(clusi!a de "ual"uer entrela.amento deestruturas O corpo humano e seus aspectos funcionam igualmente nas "uatro estruturas

Moos '*namentais

9 !ida ati!a do ser humano, ainda segundo $ooLeQeerd, IA  compreende tr's modosfundamentais: conhecimento, imagina.ão e !ontade Gão se pode separar esses modoscomo entidades isoladas por"ue eles estão essencialmente entrela.ados ; no car2ter intencional dos *atos* "ue repousa a *interioridade* do ser Essa ati!idade @desempenhoC% "ue realia a inten.ão do ato Por meio desse desempenho, o ato cogniti!o, o atoimaginati!o e o ato !oliti!o se entrela.am com o processo moti!ador da tomada de decisão,

o "ual %, por sua !e, traduido em *o/ras*

9ssim, os princpios //licos teológicos apontam para uma !isão singularMplural do homem,em !e de considerar os pontos de !ista dominantes da chamada *psicologia do ato* e dafenomenologia @4urssel, ShellerC, "ue afirmam "ue esses atos são não&corpóreos em origem,mas *psicon+micos, e(peri'ncias origin2rias do *eu* "ue, como centro da pessoa, !i!e puramente nesses atos O ser humano % uma totalidade integral de corpo e alma "ue *atua*segundo leis determinadas dentro de um am/iente de possi/ilidades !irtualmente ilimitadas9 ato&estrutura do seu corpo a/range todos os aspectos da realidade temporal O ser humano total, com todos os seus aspectos @incluindo o aspecto fsico&"umico e o /ióticoCest2 em cada ato do conhecimento, da imagina.ão e da !ontade $e!e&se o/ser!ar "ue: @1C

as chamadas associa.es do c%re/ro desempenham grande papel na ato&estrutura, sem "ue,contudo, seja colocada muita 'nfase na *localia.ão* ou centros de ati!idades cere/rais@uma !e "ue em casos de destrui.ão desses centros pro!oca ati!idade nas 2reas !iinhas "uesuprem o mesmo mister 9ssim, id%ias, moral e %tica, responsa/ilidade etc, re"uerem a participa.ão do homem total8 em contraste, os aspectos sensoriais e os motores podem ser localiados @ainda "ue não, restritosC

Corpo +*mano

  significante enfatiar "ue todo ato humano somente tem lugar no corpo humano,

ainda "ue tenha origem na alma como o centro espiritual da e(ist'ncia da pessoa ;incorreto dier "ue o esprito, ou alma, pensa, imagina ou "uer, assim como seriaincorreto dier "ue o corpo pensa, imagina ou "uer " homem todo' como unia unidadeintegral de corpo e alma' desenvolve esses atos. Em outras pala!ras, esses atos não sãonunca puramente espirituais ou corporais -ontrastando com o "ue foi dito acima, a ato&estrutura %, em si mesma, não&diferenciada Ela não se "ualifica por "ual"uer aspecto modalem particular Os atos humanos, em "ual"uer das tr's dire.es fundamentais, podem ser "ualificados por "ual"uer dos aspectos modais Esse car2ter não&diferenciado dos atoshumanos %, insepara!elmente, relacionado 6s suas fun.es como campo de e(pressão doesprito humano no sentido escriturstico, religioso Vma !e "ue o esprito transcendetoda estrutura temporal de !ida, ele de!e estar ha/ilitado a e(pressar&se em todos oscampos da realidade O car2ter espiritual do homem o diferencia dos animais, os "uais não

 podem se relacionar espiritualmente, ou seja, com todos os aspectos da realidade 9 despeitode ser não&diferenciada em rela.ão aos demais aspectos modais da realidade, a ato&estrutura

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do homem % normati!a Ela se manifesta em harmonia com todas as ato funçõesconcentradas no *eu* @o ponto de concentra.ão da !ida ati!a do homemC e manifesta&se,após, em su/ordina.ão hier2r"uica do su/strato inconsciente da !ida ati!a ao superestratoconsciente uando a harmonia % "ue/rada, como no caso da es(ui#ofrenia' aparecemsintomas de desintegra.ão patológica Gessas situa.es, os atos inconscientes "ue/ram asu/ordina.ão hier2r"uica aos atos conscientes e desintegram o *eu* ou indi!idualidade<inalmente, radicais, como se(o @macho e f'meaC, ra.a, etc8 e !ari2!eis, comonacionalidade, cultura, orienta.ão social, etc Esses tipos formam o campo de in!estiga.ão da*caracterologia* @estrutura da personalidadeC -ar2ter % a e(pressão tpica temporal da in&di!idualidade do esprito humano na ato&estrutura do corpo humano -ar2ter como tipo deindi!idualidade temporal de!e ser distinguido de *cora.ão* como centro espiritual dae(ist'ncia humana -ar2ter, nesse sentido, não % de naturea espiritual, mas corpórea Essanaturea corpórea % e!idente na naturea heredit2ria das disposi.es de car2ter @nos seusaspectos prim2rios, pois pode sofrer mudan.aC Essas disposi.es são transmitidasgeneticamente Essa transmissi/ilidade, contudo, só di respeito a potencialidades edisposi.es8 a hereditariedade de caractersticas ad"uiridas jamais foi demonstrada O car2ter humano * de naturea normati!a Os chamados *temperamentos*, ou seja, as disposi.es

 /ióticas do homem @especialmente as do se(oC, e suas disposi.es fisicamente "ualificadassão ligadas e entrela.adas encapsuladamente com seu car2ter

Natureza humana

9l%m das distin.es descritas acima, h2 uma distin.ão marcante entre a cria.ão dohomem e a forma.ão do homem 9 cria.ão do homem pertence ao tempo p,stico @relati!o 6f%, Un 1IJC e 6 forma.ão temporal do homem pertence ao tempo fsico @Un IJC Os dias dacria.ão de!em ser entendidos em termos de tempo  p,stico' não em termos de tempo comorota.ão da terra8 o segundo relato @Un IC, sim, trata do processo de forma.ão O conceitoe!olucionista não reconhece as estruturas indi!iduais por"ue as o/ser!a dentro do tempofsico e não na /ase da ordem de $eus na cria.ão Essa cria.ão do homem @corpo e almaC, a"ual, pela Escritura, foi feita completa, desdo/ra&se criati!amente por meio da gera.ão 9gera.ão do homem tem tanto o aspecto fsico @corpóreoC "uanto o aspecto espiritual@religiosoC -om respeito ao aspecto corpóreo, a humanidade % gerada em tempo cósmico @deum só sangue = 9t 1JIBC -om respeito ao aspecto religioso, somos *semente espiritual* de9dão e, como resultado de sua ueda, participamos de seu pecado Por meio da regenera.ão pelo Esprito Santo essa descend'ncia religiosa de 9dão % interrompida 9 regenera.ão peloEsprito Santo tem, como condi.ão, a descend'ncia *natural* de 9dão O *homem natural*!em primeiro e, depois, o *homem espiritual* arraigado em -risto

Segundo E 9dams, se "uisermos sa/er o "ue significa a naturea humana teremos de

atentar para o primeiro homem criado, 9dão, tal como ela era originalmente -ontudo, auniformidade de todas as coisas foi perdida "uando 9dão pecou, e assim, não mais podemosconhecer sua naturea original -risto, contudo, o segundo 9dão, não conheceu pecado Ele,sen  do $eus, % !erdadeiramente homem e, em sua carne, prefigura o "ue os sal!osha!erão de ser Gão podemos sa/er tudo o "ue ele pensa, mas o Esprito Santo nos dirigea toda !erdade "ue ele fe e disse, de modo "ue o conhe.amos su/stancialmente *Se"uisermos sa/er o "ue % o amor normal, teremos de olhar para -risto e ou!i&lo O mesmo %!erdadeiro para "ual"uer 

rtoutro comportamento, atitude ou uso da emo.ão111H

esus -risto % a re!ela.ão da plenitude $eus oão di "ue ele era o Ker/o e "ue oKer/o esta!a com $eus e "ue o Ker/o era $eus: *Gingu%m jamais !iu a $eus8 o $eus

unig'nito, "ue est2 no seio do Pai, % "uem o re!elou* @o 11X8 !er 1&1XC $esse modo,conhecer a esus -risto % conhecer a $eus e ao homem

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Sinclair 1A <erguson, falando do Esprito de $eus em rela.ão a esus -risto, ressaltacomo o Senhor esus disse "ue en!iaria *outro paracleto* O próprio esus era o*Paracleto* "ue en!iaria *o Outro*,F &R segundo escre!eu o apóstolo oão E oão mesmoidentificou essa rela.ão como a de testemunho mútuo: o <ilho testemunhou a respeito doEsprito e o Esprito testificaria so/re o <ilho *Esse relacionamento est2 implcito nas pala!ras de Paulo em Tomanos XW,10, onde o Esprito e -risto são !irtualmenteintercam/i2!eis apontando para sua e"ui!al'ncia econ+mica en"uanto reconhece suasdistin.es pessoais*, di <erguson Salta aos olhos, continua ele, *"ue ele possua, em suanaturea humana, profundo conhecimento de $eus, o "ue o re!estiu o seu ensino deno!idade, de autoridade e de senso de realidade* <erguson di ainda "ue *o fato de esus ser o homem do Esprito, não % meramente uma categoria.ão teológica8 % uma realidade decarne e sangue* E, no "ue % importante para o nosso estudo, <erguson di ainda: *esuscresceu na sa/edoria "ue !em do alto* @7g A1JC, "ue ele era s2/io e "ue ele re!ela!a suasa/edoria por meio de sua !ida saud2!el e dos atos feitos na humildade "ue procede dessasa/edoriaN

*nidade e centralidade dos a)etos

Escre!endo aos crentes de <ilipo, Paulo os conclama 6 unidade em -risto por meio de pala!ras "ue, claramente, mostram a centralidade dos afetos: *Se h2, pois, alguma e(orta.ãoem -risto, alguma consola.ão de amor, alguma comunhão do Esprito, se h2 entranhadosafetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo "ue penseis a mesma coisa,tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento* @<p I1C 9oscorntios, como jácitamos, ele ad!erte so/re a causa da aus'ncia dessa unidade: *Gãotendes limites em nós8 mas estais limitados em !ossos próprios afetos* @I-o B1IC

O Esprito Santo falou por meio do mesmo apóstolo Paulo, em 1 corntios, so/re as coisas

mais e(celentes, as "uais eram !itais para os corntios Ele disse "ue, para se !i!er um-ristianismo !erdadeiro, os poderes do conhecimento e da sa/edoria @caps 1, IC, o poder espiritual e a consagra.ão @caps A, HC, a purea e a disciplina @caps R&JC a religião e o culto@X&11C, não /asta!am os recursos da autoridade e(terna e do poder da linguagem @cap 1IC Go captulo 1A, ele fa um resumo dessas coisas para, então, dier "ue, ainda "ue elas fosseme(celentes !ias de acesso, não eram, contudo, a rota principal, a so/ree(celente: *9gora, pois, permanecem a  f5' a esperança e o amor; estes tr's, por%m, o maior deles % o amor* @-o 1A1A, cf 1&1AC

; importante o/ser!ar o sentido de alguns termos desse te(to: *9gora, pois, permanecem@gr nieno' ha/itarC a f% @gr  pistis' certea, cren.a, con!ic.ãoC, a esperan.a @gr elpis'antecipa.ão, e(pecta.ãoC, e o amor @gr agape' afei.ão de /em&"uererC* 9 amplia.ão desse

!ersculo na The Amplified Bile17

di: *E assim, f%, esperan.a e amor ha/itam Df%, con!ic.ãoe cren.a com respeito 6s rela.es de $eus com o homem e com as coisas di!inas8 esperan.a,e(pecta.ão alegre e confiante na sal!a.ão eternal8 amor, !erdadeira afei.ão por $eus e peloamor, fluindo do amor de $eus por nós, esses tr's, mas o maior % o amor* Seria como sePaulo esti!esse diendo: 1e voc5s (uerem viver o verdadeiro evangelho' deverão' soretudo'haitar na f* (ue espera (ue as coisas se)am como Deus di# (ue são' e agir' coerentemente'em amor 

$ - Uomes escre!e tam/%m:

PolanLi insistia "ue o paradigma Paulino, de f%, o/ras e esperan.a, % a *única concep.ãoade"uada* de conhecimento, e, em certo sentido, de ser Entretanto, para Paulo sua f%tinha um o/jeto concreto e sua esperan.a se /asea!a em promessas de participa.ão pessoal na*consuma.ão inimagin2!el* )as o "ue restou para PolanLi como f% foi, simplesmente,

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uma esperan.a conce/ida como um *pressentimento jamais consumado* e uma !oca.ão"ue % tam/%m um fado3

Epansão de termos

Para nós, a"ui, usaremos cada um dos termos = f%, esperan.a e amor =a partir de certossentidos usados em algumas partes da Escritura e procuraremos e(pandi&os para co/rir outros sentidos usados em outras partes da Escritura

O termo f% ser2 utiliado, primariamente, para descre!er uma cren.a do cora.ão,como foi usado, por e(emplo, por Paulo: *9 minha pala!ra e a minha prega.ão nãoconsistiram em linguagem persuasi!a de sa/edoria, mas em demonstra.ão do Esprito e de poder, para "ue a !ossa f% não se apoiasse em sa/edoria humana, e sim no poder de $eusEntretanto, e(pomos sa/edoria entre os e(perimentados8 não, por%m, a sa/edoria destes%culo, nem a dos poderosos desta %poca, "ue se reduem a nada8 mas falamos asa/edoria de $eus em mist%rio, outrora oculta, a "ual $eus preordenou desde a eternidade para a nossa glória* @1-o IH&JC8 e por 7iago: *7oda /oa d2di!a e todo dom perfeito sãol2 do alto, descendo do Pai das lues, em "uem não pode e(istir !aria.ão ou som/ra demudan.a Pois, segundo o seu "uerer, ele nos gerou pela pala!ra da !erdade, para "uef+ssemos como "ue primcias das suas criaturas* e *9 sa/edoria, por%m, l2 do alto %, primeiramente, pura8 depois, pacfica, indulgente, trat2!el, plena de misericórdia e de /onsfrutos, imparcial, sem fingimento* @7g 11J,1X8 A1JC O escritor de 4e/reus define otermo acuradamente: *Ora, a f% % a certea de coisas "ue se esperam, a con!ic.ão de fatos"ue se não !'em* @4/ 111C, conforme !eremos adiante

O termo esperan.a ser2 utiliado, primariamente, para descre!er uma e(pectati!a docora.ão, da maneira como o salmista usou: *$escansa no Senhor e espera nele, não te

irrites por causa do homem "ue prospera em seu caminho, por causa do "ue le!a a ca/oos seus maus desgnios* @S AJJC E o como o usou o mestre de Pro!%r/ios: *9esperan.a dos justos % alegria, mas a e(pecta.ão dos per!ersos perecer2* @P! 10IXC e*9 esperan.a "ue se adia fa adoecer o cora.ão, mas o desejo cumprido % 2r!ore de!ida* @P! 1A1IC eremias tam/%m usa o termo nesse sentido: *)inha alma,continuamente, os recorda e se a/ate dentro de mim uero traer 6 memória o "ue me pode dar esperan.a 9s misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, por"ue as suas misericórdias não t'm fim* @m AI0&IIC E Paulo o corro/ora: * naesperan.a, fomos sal!os Ora, esperan.a "ue se !' não * esperan.a8 pois o "ue algu%m!', como o espera3* @Tm XIHC8 *Togo&!os, pois, eu, o pri  sioneiro no Senhor, "ue andeis demodo digno da !oca.ão a "ue fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, comlonganimidade, suportando&!os uns aos outros em amor, esfor.ando&!os diligentemente por preser!ar a unidade do Esprito no !nculo da pa8 h2 somente um corpo e umEsprito, como tam/%m fostes chamados numa só esperan.a da !ossa !oca.ão8 h2 um sóSenhor, uma só f%, um só /atismo8 um só $eus e Pai de todos, o "ual % so/re todos, age por meio de todos e est2 em todos* @Ef H1&BC

O termo amor ser2 utiliado para descre!er, primariamente, uma disposi.ão do cora.ão para a a.ão, tal foi usado por oão "uando, por e(emplo, ele escre!eu: *<ilhinhos, nãoamemos de pala!ra, nem de lngua, mas de fato e de !erdade* @)o A1XC *Por"ue este % oamor de $eus: "ue guardemos os seus mandamentos* @1o RAC *E o amor % este: "ueandemos segundo os seus mandamentos Este mandamento, como ou!istes desde o princpio, % "ue andeis nesse amor* @Io BC E Paulo tam/%m di: *O amor não pratica o malcontra o pró(imo8 de sorte "ue o cumprimento da lei % o amor* @Tm 1A10C e *a f% "ue atua pelo amor* @U1RBC *7odos os !ossos atos sejam feitos com amor* @1-o 1B1HC

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S"m!o#os

 Ga perspecti!a "ue gostaramos de apresentar, o homem interior % afe tado pelo trin+miodinâmico da f%, da esperan.a e do amor e não por cada um deles isoladamente Esseselementos do cora.ão são integrantes e interati!os e intencionais Eles tendem a integrar as

 partes em uma totalidade significati!a por meio de um processo em "ue o mo!imento noa!an.o do conhecimento orienta os demais mo!imentos para um conse"?ente mo!imento proposital -ontudo, cada um desses afetos do cora.ão, ou do homem interior = f%,esperan.a e amor = tem uma dinâmica especfica 9 f% tem um mo!imento para cima @parao transcendentalC, a esperan.a tem um mo!imento de fora para dentro @para o "ue % percept!el, sensorialC, e o amor tem um mo!imento de dentro para fora @psicossocialC

Vsaremos, como na figura da p2gina seguinte e no decorrer do estudo, dois sm/olosrepresentando as id%ias de mo.ão de < para' e mo!imentos de ha/ita.ão 9 mo.ão de <paraindica "ue o conhecimento tem um aspecto susidiário @deC e um aspecto focal @paraC Vmmission2rio aprendeu isso de modo inusitado Ela/orando o dicion2rio de uma certa lnguaindgena, ele recorreu 6 ajuda de um dos ndios, o "ual lhe identifica!a as pala!ras com osdi!ersos conceitos e coisas 9 certa altura do tra/alho, ele ficou intrigado com o *fato* de "uemuitas coisas tinham o mesmo nome ]r!ore, /arco, lua, montanha, algumas pessoas adistância, etc 9t% "ue desco/riu "ue os ndios da"uele grupo não aponta!am as coisas com odedo, mas com o /ei.o O nome *comum* 6"uelas coisas, era o nome dado ao dedo Gessecaso, o dedo * o ponto focal su/sidi2rio e as coisas, o ponto focal

Tepresentaremos a mo.ão de para com uma seta O mo!imento de haitação'entendido como a cren.a /2sica dinamiada pelos afetos t2citos, ser2 representada pelaseta de retroalimenta.ão -feedac= loop3.

Revela'ão de Deusde /i mesmo e da realidade criada

 Ga figura acima, fé, esperança e amor são afetos criados por $eus na forma.ão do ser humano "ue o capacita e ha/ilita a contatar $eus, o mundo e as pessoas, respecti!amente9 f%, a esperan.a % o amor são afetos "ue se inteiram numa unidade na "ual cada umconser!a seu significado indi!idual e e(pande seu sentido para integrar os demais 9 f%, aesperan.a e o amor interagem entre si por meio da dinâmica emocional 9 f% * a cren.a nare!ela.ão especial do dom de $eus pelo "ual o homem rece/e a sua gra.a num mo!imento para lhe transmitir o refle(o da glória do seu car2ter e pelo "ual o homem responde 6 gra.ade $eus, segundo a !oca.ão para *cultu2&lo e ser!i&lo* 9 esperan.a % a confian.a de f%

de "ue $eus % !erdadeiro, e a e(pecta.ão de f% de "ue a realidade perce/ida atua so/ seucontrole, autoridade e presen.a, respondendo ao homem segundo a /ondade e a justi.a de$eus O amor e a opera.ão emocional interior da f% segundo a esperan.a no sentido deatuar so/re a realidade criada segundo o mandato cultural de *culti!ar e guardar*,guardadas as !ari2!eis históricas da -ria.ão, da ueda e da Teden.ão

%!N0E%I&ENT! PE//!A1

Essas mo.es dos afetos compreendem o conhecimento Se fosse poss!el definir osignificado do aconselhamento @da própria !ida5C num só termo, esse seria o termoconhecimento' essencial para o aconselhamento, como ó disse: *-omo sa/es aconselhar ao "ue não tem sa/edoria e re!elar plenitude de !erdadeiro conhecimento3* ó IBAC

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Vm menino pe"ueno, desejoso de participar da con!ersa dos irmãos #inspirada pelamudan.a da famlia para a faenda "ue iam conhecer #so/re *o "ue iriam ser "uandocrescer*, disse, num só f+lego: *O "ue eu j2 sei /asta para ensinar Fos caipiras #  Vmirmão, hoje j2 falecido, certa !e se ergueu diante da congrega.ão, numa reunião deestudo //lico, para dier: *Pastor, se somos respons2!eis pelo "ue aprendemos, eu não"uero aprender mais # o "ue eu sei d2 para e!angeliar as pessoas com as "uais eu con!i!o*7enho ou!ido muitas e muitas !ees, coisas como essas Pessoas "ue se orgulham de jamaisterem lido um li!ro fora da sua própria 2rea profissional, e outras "ue aprendem muito, sem jamais chegar ao conhecimento da !erdade 7al!e seja por causa da pregui.a mental, tal &!e por falta de instru.ão /2sica, mas certamente, por causa do pecado, pois oconhecimento % uma ordem di!ina

%onhecimento de Deus

7odo conhecimento pressupe o conhecimento de $eus, pois a"uele "ue nos criou

an2logos a ele, nos fe para "ue o glorific2ssemos @espelh2ssemos seu car2terC di: *Gão seglorie o s2/io na sua sa/edoria, nem o forte, na sua for.a, nem o rico, nas suas ri"ueas8 maso "ue se gloriar, glorie&se nisto: em me conhecer e sa/er "ue eu sou o Senhor e fa.o mise&ricórdia, juo e justi.a na terra8 por"ue destas coisas me agrado, di o Senhor* @r WIA,IHC 7ão logo $eus criou o homem e o colocou num am/iente apra!el, plantou,entre as tantas 2r!ores do jardim, duas 2r!ores especiais: a 2r!ore da !ida e a 2r!ore doconhecimento do /em e do mal @cf Un IWC, como pontos su/sidi2rios apontando o ponto focal da gra.a de $eus em !erdade, amor e justi.a

O pecado de 9dão e E!a corrompeu o conhecimento do /em @o "ual, pela gra.a dele,lhes foi dado dominarC, e lhes a/riu as portas para o conhecimento do mal @o "ual só $eus pode dominarC Por causa do pecado, at% mesmo a gra.a da sa/edoria e do conhecimento de

$eus se tornou enfadonha para o homem @Ec IIBC O salmista di "ue os c%us re!elam aglória de $eus e o firmamento anuncia suas o/ras, sem linguagem, sem pala!ras, at% osconfins do mundo @S 1W1&HC, mas os homens a/orreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor8 por isso $eus lhes d2 a comer um outro fruto, o fruto do seu próprio procedimento para "ue se fartem de conselhos seculares e de estultcia -ontudo, agra.a de $eus permanece e ele ainda concede o seu conhecimento como uma ha/ita.ãosegura, para uns, e como casa de morte para outros = sua percep.ão da realidade criada e asua impressão de /em&estar os le!am 6 perdi.ão @P! 1IW&AAC 7odos os homens t'malgum conhecimento de $eus, mas como não o glorificam como $eus e despream oseu conhecimento, o próprio $eus os entrega a uma disposi.ão de cora.ão repro!2!el eaos seus comportamentos incon!enientes @Tm 1I1,IXC

7odos são chamados para conhecer a $eus, re!elado completamente em esus, mas amaioria o rejeita8 alguns são especialmente chamados e o rece/em @o 1 1& 1XC, juntamentecom um conhecimento !erdadeiro e su/stancial da f%, da esperan.a e do amor @Ef 11J&1WC 9estes, o mestre de Pro!%r/ios di "ue a"uele "ue aceita as suas pala!ras @f%C e guardano cora.ão os seus mandamentos @esperan.aC e inclina o cora.ão ao entendimento @amorC = com a disposi.ão de "uem d2 !alor maior 6 intelig'ncia e ao entendimento do "ue ao ouroou 6 prata = esse conhecer2 o Senhor e e(perimentar2 praer no conhecimento @P! I 1 & 10C

9l%m disso, a Escritura tam/%m di "ue o mesmo $eus "ue criou o mundo e "uechamou a lu das tre!as, ele mesmo, em -risto, resplandece no nosso cora.ão *parailumina.ão do conhecimento da glória de $eus, na face de -risto* @I-o HBC, o "ual*sempre nos condu em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância doseu conhecimento*

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$e modo "ue, ainda "ue para os "ue não conhecem a $eus possa parecer "ue cheiremos 6morte, tanto para eles "uando para os "ue são sal!os, *somos para com $eus o /om perfume de -risto Para com estes, cheiro de morte para morte8 para com a"ueles, aromade !ida para !ida* @cf I-o I1H&1JC

Vm dia, a terra se encher2 do conhecimento do Senhor @4c I1HC )as, en"uanto o

Senhor não !em ou nós não formos a ele, de!eremos conhecer mais e prosseguir noconhecimento do Senhor = *como a al!a, a sua !inda % certa8 e ele descer2 so/re nóscomo a chu!a, como chu!a ser+dia "ue rega a terra* @Os BAC = com o o/jeti!o dechegar 6 unidade da f% e do pleno conhecimento do <ilho, at% 6 sua !aronilidade, 6 suaestatura 9ssim, não seremos da estatura moral de meninos, agitados pelas !oes e artima&nhas humanas "ue induem ao erro, *)as, seguindo a !erdade em amor, cres.amos em tudona"uele "ue % a ca/e.a, -risto* @Ef H1A&1RC Gesse sentido, Paulo pediu a $eus "ue osfilipenses pudessem aumentar seu amor em pleno conhecimento e percep.ão Sua f%,sua esperan.a e seu amor consistiam em conhecer a -risto esus, o Senhor, e emreconhecer "ue todas as coisas, sem $eus, seriam como refugo @<p AXC, não fosse o fatode "ue a su/limidade, o conhecimento, a profundidade da sa/edoria e do conhecimento de$eus, pelo conhecimento da mente do Senhor, o le!asse a "uerer conhecer todas as

coisas: *Por"ue dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas 9 ele, pois, a glóriaeternamente 9m%m5* @Tm 11AB8 cf AA&ABC

O conhecimento de $eus para o conhecimento de si mesmo e para o conhecimento darealidade criada por $eus, tanto de pessoas "uanto de coisas, % esse /em indefin!el "uese chama !ida, e "ue, para os sal!os, % !ida eterna @historicamente passada, presente e para sempreC: *E a !ida eterna % esta: "ue te conhe.am a ti, o único $eus !erdadeiro, ea esus -risto, a "uem en!iaste* @o 1JAC

ohn <rame considera a perspecti!a e(istencial desse conhecimento como uma"ualidade do teólogo Gão somente, digo, do teólogo acad'mico, mas do ser humano,

religioso e recepti!amente criati!oMati!amente redenti!o Essa teologia, di ele, % denaturea pessoal @1C como e(pressão e aplica.ão da f%, @IC como e(pressão de ser!i.ocomo os minist%rios da igreja ou do tra/alho secular, @AC como e(pressão das pressuposi.es "ue h2 no homem interior, surgindo de di!ersas fontes, como raão sen&sa.ão, emo.ão, etc, @HC como e(pressão das influ'ncias so/re nossa leitura dahermen'utica de $eus @a Escritura como int%rprete de si mesma como re!ela.ão escrita eda re!ela.ão naturalC ou da hermen'utica dos homens @como interpretes de si mesmos e danaturea *aut+noma*C8 e @RC como e(pressão da pessoalidade do conhecimento do $eus"ue se manifesta pelas o/ras de suas mãos, mas "ue só se re!ela na Pala!ra escrita e naPala!ra !i!a em -risto

O conhecimento de $eus, di <rame, % coisa do cora.ão, isto %, o âmago do ser, o próprio

car2ter da pessoa O cora.ão decado por causa do pecado % completamente ignorante dascoisas de $eus e, assim, o homem sem $eus pode conhecer alguma coisa, mas não podeconhecer seu 9utor, seu significado, sua finalidade nem "ual o poder "ue a mant%m 9ocrente, o Esprito do Senhor dirige ao conhecimento de $eus e das coisas de $eus "homem te!logo rece/e esse conhecimento de $eus e o processa por meio de tudo o"ue ele mesmo % e de todas as capacidades dadas por $eus: intelecto, imagina.ão,!ontade, sensa.ão, dons e talentos naturais

Razão

9 raão, di <rame, tem sido usada para se referir 6 lógica, ao m%todo do pensamento@como os *es"uemas*C, mas de!eria ser definida como *a ha/ilidade ou capacidade humana

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 para formar julgamentos e infer'ncias* e , num sentido normati!o, como a ha/ilidade oucapacidade de formular julgamentos e infer'ncias corretos uanto 6 percep.ão e 6e(peri'ncia, ele di "ue @1C ela não est2 somente relacionada 6 sensa.ão o/tida pelasopera.es dos órgãos do corpo, mas 6 opera.ão do conhecimento ganho pelos processossensoriais -om respeito 6 e(peri'ncia, ele di "ue ela não depende só da percep.ão$e fato, a e(peri'ncia en!ol!e aspectos m,sticos -f*3' morais @esperan.aC e %ticos @amorCda"uilo "ue % re!elado, o/ser!ado e analisado, com os "uais o conhecimento o/tido % julgado e passa a faer parte da pessoa "uer por aceita.ão "uer por rejei.ão So/re asemo.es, <rame discorre não em termos de defini.ão, mas de inteira.ão com o intelecto,com as decises, com o próprio conhecimento, com as perspecti!as e em rela.ão a $eus 9imagina.ão, di ele, % a ha/ilidade de pensar so/re as coisas "ue não são *Podemos pensar so/re o passado, so/re o futuro, podemos criar estados de coisas, fantasiar, etc 9imagina.ão tem muito a !er com a criati!idade, a arte, a est%tica Para o homem sem$eus, ela pode significar as inclina.es do cora.ão 6 re/elião, 6 pr2 tica do mal, mas para ocrente, ela significa a forma.ão de conceitos com /ase na f% em $eus e na esperan.a de "ueo mundo reaja da forma como ele re!elou "uanto 6 -ria.ão, 6 ueda e 6 Teden.ão-om respei to 6 !ontade, <rame di "ue ela % a capacidade de operar escolhas, compro

missos e decises # <aemos escolhas, /aseados no conhecimento "ue temos ou nossoconhecimento surge da nossa escolha de f%3, ele pergunta 9 resposta de!er2 ser: O crentede!eria atuar com /ase no conhecimento de $eus re!elado na Escritura e processado no seuconhecimento e(perimental8 o não&crente, por não crer no conhecimento re!elado, não pode e!itar conhecer segundo suas escolhas de f% no "ue pensa de si mesmo e das coisas"ue !' 6s "uais e(perimenta em separa.ão e em inimiade contra $eus So/re osh2/itos e ha/ilidades, <rame di "ue eles são produtos das escolhas "ue faemos e 6s"uais nos acostumamos para atuar so/re o mundo, se não hou!er interfer'ncia E,finalmente, so/re a intui.ão, ele escre!e "ue h2 coisas "ue sa/emos sem sa/er comosa/emos.29 $e fato, sa/emos mais do "ue pensamos sa/er sso, di ele, % um mist%rio doconhecimento O conhecimento de $eus % algo incompreens!el, e por infer'ncia, oconhecimento do homem e do mundo % imposs!el sem uma re!ela.ão de $eus Podemos

o/ter entendimento e compreensão do conhecimento por meio da re!ela.ão e, assim, ter certa intui.ão das coisas Sem essa re!ela.ão, a f% ter2 de ser deslocada para a esperan.a ea esperan.a ha/itar2 na"uilo "ue eu amo mais:

 Gão acumuleis para !ós outros tesouros so/re a terra, onde a tra.a e a ferrugemcorroem e onde ladres esca!am e rou/am8 mas ajuntai para !ós outros tesouros no c%u,onde tra.a nem ferrugem corrói, e onde ladres não esca!am, nem rou/am8 por"ue,onde est2 o teu tesouro, a estar2 tam/%m o teu cora.ão São os olhos a lâmpada docorpo Se os teus olhos forem /ons, todo o teu corpo ser2 luminoso8 se, por%m, os teusolhos forem maus, todo o teu corpo estar2 em tre!as Portanto, caso a lu "ue em ti h2

sejam tre!as, "ue grandes tre!as serão5 Gingu%m pode ser!ir a dois senhores8 por"ue ouh2 de a/orrecer&se de um e amar ao outro, ou se de!otar2 a um e desprear2 ao outro Gão podeis ser!ir a $eus e 6s ri"ueas @)t B1W&IHC

O termoO termo f% um dos mais a/rangentes da >/lia 9 pala!ra f%, usada em 4e/reus 11 1, @gr

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 pistis' de peitho' incitar, persuadirC, temo sentido de persuasão, cren.a, geralmente implicandoconhecimento, assentimento e confian.a, especialmente em rela.ão ao e!angelho de-risto e 6s /oas o/ras dele decorrentes @!eja Ef IH&10 e 7iagoC uando Paulo escre!eaos g2latas so/re a f% de 9/raão @U1AR,BC mencionada em U'nesis 1RB, ele usa o termogrego pistis em jun.ão com o termo  pistheo @crerC, sendo este último a sua !ersão dotermo he/raico man @tomar firme, confirmarC, para descre!er um aspecto pactuai daf%: *9"uele, pois, "ue !os concede o Esprito e "ue opera milagres entre !ós, por!entura, ofa pelas o/ras da lei ou pela prega.ão da f%3 ; o caso de 9/raão, "ue creu em $eus, eisso lhe foi imputado para justi.a*

7odos os sentidos do termo f% se aplicam 6 perspecti!a de um aconselhamento redenti!oSeu significado no conte(to da doutrina da sal!a.ão, por%m, de!e ser mais /em estudado afim de proporcionar mais compreensão ao nosso sentido especfico

!rdem da salva'ão

9 ordem da sal!a.ão -ordo salutis3' como e(pe )urraL e segundo grande parte dosteólogos reformados, tem os seus elementos *na seguinte ordem: !oca.ão, regenera.ão, f%, justifica.ão e glorifica.ão* 9s outras medidas, di ele, podem ser, a partir da, tomadas e postas no seu de!ido lugar O aspecto interessante de sua posi.ão % o "ue ele escre!edepois: *O arrependimento % irmão g'meo da f% = não podemos ima ginar um sem o outro,e assim o arrependimento est2 intimamente ligado 6 f%* E mais: ele di "ue a con!ersão %outro nome dado ao arrependimento e 6 f%8 di "ue a ado.ão segue a justifica.ão e "ue asantifica.ão % um processo "ue come.a na regenera.ão, encontra sua /ase na justifica.ãoe deri!a a sua gra.a energiante da união com -risto, a "ual % produida na !oca.ãoefica So/re f% e arrependimento, ele di "ue um dos efeitos da regenera.ão % a f% Seria omesmo "ue dier "ue a f% % um dos afetos dessa no!a !ida -on"uanto a regenera.ão sejaum ato de $eus, a f% % um ato humano, prossegue )urraL, diendo: *% uma estranha

mistura* Pela gra.a o homem * capacitado a crer e pela f% ele rece/e a gra.a *9 f%en!ol!e a totalidade da alma num mo!imento de auto&rendi.ão a -risto para a sal!a.ão*,di ele 9ssim, a garantia da sal!a.ão não % a f% = como decisão ou con!ic.ão humana, masa gra.a de $eus em -risto esus e sua o/ra =não % a f% "ue sal!a, mas -risto por meio daf% 9 f% % a recep.ão permanente da gra.a de $eus em -risto, efetuada pelo EspritoSanto no cora.ão da pessoaF

9 ordem da sal!a.ão ad"uire importância na doutrina da sal!a.ão e para oaconselhamento, não "uando conseguimos ordenar se"?encialmente seus di!ersoselementos, irias, sim, "uando a compreendemos de modo dinâmico, fluido como fe4oe[emaI *Per[ins usou o m%todo de >ea para confortar pessoas "ue tinham falta de

seguran.a Dna sua sal!a.ão, mas tam/%m pro!idenciou uma ordo salutis com a "uale(aminar a f% e a dú!ida Ele organiou percep.es de pregadores puritanos para e(plicar acon!ersão como Fuma progressão de estados interioresNF -ontudo, não ser2 necess2riauma organia.ão rgida, uma !e "ue a nossa !isão % a de colocar -risto no centro dasal!a.ão, pela gra.a: a justifica.ão eMou a regenera.ão eMou a f%, eMou o arrependimento,eMou a santifica.ão, giram em torno dele, desse modo integrante e interagente

,ois e#ementos prim-rios

$ois elementos se destacam nessa reden.ão pela gra.a e mediante a f%, os "uais são prim2rios em rela.ão 6 totalidade da !ida cristã e ao aconselhamento:  )ustificação e

 santif icação. Esses dois termos são, muitas !ees, intercam/i2!eis, !isto "ue a justifica.ão % a imputa.ão do nosso pecado so/re -risto e a imputa.ão a nós da sua

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 justi.a ou santidade, de modo imediato e permanente na realia.ão da !ida eterna8 asantifica.ão, por sua !e, % a perse!eran.a do crente nessa justi.a da !ida eterna, demodo progressi!o, a"ui e agora 9 justifica.ão em -risto tra consigo a remissão e o perdãodos pecados, e a ha/ita.ão do Esprito Santo da promessa de poder, de santifica.ão e deglorifica.ão

Nat*re.a a '/

2 "uanto 6 naturea da f%, ohn )urraL menciona tr's pala!ras&cha!e: conhecimento,con!ic.ão e confian.a *9 f% não pode come.ar num !2cuo de conhecimento* 7emosde conhecer a -risto e de crer, tam/%m, "ue ele % a !erdade E a con!ic.ão de f% "ue h2 a% mais do "ue simples assentimento: % a correspond'ncia entre a !erdade de -risto e arealidade do homem 9ssim, )urraL prossegue, *a f% % o conhecimento passando para acon!ic.ão, e % a con!ic.ão passando para a confian.a*F

 Go seu coment2rio de 4e/reus 111 @*Ora, a f% % a certea de coisas "ue se esperam, acon!ic.ão de fatos "ue se não !'em*C, -al!ino di "ue a f% da "ual trata o autor da cartadi respeito 6 paci'ncia necess2ria para a sal!a.ão Ele não nos fala da totalidade da f%,di -al!ino, mas seleciona essa parte "ue se ajusta ao seu propósito -hama a f% dehipótese, a su/stância de coisas "ue se esperam <ala da mesma f% mencionada em TomanosXIH: *Por"ue, na esperan.a, fomos sal!os Ora, esperan.a "ue se !' não % esperan.a8 pois o "ue algu%m !', como o espera3* <% % a hipótese, a funda.ão, a plataforma para coisas "ue j2 temos, mas "ue ainda estão ausentes # e "ue estão al%m do nossoconhecimento 9 segunda cl2usula mant%m a mesma !isão, "uando o autor de 4e/reus chamaa f% de e!id'ncia ou demonstra.ão, pois uma demonstra.ão fa aparecer ou serem perce/idas pelos nossos sentidos *9ssim, essas duas coisas, ainda "ue aparentemente incoerentes, seharmoniam, pois o Esprito de $eus nos mostra coisas "ue nos estão escondidas, cu jo

conhecimento não pode alcan.ar nossos sentidos* 7emos a promessa da !ida eterna pelaressurrei.ão, mas ainda e(perimentamos a corrup.ão da morte8 somos declarados justos, maso pecado ainda est2 em nós8 somos conclamados 6 alegria, ainda "ue no meio de muitamis%ria8 %&nos prometida uma a/undância de coisas /oas, mas ainda sofremos sede efome8 h2 a promessa de pronto atendimento, mas $eus nos parece surdo aos nossosclamores O "ue seria de nós se a f% não le!asse nossa mente a emergir das tre!as para a luda pala!ra de $eus e do seu Esprito3 E -al!ino conclui: 9 f% * a su/stância de coisas "ueesperamos, "ue não se !'em, mas "ue nos são demonstradasF

-omo % feita essa demonstra.ão3 -riado para !i!er no tempo em comunhão com $eus paraconhec'&lo e desfrutar dele e de sua cria.ão, o homem tem a eternidade impressa no

cora.ão: *7udo fe $eus formoso no seu de!ido tempo8 tam/%m p+s a eternidade nocora.ão do homem, sem "ue este possa desco/rir as o/ras "ue $eus fe desde o princpioat% ao fim* @Ec A11C Essa e(peri'ncia interior apresenta um mo!imento funcional  paracima @para $eusC e um conse"?ente mo!imento su/sidi2rio para dentro @para o homeminteriorC e para fora @para o pró(imo e para o resto da cria.ãoC oão escre!e no seue!angelho: *E a !ida eterna * esta: "ue te conhe.am a ti, o único $eus !erdadeiro, e a esus-risto, a "uem en!iaste* @o 1JAC e *uem /e/er desta 2gua tornar2 a ter sede8 a"uele, por%m, "ue /e/er da 2gua "ue eu lhe der nunca mais ter2 sede8 pelo con!2rio, a 2gua "ue eulhe der ser2 nele uma fonte a jorrar para a !ida eterna* @o H1A,1HC sso significa "ue oser humano %, por defini.ão, um ser religioso e teo&referenteB Essa afei.ão "ue liga o homema $eus % a afei .ão t2cita "ue d2 ao homem sua identidadeF e seu significado @9t 1JIH&IW8 -l 11R&1W8 Ef I10C Sem $eus por causa do pecado moral, ele % carente definalidade e de propósito @Tm AIAC

Parodiando 9gostinho, fomos criados por $eus e só nele encontramos nossa raão de

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ser Gão % por acaso "ue todos os "ue se dedicaram a estudar a f% referiram&se 6 uniãocom -risto como nossa finalidade e propósito Tichard < o!elace, falando so/re as precondi.es de um contnuo rea!i!amento espiritual, di "ue os di!ersos elementos donosso rea!i!amento espiritual são dimenses da nossa união com -risto Gossa primeiraapro(ima.ão de -risto e a for.a de nossa e(pressão da no!a !ida, di ele, sãodependentes de uma apreensão acurada do car2ter de $eus e da nossa próprianecessidade

9 aceita.ão de -risto e a apropria.ão de cada elemento da reden.ão estãocondicionadas 6 consci'ncia da santidade de $eus e 6 con!ic.ão da profundidade do nosso pecado -omo declara -al!ino no grande captulo de a/ertura de suas  Institutas E%.%.%F'esses dois fatores são essenciais a esse grau de autoconhecimento "ue le!a o homem ain"uirir a respeito de -risto, e estes são profundamente inter&relacionados 4omens emulheres não podem conhecer a si mesmos at% "ue conhe.am a realidade do $eus "ue oscriou, e uma !e "ue conhe.am o $eus santo, seus pecados pareceram tão gra!es "ue elesnão descansarão at% "ue tenham se apropriado completamente de -ristoF

O a'eto a '/

Esse afeto % a f% O homem foi criado an2logo a $eus,F isto %, 6 sua imagem, para refleti&loem sua glória e, sem $eus por causa do pecado, não pode e!itar a idolatria, ou seja, orefle(o tene/roso dos crculos de morte de sua própria carne, do mundo e do dia/o 9idolatria % a su/stitui.ão do !erdadeiro o/jeto da f% por "ual"uer coisa "ue possa preencher seu !aio8 algo "ue desculpe o cora.ão de sua responsa/ilidade diante de $eusual"uer coisa "ue o ser humano creia, "uer seja $eus "uer seja nada, ele o fa pela f%9ssim, o ponto de contato do cristão com o anticristão est2 em $eus5 O cristão o/edece

a $eus, o não&cristão reage contra ele 9m/os pela f%Kern S PoLthress escre!e so/re esse conhecimento humano analógico como se segue:

<inalmente, de!emos o/ser!ar "ue todo conhecimento humano, "ual"uer "ue seja, %analogicamente relacionado ao conhecimento de $eus Somos feitos 6 imagem de $eus, o"ue implica "ue nosso conhecimento % uma imagem do conhecimento de $eus 9l%m disso,eu creio "ue todo aumento de conhecimento se utilia, de uma forma ou outra, de analogia9prendemos por meio do relacionamento da"uilo "ue % no!o para nós com a"uilo "ue *mais antigo 9s leis gerais da gra!ita.ão são aprendidas por meio de sua rela.ão com casostestes tais como ma.ãs caindo O entendimento geral de c%lulas /iológicas % au(iliado pelouso de sua analogia com uma f2/rica " entendimento geral da e$peri5ncia humana *alcançado por meio do movimento anal!gico a partir de nossa pr!pria e$peri5ncia para ahist!ria da e$peri5ncia de outras pessoas. / o @^nfase minhaC

Revelação

9 teologia di "ue $eus se re!ela ao homem de duas maneiras: de modo geral e demodo especfico -ada um desses modos, por sua !e, apresenta dois aspectos Primeiro, a)$eus se re!ela ao homem por meio da naturea e isso o torna indesculp2!el @Tm 1I0C e 3$eus se re!ela 6 consci'ncia do homem, o "ue o fa atacar e defender&se em seu interior @Tm I1RC Segundo, a)$eus se re!ela ao homem na Escritura, como padrão da sua

 perfei.ão confrontando o pecado humano, e isso o condena @Tm A1W,I0C e 3 $eus se re!elaem esus -risto para julgar o pecado e sal!ar os "ue são chamados pela sua gra.a @Tm AI1&IBC 9 f% se caracteria por rece/er a gra.a de $eus para conhec'&lo e confiar nele, ou pela

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autonomia e a conse"?ente posi.ão so/ a ira de $eus $esse modo, toda a humanidade!i!e pela f% = em $eus ou em dolos So/re isso, $ PoQlison escre!e "ue moti!os são a"uelascoisas "ue nos mo!em, causam ou induem 6 a.ão @*fonte* causal e *al!os t%licos*C 9maneira //lica de se faer o/ser!a.es no dia&a&dia, di ele, descre!e a impulsão e tra.ãodas moti!a.es humanas como perspecti!as complementares 9s psicologias tendem aconsiderar como prim2rios ora os impulsos ora os al!os 9 >/lia oferece uma categoriaconceituaC f%rtil e fle(!el no tema da idolatria*

; necess2rio "ue se diga "ue tanto crentes "uanto incr%dulos t'm, naturalmente, certaaptidão inata para aprender a in!entar, como di -al!ino: *ogo, estas e!id'ncias atestamclaramente "ue %, de naturea, instilada no homem uma uni!ersal compreensão da raão*-al!ino ainda di "ue de!eramos considerar "ue tudo o "ue % digno de lou!or !em de$eus, mesmo "ue nos en!ergonhemos do fato de "ue os homens naturais @sem $eusCatri/uam seus !alores aos dolos @religiosos ou secularesC E ele acrescenta: *Gem h2 por "uealgu%m pergunte: ue tem a !er com o Esprito os mpios, "ue de $eus alienados estão3*$eus preenche, aciona e !i!ifica todas as coisas pelo poder do mesmo Esprito, de modo"ue podemos faer uso do conhecimento humano traido pelo minist%rio dos mpios nasci'ncias e(atas e nas artes, não sendo injustos para com as d2di!as de $eus, julgando as

coisas da re!ela.ão geral de $eus 6 lu da re!ela.ão especfica na Pala!ra e em -risto esusNF

$/ isc*rsiva e '/ int*itiva

-onforme a disposi.ão da afei.ão da f% % "ue uma pessoa interpreta seu própriointerior e o mundo e(terior 2 foi dito pelo historiador da ci'ncia, \uhn, e maise(tensamente e(plicado por PolanLi, "ue os olhos do o/ser!ador mudam o o/jetoo/ser!ado por causa da apro(ima.ão paradigm2tica do conhecimentoN 9ssim, a!erdadeira f% pode !er a realidade de $eus como ele "uer ser !isto 6 lu do seu propósitoeterno @Ef 1&AC, ao passo "ue a f% pecaminosa muda a realidade por meio de sua o/ser!a.ão

e constrói uma realidade&dolo, a "ual não pode jamais resistir 6 pro!a de le!ar seus pensamentos at% 6s últimas conse"?'ncias @Tm 11XC

O homem não pode e(ercitar seu afeto de f% a menos "ue seja ensinado pela gra.a de $eus

Essa gra.a % manifestada ao homem pela fédiscursiva @isto %, o discurso t2cito "ue anaturea fa acerca do seu -riador e seu propósito em tudo "uanto e(isteC e reconhecida pela

 f* intuitiva @isto *' o conhecimento t2cito "ue temos tanto por causa da imagem de $eussegundo a "ual fomos criados, "uanto por causa da nossa comum participa.ão na o/racriadaCN

PolanLi, introduindo a id%ia de processos t2citos, di:

Vma !e "ue a arte não pode ser definida com precisão, ela só pode ser transmitida por e(emplos da pr2tica "ue a incorpora 9"uele "ue de!e aprender de um mestre por meioda o/ser!a.ão, precisa confiar no seu e(emplo Precisa reconhecer como autoriadora aarte "ue deseja aprender assim como a autoridade da"uele de "uem se aprende 9 menos"ue presuma "ue a su/stância e o m%todo da ci'ncia são fundamentalmente sãos, elenunca desen!ol!er2 um senso de !alor cientfico e ad"uirir2 a ha/ilidade da indaga.ãocientfica Este % o meio de se ad"uirir conhecimento "ue os Pais da greja cristãdescre!eram como lides (uaerens intellectum' *crer para conhecer*N

)ais uma !e, $ - Uomes lan.a lu so/re o pensamento de PolanLi em rela.ão ao pensamento //lico Ele considera "ue a consci'ncia ou estado atenti!o

 pressuposicional % uma faca de dois gumes, *pois a tenta ti!a de se e(por o fato de "ue oconhecimento humano flui de compromissos de f% a&criticamente @e isso a partir raes

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fiduci2rias Disto %, de depend'ncia de uma confian.a = fel com "ue atentamos a todoo/jeto do "ual estamos conscientesC nos fa enfrentar o pro/lema final da raão em rela.ão6 "ual esses compromissos se referem**

 Goutras pala!ras: -omo !erificar a realidade !erdadeira da o/ser!a.ão3 *Guma

infraestrutura fiduci2ria //lica, o pro/lema % resol!ido de maneira simples, mas suaresolu.ão torna isso mais comple(o do "ue PolanLi possa imaginar En"uantoesta/elecida no senso de deidade, no tra/alho interior do Esprito Santo, na gra.a comum ena a/rangente re!ela.ão geral de $eus, uma /ase para se pressupor algo como a id%iade PolanLi de Fcoer'ncia de todas as consci'ncias na /ase da mesma tradi.ão uni!ersalFen!ol!e duas outras pressuposi.es "ue alteram radicalmente o sentido de uni!ersalidade*

Primeiro, di $ - Uomes, esta/elece "ue a /ase da interpreta.ão da rai maisimanente do significado t2cito não pode estar nem no o/jeto o/ser!ado nem no seuam/iente O ponto de refer'ncia a partir do "ual poderemos interpretar esse conhecimentoimanente tem de estar fora do próprio ser humano *sso % dado ao homem por $eus

como re!ela.ão especial = a matri interpretati!a para o conhecimento de si mesmo e domundo e do próprio $eus* 9"ui, $ - Uomes apela para -al!ino: *9demais, por isso "ueno conhecimento de $eus est2 posto o fim último da !ida /em&a!enturada, para "ue aningu%m cerrado fosse o acesso 6 felicidade, não só implantou D$eus na mente humanaessa semente de religião a "ue temos nos referido, mas ainda de tal modo se h2 re!elado emtoda a o/ra da cria.ão do mundo, e cada dia meridianamente se manifesta, "ue não podemDeles a/rir os olhos sem serem for.ados a contempl2&lo* -Institutas 11B1C

*Segundo, esta/elece "ue tanto as raes e(ternas do conhecimento, "ue representama coer'ncia da consci'ncia humana so/re a mesma tradi.ão uni!ersal, não são apenas dadas por $eus, ou deri!adas transcendentalmente, como PolanL1 diria, mas são, na !erdade,negati!amente, referentes a $eus O ponto no "ual a consci'ncia de todo homem cadocoere em rela.ão a uma mesma tradi.ão uni!ersal % o próprio fato de "ue o conhecimento"ue eles t'm de $eus % um conhecimento re/elde e em

8 /usca de autonomia Dcf Tm 11W&IA,IX9,1

O apóstolo Paulo tinha um entendimento da f% cristã //lica suficientemente inteirado parae(aminar a cultura secular de modo a responder 6s suas "uestes a fim de e(por oe!angelho aos gentios Tichard o!elace di "ue ele esta!a preparado para faer uso dagra.a comum para desco/rir as contradi.es do pensamento anticristão, pois ele di:*Por"ue a sa/edoria deste mundo % loucura diante de $eus* @ -o A1WC, ad!ertindo, tam/%m"uanto ao perigo "ue representa!am: *-uidado "ue ningu%m !os !enha a enredar com sua

filosofia e !ãs sutileas, conforme a tradi.ão dos homens, conforme os rudimentos domundo e não segundo -risto* @- IXC )as ele mesmo não descartou a possi/ilidade dese achar !alor e /elea na cultura não&cristã, "uando disse: *tudo o "ue % !erdadeiro,tudo o "ue % respeit2!el, tudo o "ue % justo, tudo o "ue % puro, tudo o "ue % am2!el, tudo o"ue % de /oa fama, se alguma !irtude h2 e se algum lou!or e(iste, seja isso o "ue ocupeo !osso pensamento* @<p HXCFW  Gão ha!er2 contradi.ão entre esses pontos "uando secompreender "ue a !erdade de $eus % e ser2 sempre a mesma para todos os homens8 e"ue a diferen.a entre a cultura cristã e a anticristã reside na capacita.ão "ue o Esprito Santoconfere ao sal!o para interpretara !erdade e na incapacidade do não&sal!o de interpretar essa !erdade 9 cultura não&cristã procede de uma interpreta.ão anticristã, contaminada pelo pecado -omo tam/%m disse Kan 7il, só h2 duas possi/ilidades: conhecer a !erdade ousuprimi&la8 e como ela % imposs!el de ser suprida, os anticristãos a !iram de ponta&ca/e.a 20 — 

na !erdade, o "ue eles t'm % o negati!o de uma foto de ponta&ca/e.a retratando a !erdade Otra/alho do cristão, a"ui, seria o de re!el2&la e coloc2&la de ca/e.a para cima

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Moç0o a '/

7udo isso !isto, conclumos "ue, para o nosso aconselhamento redenti!o, a f% % umdos afetos mais /2sicos do homem interior = afeto do cora.ão = o "ual lhe permite*reconhecer* a"uilo "ue lhe % re!elado Por isso o autor de 4e/reus pode dier: *Pela f%,

entendemos "ue foi o uni!erso formado pela pala!ra de $eus, de maneira "ue o !is!el!eio a e(istir das coisas "ue não aparecem* @4/ 11AC

9o mo!imento su/se"?ente 6 f% = primariamente para cima, na dire.ão dotranscendental, e secundariamente, na dire.ão do ser interior e na dire.ão do pró(imo e dasoutras coisas = chamaremos de haitação. 4a/ita.ão, como estudaremos mais tarde, % oencontro da f% intuitiva com a f% discursiva' no "ual se formam as cren.as /2sicas

Ser2 interessante considerar o "ue ean Piaget di so/re o desen!ol!imento do neonatal edo infante Ele di "ue o perodo "ue se estende do /er.o 6 a"uisi.ão da linguagem %marcado por grande desen!ol!imento da mente, cuja importância %, 6s !ees, despreada por"ue não % acompanhada de pala!ras *Esse desen!ol!imento mental inicial, não o/stante,determina o completo curso da e!olu.ão psicológica $e fato, não % nada mais do "ue a

con"uista por meio da percep.ão e do mo!imento da totalidade do pe"ueno uni!erso "uecerca a crian.a* Go ponto de partida desse desen!ol!imento, prossegue Piaget, o neonatalliga todas as coisas a si mesmo, especialmente, ao seu próprio corpo, formando suaintelig'ncia e !ida afeti!a, at% "ue, na termina.ão desse perodo, ele come.a a se !er como um elemento ou entidade entre outros num uni!erso "ue ele construa para si mesmo eo "ual ele !ir2 a e(perimentar como e(terno a si mesmo*

Esta última id%ia, a de e(perimentar um uni!erso interior e o uni!erso e(terior % "uechamamos de esperan.a, e "ue ser2 o/jeto do nosso pró(imo estudo

E S P E T 9 G _ 9

O termo

9 pala!ra esperan.a @gr elpis3 usada Paulo em 1 -orntios 1A1A, tem o sentido deesperar algo com a e(pecta.ão de a o/ter Goutras pala!ras, % a resposta ao estmulo da!ida "ue algu%m espera do mundo e(terior com /ase na cren.a interior # a ha/ita.ão daf% <% e esperan.a são termos encapsulados, os "uais dificilmente poderiam ser separados*Ora, a f% % a certea de coisas "ue se esperam* @4/ 111C O su/stanti!o elpis e o!er/o elpi#o t'm am/os a id%ia de esperar e incluem a esperan.a do o/jeto esperado Os!er/os he/raicos para *esperar* -(aGah' estender&se em dire.ão a, ansiar por8  2ahal' esperar,

ansiar8 ha=ah' esperar8 e Baar' aguardar, esperarC e os su/stanti!os ti(Gah e ethah' t'mrela.ão com a id%ia de confian.a 7anto no sentido religioso "uanto no sentido secular, a id%iahe/raica de esperan.a tem a conota.ão de *esperar*, ficando em a/erto *a pergunta

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"uanto 6 certea "ue apoia tal tentati!a ser !2lida, com /ase o/jeti!a, ou se /aseia num julgamento su/jeti!o e err+neo*F

&andamento e promessa

Para todos nós, a !ida % uma promessa Para os crentes, uma promessa de $eus, proposicional e !er/almente re!elada8 para os não&crentes % uma promessa romântica dealgo indefinido -omo escre!eu 4erman >a!in[, em primeiro lugar, a esperan.a est2relacionada 6 ess5ncia do ser humano Ele di "ue muitos, hoje, cr'em "ue o homem e omundo, independentemente de sua origem e desen!ol!imento, são e permanecerão sendo o"ue são hoje ; fato "ue a realidade permanece sendo a mesma, ele continua, "uer formemosuma id%ia !erdadeira "uer falsa so/re isso *)as a id%ia "ue temos da origem das coisasest2 insepara!elmente ligada 6 id%ia "ue temos da ess'ncia das coisas* O homem e omundo permanecerão o "ue são a despeito de nossa interpreta.ão8 *mas, para nós, elesse tornam diferentes, eles crescem ou decrescem em !alor e significado segundo o "ue pensamos acerca de sua origem e como eles !ieram a e(istir*F

9dão e E!a = colocados por $eus num mundo especialmente preparado para eles einstrudos por $eus so/re seu próprio ser, o 9r"u%tipo,F e acerca deles mesmos e da esfera /iosocioam/iental de sua e(ist'ncia = e(perimentaram a esperan.a de uma !ida mara!ilhosana depend'ncia da comunhão com a única <onte da !ida e no usufruto dos praeres de suacria.ão Essa esperan.a, /aseada na Pala!ra de $eus, era a for.a necess2ria "ue rece/iam docontrole, da presen.a e da autoridade de $eus @Un IX&1J8 AXC 9 esperan.a de adorar a $euse de guardar a sua lei $epois da ueda @Un AC nossos primeiro pais e(perimentaram a dor = o desespero da autonomia, da descren.a e da infidelidade, e a dor de e(istir destitudos de suaglória $eus, contudo, em sua gra.a infind2!el, re!estiu&os de no!a esperan.a na promessa do <ilho encarnado @Un A1RC e deu&lhes no!os mandamentos @4/ 11&HC para "ueti!essem esperan.a a despeito da corrup.ão de todas as coisas

uando ó sofria afli.es "uase imposs!eis de serem suportadas, Elifa, o temanita, disse&lhe"ue ele mesmo, ó, ha!ia ensinado a muitos com seu temor a $eus, o "ual era o o/jeto desua f%, e "ue, agora "ue sofria, esta!a perdendo a esperan.a: *Por!entura, não % o teu temor de $eus a"uilo em "ue confias, e a tua esperan.a, a retidão dos teus caminhos3* @ó HBC-laramente, o temor do Senhor, "ue % o princpio da sa/edoria @P! 1.7;W10C, % umae(pressão de f%, e perder essa !isão da sa/edoria de $eus fa o homem perder a esperan.a-ontudo, nem sempre a desesperan.a % demonstrada do mesmo modo Zs !ees, elaaparece so/ a forma de completa prostra.ão, outras !ees, ela se mostra na tentati!a de seo/ter um outro fundamento para a f% 42 mais esperan.a para o primeiro do "ue para osegundo, como % dito: *Para a"uele "ue est2 entre os !i!os h2 esperan.a8 por"ue mais !ale

um cão !i!o do "ue um leão morto* @Ec WHC e *7ens !isto a um homem "ue % s2/io a seus próprios olhos3 )aior esperan.a h2 no insensato do "ue nele* @P! IB1IC 9 única maneirade se encontrar a esperan.a genuna % procurar no temor de $eus a"uilo em "ue confiar, aesperan.a "ue não falha, a retidão dos caminhos Tomanos R1&H % o te(to maisade"uado a essa compreensão: *ustificados, pois, mediante a f%, temos pa com $eus por meio de nosso Senhor esus -risto8 por interm%dio de "uem o/ti!emos igualmente acesso, pela f%, a esta gra.a na "ual estamos firmes8 e gloriamonos na esperan.a da glória de $eus Enão somente isto, mas tam/%m nos gloriamos nas próprias tri/ula.es, sa/endo "ue atri/ula.ão produ perse!eran.a8 e a perse!eran.a, e(peri'ncia8 e a e(peri'ncia, esperan.a*

-al!ino, no seu coment2rio de Tomanos, escre!e "ue o apóstolo Paulo come.a a"ui ailustrar os efeitos do "ue ele disse antes so/re a justi.a da f% 9 f% nas o/ras foi a/olida, *se a justi.a for /uscada nas o/ras*, pois tais o/ras só nos causam in"uietude e pertur/am a nossaalma, uma !e "ue não possuem nada su/stancial em si mesmas Entretanto, as o/ras nos dão

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calma e tran"?ilidade "uando j2 o/ti!emos a justi.a da f%: temos pa com $eus Essa pa significa tran"?ilidade de consci'ncia pro!eniente do sentimento de reconcilia.ão com$eus por meio de -risto Por meio dele, unicamente, temos acesso, pela f%, 6 gra.a de $eus,na "ual estamos firmes, di -al!ino8 não significa uma persuasão para um só dia, mas trata&se de algo imut2!el "ue toca o fundo do cora.ão, de modo "ue perdura por toda a !ida

Esperança e g#1ria

uanto a nos gloriarmos na esperan.a da glória de $eus, -al!ino di "ue a raão pela "uala esperan.a de uma !ida futura e(iste % "ue nós esperamos no fa!or de $eus *9inda "uesejamos agora peregrinos na terra nossa esperan.a escala aos c%us* E isso su/!erte osdogmas sofistas "ue "uerem "ue os cristãos se satisfa.am com uma conjectura moral comosua percep.ão do fa!or de $eus, e "ue ensinam "ue tudo % incerto "uanto 6 final perse!eran.a *)as, a não ser "ue haja certea de conhecimento agora, e firme e indu/it2!el persuasão "uanto ao futuro, "uem ousaria se gloriar3*

Keja, então, como isso % importante para o aconselhamento redenti!o Paulo tinha uma!isão da !ida *realista com esperan.a* e, não, uma !isão romântica ou desesperada -al!inodi "ue os cristãos, a despeito de se gloriarem na glória de $eus, ainda !i!em emcondi.es de infelicidade at% "ue se cumpra a promessa de glória final )as isso não %contraditório, pois as próprias tri/ula.es pessoais e as pertur/a.es "ue grassam nomundo ser!em para promo!er a esperan.a uando Paulo di "ue os santos se gloriam nas próprias tri/ula.es, não "uer dier "ue os santos não temam nem e!item ad!ersidades,nem "ue eles não se pertur/em "uando ocorrem amarguras, mas "ue eles rece/em apoio efortalecimento do fato de "ue rece/em tudo das mãos do Pai /ondoso a "uem glorificam*Sempre "ue a sal!a.ão % promo!ida, não falta raão para se gloriar* 9ssim, somos instrudosso/re o propósito das tri/ula.es: elas nos ha/ituam 6 paci'ncia 42 tempos em "ue isso %difcil, e "ue mesmo os santos podem ser tão afligidos "ue se deprimam e "uase percam o

f+lego, mas -al!ino lem/ra o "ue o apóstolo Paulo escre!eu em outro lugar: *Em tudosomos atri/ulados, por%m não angustiados8 perple(os, por%m não desanimados8 perseguidos, por%m não desamparados8 a/atidos, por%m não destrudos* @I-o HXC H O fato de atri/ula.ão produir perse!eran.a não % um efeito natural, pois a humanidade sofre tri/ula.ãoe isso fa com "ue muitos se re!oltem contra $eus )as "uando a mansidão interior e asconsola.es infundidas pelo Esprito tomam o lugar de nossa o/stina.ão, então a tri/ula.ãogera perse!eran.a E a perse!eran.a gera e(peri'ncia Paulo di "ue essa e(peri'ncia %a"uela "ue o crente tem da seguran.a da prote.ão de $eus mesmo "uando sua e(peri'ncia presente e(ija "ue ele espere por essa promessa en"uanto $eus o pro!a ou amadurece Essae(peri'ncia gera a esperan.a *Pois seria ingratidão de nossa parte não nos lem/rarmos dos /enefcios rece/idos "ue confirmassem nossa esperan.a*

&o'ão da esperan'a

9s pessoas !i!em pelo afeto da esperan.a "ue !em de $eus @mesmo a"ueles "ue não oconhecem nem o rece/emC e das coisas "ue $eus criou a fim de "ue os homens pudesseme(perimentar sua /ondade Os "ue rece/em pela f% o cumprimento da promessa da gra.ade $eus na pa de -risto e são, pelo Esprito Santo, ha/ilitados a o/edecer aosmandamentos de sua Pala!ra, são assegurados de suas promessas pela f% "ue não confunde@Tm 1RC E por"ue essa esperan.a !em de $eus e das coisas criadas, e afeta o cora.ão a

 partir do e(terior, diemos "ue ela tem um mo!imento funcional de fora para dentro.

Essa % uma esperan.a "ue !em do Senhor e afeta o cora.ão do homem tanto no sentido

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de mo!'&lo 6 adora.ão = com a conse"?ente alegria da !ida eterna, agora e para sempre = "uanto no sentido da falsa esperan.a de "ue ele não e(ista, "ue mo!e o homem a adorar e ser!ir a criatura em !e de ao -riador = com o conse"?ente praer transitório no mundocado at% o cumprimento de seu julgamento

O termo f%, "uando estendido de modo mais amplo, co/re o termo esperan.a -ontudo,ainda "ue encapsulados, esses termos não são sin+nimos 9 diferen.a entre f% e esperan.a,ou sua decorr'ncia, pode ser !ista na -onfissão de f% de Yestminster "uando ela falada certea da gra.a e da sal!a.ão: *os "ue !erdadeiramente cr'em no Senhor esus e oamam com sinceridade, procurando andar diante dele em toda a /oa consci'ncia, podem,nesta !ida, certificar&se de se acharem em estado de gra.a, e podem regoijar&se naesperan.a da glória de $eus, essa esperan.a "ue jamais os en!ergonhar2* *Esta certeanão J mera persuasão conjetura e pro!2!el, fundada numa esperan.a falha, mas numaseguran.a infal!el de f%, fundada na di!ina promessa de sal!a.ão* *Esta seguran.a não pertence de tal modo 6 ess'ncia da f%, "ue um !erdadeiro cren te, antes de possu&a, nãotenha de esperar muito e lutar com muitas dificuldades8 contudo, sendo pelo Esprito

ha/ilitado a conhecer as coisas "ue são li!remente dadas por $eus, ele pode o/t'&la semre!ela.ão necess2ria, no de!ido uso dos meios ordin2rios* *Os !erdadeiros crentes po&dem ter, de di!ersas maneiras, a seguran.a de sua sal!a.ão a/alada, diminuda einterrompida* *contudo, eles não ficam inteiramente pri!ados da !ida da f%, da"ueleamor a -risto e aos irmãos, da"uela sinceridade de cora.ão e da consci'ncia do de!er8 da, acertea de sal!a.ão poder2, no tempo próprio, ser restaurada pela opera.ão do Esprito, e por meio dessas /'n.ãos eles são suportados para não carem em total desespero*F

Podemos perder a esperan.a, mas não a f% E a esperan.a pode ser reno!ada peloEsprito de $eus "ue nos condu a toda !erdade por meio da Pala!ra, fundindoesperan.a e f% no nosso cora.ão Essa diferen.a entre os conceitos de f% e de esperan.a

não dissocia os termos, antes, os torna mais pró(imos e compreensi!os 9 esperan.a % oanseio de "ue se cumpra a"uilo "ue cremos Se nossa f% esti!er colocada na re!ela.ão es& pecfica de $eus em -risto na Pala!ra, então a esperan.a, al%m das profundeas doEsprito, nos permitir2 entender a sua re!ela.ão geral na naturea 7odas as pessoas, crentese não&crentes, !i!em da esperan.a de "ue o mundo responda de acordo com sua f%, onde"uer "ue ela se funde, em $eus ou em dolos de su/stitui.ão <orma&se uma e(pecta.ão = um termo relacionado a essa esperan.a e "ue desempenha um papel funda mental naela/ora.ão do pensamento por"ue % /aseado em proposi.es diretas, isto %, de f%

YaLne 9 )ac[ alista alguns contrastes entre a falsa esperan.a e a !erdadeiraesperan.a $i ele "ue a falsa esperan.a se /aseia: @1C em id%ias humanas praerosas edesej2!eis misturadas a uma e(pecta.ão do mal8 @IC na nega.ão da realidade8 @AC no

 pensamento mstico, m2gico8 @HC numa !isão não&//lica da ora.ão8 @RC numa interpreta.ãoimprópria da Escritura

9 esperan.a !erdadeira, por sua !e, ele prossegue: @1C se /aseia numa //lica e(pecta.ãodo /em segundo os graciosos mandamento e promessas de $eus = @Tm H1X8 cf IPe 1HC8 @IC% resultado da !erdadeira sal!a.ão em esus -risto = @1Pe 1A8 -l 1H,R8 1IR&IJ8 Vm11C8 @AC * holstica em termos do seu foco, isto %, !' o plano de $eus para a totalidade douni!erso incluindo o indi!duo, considerando o eterno e o temporal8 @HC % realista = @<p 11I&1H8 11W,I08 I1J8 I7m IX&10C8 @RC de!e ser reno!ada a cada dia = I-o H1B8 @BC *insepar2!el, de um diligente e acurado estudo da Pala!ra de

$eus = R1 1A0R8 @JC % decorrente conhecimento = @Tm RI,ACB YaLne )ac[ cita o Dicionário

 Internacional de Teologia do Hovo Testamento@

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9 esperan.a de f%, assim como a esperan.a secular, % uma e(pectati!a pessoal concreta9 despeito do aspecto *ainda não* da realia.ão da nossa sal!a.ão, olha para frente emconfian.a, em/ora não sem tensão `aQheh, no entanto, por uem a f% espera, não % comonós, os homens Sendo "ue Ele conhece, promete e relata a"uilo "ue est2 reser!ado para ofuturo para o seu po!o, a esperan.a o/t%m seguran.a sem paralelo no âm/ito dare!ela.ão 9 despeito de "ue tudo o "ue h2 no presente "ue anda contr2rio 6 promessa,a"uele "ue espera confia em $eus "ue, por amor 6 Sua fidelidade, não decepcionar2 aesperan.a "ue despertou mediante a Sua Pala!ra -Is .%J; )" J.J; 1I K8.L ./

9 esperan.a pode estar /aseada na f% !erdadeira ou na f% mentirosa, como di Pauloaos romanos: *9 ira de $eus se re!ela do c%u contra toda impiedade e per!ersão doshomens "ue det'm a !erdade pela injusti.a* @Tm 11XC uando ela se /aseia na !erdade,ela tem uma perspecti!a de um realismo com esperan.a uando se /aseia na mentira,forma uma ilusão Yilliam Edgar escre!e "ue *Somente após lidar honestamente com asdistor.es da religião produidas pela crtica //lica da idolatria e pelos ata"ues de pensadores ateus % "ue podemos encontrar a falsidade do próprio atesmo* Edgar di "ue osateus se recusam a admitir "ue seus pressupostos tam/%m sejam religiosos, rotulando a

religião de antropologia, ópio, ilusão ou terrorismo *ue garantia temos de "ue os ateusnão estejam alimentando uma ilusão3*, ele pergunta E prossegue, mencionando umtrecho de " Muturo de uma Ilusão' de Sigmund <reud: *)as moderarei o meu elo e admitireia possi/ilidade de "ue eu, tam/%m, esteja correndo atr2s de uma ilusão* *confiarei no deusda raão*F

9 "ue tipo de raão estaria <reud se referindo3 -ertamente, 6 posi.ão de <euer/ach de "ueo homem projeta a naturea no mundo e(terno antes "ue a encontre em si mesmo W

<euer/ach, descendente dissidente intelectual de 4egel @representante da es"uerdahegelianaC tentou su/stituir a *teologia* do mestre por uma antropologia "ue a/riu as portas para a linha do desespero, na e(pressão de <rancis 9 Schaeffer Ele pensa!a "ue a sntese

 poderia ser alcan.aria pela raão Schaeffer di "ue at% então ha!ia uma esperan.a ainda "ueromântica su/jacente, mas "ue a partir de 4egel dominou o desespero *O "ue % essedesespero3*, ele pergunta *Ele surge do a/andono da esperan.a de uma pergunta unificaria para o conhecimento e a !ida*10

sso não % tão *acad'mico* "uanto parece, como di Os Uuinness: a psicologia modernamostrou "ue, longe de ser a/solutamente racional, o homem tem profundas moti!a.es al%mdos seus poderes racionais, e "ue est2 apenas parcialmente c+nscio delas* Seguindo essalinha, <reud op+s 6 tese f% em $eus, a anttese da f% na raão e proclamou a f% no homemaut+nomo, *não tendo esperan.a e sem $eus no mundo* @Ef I1IC O homem sem $eusnão tem ponto de refer'ncia fora de si e ele mesmo não % ponto de apoio suficiente para

esta/elecer seu próprio conhecimento

9o mo!imento da esperan.a, primariamente, de fora para dentro, e secundariamente, para$eus e para o pró(imo, chamaremos de imaginação. Ki!emos num am/iente ao mesmotempo atraente e hostil, e essa tensão nos mo!e a usar todos os recursos da percep.ão e damemória no !órtice da imagina.ão criati!a a fim de encontrar seguran.a e significado

Tomanos RR di: *Ora, a esperan.a não confunde, por"ue o amor de $eus %derramado em nosso cora.ão pelo Esprito Santo, "ue nos foi outorgado* Essa % a esperan.ado pensamento cristão -al!ino di "ue a esperan.a considera certa a sal!a.ão # e espera"ue ela a!ance gradual e certamente Os males deste mundo não poderão nos faer 

miser2!eis por"ue serão nossas catapultas para a felicidade 9inda "ue nos sintamosoprimidos e deprimidos, temos esperan.a por"ue o amor de $eus % derramado no nosso

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cora.ão -onsiderar as coisas do presente num am/iente independente e aut+nomo poder2le!ar o homem ao desespero, mas o amor de $eus derramado no nosso cora.ão nosassegura "ue o -riador tem o mundo em suas mãos, e "ue ele j2 consumou seu planoredentor em esus -risto, o "ual ha/ita em nós no Esprito de !ida

9 ) O T  

O amor de $eus, "ue a tudo permeia, % o afeto "ue Paulo considerou como omaior dos tr's afetos: um caminho soremodo e$celente -%Co 1IA18 1A1AC ;o mais facilmente identificado dos afetos do cora.ão, pois nem mesmo a pessoa

mais distante de $eus dei(a de e(erc'&lo em alguma e(tensão 9 raão pela "ual otermo amor% relacionado apenas ao pensamento moderno de  sentimento % "ue ahumanidade cada # e at% mesmo a humanidade redimida # es"ueceu&se de suafonte: o $eus "ue * amor

O termo

 As palavras gregas mais usadas para amor @phileo, stergo, eros e agap'C t5m distinções(uase claras. Phileo, considerar com atenção' geralmente' % usada para se descrever oamor fraterno' mas descreve tam*m o amor entre pessoas (uanto estas estão ligadas dentro

ou fora da fam,lia; stergo, de uso menos fre(Nente' sentir afeição' * usado' especialmente' para se referir ao amor entre pais e filhos ou entre o povo e seu lder8 eros denota o amor entrehomem e mulher, a/rangendo anseio, anelo e desejo  Agape' "ue tem sido erroneamentedesignada para o amor di!ino, tem sido usada como alternati!a para  phileo e eros. Eladescre!e uma iniciati!a generosa de uma pessoa por amor 6 outra Esse termo foi escolhido preferencialmente para traduir a pala!ra he/raica ahe "ue pode se referir a coisas, mas"ue descre!e o amor entre pessoas e o amor a $eus3

-omo dissemos anteriormente, os termos, no nosso tra/alho, podem ser e(pandidos paraa/ranger outros termos 9ssim, o termo agape ser2 e(pandido para a/arcar os demais termosusados para denotar amor, principalmente onde seu sentido seja o de uma disposi.ão para ummo!imento generoso na dire.ão de outra pessoa, como est2 escrito em U2latas RB: *a f% "ueatua pelo amor*

Natureza do amor

O apóstolo oão, "ue tal!e tenha presenciado o caso relatado por )arcos "uando unsdos discpulos disse a esus: *)estre5 ue pedras, "ue constru.es5* @)c 1A1C, usou amesma forma para escre!er em 1 oão A1: *Kede "ue grande amor nos tem concedido oPai, a ponto de sermos chamados filhos de $eus* ue amor mara!ilhoso5 Gão % naturalda"ui5 Pois o próprio discpulo amado % "uem escre!e: *9mados, amemonos uns aos outros, por"ue o amor procede de $eus8 e todo a"uele "ue ama % nascido de $eus e conhece a$eus 9"uele "ue não ama não conhece a $eus, pois $eus % amor Gisto se manifestou o amor 

de $eus em nós: em ha!er $eus en!iado o seu <ilho unig'nito ao mundo, para !i!ermos por meio dele Gisto consiste o amor: não em "ue nós tenhamos amado a $eus, mas em "ue ele

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nos amou e en!iou o seu <ilho como propicia.ão pelos nossos pecados* @1o HJ&10C-laramente, o amor procede de $eus, manifesta&se em dar @o <ilhoC e consiste em @$eusC amar  primeiro

Paulo tam/%m reflete esse mo!imento de amor "uando escre!e: *recordando&nos, diante do

nosso $eus e Pai, da operosidade da !ossa f%, da a/nega.ão do !osso amor e da firmea da!ossa esperan.a em nosso Senhor esus -risto* @l7s 1AC E nesse te(to, especialmente,aparece a interag'ncia dos tr's afetos e(celentes = a f%, a esperan.a e o amor = dos "uais omaior % o amor

Por "ue maior3 $ouma, considera o $ec2logo como uma institui.ão da categoria daueda, uma !e "ue *pela lei !em o pleno conhecimento do pecado* @Tm AI0C n"uiridoso/re se os $e )andamentos j2 eram conhecidos no ;den mesmo "ue tacitamente, elerespondeu diendo "ue na categoria da cria.ão seria mais correto pensar "ue hou!esse umconhecimento t2cito do resumo da lei dado por esus: o amor $ouma di "ue o tema do$ec2logo % o próprio Senhor $eus, e "ue o temor do Senhor * o cerne da "uestão 9ssim,"uando lemos os $e )andamentos em $euteron+mio R e, logo a seguir !emos as pala!ras deBI,R = *para "ue temas ao Senhor, teu $eus, e guardes todos os seus estatutos emandamentos "ue eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua !ida8e "ue teus dias sejam prolongados 9mar2s, pois, o Senhor, teu $eus, de todo o teucora.ão, de toda a tua alma e de toda a tua for.a* =entendemos por "ue esus resumiu assim alei, diendo: *9mar2s o Senhor, teu $eus, de todo o teu cora.ão, de toda a tua alma e de todoo teu entendimento Este % o grande e primeiro mandamento O segundo, semelhante a este, %:9mar2s o teu pró(imo como a ti mesmo* @)t IIAJ&AWC I

Mandamento

9mar ao Senhor significa escolh'&lo E(iste uma ntima rela.ão entre escolher a $eus e am2&lo, di $ouma *Entendemos mais clara e e(atamente o "ue significa amar a $eus "uando!emos o amor como uma escolha. Por"ue `ah!eh % $eus, srael e nós o de!emos escolher

 Amar significa firmar&se numa escolha. 9ssim, pelo menos duas escolhas estão en!ol!idasno amor 9 primeira % a fidelidade ao pacto O amor a $eus não pode ser compartilhadocom os dolos, pois como disse esus "uanto a amar a $eus e ao dinheiro, *ningu%m podeser!ir a dois senhores* @)t BIHC *9mar significa permanecer na escolha* 9 segunda escolha% a de guardar os mandamentos do SenhorF O/edi'ncia e amor são termos correlates,como se !' no 1hema @$t BC e at% mesmo na rela.ão de -risto com sua igreja figurada na

rela.ão de autoridade entre os c+njuges, entre pais e filhos e entre patres e empregados@Ef RI1&BHC 9 respeito dessas escolhas, esus disse: *Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor8 assim como tam/%m eu tenho guardado os mandamentos de meuPai e no seu amor permane.o* @o 1R10C E oão prosseguiu da, diendo: *9"uele "ue di: Euo conhe.o e não guarda os seus mandamentos % mentiroso, e nele não est2 a !erdade 9"uele,entretanto, "ue guarda a sua pala!ra, nele, !erdadeiramente, tem sido aperfei.oado o amor de$eus Gisto sa/emos "ue estamos nele: a"uele "ue di "ue permanece nele, esse de!e tam/%mandar assim como ele andou* @1o IH&BC

oão di mais: *9mados, não !os escre!o mandamento no!o, senão mandamento antigo, o"ual, desde o princpio, ti!estes Esse mandamento antigo * a pala!ra "ue ou!istes 7oda!ia,!os escre!o no!o mandamento, a"uilo "ue % !erdadeiro nele e em !ós, por"ue as tre!as se !ãodissipando, e a !erdadeira lu j2 /rilha 9"uele "ue di estar na lu e odeia a seu irmão,at% agora, est2 nas tre!as 9"uele "ue ama a seu irmão permanece na lu, e nele não h2nenhum trope.o 9"uele, por%m, "ue odeia a seu irmão est2 nas tre!as, e anda nas tre!as,

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e não sa/e para onde !ai, por"ue as tre!as lhe cegaram os olhos* @1o IJ&11C

Como a si mesmo

9 injun.ão de amar o pró(imo como a nós mesmos decorre do amor a $eus 7emos de sair de nós mesmos para o encontro do outro da mesma maneira como temos de sair de nós mesmos para estar diante de $eus E nesse sentido, o nosso pró(imo não ser2 apenas o nosso!iinho amigo, mas at% mesmo o nosso inimigo, como esus disse no Sermão da )ontanha:*Ou!istes "ue foi dito: 9mar2s o teu pró(imo e odiar2s o teu inimigo Eu, por%m, !os digo:amai os !ossos inimigos e orai pelos "ue !os perseguem8 para "ue !os torneis filhos do!osso Pai celeste, por"ue ele fa nascer o seu sol so/re maus e /ons e !ir chu!as so/re justos e injustos* @)t RHA&HRC Segundo o Senhor esus -risto, os cristãos t'm inimigos = et'm de am2&los 9mar significa, tam/%m, faer o /em

uando Paulo "uis con!encer <ilemom a amar a On%simo, o escra!o fugido, ele lheescre!eu: *estando ciente do teu amor e da f% "ue tens para com o Senhor esus e todos

os santos, para "ue a comunhão da tua f% se torne eficiente no pleno conhecimento de todo /em "ue h2 em nós, para com -risto* @<m R,BC E faer o /em a um inimigo significar2confront2&lo, ad!erti&lo, pregar&lhe o e!angelho e com/at'&lo se necess2rio 7emos de amar a todos -ontudo, $ouma fa uma /oa o/ser!a.ão so/re isso: nem todos são nossos

 pr!$imos no mesmo sentido

O amor indiscriminado por todo mundo % um amor /arato *Gingu%m * jamais tentado a odiar um distante e desconhecido me(icano ou um oriental )as as coisas come.am a ficar maisdifceis "uando um me(icano ou um oriental % colocado no nosso caminho Pois % "uando elesse pem em nosso espa.o "ue come.amos a notar "uão logo eles estarão em nosso caminho*7al como na par2/ola do >om Samaritano, somos chamados para amar a "uem esti!er no

nosso caminho *Gão podemos amar /ilhes de pessoas, mas temos um punhado de pessoas "ue $eus colocou em nosso caminho: mem/ros da famlia, irmãos e irmãs da igreja,concidadãos e estrangeiros, amigos e inimigos 9inda "ue não na pr2tica, mas, certamente,em princpio, "ual"uer pessoa do mundo poderia pertencer a esse crculo* $ouma fa umainteressante refer'ncia a 9/raham \uLper, diendo "ue este rejeitou a no.ão de um amor uni!ersal pela humanidade $eus colocou pessoas = incluindo nossos inimigos = em nossocaminho *Essa pessoa não est2 a por engano Gão % por acidente ou por descuido di!ino "ueuma pessoa o amea.a* \uLper !ai al%m para identificar a diferen.a entre a %ticareformada e a %tica pelagiana O contraste pode ser resumido assim: *$e nossa parte, nósdeduimos todo relacionamento a partir da regra so/erana de $eus e, por isso, realiamos oudei(amos de realiar todas as coisas  por causa da vontade de Deus' a!aliando todas ascoisas segundo os seus preceitos

*9 %tica pelagiana, por contraste, simplesmente !' as pessoas como indi!duos so/eranos,sem "ual"uer poder maior "ue os mantenha juntos, não tendo, portanto, nenhum moti!o parauma consci'ncia moral = !alores e inclina.es morais = do "ue uma !ontade humana comso/erania para escolher )as, precisamente no ponto de amar o inimigo, a %tica pelagiana% fatalmente falha, por"ue esse sistema %tico não pode, naturalmente, al.ar&se da plataforma deuma escolha so/erana da !ontade humana para alcan.ar o pin2culo de amar algu%m "ue sejaum inimigo .114

9mar o pró(imo como a si mesmo tem sido, muitas !ees, entendido como *amar a si mesmo para se poder amar o outro* Essa, contudo, * uma m2 e(egese Gós j2 nos amamos osuficiente, como a >/lia di: *9ssim tam/%m os maridos de!em amar a sua mulher comoao próprio corpo uem ama a esposa a si mesmo se ama Por"ue ningu%m jamais odiou a

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 própria carne8 antes, a alimenta e dela cuida, como tam/%m -risto o fa com a igreja8 por"uesomos mem/ros do seu corpo* @Ef RIX&A0C Gão di: *uem a si mesmo se ama, ama a suaesposa* 9mor, por sua naturea, % um mo!imento para fora, para o outro, cheio de humildade egenerosidade, de a/nega.ão, de prefer'ncia em honra em rela.ão ao outro esus e(igiu "ue oam2ssemos negando&nos a nós mesmos: Se algu%m "uer !ir após mim, a si mesmo se negue,tome a sua cru e siga&me @)t 1BIHC Paulo instruiu os romanos: *9mai&!os cordialmenteuns aos outros com amor fraternal, preferindo&!os em honra uns aos outros* @Tm 1I10C

Deus 2 amor 

$an > 9llender 7remper ongman tecem di!ersos coment2rios esclarecedores so/re oamor: *O amor, ou mesmo a esperan.a do amor, condu cada pessoa na /atalha da !ida* Elesdiem "ue o amor ou a falta de amor "ue nos le!am 6s crises e(istenciais nas "uais chegamos a"uestionar o próprio desejo de !i!er O desejo de amar e o de sermos amados são os pontos

e(tremos de um dilema: somos suspeitosos e cnicos com respeito ao amor por"ue ele,fre"?entemente, nos tem sido apresentado como sedutor e traidor )esmo assim, nãodei(amos de amar e de desejar o amor de algu%m, esperando "ue na pró(ima e(peri'ncia eleseja diferente <alando de uma esposa e mãe "ue esta!a sofrendo as dores de um amor não correspondido e difcil de ser !i!ido, eles perguntam so/re o "ue se de!eria dier a elaa respeito do amor, a respeito da transforma.ão "ue o amor pro!oca e do significado de seamar o pró(imo da perspecti!a de $eus Eles prosseguem, diendo "ue o amor %, sem som/rade dú!ida a !oca.ão mais alta do cristão Somos chamados para amar cumprindo o pacto decomunhão com $eus guardando os seus mandamentos, os "uais en!ol!em as alian.as com o pró(imo Eles perguntam: *O "ue % o amor3 ual a naturea dessa coisa "ue chamamos amor a "ue somos chamados a espelhar em nossos relacionamentos pessoais com outros e mesmo emnossa rela.ão com $eus3 E respondem: *esus indiretamente respondeu a essa "uestão do "ue %

o amor referindo&se a si mesmo: FGo!o mandamento !os dou: "ue !os ameis uns aos outros8assim como eu !os amei, "ue tam/%m !os ameis uns aos outros Gisto conhecerão "ue soismeus discpulos: se ti!erdes amor uns aos outrosF O amor % descrito @1-o 1AC, ilustrado @o /omsamaritano, c 10IR&AJC e ordenado @c BIJ&ABC, mas jamais definido O significado do amor % encontrado na pessoa de esus -risto e encarnado com defini.ão e significado na sua morte eressurrei.ão*F

$eus % amor 9mor não % algo "ue ele tenha, por"ue ele % amor ; parte do seucar2ter $eus não % egoisticamente centrado em si mesmo Seu amor % perfeito por"ue ele %tr's em um, $eus trino, indi!is!el, cujo amor não % di!idido e * sempre direcionado 6s duasoutras Pessoas $a mesma maneira, o amor % parte do car2ter do homem ; a opera.ão da"uilo"ue ele % coram Deo e coram omnius. $eus re"uereu amor de 9dão e E!a, assim como do seu po!o, tanto no 9ntigo como no Go!o 7estamento, por"ue ele "uer "ue usufruamos, participemos e e(er.amos sua afei.ão de amor, isto %, "ue sejamos um assim como ele % umSó então conheceremos a nós mesmos como ele planejou "ue f+ssemos: "uando desco/rirmos a plenitude de -risto em nós e nós nele 9 afei.ão de amor * a e(pressão do ser de $eus no e peloser humano a fim de "ue o goo da sua glória seja completo no homem interior e em seusrelacionamentos com o -riador e com sua cria.ão ; o mo!imento  para fora para a desco/ertada realidade e(terior

Moção do amor

O afeto do amor tem um mo!imento orientado  para fora  por causa de sua naturea

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graciosa ; dado sem "ue nada seja pedido em troca 9 raão de ansiarmos por ser amados em!e de e(pressar amor % resultado da falta de esperan.a de "ue $eus e(iste e se tomarespondedor dos "ue o /uscam, como di: *$e fato, sem f% % imposs!el agradar a $eus, por"uanto % necess2rio "ue a"uele "ue se apro(ima de $eus creia "ue ele e(iste e "ue se tomagalardoados dos "ue o /uscam* @4/ 11BC Gós trocamos a dinâmica do amor por ummo!imento para dentro por causa da teomania a "ue fomos su/metidos pelo pecado O *amor*,desse modo, torna&nos autocentrados e e(igentes "uanto ao suprimento das nossas própriasnecessidades

9t% mesmo = e principalmente, no caso do aconselhamento redenti!o, no "ual oconhecimento de $eus, de si e do outro desempenha papel importante = o mo!imento do amor  para a o/edi'ncia, "uer a $eus "uer aos dolos , o amor ocupa um lugar maior : *Go "uese refere 6s coisas sacrificadas a dolos, reconhecemos "ue todos somos senhores dosa/er O sa/er enso/er/ece, mas o amor edifica Se algu%m julga sa/er alguma coisa, comefeito, não aprendeu ainda como con!%m sa/er )as, se algu%m ama a $eus, esse %conhecido por ele* @1-o X1C

9o mo!imento do amor orientado, primariamente, *para fora*, e secundariamente, para cima e para dentro, chamaremos de operação' posto "ue o amor ela/ora o/ras "ue fecham o crculoda proposta di!ina para o homem criado 6 sua imagem Goutras pala!ras, o mo!imentodinâmico do amor, assim como cada um dos demais afetos, influencia a orienta.ão dos outrosO apóstolo Paulo deu gra.as a $eus "uando ou!iu falar da f% "ue os colossenses tinham emrela.ão a $eus por causa da esperan.a e!ang%lica e por causa do amor "ue tinham para comos santos, e pediu a $eus "ue lhes desse pleno conhecimento de sua !ontade e todasa/edoria e todo entendimento espiritual *a fim de !i!erdes de modo digno do Senhor para oseu inteiro agrado, frutificando em toda /oa o/ra e crescendo no conhecimento de $eus* @-l110C

 AS MOÇES DOS AFETOS

9s mo.es fluidas e inteirantes dos afetos da f%, da esperan.a e do amor sãocorro/oradas por Paulo "uando ele di aos g2latas: *Por"ue nós, pelo Esprito,aguardamos a esperan.a da justi.a "ue pro!%m da  f*. Por"ue, em -risto esus, nem acircuncisão, nem a incircuncisão t'm !alor algum, mas a f% "ue atua pelo amor* @U RR,BC)esmo "ue apresentem tr's respecti!as mo.es funcionais = para cima, para dentro e parafora =o cora.ão as processa como um conjunto dinâmico

onathan EdQards di "ue o amor e a alegria estão na /ase do e(erccio da religião comoafei.es /2sicas do ser: *Essas afei.es não são mais do "ue os mais !igorosos e sens!eise(erccios da inclina.ão e da !ontade da alma* Ele di "ue $eus dotou a nossa alma de duasfaculdades: a da percep.ão e da especula.ão, pelas "uais ela *!'*, discerne e julga as coisas = o "ue ele chama de entendimento 9 outra !ai al%m da percep.ão para a pulsão ou para arepulsão das coisas como ela as entende, ou para a indiferen.a, "uando a alma parece não ser afetada pelas coisas como as entende, mas, de "ual"uer maneira, *gostando ou desgostando,satisfeita ou insatisfeita, apro!ando ou rejeitando* 9inda "ue EdQards não descre!ametodicamente essa dinâmica operacional, ele mostra "ue a perce/e: *Essa faculdade %chamada por di!ersos nomes8 algumas !ees % chamada de inclina.ão8 e, como isso di

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respeito 6s a.es "ue são determinadas e go!ernadas por ela, % tam/%m chamada de !ontade8 ea mente, com respeito aos e(erccios dessa faculdade, %, geralmente, chamada de cora.ão*F

Tece/endo da gra.a de $eus @comum e especialmente diferenciadaC, -%3 a f% t2cita @f%intuitiva3' acionada do alto @f% discursiva3'  processa um mo!imento prim2rio  para cima euma dupla moti!a.ão secund2ria: -O3 uma /usca interior por iman'ncia e -I 3 outra, e(terior,

 por transcend'ncia $o mesmo modo, @IC a esperan.a tem um mo!imento prim2rio  para den&tro e uma dupla moti!a.ão secund2ria: -8a3 uma /usca interior por conhecimento e, -83outra, e(terior, por significado gualmente, @AC o amor tem um mo!imento prim2rio  para

 fora e uma dupla moti!a.ão secund2ria: -9a3 interior, em /usca de identidade e, -93 outra,e(terior, em /usca de relacionamento .2

Vm rec%m&nascido a/re os olhos para um mundo totalmente no!o 7udo est2 al%m dele, *ali*$entro dele h2 os afetos t2citos "ue compreendem o esprito humano em cone(ão cominforma.es gen%ticas, com as "uais ele /uscar2 *sol!er o caso* -omo poder2 ele apreender o"ue "uer "ue seja, se uma f% t2cita, dada por $eus, não e(ercer um mo!imento  para cima' para um significado e(terno para a significância interior3 Portanto, assim * "ue oão rece/e

*lu* de $eus para !er a realidade ao seu redor 9 re!ela.ão de $eus !em a ele em gra.a-aspecto pistico3 e ha/ilita&o a *conhecer* Teconhecer2 ele, ou não, o chamado de $eus 6!erdade3 Esse /e/' tem um pro/lema cr+nico: nasceu *ing'nuo* sso não "uer dier "ueele tenha nascido inocente, mas "ue herdou a culpa/ilidade da ra.a assim como sua própriatend'ncia para o pecado Entretanto, por"ue ele não te!e, ainda, tempo de corro/orar o pecado de 9dão, diemos "ue ele tem uma *estultcia ing'nua* Estultcia, a"ui, significaum conhecimento su/jeti!o, sem referencial transcendente Ele não tem, ainda, informa.essuficien tes nem tem pala!ras para descre!er a e(peri'ncia de o/ser!ar o mó/ile suspensoacima do seu /er.o e deduir sua naturea e seu propósito Ele poderia descre!er efeti!amentea perman'ncia do mó/ile, suas cores, suas formas e seus mo!imentos em associa.ão com oa/rir da porta e com a /risa "ue entra, # e essa seria a sua imagina.ão s2/ia )as, por outro lado, ele poderia concluir "ue a presen.a de sua mãe fosse a causa prim2ria do

mo!imento do mó/ile, e essa seria sua imagina.ão estulta

; assim "ue nós, !indo 6 lu, e(ercemos uma f% t2cita, sem pala!ras, induida pela lu dare!ela.ão de $eus, para concluir "ue ele % o 9utor de toda essa estimulante realidade, ou "uenossos olhos a/ertos sejam seu autor oão, de agora em diante, *sa/er2* o "ue de!e esperar da realidade e(terior: ou um mundo diante de $eus ou um mundo aut+nomo Essa esperan.adeterminar2 seus relacionamentos com o mundo e com as pessoas, tanto sua /iocosmo!isão"uanto sua epistemologia Vma esperan.a afeti!a "ue o orientar2 na e(pecta.ão do /em e domal segundo a lu de $eus ou nas tre!as de sua !erdade pessoal, pri!ada, induida pelo auto&engano uando algu%m entra no seu "uarto e o mó/ile se mo!e, oão poder2 concluir "uemais uma !e ele foi tocado pelo !ento, ou poder2 concluir "ue um de seus pais esteja ali

9s mo.es do cora.ão, como um mó/ile mo!ido por $eus e pela lu da sua re!ela.ão,num mo!imento de gra.a, nos induem aos afetos da f% e da esperan.a e do amor Essa gra.a,a "ual %, tam/%m, o mo!imento de $eus na dire.ão do homem a fim de transmitir sua glória para "ue o reflitamos, % por nós haitada @apreendida e comungadaC pela f%, imaginada@assimilada e processadaC pela esperan.a, e finalmente, operada pelo amor 9ssim, seguindouma conclusão s2/ia -coram Deo' diante de $eusC ou uma conclusão estulta -coramomnius' diante do homemC % "ue cremos, construmos e e(ercitamos os afetos da f%, daesperan.a e do amor, o "ual % a sada de dentro de nós mesmos re!elando e(pressesemocionais e comportamentais por meio do corpo sso de!eria ocorrer em rela.ão aoconhecimento do outro @$eus primeiro, nosso pró(imo depois e, após, o mundoC, mas,geralmente, ocorre em rela.ão a dolos e ao e(tra!agante egosmo da !olta para nós mesmosEssa ser2 a mat%ria da "ual trataremos a seguir

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INTERAÇÃO

 Por isso' tam*m eu'tendo ouvido a f* (ue há entre v!s no 1enhor esus

e o amor para com todos os santos'não cesso de dar graças por v!s'

 fa#endo menção de v!s nas minhas orações'

 para (ue o Deus de nosso 1enhor esus Cristo' o Pai da gl!ria'vos conceda esp,rito de saedoria e de revelaçãono pleno conhecimento dele'

iluminados os olhos do vosso coração' Para saerdes (ual * a esperança do seu chamamento'

(ual a ri(ue#a da gl!ria da sua herança nos santose (ual a suprema grande#a do seu poder para com os (ue cremos'

 segundo a eficácia da força do seu poder;o (ual e$erceu ele em Cristo' ressuscitando&o dentre os mortos

e fa#endo&o sentar Q sua direita tios lugares celestiais'acima de todo principado' e potestade' e poder' e dom,nio'

e de todo nome (ue se possa referir não s! no presente s*culo' mas tam*m no vindouro.

 + ps todas as coisas deai$o dos p*s e' para ser o caeça sore todas as coisas' o deu Q igre)a'

a (ual * o seu corpo' a plenitude da(uele(ue a tudo enche em todas as coisas.

 +f*sios %.%L&89

 Por esta causa' me ponho de )oelhos diante do Pai'de (uem toma o nome toda ' familia' tanto no c*u como sore a terra'

 Para (ue' segundo a ri(ue#a da sua gl!ria'

vos conceda (ue se)ais fortalecidos com poder'mediante o seu +sp,rito no homem interior;

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e' assim' haite Cristo no vosso coração' pela f*'estando v!s arraigados e alicerçados em amor;

a fim de poderdes compreender' corar o s s a nt os '(ual * a largura' e o comprimento' e a altura' e a profundidadee conhecer o amor de Cristo' (ue e$cede todo entendimento'

 para (ue se)ais tomados de toda a plenitude de Deus.

 +f*sios 9.%K&%S

) O K ) E G 7 O S 9 < E 7 K O S :49>79_bO, )9UG9_bO E OPET9_bO

 Ha 0ltima parte da 8L +p,stola de Pedro' o ap!stolo' preocupado com o dano(ue homens escarnecedores' os (uais andam segundo seus pr!prios afetos'

 pudessem causar' procura despertar a mente dos cristãos com lemranças das palavras pregadas pelos profetas antigos e das palavras pregadas pelos

ap!stolos sore o mandamento do 1enhor. Para o não&cristão' (ue haita na terra'todos os seus pressupostos são terrenos e temporais. 1em evid5ncia fatual não pode haver crença' di#em.

.1não O Senhor não prometeu "ue !oltaria3 $epois de tanto tempo, a não % hora de perce/er a mentira na "ual os crentes estão !i!endo3 = alguns pergunta!am maliciosamente

-ontudo, as dú!idas dos não&cristãos, caso "ueiramos ha/itar com eles, poderão causar danos se!eros a nós, cristãos, "ue j2 ha/itamos nos lugares celestiais, mas "ue tam/%mcontinuamos a !i!er na terra Gão se trata de não !i!er entre os homens, mas de ha/itar 

onde eles ha/itamF Ga !erdade, eles não !i!em pelas e!id'ncias, mas pela f% na sua própriaimaginação.  Gós sa/emos "ue não e(iste *fato /ruto*, pois tudo % interpreta ti!o Ouinterpretamos segundo a pala!ra de $eus ou interpretamos segundo nossos próprios pensamentos E nossos pensamentos não são, de modo algum, insuspeitos, posto "ue ohomem interior % comandado por afetos, e as afei.es do homem sem $eus são!iciadas pelo pecado e por causa dos efeitos  po*ticos do pecado, como j2 !imos @cfTm 11XAIC uanto a nós, não de!eramos andar pelo "ue !emos, mas !er atra!%s dos*óculos* da re!ela.ão de $eus e andar de modo digno de -risto 9 opera.ão da mentehumana funciona segundo sua consci'ncia 9 mente culpada acusa e se defende 9mente cristã cr' "ue o "ue J !is!el % apenas aparente, temporal e parcial, e imagina a

realidade percept!el segundo a realidade da pala!ra da !ida eterna, plena de esperan.aPor isso Pedro disse:

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Por"ue, deli/eradamente, es"uecem "ue, de longo tempo, hou!e c%us /em como terra, a"ual surgiu da 2gua e atra!%s da 2gua pela pala!ra de $eus, pela "ual !eio a perecer o mundoda"uele tempo, afogado em 2gua Ora, os c%us "ue agora e(istem e a terra, pela mesma pala!ra,t'm sido entesourados para fogo, estando reser!ados para o $ia do uo e destrui.ão doshomens mpios @IPe AR&JC

9 imagina.ão do crente não % *fechada*, como diem os "ue pensam *por simesmos*, nem sua f% % uma ilusão <reud tam/%m opera!a por *re!ela.ão* = do cliente)ar( imaginou um mundo /aseado na sntese hegeliana de um eterno crculo de tese&anttese&sntese, ao "ual, incongruentemente, ele propunha uma solu.ão decont inuidade no futuro ine(or2!el da 4istória = seu socialismo utópico O pensamentocristão de 4istória e de tempo * mais lato: o tempo não % um fato imut2!el, e a4istória pode ser operada = de acordo com a !ontade de $eus

*42, toda!ia, uma coisa, amados, "ue não de!eis es"uecer: "ue, para o Senhor, um dia %como mil anos, e mil anos, como um dia* @! XC =Pedro prossegue diendo @e olhem "ue ele

não conheceu Einstein5C = O Senhor !ir25

Eles de!eriam aprender da 4istória, pois como o mundo o/te!e toda essa *sa/edoriasecular*3 Os homens de g'nio da nossa história t'm conhecido tanto, e feito tanto, etestemunhado tantas mara!ilhas da in!en.ão humana, "ue jamais poderão alegar "uenão conheceram a glória de $eus -onhecendo a !erdade, imaginam meios de se regalar 

com elas aca/ando por neg2&las em suas próprias mistifica.es O resultado é"ue !i!emos

num mundo de adult%rio, de filhos e pais desafei.oados, enganando e sendo enganados

 = 9s opera.es do cora.ão de!eriam mostrar o amor de $eus, mas mostram, somente, oresultado de suas imagina.es = seria uma aplica.ão do "ue Pedro disse

9l%m disso, Pedro continua diendo "ue tais homens de!eriam ser mais gratos, pois ademora do Senhor para cumprir sua promessa se de!e 6 sua longanimidade, pois ele não

"uer "ue nenhum pere.a *senão "ue todos cheguem ao arrependimento* @! XCO "ue esses homens se"uer imaginam % "ue, de fato, *Kir2, entretanto, como ladrão, o

$ia do Senhor, no "ual os c%us passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos sedesfarão a/rasados8 tam/%m a terra e as o/ras "ue nela e(istem serão atingidas* @! 10C

 = E d2 para acreditar3 = poderiam ainda perguntar

Kejam só "uem pergunta5 O mundo est2 preparado para se destruir Os po!os imaginamcoisas !ãs e alguns go!ernantes da terra conspiram guerras, intentam a fa/rica.ão dearmas de destrui.ão em massa, en"uanto outros diem pa, pa, "uando não h2 pa = 

falam de pa mas preferem a guerra = e ainda diem: *Tompamos os seus la.os esacudamos de nós as suas algemas* @cf S1 I1&AC

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9 imagina.ão dos homens sem $eus % !ã, e % !ã a imagina.ão da"ueles "ue osseguem O !erdadeiro crente prossegue esperando pela terra onde ha/ita a justi.a, esendo diligente na espera @gr  speudo' fortalecendo, desejando ardentementeC da !indado Senhor Os homens sem $eus, por"ue somente cr'em no "ue !'em e ou t'm umae(pectati!a romântica ou uma e(pectati!a do mal "uanto ao futuro, só não faem pior por"ue não conseguem le!ar at% as últimas conse"?'ncias a troca "ue fieram = da !erdade pela mentira @Tm 11XC Por causa da f% em "ue ha/itamos e da esperan.a"ue imaginamos, temos de operar de maneira diferente deles Por essa raão, pois, amados,esperando estas coisas, empenhai&!os por serdes achados por ele em pa, sem m2cula eirrepreens!eis, e tende por sal!a.ão a longanimidade de nosso Senhor Kós, pois, amados,

 pre!enidos como estais de antemão, acautelai&!os8 não suceda "ue, arrastados pelo errodesses insu/ordinados, descaiais da !ossa própria firmea8 antes, crescei na gra.a e noconhecimento de nosso Senhor e Sal!ador esus -risto 9 ele seja a glória, tanto agora como nodia eterno @!s 1H&1XC

; f2cil perce/er como esses tr's dos afetos do cora.ão  =f%, esperança e amor <' segundonossa perspecti!a, apresentam mo!imentos caractersticos = haitação' imaginação e

operação. Esses mo!imentos associados aos afetos são, igualmente, integrantes e interati!os$ooLeQeerd di "ue, ainda "ue os tratemos como entidades isoladas, pois eles são partes deum só ser = a totalidade em "ue repousa a *interioridade* da pessoa = podemos atri/uir aesses mo!imentos manifesta.es diferenciadas com respeito 6 inten.ão dos atos O ato dehaitar' o ato de imaginar @relacionado 6 naturea recepti!aMcriati!a e 6 memória, mas nãoapenasC e o ato de operar estão en!ol!idos na moti!a.ão do processo dos afetos e resultam nase(presses emocionais e nos atos do corpo @ato&estrutura do corpo, comportamento, o/rasCF

 ASPECTOS INDIVIDUAIS E MODAIS

DOS MOVIMENTOS AFETIVOS

Para estudar esses mo!imentos % preciso "ue se tenha uma !isão da dualidade ontológica, da pluralidade funcional e da unidade compreensi!a do ser humano, como dissemos no princpio<aremos /em se resumirmos a"ui algumas afirma.es igualmente feitas: 4a!emos de lem/rar "ue o homem * um ser religioso' uma personalidade anal!gica' receptivamente criativo eativamente redentivo. sso "uer dier "ue somos teo&referentes @e(istimos unicamente emrefer'ncia a $eusC, "ue somos criados 6 imagem de $eus para refletir seu car2ter e "ue faemosisso por meio de um comportamento santificado 9plicando o pensamento do $r $ooLeQeerdao nosso estudo, destacamos cinco pontos mestres "ue norteiam o nosso pensamento

1  Princ,pios ,lico&teol!gicos indicam (ue o ser humano * uma cria tura singular e plural.Em !e de considerar os atos humanos do ponto de !ista estritamente psicológico, etentar di!idir o homem em partes "uase independentes @por e(emplo, id, ego, superego8corpo alma e esprito etcC como no caso do dualismo corpo e mente,F a Escritura mostra o ser humano em sua totalidade, cujos atos interiores se localiam no corpo como manifesta.ãotemporal da alma Os seres humanos são, portanto, uma totalidade integral de corpo e alma,agindo segundo predeterminadas leis num am/iente de "uase ilimitadas @de um ponto de!ista humanoC possi/ilidades

8. A ato&estrutura do corpo arange todos os aspectos da realidade temporal. Esta * o conjuntodos afetos do cora.ão em seus mo!imentos de ha/ita.ão, imagina.ão e opera.ão, "ue age,

em suas finalia.es, no corpo 7odo ato humano tem lugar no corpo humano, mesmo "ueem sua origem seja na alma como centro espiritual da e(ist'ncia da pessoa Gão podemos

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dier "ue o corpo pensa, imagina e "uer, assim como não podemos dier "ue o esprito anda,imagina ou "uer 9 totalidade do ser humano, como uma unidade integral de corpo e alma,desen!ol!e esses atos9. A ato&estrutura *' em si mesma' não&diferenciada. Ela não se "ualifica por nenhum aspectoem particular Os atos humanos em "ual"uer de suas dire.es fundamentais = fsico&"umico, /iótico e ps"uico = podem ser "ualificados por "ual"uer um dos mo!imentos afeti!os:ha/ita.ão, imagina.ão e opera.ão Go sentido religioso //lico, esse car2ter não&dife&renciado dos atos humanos % insepara!elmente conectado 6 sua fun.ão como campo dee(pressão do esprito humano Vma !e "ue o esprito transcende todas as estruturastemporais da !ida, ele tem de estar apto a e(pressar&se em todos os campos da realidadeI 9 ato&estrutura humana % normati!a, a despeito de ser não&diferenciada ern rela.ão aosaspectos da realidade, a sa/er, aritm%tico, espacial, cinem2tico, /iótico, sens!el @ps"uicoC,lógico, analtico, histórico, lingual, social, econ+mico, est%tico, judicial, %tico&moral e pstico@relati!o 6 f%C )anifesta&se harmonicamente com todas as ato&fun.es concentradas no ser @o cora.ão, a concentra.ão da !ida ati!a do ser humanoC e manifesta&se, depois, emsu/ordina.ão hier2r"uica do su/strato inconsciente da !ida ati!a @f%, esperan.a e amorC aosuperestrato consciente @ha/ita.ão, imagina.ão e opera.ãoC

8. +moções ou sentimentos são os resultados da dinâmica dos afetos do homem interior -f*'esperança e amor3 em seus mo!imentos de haitação' imaginação e operação' os "uais sãoe(pressos por meio do corpo Elas ser!em como elementos de a!alia.ão e de homeostasedo ato&processo e ajuda na decisão e no comportamento finais 9s emo.es ou sentimentossão importantes na totalidade do processo, pois, mais do "ue representarem *umdepartamento* do homem interior, como o cogniti!o e o !oliti!o, elas estão ligadas ao corpoe ao centro afeti!o, permeando todos os aspectos do corpo e da alma, dos afetos da f%, daesperan.a e do amor 6s manifesta.es da ha/ita.ão, da imagina.ão e da opera.ão e at% afinalia.ão nos atos do corpo

Vm /e/', no /er.o ainda, j2 tem uma forma organiacional de ati!idade mental afeti!a, "ue

a/range tanto a parte motora "uanto a intelectual Sem pala!ras com as "uais possa ela/orar so/re as suas percep.es, ele as processa no conjunto mais geral das emo.es @as "uais sãoe(presses dos ale tos em seus dados mo!imentosC Ele não tem, ainda, ha/ilidades crticas paralidar com o conhecimento = nem poderia ter, por causa da estultcia ing'nua "ue caracteria,nessa idade, o ser humano decado Por isso, a partir de suas o/ser!a.es, ele poder2 deri!ar fi(a.es afeti!as "ue o acompanharão por toda a !ida uando ele !' um mó/ile so/re seu /er.o,o primeiro aspecto da realidade "ue ele e(perimenta % a !isão de um *o!ni* -aspecto aritm*tico'relati!o aos c2lculos8 números, diferencia.es e suas intera.esC $epois, ele perce/e "ue o o/jetotem uma proje.ão espacial -aspecto espacial' relati!o 6s dimensesC )ais tarde desco/re "ue omó/ile tem mo!imentos -aspecto cinemático' relati!o ao mo!imento8 for.as e dire.esC $aapreende "ue o o/jeto % real como ele mesmo -aspectofisico' relati!o 6 mat%riaC Vma an2lisemais pró(ima, feita "uando j2 menino, entretanto, demonstra "ue não se trata de um o/jeto !i!o

como ele mesmo -aspecto i!tico' relati!o 6 !ida, respira.ão, circula.ão, digestão, etcC, mas"ue precisa de uma a.ão e(terna "ue o mo!a 42 algo a "ue me(e com o seu interior -aspecto sens,vel3. 9 essa altura, ele come.a a procurar raes e causas -aspecto anal,tico@ relati!o aoconhecimento dos detalhesC Sua mente, então se aplica, com mais afinco, a relacionar o tempo eos acontecimentos como, por e(emplo, associando a entrada de pessoas no "uarto e omo!imento do mó/ile -aspecto hist!rico@ relati!o aos acontecimentos8 implica a memória e suaconse"?ente identidade culturalC Sua ha/ilidade de comunica.ão se torna mais preocupada coma/stra.es -aspecto lingual Dpara diferenciar de ling?stico8 relati!o 6 linguagem8comunica.ão por meio de sm/olos descriti!osC, podendo perguntar e entender as respostas$a"ui por diante, ele come.a a se desco/rir igual e diferente das demais pessoas = papai emamãe são pessoas diferentes e separadas do mó/ile, por e(emplo8 -aspecto social; relati!o aoconjunto dos indi!duos, agrupamentos, coeses, associa.es8 % "uando a individuação < sa/er&

se como indi!duo = se ope 6 separação ou indi!idualismoCF Perguntas como: uanto custa ummó/ile3 uanto !ale3, crescem em importância -aspecto econmico@ relati!o aos !alores

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materiais, con!en.es financeiras e comerciaisC E 6 medida "ue amadurece, muda o foco deinteresse: Eu gosto3 ; /onito3 -aspecto est*tico@ relati!o 6 /elea8 constata.ão do /elo e capacida&de criati!a artsticaC $epois, se o amadurecimento prosseguir, ele apreciar2 o mó/ile considerando!alores mais no/res, como as "uestes morais: $e "uem %3 Posso dispor dele como "uiser3-aspecto )ur,dico' relati!o 6 moral8 determina.ão de leis "ue controlam os de!eres e direitos derelacionamentos e de ati!idadesC8 e as "uestes da aplica.ão da !erdade em amor no trato pessoal:O "ue significa o mó/ile para os meus pais3 -omo posso conser!2&lo a fim de !aloriar o presente rece/ido3 -aspecto *tico@ relati!o ao relacional8 !isão do outro "uanto ao sere "uanto 6sfun.es humanasC

9ssim, o/ser!ando os aspectos modais mais prim2rios da realidade na o/ser!a.ão das coisasda !ida, num crescendo at% onde lhe permite o desen!ol!imento fisico&mental próprio decada idade, a pessoa conhece parte de si mesmo e parte do mundo ao seu redorF

 Go modo t2cito, como temos !isto, a f% % um afeto /2sico, inato, a/rangente, "ue junto comseus pares, esperan.a e amor, formam o cora.ão do ser humano -omo tam/%m j2 dissemos,a f% tem um mo!imento funcional prim2rio  para cima' respondente 6 gra.a de $eus, e umadupla moti!a.ão secund2ria: uma interior em /usca de iman'ncia e uma e(terna em /usca detranscend'ncia

%!N0E%I&ENT! RE3E1AD!

9 f% e(pressa a si mesma no conhecimento, como !imos "uando tratamos dos afetos t2citos,so/ o su/ttulo: -onhecimento Pessoal Esse modo de manifesta.ão da f%, o conhecimento,tam/%m tem esse aspecto t2cito sso significa "ue nós, seres humanos, somos dotados por $eus de uma re!ela.ão interior @f% intuiti!a, relacionada ao aspecto modal sens!elC "uenos ha/ilita a reconhecer a re!ela.ão "ue $eus fa de si mesmo e da sua o/ra @f% discursi!a,relacionada ao aspecto modal psticoC Gesse sentido, ha/ita.ão % um conhecimento a

 priori?a posteriori. ; a posteriori por"ue % re!elado @$t IWIWC e, a priori' por"ue $eus noschamou para o seu conhecimento, isto %, 6 pes"uisa e 6 desco/erta do "ue ele re!ela E isso,

 para a re&cria.ão e reden.ão das coisas

)esmo "ue a ueda tenha desa/ilitado o homem para o reconhecimento da re!ela.ãode $eus e para o seu pleno entendimento, o Esprito Santo ilumina&o a fim de "ue !eja sua própria condi.ão e sai/a algo so/re a -ria.ão = e com respeito aos "ue são chamados para si,$eus acrescenta o conhecimento de $eus e da -ria.ão 6 lu da Escritura @Ef 11R&IAC

Dois sistemas4 duas id2ias

So/re isso, Kan 7il di "ue o pensamento moderno fala do pensamento humano em termos

de sistemas como conceitos ou ideais limitantes O ideal % ainda o da completacompreensão do homem O sistema "ue o cristão /usca o/ter, por contraste, di ele, de!eser !isto como anal!gico' significando "ue $eus % o original e o homem, o deri!ati!o*$eus tem um sistema a/solutamente autocontido em si mesmo 9"uilo "ue acontece na4istória acontece em concordância com esse sistema ou plano pelo "ual ele go!erna ouni!erso O homem, como criatura, não pode ter uma r%plica desse sistema de $eus Elenão pode ter uma reprodu.ão desse sistema Ele de!e, portanto, pensar os pensamentosde $eus segundo $eus8 isso significa "ue ele de!e, ao /uscar a forma.ão do seu própriosistema, estar constantemente sujeito 6 autoridade do sistema de $eus na e(tensão"ue ele lhe % re!eladoN Kan 7il di ainda "ue % importante entender o significado da

necessidade de o ser humano ser analogicamente autoconsciente Os não&cristãos "ueapresentam sistemas tam/%m analógicos diem "ue o homem não pode e(plicar a realidade

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em si mesma, projetando, assim, a id%ia de um deus "ue o fa.a e tornando&se dependentedesse deus sso não pode ser !erdade, ele prossegue, pois o deus não&cristão só reflete a sua própria imagem desse $eus ; um $eus "ue não % autocontido $esse modo, o homem % ooriginal de $eus, o deri!ati!o = o "ue * o oposto do "ue o cristão di a respeito de ohomem ser analógico

Kan 7il di tam/%m "ue, sem $eus, e trocando a hermen'utica de $eus so/re a realidade pela sua própria interpreta.ão, o homem se tornou escra!o do *falso ideal de conhecimento*e do *falso ideal de a/soluta compreensão do conhecimento*F -ontudo, o Esprito Santoilumina a"ueles "ue estão em tre!as, con!encendo&os da culpa do pecado, da justi.a e do juo@!eja o 1BJ&11C, e ilumina o sal!o para o conhecimento da glória de $eus na face de -risto@I-o HBC $e acordo com o apóstolo oão, a Pala!ra de $eus, "ue % u e Kida, fe&se carne para ilumina.ão de todo homem: da"ueles "ue são capacitados a refletir o /rilho de sua glória eda"ueles "ue não o podem faer @o 11&1XC Essa Pala!ra, u e Kida de $eus, manifesta.ãoe(ata de sua glória e de sua gra.a, % a <onte da lu de todo conhecimento "ue ilumina o cora.ãodo homem e torna !i!a a sua f%

 3oca'ão para o conhecimento

9 Escritura pe o conhecimento como o ponto focal da e(ist'ncia =primeiro oconhecimento de $eus e, depois, o conhecimento de sua o/ra e seu propósito Por  ponto

 focal entende&se o o/jeto prim2rio da aten.ão a "ue algo secund2rio focalia 9 cria.ão de sereshumanos segundo a imagem de $eus chama o homem ao conhecimento   um mandato 6adora.ão e 6 guarda dos seus mandamentos e promessas, assim como um chamado 6 ci'ncia@!erdadeiraC e ao domnio da cria.ão @Un 1IB,IX&A08 I1W,I0C

! termo

9 primeira men.ão do termo conhecimento no 9ntigo 7estamento est2 em U'nesis IW, em "ue$eus * dito ter colocado 2r!ores especiais no ardim no ;den: a 2r!ore do conhecimento do /em e do mal e a 2r!ore da !ida O termo, cujo significado inclui intelig'ncia, entendimento,sa/edoria, perspic2cia, percep.ão sensorial, insight @h/ DaOh' de  2da' sin+nimo de na=ar Dapreensão, reconhecimento, rejei.ão, escrutnio, o/ser!a  .ão, estudo, ó J108 Tt I1W ei2n Ddiscernimento, aten.ão, o/ser!a.ão, intelig'ncia, percep.ão, instru.ão, ensino, P!IXRC, % usado a"ui com o sentido de consci'ncia, causar conhecimento e conhecimento

moral 9 isso % "ue chamo de haitação. A Uulgata Vatina tradu esse termo como scientia. Ele pode descre!er tanto o conhecimento pessoal "uanto o sa/er faer ou discernir alguma coisa @P!IHR8 ^( A1A8 S 11WBBC A conota.ão de conhecer algo ou algu%m, ou de se dar a conhecer, ea de re!ela.ão, podem ser !istas em ó AX&HI, onde os argumentos de $eus dei(am clara aid%ia do conhecimento de $eus como essencial ao conhecimento do mundo e do homem Suaassocia.ão com a sa/edoria do temor do Senhor contrasta com a estultcia do temor de homens@!eja P! 1J8 W10C O conhecimento do Santo @teo&refer'nciaC % sa/edoria8 o conhecimento se&gundo o próprio cora.ão % auto&engano @teomaniaC @r WIA,IHC

 Go Go!o 7estamento, a primeira men.ão do termo est2 em )ateus 1IR, significandorela.ão se(ual Em ucas 1JJ o termo % usado com o sentido de conhecimento e(perimental@gr gnosis' de  ginos=o3. $2 a id%ia de conhecimento presente e fragment2rio em contrastecom o conhecimento claro e e(ato do termo usado em I Pedro 1I,A,X @gr epignosos3. "apóstolo Paulo usa fre"?entemente este último sentido para descre!er um conhecimento "ue

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tem grande participa.ão do o/ser!ador no o/jeto o/ser!ado 7em a id%ia de conhecimentoreligioso e de um conhecimento "ue apela 6 t,F  mpatia pessoal e "ue e(erce influ'ncia nohomem interior e em seus relacionamentos %ticos @afei.ão, f%, conhecimento, comportamentoDEf 11J8 H1A8 -l 1W,108 II8 17m IH8 I7m IIR8 AJ8 7t 118 4/ 10IB8 IPe II08 -l II08A108 <p 1WC Em te(to tais como Tomanos 1BIB e Ef%sios AA,R, 10 @!er ainda Ef B1W8 -l1IJ8 Tm WII,IA e o 1R1R8 1JIBC o termo conhecimento @gr  gnori#o3 % usado paratransmitir as id%ias de coisas di!inamente ordenadas, da demonstra.ão do poder de $eus eda o/ra de $eus re!elada em esus -risto Em 9tos 1IH e 1RX @gr  gnostes3 o termo % usadocomo conhecimento de cora.ão Em Tomanos 11W @gr to gnoston3 o termo significa oconhecimento de $eus, isto %, o conhecimento "ue o homem tem de $eus e, diante dele, detodas as coisas

%osmovisão

 A diferen.a "ue o conhecimento da f% teo&referente fa na epistemolo gia e c

na /iocosmo!isão % determinantemente moral e %tica Escritura di "ue sem f% % imposs!elagradara $eus, pois énecess2rio "ue a"ueles "ue o /uscam creiam "ue ele e(iste e "ueresponde ao homem @4/ 11BC O conhecimento de $eus e de sua o/ra e seu propósito @aspecto psticoC e o mo!imento efeti!o da f% "ue se manifesta em conhecimento determinam uma dire.ão%tica 7odos os atos humanos giram em tomo de um ei(o %ticoMrelacional cujo ponto derefer'ncia % $eus sso significa "ue todo conhecimento refere&se a $eus e tem um ou maisindi!duos entrela.ados num relacionamento %tico

ames Y Sire pergunta: *O "ue % uma cosmo!isão*3 E responde: *; a !isão de uni!ersosmoldados por pala!ras e conceitos "ue operam juntos para pro!er um sistema referencial para pensamentos e a.es* *O "ue, então, % essa coisa chamada cosmo!isão "ue % tãoimportante a todos nós3*, ele pergunta de no!o E no!amente responde: *Essencialmente,uma cosmo!isão % um conjunto de pressuposi.es @suposi.es "ue podem ser !erdadeiras, parcialmente !erdadeiras ou inteiramente falsasC "ue mantemos @c+nscia ousu/conscientemente, consistente ou inconsistenteC so/re a composi.ão do nosso mundo*F

9 despeito de suas diferen.as de conse"?'ncias dr2sticas a respeito do pensamentotranscendental, -ornelius Kan 7il e 4erman $ooLeQeerd concordaram com a afirma.ão de "uetoda cria.ão tem de ser !ista como anal!gica' isto %, criada por $eus de conformidadeconsigo mesmo e traendo sua glória nela impressa O conhecimento "ue o homem tem de$eus e o conhecimento "ue o homem tem do homem são, de fato, e nessa ordem, a mesmacoisa 7odas a o/ra de $eus foi planejada, o "ue implica "ue ele fe uma hermen'utica dacria.ão antes de come.ar a cri2&la

0ermen5utica da hermen5utica de Deus

Os seres humanos, portanto, sendo analógicos, são seres religiosos =isto %, eles t'm suaorigem em $eus e só podem encontrar iman'ncia e transcend'ncia nele O homem foi criadocom a tend'ncia e a ha/ilidade de faer a hermen'utica da hermen'utica de $eus = em geral, nanaturea e, especificamente, na Pala!ra Escrita e na Pala!ra Ki!a Ele tende a conhecer $eus,mesmo "ue em pecado ele demonstre isso por meio da re/elião contra esse conhecimento Por isso caracteriamos o homem como um ser religioso, recepti!amente criati!o e ati!amenteredenti!o O cora.ão humano * recepti!o 6 gra.a de $eus @ou, para o não&sal!o, *rejeita@ti!oC*C = a "ual manifesta sua glória na naturea e na consci'ncia humana, e na Escritura e em esus-risto = agindo criati!amente na /usca do conhecimento

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49> 79_bO

$ois discpulos de oão "ue um dia seguiram a esus, dos "uais um era 9ndr%, irmão dePedro, perguntaram a esus: *Ta/i @"ue "uer dier )estreC, onde assistes Dha/itas3*, a "ueesus respondeu *Kinde e !ede*, e os conduiu ao lugar onde mora!a @o 1AR&H0C O lugar de

ha/ita.ão de uma pessoa % elemento importante para a a!alia.ão de sua própria identidade; comum "ue as pessoas se identifi"uem pela sua naturalidade, como naareno,romano, etc, na >/lia8 e paulista, carioca, entre nós, assim como pela profissão@/oieiro, latoeiro, ad!ogado, engenheiroC ou pela condi.ão @eremita, patrãoC )asnenhuma dessas designa.es distingue tanto a identidade da pessoa "uanto o lugar desua ha/ita.ão ; o lugar onde conhecemos seus gostos e suas prefer'ncias, seus /ens, seusrelacionamentos pessoais mais pró(imos e seu descanso 9 ha/ita.ão % o lugar ondedepositamos a nossa f%

Pela f%, Go%, di!inamente instrudo acerca de acontecimentos "ue ainda não se !iam e sendotemente a $eus, aparelhou uma arca para a sal!a.ão de sua casa8 pela "ual condenou o mundo

e se tornou herdeiro da justi.a "ue !em da f% Pela f%, 9/raão, "uando chamado, o/edeceu, afim de ir para um lugar "ue de!ia rece/er por heran.a8 e partiu sem sa/er aonde ia Pela f%, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, ha/i tando em tendas com sa"ue eacó, herdeiros com ele da mesma promessa8 por"ue aguarda!a a cidade "ue temfundamentos, da "ual $eus * o ar"uiteto e edificador 7odos estes morreram na f%, sem ter o/tido as promessas8 !endo&as, por%m, de longe, e saudando&as, e confessando "ue eramestrangeiros e peregrinos so/re a terra Por"ue os "ue falam desse modo manifestam estar 

 procurando uma p2tria E, se, na !erdade, se lem/rassem da"uela de onde saram, teriamoportunidade de !oltar )as, agora, aspiram a uma p2tria superior, isto %, celestial Por isso,$eus não se en!ergonha deles, de ser chamado o seu $eus, por"uanto lhes preparou umacidade @4/ 11J&108 1A&1BC

O termo

O termo haitação' a"ui, compreende toda a"uela nuance do conhecimento Ele *totalmente /aseado na doutrina //lica da re!ela.ão Especialmente, ele se refere ao encontroda gra.a de $eus pela f%, ou 6 re/elião contra o conhecimento de $eus e o conse"?enteencontro de sua ira, tam/%m pela f% @Tm 11XC

O termo ha/ita.ão, entre muitos outros !oc2/ulos diferentes e com diferentes conota.es, %usado na Escritura tam/%m para descre!er uma presen.a relacional: de $eus no meio do seu po!o, dos homens na presen.a de $eus, da sa/edoria com a prud'ncia @h/  sha=en' *faer ta/ern2culo*, E( IRX8 S 1R18 P! X1IC, do marido com a esposa @h/  #aal Un A0AC8 de

$eus em -risto entre nós, da plenitude da $i!indade em -risto @gr s=enoo' o 11H8 -l 11W8IWC8 do Esprito Santo no crente, da Pala!ra em nós, e da f% no cora.ão8 @gr enoi=eo' Tm X118-1A1B8 I7m 1RC8 do amor e da !erdade no cora.ão @gr histemi' o XHH8 gr meno' % H1R,1B8I,10 IC8 tam/%m * usado para descre!er a comunhão com $eus e com os irmãos em -risto @grmeno' o 1H&1BC Paulo usa o termo para se referir ao pecado, ao /em e so/re ha/itar na lu@Tm J1J,1X8 17m B1BC

Proc#amaç0o nat*ra#

O "ue h2 para ser *desco/erto* atrai a mente 6 "ual se re!ela ; como se a naturea clamasse

 para ser desco/erta e interpretada *inflamando o cien tinta com desejo criati!o e concedendo&lheum conhecimento pr%!io dela mesma8 guiando&o de indica.ão em indica.ão e de surpresa em

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surpresa*F-onforme o entendimento cristão, de fato, a naturea clama para ser desco/erta e

interpretada, pois ela re!ela a glória de $eus aos homens e aos homens foi feito o chamado para conhec'&la e interpret2&la segundo sua re!ela.ão: *Os c%us proclamam a glória de $eus, eo firmamento anuncia as o/ras das suas mãos Vm dia discursa a outro dia, e uma noitere!ela conhecimento a outra noite 9dmir2!eis são os teus testemunhos8 por isso, aminha alma os o/ser!a 9 re!ela.ão das tuas pala!ras esclarece e d2 entendimento aossimples 9/ro a /oca e aspiro, por"ue anelo os teus mandamentos* @S 1W1,I e 11W1IW&1A1C

Graça

4a/ita.ão, pois, % o encontro do mo!imento da gra.a de $eus com a f% humana "ue produo conhecimento da !erdade re!elada em esus -risto O prólogo do E!angelho de oão % ote(to //lico em "ue isso aparece da maneira mais clara

Primeiro, ele apresenta os fatos da f*@ Ho princpio era o Ker/o, e o Ker/o esta!a com $eus,e o Ker/o era $eus Ele esta!a no princpio com $eus 7odas as coisas foram feitas por 

interm%dio dele, e, sem ele, nada do "ue foi feito se fe 9 !ida esta!a nele e a !ida era a ludos homens 9 lu resplandece nas tre!as, e as tre!as não pre!aleceram contra ela* OKer/o "ue era $eus, distinto de $eus e em plena comunhão com ele, era, j2 no princpio dostempos, eterno e efeti!o como causa e meio da -ria.ão, nFele ha/itando a !ida e a re!ela.ão

Em segundo lugar, apresenta a revelação geral e espec,fica@ *4ou!e um homem en!iado por $eus cujo nome era oão Este !eio como testemunha para "ue testificasse a respeito da lu, afim de todos !irem a crer por interm%dio dele Ele não era a lu, mas !eio para "uetestificasse da lu, a sa/er, a !erdadeira lu, "ue, !inda ao mundo, ilumina a todo homemO Ker/o esta!a no mundo, o mundo foi feito por interm%dio dele, mas o mundo não oconheceu Keio para o "ue era seu, e os seus não o rece/eram )as, a todos "uantos o

rece/eram, deu&lhes o poder de serem feitos filhos de $eus, a sa/er, aos "ue cr'em no seunome8 os "uais não nasceram do sangue, nem da !ontade da carne, nem da !ontade do ho mem,mas de $eus* @o 1B&1AC 9 !ida e a própria -ria.ão refletem a presen.a e a comunhão de $eusde maneira "ue nem as tre!as @uedaC podem escond'&la8 al%m do refle(o da glória de $eus nanaturea, h2 a prega.ão da Pala!ra de $eus testemunhando aos homens a respeito da re!ela.ãoda"uele "ue e(istia antes da cria.ão do mundo, "ue criou o mundo e "ue o sust%m,-risto, ao "ual o mundo em geral não o rece/eu senão a"ueles "ue, rece/endo&o, foramadotados @outra id%ia de ha/ita.ãoC por $eus, por sua única e e(pressa !ontade

Em terceiro lugar, apresenta a revelação pessoal@ *E o Ker/o se fe carne e ha/itouentre nós, cheio de gra.a e de !erdade, e !imos a sua glória, glória como do unig'nito doPai oão testemunha a respeito dele e e(clama: Este * o de "uem eu disse: o "ue !em depois de

mim tem, contudo, a primaia, por"uanto j2 e(istia antes de mim Por"ue todos nós temosrece/ido da sua plenitude e gra.a so/re gra.a Por"ue a lei foi dada por interm%dio de )ois%s8a gra.a e a !erdade !ieram por meio de esus -risto Gingu%m jamais !iu a $eus8 o $eusunig'nito, "ue est2 no seio do Pai, % "uem o re!elou* @o 11&1XC 9 constru.ão do !erso 1H parece irregular at% "ue o !ejamos como um arremate da id%ia do !erso 1: *Go princpio erao Ker/o E o Ker/o se fe carne E o Ker/o esta!a com $eus E ha/itou entre nós cheio degra.a e de !erdade E o Ker/o era $eus E !imos sua glória, glória como do unig'nito doPai* -omo di >roo[e <iss Yestcott: *9 encarna.ão pressupe e interpreta a -ria.ão e ahistória do homem, e da rela.ão do homem com $eus*F

 :aitação'  portanto, % o encontro do homem @f% intuiti!a, incutida pela gra.a comum de$eusC com o conhecimento de $eus, sua Pessoa e seu propósito e com o conhecimento de sua

o/ra, isto %, da cria.ão e da criatura humana @f% discursi!a, revelacional3. Gesse aspecto, aha/ita.ão % t2cita, inicialmente formada sem pala!ras e, então, !er/aliadas como proposi.es

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de uma /iocosmo!isão

PolanLi conclui "ue % imposs!el "ue a e(peri'ncia o/jeti!a le!e a "ual"uer decisão entreuma interpreta.ão m2gica da !ida di2ria e a naturalista, ou entre a interpreta.ão cientificada naturea e a teológica Essa decisão só ser2 encontrada num processo de ar/trio no"ual as formas alternati!as de satisfa.ão mental sejam a!aliadas e ela/oradas 42sempre um resduo de julgamento pessoal nas decises 9ssim, as proposi.es ha/itamem conjecturas, em suposi.es, sejam elas cientficas ou pessoais 9s ci'ncias se /aseiamem dados coletados a partir da o/ser!a.ão do uni!erso de uma perspecti!a j2 assumida*pela f%* e na an2lise desses dados segundo as mesmas pressuposi.es Genhumcientista se assenta frente 6 sua /ancada e pensa: !ou perguntar algo no!o e desco/riralguma coisa no!a8 ele pressupe "ue poder2 reconhecer a resposta para a "uestão "ue,

inteligentemente, formulou Por isso PolanLi di: *Esse processo de conjectura, desuposi.ão en!ol!e a a!alia.ão das ha/ilidades próprias, mas não totalmente desco/ertas,de uma pessoa jo!em, e de um material, ainda não&coletado ou mesmo não&o/ser!ado, ao"ual ela possa mais tarde, com sucesso, aplicar suas ha/ilidades En!ol!e o senso de donsescondidos na pessoa e em fatos escondidos na naturea, dos "uais, em com/ina.ão, /rotamum dia id%ias "ue a orientam 6 desco/erta*F

9inda "ue não distinguisse uma re!ela.ão especial, PolanLi esclareceu so/re essa ha/ita.ão emtermos de humanidade Ele argumenta "ue todo conhecimento * conhecimento pessoal # o"ue ele "uer "ue seja entendido como participa.ão por meio de uma ha/ita.ão ndo ainda

mais fundo, ele di "ue nosso conhecimento pessoal opera por uma e(pressão de nossa pessoadentro de uma consci'ncia su/sidi2ria de particulares somada 6 nossa aten.ão a umatotalidade Genhuma ilustra.ão poder2 jamais alcan.ar todos as perspecti!as da"uilo "ue %figurado, como gostaramos de proceder com o argumento de PolanLi, mas % poss!el "ue setenha uma !isão ampla para compreender o "ue ele di Vm grupo de comentaristas esporti!osdiscutia so/re as capacidades e ha/ilidades de alguns atletas, "uando um deles saiu com umao/ser!a.ão: dois dos maiores atletas mundiais, um fute/olista /rasileiro e um jogador de /as"uete e de /eise/ol, tinham am/os uma caracterstica comum: al%m da acuidade da !isão,os seus olhos esta!am dispostos de maneira a permitir uma !isão perif%rica maior do "ue onormal, o "ue lhes da!a possi/ilidade de focaliar uma dada jogada e de, ao mesmotempo, atentar ao "ue acontecia ao redor Essa maneira de !i!er nas partes resulta na nossaa!alia.ão crtica de sua coer'ncia Somente ser2 poss!el a!aliar outras pessoas, entend'&las

como pessoas e faer sentido do "ue elas diem se haitarmos com elas, isto *' se a!aliarmosseu ponto de !ista identificando&nos com sua integra.ão inteligente das partes ; assim "ue procedemos "uando lemos um mapa, "uando pregamos um prego ou andamos no escuro com aajuda de uma /engala O/ser!amos a coer'ncia de coisas !i!as por meio da integra.ão dos seusmo!imentos, assim como o/ser!amos as mudan.as normais "ue ocorram em suas partes,dentro de nossa própria compreensão de suas fun.es PolanLi prossegue, *ntegramosmentalmente a"uilo "ue outros seres !i!os integram praticamente, como um jogador de(adre ensaia o jogo de um mestre a fim de desco/rir o "ue ele tem em mente -ompartilhamoso propósito de uma mente por meio da ha/ita.ão nas suas a.es E assim, geralmente, nóstam/%m compartilhamos os propósitos ou fun.es de "ual"uer coisa !i!a por meio daha/ita.ão em seus mo!imentos em nossos esfor.os para entender seu significado*F

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Vma pessoa, /aseada nas o/ser!a.es de seu ser interior e do mundo e(terior = percep.ão desi mesma e percep.ão da realidade criada = formular2 proposi.es, umas !erdadeiras e outrasfalsas, com as "uais haitará. Estar2 recriando seu mundo interior e e(terior para ha/itar neleEla passa, primeiro, por um est2gio de desen!ol!imento "ue poderamos chamar de estult,ciaaprendida. Poder2, pela gra.a comum, aprender com sa/edoria @isto %, o temor do Senhor, !ejaP! 1JC Gesse est2gio % "ue ela esta/elece os !alores /2sicos da !ida so/re os "uais ir2 construir seu mundo Por e(emplo: uem causa o mo!imento do mó/ile3 Sem pala!ras, as imagens aajudam a construir uma resposta: *Possi!elmente minha mãe "uando entra no "uarto para meamamentar, ou meu pai "uando !em /rincar comigo* Se"uer passa&lhe pela mente "ue o!ento "ue entra a cada !e "ue a porta % a/erta seja a causa do mo!imento do mó/ile, pois issoest2 distante dele = transcende 6 sua e(peri'ncia ora centrada nela mesma *-ertamente, grande% o poder dos meus pais* <alta&lhe, al%m das ha/ilidades "ue !irão com o amadurecimentofsicoMmental, um referencial e(terno e uma re!ela.ão a fim de "ue ela possa concatenar as partes e compreender su/stancialmente a totalidade da realidade com a "ual est2 em contato

) 9 U G 9 _ b O

O Salmo 10J cont%m cinco situa.es descriti!as dos processos humanos de se lidar com o

tema da ha/ita.ão -ada uma delas come.a com uma declara.ão de f% na /ondade doSenhor )as não % assim "ue a imagina.ão humana come.a sua caminhada para a ha/ita.ãode $eus *$igam&no os remidos do Senhor, os "ue ele resgatou da mão do inimigo* $esejandoando achar lugar em "ue ha/itassem, imaginaram "ue o encontrariam no deserto, e !agaram por ermos caminhos *sem achar cidade em "ue ha/itassem* 2 esta!am sedentos, famintos e dealmas desfalecidas "uando se lem/raram da ha/ita.ão no Senhor: *Então, na sua angústia,clamaram ao Senhor, e ele os li!rou das suas tri/ula.es -onduiu&os pelo caminho direito, para "ue fossem 6 cidade em "ue ha/itassem* @!s I&JC $eus % /om5 $igam&no os "ueesti!eram assentados *nas tre!as e nas som/ras da morte, presos em afli.ão e em ferros, por seterem re/elado contra a pala!ra de $eus e ha!erem despreado o conselho do 9ltssimo, demodo "ue lhes a/ateu com tra/alhos o cora.ão # caram, e não hou!e "uem os socorresse*uando clamaram ao Senhor, ele os li/ertou da ha/ita.ão da ser!idão @!s 10&1AC $eus % /om5

$igam&no os estultos, os "uais imaginam coisas !ãs para se estri/ar e, *por causa do seucaminho de transgressão e por causa das suas ini"?idades, serão afligidos* Passam a sea/orrecer at% da"uilo "ue comem, tão insatisfeitos estão com a !ida # e em última instância,com $eus uando, por%m, lem/ram&se do Senhor, ele os li!ra da insatisfa.ão mortal e, pelasua pala!ra, os sara @!s 1J&I0C $eus % /om5 $igam&no os !iajantes e os comerciantes, os "uais!'em as mara!ilhas de $eus nas 2guas "ue singram, ou!em sua !o no !ento e na tempestade,mas imaginam "ue sua *ha/ita.ão* esteja no poder das ri"ueas "ue mercadejam e aca/am%/rios sem tino Somente "uando se lem/ram do Senhor é "ue t'm suas tempestadesacalmadas, e(perimentam a /onan.a e são le!ados a ha/itar em desej2!el porto seguro @!s I1&A0C $eus % /om5 $igam&no todo o po!o e seus lderes, os "ue conheceram as agruras da !ida,"ue !iram rios sendo transformados em desertos e mananciais em terra seca, mas "ue !iram,tam/%m, a a.ão do /ondoso $eus "ue resgata os rios e as terras para a os esta/elecer $eus lhesedifica uma cidade em "ue ha/item, para "ue semeiem e colham8 a/en.oa&os para "ue produam muito e o seu gado aumente Eles poderão !ir a sofrer as ad!ersidades "ue so/re!'m

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a todos os homens e a opressão "ue os homens e(ercem uns so/re os outros, mas $eus pro!idencia uma *ha/ita.ão* segura e próspera diante da "ual se cala a /oca dos mpios e se tomae!idente, para nós, a imagina.ão dos seus caminhos sem rumo @!s A1&HIC uem % s2/io atente 6 /ondade do Senhor5 @! HAC

O termo

7al como a f5 se mo!imenta para haitação do conhecimento de $eus @Tiu, 1 1W,I0C, assimtam/%m a esperança se mo!imenta para a imaginação da realidade 9 >/lia confirma isso por meio de Paulo "uando ele di aos romanos "ue *a esperan.a "ue se !' não % esperan.a* @TmXIH/C ; so/re a f% "ue o apóstolo fala em Tomanos H1X acerca da esperan.a de 9/raão "ue otornou pai de muitas na.es: *9/raão, esperando contra a esperan.a, creu, para !ir a ser pai demuitas na.es, segundo lhe fora dito: 9ssim ser2 a tua descend'ncia* Em U'nesis 1RB, onde %dito "ue *9/raão creu no Senhor e isso lhe foi imputado para justi.a*, o !er/o imputar @h/chasha3' significa *dier como*, *proferir julgamento* @!eja Tm HAC e, tam/%m, *mediar* e

*in!entar*, traendo o sentido de usar a mente numa ati!idade criati!a e no processo de id%ias,como no caso da imagina.ão artstica @!eja ^( A1H8 ARAI,ARC ou militar @! IRIJ,R0,RI8IJ1X,IAC

"utra palavra tradu#ida como imaginação em algumas versões da B,lia tra# o sentido demurmurar' plane)ar' unir&se em conluio' ruminar' vislumre e insight -h. hagahC  o termo

usado no 1almo %.8 como meditação e no 1almo 8.% como imaginação. Ha citação desde0ltimo' em Atos K.8L' a palavra grega * meteleo, significando presumir' revolver na mente'

imaginar. +m Prov*rios 89.J' em (ue * dito (ue como o homem imagina no seu coração'assim ele *' a palavra usada significa dividir' discernir' arir e' figuradamente' pensar 

avaliar' estimar -h. shaFarC O conceito geral * de um processo criativo do conhecimento no

 sentido de formação e plane)amento' intenção -h. Leter, >n W.L; .8%3' pensamentoelaorado -h. nachshe/eth, Pv W.%3' ou arra#oar -gr. dialogismos e logismos, Rm %.8% e %Co%X.L3' ou mente -gr. dianoia, Vc 8.L%3.

RECEPTIVAMENTE CRIATIVOS E

 ATIVAMENTE REDENTIVOS1omos criados receptivamente criativos @ha/ita.ãoC e ativamente redentivos

@imagina.ãoC A +scritura revela (ue n!s e$perimentamos o mundo a partir das afeições docoração < f%, esperan.a e amor = e (ue essas afeições se e$pressam por meio da ha/ita.ão no

conhecimento' da imagina.ão desse mesmo conhecimento e da opera.ão do conhecimento.

 Assim' a f*' (ue inclui crenças e valores' e a esperança' (ue inclui os modos formais para a solução de prolemas' propõem&nos uma ase paradigmática motivacional para os atoshumanos.

 +sse ponto de partida paradigmático nos oferece uma definição da e$peri5ncia humana(uanto Q elaoração do conhecimento. A principal motivação dos seres humanos reside nocoração com seus afetos em relação a Deus' (uer so sua graça (uer so sua ira. Assim' a

imaginação' vista ilicamente' * hol,stica' molar -como oposto a molecular3'o)etiva?su)etiva' gen*tica?tácita e socialmente condicionada' cognitiva' volitiva e emocional.

6estalt

>aseada nessa proposta, a a/stra.ão funcional da >estalt nos ajuda na compreensão decomo a imagina.ão processa a e(peri'ncia do conhecimento PolanLi sugeriu *"ue o

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 processo da desco/erta % paralelo ao reconhecimento de forma tal como analisado pela psicologia da >estalt./ A teoria da >estalt oferecer2 um e(celente ponto de partida para acompre ensão dos atos humanos, se adicionarmos a ela o entendimento da defini.ão dohomem religioso Segundo )a( Yertheimer @1XX0&1WHIC, em estudos feitos emcoopera.ão com Yolfgang \ler @1XXJ&1WBJC e \urt \off[a @1XXB&1WH1C, a

e(peri'ncia fenomenológica resulta numa e(pe ri'ncia sensorial "ue não pode serentendida pela an2lise dos componentes da e(peri'ncia sso significa "ue a e(peri'nciafenomenológica % diferente da e(peri'ncia das partes "ue a compem >estalt % a pala!raalemã para configura.ão ou reorgania.ão, pró(ima do termo //lico para imagina.ãosadore <rom e )ichael Kincent )iller escre!em: *9 filosofia fenomenológica, como a psicologia acad'mica da >estalt de Yertheimer, \hler e \off[a, 6 "ual se relaciona so/certos aspectos, ocupa&se principalmente de pro/lemas de percep.ão e cogni.ão* I -ertamente, não fechamos a"ui com a totalidade da proposta da >estalt' masacolhemos alguns dos seus mara!ilhosos insights. Por e(emplo, en"uanto a >estalt di"ue nós e(perimentamos o mundo por meio de totalidades significantes, a Escritura di "ue

nós e(perimentamos o mundo ou diante de $eus ou contra ele

 Gem nos referimos a"ui 6 Uestalt&terapia na sua totalidade, pois, como terapia, ela sealinha com a psicoterapia freudiana "uer seja como descendente "uer seja como dissidentedela -omo diem sadore <rom e )ichael Kincent )iller:

7odo m%todo de psicoterapia pressupe, "uer o dei(e e(plcito ou não, uma !isão dodesen!ol!imento humano En"uanto a psican2lise estimula o paciente a regredir e reintrodua introje.ão atra!%s da interpreta.ão, uma a/ordagem muito diferente surge da alega.ão dePerls de "ue a capacidade de autodetermina.ão e de apoio a si próprio desen!ol!e&se cedo $a

maneira como se desen!ol!eu posteriormente, a >estalt&terapia não jogou  fora ainterpreta.ão = todos os terapeutas faem interpreta.es =mas sim ofereceu tam/%me(perimentos "ue capacitam os pacientes a desco/rir por si próprios Em outrosaspectos, ego, ira e agressão DPerls não se des!iou muito do campo psicanaltico, particularmente num ponto fundamental: a despeito de sua crtica da 'nfase de <reud no instintose(ual e sua refer'ncia 6 dial%tica hegeliana, )ar(, para alguns poucos neo&hegelianos enietchenianos menores, psicólogos da Uestalt @não da Uestalt&terapiaC e outros pensadoresholistas, a Uestalt promo!eu uma !isão da naturea humana "ue ainda coloca!a o indi!duoencapsulado no seu centro 9 Uestalt&terapia, le!ada a s%rio, não oferece uma cura para todosos pro/lemas de "ue os seres humanos são !timas pelo simples fato de herdar a condi.ãohumana Gão oferece nenhuma passagem de !olta pelos portes do ;den )as, comooutrora prometia a psican2lise, pode ajudar&nos a !i!er melhor num mundo decadente3

 Gessas declara.es se perce/e a diferen.a crucial entre a proposta da Uestalt&terapia e anossa: nós cremos "ue $eus % o centro referencial de todas as coisas, "ue o homem %an2logo a ele e dependente dele e "ue, sendo o homem decadente junto com o uni!erso por causa do pecado, só a reden.ão em -risto esus pode oferecer&lhe sal!a.ão, al%m de uma!isão correta de $eus, do homem e do mundo

Vma pes"uisa //lica mostrar2 "ue a imagina.ão humana e(periencia o conhecimento por meio de campos de refer5ncia e de  perspectivas. Esses campos podem ser definidos comosistemas inter&relacionados em "ue "ual"uer parte influencia cada parte do todo ual"uer coisa "ue ocorra com a pessoa reflete na totalidade do seu ser e dos seus relacionamentos

9ssim, segundo a >estalt' a mente humana ela/ora o conhecimento de modo holstico @em!e de atomstico, reducionista e elementarC, molar @em !e de molecularC, su/jeti!o @em !e

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de o/jeti!oC, ati!o @em !e de empricoC e cogniti!o @em !e de apenas comportamentalC Secompararmos isso com o "ue di 7homas \uhn, historiador da ci'ncia, e com algunsresgates das defini.es da >estalt' teremos uma /oa apro(ima.ão do pensamento //licoso/re o funcionamento da imagina.ão \uhn di "ue o conhecimento cientfico % altamente paradigm2tico # tanto como *inteiras constela.es de cren.as* "uanto como *solu.ão de pro/lemas* "ue oferecem dados para no!as pes"uisas

Insights

E(presses como *perspecti!as*, *campos de !isão*, *pontos de !istas* se referem,"uais"uer "ue sejam as apro(ima.es, 6s diferen.as na"uilo "ue as pessoas !'em Kem SPoLthress di "ue essas diferen.as são úteis -laramente, a "uestão de perspecti!as % importante para uma com  preensão teológica do mundo e das pessoas $uas pessoas poderão estar interessadas em diferentes coisas, e assim, notarão diferentes aspectos no mesmo o/jeto Goaconselhamento, pastores e conselheiros leigos encontram seus aconselhados lidando com

 pro/lemas "ue en!ol!em perspecti!as, e fre"?entemente, eles mesmos, no am/iente doaconselhamento, t'm de prestar aten.ão, simultaneamente, 6s informa.es comunicadas !er& /almente e 6s aureolares @isto %, perce/idas como uma aur%olaCF

9 pintura de Sal!ador $ali apresenta di!ersos e(emplos de perspecti!as, entre eles, pore(emplo, o *>usto de Koltaire* ou *<reiras no )ercado*

Essas perspecti!as, 6s !ees, aparecem como insights' pala!ra inglesa "ue porta osentido de olhar profundamente dentro de uma mat%ria, situa.ão ou pessoa paraapreender a !erdadeira naturea da"uilo "ue % o/ser!ado 9dams usa a pala!ra parasignificar, mais do "ue o entendimento dessa profundidade, a "ual pode ou não estar presente, o entendimento da"uilo "ue % !erdadeiro e completo 9lgumas !ees, ele di, a pala!ra % usada com o sentido de *clares* de compreensão Ele prefere dier "ue esses*clares* correspondem a *fundos* de cen2rios aparentemente impercept!eis, associando otermo insight aos termos //licos conhecimen to' saedoria e entendimento' ou seja,conhecimento e interpreta.ão ade"uados dos fatos de modo !erdadeiro e completoF

O "ue chamamos a"ui de imaginação % o processo pelo "ual a afei.ão interior da f% -f*tácita3 afeta o conhecimento do mundo e(terior -haitação3 e tradu isso em e(peri'nciasafeti!as de significância e de e(peri'ncias conscientes dos atos humanos dentro de seu am/iente

@diante de $eus ou autonomamenteC 9 esperança' por sua !e, processa os dados do conhe&cimento por meio da imaginação desse mesmo am/iente, a fim de alcan.ar compreensão deiman'ncia e de transcend'ncia 9 imagina.ão acomoda as e(peri'ncias da !ida ao paradigma dahaitação de modo a proteger a f% e corro/orara esperan.a ; claro "ue, se a f% ha/ita na gra.are!elada de $eus, a esperan.a estar2 garantida por uma imagina.ão recepti!amente criati!a co&ram Deo. Se, contudo, a f% ha/ita só na !astidão da presente realidade, então a esperan.a ser2frustrada, cedo ou tarde, por uma imagina.ão recepti!amente criati!a coram omnius. *Se a nossaesperan.a em -risto se limita apenas a esta !ida, somos os mais infelies de todos os homens*@1-o 1R1WC

Para a >estalt' o aprendiado % um fen+meno cogniti!o no "ual o organismo *!em a !er*

-insight3 a solu.ão depois de considerar um pro/lema $e acordo com a Escritura, oaprendiado % uma resposta ao mo!imento gracioso de $eus @re!ela.ãoC na dire.ão do homem para manifesta.ão da sua glória 9 alma humana foi, originalmente, impregnada do

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conhecimento de $eus, da sua o/ra e do seu propósito 42 no cora.ão humano umchamado para o conhecimento Por isso % "ue diemos "ue o aprendiado %, primariamente,uma e(peri'ncia afeti!a @f%, esperan.a e amorC e, secundariamente, cogniti!a, imaginati!a eoperacional, emoti!amente e"uili/rada 9ssim, permanece a tese de "ue o homem * um ser religioso receptivamente criativo e ativamente redentivo.

DUAS PERSPECTIVAS BÁSICAS DIFERENTES

 Geste ponto, a diferen.a /2sica entre as duas perspecti!as @diante de $eus e diante ohomemC * mais e!idente Essas diferen.as estão no cora.ão, como di eremias: *>endito ohomem "ue confia no Senhor e cuja esperan.a % o Senhor )aldito o homem "ue confia nohomem, fa da carne mortal o seu /ra.o e aparta o seu cora.ão do Senhor Enganoso * ocora.ão, mais do "ue todas as coisas e desesperadamente corrupto8 "uem o conhecer23 Eu, oSenhor, pro!o o cora.ão e es"uadrinho os pensamentos* @r 1JJ,R,WC $eus conhece o

cora.ão do homem, sua mente, seu esprito, e, mesmo de modo enganoso, o homem podeconhecer seu próprio interior = entretanto, a"ueles "ue são redimidos por $eus t'm a mentede -risto @1-o I10&1BC

9 inclina.ão do cora.ão influencia as perspecti!as e a reorgania.ão da realidade a fimde se desculpar das afei.es /2sicas pecaminosas e seus conflitos manifestos por meio deacusa.es e de mecanismos de defesa em sua própria consci'ncia @Tm I1H,1RC

Kern S PoLthress di "ue o "ue !emos e o "ue parecem ser os passos mais elementares doconhecimento, ou informa.ão "ue pro!' a /ase para o conhecimento, são coisas "ue, at% certo ponto, estão j2 organiadas e, desse modo, condicionadas pelo pano de fundo da nossa educa.ãoe e(peri'nciaB \uhn,F di PoLtress, e(emplifica isso em dois e(perimentos "ue demonstram"ue a pessoa su/metida a certas perspecti!as finda por acomodar sua percep.ão a uma

dada coisa

Em outro lugar, PoLthress tam/%m di:

<inalmente, o/ser!e "ue todo conhecimento humano, "ual"uer "ue seja, % analogicamenterelacionado ao conhecimento de $eus Somos criados 6 imagem de $eus, o "ue implica "uenosso conhecimento % uma imagem do conhecimento de $eus 9l%m disso, eu diria "ue todocrescimento em conhecimento e(plora a analogia de uma forma ou de outra Gós lemosrelacionando o "ue % no!o com o "ue % !elho 9s leis gerais da gra!ita.ão são aprendidas por meio do seu relacionamento analógico com casos de teste como uma ma.ã caindo Oentendimento geral de c%lulas /iológicas % au(iliado pelo uso de analogia com uma f2/rica 9compreensão geral da e(peri'ncia humana % ad"uirida pela transposi.ão analógica de nossa

 própria e(peri'ncia para a história das e(peri'ncias de outras pessoas O uso de perspecti!as% uma maneira de se tornar autoconsciente e decidido so/re o uso de analogias, e uma promessa de um modo sistem2tico de se a!an.ar no conhecimentoF

9 Escritura di "ue não de!emos fi(ar nossos olhos na"uilo "ue % aparente, mas na"uilo"ue não se !' e "ue, contudo sa/emos "ue e(iste por causa da lu de $eus +2C# H1B&1XC,e di tam/%m "ue temos de andar pela f% e não pelo "ue !emos @I-o RJC sso significa "ueas afei.es do cora.ão t'm de focaliar o "ue % eterno a fim de "ue o conhecimento sejaconfi2!el e a esperan.a seja poss!el )esmo "uando a >/lia se refere 6 f% como esperan.acontra o imposs!el, ela o fa com respeito ao "ue parece imposs!el para o homem, mas"ue % poss!el para $eus @c 1XIJC ; na dire.ão dessa possi/ilidade in!is!el de $eus "uede!emos tornar nossos olhos, certos de "ue a"uele "ue fe a promessa % fiel 6 sua própriaPala!ra @4/ 11C

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Io#atria

; importante o/ser!ar o "ue foi j2 dito so/re o entendimento da realidade: o homem natural,sem $eus, fa sua própria hermen'utica da realidade a partir de suas próprias perspecti!as e percep.es, en"uanto o homem espiritual, redimido por -risto, fa sua hermen'utica da

realidade considerando a hermen'utica de $eus na sua re!ela.ão >ronoQs[i di "ue a pala!ra *imagina.ão* lem/ra outras pala!ras e e(presses, como !isão, !ision2rio,imagens, mental, etc magina.ão, di ele, % um termo "ue deri!a da cria.ão de imagens namente, relacionada com o *olho interior*F 9 Escritura, por sua !e, oferece uma figura daimagina.ão pecaminosa do ser humano: a idolatria Ela est2 relacionada 6 premissa dohomem criado 6 imagem de $eus e sua re!ersão pecaminosa aos dolos de reposi.ãoimaginados pelo cora.ão humano a fim de suprir sua necessidade da glória original de $eus Go areópago, Paulo disse aos atenienses: *Sendo, pois, gera.ão de $eus, não de!emos pensar "ue a di!indade % semelhante ao ouro, 6 prata ou 6 pedra, tra/alhados pela arte e imagina.ãodo homem @9t 1JIWC E o Senhor disse a Uogue, por meio de Ee"uiel: *Ga"uele dia, ter2simagina.es no teu cora.ão e conce/er2s mau desgnio* @E AX10C8 e a srael: e *9i dosfilhos re/eldes, di o Senhor, "ue e(ecutam planos "ue não procedem de mim e faem alian.a

sem a minha apro!a.ão, para acrescentarem pecado so/re pecado5* @s A01C

Vma das mais poderosas partes da re!ela.ão escrita de $eus ao homem, os $e )andamentos,refor.a a id%ia de idolatria como sendo o pecado /2sico @^( I01&1JC 9 e(posi.ão de Tomanos1I1&IJ aponta a troca do ponto de refer'ncia feita pelo homem, de $eus para o homem e para a cria.ão em geral, como o centro do pro/lema humano dolatria % o pro cesso deimagina.ão humana em "ue @1C o conhecimento não&diferenciado e fragment2rio da glóriade $eus e a consci'ncia de sua ira na re!ela.ão geral e @IC a falta do conhecimento dare!ela.ão especial de $eus, le!am o homem a imaginar dolos transcendentes e imanentes@*dolos do lar* e *dolos do alto*C a fim de mitigar a dor e(istencial e de responder 6snecessidades imediatas da !ida 42 uma tend'ncia humana imaginati!a para reparar,recuperar, redimir coisas, para reorganiar a realidade "ue, sem o conhecimento de $eus,re"uer dolos Somos criados 6 imagem de $eus, isto %, para refletir sua glória, e, sem aha/ita.ão no seu conhecimento, ha/itamos com dolos imagin2rios aos "uais passamos arefletir @!eja S1 11RC -omo ucas cita as pala!ras de Paulo, em 9tos 1JIW: *Sendo, pois, gera.ão de $eus, não de!emos pensar "ue a di!indade % semelhante ao ouro, 6 prata ou 6 pedra, tra/alhados pela arte e imagina.ão dos homens*10

 Auto-engano

$ - Uomes trata do tema da idolatria apresentando uma !isão teórica do auto&engano Ele

di "ue o conceito do auto&engano % aparentemente contraditório, pois, se algu%m "ue cr' emalgo, fa "ual"uer esfor.o para esconder algo de si mesmo re"uer um esfor.o consciente "ueapenas far2 "ue a"uilo "ue j2 % conhecido esteja mais presente Vm e(emplo % este: comocumprir a ordem de não pensar num elefante /ranco se o simples esfor.o para cumpri&lasignifica deso/edec'&la3 -omo pode algu%m desempenhar dois pap%is "ue se e(cluemmutuamente3 Para resol!er o parado(o, Uomes oferece "uatro passos

 Go primeiro, ele considera "ue cren.as são, em última instância, compromissos de f% "ueoperam como primeiros princpios e como princpios guias "ue, a despeito de seremconscientes ou inconscientes, são, não o/stante, sempre !olunt2rios e operati!os 9ssim,"uer uma pessoa chegue a uma certa cren.a racional e conscientemente "uer irracional e in&

conscientemente, o controle "ue ela tem so/re sua aten.ão 6s e!id'ncias permite "ue ela opere!oluntariamente

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 Ho segundo passo' ele considera a racionali#ação (ue ocorre a fim de se proceder ao auto&engano. Isso' ele di#' deve ser e$plicado em termos de motivação@

 Gós não iniciamos o processo de racionalia.ão cegos 6s e!id'ncias "ue poderi am pre!enir aaceita.ão da cren.a "ue sa/emos "ue não podem ser !erdadeiras 9ntes, numa racionalidademais Fcuriosa e per!ersaF, racionaliamos as e!id'ncias e as distorcemos para criar a apar'ncia deracionalidade 6"uilo so/re o "ue come.amos a nos auto&enganar Esse processo deracionalia.ão só pode ser e(plicado em termos de moti!a.ão 7emos de ter um moti!o

 pessoal "ue nos le!e a nos engajar nesse processo Podemos ilustrar isso diendo "ue um pecador tem de enga nar a s i mesmo "uanto 6 sua autonomia ern rela.ão a $eus, mesmo "ueaca/e criando seus próprios dolos, pois o "ue est2 em !ista % sua própria imagem como a"uele"ue, após comer da ]r!ore do -onhecimento, "uer crer "ue o mundo e ele mesmo sejamauto&suficientes Ele de!e e!itar a todo custo o reconhecimento de sua própria "ualidade decriatura e de sua depend'ncia8 sua culpa moral e seu medo 9 tentati!a de reclamar autonomia eauto&sufici'ncia % um poderoso moti!ador do auto&engano racionaliado da"ueles "ue conhecem$eus e "ue não "uerem conhec'&lo*

 Ho terceiro passo' ele di# (ue o entendimento de (ue' assim como crenças podem ser chamadas de voluntárias' tam*m o pr!prio ato do auto&engano *' usualmente' intencional evoluntário. ma pessoa não apenas escolhe' de certa forma' suas crenças' e racionali#a as

evid5ncias por causa de suas motivações' como tam*m se enga)a voluntariamente no processode auto&engano a fim de esconder seus verdadeiros motivos e de preservar sua acalentadacrença. Minalmente' no (uarto passo' D. C. >omes di# (ue * poss,vel (ue o auto&engano

 se)a auto&acoertados. poss,vel (ue uma pessoa oserve seu auto&engano e engane a simesmo sore seu pr!prio auto&engano e sore os motivos por trás deles em função desses

mesmos motivos. Assim' ele conclui@

O auto&engano % uma racionalia.ão !oluntariamente moti!ada, tanto um processo "uanto

um estado nos "uais algu%m mente a si mesmo a fim de preser!ar uma cren.a *a/rigada* emface de uma incompati/ilidade com algo "ue ele conhece, mas "ue não "uer conhecer 12

Vm /e/', depois dos dois anos, come.a a aprender coisas deri!adas das suas primeirase(peri'ncias $esco/re "ue, mais do "ue apenas os produtores do mo!imento do seu mó/ile,seus pais são os pro!edores para as suas necessidades e os guardadores de seu /em&estar 9 id%ia geral % e(celente, ele imagina 9 coisa toda funciona assim: ele perce/e "ue,se est2 com fome, a /arriguinha dói e "ue, "uando a /arriga dói e ele chora, a mamãe !em prontamente 9lgumas !ees, a /arriga continua a doer e ele chora mais forte8 então !em o papai 9lgumas !ees o desconforto est2 relacionado 6 fralda e, a, então, ele não sa/e "uem% "ue !em sso só % ruim "uando ele confunde dor de /arriga de fome com dor de /arrigade indigestão O infante est2 en!ol!ido na totalidade da e(peri'ncia O mundo éo seu

"uarto, com entradas e sadas para um mundo paralelo de outros "uartos e, e!entualmente,algumas ruas Suas e(peri'ncias fsicas incluem fome, dor de /arriga, fraldas sujas, /alan.os decolo, carinhos e /rincadeiras de *gu&gus* e risos = e ele confia em seus pais para suasatisfa.ão Para fins de uso da ilustra.ão, suponhamos "ue ele imagine assim: a continuidadedas ocorr'ncias indica "ue um choro curto tra leite, um choro mais longo tra troca de fraldas eum choro descontrolado significa um passeio ou uma repreensão 9 pro(imidade do choro eda sua resposta o con!encer2 de "ue seus pais estão !i!os e(atamente para essas coisasEle desco/re, tam/%m, "ue h2 uma certa inclusi!idade em todas as coisas tais como fome,dor, praer, troca de fraldas, /anhos, e mamãe e papai gualmente, papai e mamãe re!elam certo padrão significati!o nas inter!en.es assim como a corro/ora.ão de sua id%ia de "ue todos oscaminhos de fora para dentro t'm um destino comum em seu /er.o

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; poss!el "ue as esperanças dessa crian.a correspondam 6 realidade3 Ou ser2 "ueaprendeu segundo a estultcia do seu cora.ão a imaginar coisas !ãs, deduindo daapar'ncia das coisas e dos fatos3 9 fim de não come.ar a imaginar segundo umaesperan.a falsa, a crian.a ter2 de ser, desde pe"uena, apresentada a um am/iente em "ue$eus est2 presente, isto %, um am/iente em "ue seus pais e(i/am a comunhão com $eus em!ida e com pala!ras = para "ue ele tenha dados certos nos "uais colocar a esperan.a da !ida e para imaginar de modo recepti!amente criati!o

uando corretamente /aseada na  f* !erdadeira "ue haita na re!ela.ão de $eus, aesperança "ue e(cita a imaginação tradu&se em amor "ue, por sua !e, finalia naoperação de /oas o/ras uando, por%m, a f% ha/ita no auto&engano do cora.ão, a esperan.a %falsa e causa a imagina.ão de coisas !ãs, o "ue, por sua !e destrói o amor e operacomportamentos distorcidos

 A HISTÓRIA DO CORAÇÃO

Este % o ponto em "ue de!eramos considerar a "uestão da !alidade, da importância e dosm%todos de utilia.ão do passado no aconselhamento cristão Primeiro, h2 componentes fsicose mentais da memória a serem considerados Segundo, não cremos "ue o passado seja acha!e para a solu.ão dos pro/lemas da pessoa8 nem cremos "ue os acontecimentos passados sejam determinantes do pro/lema atual 9ssim, a maneira de se apro(imar dasmemórias não % a"uela da psican2lise nem mesmo a"uela da *cura de memórias* 7erceiro,cremos "ue a cole.ão das memórias sejam feitas, imaginati!a e seleti!amente, depois daocorr'ncia de situa.es e de e(peri'ncias "ue ratificam a *ha/ita.ão* em certas cren.as @f%C8e cremos "ue o arrependimento //lico % a /ase para a mudan.a do o/jeto da f% dos dolos para $eus @mudan.a de *ha/ita.ão*C, e at% mesmo para a reconfigura.ão das próprias memórias

@*imagina.ão*C transformando o cora.ão para um propósito no!o e santo @*opera.ão*C9 memória % uma fun.ão do corpo e da mente, como !eremos mais tarde "uando

tratarmos da ato&estrutura do corpo Oli!er Sac[s di "ue o como!ente e atemoriante relatode uis >ufluel so/re suas memórias le!antou "uestes fundamentais *Koc' teria de perder sua memória, mesmo "ue pe"uenas partes, para entender "ue a memória % "ue fa a nossa!ida Kida sem memória não % !ida Gossa memória % nossa coer'ncia, nossa raão, nossosentimento, e at% mesmo nossa raão Sem ela, nada somos disse >ufluel E Sac[s se perguntou: *ue esp%cie de mundo, e "ue esp%cie de FeuF, poderia ser preser!ado numhomem "ue perdesse parte de sua memória e, com ela, seu passado, suas cren.as, seush2/itos e la.os "ue lhe dão seguran.a**

9 >/lia fa uso fre"?ente de relatos históricos para comunicar sua mensagem teórico& pr2tica 9 !ida de homens e de mulheres, desde os patriarcas, dos reis, dos profetas at% as pessoas mais comuns dentre os po!os % relatada para nossa instru.ão: *em/rai&!os dos!ossos guias, os "uais !os pregaram a pala!ra de $eus8 e, considerando atentamente o fim dasua !ida, imitai a f% "ue ti!eram* @4/ 1AJC 9 memória "ue se tem de algu%m e a própriamemória de algu%m estão ligadas 6 identidade pessoal8 após a /atalha contra 9male"ue, $eusordenou a )ois%s: *Escre!e isto para memória num li!ro e repete&o a osu%8 por"ue eu hei deriscar totalmente a memória de 9male"ue de de/ai(o do c%u* @̂ ( 1JW&1HC, como tam/%m disseó so/re o fim do per!erso: *9 sua memória desaparecer2 da terra, e pelas pra.as não ter2nome* @ó 1X1JC8 e 9/salão não "ueria ser es"uecido: *<ilho nenhum tenho para

conser!ar a memória do meu nome8 e deu o seu próprio nome 6 coluna8 pelo "ue at% hoje sechama o )onumento de 9/salão* @ISm 1X1XC

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9 >/lia trata tam/%m da memória da história pessoal eremias se lamenta!a por causa desuas afli.es, mas traia 6 memória o "ue lhe pudesse reco/rar a esperan.a no Senhor:*Então, disse eu: j2 pereceu a minha glória, como tam/%m a minha esperan.a no Senhorem/ra&te da minha afli.ão e do meu pranto, do a/sinto e do !eneno )inha alma, con&tinuamente, os recorda e se a/ate dentro de mim uero traer 6 memória o "ue me pode dar esperan.a 9s misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, por"ue as suasmisericórdias não t'm fim8 reno!am&se cada manhã Urande % a tua fidelidade* @m A1X&IAC OSenhor pro!idenciou uma oferta memorati!a para casos especficos de pecado cu jo o/jeti!oera traer o pecado 6 memória: *por"uanto % oferta de manjares de ciúmes, ofertamemorati!a, "ue tra a ini"?idade 6 memória* @Gm R1RC E o autor de 4e/reus recomendaa lem/ran.a de e(peri'ncias como estmulo 6 perse!eran.a: *em/rai&!os, por%m, dos diasanteriores, em "ue, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos Gãoa/andoneis, portanto, a !ossa confian.a8 ela tem grande galardão -om efeito, tendesnecessidade de perse!eran.a, para "ue, ha!endo feito a !ontade de $eus, alcanceis a promessa* @4/ 10AI,AR,ABC

9 -eia do Senhor % um ato memorial "ue re"uer uma a.ão memorati!a, como di Paulofogo após instruir so/re a -eia: *E(amine&se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, comado pão, e /e/a do c2lice8 pois "uem come e /e/e sem discernir o corpo, come e /e/e juo para si Eis a raão por "ue h2 entre !ós muitos fracos e doentes e não poucos "uedormem Por"ue, se nos julg2ssemos a nós mesmos, não seramos julgados )as, "uando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo*@1-o 11IX&AIC O auto&e(ame não pode ser feito sem "ue se reco/re a memória do "ue precisa ser julgado 9 -eia do Senhor tem se tornado apenas uma cerim+nia da "ualmuitos participam por tradi.ão ou por causa do efeito est%tico religioso e não usufruem

do meio de gra.a "ue ela representa Gela somos ele!ados a $eus pelo Esprito Santo por meio do sacrifcio consumado de -risto, de modo pr2tico, pela aplica.ão dessesacrifcio 6 purifica.ão dos nossos pecados, a santifica.ão de nossa !ida Por isso, não pode ha!er o costume per!erso de não participar da -eia *por causa do pecado* 9 >/liadi: e(amine&se e participe5 9 -eia do Senhor % a data limite para a perman'ncia no pecado9 partir da, ou nos arrependemos e restauramos a comunhão, ou seremos julgados "uer participemos da -eia "uer não

Arrepenimento

9rrependimento % uma dessas pala!ras el2sticas cuja e(pansão co/re os termos f%,esperan.a e amor -o/re a f% no sentido de ser uma mudan.a, como o Senhor instou com aigreja de ;feso, ordenando a oão "ue escre!esse: *em/ra&te, pois, de onde caste, arrepende&te e !olta 6 pr2tica das primeiras o/ras8 e, se não, !enho a ti e mo!erei do seu lugar o teucandeeiro, caso não te arrependas* @9p IRC @gr metanoeo' arrependimento com pesaracompanhado de uma mudan.a genuna de cora.ão, após um conhecimentoC $i respeito 6esperan.a no sentido do resultado esperado, como disse Paulo aos corntios: *agora, me alegronão por"ue fostes contristados, mas por"ue fostes contristados para arrependimento8 poisfostes contristados segundo $eus, para "ue, de nossa parte, nenhum dano sofr'sseis Por"ue atristea segundo $eus produ arrependimento para a sal!a.ão, "ue a ningu%m tra pesar8

mas a tristea do mundo produ morte* @I-o JW1, 10C @gr metanoia' mudan.a de mente domal para o /emC E di respeito ao amor no sentido de ter sido usado para uma e(orta.ão 6 !ida

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relacional: *E não !os conformeis com este s%culo, mas transformai&!os pela reno!a.ão da!ossa mente, para "ue e(perimenteis "ual seja a /oa, agrad2!el e perfeita !ontade de $eusPor"ue, pela gra.a "ue me foi dada, digo a cada um dentre !ós "ue não pense de si mesmoal%m do "ue con!%m8 antes, pense com modera.ão, segundo a medida da f% "ue $eus repartiua cada um Por"ue assim como num só corpo temos muitos mem/ros, mas nem todos os

mem/ros t'm a mesma fun.ão, assim tam/%m nós, con"uanto muitos, somos um só corpo em-risto e mem/ros uns dos outros* @Tm 1II,AC @gr metamorphoo' processo de mudan.aC

O he/raico tra uma perspecti!a interessante "ue englo/a muitos significados doarrependimento no termo con!ersão: *9ssim di o Senhor: Teprime a tua !o de choro e asl2grimas de teus olhos8 por"ue h2 recompensa para as tuas o/ras, di o Senhor, pois os teusfilhos !oltarão da terra do inimigo 42 esperan.a para o teu futuro, di o Senhor, por"ue teusfilhos !oltarão para os seus territórios >em ou!i "ue Efraim se "uei(a!a, diendo: -astigaste&me, e fui castigado como no!ilho ainda não domado8 con!erte&me, e serei con!ertido, por"uetu %s o Senhor, meu $eus Ga !erdade, depois "ue me con!erti, arrependi&me8 depois "uefui instrudo, /ati no peito8 fi"uei en!ergonhado, confuso, por"ue le!ei o opró/rio da minhamocidade* @r A11B&1WC @h/ naacham' *respirar fundo*, sentir arrependimento, ter compai(ãoC

 3elho homem4 novo homem

Vm dos o/jeti!os do uso da hist!ria do cora.ão % tra/alhar com o auto&engano do nossocora.ão: usamos de imagina.ão e de seleti!idade na cole.ão de nossas memórias a fim de nos justificarmos "uanto ao nosso comportamento Escre!endo aos ef%sios, Paulo ela/ora umtratado so/re o plano de $eus para a igreja, esta/elecendo a naturea e a finalidade do pactoeterno "uanto 6 sal!a.ão @cap 1C, descre!endo as condi.es desse pacto de sal!a.ão nosseus aspectos indi!iduais e corporati!os @caps I,AC e orientando "uanto ao desen!ol!imento%tico da sal!a.ão em santidade de !ida @caps H&BC Ele di "ue $eus nos deu !ida "uando

est2!amos mortos nos nossos delitos e pecados Gesse tempo, podemos nos lem/rar,and2!amos *segundo o curso deste mundo, segundo o prncipe da potestade do ar, do esprito"ue agora atua nos filhos da deso/edi'ncia segundo as inclina.es da nossa carne, faendo a!ontade da carne e dos pensamentos8 e %ramos, por naturea, filhos da ira, como tam/%m osdemais* @I1&AC ;ramos, então, meninos *agitados de um lado para outro e le!ados aoredor por todo !ento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com "ue induem aoerro* @H1HC e and2!amos como *os gentios, na !aidade dos seus próprios pensamentos,o/scurecidos de entendimento, alheios 6 !ida de $eus por causa da ignorância em "ue !i!em, pela durea do seu cora.ão, os "uais, tendo&se tornado insens!eis, se entregaram 6 dissolu &.ão para, com a!ide, cometerem toda sorte de impurea* @H1J&1WC

)as agora, no presente, se fomos instrudos segundo a !erdade @f%M ha/ita.ãoC em esus,não podemos mais andar segundo o trato passado, @esperan.aMimagina.ãoC, mas temos de nosdespojar do !elho homem *"ue se corrompe segundo as concupisc'ncias do engano* e nosre!estir *do no!o homem, criado segundo $eus, em justi.a e retidão procedentes da !erdade*@HI0&IHC Por isso temos de dei(ar a escra!idão da mentira, incluindo a mentira "uehou!er na imagina.ão de nossas memórias @memórias adaptadas, in!entadas, emprestadas, etcCe re!estirmo&nos da !erdade *por"ue somos mem/ros uns dos outros* @! IRC Por issode!emos nos irar = no sentido de nos sensi/iliarmos em face da injusti.a = sem dei(ar "ue a ira fira aos outros ou seja guardada como uma memória amarga nem d' ocasião para "ueo dia/o realie seu intento por meio de nós @!s IB,IJC Por isso não de!emos furtar, mastra/alhar com as próprias mãos para ter com o "ue nos sustentar e para acudir ao

necessitado, isto %, trocar ingratidão por gratidão por meio de um esprito generoso @!IXC Por isso de!emos usar nossas pala!ras para edificar e para transmitir gra.a aos "ue nos

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ou!em @! IWC Para isso, não podemos entristecer o Esprito de $eus "ue nos selou para asal!a.ão @! A0C, pondo longe de nós toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e /lasf'mias,sendo /enignos e compassi!os, perdoando aos outros como fomos perdoados para a sal!a&.ão Essa de!eria ser a apro(ima.ão do aconselhamento cristão "uando ao lugar do passadoe das memórias

O P E T 9 _ b O

Est2!amos no meio de uma aula de epistemologia, estudando so/re como o pensamento cristão, diferente do pensamento filosófico, %, ao mesmo tempo, a priori e a posteriori. Vm dos alunos comentou:

—Professor, o senhor % muito teórico

 #Koc' % pr2tico3# redargui, ao "ue ele respondeu:

— Essencialmente pr2tico— Então fa.a alguma coisa pr2tica # pedi O jo!em le!antou&se da cadeira, colocou a mão

so/re a ca/e.a, o /ra.o em arco, rotou o corpo duas ou tr's !ees e depois se assentou— O "ue !oc' fe3— Uirei em torno de mim5

 #Koc' pensou nisso antes de faer3

—-laro5— E pensou para e(plicar o "ue fe3—Sim5— Pois % # respondi # dois aspectos teóricos e um aspecto pr2tico

— $e fato, * imposs!el separar completamente a teoria da pr2tica Gum instante estamosassentados e pensamos @com ou sem o uso de pala!rasC: *Kou ficar em p%* Gesse momentohou!e uma opera.ão em "ue teoria e pr2tica foram a!aliadas e planejadas Zs !ees issoocorre num instante, noutras !ees, ocorre ao longo de uma !ida = e em todos os momentosdo inter!alo

O termo

9 >/lia usa o termo opera.ão para denotar *tra/alho*, *realia.ão*, *desempenho*, e *atointerior*, *poder para uma a.ão e(terna*, *planejamento*, etc Por e(emplo, como usado por 7iago no !erso: *)as a"uele "ue considera, atentamente, na lei perfeita, lei da li/erdade, enela perse!era, não sendo ou!inte negligente, mas operoso praticante @gr  poietes' autor, produtor, feitor8 e gr ergo' tra/alho, o/raC, esse ser2 /em&a!enturado no "ue realiar* @7g1IRC8 e no !erso: *K's como a f% opera!a @gr ergon3 juntamente com as suas o/ras8 comefeito, foi pelas o/ras "ue a f% se consumou* @7g IIIC Ou como usado por Paulo:*Por"ue, "uando !i!amos segundo a carne, as pai(es pecaminosas postas em realce pelalei opera!am @gr energeo' ser ati!o e en%rgico, afetarC em nossos mem/ros, a fim de

frutificarem para a morte* @Tm JRC8 ou: *recordando&nos, diante do nosso $eus e Pai, daoperosidade @gr ergon' tra/alho, desempenhoC da !ossa f%, da a/nega.ão @gr =opos'la/or, tra/alhoC do !osso amor e da firmea da !ossa esperan.a em nosso Senhor esus

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-risto* @7s 1AC E como usado pelo autor de 4e/reus: *Ora, o $eus da pa, "ue tornou atraer dentre os mortos a esus, nosso Senhor, o grande Pastor das o!elhas, pelo sangue daeterna alian.a, !os aperfei.oe em todo o /em, para cumprirdes a sua !ontade, operando @gr

 poeio' faer, produir, demonstrarC em !ós o "ue % agrad2!el diante dele, por esus -risto, a"uem seja a glória para todo o sempre 9m%m5* @4/ 1AI0,I1C e: *Por"ue a pala!ra de$eus * !i!a, e efica, e mais cortante do "ue "ual"uer espada de dois gumes, e penetra at%ao ponto de di!idir alma e esprito, juntas e medulas, e * apta para discernir os pensamentos e propósitos @gr ennoia' considera.ão, concep.ãoC do cora.ão* @4/ H1I = Keja tam/%m 1-o1IB8 Ef AB,J8 1 7s I1A8 I7s I11C

O mestre de Pro!%r/ios define mais esse tipo de operação nos te(tos: *O cora.ão dohomem pode faer planos @h/ ma/ara=' prepara.ão, planos, arranjamentosC, mas aresposta certa dos l2/ios !em do Senhor 7odos os caminhos do homem são puros aos

seus olhos, mas o Senhor pesa o esprito* @P! 1B1,IC8 *)uitos propósitos @h/machashaah' intento, engenhoC h2 no cora.ão do homem, mas o desgnio do Senhor permanecer2* @P! 1WI1C *-omo 2guas profundas, são os propósitos @h/ etsah'conselhoC do cora.ão do homem, mas o homem de intelig'ncia sa/e desco/ri&los* @P! I0RC

O ato antes a aç0o

uando esus disse: *ual"uer "ue olhar para uma mulher com inten.ão impura, nocora.ão, j2 adulterou com ela* @)t RIXC, fala!a do ato da opera.ão no cora.ão antes da a.ãoe(terna, do comportamento Go Sermão do )onte, ele disse "ue não de!eramos guardar tesouros na terra, mas no c%u por(ue' onde está o teu tesouro' a, estará tam*m o teu coração@!eja )t B1W&I1C 9ssim % "ue o ser humano, dirigido pela f% em coisas temporais, limitae distorce seu conhecimento da realidade e, em conse"?'ncia, tem sua esperan.a frustrada Ouele pode dirigir sua f% para o "ue % eterno e, assim, alcan.ar e aumentar seu conhecimento darealidade -omo resultado, ele se encher2 de esperan.a "ue !em do amor derramado peloEsprito em seu cora.ão @!eja Tm RH,RC, o "ue opera a sua !ontade

A OPERA%ÃO ,O AMOR 

9 afei.ão do amor % o eliciador da !ontade $e acordo com o "ue algu%m conhece,ou cr', e conforme ele espera e imagina, assim ele se at%m com amor ao seu *tesouro* e

desen!ol!e e opera sua !ontade Ele se afei.oa ao seu tesouro no sentido de *culti!ar eguardar* @Un I1RC Por essa raão a Escritura di "ue o conhecimento por si sóenso/er/ece, *mas o amor edifica* @1 -o X1C $i tam/%m "ue *o amor ao dinheiro * a rai detodos os males* @l7m B10C E, tam/%m, "ue, em -risto, o "ue tem !alor % *a f% "ue atua peloamor* @U1RBC

 Ga introdu.ão ao li!ro Bold Vove' $an 9llender di "ue nós usamos demais a pala!ra amor, mas"ue pouco sa/emos so/re ele 9mor, di ele, como refle(o da glória de $eus, % a /ase do ser e araão de ser do e!angelhoF ; dessa afei.ão do cora.ão "ue Paulo di ser maior do "ue a f% e aesperan.a @1-o 1A1AC -reio "ue a raão por "ue o amor % mais e(celen te coisa do "ue a f% e

a esperan.a % a de "ue ela "ue opera a dinâmica da f%Mha/ita.ão e da esperan.aMimagina.ão Vontade de Deus e operação humana

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-ertamente, $eus % so/erano e nada nem ningu%m foge ao e(erccio so/erano de sua!ontade, como di Paulo: *$eus % "uem efetua em !ós tanto o "uerer como o realiar,segundo a sua /oa !ontade* @<p I1AC E ele, em sua gra.a, fa isso em rela.ão ao homem por meio da f% na "ual o homem pe sua esperan.a, moti!ando o amor no seu cora.ão para a ope&ra.ão do /em O homem sem $eus = e os crentes "ue se colocam na posi.ão deles por causa de sua descren.a, re/elião, infidelidade ou indiferen.a = pe sua f% em dolos desu/stitui.ão nos "uais confia o cora.ão @amor ao mundo, ao dinheiro, 6s coisas da carne, etcC para a opera.ão do erro, cuja conse"?'ncia são seus comportamentos afliti!os ou per!ersos

Operação humana

9mor % a afei.ão "ue se e(pressa na !ontade "ue, finalmente, % efeti!ada nos atos docorpo ; a afei.ão do amor "ue d2 o insight 6 !ontade, isto %, a opera.ão da ha/ita.ão e daimagina.ão em atos do corpo ; a afei.ão do amor = aliada 6 f%Mha/ita.ão centrada em $eus e6 esperan.aM imagina.ão guardada no Esprito = "ue opera o ato de dar de si, de dar&se a simesmo, de doa.ão e de ado.ão, de sair de dentro de si para o encontro do outro Entretanto,

"uando $eus % posto de lado @onde3C e a f% e a esperan.a são depositadas em dolos, a pessoa setorna rei!indicati!a, e(igente, primariamente !oltada  para dentro < e(atamente o in!erso doamor

Os atos humanos são operados pela afei.ão do amor do seguinte modo: -a3 originam&se da

f% @aC na ha/ita.ão no conhecimento -3 cuja e(peri'ncia gera a esperan.a, -O3 "ue

mo!e a imagina.ão, -c3 a "ual, por sua !e, aciona o amor @c1C (ue opera os atos do

corpo Gão % poss!el, entretanto, separar essas afei.es -omo o $r \als/erg di, a"uestão concernente 6 estrutura do ser humano, sua rela.ão com sua origem di!ina e seulugar no uni!erso, promo!e uma totalidade encapsulada "ue reside no corpo humanoEssa proposi.ão introdu uma no!a e(pressão, isto %, a ato&estrutura do corpo humano Oe(emplo "ue ele usa ilustra seu significado Vma pessoa pode ficar parada por horas, pensando, sem realiar nenhum ato e(terno Ela estar2 engajada em seus próprios pensamentos, nos "uais a imagina.ão desempenha seu papel E!entualmente, ela tomar2uma decisão da !ontade para uma opera.ão de alguma o/ra *9 estrutura dessa ati!idadeinterior, incluindo a decisão final da !ontade, * chamada de ato&estrutura -8%.3./ 7al %a tecedura do conhecimento nos seus aspectos de haitação' imaginação e operação

"ue mo!em cada ato no processo geral do tra/alho do corpo

! APRENDI7AD!

Em termos psicológicos, a operação a "ue me refiro est2 relacionada aos temas da lógicae do ensino e aprendiado 9s di!ersas teorias do aprendiado conforme suas escolas de psicologia, não o/stante, surgiram da refle(ão epistemológica O/!iamente, os estudos tinhamde partir de perguntas so/re o "ue * o conhecimento, so/re como podemos sa/er e so/re

"uais são as origens do conhecimento O racionalismo de Platão @HIJ&AHJ a-C enfatia!a asati!idades da mente para e(plicar a naturea do conhecimento, e o empirismo de 9ristóteles

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@AXH&AII a-C enfatia!a as e(peri'ncias sensoriais como /ase do conhecimento Para Platão,todo conhecimento % reminisc'ncia de e(peri'ncias "ue a alma te!e antes do *c%u al%m dosc%us*:A cada o/jeto no mundo fsico tem uma *id%ia* a/strata correspondente 9 despeito domisticismo da afirma.ão, pode&se !islum/rar o conteúdo do conhecimento *nato* de sua teoriaPara 9ristóteles, a mente de!eria ponderar so/re as impresses sensoriais o/tidas dos uni!ersais@leisC independentemente de suas manifesta.es empricas Genhuma escola de psicologiaescapou 6 influ'ncia da filosofia, nem o estruturalismo nem o funcionalismo nem ocomportamentismo @/eha!iorismoC

Piaget, "ue jamais prestou um e(ame de psicologia, mas "ue, não o/stante, fe&se psicólogo profissional e contri/uiu enormemente para a constru.ão de uma psicologiaeducacional,F escre!eu na introdu.ão do seu li!ro  +pistemologia >en*tica' "ue *todoconhecimento comporta um aspecto de ela/ora.ão no!o, e o grande pro/lema da epistemologia% o de conciliar esta cria.ão de mo!imentos com o duplo fato de "ue, no terreno formal, elas seacompanham de necessidades tão logo ela/oradas e de "ue, no plano real, elas permitem @e sãomesmo as únicas a permitirC a con"uista da o/jeti!idade* O "ue Piaget se prop+s nesse li!ro foiuma e(posi.ão de uma epistemologia "ue % naturalista sem ser positi!ista, "ue e!idencia

ati!idade do indi!duo sem ser idealista, e "ue se apóia no o/jeto sem dei(ar de pensar noslimites "ue os tornam independentes de nós Para ele, o conhecimento resultaria de intera.es produidas a meio caminho entre o o/jeto e suas origens e o sujeito conscienteF

<ilho de mãe crente e de pai descrente, Piaget conta "ue desde cedo sentiu o conflitoentre ci'ncia e religião *Em um momento de entusiasmo, !iinho da alegria est2tica,apoderou&se de mim a certea de "ue $eus era a !ida5* Pensando em $eus de modoimanentista, ele acolheu o desejo de se dedicar 6 filosofia para defender a ci'ncia e os !aloresreligiosos -ontudo, ou!indo as crticas contra >ergson, feitas pelo antigo teólogo e e(&pastor, ológico 9rnold TeLmond, "uase não resistiu 6 !ontade de se tornar matem2tico Ele encontrou aconcilia.ão do dualismo /ergsoniano, do !ital e do matem2tico, com a filosofia e a lógica deTeLmond, na no.ão de *forma* de 9ristóteles *conce/ida como regendo o pensamento "ue

correspondia e(atamente 6s estruturas do organismo* )ais tarde, Piaget chegou a duas id%iascentrais: a de "ue, para todo organismo "ue possui uma estrutura permanente = a "ual pode semodificar so/ a influ'ncia do meio, mas não destrói jamais en"uanto estrutura de conjunto = *oconhecimento % sempre o de assimila.ão de um dado e(terior 6s estruturas do sujeito*8 e a de"ue os fatores normati!os do pensamento correspondem /iologicamente a uma necessidade dee"uil/rio por auto&regula.ão1  -ontudo, o tipo de cren.a construti!ista de Piaget jamais permitiu "ue ele considerasse a possi/ilidade de um conhecimento superior ao cientfico,"uer filosóficoF "uer religiosoF

9 raão por "ue Piaget esta!a impedido de considerar ade"uadamente o aspecto religioso, nocaso, % "ue ele, em seu imanentismo, não perce/eu "uatro coisas imprescind!eis: @1C o aspecto

transcendenteMimanente de $eus, o "ual fe a hermen'utica pr%!ia do "ue ha!eria de criar @Ef A11C8 @IC a sua re!ela.ão de modo geral na sua cria.ão e de modo especfico na sua pala!ra, a"ual % a hermen'utica da hermen'utica de $eus8 e @AC a cria.ão analógica do homem como ser recepti!amente criati!o e ati!amente redenti!o, o "ual foi, originalmente, capacitado parafaer a hermen'utica da -ria.ão por meio da hermen'utica da Pala!ra8 e @HC a "ueda do homemem pecado, a "ual alterou sua capacidade e ha/ilidade para reconhecer os tr's itens anteriores

9pós a ueda, o homem se tornou incapa de conhecer a $eus, e por decorr'ncia, osignificado último de sua cria.ão, não o/stante possa conhecer o "ue e(iste e "ue esteja aoseu alcance, ainda "ue de modo decado e segundo suas concluses re!ersas ao pensamento de$eus @Tm 11W,I08 A10&1XC Ga Teden.ão, o homem % ha/ilitado pelo Esprito ao conheci&mento de $eus e 6 crtica do conhecimento humano @1-o IH&11 e, especialmente, *para "ue o

cora.ão deles seja confortado e !inculado juntamente em amor, e eles tenham toda a ri"ueada forte con!ic.ão do entendimento, para compreenderem plenamente o mist%rio de $eus,-risto, em "uem todos os tesouros da sa/edoria e do conhecimento estão ocultos* #-l

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II,AC Gão o/stante, a gra.a comum de $eus permite a todos os homens alguns!islum/res da mara!ilha criada 9ssim, mesmo "ue tenhamos de re!elar a foto em negati!oe !irar de ponta&ca/e.a as o/ser!a.es "ue os homens faem so/re as mara!ilhas de $eus, a fimde consider2&las segundo a Escritura, !ale a pena consider2&las, !ale a pena fa'&lo

-onsiderando a teoria da >estalt' Piaget destacou dois princpios "ue consideroufundamentais O primeiro % "ue todo processo "ue dependa da percep.ão ou da intelig'ncia %caracteriado por um mo!imento para o e"uil/rio Ga teoria da forma essa no.ão de e"uil/riotomou um significado preciso, traendo 6 tona a no.ão de *efeitos de campo* no estudo das percep.es, e o de re&e(uilirações  por etapas sucessi!as e nos estudos dos atos deintelig'ncia O segundo princpio * o de "ue as formas de e"uil/rio final desses processos de e"uili/ra.ão consistem em *estruturas* caracteriadas por *estruturas deorgania.ão* dependentes da totalidade e não das partes ou da soma das partes Para Piaget,seu pensamento acrescenta 6 >estalt uma lógica mais relati!a e "uantitati!a

!pera'ão se+undo a 8(blia

9 *lógica* //lica, para o nosso estudo so/re *opera.ão*, de!er2 ser a de "ue todo processodepende da Te!ela.ão de $eus e % *ha/itado*, *imaginado* e *operado* pela percep.ão eintelig'ncia Gesse processo o conhecimento humano % perspecti!o, e por causa da condi.ãohumana decada, precisa ser redimido pela gra.a de $eus por meio do e(erccio de uma f%&arrependida @cren.a em $eus e não cren.a na apar'ncia dos *fatos*, *!isto "ue andamos por f% e não pelo "ue !emos*, I-o RJC Os efeitos no*ticos do pecado faem a pessoatender ao dese"uil/rio e a ansiar por um poss!el e"uil/rio, o "ual só % completo naunião com -risto e com seu po!o @como di Paulo aos ef%sios, so/re a igreja, mas declarandoum princpio geral: *)as, seguindo a !erdade em amor, cres.amos em tudo na"uele "ue % a

ca/e.a, -risto, de "uem todo o corpo, /em ajustado e consolidado pelo au(lio de toda junta,segundo a justa coopera.ão de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edifica.ão desi mesmo em amor*, Ef H1R,1BC

uanto a essa lógica, refiro&me 6 opera.ão mental @entenda&se a totalidade do processo  f*&haitação < esperança& imaginação < amor&opera.ãoC "ue de!eria resultar na disposi.ão da!ontade para uma conclusão coerente PolanLi lan.a lu so/re esse pensamento, diendo "ue arela.ão entre as regras da lógica e o o/jeto de estudo da psicologia por ele descrita % amesma o/ser!ada entre os princpios operacionais das m2"uinas e os dos o/jetos de estudoda fsica e da "umica, *introdu uma segunda pessoa lutando para pensar corretamente,segundo as regras da lógica "uais"uer "ue sejam as regras de corre.ão "ue uma pessoa tenteseguir e esta/elecer = sejam elas morais, est%ticas ou legais = ela se compromete a um ideal8 e,de no!o, ela só pode faer isso dentro de um meio "ue J cego a esse ideal O ideal determina o padrão pelo "ual uma pessoa assume responsa/ilidade8 mas o meio cego ao ideal tanto garantea possi/ilidade da luta por esse ideal "uanto limita a sua possi/ilidade sso determina sua!oca.ão*F

Ensino e aprendi9ado

uanto ao ensino e aprendiado, tam/%m se o/ser!a um componente de mo!imento pessoal de dentro para fora na opera.ão do conhecimento Esse mo!imento % %tico, social esu/jeti!oMo/jeti!o, implicando a totalidade do processo do conhecimento en!ol!ido na ato&

estrutura do corpo ; a totalidade do ser operando segundo a e(pressão do amor ou segundoa car'ncia dele ; o ser agindo por e(pressão ou por necessidade PolanLi tam/%m esclarece

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esse ponto:

7al % a rela.ão con!i!a "ue ser!e como canal de todas as o/ser!a.es psicológicas, e dentro da"ual todos os termos da psicologia de!em ser interpretados ; a mesma rela.ão na "ual temos

o/ser!ado o centro ati!o e percepti!o dos animais e !isto "ue, em termos de aprendiado, ocompromisso do animal % totalmente dedicado a um esfor.o de infer'ncia racional ; a mesmarela.ão na "ual assumimos interesse num ser humano por causa dele mesmo e a!aliamos suascon"uistas por meio de nossos próprios padres Essa con!i!'ncia inclui um est2gio al%m,"uando essa pessoa so/e a uma posi.ão acima de nós e h2 uma aceita.ão do julgamento deoutros so/re nós10

-riados por um $eus singular e plural, o ser humano foi criado com dimenses indi!iduaisinteriores com o propósito de transcender essa indi!idualidade e esta/elecer *unies* com$eus e com o pró(imo 9 ueda resultou no dese"uil/rio da separa.ão e inimiade emrela.ão a $eus e ao pró(imo, e seu e"uil/rio só poder2 ser restaurado pela união com-risto, a "ual inclui a comunhão do seu corpo, a igreja

O amor % a opera.ão desse anseio, o "ual pode assumir caractersticas pecaminosasindi!idualistas e competiti!as resultando em *o/ras m2s*, ou caractersticas indi!iduais ecorporati!as redimidas resultando em */oas o/ras* 9 opera.ão do amor só pode e(istir "uando a imagina.ão so/re "uem nós somos deri!ar da esperan.a de "ue não estamos sós8esperan.a ad!inda da ha/ita.ão com 9"uele "ue %, por meio da f% no "ue ele di "ue %

Vontae

<re"?entemente, ou!imos pessoas diendo: *Eu não go!erno o meu cora.ão* ou *"uando o

amor !em, ele nos assalta de pronto e não % poss!el resistir a ele* Essa *sa/edoria* popular,

ou, corretamente colocada, essa estultcia, % uma completa in!ersão dos componentes do

 processo da ato&estrutura. ; uma in!ersão do processo do conhecimento "uanto 6 f%M ha/ita.ão,esperan.aMimagina.ão e amorMopera.ão 9 f% ha/ita no interior da pessoa, sua esperan.a

imagina em !ão segundo a apar'ncia das coisas e seu amor opera o/ras mortas, isto %, semdimensão eterna ; por causa dessa in!ersão "ue as coisas se tornam mais difceis de ser 

!istas como são, como 9llender ongman 111 diem: *7alento sem amor % enstir  decedor8

discernimento espiritual e poder sem amor F,F,to :::::::::::4::::%s,; e

s a c r i f c i o d e p o s s e s o u c i o p r ó p r i o c o r p o s e t a % 9 !ontade de uma pessoa % a pessoa, assim como a totalidade da unidade das,  suas afei.es cogniti!a eemocional, concentrada no corpo

9 !ontade % a representa.ão mental de um atoMpr2tica em fun.ão das afei.es /2sicas do

cora.ão, manifestada na ha/ita.ão de um conhecimento e processada pela imagina.ãodentro de um am/iente moral* Ga linguagem //lica, o conceito de !erdade inclui id%ias dedisposi.ão de mente, pensamento, alma, espontânea ou compulsi!a, e en!ol!e propósito,finalidade, desejo, decisão, determina.ão, prefer'ncia, de!er, for.a, necessidades fisiológicas, praer, ira, medo, poder, etc

Os termos

 Go 9ntigo 7estamento, as pala!ras relacionadas 6 !ontade são usadas como descri.ão daalma @h/ Hephesh' 1I IJ1I8 H1WC, pensamento @h/ reuthl' E J1XC, /oa !ontade @h/ ratson'1I H0XC, "uerer, dispor&se @h/ aah' Is 11WC, ter praer, agradar&se @h/ chaphets' Pv I11C, de

 /oa !ontade, negócios @h/ nadah' 1-r IWRC, dar @h/ nathan' XIRC So/re o termo usadocomo dese)o' no 9ntigo 7estamento, comentaremos mais tarde Vm dos termos usados com

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mais fre"?'ncia no Go!o 7estamento tem o sentido de "uerer @gr thelo' )t IB1R8 )e XAR8 oJ1J8 Tm J1XC Em 1 -orntios 110, Paulo usa o termo sa/er associado com nous' mente @gr

 gnonie3' significando mente com propósito, disposi.ão mental8 ucas usa o termo com osignificado de tornar&se ou dispor&se @gr gnomai' 9t I01BC8 e oão usa o termo como decisão@gr oule' gnome' 9p 1J1JC Outro termo % usado por ucas para falar a respeito do plano de$eus, o "ual % usado tam/%m por Paulo para se referir 6 !ontade de $eus @gr oule' 9t 1AAB8oulema' Tm W1WC Paulo aplica ainda outro termo para se referir 6 prefer'ncia e a agradar&se@gr =ata he=ouns' <m 1H8 Tm XI08 1-o W1JC, assim como Pedro o fa em 1 Pedro RI @gr=e=ousiosY !eja tam/%m 4/ 10IBC So/re o termo *desejo* no Go!o 7estamento, !eremos maistardeuando o apóstolo Paulo escre!e so/re o caminho so/remodo e(celente @1-o 1AC, ele fala so/rea !ontade dominada pelo amor em 2reas como comunica.ão e linguagem @! 1C, !erdade,conhecimento e f% @! IC, canela de e auto&entrega @! AC tanto em termos positi!os @/enignidade,regoijo coma !erdade, prote.ão, confian.a, esperan.a, perse!eran.a, sofrimento, cren.a, for.a,etcC "uanto em termos negati!os @não arde em ciúmes, não se enso/er/ece, não se conduincon!enientemente, não /usca os próprios interesses, não se e(aspera, não se ressente do mal,não se alegra com a injusti.a, etcC @!s H&XC O !erso X di "ue o amor jamais aca/a, por"ue %

operado pela !ontade Ga aus'ncia do amor, a !ontade % dominada pelo medo Esse % o tema do*temor de $eus versus temor de homens*

Livre2ar!"trio

$ - UomesN menciona -al!ino e Kan 7il a respeito do *li!re&ar/trio*acrescentando "ue, na sua condi.ão original, o ser humano foi dotado com raão,intelig'ncia, prud'ncia e juo não apenas para go!ernar a terra, mas tam/%m para ascender a $eus em eterno goo $essa maneira, a escolha foi adicionada para direcionar seus apetites e para e"uili/rar suas emo.es, sendo sua !ontade

relacionada 6 raão Gesse estado de justi.a, o homem tinha li!re&ar/trio8 seescolhesse, o/teria !ida eternaN O homem era organicamente relacionado aoam/iente do mundo como profeta, sacerdote e rei so/ a so/erania de $eus nomundo criado -omo profeta ele de!eria interpretar o mundo, como sacerdoteele de!eria dedicar a $eus a contempla.ão do mundo e suas o/ras nele e, como rei,ele de!eria go!ernar o mundo para o seu -riador* Ga ueda, entretanto, suanaturea cada o tomou um mau int%rprete, dedicado ao mundo e tentando domin2&lo para si mesmo Em sua falsa auto&sufici'ncia e falsa autodetermina.ão, seus apetitesse tornaram desordenados, sua mente se fe cega e seu cora.ão, depra!ado* Ohomem perdeu seu senso de origem e de finalidade originais, e as "ualidades com"ue foi dotado por seu -riador foram deformadas a ponto de ser&lhe imposs!elnão só cumprir o propósito de $eus para a cria.ão, como tam/%m conhecer esse propósitoN Kan 7il d), "ue o cerne da "uestão est2 em "ue a criatura tem de estar sujeita ao seu -riador e refletir a sua imagem assim como a lu de seu conhecimentore!elado, mas "ue ela, agora, est2 tentando ser a fonte de sua própria luN

Temor do /enhor 

 Ga >/lia, o temor do Senhor % o princpio do conhecimento e da sa/edoria @P!1J8 W10C, e o temor de homens % o princpio do engano e da estultcia @P! IWIR8Tm AW&1XC Se nossas afei.es esti!erem em $eus, nossa !ontade decidir2 tem'&lo @S XB11,1IC, pois no amor não e(iste medo, antes, o amor lan.a fora omedo @)o H1XC Se, contudo, nosso amor esti!er em "ual"uer outro lugar, "uer num ponto e(terior "uer num ponto interior, então medo e ira nos dominarão

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$epois da ueda, 9dão e E!a se en!ergonharam do próprio corpo e decidiram seesconder de $eus por"ue ha!iam torcido o amor e se dei(ado dominar pela culpae pelo medo @Un AJ&10C -airo adorou a $eus com o propósito de ser reconhecido eaceito pelas suas ofertas em !e de reconhecer sua condi.ão cada diante de $euse de ador2&lo em arrependimento e gratidão Gão operou um ato de amor, mas deamor por si mesmo Por causa disso ele não foi aceito Sua alma esta!a cheia deira 9 an2lise de $eus re!ela sua falta da afei.ão do amor operada por sua !ontade@Un HB,JC 9 !ontade % uma opera.ão do amor Segundo a"uilo "ue um homemama ser2 operada sua !ontade diante de $eus ou diante dos homens

Esse % o aspecto conclusi!o da defini.ão proposta anteriormente: "uando 6ha/ita.ão, o homem % um  ser religioso; "uanto 6 imagina.ão, * recepti!amentecriati!o8 e "uanto 6 opera.ão, % ativamente redentivo. Ele % referente a $eus, tendea recriar ou reorganiar as coisas criadas, e se inclina a consertar coisas "ue/radas

O /e/' de nossas ilustra.es, na pr%&infância, j2 ha!ia aprendido algo so/re a!erdade e so/re seus em/ates Sua f% /2sica continua!a a coloc2&lo no centro da

e(ist'ncia e ele *sa/ia* "ue os pais e(istiam em fun.ão de suas necessidades Eleespera sua chegada para !er o mo!imento do mó/ile de sua !ida e imagina todas asmaneiras de tra'&los para perto de si @tão certo % "ue seus pais o condicionam,"uanto ele condiciona seus paisC Ele perce/e amor e dedica amor de todo o seucora.ão E esse amor opera sua !ontade Ele aprendeu o significado de *"uerer*

 ATO-ESTRUTURA DO CORPO

INTERA%ÃO EMOCIONALE E3PRESSÃO COMPORTAMENTAL

-erta ocasião, tendo sido con!idado para apresentar o e!angelho a um grupo de estudantesde medicina, enfrentei, durante toda a e(posi.ão, alguns olhares percepti!elmente animosos emrela.ão ao tema de $eus e sua preemin'ncia so/re a !ida humana Go final da palestra, a/erta aoportunidade para coment2rios e perguntas, um dos "ue ha!iam estado in"uietos durante asessão, fe esta declara.ão: *Sou professor desta casa, e eu e meus colegas j2 a/rimos corpos!i!os e mortos, mas jamais encontramos algo al%m do corpo a "ue pud%ssemos chamar de !ida*

Sentindo&me "uase incapa de dier "ual"uer coisa, lem/ro&me de ter orado, rapidamente, a $eus pedindo sa/edoria, permiti apenas uma pe"uena pausa, e respondi: *$e fato, eu não teria umaresposta8 % mais pro!2!el "ue a resposta esteja mais no campo da medicina: por"ue, então, umcorpo estaria !i!o e o outro, morto3*

Corpo4 e5press0o a a#ma

; f2cil sa/er "ue temos corpo e "ue estamos !i!os como % f2cil sa/er "uando um corpo est2morto $ificil % definir a !ida no corpo 7emos, at% a"ui, repetido a e(pressão ato&estrutura docorpo' definindo&a como a totalidades das e(peri'ncias "ue finaliam nos atos corpóreos,sem, contudo, dar maior aten.ão aos atos do corpo

lernian $ooLcYeerd colocou /em a "uestão do dualismo corpoMacorpoMalma, diendo "ue o corpo* a e$pressão temporal da aInia./ Isso desla a disL . &ncia tão grande entre o modelo m%dico e

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o modelo //lico do aconselhainento O aconselhamento cristão não pretende tratar do corposegundo uni modelo m%dico, mas trata do ser humano reconhecendo "ue a totalidade doindi!duo se concentra no seu corpo

l2 !imos, na introdu.ão deste tra/alho, "ue a >/lia fala so/re o corpo humano como tendosido criado por $eus *do pó da terra*, no "ual ele soprou seu Esprito @Un IJC O "ue mais

di a >/lia so/re o corpo humano3 E(iste uma teologia do corpo3Vma leitura superficial pode faer parecer "ue a >/lia apóie o dualismo menteMcorpo8 6s

!ees, at% uma di!isão trplice ou "u2drupla ó, no seu sofrimento, disse so/re o homem: *Elesente as dores apenas de seu próprio corpo, e só a seu respeito sofre a sua alma* @ó 1HIIC8 omestre de Pro!%r/ios escre!eu: O esprito do homem % a lâmpada do Senhor, a "uales"uadrinha todo o mais ntimo do corpo* @P! I0IJC8 e saas profetiou: *7am/%m consumir2 aglória da sua floresta e do seu campo f%rtil, desde a alma at% ao corpo8 e ser2 como "uando umdoente se definha* @s 101XC O apóstolo Paulo escre!eu o te(to /astante conhecido: *O mesmo$eus da pa !os santifi"ue em tudo8 e o !osso esprito, alma e corpo sejam conser!ados ntegrose irrepreens!eis na !inda de nosso Senhor esus -risto* @) RIAC

! termoVma leitura mais acurada, por%m, mostrar2 "ue e(istem !2rios usos da pala!ra corpo e di!ersasfiguras "ue en!ol!em esse termo Por e(emplo, "uando Paulo di: *Togo&!os, pois, irmãos, pelasmisericórdias de $eus, "ue apresenteis o !osso corpo por sacrifcio !i!o, santo e agrad2!el a$eus, "ue % o !osso culto racional E não !os conformeis com este s%culo, mas transformai&!os pelareno!a.ão da !ossa mente, para "ue e(perimenteis "ual seja a /oa, agrad2!el e perfeita !ontadede $eus* @Tm 1I 1C, estaria ele falando somente @a entrega do corpo, ou estaria falando docorpo como uma totalidade "ue inclui a mente3 7am/%m "uando o Senhor esus disse: *por"ue,onde est2 o teu tesouro, a estar2 tam/%m o teu cora.ão São os olhos a lâmpada do corpo @gr

 soma' corpo morto ou !i!o, de homens, animais ou estelaresC Se os teus olhos forem /ons, todoo teu corpo ser2 luminoso8 se, por%m, os teus olhos furem maus, todo o teu corpo estar2 , 1 em

tre!as Portanto, caso a::::4

"ue e111 11 h2 sejam tre!as, "ue grandes tre!as serão5* @)t BI1&IAC,estaria ele filando do corpo corno entidade isolada dos olhos, ou do cora.ão "ue se nianilesla Q~

corpo e do "ual os olhos são a janela para a percep.ão do  A: :: <::: assim, algu%m poderia argumentar "ue h2 te(tos nos "uais corpo e alma 1a s:1,, ditos como pass!eis de di!isão, talcomo nas pala!ras de esus: *G &1@C lei i :; :: 4 os "ue matam o corpo e não podem matara alma8temei, antes, a"uele @lia&pode faer perecer no inferno tanto a alma como o corpo* @)t 10IXC@ C i seria o caso de esus ter usado uma imagem inclusi!a, como a usada 1m1 Paulo: *Por"ueassim como num só corpo temos muitos mem/ros, mas 1-) todos os mem/ros t'm a mesmafun.ão, assim tam/%m nós, con"uanto iiiiii tos, somos um só corpo em -risto e mem/ros uns dosoutros* @Tm 1IH,RC&, c*Por"ue, assim como o corpo % um e tem muitos mem/ros, e todos os::::4::: /ros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim tam/%m com respeito 6 -risto para"ue não haja di!isão no corpo8 pelo contr2rio, cooperem os mem/ros, com igual cuidado, em

fa!or uns dos outros* @ -o 1I1I,IRC

%orpo e alma

Poderia algu%m perguntar mais: Paulo não a!entou a possi/ilidade de separa.ão daconsci'ncia e do corpo "uando escre!eu: *-onhe.o um homem em -risto "ue, h2 catore anos,foi arre/atado at% ao terceiro c%u @se no corpo ou fora do corpo, não sei, $eus o sa/eC e sei "ue o talhomem @se no corpo ou fora do corpo, não sei, $eus o sa/eC foi arre/atado ao paraso e ou!iu pala!ras, inef2!eis, as "uais não % lcito ao homem referir* @I-o 1II&HC3 9 resposta de!eria ser: Gão teria ele usado o mesmo artifcio de linguagem "ue usou em outro lugar: *Pois, em/ora

ausente "uanto ao corpo @gr  sar$' carne, parte mole do corpoC, contudo, em esprito, estoucon!osco, alegrando&me e !erificando a !ossa /oa ordem e a firmea da !ossa f% em -risto* @-lIRC

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O corpo e a alma não se separam senão na morte, como di o salmista: *Sai&lhes o esprito, eeles tornam ao pó8 nesse mesmo dia, perecem todos os seus desgnios* @S 1HBHC3-ertamente, corpo e alma se separam na morte, mas não !i!em como entidades separadas, pois a naturea da própria morte % essa separa.ão, como 7iago escre!eu: *Por"ue, assim cor@C o corpo sem esprito % morto, assim tam/%m a f% sem o/ras % morta* @7g IIBC Gós não!i!emos sem corpo

O $icion2rio nternacional de 7eologia do Go!o 7estamento tra uni co ment2rio interessanteso/re 1 -orntios 1R: *9 !ida humana % inconce/!el sem o corpo 9ssim, e(clui&se "ual"uer di!isão entre alma e corpo segundo aslinhas da antropologia* @cf tam/%m 1-o R1&10C Paulo,neste discurso so/re a ressurrei.ão, coloca a contradi.ão entre o corpo terrestre, ou *corpo fsico* @!HH,  soma ps2chi=on3' e um *corpo espiritual* -soma pneumati=on3. Essas são as duas possi/ilidades "ue e(istem para o homem 9 primeira representa a sua e(ist'ncia terrena, e aúltima, sua !ida depois da ressurrei.ão O corpo, no sentido de *eu*, da *pessoa* so/re!i!er2 6morte, pelo ato criador de $eus*

 Gão !ejo outro modo de colocar isso senão transcre!endo o "ue a Escritura di:

)as algu%m dir2: -omo ressuscitam os mortos3 E em "ue corpo !'m3 nsensato5 O "ue semeias nãonasce, se primeiro não morrer8 e, "uando semeias, não semeias o corpo "ue h2 de ser, mas o simples grão,como de trigo ou de "ual"uer outra semente )as $eus lhe d2 corpo como lhe aprou!e dar e a cadauma das sementes, o seu corpo apropriado Gem toda carne % a mesma8 por%m uma * a carne dos homens,outra, a dos animais, outra, a das a!es, e outra, a dos pei(es 7am/%m h2 corpos celestiais e corposterrestres8 e, sem dú!ida, uma % a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres Vma % a glória do sol,outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas8 por"ue at% entre estrela e estrela h2 diferen.as de esplendorPois assim tam/%m * a ressurrei.ão dos mortos Semeia&se o corpo na corrup.ão, ressuscita naincorrup.ão Semeia&se em desonra, ressuscita em glória Semeia&se em fra"uea, ressuscita em poderSemeia&se corpo natural, ressuscita corpo espiritual Se h2 corpo natural, h2 tam/%m corpoespiritual Por"ue * necess2rio "ue este corpo corrupt!el se re!ista da incorrupti/ilidade, e "ue o

corpo mortal se re!ista da imortalidade E, "uando este corpo corrupt!el se re!estir de incorrupti/i&lidade, e o "ue % mortal se re!estir de imortalidade, então, se cumprir2 a pala!ra "ue est2 escrita:7ragada foi a morte pela !itória @1 -o 1RAR&HH,RA,RHC

E "uanto a nós, a"ui e agora, desejamos a perfei.ão do nosso corpo:

*E não somente ela, mas tam/%m nós, "ue temos as primcias do Esprito, igualmente gememos emnosso ntimo, aguardando a ado.ão de filhos, a reden.ão do nosso corpo* @Tm XIAC

En"uanto aguardamos essa transforma.ão, a Pala!ra insta conosco, diendo:

*<ugi da impurea ual"uer outro pecado "ue uma pessoa cometer % fora do corpo8 masa"uele "ue pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo 9caso, não sa/eis "ue o !ossocorpo % santu2rio do Esprito Santo, "ue est2 em !ós, o "ual tendes da parte de $eus, e "ue nãosois de !ós mesmos3 @1-o B1X,1WC8 e:

*Gão reine, portanto, o pecado em !osso corpo mortal, de maneira "ue o/ede.ais 6s suas pai(es8 nem ofere.ais cada um os mem/ros do seu corpo ao pecado, como instrumentos deini"?idade8 mas oferecei&!os a $eus, como ressurretos dentre os mortos, e os !ossos mem/ros, a$eus, como instrumentos de justi.a* @Tm B1I,1AC *Por"ue importa "ue todos nóscompare.amos perante o tri/unal de -risto, para "ue cada um rece/a segundo o /em ou o mal"ue ti!er feito por meio do corpo* @I-o R10C

C/re!ro e corpo

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<alando a respeito de c%re/ro e corpo, aco/ >ronoQs[i, e(poente da cultura judaica efilósofo natural, escre!eu algo "ue se aplica, igualmente, 6 !isão da singularidade da pessoa Eledisse "ue a totalidade do ser humano não de!e ser !iolada pela separa.ão de c%re/ro e corpo*Gão e(iste um o/ser!ador, pe"ueno "ue seja, "ue fi"ue o/ser!ando na câmara escura dentroda nossa ca/e.a* O "ue h2 de errado no dualismo cartesiano de mente e corpo3, ele perguntaO erro % "ue, se imaginarmos o c%re/ro como sendo apenas um receptor e processador deinforma.es "ue instrui os músculos do corpo, j2 falseamos todo o procedimento *9ssim "uese separa o c%re/ro do músculo e se pergunta ao primeiro "ue ordem ele !ai dar, adultera&se anaturea do c%re/ro* 9 totalidade mente&corpo forma uma unidade, portanto uma a.ão não %a.ão de um ou de outro, mas da totalidade da pessoaF

$e uma perspecti!a t%cnica, a mente se refere ao *eu*, o indi!duo autoconsciente,racional, emocional e intencional "ue pode ser captado por um entendimento da anatomiaou fisiologia do c%re/ro @% interessante "ue, con"uanto o cora.ão seja, o/!iamente, tang!el, o*eu* % fisicamente indefin!el, o "ue "uer dier "ue não h2 /ase fsica ou neurológica para o"ue chamamos de cora.ãoC, di EdQard 7 Yelch3

Vis0o !"!#ica e corpo e c/re!roPor isso, uma !isão //lica desse indi!duo autoconsciente, racional e intencional % único ede!eria ser claramente distinguido na Escritura Yelch di, tam/%m, "ue a teologia est2 repleta deaplica.es tam/%m na 2rea da teologia do corpo K- esta/elece "uatro princpios de orienta.ão para a apro(inia.ao @ "uestão mente&corpo, "ue esclarecem a aplica.ão do "ue tem@C* e(posto

Primeiro, di Yelch, " c*rero não pode fa#er unia pessoa pecar nem impedi&la mpedi&la de seguir a esus enif* e oedi5ncia. 9 >/lia di "ue mesmo "ue unia pessoa pe"ue sem sa/er "ueest2 pecando, ela ser2 responsa/ilii8i@l,i pela transgressão @! R1JC

Segundo, di tam/%m "ue os re"uerimentos da lei estão escritos no cora.8io dos homens @TmI1RC So/retudo, di, com respeito aos mandamentos de $eus, "ue h2 um caminho pelo "ual at%o louco andar2 nele e não errar2 @1 s ARXC 9 "uestão do pecado e da retidão % moral 9ssim,

"uando algu%m atri/ui a uma parte do corpo a culpa pelo pecado, est2 diendo de si mesmo "ue % pessoa sem capacidade moral Essa desculpa tiraria a esperan.a de algu%m de se !oltar para-risto em /usca de ajuda Segundo, as hailidades pessoais < capacidades e fra(ue#ascererais < são singulares. -ada pessoa tem ha/ilidades comuns a outras pessoas, mas,so/retudo, cada pessoa apresenta singularidades 7al!e algu%m tenha menos ha/ilidades, ounão se encai(e na m%dia das ha/ilidades comuns 6s pessoas, mas, se ele age, certamente poder2ser alcan.ado por outro ser agente

7erceiro, prolemas cererais podem e$por prolemas do coração. Ueralmente, "uando nossocorpo apresenta dificuldades, como cansa.o, enfermidades, mal&funcionamento, tendemos a e(por os pro/lemas do nosso cora.ão Esses pro/lemas podem e de!em ser tratados 9inda mais, umcora.ão alcan.ado pelo e!angelho % o mais poderoso au(iliar no tratamento de desordens fsicasuarto, corações pecaminosos podem levar a doenças flsicas; corações )ustificados por esus

 podem gerar sa0de. 9"ui, sim, o aconselhamento redenti!o se toma tam/%m terap'utico 9 !isãocristã dos pro/lemas psicossom2ticos tem muitas semelhan.as com a !isão secular, mas distinta em pontos diferentes e importantes Gem sempre as enfermidades procedem de pecado 7anto h2enfermidades de origem espiritual "uando h2 as "ue pro!'m da !ida num mundo cado O certo% "ue um cora.ão justificado diante de $eus pode traer cura para pro/lemas de origemespiritual, como pode dar for.a e sa/edoria para suportar ou !encer uma enfermidade de outras proced'nciasF

9 ato&estrutura do corpo, essa totalidade do indi!duo, % alcan.ada peloaconselhamento cristão "uer partindo do âmago do ser, o cora.ão, "uer partindo do

comportamento, os atos do corpo O "ue importa % "ue $eus seja !isto como o centro da !idae o homem como o centro de seu propósito em -risto esus

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E ) O _ b O

O termo

Emo.ão % uma pala!ra de origem francesa -*motion3 "ue descre!e o ato de ummo!imento moral ; usada tam/%m com o sentido de como.ão Geste tra/alho, emoção % ummo!imento afeti!o de e"uil/rio ou dese"uil/rio das afei.es prim2rias da  f*' esperança eamor' e integra.ão dos mo!imentos afeti!os secund2rios da haitação' imaginação eoperação' e manifestada na ato&estrutura do corpo "ue compe o indi!duo

9 >/lia não usa o termo emo.ão, mas seu significado % claro em todas as descri.es dosmo!imentos interiores nos seus contatos e(teriores @ termo //lico para emo.ão descre!e um

mo!imento !isceral, gr  splagchnon' usado em I -orintios B1I como afeto, e se refere aomo!imento da ato&estrutura do corpo no contacto com a realidade e(terior @cf c 1JX8 I@FoJ1R8 <p 1X8 -l A1I8 <m J,1I,I08 1o A1JC Ele tra a id%ia do processo dinâmico por meio do"ual a f%, a esperan.a e o amor, e(pressos na ha/ita.ão do conhecimento, na imagina.ão e naopera.ão da ato&estrutura do corpo, ela/oram alvos' estrat*gias e dese)os' os "uais se realiamnos comportamentos )esmo "ue a pala!ra emoção não seja !ista na Escritura, no 9ntigo7estamento seu sentido e(iste em termos como madhavah' *pensamentos das entranhas* e emdiferentes e(presses "ue descre!em o conteúdo de sentimentos srael sentiu medo nocora.ão diante das repreenses de $eus @$t IX10&IXC8 os filhos de -or% sentiram desfalecer&lhes a alma @S1HIBC8 $a!i sentiu o cora.ão ferido @S 10WIIC e eremias esta!a certo de "ue$eus conhecia e sonda!a o "ue ele sentia no cora.ão @r 1IAC Os !er/os usados com osentido de mo!imento @h/ nathar' ó AJ 1C, e(peri'ncia emocional @h/ raga#' ISm 1XAAC,tremer @h/ raash' r HWI18 R0HBC, tam/%m e(pressam sentimentos -om o mesmo signifi&cado, o Go!o 7estamento usa termos tais como agita.ão, e(cita.ão @gr =ineo' 9t I1A0C,in"uieta.ão, ansiedade @gr saino' l7s AAC, cho"ue @gr saleuo' 9t IIRC -om o significado desentimento, o Go!o 7estamento usa termos tais como pai(ão @gr !moipatheis' 9t 1H1R8 7gR1JC, e mente com suas !aria.es @gr phroneo' Tm 1I1B8 <p II,RC

Apro5imaç(es sec*#ares

Emo.es ou sentimentos são as manifesta.es mais e!identes dos processos do homeminterior )uito se tem feito no estudo delas, de di!ersos pontos de !ista, em "uase todas as psicologias 9 teoria de ames&ange @Yilliam ames e -arl ange, c 1XW0C di "ue ae(peri'ncia fsica !em antes da e(peri'ncia interior 9 teoria de -annon&>ard @Yalter -annon e T >ard, c 1WIJC se op+s a isso, diendo "ue as mudan.as fsicas e emocionaisocorriam ao mesmo tempo @a teoria deles de "ue as emo.es residiam no t2lamo, no centro doc%re/ro, não foi compro!adaC 9 teoria de )u=eo$ @fonógrafo "ue funciona com a inser.ão demoedas8 S Schatcher, Singer8 U )andler e outros8 c 1WBIC, ou de fator duplo,demonstrou "ue um estmulo produtor de emo.es tem dois efeitos: uma conscientia.ãocogniti!a do significado do estmulo e uma resposta fisiológica ao estmulo 9 teoria do processo&oponente @T Solomon e $ -or/it, c 1WJAC di "ue, "uando um estmulo causauma rea.ão emocional, outra rea.ão emocional oponente % eliciada @por e(emplo, medo e

al!ioC8 a repeti.ão da e(peri'ncia emocional poder2 promo!er a troca dessas emo.es @por e(emplo, medo por aten.ão e al!io por alegriaCF

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$e acordo com os modelos teóricos psicanalticos @com !aria.esC, os pro/lemas /2sicos da pessoa são mais ou menos estes: a ina/ilidade de confiar e o medo de amar e a /ai(a auto&estima8 a ina/ilidade de reconhecer e e(pressar sentimentos de hostilidade, ira, ódio e nega.ãodo poder como pessoa e a falta de sentimento de autonomia8 a ina/ilidade de aceitar plenamentea própria se(ualidade e os sentimentos se(uais, a dificuldade de aceitar&se como homem oumulher e medo da se(ualidadeF -onforme a psicologia indi!idual, primeiro nós pensamos,depois agimos e, então, sentimos8 para o adlerianismo, as emo.es estão a ser!i.o do processo cogniti!o0 -onforme o comportamentismo, se algu%m muda o comportamento dealgu%m, estar2 mudando tam/%m seus sentimentos . Para os e(istencialistas, os sentimentos deli/erdade e de ansiedade estão na /ase dos pro/lemas da pessoaF $o ponto de !ista doaconselhamento centrado na pessoa, o cliente tem sentimentos /2sicos "ue de!em ser e(perimentados na rela.ão com o conselheiro @o "ue en!ol!e cren.as e atitudesC eresponsa!elmente assumidos diante da !idaF 9 >estalt di "ue as pessoas se inclinam ainterromper o flu(o do presente8 em !e de e(perimentarem seus sentimentos no a"ui e agora,elas falam de seus sentimentos como se fossem separados da e(peri'ncia presente8 a cha!e daterapia % fa'&las e(perimentar seus próprios sentimentos *agora*F Perls, 4efferline eUoodman conceituam as emo.es como *unifica.es ou tend'ncias unificadoras, de

certas tenses fisiológicas com situa.es am/ientais fa!or2!eis ou desfa!or2!eis, e, como tais,fornecem o conhecimento último indispens2!el @em/ora não ade"uadoC dos o/jetos apropriados6s necessidades, assim como o sentimento est%tico nos fornece o conhecimento último@ade"uadoC de nossa sensi/ilidade e seus o/jetos*F

Apro5imaç0o crist0

Vma !isão integrada das emo.es, das diferentes escolas terap'uticas =correndo o risco de perder as diferen.as = prope "ue os sentimentos devem ser Ide/IIi icados e e.XI)ressos e

explorados.` @Freinos nisso, isso, rias -'ios' Vini /%m "ue a emo.ão não de!e ser !ista como umconipartinicifloda personalidade humana e "ue ela %, na !erdade, a e(pressão da alo&estro tira humana Toger < 4urding, comentando aL 9dams, a respeito ele crio .Oes, di "ue 9dams parece rejeitar asemo.es e os sentimentos em sua apro(ima.ão nout*tica @do gr nous' mente = a apro(ima.ãodireta, franca e amorosa deri!ada dos termos e(orta.ão, consola.ão e instru.ãoC &<nãonega a e(ist'ncia de sentimentos, mas parece consider2&los completa mente como ser!os docomportamento $eclara "ue Fningu%m tem pro/lemas emocionais8 não h2 algo como um pro/lema emocional O pro/lema % um pro/lema comportamentalF 9dams, % claro, est2certo a"ui ainda "ue, na apro(ima.ão feita por um aconselhamento redenti!o, prefiramos dier "ue os comportamentos são ser!os das emo.es ; f2cil, para nós, rotularmos nosso dilemacomo FemocionalF para escapar da responsa/ilidade "uanto ao nosso comportamento )as ser2"ue precisamos adotar uma declara.ão de FesteF ou Fa"ueleF na personalidade humana3*

9 resposta 6 pergunta de 4urding de!e ser esta: nossas emo.es não compem,simplesmente, uma parte da personalidade humana, mas est2 em/utida em todo o processo daato&estrutura do corpo, da totalidade do ser em seus processos interiores e em rela.ão aoscontatos com $eus, consigo mesmo e com o pró(imo, e com o mundo ; como senossas emo.es esti!essem na totalidade e nas partes do ser assim como uma imagemnum processo hologr2fico, em "ue cada parte cont%m a su/stância da totalidade

Emo'#es nos /almos

 Ga introdu.ão do li!ro Cr2 of the 1oul' 9llender e ongman 111 diem "ue: @1C as emo.es

não são amorais e e(pressam o tra/alho interior da alma, sendo tão maculadas pelo pecado"uanto "ual"uer outro aspecto da personalidade humana8 @IC a raão de prestarmos aten.ão 6s

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emo.es não % apenas para transformar emo.es negati!as e positi!as, mas para ponderar so/renossos relacionamentos com $eus e com o pró(imo e para nos aprofundarmos neles8 @AC osSalmos oferecem orienta.ão na peregrina.ão das emo.es8 e @HC todas as emo.es, incluindo asmais negras, nos dão um !islum/re do car2ter de Vcas Para eles, as, emo.es ligam nossoinundo interior ;10inundo e(terior Elas a/rem as portas 6 naturea da realidade corno 1111L1,11;1 geinda alma = 6s "uais nós nos faemos surdos pela nega.ão, pela ditoIçaoou pelo desânimo, a fimde manter controle so/re o nosso mundo interior

Em mo'ão

9llender e ongman apontam tam/%m tr's mo!imentos = para cima' para dentro e parafora @contra, para longe e para perto de pessoasC = querefletem nossas emo.es em rela.ão a$eus: @1C "uando pessoas se ino !em contra nós, sentimos isso como um ata"ue8 @IC "uandoelas  se 1110!em para longe de nós, sentimos isso como a/andono8 e @AC "uando elas semo!em para perto de nós, sentimos isso como amor Go conte(to denosso mundo cado, area.ão emocional % geralmente caracteriada pelos mo!imentos de lutar ou de fugir*

Esses e outros mo!imentos estão relacionados 6 maneira pela "ual nossas emo.es seentretecem com nossos afetos e seus processos mentais uando temos uma !isão //lica darealidade, iluminada pelo Esprito Santo, estamos mais pró(imos do "ue de!eramos ser, comintegridade, congru'ncia e !ulnera/ilidade em nosso amor em rela.ão a $eus e ao pró(imoEntretanto, "uando nossos olhos !'em atra!%s das lentes do pecado, a realidade %distorcida e nós reagimos por meios de mecanismos de defesa, criando personas' ou m2scarasde nossa personalidade "ue nos ajudam a adorar nossos dolos

0abita'ão da emo'ão

7udo isso % entretecido e interati!o, mas, dependendo do tipo de mo!imento, h2 a predominância de um ou de outro aspecto 9ssim, em princ pio, a dinâmica da emo.ão daha/ita.ão num dado conhecimento e do processo da imagina.ão, gera alvos; da ha/ita.ãocom a opera.ão, gera estrat*gias; e da imagina.ão e da opera.ão, gera dese)os. Em geral, o "ueocorre * um efeito defeedac= "ue opera dinamicamente = sendo as emo.es o !órtice dasafei.es = as e(presses e manifesta.es da alma em comportamentos nos atos do corpo

9 emo.ao % "ue articula a m/ila.2@ das no.oes a I-! da esperan.a e # amor, no,,ino!inien@os,  de ha/ita.ão, ele 1111agilia.a@C ) +00,  opera.ão @em/re&se de "ue estamosutiliando o termo ha/ita.ão para significar o ponto focal da pessoa 9ssim, "uando algu%mfa sua f% ha/itar na re!ela.ao de $eus, ele encontrou sua !erdadeira ha/ita.ão uando

emocionaliii.,ii@c dese"uili/rado, esse algu%m poder2 ha/itar, inade"uadamente, "ual"uer dosdois outros mo!imentos 4a/itando o mo!imento da imagina.ao, parecer2 sofrer deiluses8 ha/itando o mo!imento da opera.ão, pa recer2 sofrer de o/sessãoC

Pele da alma

-omo j2 foi dito, as emo.es são a linguagem da alma Elas faem a hermen'utica docontato do mundo interior com o mundo e(terior e declaram suas concluses em atos do corpo-omo linguagem, as emo.es apresentam dois aspectos segundo os "uais elas interpretam ee(primem essas concluses: por meio de figuras ou de met2foras*  Por figura ou indica.ão

e sim/olia.ão de!e&se entender a percep.ão diferenciada da realidade segundo o princpio daanalogia, pelo "ual a integra.ão dessa realidade % feita com /ase na re!ela.ão de $eus Por met2fora de!e&se entender a percep.ão não&diferenciada da realidade segundo a "ual a

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integra.ão dessa mesma realidade % autocentrada e toma o !alor da causa pelo efeito

Tesumindo, a emo.ão est2 para a f%Mha/ita.ão, para a esperan.aMimagina.ão e para oamorMopera.ão, assim como os sentidos estão para o corpo e, seguindo a figura, amanifesta.ão dos seus mo!imentos interiores se fa nos mem/ros do corpo, no

comportamento Go !órtice das emo.es se fa/ricam os o/jeti!os, as estrat%gias e os desejosmoti!adores secund2rios dos comportamentos

COMPORTAMENTO

Os t)-$#s

; importante, tam/%m, considerar "ue a >/lia usa termos como *corpo* e *mem/ros*,assim como órgãos do corpo, para se referir ao comportamento, tal como na carta de 7iago:*Ora, a lngua % fogo8 % mundo de ini"?idade8 a lngua est2 situada entre os mem/ros de nossocorpo, e contamina o corpo inteiro, e não só pe em chamas toda a carreira da e(ist'nciahumana, como tam/%m % posta ela mesma em chamas pelo inferno@7g ABC e em

Pro!%r/ios: *<ilho meu, atenta para as minhas pala!ras8 aos meus ensinamentos inclina osou!idos Gão os dei(es apartar&se dos teus olhos8 guarda&os no mais ntimo do teu cora.ãoPor"ue são !ida para "uem os acha e saúde, para o seu corpo So/re tudo o "ue se de!eguardar, guarda o cora.ão, por"ue dele procedem as fontes da !ida $es!ia de ti a falsidadeda /oca e afasta de ti a per!ersidade dos l2/ios Os teus olhos olhem direito, e as tuas p2lpe/ras, diretamente diante de ti Pondera a !ereda de teus p%s, e todos os teus caminhossejam retos* @P! HI0&I0C

uandoC Pedro instruiu as mulheres es a serem e111 su/missas aos seus lliill

ficai ido a des i ncuni/'ncia de sua própria missão ssão — demodo geral, a missão //licade produir relacionamentos @Un I1X, h/ 6asah /e'-'i; *au(iliadora

ei"ue lhe seja id+nea*, ajudante, realiadora, e(ecutante, m;&nienedora, produtora,modelo D*ao seu lado como "ue 6 sua frente*C e de mae @ Vfin I1R, gr te=nogonia' cria.ão defilhosC # ele se referiu ao imCcedlinento ou comportamento como a estrat%gia para se atingir esse olCcti!o: *)ulheres, sede !ós, igualmente, su/missas a !osso próprio marido, para"ue, se ele ainda não o/edece 6 pala!ra, seja ganho, sem pala!ra alguma, por meio do procedimento @gr anastrophe' maneira de ida, condutaC de sua esposa ao o/ser!ar o !ossohonesto comportamento -un-isIrophe3 cheio de temor Gão seja o adorno da esposa o "ue %e(terior, -01110 frisado de ca/elos, adere.os de ouro, aparato de !estu2rio8 seja, por%m, ohomem interior do cora.ão, unido ao incorrupt!el trajo de um esprito manso e tran"?ilo, "ue% de grande !alor diante de $eus* @lPe A 1 C $o mesmo modo, o mestre de Pro!%r/ios disseaos pais "ue *criassem tini gosto na crian.a* no caminho "ue de!eriam andar, referindo&se ao-omportamento: *Ensina a crian.a no caminho @h/ dere=' dire.ão, maneira, h2/itoC em

"ue de!e andar @h/ peh' /oca, órgão da falaC, e, ainda "uando for !elho, não se des!iar2 dele*@P! IIBC

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O comportamento fecha o crculo dinâmico da ato&estrutura do corpo assim como os frutosfecham o crculo produti!o da 2r!ore, como disse 7iago: * pode a figueira produir aeitonas, ou a !ideira, figos3* @7g A1IC São frutos de justi.a ou de injusti.a, na linguagemde Paulo: *Gão reine, portanto, o pecado em !osso corpo mortal, de maneira "ue o/ede.ais 6ssuas pai(es8 nem ofere.ais cada um os mem/ros do seu corpo ao pecado, comoinstrumentos de ini"?idade8 mas oferecei&!os a $eus, como ressurretos dentre os mortos, e os!ossos mem/ros, a $eus, como instrumentos de justi.a <alo como homem, por causa dafra"uea da !ossa carne 9ssim como oferecestes os !ossos mem/ros para a escra!idão daimpurea e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os !ossos mem/ros para ser!irem6 justi.a para a santifica.ão* @Tm B1I,1A,1WC

Esses frutos de justi.a ou de injusti.a são gerados no homem interior, na dinâmica dotrin+mio  f*?esperança?amor; dependendo de onde seja posta a refer'ncia dos seusmo!imentos de ha/ita.ãoMimagina.ãoMopera.ão, se em $eus ou se nos dolos, tais frutoscomportamentais se pro!arão inconse"?entes e transitórios ou conse"?entes e eternos, comodisse Paulo:

"Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti,

mesmoira para o @lia da ira e da re!ela.ão do justo juo de $eus, "ue retri/uir2 1etri 1 &6 a cada um segundo o seu procedimento: a ! ida eterna aos "ue, perse!erando em faer o /em, procuram glória, honra e incorrupti/ilidade8 mas ira e indigna.ão aos facciosos, "uedeso/edecem 6 !erdade e o/edecem 6 injusti.a* @Tm IR&JC8 e como corro/orou Pedro: *Por isso, cingi*# o !osso entendimento Df%Mha/ita.ão, esperan.aMmoti!a.ão, amorMopcra.ão, sedesó/rios e esperai inteiramente na gra.a "ue !os est2 sendo traida na revelação de esus-risto -omo filhos da o/edi'ncia, não !os amoldeis 6s  pai$ões DdesejosMsentimentos "uetnheis anteriormente na !ossa ignorância8 pelo contr2rio, segundo % santo a"uele "ue !oschamou, tornai&!os santos tam/%m !ós mesmos em todo o !osso procedimento, por"ueescrito est2: Sede santos, por"ue eu sou santo Ora, se in!ocais como Pai a"uele "ue, semacep.ão de pessoas, julga segundo as o/ras de cada um, portai&!os com temor durante o tempo

da !ossa peregrina.ão, sa/endo "ue não foi mediante coisas corrupt!eis, como prata ououro, "ue fostes resgatados do !osso fútil procedimento "ue !ossos pais !os legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem m2cula, o sangue de -risto, conhecido,com efeito, antes da funda.ão do mundo, por%m manifestado no fim dos tempos, por amor de!ós "ue, por meio dele, tendes f% em $eus, o "ual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deuglória, de sorte "ue a !ossa f* e esperança estejam em $eus 7endo purificado a !ossa alma, pela !ossa o/edi'ncia 6 !erdade, tendo em !ista o amor fraternal não fingido, amai&!os, decora.ão, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corrupt!el, masde incorrupt!el, mediante a pala!ra de $eus, a "ual !i!e e % permanente* @1Pe 11A&IAC

%omportamento santo

O comportamento "ue reflete o amor a $eus so/re todas as coisas e ao pró(imo como a nósmesmos % o comportamento santo nfelimente, a santidade, hoje, tem sido tratada por muitos como um entusiasmo @no sentido antigo de e(alta.ão ou arre/atamento so/inspira.ão di!ina, estados esses pro!ocados pela presen.a de *deus* dentro da pessoaC ou comofonte de lucro, mas não como procedimento %tico, o "ue significa idolatria: *e andai emamor, como tam/%m -risto nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifcioa $eus, em aroma sua!e )as a impudiccia e toda sorte de impureas ou co/i.a nem se"uer senomeiem entre !os, comi con!%ns a santos8 ne11  1

,011K1

,is8i_ao olpe, nem pala!ras !as ou

chocarrices, coisas essas, incon!enientes8 antes, pelo contr2rio, a.es de gra.as Sa/ei, pois, isto:nenhum incontinente, ou impuro, ou a!arento, "ue * idólatra, tem heran.a no reino de -risto ede $eus* @Ef RI&RC

9 Pala!ra de $eus nos prope um alto ideal comportamental, ating!el ainda "ue difcil e,6s !ees, muito doloroso )as ele não só % poss!el "uanto tema promessa da sua

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concretia.ão: *Estou plenamente certo de "ue a"uele "ue come.ou /oa o/ra em !ós h2 decomplet2&la at% ao $ia de -risto esus* @<p 1BC )uitos e(perimentaram sofrimentos at% "uesangnissem na sua luta contra o pecado por"ue deseja!am esse comportainento,santo 9 parteinicial da nossa !oca.ão * e(atamente essa luta, para a "ual temos a promessa do poder doEsprito: *Togo&!os, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, "ue andeis de modo digno da !oca.ãoa "ue fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando&!osuns aos outros em amor, esfor.ando&!os diligentemente por preser!ar a unidade do Esprito no!nculo da pa8 h2 somente um corpo e tini Esprito, como tam/%m fostes chamados numa sóesperan.a da !ossa !oca.ão* @Ef H1&HC )as esse poder do Esprito não % entusi2stico nemtema promessa de sucesso terreno8 antes ele e(ige um comportamento santo: *$igo, por%m: andai no Esprito e jamais satisfareis 6 concupisc'ncia da carne Por"ue a carne militacontra o Esprito, e o Esprito, contra a carne, por"ue são opostos entre si8 para "ue não fa.ais o"ue, por!entura, seja do !osso "uerer* @U R1B,1JC$e!emos nos lem/rar de onde !iemos e para onde !amos = e como e por"ue andamos para asal!a.ão eterna e não para a eterna perdi.ão = para "ue entendamos o propósito do /omcomportamento O comportamento santo não pode jamais ser legalista, pois o legalismo @serlei para si mesmo, ter autojusti.aC % um auto&engano, a forma mais enganosa de idolatria Ele

não pode ser um fim em si mesmo 9 finalidade do comportamento santo % as /oas o/ras $eusnos criou e 6 igreja para as /oas o/ras: *Ele !os deu !ida, estando !ós mortos nos !ossosdelitos e pecados, nos "uais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o prncipe da potestade do ar, do esprito "ue agora atua nos filhos da deso/edi'ncia8 entre os"uais tam/%m todos nós andamos outrora, segundo as inclina.es da nossa carne, faendo a!ontade da carne e dos pensamentos8 e %ramos, por naturea, filhos da ira, como tam/%m osdemais )as $eus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com "ue nosamou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu !ida juntamente com -risto, = pelagra.a sois sal!os = e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fe assentar nos lugarescelestiais ein -risto esus8 para inostrar, nos si ru los !indouros, a suprema ri"uea da sua gra.a,em /ondade para conosco, em -risto esus Por"ue pela gra.a sois sal!os, mediante a f%8 eisto nao !em de !ós8 % dom de $eus8 não de o/ras, para "ue ningu%m se glorie

ningu% feitura dele, criados em -risto esus para /oas o/ras, as "uais Ccus de antemão preparou para "ue and2ssemos nelas* @Ef I1&108 !er TI 2. 1, 1C

%arne versus Esp(rito

9 luta para faer pre!alecer as o/ras do Esprito so/re as o/ras& da carne %desconcertante Ela pertence ao tema dos reformadores da condi .ão *j2, mas ainda não* da plenitude da f%, da firmea da esperan.a lia Promessa e do pleno cumprimento da e(cel'ncia doamor, "uando confie teremos como tam/%m somos conhecidos )uito se tem discutidoso/re o te(to de Tomanos J, no "ual Paulo trata da impossi/ilidade de o homem I i não&regenerado !i!er a !ida santa e da dificuldade "ue o crente tem de produir um comportamento

santo rico das /oas o/ras "ue $eus preparou para "ue ele andasse nelas Paulo di "ue a lei de$eus e(pe o pecado do homem e o condena, mas "ue ela mesma não % pecado uando nãoha!ia pecado, impera!a o princpio da f% em $eus, da esperan.a na sua Pala!ra e do amor a$eus e aos homens, mas !indo o pecado, so/re!eio a lei como pro!id'ncia da gra.a de$eus para "ue, mesmo mortos e incapacitados de conhecer a $eus e a sua re!ela.ão natural,conhec'ssemos nossa infeli condi.ão uando conhecemos a lei, a re!ela.ão especial de$eus, somos condenados por causa do pecado, e morremos8 mas "uando conhecemos a gra.a,sua re!ela.ão especial em -risto esus, somos sal!os e !i!ificados a fim de "ue frutifi"uemos para $eus 9ntes, !i!amos segundo as pai(es da carne @desejosMcomportamentosC e isso erareal.ado pela lei 9gora, por%m, redimidos, de!emos !i!er em no!idade de !ida Ora, *a lei% santa8 e o mandamento, santo, e justo, e /om* O pro/lema % "ue tendo sido sal!os pelao/ra consumada de -risto, somos ainda carnais @gr  sar=i=os3 e isso ir2 durar at% "ue

sejamos, um dia, re!estidos de eternidade 9nte a compreensão dessa realidade, Paulo di: *nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não fa.o o "ue prefiro, e sim o

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"ue detesto Ora, se fa.o o "ue não "uero, consinto com a lei, "ue % /oa Geste caso, "uem faisto j2 não sou eu, mas o pecado "ue ha/ita em mim Por"ue eu sei "ue em mim, isto %, naminha carne, não ha/ita /era nenhum, pois o "uerer o /em est2 em mim8 não, por%m, oefetu2&lo Por"ue nãofa.o o /em "ue prefiro, mas o mal "ue não "uero, esse fa.o )as, se eufa.o o "ue nau "uero, Ki não sou eu "uem o 1;11, e sim o pecado "ue ha/ita em mim 1,1,111ao,ao "uerer faer o /em, encontroa lei de "ue o mal reside em m lor"ue, no tocante aohomem interior, tenho praer na lei de $eus8 mas !ejo, nos meus mem/ros, outra lei "ue,guerreando contra a lei da minha mente, me fa prisioneiro da lei do pecado "ue est2 nos meusmem/ros $es!enturado homem "ue sou5 uem me li!rar2 do corpo desta morte3 Ura.as a$eus por esus -risto, nosso Senhor $e maneira "ue eu, de mim mesmo, com a mente, souescra!o da lei de $eus, mas, segundo a carne, da lei do pecado* @Tm J1R&IRC

 3isão secular 

9 psicologia secular apresenta grande di!ersidade no trato do comportamento -ertamente,coletar compreenses interessantes so/re como uma pessoa % e por "ue age como age,

localiar causas e conse"?'ncias, e e(pressar sentimentos nunca ser2 suficiente para amudan.a "ue "ual"uer escola de pensamento proponha 9 psican2lise de <reud, a psicologia in &di!idualMsocial de 9dler, o comportamentismo de S[inner, a terapia da realidade de Ellis ou"ual"uer terapia emoti!o&racional e an2lise transacional ou as demais escolas de pensamento psicológico, podem at% apresentar o/ser!a.es preciosas, mas todas, por naturea @por considerar o homem aut+nomo e(istindo num mundo sem muita influ'ncia de $eus, ousem $eusC só podem esperar mudan.as parciais no ser humano, como disse o poeta popular:*dei(ei crescer minha /ar/a, mudei de f isionomia, mas dentro do meu peito não muda!a o"ue eu "ueria*

 3isão b(blica

9 >/lia fala da transforma.ão da mente: *Togo&!os, pois, irmãos, pelasmisericórdias de $eus, "ue apresenteis o !osso corpo por sacrifcio !i!o, santo e agrad2!el a$eus, "ue % o !osso culto racional E não !os conformeis com este s%culo, mas transformai&!os pela reno!a.ão da !ossa mente, para "ue e(perimenteis "ual seja a /oa, agrad2!el e perfeita !ontade de $eus Por"ue, pela gra.a "ue me foi dada, digo a cada um dentre !ós"ue não pense de si mesmo al%m do "ue con!%m8 antes, pense com modera.ão, segundo amedida da f% "ue $eus repartiu a cada um* @Tm 1I1&AC8 fala da transforma.ão da emo.ão:*Se, pelo contr2rio, tendes em !osso cora.ão in!eja amargurada e sentimento faccioso, nem!os glorieis disso, nem mintais contra a !erdade Esta não % a sa/edoria "ue desce lá do alto; ames,eleriena, animal e demonaca Pois, onde lia )- 1 h2 confusão e toda esp%cie de coisasruins 9 sa/edoria, por%m, l2 do alto %, primeiramente, pura&, depois, pacfica, ::: dulgente,trat2!el, plena de misericórdia e de /ons frutos, imparcial, lenifingimento* @7g A1H&1JC8 falada transforma.ão da !ontade: *para @11-, no tempo "ue !os resta na carne, j2 não !i!aisde acordo com as dos homens, mas segundo a !ontade de $eus Por"ue /asta o tempo decorrido para terdes e(ecutado a !ontade dos gentios, tendo andado em dissolu.es,concupisc'ncias, /orracheiras, orgias, /e/edices e em deles t2!eis idolatrias* @1Pe HI,AC E falada transforma.ão do comportainenio: *pelo contr2rio, segundo % santo a"uele "ue !oschamou, tornai&!os san tos tam/%m !ós mesmos em todo o !osso procedimento*8 e: *fostes resgatados do !osso fútil procedimento "ue !ossos pais !os legaram* @ 11 ` 1 1R,1XC <ala, por%m, de tudo isso referindo&se a uma transforma.ão da totalidade da pessoa e da totalidadeda !ida: *Por"ue $eus, "ue disse: $as tre!as resplandecer2 a lu, ele mesmo resplandeceuem nosso cora .ão, para ilumina.ão do conhecimento da glória de $eus, na face de -risto*@I-o HBC8 *E todos nós, com o rosto des!endado, contemplando, como por espelho, a

glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como peloSenhor, o Esprito* @I-o A1XC8 *apro(imemo&nos, com sincero cora.ão, em plena certeade f%, tendo o cora.ão purificado de m2 consci'ncia e la!ado o corpo com 2gua pura* @4/

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10IIC * a pala!ra de $eus % !i!a, e efica, e mais cortante do "ue "ual"uer espada de doisgumes, e penetra at% ao ponto de di!idir alma ) esprito, juntas e medulas, e % apta paradiscernir os pensamentos e propósitos do cora.ão* @4/ H1IC

&udan'a de comportamento

9 transforma.ão do comportamento % uma mudan.a de comportamento, mas % mais do"ue isso8 % a transforma.ão de=para, como das tre!as para a lu: *O julgamento % este:"ue a lu !eio ao mundo, e os homens amaram mais as tre!as do "ue a lu8 por"ue as suaso/ras eram m2s Pois todo a"uele "ue pratica o mal a/orrece a lu e não se chega para alu, a fim de não serem arg?idas as suas o/ras uem pratica a !erdade apro(ima&se dalu, a fim de "ue as suas o/ras sejam manifestas, por"ue feitas em $eus* @o A1W&I1C8da morte para a !ida: *Em !erdade, em !erdade !os digo: "uem ou!e a minha pala!ra e

cr' na"uele "ue me en!iou tem a !ida eterna, não entra em juo, mas passou da morte paraa !ida* @o RIHC8 dos dolos para $eus: *dei(ando os dolos, !os con!ertestes a $eus, paraser!irdes o $eus !i!o e !erdadeiro* @l7s 1WC

9"uele "ue tem essa transforma.ão % feito filho de $eus: *)as, a todos "uantos orece/eram, deu&lhes o poder de serem feitos filhos de $eus, a sa/er, aos "ue cr'em no seunome* @o 11IC8 % feito irmão dos irmãos: *Por"uanto aos "ue de antemão conheceu,tam/%m os predestinou para serem conformes 6 imagem de seu <ilho, a fim de "ue ele seja o primog'nito entre muitos irmãos* @Tm XIWC8 *Por esta causa, me ponho de joe lhos diantedo Pai, de "uem toma o nome toda famlia, tanto no c%u como so/re a terra, para "ue, segundoa ri"uea da sua glória, !os conceda "ue sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espritono homem interior* @Ef A1H&1BC8 % feito ser!o de $eus e dos irmãos: *9gora, por%m,

li/ertados do pecado, transformados em ser!os de $eus, tendes o !osso fruto para asantifica.ão e, por fim, a !ida eterna* @Tm BIIC8 *sujeitando&!os uns aos outros no temor de-risto* @Ef RI1C

%orpo e cora'ão

)as não de!eriam, os pro/lemas comportamentais causados pelo corpo ou pelo *cora.ão*,ser tratados diferencialmente3 Yelch di "ue as categorias //licas do cora.ão e do corpo podem ser postas a funcionar de di!ersas maneiras, e "ue nós podemos distingui&as entre pecado e enfermidade -omportamentos "ue não se coadunam com os mandamentos e

 promessas da Pala!ra de $eus ou "ue transgridam princpios //licos procedem do cora.ão esão pecaminosos -omportamentos "ue sejam, mais acuradamente, chamados de fra"ueas, procedem do corpo e são enfermidades ou sofrimentos Estes tam/%m podem significar  pecados, mas de!e ha!er cuidado nessa liga.ão3 7al!e o conselheiro, não sendo m%dico,não possa tratar dos pro/lemas do corpo -onduto, ele poder2 sempre tratar dos afetos docora.ão "uando 6 enfermidade, at% "ue o comportando em rela.ão a ela esteja emconformidade com a !ontade de $eus, como Paulo disse: *Sa/emos "ue todas as coisascooperam para o /em da"ueles "ue amam a $eus, da"ueles "ue são chamados segundo o seu propósito* @Tm XIXC

Vma das maiores e(peri'ncias teórico&pr2ticas "ue ti!e so/re mudan.a de

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comportamento ocorreu durante o meu perodo de estudos no --E<I numa palestra so/remodifica.ão de comportamento de e(&homosse(uais O professor con!idado, ac[ )iller,tomou sua >/lia, e disse: *O caminho mais curto para se chegar aonde "ueremos % Fala!agem de 2gua pela Pala!raF, mais especificamente, na Epstola aos U2latas* 9indaga.ão surpresa "ue muitos de nós e(perimentamos foi respondida "uando ele

 prosseguiu: *-omo disse Paulo em outro lugar @Tm 11X&AIC, $eus criou o homem 6 suaimagem, e a rejei.ão de $eus significa a rejei.ão da maneira como ele nos criou, o "ue,em última instância, le!a&nos a Fassumir a lei em nossas próprias mãos F determinando"uem nós "ueremos ser: isso se chama legalismo* Sem dú!ida, o comportamento dohomem natural % determinado por um senso de injusti.a "ue, como disse Paulo, su/stitui a!erdade pela mentira, resultando na corrup.ão dos costumes Os crentes, mesmo "uee(perimentem a no!idade de !ida, o faem ainda num mundo e numa carne "ue gemem easpiram por reden.ão 9 reden.ão, % claro, a presente realidade do crente, mas num processo em "ue o *j2, mas ainda não* tem de ser considerado 2 fomos li/ertados do poder do pecado, estamos sendo li/ertados da influ'ncia do pecado e seremos da pre&

sen.a do pecado

Li!ertaç0o

-omo Paulo di: *Para a li/erdade foi "ue -risto nos li/ertou Permanecei, pois, firmes enão !os su/metais, de no!o, a jugo de escra!idão* @U1R1C Esse !erso nos le!a aos $e)andamentos, cuja introdu.ão re!ela o $eus da nossa cria.ão como o $eus da nossali/erta.ão O raciocnio de Paulo % o de "ue a lei maior de $eus foi "ue/rada no ;den e

"ue, desde então, nós procuramos nos justif icar por nossa própria lei comandando nossaf%, nossa esperan.a e nosso amor )as, di ele, "uem rejeita a lei de $eus rejeita "ual"uer lei,incluindo a própria, desligando&se de -risto, de si mesmo e do pró(imo -ontudo, Paulo prossegue diendo: *nós, pelo Esprito, aguardamos a esperan.a da justi.a "ue pro!%mda f% Por"ue, em -risto esus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão Dnenhuma leit'm !alor algum, mas a f% "ue atua pelo amor* *Por"ue !ós, irmãos, fostes chamados6 li/erdade8 por%m não useis da li/erdade para dar ocasião 6 carne8 sede, antes, ser!os unsdos outros, pelo amor* *andai no Esprito e jamais satisfareis 6 concupisc'ncia dacarne Por"ue a carne milita contra o Esprito, e o Esprito, contra a carne, por"ue sãoopostos entre si8 para "ue não fa.ais o "ue, por!entura, seja do !osso "uerer )as, se soisguiados pelo Esprito, não estais so/ a lei* @RR,B,1A,1B,1J,1XC

$ei(ado 6 !ontade das emo.es, todo comportamento tem uma tend'ncia carnal: *prostitui.ão,

impurea, lasc!ia, idolatria, feiti.arias, inimiades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenses,fac.es, in!ejas, /e/edices, glutonarias e coisas semelhantes* @U R1W&I1C # a "ual impede ocomportamento santo, fruto da !ida no Esprito: *amor, alegria, pa, longanimi dade, /enignidade, /ondade, fidelidade, mansidão, domnio próprio* @RII,IAC Os "ue crucificaram suacarne com seu desejos e pai(es, de!eriam, tam/%m, andar no Esprito$escriti!amente, os afetos /2sicos do cora.ão @f%, esperan.a e amorC são processados emtermos fisicos e espirituais por meio dos mo!imentos secund2rios do cora.ão@respecti!amente, ha/ita.ão, imagina.ão e opera.ãoC, cuja dinâmica emocional gera oscomportamentos 9 pessoa receptivamente criada @f%Mha/ita.ãoC e ativamente [email protected].ãoC manifesta um ato religioso @amorMopera.ãoC <uncionalmente, o s U ê s

afetos no cola.ao moti!adores dinâmicos do ser humano I r. esperan.a e amor, se

mo!imentam no sentido do conhecimento(11

,

 I)cir,

e de si mesmo @ha/ita.ãoC, da compreensãoda realidade por ele 11 la@la para o homem @imagina.ãoC, e do relacionamento com $eus, com o1Cio(ilC@C e com a realidade criada @opera.ãoC O e"uil/rio e o dese"uil/rio

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dinâmica formam emo.es "ue resultam nos atos do corpo e nos como amentos 9 maneiracomo isso se organia e funciona pode ser descrita assim: dos mo!imentos da ha/ita.ão e daimagina.ão nascem os olCci i !os8 dos mo!imentos da ha/ita.ãoMimagina.ão e da opera.ão,aniadm@& cem as escolhas de estrat%gias por meio das "uais se atinge os ditos @C1CC@, ti!os8 e dosmo!imentos de ha/ita.ãoMimagina.ãoMopera.ão, frutificam 011 desejos = esses desejos são oscontroladores das emo.es, as "uais regro duem a ato&estrutura do corpo @cora.ão, corpo eatosC nas a.es e iio, comportamentos Poderamos dier "ue, de modo pr2tico, a pessoa esta /elece os o/jeti!os, planeja as estrat%gias e molda os desejos

INTEGRAÇÃO

1e há' pois' alguma e$ortação em Cristo' alguma consolação de amor'alguma comunhão do +sp,rito' se há entranhados afetos e miseric!rdias'

completai a minha alegria' de modo (ue penseis a mesma coisa. Hada façais por partidarismo ou vangl!ria' mas por humildade' considerando cada

um os outros superiores a si mesmo. Hão tenha cada um em vista o (ue* propriamente seu' senão tam*m cada (ual o (ue * dos outros.

Tende em v!s o mesmo sentimento (ue houve tam*m em Cristo esus' pois ele' susistindo em forma de Deus' não )ulgou como usurpação o ser igual a Deus;

antes' a si mesmo se esva#iou' assumindo a forma de servo' tornando&se em semelhança de homens; e' reconhecido em figura humana' a si mesmo se humilhou'

tornando&se oediente at* Q morte e morte de cru#. Pelo (ue tam*m Deus oe$altou soremaneira e lhe deu o nome (ue está acima de todo nome'

 para (ue ao nome de esus se dore todo )oelho' nos c*us' na terra edeai$o da terra' e toda l,ngua confesse (ue esus Cristo * 1enhor'

 para gl!ria de Deus Pai. Assim' pois' amados meus' como sempre oedecestes'não s! na minha presença' por*m' muito mais agora' na minha aus5ncia'

desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; por(ue Deus * (uem efetuaem v!s tanto o (uerer como o reali#ar' segundo a sua oa vontade.

<ilipenses I1&1AUisto como' pelo seu divino poder' nos t5m sido doadas todas as coisas(ue condu#em Q vida e Q piedade' pelo conhecimento completo da(uele

(ue nos chamou para a sua pr!pria gl!ria e virtude' pelas (uais nos t5m sido

doadas as suas preciosas e mui grandes promessas' para (ue por elas vos torneis co&participantes da nature#a divina'

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livrando&vos da corrupção das pai$ões (ue há no mundo' por isso mesmo' v!s' reunindo toda a vossa dilig5ncia'

associai com a vossa f* a virtude; com a virtude' o conhecimento;com o conhecimento' o dom,nio pr!prio; com o dom,nio pr!prio' a perseverança;

com a perseverança' a piedade; com a piedade' a fraternidade;com a fraternidade' o amor. Por(ue estas coisas' e$istindo em v!s e em

v!s aumentando' fa#em com (ue não se)ais nem inativos' nem infrutuososno pleno conhecimento de nosso 1enhor esus Cristo.

 Pois a(uele a (uem estas coisas não estão presentes * cego' vendo s! o (ue está perto' es(uecido da purificação dos seus pecados de outrora. Por isso' irmãos' procurai' com dilig5ncia cada ve# maior' confirmar a vossa vocação e eleição;

 por(uanto' procedendo assim' não tropeçareis em tempo algum.

8 Pedro %.9&%X

"B+TIU"1 

os%F !eio a mim traido por sua irmã, a "ual o ha!ia enganado a fim de conseguir seu intento*9 única maneira de tra'&lo era diendo "ue !iramos para uma col+nia de f%rias*, ela disse$ei(ei "ue um pe"ueno sil'ncio frisasse o "ue eu iria dier: *Koc' j2 pensou nele comouma pessoa inteira3* Seu olhar disse "ue não8 não ha!ia pensado nisso nem ha!ia entendidoa pergunta *Koc' acha "ue seu irmão, por ser !iciado em drogas, % uma pessoa inerte, semcren.as nem e(pectati!as, uma pessoa passi!a, sem planos, e uma pessoa sem prefer'ncias3* $essa !e ela entendeu e indagou com a frase feita: *O "ue mais eu poderiafaer3* *$ier a !erdade*, respondi )eu ponto a"ui % "ue nós tendemos a julgar as pessoasem fun.ão dos nossos o/jeti!os, sem a!aliar os o/jeti!os dos outros Procedemos sem le!ar em contra "ue as pessoas pensam, como se fossem personagens de histórias em "uadrinhos"ue só ad"uirem e(pressão "uando so/ nossa o/ser!a.ão e "ue dei(am de atuar "uandofechamos a re!ista 9ssim % "ue algumas pessoas sempre e(plicam o humor de uma piada8

elas não cr'em "ue as pessoas pensem os% iria desco/rir a mentira tão l o g o c h e g a s s ea o n o s s o 1 ( ) Ç

; 1 1 s e r i a m r u s l r a d a s n o  p r a melro encontro Sua li&nia lilha

seus ob  j e l ivos: . losé 111111.1 outi ,os &, e l ie ithuin cios dois, da"uela maneira, si

, encai(a!a nos meus

o/jeti!os 1 1,, elmo

(ue redimimos a situação' falando a verdade sore a realidade da situada-3 e sore nosso interesse genu,no em a)udá&lo.

 3alores morais4 2ticos e  písticos

 A verdade' em si mesma' não teria sido ra#ão suficiente para mudar G. o)etivos e e$pectativas nem para a irmã de os* nem para ele mesmo +ra preciso haver um significado e uma segurança pessoal 

envolvidos ali 1em um sentido *tico' at* a verdade moral se torna insuficiente. + sem uma pessoalidade não há motivos *ticos. + sem um sentido pistico, não 11;1 ra#ão para motivos morais e*ticos. Deus * o sentido moral e *tico da e$ist5ncia' como disse esus@ +u sou o caminho' e a verdade' e

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a viela; ningu*m vem ao Pai senão por mim -o %K.W3.

Pessoas são criaturas de $eus "ue portam a sua imagem: seu !alor pessoal nãoreside nelas mesmas, mas em $eus São pessoas criadas para se relacionar com ele de

maneira graciosa, e se não o faem por causa do pecado, isso não anula a justi.a de $eusnem mesmo na demonstra.ão @li, sua ira8 são pessoas criadas com propósito e comfinalidade 9 esse respeito, Paulo, escre!endo aos romanos, pergunta se, por!entura,acusaremos $eus de injusti.a 9 resposta % pronta: *$e modo nenhum5* $eus di "ue temcompai(ão de "uem lhe aprou!e ter, e assim, não depende de "uem corre, mas de $eususar sua misericórdia = Ele tem misericórdia ou endurece com "uem lhe apra 9lgu%m poderia at% dier "ue, se % esse o caso, não e(iste culpa pessoal para a"uele "ue o rejeita, pois ningu%m pode resistir 6 sua !ontade 9 esse, Paulo pergunta: uem % suficiente paradiscutir com $eus3 *Ou não tem o oleiro direito so/re a massa, para do mesmo /arro faer um !aso para honra e outro, para desonra3 ue diremos, pois, se$eus, "uerendomostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os!asos de ira, preparados para a perdi.ão, a fim de "ue tam/%m desse a conhecer as ri"ueas

da sua glória em !asos de misericórdia, "ue para glória preparou de antemão, os "uaissomos nós, a "uem tam/%m chamou, não só dentre os judeus, mas tam/%m dentre osgentios3* @Tm W1H&IHC $esse modo, "uer a finalidade da pessoa seja a reden.ão "uer seja a perdi.ão, permanece o propósito de "ue ela % criada para a justa manifesta.ão gloriosa dagra.a ou da ira de $eus Essa pessoa tem seus próprios o)etivos em rela.ão ao propósito de$eus e 6 sua finalidade eterna

= termo

 Ouitos termos e e$pressões são usados no Antigo e no Hovo Teslaincii to para designar o/jeti!o: note$to acima' (uando Paulo di#@

 para o alvo' a palavra usada * s[opos -gr. uma marca uscada' un3 obie tivo em vista3. + aTim!teo' ele escreve@ Henhum soldado em serviço se envolve em neg!cios desta vida' por(ue o seu

o)etivo -gr. hino, a fim dc (ue3 * satisfa#er Q(uele (ue o arregimentou -8Tm 8.K3. + o mestre dc Prov*rios di#@ A saedoria * o alvo -h.  paniLn, Q frente' diante de' face3 do inteligente' mas os

olhos do insensato vagam pelas e$treinidad-' da terra -Pv %J.8K3.

 Portanto' um o/jeti!o, no sentido usado em nosso traalho' * uni al voescolhido pelo movimentoracional&emotivo interativo daf%lha/ila.ão @& da esperan.aMimagina.ão +m relação Q

 f*?haitação' o o)etivo éum foco de lu# revelador de Deus ou de ,dolos@ 1ão os olhos a lmpada(k) corpo. 1e os teus olhos forem ons' todo o teu corpo será luminoso&' se' por*m' os teus olhos foremmaus' todo o teu corpo estará em trevas. Iloi tanto' caso a lu# (ue em ti há se)am tre!as, (ue grandestrevas serãoZ& I O % W.88'893. +m relação Q esperança&imaginação' o o)etivo * uma visão W1, ral da

realidade Q lu# desse foco.

PolanLi e Prosch a/rem as portas para a compreensão desta "uestão Eles diem "ue h2dois aspectos diferentes de consci'ncia de uma di@li realidade: a consci'ncia  focal e a

 susidiária. uando se usa um marteleC para pregar um prego, presta&se aten.ão aam/os, mas de maneiras diferentes, eles diem O/ser!a&se o efeito das pancadasso/re o prego en"uanto se segura o ca/o do martelo O sentimento não % o de "ue oca/o do martelo e(erceu impacto em minha mão, mas o de "ue a ca/e.a do martelo /ateu na ca/e.a do pregoF Segundo eles, o esta/elecimento de o/jeti!os % decorrente deuma escolha entre esses dois aspectos da cons, ci'ncia,  focal e susidiário. Essa distin.ãode PolanLi entre consci'ncia *focal* e *su/sidi2ria*, di $ - Uomes, pro!ou&seinteressante e frutfera l8 por"ue usa os termos de maneira pl2stica o /astante para co/rir um largo espectro de com/ina.es dos mo!imentos de<para @por e(emplo, da f% na

Pala!ra de $eus para minha esperan.a pessoalC e para mudar o modo como algu%m !'tanto as partes "uanto a totalidade compreensi!a 7odo ato epist'mico % umempreendimento "ue en!ol!e di!ersas indetermina.es de modo "ue a possi/ilidade de

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erro estar2 sempre presente -ontudo, não se pode reduir todo conhecimento 6su/jeti!idadeF, pois o homem age segundo a lu de uma re!ela.ão di!ina = acatando&a ourejeitando&a, como disse oão: *a sa/er, a !erdadeira lu, "ue, !inda ao mundo, ilumina atodo homem O Ker/o esta!a no mundo, o mundo foi feito por interm%dio dele, mas omundo não o conheceu Keio para o "ue era seu, e os seus não o rece/eram )as, a todos"uantos o rece/eram, deu&lhes o poder de serem feitos filhos de $eus, a sa/er, aos "uecr'em no seu nome* @o 1W1I8 !eja Tm 11X&AIC 9 escolha do o/jeti!o % sempre feitadentro de um conte(to espiritual&moral = isto %, diante de $eus ou diante do homem

Responsabilidade humana

O fato de "ue o homem % criado por $eus torna&o respons2!el diante do seu -riadorSo/retudo, o fato de "ue o homem foi criado com propósito e finalidade na depend'ncia$a"uele "ue % a fonte de sua !ida, respira.ão, am/iente e lu do seu conhecimento e suaconcentra.ão última torna&o respons2!el diante dos planos de $eus O contato ade"uado dohomem com a realidade depende de um contato com $eus, pois, como di o apóstolo

Paulo: *O $eus "ue fe o mundo e tudo o "ue nele e(iste, sendo ele Senhor dos c%us e daterra, não ha/ita em santu2rios feitos por mãos humanas Gem % ser!ido por mãos humanas,como se de alguma coisa precisasse8 pois ele mesmo % "uem a todos d2 !ida, respira.ão etudo mais8 de um só fe toda a ra.a humana para ha/itar so/re toda a terra, ha!endo fi(ado pre!iamente os limites de sua ha/ita.ão8 para /uscarem a $eus se, por!entura, tateando, o puderem achar, /em "ue não est2 distante de nenhum de nós8 pois nele !i!emos, e nosmo!emos, e e(istimos* @9t 1JIH&IXC

Por causa do pecado, o homem trocou a !erdade de $eus por sua própria *!erdade*@estultcia e injusti.aC, rece/endo em retomo a manifesta.ão da ira de $eus 9 partir da,o homem come.a a esta/elecer o)etivos temporais e mó!eis em !e de focaliar esses

o/jeti!os em $eus e na !ida eterna ; /om "ue fa.amos a"ui um outro coment2rio acercade Tomanos 11B&I0 O e!angelho não era moti!o de !ergonha para o apóstolo Paulo por"ue significa!a para ele o poder de $eus para a sal!a.ão, !isto "ue se /asea!a na f%Sua esperan.a de "ue a !erdade de $eus fosse a realidade da !ida fica!a patente por causa do chamado da pala!ra de $eus 6 "ual ele ha!ia atendido e por causa da !erdadeaparente para todo homem, mesmo "ue os homens sem -risto a !issem como "ue onegati!o de uma fotografia refletida de ca/e.a de ponta&ca/e.a num espelho em/a.ado

-onforme o testemunho do próprio Paulo, desde os seus primeiros dias ele haitounum profundo senso de autojusti.a, o "ual lhe foi passado pela religião dos seus pais, como disse: *se "ual"uer outro pensa "ue pode confiar na carne, eu ainda mais:circuncidado ao oita!o dia, da linhagem de srael, da tri/o de >enjamim, he/reu de he/reus*@<p %K'L3. Em sua imaginação ele !ia essa justi.a totalmente cumprida na e(cel'ncia dalei, o "ue moldou "uem ele ha!eria de ser, sentir e faer: *"uanto 6 lei, fariseu, "uanto aoelo, perseguidor da igreja8 "uanto 6 justi.a "ue h2 na lei, irrepreens!el* @!s R,BC-ontudo, "uando a caminho de $amasco para dar ca/o aos intentos maus do seucora.ão, Paulo te!e a !isão mais preciosa de toda a sua !ida 9lgo "ue mudou o lugar de sua haitação. 9o ou!ir a !o do Senhor dier: *Saulo, Saulo, por "ue me persegues3* e *Eu sou esus a "uem tu persegues* @9t S. % &3' ele perce/eu a !aidade desua imaginação@ colocando a ' fé do seu cora.ão, idolatramente' na justi.a da lei, e portanto, nas o/ras da carne, ou justi.a própria, ele ha!ia transportado sua esperança daglória de srael para a sua própria glória O o/jeti!o de sua !ida se tornou perseguir aigreja do $eus "ue deu a lei e "ue chamou srael

9 transforma.ão do seu cora.ão foi radical, mudando o mo!imento da f% em rela.ão aoseu o/jeto Ele ad"uiriu uma no!a !isão das coisas de $eus e do mundo: *São israelitas

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Pertence&lhes a ado.ão e tam/%m a glória, as alian.as, a legisla.ão, o culto e as promessas8deles são os patriarcas, e tam/%m deles descende o -risto, segundo a carne, o "ual % so/retodos, $eus /endito para todo o sempre 9m%m5* @Tm WH,RC 9ntes ele haitava na justi.ada lei e imaginava "ue, perseguindo a igreja, esti!esse ser!indo a $eus $epois, ele passou a haitar na justi.a da gra.a de $eus mediante a f% = *Pois não me en!ergonho doe!angelho, por"ue % o poder de $eus para a sal!a.ão de todo a"uele "ue cr', primeiro do judeu e tam/%m do grego8 !isto "ue a justi.a de $eus se re!ela no e!angelho, de f% em f%,como est2 escrito: O justo !i!er2 por f%* @Tm %.%W'%J3 < e a imaginar como seria ser!ir a$eus e não aos homens: *Por!entura, procuro eu, agora, o fa!or dos homens ou o de $eus3Ou procuro agradar a homens3 Se agradasse ainda a homens, não seria ser!o de -risto<a.o&!os, por%m, sa/er, irmãos, "ue o e!angelho por mim anunciado não % segundo ohomem, por"ue eu não o rece/i, nem o aprendi de homem algum, mas mediante re!ela.ãode esus -risto* @U 1 10& 1IC sso mudou, tam/%m, o seu amor em rela.ão a $eus e aoshomens: o perseguidor se dei(ou perseguir por amor do e!angelho de -risto e at% ;1 I!

aS I M s e e a % L ,  dei(ar gastar %#- ai*#- dos escolhidos Os o/jeti!os de Paulo setornaiai claros e consumidores *)as longe esl%ja de mil gloriar&me, senao na cru denosso Senhor esus -risto, pela "ual o mundo est2 crucificado para mim, e eu, para o

mundo* @U B1HC

>inalidade

 Minalidade * um dos pontos marcantes da psicologia adleriana. Rudolph R. Drei=urs' discorrendo sore isso' di# (ue somente a atitude de uma pessoa em face de um prolema social não pode ser adeterminante do desenvolvimento do seu caráter' mas (ue há' tam*m forças inatas (ue governam o seucomportamento' de modo (ue podemos esperar apenas certas modificações de personalidade emresposta ao condicionamento amiental. Contudo' a atitude (ue algu*m adota em relação ao seu amien&te ainda na primeira infncia terá grande influ5ncia no seu pensamento teleol!gico' isto * noso)etivos de vida ou alvos pessoais. Para Alfred Adler' todos os seres vivos t5m o)etivos' alvos' e *&nos imposs,vel entender atos e comportamentos a menos (ue conheçamos os alvos da pessoa. Por (ue

uma pessoa age de certa maneira4 Cria&se (ue as impressões eram transmitidas ao corpo por meios dos !rgãos sensoriais' e depois' indiretamente' por processo ou refle$o cereral' a ação eralierada. Mreud foi o primeiro a descartar a id*ia da origem fisiol!gica da ação' sustituindo&a por umaorigem psicol!gica' mas ele estava sendo enganado pela lei da causalidade ao uscar no passado ae$plicação para o comportamento humano; Adler disse (ue a motivação de toda ação humana está noo)eto' alvo ou finalidade da ação.

Cremos sim' (ue o o)etivo' como finalidade' desempenha papel primário da determinação do estiloe das ações de uma pessoa. Hão cremos' contudo' (ue se)a uma finalidade apenas hori#ontal' (uer di#er'individual' social. A finalidade da f* * primariamente vertical' um movimento para cima' para otranscendental a fim de encontrar significado para o imanente e para o relacional. A finalidade da

esperança * o retorno desse movimento vertical para o encontro do movimento hori#ontal da segurançana(uilo (ue * imanente e (ue * relacional. Assim' a pessoa olha primeiro para cima' segundo sua f*' e haita ou na presença do 1enhor ou na reelião (ue move a sua fuga dele para os ,dolos dereposição; então' segundo sua esperança em Deus ou no ,dolo (ue o sustitua' imagina o em ou omal (ue lhe reserve a realidade; da,' desses primeiros movimentos' a pessoa deriva seu o)etivo e seuestilo de vida.

 Ambiente

 Deus * o amiente do honen. X crente considera a sua revelaça-3' (uem Deus * e (ual * o seu prop!sito' a fim de autenticar sua e$lslYii-&i;i nos planos de Deus@ Agrada&te do 1enhor' e ele satisfará os dese)os -3 teu coração. +ntrega o teu caminho ao 1enhor' confia nele' e o mais ele fará -1%9J.K'L3. " incr*dulo' por sua ve#' formula seus pr!prios

!os "ue autenti"uem sua e(ist'ncia e supram suas necessidades: @1C afiro para crer # transcendente o suficiente para cuidar das coisas fora do Co[ 1 trole humano e imanente

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 /astante para não fugir ao seu controle # "ue o proteja de $eus e @IC um sis tema de!alores e de moti!a.ão pelo "ual so/re!i!a no am/iente falsificado de seu mundo perce/ido

" -atecismo )aior de Yestminster pergunta@ 7ual o principal emais alto fim do homem4 + responde@" principal e mais alto fim do homem * glorificara Deus e go#á&lo para sempre -PR %3. U5m doap!stolo Paulo duas das mais em colocadas declarações (ue nos levam a crer nessa finalidade. +le di#@ Por(ue dele' e por meio dele' e para ele são todas as coisas. A ele' pois' a gl!ria eternamente. Am*mZ -Rm %%.9W3; e@ ... (uer comais' (uer eais ou façais outra coisa (ual(uer' fa#ei tudo para agl53 ria de Deus -% Co %X.9%3.

6lori?ca'ão de Deus

>loriar&se em Deus vai al*m da noção atual de dar gl!rias e louvar' entendida apenas comocultuar com hinos e orações calorosas conhecidas como de poder. >lorificar a Deus se refere Qcriação do homem Q imagem do Criador e Q vocação graciosa de espelhá&lo; e go#á&lo se refere Q satisfação grata de ser como ele *' isto *' santo@ 1ede santos...& Uan Til di# (ue' falando de modo

mais t*cnico' essa * uma discussão sore o conceito de *tica cristã' cu)as (uestões recaem em tr5sdivisões@ 7ual o o)etivo (ue deveriam ter os atos do cristão4 7ual o padrão (ue deveria nortear suasações4 7ual o motivo (ue impele o homem ao seu o)etivo4 A oa teologia responde a essas (uestõescom a proposta do summum /onum acima mencionado' isto *' glorificar a Deus e go#á[lo para sempre. \ primeira (uestão' ela responde di#endo (ue os atos do cristão deveriam uscar areali#ação do reino de Deus e a sua )ustiça. \ segunda (uestão' ela responde di#endo (ue paraalcançar esse o)etivo ele deve se pautar pela revelação da +scritura. +' Q terceira (uestão' elaresponde di#endo (ue a oservncia e$terior do padrão cristão * insuficien  te, sendo necess2rio "ueo moti!o dos atos e a.es pro!enham de f%, a "ual só pode ser dada por $eus Em tudo isso,su/ja a pressuposi.ão da trindade ontológica, da cria.ão causal, da re!ela.ão direta nanaturea e na Escritura e do conhecimento e(perimental da regenera.ãoF

Para >arth, di Kan 7il, o al!o da %tica reside no mundo "ue est2 por !ir e não %

alcan.2!el no presente, pois a >/lia não cont%m nenhuma re!ela.ão direta para a.ão nem para cren.a 9ssim, a !isão de >arth  summum onum do homem % a de "ue seu al!o estar2sempre no mundo por !ir, seguindo o seguinte raciocnio: nós não /uscamos a $eus nem a-risto nem ao e!angelho, mas, antes, somos /uscados para uma esperan.a escatológica, isto*' o reino de $eus 9ssim, de!eramos colocar nosso al!o %tico no reino de $eus, no por!irSeu pensamento parece piedoso, mas h2 a"ui uma nega.ão do poder de $eus, pois "uando oe!angelho do reino nos alcan.a, rece/emos o dom da %tica, o "ual % chamado de dom da gra.aE esse dom da gra.a de!eria ser rece/ido com gratidão, a "ual % a súmula da o/edi'ncia "ueagrada a $eus >arth, não crendo numa re!ela.ão direta "ue de!a ser o/edecida, di "ue não h2"uem seja grato e li!re, pois isso seria concordar com a doutrina agostiniana da analogia entis;a rela.ão de $eus com o homem não pode ser /aseada num dom original de "ual"uer "ualidadeno homem Portanto, a imagem de $eus pela "ual podemos ser e agir como $eus % algoescatológicoR

Gratidão

9 gratidão, certamente, est2 no cerne da "uestão %tica, mas, em nossa opinião, designa uma"ualidade emocional @so/re o "ue !oltaremos a discutirC madura e e"uili/rada manifestada norelacionamento /i/licamente correto do homem com $eus -ertamente, a gra.a de $eus % o ponto de partida desse relacionamento E essa gra.a, "ue englo/a o fa!or imerecido, % o

mo!imento de $eus na dire.ão do homem "ue ele criou 6 sua imagem, a fim de transmitir&lhe o /rilho do seu car2ter, como est2 escrito: *Por"ue $eus, "ue disse: $as tre!as resplandecer2 alu, ele mesmo resplandeceu em nosso cora.ão, para ilumina.ão do conhecimento da glória

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de $eus, na face de -risto 7emos, por%m, este tesouro em !asos de /arro, para "ue ae(cel'ncia do poder seja de $eus e não de nós* @I-o HBC Uratidão % uma e(pressão emocionalrespondente 6 gra.a de $eus, e(ercitada pela f% na ha/ita.ão da pala!ra de -risto em nossocora.ão, pela "ual temos a esperan.a de um relacionamento com $eus e com os irmãos, comotam/%m est2 escrito: *4a/ite, ricamente, em !ós a pala!ra de -risto8 instru&!os e aconselhai&!osmutuamente em toda a sa/edoria, lou!ando a $eus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais,com gratidão, em !osso cora.ão* @-1A1BC

 Gosso o/jeti!o maior, portanto, de!eria ser o de glorificar a $eus e go2&lo agora e parasempre Vm o/jeti!o cujo al!o est2 no por!ir, sim, mas cuja mira est2 no presente 9 únicamaneira de se atingir o al!o % mediante o assestamento ade"uado da mira Se o nosso o/jeti!ofuturo não determinar os nossos al!os presentes = se a nossa reden.ão futura não determinar areden.ão do nosso estilo de !ida presente = falharemos "uanto ao propósito da santifica.ãosso % o "ue Paulo escre!eu aos filipenses: *)as o "ue, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de -risto Sim, de!eras considero tudo como perda, por causa da su/limidade doconhecimento de -risto esus, meu Senhor8 por amor do "ual perdi todas as coisas e asconsidero como refugo, para ganhar a -risto e ser achado nele, não tendo justi.a própria, "ue procede de lei, senão a "ue % mediante a f% em -risto, a justi.a "ue procede de $eus, /aseada na

f%8 para o conhecer, e o poder da sua ressurrei.ão, e a comunhão dos seus sofrimentos,conformando&me com ele na sua morte8 para, de algum modo, alcan.ar a ressurrei.ão dentre osmortos* @<p AJ&11C

!bjetivos ade@uados

Vm /om o/jeti!o para o ser humano % a"uele "ue % marcado por e(pressão e não por necessidade, e cuja realia.ão % poss!el e est2 ao alcance, so/ controle *Por e(pressão* significa "ue o o/jeti!o surge da resposta de f% do cora.ão humano ao

mo!imento da gra.a de $eus para re!ela.ão de sua glória, e *por necessidade*,"ueremos significar a mudan.a do foco principal da glória de $eus para o focosu/sidi2rio da nossa própria glória entendida como o suprimento do "ue julgamosser nossa necessidade $esse modo, "ual seria um /om o/jeti!o3 <elicidade3 Elanão est2 so/ controle Ti"ueas3 São coisas "ue as tra.as e a ferrugem corroem e osladres rou/am @)t B1WC -asamento3 $epende do outro Perfei.ão3 Vma só falhae j2 não % poss!el mant'&la O "ue, então3 9 resposta %: os o/jeti!os a seremesta/elecidos são propostos por $eus em seus graciosos mandamentos e promessas8todos os o/jeti!os não&control2!eis pelo ser humano são postos para frustra.ão Oentendimento do termo *o/jeti!o* como usado a"ui de!e ficar claro a fim de "uetodo o processo tam/%m fi"ue claro Primeiro, uma diferencia.ão: o/jeti!o, emrela.ão a $eus, significa seu propósito8 em rela.ão ao homem, significa o anseio priorit2rio uando a Pala!ra de $eus di: *9grada&te do Senhor e ele satisfar2 osdesejos do teu cora.ão Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais elefar2* @S1AJH,RC, est2 faendo e(atamente esta distin.ão: agrade&se do o/jeti!o@propósito e caminhoC do Senhor e ele satisfar2 os o/jeti!os @anseiosC do seucora.ão

 Ho te$to de Milipenses 9.%8&%K Paulo fe# uma diferenciação. +le não )ulgava (ue )á tivesse receido

nem otido a perfeição. 7uem deveria ter o o)etivo da perfeição do homem4 Certamente' não oap!stolo Paulo. 1! Deus * perfeito e s! ele pode ter o o)etivo poss,vel e manipulável de tornar o homem perfeito pelo dom da graça. De outro modo' (ual teria sido a necessidade de Cristo ter morrido por 

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n!s4 De (uem viria a vocação4 De (uem o pr5mio4 Certamente' de Deus em Cristo. " (ue * poss,vel para Deus' isto *' tomar Paulo perfeito em Cristo -cf. v. %83' * imposs,vel para Paulo. 7ual' então' o o)etivode Paulo4 Certamente' es(uecer&se das coisas (ue ficam e prosseguir para o alvo' oediente Q vocação'com fidelidade -cf. v. %93.

" o)etivo de Deus para a nossa vida deveria ser o nosso maior dese)o' mas somente poderá ser o seu o)etivo. A isso chamaremos de finalidade. Momos criados por Deus' pela graça' e nossa finalidade * a de responder em f* Q sua atração e chamado. Hossa esperança real ista consisteem imaginar a revelação de Deus < pensar os pensamentos de Deus na sua Palavra < a fim de oconhecer e Q sua imaginação criadora de modo receptivamente criativo e ativamente redentivo.

9 longa lista dos heróis da f% est2 repleta de e(emplo de homens emulheres "ue ha/itaram na f% cristã e imaginaram a !ida segundo a esperan.ae!ang%lica Seus atos e a.es presentes, s2/ios e respons2!eis, fo ram moti!ados pelo o/jeti!o "ue ti!eram aL EdQard 9dams di: *Ga !erdade, as narrati!assintetiadas em 4e/reus 11 dei(am claro "ue os santos not2!eis alimencionados o/ti!eram todos o poder de agir de maneira significati!a no

 presente, e(atamente por"ue se tinham !ol!ido para o futuro O princpio //lico %"ue somente a perspecti!a a longo termo % capa de fundir os propósitos e al!osem curto prao, perfaendo um padrão total cheio de significa.ão $eus % o 9lfa eo mega, e esus -risto, seu <ilho, % a"uele "ue % o mesmo ontem, hoje eeternamente*F

 A FÉ/ESPERANÇA DE ABRAÃO: IMAINANDO O MEDO

 Ha verdade' não dever,amos ter outro o)etivo senão a(uele ao (ual fomos chamados. " relato dochamado de Araão' em >5nesis %8.%&' não nos di# como Deus se revelou ao pai da f*. H!s' (ue ho)etemos a Palavra escrita' ainda nos apanhamos pensando como sugeriu o diao a +va@ assim (ue Deus

disse4 ->n 9.%3' ou@ 1erá (ue ele disse4 " (ue temos por certo % (ue a +scritura di# (ue' diante domando de Deus@ 1ai da tua terra' da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra (ue temostrarei ...... Araão partiu como lhe ordenara o 1enhor. " escritor de :ereus di# (ue Araão'(uando chamado' oedeceu a fim de ir para um lugar (ue devia receer por herança sem saer paraonde ia' e (ue peregrinou pela terra da promessa' haitando em tendas' por(ue havia colocado suaesperança numa cidade cu)os fundamentos tinham sido postos por Deus -: %%.%X3. A f* de Araão não se originava da e$peri5ncia e$istencial apreendida da comunhão com Deus' mas da graça manifestadana revelação de si mesmo e da sua vocação. +ra a f* evang*lica ->I %'S3. " chamado de Deus para ser uma 5nção lhe era o pr!prio significado da vida' isto *' glorificar a Deus e go#á&lo no seu presente eno porvir o seu o)etivo focal' primário. " mandamento para aençoar toda a terra era o seu paraonde seu o)etivo susidiário -ve)a : W.%9&%W3. Deus lhe falou. Deus o chamou. Araão' por suave#' haitou com Deus e respondeu com f* Q manifestação da graça. 1ore esse fundamentotranscendental e teleol!gico -do alto e para o futuro3 ele depositou sua esperança' e imaginou (ue valeria

a pena haitar em tendas como peregrino em terra alheia. 7uando )á em seu movimento de f*?haitaçãoem Deus e em 1ua palavra' e de esperança?imaginação em relação Q realidade presente' chegou Araão Qterra de Canaã -h. [anaan, com*rcio' neg!cio3' ao lugar chamado 1i(u*m -h. She[em, harmonia'aprovação' concordncia3' ao carvalho de Oor* -h. )oreh, ar(ueiro' instrução3. 1em (uerer dar valor asoluto aos significados dos nomes dos lugares' esses descrevem em o prop!sito de Deus para Araãoem relação ao curto e ao longo pra#o@ reali#ar na terra os seus neg!cios em plena harmonia com sua palavra e com sua suficiente aprovação' não perdendo de vista a herança eterna. +ntre Ai' a casa daru,na e Betel' haitação do 1enhor' o pr!prio 1enhor lhe apareceu e assegurou a promessa e Araãohaitou com ele e o adorou." relato continua' di#endo (ue Araão seguiu dali para o sul' motivado pela fome (ue havia na terra' echegou at* o +gito. " relato não di# (ue ele tenha se desviado do alvo focal de sua vocação (uandodesceu para o +gito' mas a sua e$peri5ncia ali mostra (ue ele não cumpriu as intenções do alvo susidiário. Conto a vocação de ahrnçoar os outro  

 '  decorre da vocação para ser unia 5nção'

 podenios ' dedu#ir (ue isso tenha ocorrido. Araão poderia ter ficado na terra dos seus pais' caso nãotivesse receido a ordem divina. Contudo' uma ve# (ue foi tirado das trevas da descrença e (ue teve os

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olhos aertos para a lu# do seu caminho' deveria ter permanecido nele. Deveria ser peregrino e forasteiro da terra' haitando em tendas temporais para cumprir a vontade do 1enhor de refletir  sua imagem' mas na certe#a de )á haitar na morada eterna da imagem de Deus' para a (ual foiredimido por meio da promessa do seu descendente' Cristo. Calvino' no seu comentário da +p,stola aos :ereus' di# (ue não podemos duvidar (ue houvesse uma ra#ão competente para (ue Araão sa,ssedo lugar onde o 1enhor e ele haviam feito um pacto de haitação. Certamente' esse pacto di#ia respeito

Q sua vocação de haitar no 1enhor de ser peregrino e forasteiro na terra de sua andança. Ha terra'como di# Paulo' n!s não temos morada certa -lCo K.%%3. "nde (uer (ue fosse' Araão deveriae$ercitar seu culto interior e e$terior ao Deus (ue o havia elegido' espelhando ao mundo a gl!ria do1enhor. :avia fome na terra' e Araão seguiu para cumprir sua responsailidade de traalhar e de sustentar os seus. Assim' a ra#ão principal de Araão não ter sido uma 5nção no lugar para onde foi' não* (ue sa,sse de um dado lugar' mas' sim' (ue dei$asse o foco principal da f*?esperança' imaginandotemores de homens em ve# de confiar na segurança do 1enhor./ " prolema * (ue ele mudou sua f*?esperan&ça da pessoa de Deus para a segurança de uma meia&mentira. Oas será (ue e$iste uma meia&verdade4ma folha de papel rasgado não se desdora em duas folhas' mas são duas partes rasgadas. A haitaçãono temor de Deus foi trocada pela haitação no temor de homens. A adoração de Deus foi sustitu,da pela f* no ,dolo da mentira. Araão imaginou (ue a apar5ncia formosa de sua meia&irmã e esposa ser&lhe&iauma ameaça em face do poss,vel interesse dos eg,pcios' e teve temores de morte e de ci0me. 7uando viu(ue sua imaginação se cumpria' trocou a segurança da esperança realista no 1enhor pela esperança

romntica numa mentira. 1ua imaginação estava errada' como mostra o desfecho da hist!ria' (uando o fara!o repreende' di#endo (ue (uase fora indu#ido ao pecado por a(uele (ue deveria ser uma 5nção.

9/raão esta/eleceu seus próprios o/jeti!os a fim de suprir suas necessidades detranscend'ncia e iman'ncia, e de conhecimento e significado, por meio de controle

@*mentirei*C, por meio de autoridade @*minta em meu fa!or*C, e por meio de  presença@*para "ue não me matem e dei(em&lhe com !ida*C <aendo isso, ele não amounem a $eus nem ao pró(imo @sua mulher e faraóC $eus, por%m, % a"uele "ue est2 nocontrole, "ue tem autoridade e "ue est2 presente 9 su/stitui.ão "ue faemos se chamaidolatria Se agirmos assim, cada !e "ue seu al!o não for alcan.ado, por "uais"uer 

raes, sofreremos ansiedades Se, contudo, nossa f% ha/itar no conhecimento de "ue ocontrole não est2 nas nossas mãos, mas nas mãos $eus8 se em nossa esperan.aimaginarmos "ue a autoridade de $eus % justa e /en%fica, então nosso o/jeti!o ser2esta/elecido por e(pressão e não por necessidade O/ser!e "ue não se trata denecessidades reais, pois destas $eus promete cuidar esus disse "ue $eus !aloria a!ida so/re os alimentos e as !estes 9 a!es e as plantas são cuidadas pela pro!id'nciadi!ina tanto "uanto ao sustento "uanto 6 /elea da !ida Gão % o tra/alho humano "uegera seguran.a, mas a gra.a de $eus pro!endo for.a e generosidade Ga !erdade, diesus, o al!o focal do homem sem $eus % a so/re!i!'ncia, e o al!o su/sidi2rio, seu próprio tra/alho, conforme ele imagina em seus !ãos pensamentos )as o homem de$eus age em f%Mesperan.a, sa/edor "ue * de "ue $eus conhece tudo, at% suasnecessidades, e imagina "ue ir2 suprir cada uma delas "uando elas forem reais O

seu al!o focal % /uscar, primeiramente, o reino de $eus e a sua justi.a, certo de "ue asdemais coisas lhe serão acrescentadas 9ssim como para 9/raão os dias guarda!am osseus cuidados, e ele não de!eria ter&se preocupado com o mal, e(ceto em não pratic2&lo, assim % conosco Gão de!eramos reagir temendo os homens nem o amanhã,mas agir de modo a agradara $eus @)t RIR&AHC

9"ui % "ue entra em cena a gratidão <icamos ansiosos "uando suspeitamos da /ondade de

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$eus em agir a cada dia segundo sua fidelidade e, por isso, ficamos ansiosos 9 ingratidão% um deri!ati!o emocional do senso de injusti.a Pode ser at% "ue, no caso de 9/raão, elatenha surgido da ira @um sentimento de "ue alguma injusti.a tenha sido cometidaC por causa da fome "ue grassou a terra e "ue o afligiu Por"ue creu no seu cora.ão @f%C "ue$eus não lhe seria /om, nutriu a e(pectati!a do mal @esperan.aC e criou uma situa.ão "ue justificasse a mentira @imagina.ãoC Esse dese"uil/rio da f%Mesperan.a "ue pro!oca uma falsa percep.ão da realidade % um mo!imento emocional esus, falando aos discpulos so/re osfariseus e a "uestão do s2/ado, di: *9mai, por%m, os !ossos inimigos, faei o /em e emprestai,sem esperar nenhuma paga8 ser2 grande o !osso galardão, e sereis filhos do 9ltssimo Pois ele% /enigno at% para com os ingratos e maus @c BARC E Paulo escre!eu a 7imóteo: *pois oshomens serão egostas, a!arentos, jactanciosos, arrogantes, /lasfemadores, deso/e  dientes aos pais, ingratos, irre!erentes, desafei.oados, implac2!eis, caluniadores, sem domnio de si,cru%is, inimigos do /em, traidores, atre!idos, enfatuados, mais amigos dos praeres "ue amigosde $eus* @I7m AI&HC

E A6!RA4 !/BC

os%, a personagem mencionada no incio do captulo, ficou hospedada em nossa casa por um /om perodo a fim de ser aconselhado -on!ersamos so/re sua situa.ão, a "ual não poderia ser mais sofrida Esta!a en!ol!ido com o consumo de drogas, tendo j2 arruinadotodos os relacionamentos pessoais Gão "ueria parar Gem tentar Gada significa!a para elea destrui.ão do seu próprio corpo, da sua mente, da famlia, das amiades Gem tinha perspecti!ade melhora de !ida, estudo, emprego, etc Em poucas pala!ras, não ha!ia nenhuma moti!a.ãouando perce/i isso, perguntei&lhe, cuidando de e(plicar o moti!o honesto e amoroso da"uestão:

 – os%, se nada e(iste "ue lhe seja importante senão os falsos instantes de *praer* "ue asdrogas parecem oferecer = at% essas j2 esta!am se tornando, para ele, em fontes de

frustra.ão = para "ue aceitar a perman'ncia num lugar, aparentemente, sem "ual"uer esperan.a para !oc'3

 = Sua honestidade =, ele murmurou

9li esta!a algo importante: um indcio para se chegar 6 sua moti!a.ão, ao seu o/jeti!o, eum ponto de apoio no processo de aconselhamento

 – Koc' parece frustrado com a falta de honestidade das pessoas

 Gas sesses "ue se seguiram am/os desco/rimos "uanta moti!a.ão pode e(istir, at%mesmo para os "ue tentam ser indiferentes 6s pessoas e 6 realidade Sua irmã o ama!a, esta!a

certo disso )as não "ueria "ue esse amor o prendesse, *para não sofrer mais uma !e*9inda "ue o pai e a mãe tam/%m o amassem, ha!ia muita insinceridade e egosmo nessetipo de amor *Pessoas machucam*, ele disse 9 certa altura do aconselhamento, ele dei(ou "ueeu !isse um pouco do seu cora.ão:

 – <ico triste "uando penso de terei de ir em/ora "ual"uer dia desses = <ico tam/%m, os% = respondi com uma entona.ão "ue era um con!ite para uma e(plica.ão

 = Ser2 "ue isso % !erdadeiro3

9 dor "ue os% sentia dentro de si era como a dor causada pela pele *arranhadaarranhada at% o sangue* -on!ersamos so/re essa dor "ue não o a/andona!a 9

insensi/ilidade causada pelas drogas só lhe traia a e(pectati!a dos momentos de so/riedade = ou de a/stin'ncia = cheios de tristea e de desesperan.a, caractersticos da depressão

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 = ual a dor maior "ue !oc' j2 sofreu na !ida3 O "ue !oc' não gosta ria dee(perimentar de no!o3

Ele demorou um pouco para responder *7inha de pensar* )as "uandorespondeu, pareceu "ue urna lu ha!ia surgido nas tre!as da dor

 = <oi o dia em "ue /riguei com o meu pai Eu esta!a *meio chumado < e(pressão paradescre!er a e(peri'ncia com drogas = e tentei sair de casa >ati a porta, e escutei um somde coisa se "ue/rando e, imediatamente, um miado estridente Eu tinha arre/entado a ca/e.a domeu gato Ele esta!a ali, no chão, com a ca/e.a a/erta 7entei cuidar dele passei rem%diomas ele morreu

9 maior dor: um gato ue ironia5, pensei )as não ha!eria de ser um gato Era umaimagem, uma informa.ão 6 "ual nem ele mesmo tinha acesso, mas "ue me a/ria as portas paraentender a sua dor

Vma manhã, "uando juntos estud2!amos o E!angelho de oão, os% fe uma

da"uelas pausas "ue re!elam um insight' e disse:

 = Eu não posso crer "ue esus seja $eus 7al!e ele nem tenha e(istido Por "ue eu creria"ue ele % o <ilho de $eus se a própria >/lia di "ue $eus o entregou 6 morte3

 Ga se"?'ncia do estudo, mostrei ao os% "ue era e(atamente ali "ue esta!a osignificado de tudo ue nada ha!ia de mais pessoalmente amoroso do "ue $eus entregar seu próprio <ilho para morrer em nosso lugar, a fim de "ue !i!'ssemos Especialmente por"ue $eus Pai e o <ilho são uma só pessoa com o Esprito, e "ue, assim, $eus era o justo jui, o ad!ogado e o "ue sofria a justi.a por causa do culpado esus era $eus, por isso poderia pagar o alto pre.o da nossa reden.ão E era homem, e por isso poderia se oferecer como pagamento dos nossos pecados O único "ue poderia !i!er após esse sacrifcio5 Eressuscitaria para !i!er conosco, para ha/itar conosco5

 Gesse mesmo dia, os% contou algumas coisas de sua !ida -ontou como o pai, /'/ado, entrou uma !e em casa, gri tando com a esposa =diendo: *Olha "ue eu não estouem mim Estou /'/ado Pensa "ue sou fraco3 uando /e/o !iro homem5*= e como ele ha!iaficado encolhido num canto da casa -ontou, tam/%m, como, após incidente com o pai e oacidente com o gato, ele tinha sado de casa, disposto a *entrar nas drogas* E, entreoutras coisas mais, contou ainda como os *amigos* "ue tinham facilitado a sua !iagem nomundo do !cio, se tornaram seus perseguidores, em /usca de mais dinheiro ou de mais*mercado* para o seu negócio sujo

 Goutra oportunidade, ainda estudando o E!angelho de oão, paramos para con!ersar so/re o dito de esus: *Gingu%m pode ser!ir a dois senhores* -on!ersamos so/re o senhoriode $eus e o senhorio das drogas

 – ; uma "uestão de se colocar a f% em $eus ou nas drogas8 de se esperar em $eus ounas drogas = eu disse, ao "ue ele respondeu:

 – O mundo não * assim como !oc' pensa Eu ainda acho "ue o amor de $eus foi umae(peri'ncia horr!el para esus, e "ue a !ida % desse jeito: "uem ama sofre, "uem não ama sofre9 gente tem de faer a própria !ida "uerendo estar perto de pessoas, mas sa/endo "ue elas,mais cedo ou mais tarde, trairão !oc'

 Ga"ueles dias chegamos a algumas concluses os% = os muitos jos%s dentro de todos nós = 

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ha!ia chegado a um ponto crucial: seu o/jeti!o de !ida @de /uscar autentica.ão para si mesmoem "ual"uer referencial e(ternoC era /oicotado pela sua própria autonomia @amar a si mesmoantes de todas as coisasC Sem f% em $eus e sem lugar onde faer ha/itar seu cora.ão8 semesperan.a num mundo de mis%ria e imaginando ingratidão e medo, ele só poderia ter um o/jeti!o:fugir para um mundo onde a realidade não fosse enfrentada *Gão h2 honestidade*, ele diia,em !e de dier: *$eus % a !erdade honesta*8 *o amor machuca* em !e de dier: *o amor sofre pelo pró(imo com $eus Pai sofreu pelo <ilho e como o <ilho sofreu por nós* )as ele"ueria ser feli

Tesumindo, a"uilo "ue uma pessoa cr' em seu cora.ão @f%Mha/ita.ãoC, processado pelae(peri'ncia @esperan.aMimagina.ãoC, esta/elece o/jeti!os para a sua !ida Vma !eesta/elecidos os al!os, os mo!imentos do cora.ão @emo.ãoC organiam estrat*gias com afinalidade de atingi&los Elas podem ser entendidas como a parte funcional e semântica dadinâmica emocional, como justifica.ão e descri.ão pr2ticas da teoria

ES7T97;U9S

 os* e eu dispusemos )untos de muitas oas horas. Pouco a pouco ele foi descreven docomo tinha perceido o mundo como um sistema egoc5ntrico e imaginado (ue ele

e$istisse para satisfa#er suas pr!prias necessidades. 1e' numa integração metaf!rica' o alvo de os* tivesse sido' realmente' o de autenticar a pr!pria vida sem um padrão e$terno e ser  feli# amando a si mesmo' ele deveria ter estaelecido uma )ustificativa para isso. Algocomo' por e$emplo@ Oeus pais teriam de ter cuidado da minha felicidade' portanto' ser feli#deveria ser minha prioridade' e a fim de ser feli#' eu tenho de . " (ue (uer (ue

 preencha a lacuna descreveria sua estrat*gia. A hist!ria do seu coração -a hist!ria imaginada3logo e$iiria padrões (ue evidenciariam esses detalhes.

 Ga"uele dia em "ue con!ersamos so/re sua história, os% falou so/re a lem/ran.a maisantiga "ue tinha da !ida: era uma imagem t'nue de um lugar /ranco diludo numan%!oa e sua mãe o entregara a uma pessoa "ue, a seguir, o le!ara para longe dela Vma!e, "uando falou com mãe so/re isso, ela esclareceu "ue tal!e ele se lem/rasse daocasião em "ue foi operado das amgdalas8 ela o ha!ia le!ado para o hospital e entregueao pessoal m%dico -oisa r2pida, ela disse8 *e depois da opera.ão, nós lhe trou(emossor!ete, "ue !oc' tomou com gosto* Entre tantas lem/ran.as "ue os% guarda!a,algumas delas come.aram a delinear um padrão 4ou!e a"uela !e em "ue ele saiuescondido com a /icicleta da irmã e sofreu um acidente Guma cur!a feita em muita!elocidade, escorregou no pedrisco do asfalto semino!o 9 perna *ficou ralada e cheiade pedrinhas* Go hospital, ele contou, a enfermeira la!ou sua perna e tirou cada pedrinha com o au(lio de uma pin.a sem se importar mui to com sua dor, masdepois, deu&lhe um sedati!o forte para "ue ele *se sentisse /em* $epois, !ieram o caso do pai /'/ado, do acidente com o gato, e então, o encontro com as drogas 2 tinha !isto seuscolegas de escola *pu(arem um /aseado* 9t% então, não ha!ia se decidido entre a

curiosidade e o medo 7antas histórias contadas: o rapa "ue se drogou e foi!iolentado, a menina "ue *pegou* 9$S por meio de uma seringa infectada, e o filho doa.ougueiro "ue morreu de uma o!erdose )as na"uele dia, algo mudou *oguei tudo

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 para o ar*, ele disse, *nem $eus poderia ter&me segurado 2 "ue não tinha nada a perder e "ueria mesmo uma !ingan.a, rou/ei uma FnotaF do meu pai, fui 6 pra.a onde o pessoalfica!a, e comprei um FnegócioF*

$a para frente, % f2cil de se imaginar O dese"uil/rio emocional de os% eraformado pela cren.a /2sica errada a respeito do significado da !ida @autonomiaC, pelaconse"?ente e(pectati!a do "ue o mundo lhe reser!a!a @dorC e pela resultante opera.ão deum plano *redentor* @al!ioC uando as tenta.es da carne, do mundo e do dia/o oatingiram e(atamente em sua fra"uea, ele não hesitou em seguir o caminho mais f2cil,isto %, a tend'ncia para o dese"uil/rio

&apas mentais

9s estrat%gias são organiadas pela integra.ão emocional da afei.ão da f%Mha/ita.ão processada pela esperan.aMimagina.ão e da afei.ão do amorMopera.ão, como um mapa de umtesouro escondido sso "uer dier "ue: @1C uma !e esta/elecidas cren.as /2sicas @ha/ita.ãoCe recriada so/re elas uma perspecti!a da realidade @imagina.ãoC # a pessoa, num processoanalógico ou metafórico, esta/elece al!os para suprir sua necessidade de iman'nciaM

transcend'ncia e de conhecimentoMsignificado8 @IC esses al!os são emocionalmente reintegradose esta/elecidos como afei.es su/sidi2rias de f% e esperan.a8 @AC a pró(ima integra.ão, dessano!a cren.a /2sica com a afei.ão do amorMopera.ão, organia estrat%gias, num processotam/%m analógico ou metafórico, para suprir a necessidade de relacionamento e de identidade

Se nossa ha/ita.ão esti!er em $eus e em sua justi.a, nossas necessidades de!erão ser,simplesmente, confiadas a ele, "ue j2 as conhece todas, como esus disse: *Gão andeis, pois, a indagar o "ue ha!eis de comer ou /e/er e não !os entregueis a in"uieta.es Por"ue osgentios de todo o mundo % "ue procuram estas coisas8 mas !osso Pai sa/e "ue necessitais

delas >uscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas !os serão acrescentadas Gão temais, ó pe"uenino re/anho8 por"ue !osso Pai se agradou em dar&!os o seu reino Kendei os !ossos

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 /ens e dai esmola8 faei para !ós outros /olsas "ue não desgastem, tesouro ine(tingu!elnos c%us, aonde não chega o ladrão, nem a tra.a consome, por"ue, onde est2 o !osso tesouro,a estar2 tam/%m o !osso cora.ão* @c 1IIW&AAC

9 estrat%gia di!ina para o crente % sempre a o/edi'ncia aos seus graciosos mandamentos e promessas Por causa do pecado, por%m, o homem centrado em si mesmo, cujo al!o prim2rio %sempre o da autonomia, escolhe o/edecer a outros senhores, ou seja, dolos e !oesfa/ricados pela sua imagina.ão Em sua estultcia, o homem centrado em si mesmo esta/eleceestrat%gias "ue o protejam do senhorio de $eus e "ue satisfa.am 6s suas necessidades perce/idas 7endo elegido para si mesmo al!os desti nados 6 frustra.ão, o homem centradoem si mesmo justifica e descre!e esses al!os por meio de estrat%gias idólatras

PoQlison di "ue todo homem % moti!ado pelo seu mestre ou senhor Vm moti!o, diele, % tudo o "ue nos mo!e, causa ou indu 6 a.ão )oti!os são a *fonte* causal da !ida,os al!os t%licos da !ida *9 maneira //lica de se faer o/ser!a.es no dia&a&dia %conforta!elmente descrita como o impulso e a tra.ão das moti!a.es humanas como perspecti!as complementares 9s psicologias tendem a colocar seu peso ora nos im pulsosora nos al!os* 9 idolatria, di ele, % *uma categoria conceituaC f%rtil e fle(!el* diferentedas a/stra.es e de e(plica.es não&//licas *9 no.ão da moti!a.ão apreende o impulso

interior e a orienta.ão por meio de al!os da naturea humana em seus fatores maisimportantes e atri/ulados 7odas as psicologias lutam com estes assuntos )as nenhumatem os recursos conceituais ade"uados para dar um sentido 6 cone(ão entre comportamentorespons2!el, um am/iente social formador e um cora.ão auto&enganoso e determinador da!ida*

Esses dolos asseguram o crente da possi/ilidade de manipula.ão e da manea/ilidade dos seusal!os São suas estrat%gias E uma !e "ue elas estejam esta/elecidas, ele se torna con!encidode sua falsa realidade e se utilia delas para cultuar as falsas promessas dos seus dolos *Osdolos definem /ons e maus caminhos de maneira contr2ria 6s defini.es de $eus Esta/elecemum lugar de controle preso 6 terra: em o/jetos @por e(emplo, um desejo incontrolado por 

dinheiroC, em outras pessoas @*preciso agradar meu pai, "ue % um crtico*C ou em mim mesmo@uma /usca autoconfiante de meus al!os pessoaisC Esses falsos deuses criam falsas leis, falsasdefini.es de sucesso ou de fracasso, de !alores e de estigmasF

9 partir do con!encimento dessas leis e falsas defini.es estrat%gicas, e da sua utilia.ão,são criados os desejos do cora.ão @a respeito dos "uais trataremos a seguirC, "ue dirigemos atos do corpo 9 pessoa se torna 2!ida por suprir a"uilo "ue sente ser sua necessidade e,assim, moti!a seu comportamento

-al!ino, nas nstitutas, escre!endo so/re o d%cimo mandamento @*Gão co/i.ar2s*C, di "ue o propósito desse mandamento % esta/elecer "ue de!eramos nos alijar de todo desejo contr2rioao amor, uma !e "ue $eus "uer "ue a nossa alma seja possuda pelo afeto do amor $omesmo modo "ue o Senhor ordenou "ue a nossa !ontade, os nossos esfor.os e as nossas a.essejam presididos pela norma do amor, assim tam/%m ordena "ue do mesmo modo sejamdirigidos os nossos pensamentos, os "uais incitam a mente 6 ira, ao ódio, 6 fornica.ão, 6rapina e 6 mentiraF $ouma, tam/%m escre!endo so/re o d%cimo mandamento, comenta"ue -al!ino e outros distinguiram entre plano e desejo Ele di: *9lgu%m pode acolher desejos"ue se consolidem num plano O homem co/i.oso desen!ol!e planos para realiar seudesejo* O "ue esses teólogos "uerem dier % "ue o desejo da co/i.a fa o cora.ão engendrar  planos de estrat%gias enganosas com !istas a o/ter o o/jeto do seu desejoF

Estrat2+ias e desejos

Z primeira !ista pode parecer "ue haja discordância entre o ponto de !ista dele e a nossa

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 perspecti!a so/re a preemin'ncia dos o/jeti!os so/re as estrat%gias e destas so/re osdesejos Ga !erdade, a perspecti!a de -al!ino e de outros % congruente com a forma comoe(pomos uando -al!ino fala de pensamento, de planos e de !ontade, est2 se referindo 6smo.es dos afetos do cora.ão e seus mo!imentos su/se"?entes = para nós, f%Mha/ita.ão,esperan.aMimagina.ão e amorMopera.ão = e "uando aplica isso ao d%cimo mandamento, est2 sereferindo 6 parte pr2tica do nosso modelo: *O homem co/i.oso* Do/jeti!o8 por e(emplo, ser como $eus, Un ARa *desen!ol!e planos* Destrat%gias8 por e(emplo: conhecimento do /eme do mal, Un AR/ *para realiar seu desejo* Ddesejo8 e(emplo: comer do fruto proi/ido, UnRB 9 diferen.a, como dissemos no incio deste tra/alho, % de perspecti!a = a laranja foicortada num sentido diferente Onde -al!ino di "ue a !ontade concorre automaticamente como desejo, nós diramos "ue a !ontade, como mo!imento da afei.ão do amor, opera @opera.ãoCo/jeti!os "ue re"uerem estrat%gias "ue formam desejos @h2/itos carnaisC

sso tudo fica claro "uando nos lem/ramos "ue, por causa do pecado, tendemos a trocar anossa ha/ita.ão com $eus pelos nossos próprios o/jeti!os, a trocar a Pala!ra do Senhor pelasnossas próprias estrat%gias, e o desejo pela comunhão eterna pelos praeres temporais $essamaneira, os desejos passam a tomar o lugar de $eus em nossa !ida, o "ue significa idolatria Por 

isso se di "ue o d%cimo mandamento resume a transgressão dos no!e anteriores, especialmentedo primeiro $ouma cita a tradu.ão mais acusada do d%cimo mandamento, sugerida por Pettinga: *Gão colocar2s teu@sC desejo@sC so/re a casa do teu !iinho, sua esposa, etc*, por"ue,ele di, colocar os desejos so/re algo en!ol!e a forma.ão de um plano -ertamente5 uandochega ao ponto de ser dominada pelo desejo, a pessoa j2 su/stituiu sua ha/ita.ão com$eus, no cora.ão, pelos seus próprios desejos, segundo sua imagina.ão, e j2 operou planos mentais "ue mudaram seus o/jeti!os de !ida, e pro!idenciou no!as estrat%gias, as"uais, frustradas imediatamente em m%dio ou longo prao, refor.am e geram mais desejosEssa % a dinâmica da escra!idão do pecado: o crculo !icioso de endurecimento do cora.ão

"s e$emplos mencionados por Douma tam*m podem ser vistos de outra perspectiva. "caso de Acã' por e$emplo. Douma di# (ue' ap!s a (ueda de eric!' Acã colocou seu dese)o

 sore um manto e uns o)etos de ouro e de prata' e os levou. Contudo' antes (ue seu dese)odeterminasse a estrat*gia de esconder esse material' -%3 Acã havia violado a aliança do 1enhor 7s J.%%3 dei$ando a haitação da f* em Deus < o (ual havia proiido (ual(uer sa(ue de

 guerra < para haitar na tenda do seu pr!prio entendimento; -83 na sua imaginação' dei$ou(ue aumentasse sua autonomia ao mesmo tempo em (ue diminu,a o poder do 1enhor' crendo(ue poderia fugir Q vista dele; s! e autnomo' colocou sua esperança em si mesmo e nascoisas terrenas; -93 a mudança do o)eto de seu amor' de Deus para si mesmo' operou oamor ao dinheiro; em seu coração havia a operação de planos indefinidos' ou at* mesmo'de sonhos em elaorados' os (uais estavam em no limite entre o homem interior e o homeme$terior; ele era um acidente esperando para acontecer. 7ual' então' era a dinmica do seucoração4 1implesmente' Acã trocou o o)etivo de glorificar a Deus' o (ue o fe# estulto;

estaeleceu estrat*gias de auto&engano para sua pr!pria glorificação; e acaou dese)andooedecer ao (ue supunha agora serem as suas necessidades em ve# de depender de Deus. A emoção gerada por toda essa atividade interior deu Q lu# o pecado

" te$to de Tiago e$pressa em essa id*ia@ Ao contrário' cada um * tentado pela sua pr!priacoiça (uando esta o atrai e sedu#. +ntão' a coiça' depois de haver conceido' dá Q lu# o

 pecado; e o pecado' uma ve# consumado' gera a morte -Tg %. %K'%L3. A coiça * a entroni#ação final dos dese)os no lugar da haitação de Deus -lemre&se do (ue o diao pensouZ < Is %K.%K3;a concepção do pecado vem da tentação do pr!prio coração' do mundo ou do diaotraalhados na imaginação; e dar a lu# ao pecado significa operá&lo na mente' pecar nocoração. Dei$ada por conta da emoção e não do +sp,rito 1anto' a ato&estrutura do corpo

-homem interior e e$terior' corpo e alma' todas as forças3 consuma o comportamento pecami&noso. Hão foi isso o (ue Acã fe#4 +sse processo inflama o dese)o do coração.

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DESEOS

-omo foi "ue os% ad"uiriu o !cio das drogas3 $esejos são h2/itos do cora.ão São desejos do

cora.ão moti!ados segundo as estrat%gias organiadas para se atingir os al!os da !ida Podemos /em imaginar como uma pessoa criada para relacionamentos # para ha/itar com $eus em f%@para cimaC, para imaginar segundo a e(pectati!a do /em @de fora para dentroC e para planejar em amor @de dentro para foraC # se sente "uanto 6 sua própria *autonomia* Ga solidão "uede!e ter dominado o cora.ão de os%, tudo o "ue ele deseja!a na !ida era preencher o !aio designificado Para ele, não !indo, esse significado, de $eus nem das pessoas, imaginou "ue pudesse o/t'&lo do mundo material, como Paulo descre!eu aos romanos: *por"uanto, tendoconhecimento de $eus, não o glorificaram como $eus, nem lhe deram gra.as8 antes, setornaram nulos em seus próprios raciocnios, o/scurecendo&se&lhes o cora.ão insensatonculcando&se por s2/ios, tornaram&se loucos e mudaram a glória do $eus incorrupt!el emsemelhan.a da imagem de homem corrupt!el, /em como de a!es, "uadrúpedes e r%pteis Por 

isso, $eus entregou tais homens 6 imundcia, pelas concupisc'ncias de seu próprio cora.ão, para desonrarem o seu corpo entre si8 pois eles mudaram a !erdade de $eus em mentira,adorando e ser!indo a criatura em lugar do -riador, o "ual % /endito eternamente 9m%m5* @Tm1I1&IRC

! termo

 Gós usamos o termo desejo, a"ui, com o sentido de solicita.ão, ânsia, inclina.ão e moti!a.ãodo ser para finaliar a e(peri'ncia do cora.ão nos atos do corpo O termo desejo, no 9ntigo7estamento, entre muitos outros significados, tra o sentido do "uerer da mente ou da alma

@h/ a!!a[, $t 1XB8 1 Sm IAI0C de pedir @h/ niishalah, S AJHC, de deleite @h/ chephets, sRA10C8 de atra.ão relacional @h/ teshu"a[, Un A1B8 -t J10C, de anseio @h/ taa!ah, S10A,1JC, de aceita.ão, praer @h/ ratson, I-r 1R1R8 S 1HR1WC Go Go!o 7estamento, otermo desejo tra tam/%m, entre outros, os sentidos de deleite @gr eudo[ia, Tm 10 1C, deanseio @gr epipothesis, I-o JJ8 epipothia, Tm 1RIAC8 de "uerer @gr thelema, Ef IAC Especial&mente, o d%cimo mandamento fala do desejo como co/i.a: @h/ chamad, desejar, ter praer, ^(I01JC

8ons e maus desejos

Esses desejos tanto podem ser legtimos e lou!2!eis "uanto pecaminosos 9 Escritura

dei(a !er a ntima rela.ão entre desejos maus ou desordenados e o termo carne, da mesmamaneira "ue permite a !isão da rela.ão pró(ima entre desejos sadios e o termo espiritual @!eja, por e(emplo, U R e Tm JC 9ssim como um o/jeti!o errado pode assumir for.a de f% eesperan.a nos modos da ha/ita.ão e da imagina.ão, e assim como estrat%gias /aseadas nessesal!os podem assumir for.a de f% e amor nos modos da ha/ita.ão e da opera.ão, assimtam/%m os desejos assumem a for.a da imagina.ão e da opera.ão

 Gão podemos condenar todo desejo, como disse $ouma: *Essa não % a mensagem //lica,nem mesmo a de )ateus B, onde somos ad!ertidos contra a preocupa.ão com o "ue ha!eremosde comer, /e/er e !estir no dia seguinte $e fato, podemos desejar o suprimento de nossasnecessidades di2rias de modo "ue nos es"ue.amos de algo ainda mais importante:N/uscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justi.a, e todas estas coisas !os serãoacrescentadasF @)t BAAC Em outras pala!ras, certas prioridades na !ida facilmente nos des!iamdo rumo se nos tornamos muito preocupados com o comer, o /e/er e o !estir Gossos

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desejos FnaturaisF não são pecaminosos* Podemos desejar muitas coisas /oas, como casar, ter filhos, melhorar de posi.ão, a presen.a do Senhor, etc 42 pecados, por%m, mesmo "ueinconscientes, so/re os "uais permanece a nossa culpa Essa culpa não reside no desejo, mas no plano "ue o desejo ar"uiteta no nosso cora.ão $ouma di tam/%m "ue: *9lguns desejos pecaminosos /rotam do esprito humano pondo a pessoa em mo.ão sem condui&a 6 a.ãoe(terna Go tri/unal da opinião humana, isso % chamado de Fpensamentos inocentesF ouFfantasiasF, mas esses pensamentos não são inocentes diante de $eus* 1 uando escre!i, nomeu li!ro -ora.ão e Se(ualidade "ue a *polu.ão noturna* @sonho molhadoC % uma ati!idadenatural do corpo e do cora.ão* e: *; /om ressaltar "ue, como todo /em pode ser corrompido ese tornar um mal, a /'n.ão da e(pressão dessa se(ualidade pode se transformar em maldi.ão*,F&não e(plicites "ue a ocorr'ncia de *fantasias* nos sonhos "ue pro!ocam e(cita.es se(uais poderão estar re!elando desejos escondidos do cora.ão Gesse caso, esse tam/%m % um desejo"ue gera pecado

Kale a pena, a"ui, repetir a"ui, com respeito aos desejos, o "ue foi dito "uanto aos al!os eestrat%gias: h2 uma distin.ão entre o/jeti!os e dese jos.O/jeti!os ade"uados são marcados por *e(pressão* e não por *necessidade* uando assestados *por e(pressão*, seguem os

o/jeti!os de $eus8 "uando postos por *necessidade* permanecem como desejos "ue assumemfor.a de o/jeti!os uando isso ocorre, em !e de o/edecer aos reclamos dos al!os de $eus, a pessoa !i!e pelos desejos do seu cora.ão 9, então, % preciso entregar&se aos caminhos doSenhor @al!osC e esperar nele para a satisfa.ão dos nossos desejos: *9grada&te do Senhor, eele satisfar2 os desejos do teu cora.ão Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e omais ele far2* @S AJH,RC 7odos os propósitos do Senhor são /en%ficos para conosco e todas assuas pala!ras !isam ao nosso /em

9 proposta //lica para a maturidade espiritual @por espiritual, "uero dier o controleespiritual so/re a totalidade do serC "ue promo!e e"uil/rio emocional % a de "ue o homemtenha os o/jeti!os de glorificar a $eus e de go2&lo agora e sempre, "ue ele use as estrat%gias //licas @mandamentos e promessasC para atingir esse o/jeti!o, e "ue ele deseje de todo

cora.ão a comunhão com $eus O Senhor ordenou aos israelitas "ue fiessem /orlas e asatassem com um cordão aul aos cantos de suas !estes: *E as /orlas estarão ali para "ue,!endo&as, !os lem/reis de todos os mandamentos do Senhor e os cumprais8 não seguireis osdesejos do !osso cora.ão, nem os dos !ossos olhos, após os "uais andais adulterando @Gm1RAWC Em $euteron+mio ele disse: *para "ue temas ao Senhor, teu $eus, e guardes todos osseus estatutos e mandamentos "ue eu te ordeno 9mar2s, pois, o Senhor, teu $eus, de todo o teucora.ão, de toda a tua alma e de toda a tua for.a* @$t BI,RC

-ertamente, o homem sempre aca/a o/tendo a"uilo "ue deseja, mas a"uilo "ue eledeseja nem sempre % segundo o /om propósito de $eus, e portanto, sujeito 6 decep.ão, ao auto&engano, ao engano do mundo e ao engano do dia/o: *$e onde procedem guerras econtendas "ue h2 entre !ós3 $e onde, senão dos praeres "ue militam na !ossa carne3* @7gH1C8 *O pregui.oso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta 9 alma do per!erso deseja o mal8 nem o seu !iinho rece/e dele compai(ão 9 esperan.a "ue se adia faadoecer o cora.ão, mas o desejo cumprido % 2r!ore de !ida O desejo "ue se cumpre agrada aalma, mas apartar&se do mal % a/omin2!el para os insensatos* @P! 1AH8 I1108 1A1I,1WC8*por"ue tudo "ue h2 no mundo, a concupisc'ncia da carne, a concupisc'ncia dos olhos e aso/er/a da !ida, não procede do Pai, mas procede do mundo Ora, o mundo passa, /em como asua concupisc'ncia8 a"uele, por%m, "ue fa a !ontade de $eus permanece eternamente* @ oI1B,1JC *Por"ue assim di o Senhor dos E(%rcitos, o $eus de srael: Gão !os enganem os!ossos profetas "ue estão no meio de !ós, nem os !ossos adi!inhos, nem deis ou!idos aos!ossos sonhadores, "ue sempre sonham segundo o !osso desejo8 por"ue falsamente !os profetiam eles em meu nome8 eu não os en!iei, di o Senhor* @r IWX,WC8 *Kós sois do dia/o,"ue % !osso pai, e "uereis satisfaer&lhe os desejos Ele foi homicida desde o princpio e jamais

se firmou na !erdade, por"ue nele não h2 !erdade uando ele profere mentira, fala do "uelhe % próprio, por"ue % mentiroso e pai da mentira* @o XHHC

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Inversão do autoen+ano habita'ão nos desejos

O auto&engano ocupa lugar central em rela.ão aos desejos por"ue no cora.ão % "ue acolhe atenta.ão do mundo e do dia/o, e ali % operado o pecado $e modo geral, a"ui para nós, oauto&engano % o crculo !icioso do processo de manipula.ão consciente ou inconsciente daato&estrutura do corpo = do homem interior @afetos, mo!imentos afeti!os e emo.ãoC e e(terior @emo.es e comportamentosC = para realiar propósitos egostas do cora.ão @o/jeti!osC, com!istas 6 autopreser!a.ão ou 6 agressão @estrat%giasC, cuja dinâmica retroalimenta o desejo

<oi o caso da racionalia.ão no ;den E!a atuou de modo aut+nomo e deso/edeceu a $eus,

e logo o desejo me(eu com suafée ela ha/itou com a pala!ra da serpente: *; assim "ue $eusdisse7F Go come.o, E!a ainda tinha uma esperan.a de "ue o mundo fosse como $eus tinhafalado, e então, criou na sua imagina.ão um modo de se proteger, refor.ando a proi/i.ão decomer do fruto da 2r!ore do conhecimento do /em e do mal, diendo: *disse $eus: $ele nãocorrereis, nem tocareis nele, para "ue não morrais* O dia/o, por sua !e, apro!eitando a /recha, insuflou a dú!ida no cora.ão de E!a "uando ao moti!o de $eus <oi a, então, "ue oamor de E!a mudou de $eus, primariamente, e de 9dão, secundariamente, e ela procedeu 6opera.ão interior do ato: *Kendo a mulher "ue a 2r!ore era /oa para se comer, agrad2!el aosolhos e 2r!ore desej2!el para dar entendimento, tomou&lhe do fruto* Seus afetos t2citos emmo.ão realiaram&se na e(ecu.ão do ato: *tomou&lhe do fruto e comeu e deu tam/%m aomarido, e ele comeu* @Un A1&RC )ais tarde, "uando /uscados por $eus, 9dão e E!a*esconderam&se da presen.a do Senhor* @onde3C Vma !e frustrados nesse intento, 9dão, "uetam/%m ha!ia a/andonado a pala!ra de $eus e o temor do Senhor, alegou sentimentos de!ergonha "uanto 6 própria nude e medo de $eus uando, enfim, confrontados com a própriaracionalia.ão, passaram a se defender e a acusar um ao outro, e a $eus: *a mulher*, *aserpente*, *7u me deste*

$ - Uomes escre!e so/re o conceito paulino de auto&engano, diendo "ue o relacionamento

entre a confian.a na carne e a sa/edoria do mundo % a condi.ão para o auto&engano, sendosempre um relacionamento de estultcia @Ul BA8 1-o A1X, gr phrenapatao, enganar a mente81-o 1I08 AWC8 de sa/er enso/er/ecido @1-o XIC8 e de nega.ão do próprio auto&engano @1-o11X&IRC Para Paulo, a !isão mal construda do mundo e do homem le!a ao auto&enganocaracteriado @1C pela recusa de se reconhecer a auto&re!ela.ão de $eus, @IC pela troca da!erdade de $eus pela mentira, @AC pela mente entene/recida, e @HC pela cren.a de "ue a estultciaseja sa/edoria A oão tam  /%m di "ue a"uele "ue disser "ue não tem pecado, estar2 enganando asi mesmo @4o 1XC E esus mandou escre!er aos laodicences "ue eles se julga!am aut+nomossem se"uer sa/er "ue eram po/res, cegos e nus @9p A1H&1JC

OS DESEJOS DE JACÓ

O relato da história de acó re!ela "ue ele seguiu os o/jeti!os errados de seu a!+ 9/raão ede seu pai, sa"ue, e não os o/jeti!os posteriormente deri!ados da f%&arrependida "ue ha/itou eda esperan.aMimagina.ão "ue o conduiram no final da !ida @!eja 4/ 1I1&A e 1AJ,XC 9estultcia de acó o fe crer "ue ningu%m faria por ele o "ue ele precisa!a para ser um homem /em sucedido = ele teria de ser aut+nomo se "uisesse ser ou rea liar alguma coisa ssogerou nele um desejo incontrol2!el "ue o afastou da f%, rou/ou&lhe a esperan.a e o disp+s parao pecado

sa"ue ha!ia intercedido diante do Senhor por sua mulher, Te/eca, a "ual era est%ril, e $eusatendeu 6s suas ora.es Te/eca conce/eu g'meos, e estes luta!am no seu !entre Gão h2distúr/ios e apreenses em toda gra!ide3 E não % isso parte da realidade do mundo decado3)as ela não compreendeu "ue as maldi.es do pecado representa!am uma manifesta.ão da

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gra.a de $eus, ad!ertindo o ser humano de "ue, por causa do pecado, hou!e uma "ue/rade uniformidade em toda a naturea O em/ate cósmico entre as hostes de $eus e seu inimigo,o dia/o, a *antiga serpente*, en!ol!e agora a humanidade e sua gera.ão 9l%m disso, o pecadotransferiu o o/jeto do desejo humano de comunhão, do -riador para a criatura @Un A1B/Ce a mulher, criada para refletir a /elea da !erdade e do amor dos relacionamentos, passou asofrer as dores próprias da gra!ide e do parto @Un A1BaC no desencargo dessa missão8 damesma maneira, o senso de lideran.a do homem se transformou em desejo de poder, e odese"uil/rio da naturea passou a ser sua dor e frustra.ão @Un A1B&1WC: am/os são parte da leinatural = a "ual de!eria con!encer o cora.ão humano da sua indesculpa/ilidade @Tm1I0/C -ontudo, Te/eca cedeu ao sofrimento e fe a pergunta de "uem pe em dú!ida osignificado da !ida: *Se % assim, por "ue !i!o eu3 E consultou ao Senhor* O Senhor lherespondeu, diendo "ue os seus filhos representa!am duas na.es "ue e(ercitariam o desejo de poder e "ue um ser!iria ao outro Ora, assim como o nascimento de sa"ue fora o/jeto de profecia di!ina @Un 1JI1C e figura da reden.ão @Un IIC, assim tam/%m Te/eca ter iaentendido a profecia "ue o Senhor tam/%m lhe fiera: *o mais !elho ser!ir2 ao mais mo.o*@Un IRIAC Sua cren.a, por%m, esta!a errada: a promessa do Senhor % "ue ele cumpriria o "ue prometeu, não "ue ela teria de operar a profecia 9ssim como a história de seu pai se

desen!ol!eu dentro do cen2rio da reden.ão, assim a profecia so/re acó se cumpriria num processo de reden.ão 9ssim, uma cren.a errada mo!eu o cora.ão de Te/eca para umaesperan.a apenas desejada, e sua imagina.ão tomou conta do processo uando ocorreu onascimento dos g'meos, acó e Esaú, sua esperan.a come.ou a ser frustrada Esaú nasceu primeiro, e at% a, tudo corria segundo ela imagina!a E acó nasceu depois, segurando pelamão o calcanhar do irmão -ertamente, as profecias a respeito do a!+, do pai e do neto eramfaladas em famlia uem não comentaria tais mara!ilhas3 O cora.ão de Te/eca de!e ter seenchido de orgulho5 Por%m, no desen!ol!imento dos meninos, Te/eca come.ou a perce/er "ueEsaú era "uem so/ressaia nas coisas de poder e de sucesso, e "ue acó era mais pacato, maiscaseiro Vm dia, !oltando da ca.a, Esaú !iu seu irmão na coinha, preparando um coido Ele jamais perderia essa oportunidade uem perderia3 <osse eu, teria dito: *Ei, acó, "uer trocar delugar comigo3 $ou o "ue sou @o primog'nitoC por esse prato de coido @um segundo lugarC

-omo di a Escritura, *7ens !isto um homem precipitado nas suas pala!ras3 )aior esperan.ah2 para o insensato do "ue para ele @P! IWI0C* acó aceitou $eus ou!iu, e não hou!e possi/ili&dade de arrependimento para o profano Esaú @Un IRIJ&AH8 4/ 1I1BC

O relato conta "ue o pai de acó, sa"ue, deso/edeceu 6 ordem de $eus de não descer ao Egito, e indo l2, seguiu os erros de seu próprio pai, 9/raão Sem dú!ida, acó guarda!a essascoisas no cora.ão, pois lhe diiam tam/%m respeito, uma !e "ue a profecia se referia 6descend'ncia de 9/raão e de sa"ue, especialmente "uanto a si mesmo Em todas as coisas $eusfoi fiel ao seu pacto, e ha!endo arrependimento da parte de sa"ue, ele promo!eu seu sucessoEntretanto, sa"ue se uniu a duas outras mulheres, as "uais se tornaram moti!o de amargura parasa"ue e para Te/eca @Un IBC

Portanto, foi num clima de cren.as falsas e de deso/edi'ncia, de frustra.ão e de amargura "ueacó cresceu e !i!eu 9 continua.ão da história mostra "ue, adulto j2, ainda tinha umrelacionamento de cumplicidade com a mãe e de despreo pela honra paterna, "ue pareceomisso na primeira parte da história8 e "ue sua ri!alidade com seu irmão apenas crescera como tempo uando acó esta!a !elho e pronto para morrer, chamou seu filho mais !elho, Esaú, elhe pediu "ue uma ca.a lhe fosse preparada e ser!ida antes de a/en.o2&lo Te/eca ou!iu isso, etirando do fundo do cora.ão as cren.as falsas e as esperan.as imagin2rias, dei(ou "ue o afetodo amor se transformasse em co/i.a <oi ao seu filho acó, um homem de meia&idade, e lhe prop+s enganar o pai acó temeu "ue o pai desco/risse e "ue o amaldi .oasse em !e de oa/en.oar, mas a mãe o encorajou: *-aia so/re mim essa maldi.ão* O con!ite, certamente, caiu

em terreno f%rtil acó ou!iu a !o de sua mãe e se fe passar pelo seu irmão diante do paicego e mori/undo -omo operou em seu cora.ão o engano, assim o fe )entiu ao pai so/resua própria identidade, ignorando a promessa do Senhor so/re a seguran.a da /'n.ão,

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 preferindo a /'n.ão rou/ada ao irmão Ele jamais poderia se es"uecer de tão grandee(pectati!a: o or!alho do c%u, a fartura da terra, a su/missão dos po!os, dos irmãos e da mãe5Era o c%u5 Gem "uando a farsa foi desfeita, desfe&se o seu o/jeti!o de ser o primeiro e o mais poderoso nem sua estrat%gia de enganar e con"uistar o seu direito5

-ontudo, a aus'ncia do temor do Senhor significa o temor de homens -omo Esaú passasse a odiar acó e a planejar a sua morte, acó te!e medo, e ainda so/ os conselhosda mãe e so/ a graciosa /'n.ão do seu pai, como a de 9/raão, fugiu para a casa de seu tioa/ão, o "ual mora!a em 4arã, onde ha/itara seu a!+ antes de ser chamado por $eus @Un IJC$eus era para ele algo distante, transcendente, e acó era um homem pr2tico, com os p%s naterra )as, a caminho de 4arã, passou na noite num lugar "ual"uer, tomando uma pedracomo tra!esseiro, e sonhou: *Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o c%u8 e os anjosde $eus su/iam e desciam por ela Perto dele esta!a o Senhor* 9li a presen.a do Senhor, alia /'n.ão, ali o cumprimento da promessa, ali o or!alho "ue não seca, ali o o/jeti!o5 )asacó não "ueria su/ir a escada da f% para ha/itar com o Senhor8 não te!e temor do Senhor,mas te!e medo de ha/itar com ele Sua esperan.a ainda esta!a na jornada "ue empreendiae imaginou "ue a"uele lugar era tem!el Pronto, seu cora.ão operou segundo cria e ima&gina!a 9inda era homem religioso aos seus próprios olhos, e por isso, tomou a pedra

"ue lhe ser!ira de tra!esseiro e fe dela um altar, sem pensar na deso/edi'ncia flagrante9 pala!ra de $eus não era um moti!o suficiente para mudar seu rumo, conforme dita!a suae(peri'ncia Preferia ter a /'n.ão de $eus para prosseguir segundo as suas estrat%gias -er&tamente a /'n.ão era um desejo maior do "ue o próprio 9/en.oados

 Gão % raro "ue uma pessoa rejeite a Pala!ra do Senhor, su/stituindo& a por um !oto pessoalKotos são /ons "uando a pessoa o/edece a $eus, mas "uando o su/stituem, % idolatria Seu!oto nem mesmo foi o de uma dedica.ão ao Senhor Saiu repleto de condicionais: se $eusfor comigo se me guardar se me der pão e roupa se me der retorno pacfico entãoele ser2 meu $eus e, então, considerarei a coluna "ue erigi como casa do Senhor uantaarrogância5 Gão satisfeito ainda com seu trunfo na /arganha, acó resol!eu jogar mais alto:

*certamente eu te darei o dimo* @Un IXC Ele esta!a completamente dominado pelo de&sejo de seguran.a e(atamente por"ue fugia do Senhor9 caminho da terra do po!o do Oriente, acó achou um po.o no campo, co/erto por uma

 pedra, junto ao "ual os pastores aguarda!am "ue os re/anhos se ajuntassem para lhes dar de /e/er 9li ele conheceu Ta"uel, sua prima, num encontro emocionado O encontro coma/ão, seu tio, foi tam/%m inspirados acó contou&lhe as suas e(peri'ncias de !iagem e foirece/ido por a/ão como sua própria carne e sangue ogo o tio lhe ofereceu emprego, e comoacó não demorasse em se afei.oar a Ta"uel, ele fe o "ue mais sa/ia faer, e prop+s umnegócio: "ueria a filha pelo ser!i.o prestado 7ra/alharia sete anos pela mão de Ta"uel )asa"uele "ue pe o seu desejo em transa.es !iciadas de!eria cuidar para não transacionar comoutro com desejo semelhante a/ão tinha duas filhas, Ta"uel e ia, esta última com os olhos /a.os <indado o prao acordado, a/ão lhe deu ia no lugar de Ta"uel Enganado, acó pediu

e(plica.es, e as te!e, /em a gosto da sua própria e(peri'ncia emocional: % uma "uestão derai, não se pode dar a mais no!a antes da primog'nita -omo acontece conosco "uando somostocados na rai do nosso pro/lema, acó se a"uietou e se disp+s tra/alhar mais sete anos pelamão de Ta"uel Go!amente, a"ui, se repetiu o drama do a!+ e do pai: duas mulheres8 e iaera fecunda e Ta"uel era est%ril acó, "ue tinha desejos de significado e de seguran.a # de /'n.ão aparente, de or!alho, de pa # encontrou duas mulheres plenas de desejos insatisfeitosVma desejosa de ser "uerida e com possi/ilidade de trocar filhos pelo sentimento de ser amada8 a outra, ainda "ue amada, desejosa de filhos at% a morte Vma, disposta a ser  pro(eneta para garantir seu desejo de felicidade8 outra, disposta a entregar o amor do marido emtroca de umas raes usadas em feiti.aria como afrodisaco, por causa do desejo de ter filhos

Seu relacionamento com a/ão come.ou com uma negociata, se processou em negociatas efindou em negociata acó j2 tinha rece/ido seus sal2rios, direitos tra/alhistas e fundo de

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garantia no !alor total de duas mulheres, incurses nas camas de escra!as, filhos, etc8agora, o relato trata de outro acordo salarial de parceria: separam em grupos os re/anhos dotio, e ca/ras malhadas e salpicadas e o!elhas negras seriam como sal2 rio para acó ual"uer mistura de animais seria considerado furto 9h5, o desejo de acó -ertamente, não furtariaacó, o enganador por identidade, engendrou um plano para aumentar suas posses <e "ueas o!elhas e ca/ras conce/essem em frente de !aras escorchadas o "ue pro!oca!a o parto deo!elhas e ca/ras manchadas acó manipulou at% mesmo as !ari2!eis do arranjo,selecionando as o!elhas e ca/ras, conseguindo assim ficar com re/anhos mais fortes do"ue os de a/ão <ato3 O fato % "ue acó creu "ue $eus o ha!ia a/en.oado com /ensterrenos e p+s sua esperan.a nas ri"ueas, aca/ando por amar mais as coisas do "ue as pessoas8 assim, ha/itou na ilusão do seu próprio poder de negociar, imaginou "ue possi/i&lidades e oportunidades fossem a alma do negócio, e aca/ou operando enganos Seu o/jeti!o:le!ar a melhor8 sua estrat%gia: o "ue "uer "ue fosse "ue não pudesse ser pro!ado comocrime, mesmo "ue fosse imoral e anti%tico8 seu desejo: sempre mais )ais or!alho, maisterras, mais pa com a !ida = sem a pa de $eus, sem a pa com $eus @Un A0C

)as nada h2 escondido "ue não seja desco/erto, ao menos aos olhos da"uele "ue a tudo !'e da"ueles a "uem ele "uiser re!elar Os filhos de a/ão come.aram a especular so/re a origem

da ri"uea de acó e este próprio perce/eu "ue a/ão não lhe era mais fa!or2!el Então,chamou suas esposas e se justificou, diendo "ue o pai delas o ha!ia enganado, mudadodi!ersas !ees o seu sal2rio, mas "ue $eus não ha!ia permitido "ue lhe fiesse mal: *9ssim,$eus tomou o gado de !osso pai e mo deu a mim Pois, chegado o tempo em "ue o re/anhoconce/ia, le!antei os olhos e !i em sonhos "ue os machos "ue co/riam as o!elhas eramlistados, salpicados e malhados E o 9njo de $eus me disse em sonho: acó5 Eu respondi: Eis&me a"ui5 Ele continuou: e!anta agora os olhos e !' "ue todos os machos "ue co/rem ore/anho são listados, salpicados e malhados, por"ue !ejo tudo o "ue a/ão te est2 faendo Eusou o $eus de >etel, onde ungiste uma coluna, onde me fieste um !oto8 le!anta&te agora,sai desta terra e !olta para a terra de tua parentela* @Un A1W&1AC $epois disso, mais uma !e,acó fugiu e le!ou consigo tudo o "ue possua, incluindo as esposas "ue tam/%m fugiram,le!ando dolos do lar rou/ados a seu pai a/ão logo o interceptou $eclarou&lhe "ue $eus o

ha!ia instrudo para não faer mal a ele, mas tam/%m censurou a acó por a/andon2&lo tãoco!ardemente, acusando&o de ha!er rou/ado os dolos do lar acó não "ueria ser chamado deladrão8 !elhaco, astucioso sim, mas ladrão @Un A1C

Pouco antes de se encontrar com Esaú, acó temeu seu irmão e orou ao Senhor -lamouusando o seu pacto com 9/raão e com sa"ue, e lem/rando o Senhor de "ue ele mesmo oha!ia mandado retornar 6 sua terra8 declarou&se indigno, mas logo e(i/iu o "ue considera!aser a apro!a.ão de $eus Sara só e !olta!a rico = com "ue enganos5 Kolta!a com dois /andos = /gamo5 E pediu a $eus "ue o li!rasse das mãos de Esaú = sem se dar conta de "ueele enganara seu irmão Seu o/jeti!o persistia sendo a o/ten.ão da pa caracteriada peloconforto e pela a/astan.a8 sua estrat%  gia, a de /arganhar a !ida8 e seu desejo, uma identidade

"ue ele julga!a ter sido rou/ada na infância uem ha!eria de t'&lo rou/ado3 $eus, o "ualfe a promessa3 Sua mãe, seu irmão, a/ão3

 Ga"uela mesma noite, uma pessoa lutou com ele no !au do a/o"ue, at% o romper dodia -omo acó persistisse em desejar a promessa sem ter de o/edecer ao mandamento, a pessoa o feriu na co(a, e depois, mostrou sua !ontade de se retirar acó, por%m, pediu maisuma !e a /'n.ão, e em resposta, a pessoa perguntou pelo seu nome acó5, ele disse Etal!e fosse essa toda a raão da luta acó, o enganador, tinha de enfrentar sua própriaidentidade a fim de rece/er uma no!a 7inha de e(perimentar a própria fra"uea 7inha deconhecer a pre!al'ncia do Senhor so/re todas as coisas @Un AIC

uando acó, finalmente, encontrou Esaú, desco/riu "ue não precisa!a ter fugido:*Então, Esaú correu&lhe ao encontro e o a/ra.ou8 arrojouse&lhe ao pesco.o e o /eijou8 e

choraram* @Un AAHC

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,ESE6OS E COMPORTAMENTOS

-omo os% poderia ser ajudado3 9s últimas sesses foram despendidas na aplica.ão dareden.ão de -risto 6 situa.ão em "ue ele se encontra!a Primeiro, re!isamos cuidadosamente o"ue tnhamos !isto e gastamos tempo na aplica.ão "ue o próprio os% faia 6 sua !ida,

 passado, presente e futuro )uitosinsights

surgiram 6 medida "ue ele faia essas aplica.esPedi at% "ue ele escre!esse um resumo da teoria aprendida

 Ga minha opinião, uma !e "ue não h2 pr2tica sem teoria e não h2 teoria sem pr2tica, nóstam/%m de!emos manter no cora.ão o pensamento //lico so/re "uem somos e sentimos, pois esse % o nosso comportamento re!elador do nosso car2ter $ouma di "ue os desejos passionais se agitam furiosamente em algum lugar entre a *inclina.ão* e a *a.ão*, sem jamais atingir seu o/jeti!o 9 /oca fala do "ue est2 cheio o cora.ão @c BHRCH  e nossoscomportamentos re!elam o "ue somos: *9t% a crian.a se d2 a conhecer pelas suas a.es* @P!I011C $ouma, citando PopmaR escre!e tam/%m "ue se poderia dier "ue a totalidade docorpo de uma pessoa reflete o seu interior *O amor ao dinheiro irradia dos olhos, ele!a a pulsa.ão, e(cita a mente e comprime os ner!os Os olhos t'm sido chama dos, corretamente, deespelho da alma, e pode&se ler, geralmente, na face de algu%m, a"uilo "ue lhe !ai no cora.ãouando a face do ser resplende, isso significa !ida @P! 1B1RC8 mas um sem/lante descado traium estado de esprito diferente @Un HR8 Et JBCF

9 teoria éa mãe da pr2tica assim como a pr2tica gera teoria $o mesmo modo "ue oso/jeti!os de os% formam assestados pela integra.ão do afeto da f% num mo!imento deha/ita.ão e o afeto da esperan.a num mo!imento de imagina.ão, e as suas estrat%gias foramdecorrentes da intera.ão da f%Mha/ita.ão e do afeto do amor num mo!imento de opera.ão, osseus desejos decorrem da inteira.ão do afeto do amorMopera.ão com o afeto daesperan.aMimagina.ão Sua emo.ão era a pele interior da alma assim como o seu corpo era a pele e(terior da totalidade do ser

Seus desejos foram interiormente moti!ados pela /usca de identidade e e(teriormentecondicionados pela /usca de relacionamentos 7anto pela inclina.ão da naturea decada@herdada de 9dãoC "uanto pela nutri.ão do pecado @culpa pessoalC, os desejos do seucora.ão se tornaram mais e mais desordenados em fun.ão da sua emo.ão @e(peri'ncia dedese"uil/rio e e"uil/rios da ato&estrutura do corpoC Seus desejos se transformam emnecessidades aparentes, fome da"uilo "ue ele considera!a primordial para a !ida Ele nãoconseguia !i!er sem as drogas por"ue tinha fome e sede insaci2!eis de paliati!os interiores

9 maioria das psicologias coloca a satisfa.ão dessas necessidades como ponto focal da ajudano aconselhamento 9 esse respeito, EdQard 7 Yelch pede "ue consideremos a "uestão mais de perto: *sto e(pressa uma suposi.ão assumida por muitos escritores cristãos como parte de uma

teologia mal&e(aminada E soa como se esti!esse certo Eu tenho confessado j2 "ue tenhonecessidades sentidas e !aias "uando não sou amado da maneira como desejaria = ou daforma como FprecisoF )as, só por"ue eu sinto uma ,necessidadeF de ser amado, isso nãosignifica "ue esse desejo % realmente uma Fnecessidade dada por $eusF, uma FnecessidadelegtimaF, ou uma Fnecessidade primaiF 7al!e a"uilo "ue estou chamando de FnecessidadeF seja,na !erdade, desapontamento ou dor, ou tal!e, uma e(ig'ncia minha, ou desejo incontrolado 42,sim, certas necessidades "ue pro!'m de $eus, mas seria necess2rio um pouco mais dein!estiga.ão //lica para deteitún2&las* .7

Yelch dedica um captulo todo ao reconhecimento de nossas !erdadeiras necessidadesTealmente precisamos do amor do $eus trino Ele % amor, e seu amor %, ao mesmo tempo,completo, inteiro e indi!is!el, e dirigido a cada Pessoa da 7rindade 9 santidade de $eus %e(pressa em /ondade, isto %, amor e justi.a $isso necessitamos = e só nos satisfae mos no

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amor de $eus demonstrado e pro!ado em esus -risto e sua o/ra Gós precisamos de "uem$eus %: o Senhor de toda a glória, o Tedentor "ue se fe ser!o, o Pai, o 9migo, o <ilho, oPastor, o )%dico, o -riador "ue confere nosso significado, o -ontrolador, o Presente, a9utoridade Gós precisamos do conhecimento de $eus

9 Escritura dei(a claro "ue somos pessoas necessitadas:

1. Fomos criados com necessidades /iológicas Precisamos de comida e prote.ão contra omau tempo Precisamos de $eus e, secundariamente, de outras pessoas2. Somos pecadores e temos necessidades espirituais Z parte da o/ra redentora emantenedora de -risto, estamos espiritualmente mortos Precisamos de esus Precisamosaprender de seu imenso amor e sermos e(ortados "uando nos afastamos dele3. Somos criados como pessoas com ha/ilidades e dons limitados 7odos os dons de $eus não podem ser contidos numa só pessoa 9ssim, precisamos de outras pessoas a fim de cumprir os propósitos de $eus para refletir de modo mais acurado a sua glória ilimitadaF

os% esta!a dominado por emo.es di!ersas "ue insufla!am seus desejos e controla!am seus

comportamentos Sentia&se só e sem referencial interior suficiente para dar significado 6 sua própria !ida, pois conhecia o seu pecado, ao menos por meio de um sentimento de culpa Vmreferencial e(terno de significado, com !alor suficiente para esta/elecer sua identidade, não poderia ser achado em $eus sem "ue isso aumentasse seu senti mento de culpa e diminusseseu !alor intrnseco = e(atamente como no ;den, após o pecado *Gão era mesmo umainjusti.a3 Eu não pedi para nascer5* uanta injusti.a5 *ra justa* = como diria -aim 9l%mdisso, !i!ia num mundo cado cujo curso % descendente, no "ual, se algo errado podeacontecer, acontecer2 sem uma inter!en.ão e(terna *)as e(iste essa inter!en.ão e(terna3*os% !i!ia a e(peri'ncia do desespero causado pela frustra.ão de uma esperan.a romântica:deseja!a deri!ar seguran.a do amor por si mesmo )as o amor, por defini.ão, % um mo!imento para fora = para cima @$eusC e para o lado @o pró(imoC O amor a $eus j2 inclui o amor por simesmo assim como a /oa pintura e o artista são igualmente /elos Guma pala!ra, o !erdadeiroamor de algu%m por si mesmo %: gratidão Só $eus, o 9utor, assegura a realidade da !erdadeso/re "uem somos e a /elea do amor correspondido = como em -risto5

TRF/ DE/E!/ AD! E E3A4 %AI& E %RI/T!

 Adão e Eva G autonomia e desobedi5ncia

 Go ;den, 9dão e E!a e(perimentaram o !erdadeiro significado da !ida e a !erdadeiraseguran.a do amor uem eram3 9dão te!e o seu nome dado por $eus O nome 9dão@h/ Fadam, homemC deri!a da mesma pala!ra para se descre!er o enru/escimento daface Ele fora criado por $eus, moldado do /arro da terra @!ermelha3C e pertencia 6naturea da própria -ria.ão8 depois, rece/era o f+lego da /oca do próprio $eus, cujo poder decriar a !ida uniu a mat%ria do seu corpo ao esprito = por isso se di "ue a !ida est2 nosangue, pois ele transporta o o(ig'nio do ar "ue respiramos para todas as partes do corpoE!a @h/ cha!!ah, !i!ente, causado pelo termo !i!er, declarar, demonstrarC te!e o seunome escolhido por 9dão Ela era semelhante a 9dão, e em tudo correspondente, fsica eespiritualmente 9m/os encontra!am no Senhor o seu referencial de significado, noreconhecimento do controle, da autoridade e da presen.a de $eus O mundo real no "ual!i!iam era real por ter sido criado por $eus e por permanecer ine(ora!elmente so/ seucontrole = desde a terra e os grandes astros do c%u, at% as tempestades e os mnimos fios deca/elo na sua ca/e.a @9t 1JIH&IBC O senhorio de $eus so/re sua !ida lhe era patente,

sim/oliada pela *2r!ore do conhecimento do /em e do mal*, a "ual lhes proporciona!a uma!isão epistemológica moral e %tica do relacionamento entre a cria.ão e o -riador O /eme(istia em anttese ao mal @o /em "ue/radoC "ue resultaria da "ue/ra da única realidade

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com esperan.a: $eus % o am/iente do homem Eles e(perimenta!am o amor de $eus nadoce comunhão "ue permea!a o mundo com a presen.a de $eus manifesta de modotranscendente em poder e imanente em seu cuidado8 e e(perimenta!am seu amor na comunhão pessoal, como "uando di "ue $eus anda!a no jardim na !ira.ão do dia, e os chama!a pelonome 7udo isso, at% o dia em "ue, tentados e(teriormente pelo dia/o e interiormente pelacarne, colocaram seu desejo no *fruto proi/ido* da percep.ão de um mundo aut+nomo Seusolhos se a/riram e eles ad"uiriram uma perspecti!a errada de $eus, um $eus mau por lhesnegar algo desej2!el8 ad"uiriram uma !isão de um mundo cujo am/iente lhes pro!oca!a ae(pectati!a do mal8 e ad"uiriram um autoconceito errado, um sentimento de solidão e de medo =eles perderam a !ida, con"uanto a desejassem, agora, com as ânsias de um pei(e foradF2gua5 Essa pai(ão, prontamente, os dominou, e eles fugiram da presen.a do Senhor Ocomportamento conse"?ente foi a e(peri'ncia da *!ida fora do ;den*, com dores de falta designificado @o/jeti!oC, com frustra.es na luta pela so/re!i!'ncia @estrat%giasC e comansiedades em rela.ão aos relacionamentos pessoais @desejosC -ontudo, $eus continuouha/itando os c%us e a terra e deu&lhes a esperan.a por meio da promessa da reden.ão nodescendente da mulher @Un A1RC para "ue o amor não se lhes es!asse

Caim 7 a*to2s*'ici8ncia e ira

1eus primeiros descendentes e$emplificaram a nova realidade. Certamente' como * nossae$peri5ncia familiar' os pais de Ael e de Caim teriam lhes falado da maravilha domundo no Para,so e das coisas (ue tinham acontecido. Principalmente' o (ue realmenteimportava@ Deus e sua palavra sore a Criação' sore a 7ueda e sore a Redenção. Ael eCaim saiam do significado do culto a Deus e a forma de prestá&lo. m' apro$imou&se de Deusem f*' e haitou com ele. Conhecedor da realidade gigantesca da santidade de Deus e daenormidade de sua pr!pria culpa' Ael depositou sua esperança no amor de Deus e imaginou'

 segundo a promessa' (ue um Deus om aceitaria um sacrif,cio vicário' provido por Deus;assim' disps a adorar a Deus por meio da oedi5ncia (ue procede do amor. Ho entanto'não foi assim com o seu irmão. Caim dese)ou o mesmo (ue seus pais dese)aram logo antes do

 pecado. Dese)ou fa#er valer o direito de controlar a pr!pria vida' de e$igir a presença poderosa de Deus para aençoá&lo e de e$ercer autoridade sore a terra e as oras de suas mãos. Ueio a Deus com os frutos da terra' como se dissesse@ U5 como sou om4Uenci a maldição da terra e produ#i o (ue agora tenho para mostrar. Oas Deus não seagradou da sua oferta. Caim irou&se profundamente' e se dei$ou dominar pelo dese)o da inve)aa ponto de matar o seu irmão. 7uando Deus' ondoso' ainda o uscou' falou&lhe do

 sentimento de in)ustiça (ue o amargurava provocado pelos dese)os do coração@ se procederesem' não * certo (ue serás aceito4 Deus falava a respeito do comportamento (ue * a

 finali#ação do ser na ato&estrutura do corpo.

 esus G submissão e vida

esus, o no!o 9dão, a imagem perfeita de $eus e sua re!ela.ão, $eus conosco, % o desejodo cora.ão do Pai: *Este % o meu <ilho amado, em "uem me comprao* @)t A1JC Seudesejo e o do Pai % a reden.ão do homem da escra!idão dos desejos, como escre!eu Paulo a7imóteo: *diante de $eus, nosso Sal!ador, o "ual deseja "ue todos os homens sejam sal!os echeguem ao pleno conhecimento da !erdade @17m IA,HC e como disse esus aos judeus "ue o"ueriam p+r 6 pro!a: *Kós sois do dia/o, "ue é!osso pai, e "uereis satisfaer&lhe osdesejos* @o XHHC

Paulo, escre!endo aos Ef%sios, resumiu a o/ra de esus -risto Ele nos deu !ida "uando

est2!amos mortos como 9dão e E!a, nos nosso delitos e pecados -omo -aim, and2!amossegundo o curso deste mundo so/ o senhorio do dia/o e escra!iados 6 deso/edi'ncia, inclinados

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 pelos desejos da carne, e %ramos filhos da ira = tanto por estarmos so/ ajusta ira de $eus "uanto por operarmos pelas injusti.as de nossa ira )as $eus, misericordioso, considerou sua promessade reden.ão pela o/ra !ic2ria de esus -risto, e nos fe assentar com ele nos lugares celestiaisEle nos redimiu = pela gra.a mediante a f% = a fim de "ue, refeitos segundo a imagem do Go!o4omem o glorific2ssemos em nosso comportamento cheio de */oas o/ras, as "uais $eus deantemão preparou para "ue and2ssemos nelas* @!er Ef I1&108 H18 R1C

9 e(peri'ncia terrena de esus esta/elece a e(peri'ncia interior do nosso comportamento Ela %resumida por oão, no seu e!angelho, "uando ele di "ue esus !eio do Pai, entrou nomundo, dei(ou o mundo e foi para o Pai @o 1BIXC @1C esus encarnou a naturea di!ina e anaturea humana, conforme $eus prometeu a 9dão e E!a @Un A1RC, sempre referindo todo oseu desejo 6 pessoa do Pai, onde est2 sua ha/ita.ão, deleitando&se no temor do Senhor @s11AC em "uem temos de colocar a nossa f% $a o goo de um no!o desejo: *>em&a!enturado o homem "ue não anda no conselho dos mpios, não se det%m no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores 9ntes, o seu praer est2 na lei doSenhor, e na sua lei medita de dia e de noite* @S 11,IC @IC Go mundo, sua !ida foi pautada por um grande desejo em rela.ão 6"ueles pelos "uais morreu e ressuscitou, para "uenosso comportamento fosse pautado não pelas nossas o/ras, mas pela dele 9ssim, sa/endo"ue fomos resgatados de nosso fútil procedimento não por ouro ou prata, mas pelo seu sangue,de!eramos andar com temor no tempo da nossa peregrina.ão 9"uele "ue foi conhecidoantes dos tempos e nos foi manifestado em morte e ressurrei.ão % nossa f% e esperan.a para "uenossa imagina.ão esteja funda da em $eus e na sua Pala!ra, a "ual % !i!a e permanente @1Pe11J&IAC @AC 9o dei(ar o mundo, esus, mais uma !e, falou do seu amor e do desejo decomungar com os homens, diendo "ue deseja!a ardentemente comer a P2scoa com os seusdiscpulos, antes do seu sofrimento @c II1RC Paulo, ao comentar a -eia, fe a aplica.ãodessa ordenan.a redenti!a uando participamos da -eia, lem/ramos o amor "ue 9/elante!iu, manifestado na morte e na ressurrei.ão de -risto )as a -eia não pode ser um atoe(terno, como foi o de -aim, indigno e gerador de doen.as e morte 7em de operar como

operou em 9/el, precedido de auto&e(ame8 e de!e operar com tal discernimento do corpo de-risto "ue perdure após a -omunhão, na comunhão "ue espera uns pelos outros @l-o 11IB&AHC

<inalmente, @HC ao ir para o Pai, esus nos le!ou consigo *para os lugares celestiais* para"ue o nosso comportamento seja a"uele de "uem tem, ainda, os p%s na terra, mas cuja ca/e.aest2 nos c%us # isto %, para "ue nosso comportamento seja moti!ado por uma emo.ãocaracteriada pelo e"uil/rio ade"uado dos nossos o/jeti!os, estrat%gias e desejos segundoos o/jeti!os, estrat%gias e desejos de -risto uanto a isso, Paulo di aos romanos "ue elesde!eriam ter o mesmo sentimento "ue hou!e em esus, trocando o orgulho pelacondescend'ncia, a estultcia pela sa/edoria, o mal pelo /em, preser!ando a pa com oshomens sem permitir "ue isso interrompa a pa com $eus, entregando a $eus os nossosdireitos e e(pandindo o amor at% os inimigos, como -risto fe por nós Só assim,

diferente de 9dão e E!a no ;den, e de -aim, fora do ;den, adoraremos a $eus pela sua !itóriacontra o mal @Tm 1I1B&I1C

CONVERSÃO

9 con!ersão de os% foi a cha!e para a compreensão de tudo o "ue ha!amos !isto e ou!idoat% ali Ele entendeu o "ue oão "ueria dier na introdu.ão da sua primeira epstola

— 7udo o "ue tinha !isto at% agora so/re religião e so/re os *crentes* parece "uedesliga!a meu desejo de ou!ir mais ou de !er alguma coisa 9gora estou !endo as coisasdiferentes Olhando para o homem a fim de !er a $eus, a gente só !' tre!as8 mas olhando

do ponto de !ista de $eus para !er o homem, isso esclarece tudo5— O "ue % "ue !oc' !'3

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— O "ue estou lendo: "ue esus % a !ida eterna # ue !ida % essa3

—  Gão a "ue eu le!a!a 9 !ida "ue conhece a $eus, "ue tem comunhão com $eus # Koc' "uer ter comunhão com $eus3

— Eu tenho5 -laro "ue tenho5 Pois não estou entendendo o "ue ele di3 Keja minhaalegria5

— ; isso mesmo, os% )as não % só isso uando $eus fa uma alian.a de reden.ãoconosco, ele permanece fiel ao pacto, não importando "uão infi%is nós sejamos )as,então, ele ter2 de nos tratar com durea para "ue a disciplina seja completa e para "ue onosso /em se realie

 # Sei disso Gem "uero !oltar para a escuridão de onde sa uero a lu de $eus5

Oramos juntos, pedindo a $eus o cumprimento de sua promessa da ilumina.ão do Esprito,e meditamos muitas outras !ees so/re esse te(to de oão, o "ual ajudei os% a decorar:

Ora, a mensagem "ue, da parte dele, temos ou!ido e !os anunciamos % esta: "ue $eus %lu, e não h2 nele tre!a nenhuma Se dissermos "ue mantemos comunhão com ele eandarmos nas tre!as, mentimos e não praticamos a !erdade Se, por%m, andarmos na lu, comoele est2 na lu, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de esus, seu <ilho, nos

 purifica de todo pecado Se dissermos "ue não temos pecado ne nhum, a nós mesmos nosenganamos, e a !erdade não est2 em nós Se confessarmos os nossos pecados, ele % fiel e

 justo para nos perdoar os pecados e nos pur ificar de toda injusti.a Se dissermos "ue nãotemos cometido pecado, faemo&lo mentiroso, e a sua pala!ra não est2 em nós @1o 1R&108!er 1&10C

Em 1 oão, o apóstolo relaciona desejos 6 cren.a /2sica e 6 opera.ão do amor: *a

 pala!ra de $eus permanece em !ós, e tendes !encido o )aligno Gão ameis o mundo nemas coisas "ue h2 no mundo Se algu%m amar o mundo, o amor do Pai não est2 nele8 por"uetudo o "ue h2 no mundo a concupisc'ncia da carne, a concupisc'ncia dos olhos e a so/er/ada !ida, não procede do Pai, mas do mundo Ora, o mundo passa, /em como a suaconcupisc'ncia8 a"uele, por%m, "ue fa a !ontade do Pai, permanece para sempre* @I1H&1JC-ertamente, temos a"ui uma clara di!isão entre o desejo de o/edi'ncia ao Pai e o desejo deo/edi'ncia ao próprio cora.ão e 6s demais coisas criadas

4a!ia chegado, então, a hora de ajudar os% a andar na !ida cristã Vma !e entendida ecompreendida a teoria, era preciso "ue os% se e(ercitasse na !ida cristã 9 transforma.ão dohomem interior, concomitantemente com a modifica.ão do comportamento, % parte da poderosa

dinâmica do Esprito Gingu%m pode transformar a si mesmo assim como ningu%m pode sesuspender apenas pu(ando os cordes dos próprios sapatos Gem pode um ser humano ajudar outro num processo tão comple(o e intenso "ue en!ol!e o esprito humano, por"ue ningu%mconhece o cora.ão humano senão o Esprito de $eus: *Por"ue "ual dos homens sa/e as coisasdo homem, senão o seu próprio esprito, "ue nele est23 9ssim, tam/%m as coisas de $eus,ningu%m as conhece, senão o Esprito de $eus* @1-o I11C

M9,AN%A EMOCIONAL

,e one:

O primeiro aspecto a ser tratado na implementa.ão de um no!o comportamento na !ida deos% compreendia o entendimento do processo geral do aconselhamento Onde come.amos3

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E(istiram hierar"uias de influ'ncia ou de relacionamentos significantes com os "uais lidamoslogo de incio3 Elas eram os fatores mais importantes3 Z medida "ue os% respondia a essas perguntas, consideramos "ue tal!e as e(peri'ncias dolorosas e os relacionamentos familiaresti!essem, de fato, desempenhado papel significante no desenrolar dos seus pro/lemas, mas"ue não se localia!am no cerne do pro/lema 9 >/lia, como disse PoQlison, não tem "ual&"uer prefer'ncia "uando 6 a/ordagem inicial do aconselhamento, em/ora as di!ersas escolasde psicologia tenham suas prefer'ncias 7eoricamente, podemos come.ar por "ual"uer relacionamento, situa.ão, atitude, cren.a ou sentimento, e aca/ar lidando com as mesmas"uestesF <oi importante o/ser!ar os  padres "ue surgiram nos relatos, nos posicionamentos,nas "uei(as, nos coment2rios so/re os estudos //licos, e e(plorar os aspectos*sociológicos* e *psicológicos* da !ida de os%, os "uais se refletiam nos seuscomportamentos uais os comportamentos pro/lem2ticos "ue mais e!idencia!am esses padres3 uais desejos os moti!a!am3 uais as estrat%gias usadas3 -om "uais o/jeti!os3-omo opera!a seu amor3 -omo ele imagina!a a !ida3 uais as cren.as /2sicas nas "uaisha/ita!a3

9ssim como a !ida não se processa *em prateleiras*, nada, nas sesses de aconselhamento, foi

tratado de modo muito formal e em compartimen tos estan"ues, e especialmente nessa fase, asentre!istas se processaram de forma fluida, normal Z medida "ue os% e(punha seuentendimento dos padres e das cone(es //licas, ele era le!ado a considerar como a sua!ida tinha sido !i!ida correndo atr2s de dolos e como de!eria ser diante de $eus -omotam/%m disse PoQlison, se "uisermos ajudar pessoas a olhar para $eus, de!emos ajud2&las adesco/rir "uais são os dolos e "uais são as !oes "ue chamam a sua aten.ão *Essasfor.as não desculpam nosso pecado )as nutrem, canaliam e e(acer/am nossa pecamino&sidade* O arrependimento consciente floresce "uando o aconselhado perce/e tanto as própriasdistor.es "uando as distor.es impingidas pelos outros 110  mais importante era "ue os%ti!esse consci'ncia de "ue com esse modelo de aconselhamento redenti!o, o conselheiro!isa ao car2ter do aconselhado antes "ue a solu.ão do seu pro/lema 9 mudan.a de car2ter segundo $eus em sua Pala!ra = em f% e arrependimento, na esperan.a santificadora e no amor o/ediente = tem a promessa da !itória @Tm R1&I0, especialmente o ! 1J8 1o R1&RC

Para one:

O segundo passo, foi a conscientia.ão da sua própria con!ersão $e onde, j2 tnhamos !isto9gora, para onde, os%3 Go prólogo do $ec2logo, $eus se apresenta como i/ertador, eesta/elece o primeiro princpio li/ertador: *Eu sou o Senhor, teu $eus, "ue te tirei da terrado Egito, da casa da ser!idão Gão ter2s outros deuses diante de mim* @^( I0I,AC $eusha!ia li/ertado os israelitas de sua escra!idão, para "ue o glorificassem e goassem de sua

glória imediata e eternamente, "uer no deserto "uer na 7erra Prometida "uer nos c%us

O apóstolo Paulo, escre!endo aos g2latas, e(p+s isso de modo claro @Ul R&BC O essencialera permanecer na li/erdade e não se su/meter de no!o 6 escra!idão os%, mais "ueningu%m, sa/ia o "ue significa!a !i!er so/ a escra!idão de dolos, pois ha!ia colocado nelessua f%, sua esperan.a e seu amor *$o modo "ue eu !i!ia = ele disse = acredita!a nas drogas para me li/ertar da dor de !i!er, espera!a "ue elas mudassem a minha !isão do mundo eo próprio mundo, e amei a cada momento mesmo sa/endo da destrui.ão "ue ela mecausa!a* O dolo, tam/%m, tinha criado suas leis para "ue os% as seguisse8 leis de*circuncisão*, as "uais tinham o o/jeti!o de o separar de $eus, da famlia, do pró(imo e de todaa realidade criada = a lei da autonomia Ele *!ia* isso3 Gão ha!eria mudan.a se essas leiscontinuassem a reger seu cora.ão e seu corpo Se ele não se dei(asse circuncidar para-risto, separar&se para ele em "uem estão firmados os la.os da comunhão com $eus e com o pró(imo8 se ele não se su/metesse a $eus, em comunhão com ele em ora.ão e em o/edi'ncia

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6 sua pala!ra, continuaria retornando 6 escra!idão das drogas e perpetuando o crculo !iciosodo pecado, perseguindo os o/jeti!os idólatras, ar"uitetando estrat%gias de cultos @*curti.ão*,como diemC e aumentando seu desejo pela fuga e pela solidão Sua li/erdade dependia de permanecer em -risto como -risto prometera permanecer nele @o 1RC Ki!er na gra.asignifica!a ha/itar a no!a f%, imaginar segundo uma no!a esperan.a e operar conforme umno!o amor, por"ue, como di Pedro: *estas coisas, e(istindo em !ós e em !ós aumentando,faem com "ue não sejais nem inati!os, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nossoSenhor esus -risto Pois a"uele em "uem estas coisas não estão presentes % cego, !endosó o "ue est2 perto, es"uecido da purifica.ão dos seus pecados de outrora Por isso, irmãos, procurai, com dilig'ncia cada !e maior, confirmar a !ossa !oca.ão e elei.ão8 por"uanto, procedendo assi m, não trope.areis em tempo algum* @IPe 1X&10C

9ma nova isposiç0o

Vma mudan.a emocional não significa mudan.a de sentimentos aparentes, mas de toda aato&estrutura, da inteira.ão das mo.es dos afetos @f%, esperan.a e amorC, da integra.ão dosmo!imentos su/se"?entes @ha/ita.ão, imagina.ão e opera.ãoC e da intera.ão da dinâmica dosefeitos @reloca.ão dos o/jeti!os, reorgania.ão das estrat%gias e re&ha/itua.ão dos desejosC

os% esta!a disposto a não alimentar "ual"uer outra emo.ão "ue não fosse o e"uil/riode !i!er para esse no!o o/jeti!o, olhando firmemente para -risto, o autor e consumados danossa f%3 Esta!a disposto a se su/meter 6 estrat%gia do Senhor, /uscando de cora.ão manter,sempre "ue poss!el, a pa com todos, a "ual procede da santifica.ão @!eja 4/ 1II&1JC3

Sim, os% esta!a disposto, ele "ueria5 Então, era preciso "ue ele se afastasse de tudo o "ue oincita!a 6 re/eldia = m2s companhias, m2s con!ersa.es, maus costumes = e "ue nas horas demaior tensão, usasse a li/erdade, não para dar lugar 6 carne, mas para dar lugar 6 lei do

amor: amar a $eus acima de tudo e amar ao pró(imo como seu igual 7al!e esta "uestão tenhasido a "ue tomou mais do nosso tempo Sem essa troca de emo.ão, tudo o mais "ue ti!esse deser tratado seria inútil 7eria ha!ido uma mudan.a de posi.ão "ue não teria mudado o pontofocal da mat%ria e, assim, o "ue "uer "ue fosse !isto cairia num !elho modo de sentir

Obras da carne e fruto do Espírito

Tepetindo, essa mudan.a emocional não % no sentido de mudar um compartimento da pessoa, mas de uma or"uestra.ão geral da f% num mo!imento inato para a ha/ita.ão, daesperan.a num mo!imento recepti!o da imagina.ão e do amor num mo!imento operacionalEla % de car2ter espiritual e fsico e só poder2 sofrer mudan.as !erdadeiras se mo!idas pelo

Esprito, como prossegue Paulo, diendo aos g2latas: *$igo, por%m: andai no Esprito e jamaissatisfareis 6 concupisc'ncia da carne Por"ue a carne milita contra o Esprito, e o Esprito,contra a carne, por"ue são opostos entre si8 para "ue não fa.ais o "ue, por!entura, seja do!osso "uerer )as, se sois guiados pelo Esprito, não estais so/ a lei* @Ul R1B&1XC

Estaria os% se apropriando dessas coisas3 $e "ue o/ras da carne nós est2!amos falando3Ele poderia descre!er a própria e(peri'ncia em termos das defini.es de Paulo: *Ora, aso/ras da carne são conhecidas e são: prostitui.ão, impurea, lasc!ia, idolatria, feiti.arias,inimiades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenses, fac.es, in!ejas, /e/edices, glutonariase coisas semelhantes a estas, a respeito das "uais eu !os declaro, como j2, outrora, !os pre!eni,

"ue não herdarão o reino de $eus os "ue tais coisas praticam* @Ul R1W&I1C3 E estaria elese apropriando da promessa da a.ão do Esprito3 os%, especialmente, se deliciou com a

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e(plica.ão de "ue Paulo chama essas emo.es pecaminosas de *o/ras da carne*, e chamaas o/ras pro!ocadas pelo Esprito de *fruto do Esprito*: a"uelas como resultadoscomportamentais do esfor.o próprio para se alcan.ar o/jeti!os errados, com estrat%giaserradas, localiado nos *desejos da carne*8 e este, como fruto da a.ão so/renatural doEsprito aplicando 6 !ida presente a reden.ão de -risto para "ue os desejos sejam espiri&tuais: *amor, alegria, pa, longanimidade, /enignidade, /ondade, fidelidade, mansidão,domnio próprio* @Ul RII,IAC -ontra essa coisas não h2 lei por"ue a lei condena 6 morte,mas os "ue estão em -risto j2 crucificaram a carne e seus desejos, mas estão ressurretos em-risto para a o/ra do Esprito

-O)POT79)EG7O

Ser2 importante manter em mente "ue as emo.es, definidas como e(presses da ato&estrutura do corpo, se manifestam nos comportamentos e(ternos 9ssim como em todo o processo do aconselhamento, a utilia.ão dos di!ersos elementos # f%Mha/ita.ão esperan.aMimagina.ão o/jeti!os, o/jeti!os amorMopera.ão estrat%gias, e o/jeti!os estrat%gias desejos # não % feita passo a passo, sucessi!amente, mas organiada pela emo.ãode modo integrante, interagente e circular, isto %, num processo de retroalimenta.ão @feed/ac[C positi!o ou negati!o

Sou/e "ue ha!ia chegado o momento de atacar o pro/lema do comportamentoe(terno "uando os% perguntou:

 # -omo posso dei(ar as drogas para ser!ir a -risto3

 # eia isto # respondi, apontando para um te(to na >/lia a/erta 6 sua frente

O apóstolo Pedro # "ue conhecia e(perimentalmente o "ue significa!a a dor de negar a -risto # escre!eu so/re o aspecto pr2tico da f%&arre  pendida ditando no!a esperan.a e fidelidade deimagina.ão para a opera.ão em amor de uma no!idade de !ida Ele disse: *$espojando&!os, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e in!ejas e de toda sorte de maledic'ncias,desejai ardentemente, como crian.as rec%m&nascidas, o genuno leite espiritual, para "ue, por ele, !os seja dado crescimento para sal!a.ão* @1Pe I1IC 42, claramente, a, umdespojamento dos desejos do !elho homem e um re!estimento do desejo do no!o homem, "ue

re"uerem muita dedica.ão, depend'ncia e esfor.o Essa era a resposta para a pergunta deos%: -omo39 mudan.a de comportamento, ainda "ue não seja o ponto central do aconselhamento

redenti!o, %, não o/stante, o ponto de finalidade, uma !e "ue cremos "ue toda a.ãohumana se concentra na ato&estrutura do corpo 7oda mudan.a chamada na >/lia de*con!ersão* se re!ela real "uando muda o comportamento interior e e(terior E essa mudan.asó se realia na glorifica.ão de $eus na nossa !ida Somos criados por $eus, nossomodelo, do "ual decamos, e só podemos retornara esse modelo sendo santos como $eus %santo

Por isso Paulo di aos ef%sios "ue eles de!eriam ser imitadores de -risto, andando emamor como ele andou e se entregou como oferta de aroma sua!e Para isso, não poderia ha!er 

em seu cora.ão nenhuma impurea ou co/i.a nem em pala!ras nem em a.ão = somente a.esde gra.as =pois só assim e(perimentariam o "ue é!i!er o reino de $eus 7eriam de cuidar,tam/%m, "ue não fossem enganados pelas pala!ras !ãs de outras pessoas deso/edientes a $eus e

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le!ados a participar das suas o/ras, lem/rando os resultados anteriormente colhidos 9 lu de$eus certamente ilumina o caminho do homem de $eus, mas tam/%m re!ela tanto sua fra"uea"uanto as dificuldades do caminho 9 lu "ue ilumina a /ondade, a justi.a e a !erdade, tam/%mrepro!a a maldade, a injusti.a e a mentira Portanto, di Paulo: *!ede prudentemente comoandais remindo o tempo, por"ue os dias são maus* @Ef R1R,1B = !er 1I1C

 Go restante do te(to, !isto da perspecti!a dos afetos do cora.ão, Paulo di "ue: @1C nãode!emos ser insensatos, mas procurar compreender a !ontade do Senhor @R1J,f%Mha/ita.ãoC e @IC não de!emos nos em/riagar com !inho, mas encher&nos do Esprito @R1X,esperan.aMimagina.ãoC, @AC num relacionamento de lou!or, de gratidão e de su/missão notemor de -risto @R1W&Ila, amorMopera.ãoC

Esses afetos do cora.ão, "uando retirados de $eus e colocados nos dolos, alteram oe"uil/rio emocional da dinâmica interior da pessoa, do modo Paulo ha!ia escrito pouco antes:@aC torna a pessoa o/scurecida de entendimento e a fa andar na !aidade dos próprios pensamentos @Ef H1J/1Xa, o/jeti!osC8 @/C le!a&a a planejar a !ida de modo alheio 6 !ontade de$eus e com o cora.ão endurecido para com ele @Ef H1X/, estrat%giasC e, insens!el ao pensamento de $eus, mo!e&a entregar&se aos próprios desejos @Ef H1W, desejosC

E;9ILI)RA%ÃO4 MO,ELA%ÃO E HA)IT9A%ÃO

-omo os% poderia modificar o seu comportamento3 )uitas pessoas, "uando pensam emmodifica.ão de comportamento, logo imaginam id%ias como, por e(emplo, de recompensa ecastigo, como o ET de S[inner, ou de atualia.ão, como % o caso de Togers 9lguns at% aceitamo conhecimento como orientador do comportamento Vm número menor ainda admite oconhecimento re!elado como seu ponto de partida Só os cristãos, entretanto, aceitam oconhecimento de $eus, !er/al e proposicionalmente re!elado, como autoridade de f% e pr2tica@ali2s, a únicaC uando falamos, a"ui, de modifica.ão de comportamento, "ueremos dier a

transforma.ão comportamental causada pela transforma.ão do homem interior e conse"?enteno comportamento, o "ual, por sua !e, e(erce um efeito de retroalimenta.ão na ato&estruturado corpo O comportamento de!eria ser uma conduta respons2!el, responsi!a e !olunt2ria = respons2!el em termos da a.ão o/ediente em rela.ão 6 !ontade de $eus, responsi!a no sentidoda conduta santa em resposta 6 gra.a de $eus, e !olunt2ria "uanto 6 apropria.ão docomportamento como parte do car2ter da pessoa

9 resposta 6 pergunta de os% esta!a /em 6 mão Escre!endo a 7imóteo a respeito de umcomportamento piedoso, o apóstolo Paulo di: *7u, por%m, permanece na"uilo "ue aprendeste ede "ue foste inteirado, sa/endo de "uem o aprendeste E "ue, desde a infância, sa/es assagradas letras, "ue podem tornar&te s2/io para a sal!a.ão pela f% em -risto esus 7oda aEscritura % inspirada por $eus e útil para o ensino, para a repreensão, para a corre.ão, para a

educa.ão na justi.a, a fim de "ue o homem de $eus seja perfeito e perfeitamente ha/ilitado para toda /oa o/ra* @I7m A1H&1JC

Primeiro, h2 a "uestão da perman'ncia, da ha/ita.ão O ser humano apresenta umaincongru'ncia comportamental "ue seria engra.ada se não fosse tr2gica: uma tend'ncia para odese"uil/rio, por causa da sua naturea pecaminosa, e uma !oca.ão para o e"uil/rio, por causada sua cria.ão 6 imagem de $eus Perman'ncia, perse!eran.a, coer'ncia, genuinidade, sãoalguns dos termos en!ol!idos no significado desse e"uil/rio )uitos, diia Paulo no te(toimediatamente anterior, eram dese"uili/rados 9prendiam sempre sem nunca chegar aoconhecimento da !erdade e, por isso, o comportamento deles era resistente 9 corrup.ãomental e a repro!a.ão "uanto 6 f% os torna!a insensatos, e(i/indo comportamentos

 pecaminosos Eram *egostas, a!arentos, jactanciosos, arrogantes, /lasfemadores, deso/edien&tes aos pais, ingratos, irre!erentes, desafei.oados, implac2!eis, caluniadores, sem domnio

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de si, cru%is, inimigos do /em, traidores, atre!idos, enfatuados, mais amigos dos praeres "ueamigos de $eus, tendo forma de piedade, negando&lhe, entretanto, o poder* @I7m AI&RC

Segundo, comportamentos são aprendidos por o/ser!a.ão e imita.ão, 9ssim como ocomportamento de os% ha!ia sido aprendido por o/ser!a.ão, tanto imitando "uanto reagindo6s pessoas significati!as de sua !ida, assim 7imóteo tam/%m o ha!ia aprendido da f% "ue

ha/itou em sua mãe e em sua a!ó @cf I7m 1RC 7imóteo tam/%m ha!ia rece/ido o ensinode Paulo e !isto a conformidade do seu comportamento com o seu propósito de f%, e a sualonganimidade, seu amor e sua perse!eran.a8 como ele ha!ia procedido so/ persegui.ão esofrimento, "ueé"uando a genuinidade do comportamento se e!idencia

7erceiro, o comportamento //lico, santo, "ue % a apresenta.ão do nosso corpo por sacrifcio!i!o, santo e agrad2!el a $eus, % a"uele "ue pratica a teoria aprendida 9 Pala!ra de $eus "ue %útil para o ensino, repreende, corrige e educa na justi.a para "ue *o homem de $eus seja perfeito e perfeitamente ha/ilitado para toda /oa o/ra* @I7m A1JC

Essa foi a resposta "ue os% pedia -omo mudar o comportamento3 E(ercitando o e"uil/rio,modelando comportamentos ade"uados e processando uma re&ha/itua.ão

E;9ILI)RA%ÃO< M9,AN,O OS O)6ETIVOS

9 primeira fase da e"uili/ra.ão % o autoconceito O homem foi criado 6 imagem de $eus esó encontra e"uil/rio nessa rela.ão $esde "ue 9dão perdeu seu referencial em $eus, ohomem tornou&se incapa de se localiar na naturea e em rela.ão ao pró(imo Em Tomanos11X&AI, Paulo di "ue essa perda do referencial di!ino não % metafsica, mas moral O des&conhecimento de $eus % inimiade contra o -riador "ue manifesta seu conhecimento, mas cujaglória não % refletida pelo homem -onhecem a $eus mas não o glorificam @"ue dese"uil/rio,"ue inconsist'ncia5C E por não serem respons2!eis @o/edientesC nem serem responsi!os@gratosC, são entregues por $eus a uma disposi.ão mental repro!2!el e !olunt2ria ao pecado da"ual procedem seus comportamentos

uando Paulo come.a a discorrer so/re a transforma.ão do crente, em Tomanos 1I1&A, eleoferece o primeiro *como* da mudan.a: *Por"ue, pela gra.a "ue me foi dada, digo a cada umdentre !ós "ue não pense de si mesmo al%m do "ue con!%m8 antes, pense com modera.ão,segundo a medida da f% "ue $eus repartiu a cada um* @! AC 9 rea.ão de os% a esse te(to foiinteressante

 – -omo !oc' se descre!eria, os%3

 = Eu tenho rai!a de mim5 – Koc' poderia ler para mim esse !erso de Tomanos 11X3

 – ;, estou so/ a ira de $eus – Esta!a, os% Esta!a eia o "ue est2 escrito em Tomanos R1&R

9 leitura de os% foi pausada, como "ue entremearia de respostas "ue ele de!eria a/sor!er cuidadosamente

 = O "ue !oc' entendeu dessa leitura3 = ue não estou mais de/ai(o da ira de $eus )as eu não entendo o "ue a ira de $eus

tem a !er com a rai!a "ue sinto de mim mesmo – 9h5 os%5 Se -risto morreu por nós e pela sua justi.a temos pa com $eus, temos de,

 pela f%, ha/itar na sua gra.a sso de!e /asear nossa esperan.a e mudar nossa imagina.ãoacerca de tudo, at% de nós mesmos ; o amor de $eus "ue o Esprito derrama no nossocora.ão "ue opera em nós a transforma.ão necess2ria Gecess2ria3 Sim, por"ue !oc' temraão de não gostar de !oc' mesmo em !ista do "ue !oc' foi, e de não gostar de algumas coisas

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"ue !oc' ainda %, mas o os% "ue $eus criou e "ue redimiu, esse tem agora o !alor "ue $euslhe atri/ui Gingu%m tem !alor próprio como se fosse alguma coisa em si mesmo )as $eus %o seu !alor5

 – ;, -risto morreu por mim, e como di ai, dificilmente algu%m morreria por um justo,"uanto mais por um injusto )as ele morreu por mim Eu de!eria mesmo ser mais grato

 = Pense nisto: Paulo est2 diendo "ue *ogo, muito mais agora, sendo justificados pelo seusangue, seremos por ele sal!os da ira Por"ue, se nós, "uando inimigos, fomosreconciliados com $eus mediante a morte do seu <ilho, muito mais, estando j2reconciliados, seremos sal!os pela sua !ida* @Tm RW,10C

Poucos de nós entendemos toda a comple(idade das e(presses *muito mais agora* e desse*muito mais seremos* usadas por Paulo nesse !ersculo, mas o próprio apóstolo as aplicadepois, no captulo X 2 não h2, para nós "ue estamos em -risto, nenhuma condena.ão Gãoestamos sujeitos 6 condena.ão da lei de $eus nem da nossa lei = "ue em si mesma representaidolatria Era&nos imposs!el ser o "ue $eus "uer "ue sejamos, segundo sua lei, pois a lei é justa, santa e /oa, e nós %ramos injustos, transgressores e maus 9 nossa própria lei e nossa

consci'ncia tam/%m testemunha!am contra nós tornando&nos acusadores e defensi!os )as a promulga.ão da justifica.ão em -risto, pela gra.a mediante a f%, fe surgir uma no!a lei, alei do Esprito, segundo a "ual temos a certea de agradar a $eus O Esprito Santo "ueha/ita em nós produiu, produ e ainda produir2 transforma.es redenti!as, ainda *muitomais* do "ue jamais poderemos imaginar -risto em nós, % gra.a so/re gra.a5

Por isso, Paulo come.ou o !erso, diendo: *Por"ue, pela gra.a "ue me foi dada, digo a cadaum dentre !ós "ue não pense de si mesmo al%m do "ue con!%m* @Tm 1IAC Gão se trata dealgu%m não pensar em si mesmo 9ntes, de!e pensar muito em si mesmo = mas diante doSenhor5 Gão pensar de si mesmo al%m do "ue con!%m Gem a"u%m )as pensar come"uil/rio *segundo a medida da f% "ue $eus repartiu a cada um* E "ual % essa medida da f%3 Gão % a mesma propor.ão do dom de -risto, a medida da estatura a medida da estatura da plenitude de -risto, de Ef%sios HJ,1A3

 Gossos comportamentos são o "ue somos, como disse o mestre de Pro!%r/ios: *9t% acrian.a se d2 a conhecer pelas suas a.es, se o "ue fa % puro e reto* @P! I011C 9ssim, oautoconceito de os% influencia!a a sua percep.ão de $eus, de si, do pró(imo e das coisas,influenciando seus comportamentos = e influenciando o processo de mudan.a de comporta&mento Vm autoconceito coram Deo @diante de $eusC ou teo&referente, como oposto aoconceito egosta, idólatra, poder2 determinar uma !erdadeira mudan.a de comportamentointerior e e(terior

PoQlison di "ue os dolos nunca são solit2rios O orgulho, ou */rincar de $eus*, gera ira,

manipula.ão, compulsão de controlar as pessoas e circunstâncias e re/eldia contra asautoridade, os pais ou a */urguesia* O temor de homens, ou *transformar os outros emdeuses* gera preocupa.ão, ansiedade, senso de inferioridadeMsuperioridade, comportamento decamaleão 7udo junto, gera o comportamento rela(ado ou perfeccionistaF 9 segunda fase dae"uili/ra.ão % su/stitui.ão do medo de homens pelo temor de $eus, e o medo de amar peloamor de $eus Paulo escre!eu a 7imóteo: *Por"ue $eus não nos tem dado esprito deco!ardia, mas de poder, de amor e de modera.ão* @I7m 1JC Genhum outro escrito fala tãocompletamente a respeito disso do "ue a Primeira Epstola de oão Ele di "ue ocomportamento coerente com o caminho da lu só pode ser !i!ido se esti!ermos emcomunhão com $eus e com os irmãos, em -risto, pelo Esprito Para "ue essa comunhão sejamantida, di oão, % preciso permanecer na Pala!ra da !erdade e em ora.ão em amor Omandamento de $eus % lu "ue ilumina o caminho e "ue mostra o des!io do cora.ão ; certo

"ue ha!er2 des!ios, e "uando hou!er, a confissão de pecados e a certea do perdão serãoos atos redenti!os da aplica.ão da reden.ão de -risto aos relacionamentos de amor Sem essa

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 purifica.ão = pela confissão, pelo perdão e pela la!agem de 2gua pela pala!ra = impedimosnosso cora.ão de crer nos mandamentos e promessas do Senhor e somos impedidos dee(perimentar o amor a $eus e aos homens 9l%m disso, ha!er2 o dese"uil/rio dos afetos, eningu%m "ue não permane.a nos seus mandamentos poder2 ser aperfei.oado no seucomportamento uem não ama a $eus e ao pró(imo, passa a tem'&los Gão no sentido dehonrar, acatar, e amar, próprios do temor do Senhor, mas no sentido de se ressentir, de in!ejar,de fugir da presen.a e de afrontar com comportamentos desafiantes Essas coisas não !'mde $eus, mas do maligno 9 concupisc'ncia da carne, a concupisc'ncia dos olhos e a so/er/a da!ida são coisas do mundo manipuladas pelo dia/o "ue !isam elicitar comportamentosdese"uili/rados "ue comprometam a !erdade )as para os "ue permanecem no e"uil/rio daf%, da esperan.a e do amor, a un.ão do alto tra a promessa da !ida eterna, a "ual permanece em nós $a f%, por"ue cremos "ue somos filhos de $eus8 da esperan.a, por"uesomos por ele purificados8 e do amor, por"ue o amor lan.a fora todo medo 9"uele "ue permanece no Senhor não tem medo de não pecar, pois sa/e "ue os mandamentos do Senhor são mais ricos e doces do "ue as falsas promessas do pecado O seu comportamento ser2 por *e(pressão* e não *por necessidade* -omo Paulo tam/%m disse: *Seja a !ossa modera.ãoconhecida de todos os homens Perto est2 o Senhor Gão andeis ansiosos de coisa alguma8

em tudo, por%m, sejam conhecidas, diante de $eus, as !ossas peti.es, pela ora.ão e pelasúplica, com a.es de gra.as* @<p HR,BC

 < os*' vamos fa#er uma lista de coisas (ue devem ser mudadas no seu comportamento' as(uais voc5 tem medo de mudar' e uma lista das respectivas mudanças (ue Deus propõe' com

 suas conse(Nentes promessas. 7ue tal tr5s colunas...

MODELAÇÃO: MUDANDO AS ESTRATÉGIAS

-omo implementar as mudan.as3 os% tinha, agora, /em fundado em sua mente, um ponto de apoio: $eus e sua Pala!ra, e a pr2tica da !erdade em amor: *)as, seguindo a!erdade em amor, cres.amos em tudo na"uele "ue % a ca/e.a, -risto, de "uem todo o corpo, /em ajustado e consolidado pelo au(lio de toda junta, segundo a justa coopera.ão de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edifica.ão de si mesmo em amor* @Ef H1R,1BC<alta!a&lhe um referencial !is!el -om toda a honra de!ida aos pais, os filhos sa/em "ue os pais são de carne e sangue, pertencentes a uma humanidade decada, e "ue eles t'm as mesmaslimita.es e necessidades espirituais e fsicas "ue todos temos 9 Pala!ra di "ue fomosresgatados de um procedimento fútil herdado dos nossos pais @1Pe 11XC, não necessariamente por"ue eles tenham nos ensinado isso, se /em "ue muitas !ees isso seja !erdadeiro, massempre por"ue, so/ nossa inteira responsa/ilidade, imaginamos isso Em nossa estultcia,aprendemos, da o/ser!a.ão do comportamento dos nossos pais, *in!erdades* com as "uais

*ha/itamos em f%* uando /e/'s, somos, muitas !ees, manipulados pelos nossos pais"uer seja para mamar "uer seja para dormir, etc, e aca/amos aprendendo estrat%gias demanipula.ão para não dormir, para mamar, etc Por e(emplo, da e(peri'ncia de ter rece/ido umsor!ete após a e(tra.ão das amgdalas, seguidas de e(peri'ncias de e(cesso de recompensa@o/!iamente geradas por um senso de culpaC após certas disciplinas, e de demonstra.es deafeto em casos e acidentes ou outros sofrimentos, os% poderia ter deduido "ue o sofrimentofosse um modo de se o/ter amor sso poderia ter preparado o seu cora.ão para deri!ar compensa.ão das dores "ue as drogas lhe causa!am O mesmo ocorre em rela.ão aos nossosirmãos e amigos Os namorados !i!em plenos de manipula.es, desde as mais inocentesformas de conseguir carinho @*se !oc' me ama*C, at% as mais defraudadoras incita.es 6intimidade e(agerada @*pro!e seu amor*C

Somos criados 6 imagem de $eus, e isso fa de nós imagineiros naturais Se não refletimos a

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imagem de $eus, refletimos as imagens dos inumer2!eis dolos de su/stitui.ão "ue nos cercam = a cria.ão toda, como disse Paulo: *por"uanto, tendo conhecimento de $eus, não oglorificaram como $eus, nem lhe deram gra.as pois eles mudaram a !erdade de $eus emmentira, adorando e ser!indo a criatura em lugar do -riador* @Tm 1I1,IRC O pro/lema, portanto, não % imitar, mas imitar o "ue se ape 6 imagem de $eus

uando Paulo disse aos ef%sios "ue eles de!eriam ser imitadores de -risto, ele forneceuo único modelo ade"uado para o nosso comportamento

)esmo o seu próprio modelo de!eria ser imitado de forma seleti!a *Gão "ue eu o tenha j2rece/ido ou tenha j2 o/tido a perfei.ão8 mas prossigo para con"uistar a"uilo para o "uetam/%m fui con"uistado por -risto esus*, disse ele, mas *prossigo para o al!o, para o pr'mioda so/erana !oca.ão de $eus em -risto esus* 7odos "ue temos essa perfei.ão em -risto,de!eriam ter esse mesmo sentimento 9ssim, *sede imitadores meus e o/ser!ai os "ue andamsegundo o modelo "ue tendes em nós* @<p A1JC Por isso ele di tam/%m "ue a pala!ra éfiel edigna de toda aceita.ão e "ue ele @*eu*, disse ele8 eu digo: *eu*C era o principal dos pecadores,mas por isso mesmo lhe foi dada a misericórdia de e!idenciar esus -risto e de ser!ir de modelode pecador arrependido e transformado para outros "ue !iessem a crer @17m 11RC 7iagotam/%m se referiu ao modelo dos profetas no sofrimento e na paci'ncia, os "uais falaram emnome do Senhor @7g R10C

9 mudan.a de modelos, dos modelos idólatras para o )odelo original, % uma forma deaprendiado Paulo <reire prop+s um modelo de aprendiado "ue tem sido difundido pelomundo: o aprendiado formal @por e(emplo, em classeC, o modelo informal @por e(emplo, o peripat%ticoC e o não&formal @na e(peri'ncia cotidiana8 por e(emplo: só aprendemosrealmente o "ue significa a placa de ad!ert'ncia *preferencial*, "uando, num cruamento, umcaminhão cede direito a um pe"ueno *fusca*C )odela.ão éisso: um )odelo formal em-risto, na Pala!ra8 um modelo informal no estudo di2rio da Pala!ra e em ora.ão8 e ummodelo não&formal na e(peri'ncia comum na igreja e da igreja no mundo Vm modelo para

aprenderO "ue escre!i em outro lugar so/re a Urande -omissão @)t IX1X&I0C, reprodu essa id%ia:

esus % o )odelo, só ele tem toda autoridade nos c%us e na terra, e ele nos en!iou so/ suaautoridade para apresentarmos o modelo formal do e!angelho para todas as na.es, para!i!enciar informalmente esse modelo no seu corpo, a greja, e para inculcar não&formalmentenos sal!os a pr2tica dos seus mandamentos

 Go aconselhamento, como em todos os relacionamentos pessoais, o microcosmo modela omacrocosmo, isto %, a e(peri'ncia do relacionamento intra&aconselhamento reflete, ou de!eriarefletir, a !ida comum 9ssim, os% e eu j2 est2!amos mantendo uma rela.ão /aseada na rela.ão proposta por -risto Go Sermão do )onte @)t R1&11C, esus introduiu o seu sermão com omais /elo, moral e %tico manifesto comportamental da f%

 # O "ue !oc' entende da leitura do terceiro !ersculo3 # perguntei # 9hn "ue os tolos e po/res seriam sal!os3 # ele respondeu em tom de pergunta como

"uem não sa/ia ao certo

 – O "ue !oc' acha "ue significa ser po/re de esprito3

 – Estulto3 = ele tinha gostado da pala!ra "uando a estudamos logo no come.o – )as um estulto seria um /em&a!enturado3 – Tealmente, não – O "ue seria, então3

<inalmente, tudo /em lido, /em interpretado, /em con!ersado, chegamos a um ponto:

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est2!amos treinando ali para e(ercitar sempre o modelo de -risto, a alegria da nossa sal!a.ão9plicando: /em&a!enturados @gr ma[arios, a/en.oados, felies, espiritualmente prósperosC

os "ue não t'm o/jeti!os próprios em rela.ão 6 justi.a, por"ue terão parte no reino dos c%us8 os"ue são sens!eis ao pro/lema causados pelos falsos o/jeti!os assestados pela injusti.a, por"ueserão consolados8 os "ue com /oa disposi.ão perse!eram nas estrat%gias justas do Senhor, por"ueherdarão a terra8 a"ueles cujos desejos são postos na justi.a do Senhor, por"ue serão satisfeitos8os "ue se condoem com a situa.ão do pró(imo, por"ue serão consolados8 os "ue se la!am naPala!ra e confessam seus pecados, por"ue !erão a $eus8 os "ue procuram acertar as situa.es, por"ue serão chamados filhos de $eus8 os "ue se dispem a enfrentar oposi.ão por causa da justi.a, por"ue deles % o reino dos c%us @)t RA&11C Tesumindo, /em&a!enturados somos por sermos de -risto, e o seremos se não !i!ermos mais para nós mesmos, mas para cumprir a!oca.ão de !i!er na terra uma !ida de for.a e "ualidade "ue modele ao mundo a lu de $eus

 – os%, !amos faer uma lista de injusti.as "ue !oc' acha "ue cometeu, outra de injusti.as"ue !oc' acha "ue cometeram contra !oc', e outra com o "ue $eus "uer "ue fa.amos com elasue tal tr's colunas3

HA)IT9A%ÃO< M9,AN,O OS ,ESE6OS

9"ui % o ponto em "ue a maioria dos conselheiros tem mais dificuldades8 % o ponto em"ue a maioria dos aconselhados fica sem sa/er ao certo para onde ir 9 ha/itua.ão % ofechamento do aconselhamento, "uando a pr2tica da teoria re"uer mais tanto do conselheiro"uanto do aconselhado ; a hora de proceder 6 re&ha/ita.ão da f%, aplic2&la 6 re&imagina.ão daesperan.a8 e fa'&la funcional na re&opera.ão do amor

7al!e não haja outro conselheiro mais apto e mais h2/il na manipula.ão do m%todo do "ue aLEdQard 9dams -reio "ue ser2 saud2!el, para nós, usarmos seu caso para introduir nossa id%iade ha/itua.ão )uitos profissionais da 2rea de saúde e at% da 2rea pastoral o tem como pessoa rgida, rspida e "uase intrat2!el, muitos dos "uais e!idenciaram essas mesmascaractersticas ao falar dele Poucos o conhecem, alguns só de ler seus primeiros li!ros, algunsde !ista, mas j2 com reser!as )uitos desses reagiram 6 sua posi.ão e(atamente por "ue j2ha/ita!am conceitos diferentes, j2 imagina!am estruturas com as "uais se sentiam confort2!eise acusa!am ou se defendiam na própria consci'ncia, mais por causa dos seus desejos do"ue por outras raes Gesse clima, % imposs!el ser humilde no julgamento, chorar com asimperfei.es de 9dams, perse!erar em consider2&lo como irmão e acad'mico, e confiar nasua honestidade e sinceridade para com $eus Seria preciso ser, realmente, piedoso, confessar o pecado do preconceito e da maledic'ncia e aprender a perdoar na"uilo em "ue ele mesmo tenha pecado ou e(trapolado, /uscando&o ou 6"ueles a "uem se falou dele de modo pouco amoroso,

com a disposi.ão de enfrentar as oposi.es, não para *mudar de id%ia*, mas de atitude

Em outro lugar eu escre!i "ue aL 9dams, cujo nome tem sido e(altado por uns ee(ecrado por outros, foi respons2!el pelo le!antamento da "uestão do aconselhamento cristãona igreja moderna 7emos de reconhecer "ue 9dams % homem de e(celente cultura nas2reas da teologia, da e(egese e da hermen'utica, da comunica.ão e da psicologia,reconhecido nos meios e!ang%lico e secular como teólogo e psicólogo @pr'mio ilL<elloQship, com O 4o/art )oQrerC Especialmente, % um pastor de almas no sentido //lico da e(pressão, "ue e(i/e a /ondade e a firmea "ue esus re"uer dos seus ser!os$a!id PoQlison di "ue 9dams % um homem com um mapa de aconselhamento comoos mapas do s%culo 1B, muito preciso nos tra.os gerais, mas com alguns *sinais de maresdesconhecidos* @ainda "ue os conhecesse, não foi seu o/jeti!o discutir so/re elesC e dead!ert'ncias so/re possi/ilidades de tormentas, fortes correntes martimas ou so/re ae(ist'ncias de monstros 9s psicologias modernas t'm mapas detalhados @!oc' poderia

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achar neles at% a sua cidadeinha natalC, mas parecendo "ue algu%m recortou o mapa na formade um "ue/ra&ca/e.a e o colou todo errado 9 proposta de 9dams, di ele, % reconstruir o mapadas psicologias modernas so/re o ga/arito da Pala!ra de $eusF

Para 9dams, a primeira proposta para o aconselhamento cristão % afetar o car2ter e

mudar o comportamento da pessoa8 a segunda, % o pro cesso de con!encimento,confronta.ão e consola.ão na Pala!ra8 e a terceira % a moti!a.ão por amor para o /em docliente e para a glória de $eus 9 mudan.a de !ista proposta % a mesma j2mencionada, do despojamento e do re!estimento de "ue Paulo fala em Ef%sios HI0&IH:aprender a instru.ão de -risto pelo despojamento do !elho homem e pelo re!estimento de-risto Ele di "ue h2 elementos defin!eis en!ol!idos nessa mudan.a, e "ue nenhum deles pode ser !isto como um passo isola do ou numa sucessão, mas são introduidos no processogeral do aconselhamento $e!emos manter em mente "ue as pr2ticas ha/ituais tornaram&seuma *segunda naturea* do cliente, o "ue "uer dier "ue ele se sente 6 !ontade com seu !elhoh2/ito, "ue reage automaticamente a determinados estmulos @situa.es, pessoas,sentimentosC, e "ue fa isso sem pensar, automaticamenteF -omo PoQlison colocou, H  a pessoa "ue atende 6s !oes dos seus dolos, j2 se ha/ituou aos seus comandos, e assim, reage

imediatamente, nos seus *mem/ros*, segundo sua ha/itua.ão8 "uando surge a conse"?'ncia elae(perimenta frustra.ão, em curto ou longo prao, e refor.a ou troca seu dolos, faendogirar o crculo !icioso de pecado -omo mudar3 9 mudan.a e(ige uma con!ersão Ocaminho natural %: *dolos e !oes* &&C, *mem/ros* && *e(peri'ncia*, e de!e ser mudado para a ordem in!ersa @con!ersãoC em: *$eus e sua Pala!ra* #C *e(pe ri'ncia* &&*mem/ros*

 Ga se"?'ncia do te(to de Paulo so/re o despojamento e o re!estimen to @Ef HII&IHC, eledi "ue os h2/itos antigos corrompem o ser *segundo as concupisc'ncias do engano*, e "ueisso de!er2 ser su/stitudo pela reno!a.ão do esprito do entendimento @ato&estrutura do corpoC

com comportamentos procedentes da !erdade<oi assim "ue continuei a proceder com os%:

 # Kejamos o te(to de Ef%sios HIR: *Por isso, dei(ando a mentira, fale cada um a !erdadecom o seu pró(imo, por"ue somos mem/ros uns dos outros* O "ue % "ue de!e ser despojado,em primeiro lugar3

— 9 mentira # ele reconheceu

Koc' se lem/ra "ue sua irmã mentiu para tra'&lo a"ui3 Koc' mesmo contou a"ui so/re asmuitas mentiras "ue usou para esconder seus comportamentos errados, especialmente paraconseguir meios para comprar drogas Koc', tam/%m, mentiu di!ersas !ees durante asnossas con!ersas so/re situa.es e sentimentos "ue !oc' ha!ia e(perimentado $e fato, !oc'não mentiu só para os outros, mas tem mentido para si mesmo ao longo de muito tempoKamos re!er algumas dessas coisas

9pós algum tempo = pois toma tempo falar so/re as feridas da alma tendo "uecon!encer, confrontar, consolar na Pala!ra = fomos para a segunda parte do te(to

 = E o "ue di o te(to so/re com o "ue de!emos nos re!estir3

 – $a !erdade = ele reconheceu mais uma !e – E o "ue isso "uer dier, al%m do "ue j2 sa/emos, isto %, "ue esus % a !erdade3

 – ue eu de!o falar a !erdade3 = sso5 esus não % só a !erdade Ele % o caminho E a !ida 9 !erdade só % coerente "uando

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andamos nela como nosso único caminho de !ida 9 raão pela "ual !oc' passou a !idainteria, desde menino at% agora, mentindo a si mesmo so/re o "ue % a !ida, e mentindo aosoutros so/re a sua !ida, % "ue, como !oc' não tinha f% em $eus nem ha/ita!a nele, não poderia ter esperado do mundo senão a mentira "ue ha!ia nele, e assim, imaginou a fim deso/re!i!er nele sso tanto era natural de sua parte "uanto era antinatural em rela.ão 6 !ida

!erdadeira )as, agora, !oc' tem uma no!a naturea em -risto, e o Espr ito Santo derramaamor no seu cora.ão para "ue !oc' opere suas emo.es de modo diferente, isto %,falando a !erdade 9ssim, "ual o moti!o de amor "ue o Esprito prope3 Keja o restante dote(to

 = Somos mem/ros uns dos outros O "ue tem a !er o sermos mem/ros uns dos outros comessa "uestão3

9mor não % um mo!imento para fora, para o outro, os%3 9 moti!a.ão da !erdade % o amor Oapóstolo oão disse "ue de!eramos amar uns aos outros por"ue o amor procede de $eus, e"ual % amor, e a"uele "ue ama reflete seu conhecimento por"ue ha/ita nele Seu amor se

manifestou em ha!er $eus en!iado seu <ilho para "ue !i!'ssemos por meio dele E esseamor consiste, não em "ue nós o amamos, mas em "ue ele nos amou primeiro 9ssim, precisamos amar primeiro os outros sem mesmo desejarmos ser amados 9inda "ue ser amado seja lcito e /om, não de!eria ser nossa moti!a.ão prim2ria, pois o amor a si mesmo %falsa sa/edoria, % estultcia "ue enso/er/ece = mas o amor edifica, como disse Paulo em 1-orntios X1 E oão ainda di "ue ningu%m jamais !iu a $eus, mas se nós amarmos unsaos outros e(perimentaremos o amor de $eus e aperfei.oaremos nosso comportamento

 = Entendi uando eu falo a !erdade com meu pró(imo, j2 estou faendo /em a mimmesmo, por"ue sou mem/ro dele e o "ue um mem/ro fa afeta os outros8 mas a minhamoti!a.ão de!e ser ainda maior: de!o falar a !erdade para "ue ele seja glorificado em mim5

 = os%, fa.amos tr's colunas

 Gão /asta sa/er o certo para se agir certo ; preciso um con!encimento do Esprito arespeito do moti!o certo Gosso comportamento % emocional sso "ue dier, não "ue nossoscomportamentos sejam todos dese"uili/rados, mas "ue seu e"uil/rio ou dese"uil/rio % pro!ocado pelos mo!imentos emocionais no trato ato&estrutural do corpo @% /om "ue se repita:f%Mha/ita.ão esperan.aMimagina.ão o/jeti!os, o/jeti!os amorMopera.ão estrat%gias,e o/jeti!os estrat%gias desejosC Por isso, a utilia.ão de tr's colunas % uma forma !isualde esta/elecer os tr's elementos da mudan.a: o "ue tirar, o "ue p+r, e a moti!a.ão /2sica@Pala!ra de $eus ou !oes de dolos, temor de $eus ou de homens, o/ras da carne ou fruto doEsprito, raes terrenas ou /'n.ãos do alto3C

Paulo prossegue, em Ef%sios HIB&AI, diendo "ue @aC de!eramos nos despojar da ira pecaminosaF e @/C re!estirmo&nos de uma pronta atitude pacificadora @!eja, por e(emplo, adisciplina dinâmica em )ateus 1X1RC, @eC para não dar ocasião ao dia/o @refletir o dia/ono comportamento, e não $eusC Go !erso IX, ele di: @aC despojar&se do h2/ito de furtar, @/Cre!estir&se do h2/ito de tra/alhar *com as próprias mãos*, @AC para desen!ol!er gra.a para como pró(imo @e gratidão em rela.ão a $eus: só aprende gratidão, a"uele "ue desen!ol!egra.aC Gos !ersos IW&A0, @1C e(cluir as m2s con!ersa.es e @IC su/stitu&as por con!ersasedificantes e oportunas a fim de transmitir gra.a aos "ue ou!em @glorificando assim a $eusC@AC para não perder a moti!a.ão geral da !ida cristã por meio de entrste  ")- # Es%-&t#Sa*t#! # s)l# ) *#ssa -))*4(#. E *#s 1)-s#s 0!2! +0 t&-a- t:# #:) %)-t:-<a #s -)la"&#*a$)*t#s %)ss#a&s ) +2 s)- <)*&,*#! "#$%ass&1# )%)-#a#s + s),:&*# # $#)l# ) C-&st#.

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P#- :) &ss)$#s :) a -)?;a<&t:a4(# J # %#*t# )$ :) a $a&#-&a #s"#*s)l;)&-#s t)$ $a&s &>":la)s :) J # %#*t# )$ :) a $a&#-&a #sa"#*s)l;a#s >"a s)$ sa<)- a# ")-t# %a-a #*) &- P#-:)! "#$#&7 F)-,:s#*! a 1&a *# Es%-&t# *(# J a&*a 1&1&a *# "#*t)'t# a#-)$ >*al a%3s a -)ss:--)&4(#. A# "#*t-á-&#! a 1&a [ata pneunia J

 1&1&a *a %-)s)*t) #-)$. M)s$# a 1&a )$ C-&st#! 1&1&a *# Es%-&t#!t)$ "#$# s): "#*t)'t# a )'&st=*"&a 6s&"a ) $)*tal :) J #$&*aa%)la "a-*).  Há s)$%-) :$ "#*&t# )*t-) # )s)9# # "#*s)l;)&-# )a$a--a-as %#*tas # a"#*s)l;a$)*t# ) a t)*=*"&a %a-a >*al&7a-l#,# # "as# ) ;á :$a t)*s(# )*t-) # )s)9# # a"#*s)l;a# )%)-$a*)")- *# )s):&l<-&# a "a-*) ) # *#1# )s)9# ) s) ):&l&<-a-s),:*# # $#)l#! "#$# &ss) Pa:l#

S) ;á! %#&s! al,:$a )'#-ta4(# )$ C-&st#! al,:$a "#*s#la4(# ) a$#-!al,:$a "#$:*;(# # Es%-&t#! s) ;á )*t-a*;a#s a6)t#s )$&s)-&"3-&as! "#$%l)ta& a $&*;a al),-&a! ) $## :) %)*s)&s a

$)s$a "#&sa! t)*;a&s # $)s$# a$#-! s)9a&s :*&#s ) al$a! t)*# #$)s$# s)*t&$)*t#. Naa 6a4a&s %#- %a-t&a-&s$# #: 1a*,l3-&a! $as%#- ;:$&la)! "#*s&)-a*# "aa :$ #s #:t-#s s:%)-&#-)s a s&$)s$#. N(# t)*;a "aa :$ )$ 1&sta # :) % %-#%-&a$)*t) s):! s)*(#ta$<J$ "aa :al # :) J #s #:t-#s. T)*) )$ 13s # $)s$#s)*t&$)*t# :) ;#:1) ta$<J$ )$ C-&st# )s:s! %#&s )l)! s:<s&st&*# )$6#-$a ) D):s! *(# 9:l,#: "#$# :s:-%a4(# # s)- &,:al a D):s a*t)s! as& $)s$# s) )s1a7&#:! ass:$&*# a 6#-$a ) s)-1#! t#-*a*#?s) )$s)$)l;a*4a ) ;#$)*s )! -)"#*;)"&# )$ >,:-a ;:$a*a! a s& $)s$#s) ;:$&l;#:! t#-*a*#?s) #<)&)*t) atJ à $#-t) ) $#-t) ) "-:7. P)l#:) ta$<J$ D):s # )'alt#: s#<-)$a*)&-a ) l;) ): # *#$) :) )stá

a"&$a ) t## *#$)! %a-a :) a# *#$) ) )s:s s) #<-) t## 9#)l;#!*#s "J:s! *a t)--a ) )<a&'# a t)--a! ) t#a l*,:a "#*6)ss) :) )s:sC-&st# J S)*;#-! %a-a ,l3-&a ) D):s Pa& +F% 2.0?00.

O -9SO $O TE $9K

 Gatã, pro!a!elmente, j2 ha!ia pensado no seu nome em rela.ão ao ser!i.o "ue presta!a ao Senhor Gathan @h/ Ele D$eus deuC, por duas !ees ha!ia sido encarregadode dar a conhecer a !ontade do Senhor a $a!i 9 primeira !e, foi "uando $a!i e(pressou odesejo de construir um templo para o culto ao Senhor 9 segunda, foi "uando ele te!e deconfrontar $a!i com seu pecado Go primeiro caso @cf ISm J e 1-r 1JC, $a!i, "ue

ha/ita!a em casa própria, uma casa de cedro, sentiu "ue faria /em se construsse uma casa parao Senhor Então, ele disse a Gatã:

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 #Eis "ue moro em casa de cedros, mas a arca da 9lian.a do Senhor se achanuma tenda

&&<ae tudo "uanto est2 no teu cora.ão, por"ue $eus % contigoGatã dissea $a!i

)as o Senhor deu outra pala!ra a Gatã

 #7u não edificar2s casa para minha ha/ita.ão8 por"ue em casa nenhuma ha/itei, desde o dia"ue fi su/ir a srael at% ao dia de hoje8 mas tenho andado de tenda em tenda, de ta/ern2culoem ta/ern2culo 7omei&te da malhada e de detr2s das o!elhas, para "ue fosses prncipeso/re o meu po!o de srael Prepararei lugar para o meu po!o de srael e o plantarei para "ueha/ite no seu lugar e não mais seja pertur/ado e tam/%m te fi sa/er "ue o Senhor teedificaria uma casa

P#)-&a! Nat(! t)- &t# "#&sa $a&s &*t)-)ssa*t) # :) )ssa

... ) ta$<J$ t) >7 sa<)- :) Q SENHOR t) )&>"a-&a :*&a "asa.

N# >*al! Nat( a&*a &ss) a Da1& :) # S)*;#- ;a1&a a# :$a%-#$)ssa

 = 42 de ser "ue, "uando teus dias se cumprirem, e ti!eres de ir para junto de teus pais,então, farei le!antar depois de ti o teu descendente, "ue ser2 dos teus filhos, e esta/elecerei oseu reino Esse me edificar2 casa8 e eu esta/elecerei o seu trono para sempre Eu lhe serei por  pai, e ele me ser2 por filho8 a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei da"uele "uefoi antes de ti )as o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono ser2esta/elecido para sempre @l-r 1J11&1HC

9h5 "ue lem/ran.a amarga a"uela para $a!i5 -ontudo, ele acatou a !ontade do Senhor e parece "ue seu ânimo não se apagou Gão se sa/e ao certo, mas parece "ue Gatã o inspirou acompor um hino de lou!or para ser cantado na adora.ão no templo @cf 1-r IWC Gem por isso $a!i dei(ou de lem/rar o outro encontro com Gatã, mais gra!e, mais dolorido @cf ISm1IC So/retudo, a apro(ima.ão de Gatã, o conselheiro, so/ a ordem de $eus 9"uela par2/ola jamais lhe saiu da ca/e.a:

 = 4a!ia numa cidade dois homens, um rico e outro po/re 7inha o rico o!elhas egado em grande número8 mas o po/re não tinha coisa nenhuma, senão uma cordeirinha"ue comprara e criara, e "ue em sua casa crescera, junto cone filhos8 comia do seu

 /ocado e do seu copo /e/ia8 dormia nos seus /ra.os, e a tinha como filha Kindo um !iajanteao homem rico, não "uis este tomar das suas o!elhas e do gado para dar de comer ao !iajante"ue !iera a ele8 mas tomou a cordeirinha do homem po/re e a preparou para o homem "uelhe ha!ia chegado @ISm 1I1&HC

$a!i ha!ia se enchido de ira contra Gatã Sa/ia o "ue tinha feito @cf ISm 11C E sa/ia so/reo "ue Gatã tinha falado Era tempo de guerra, e ainda "ue ele mesmo de!esse ter liderado seue(%rcito numa campanha "ue seu e(%rcito enfrenta!a, tinha ficado em casa = cansado deguerra @cf ISm 1I1&1RC ha/itando no ócio, e dormindo at% tarde Guma dessas tardes, como senão "uisesse faer mais nada = *como % /om ser rei5*, poderia ter pensadoC foi passear noterra.o da casa $e l2, !iu uma mulher tomando /anho Gão des!iou os olhos dela Ga"uelemomento, sua f% no Senhor passou para um plano secund2rio, e ele creu "ue o "ue !iu entãofosse um /em mais precioso Vma esperan.a no!a re!igorou seu cora.ão entediado Gem !oltou

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a mente para a ha/ita.ão do Senhor, tão cantada nos seus salmos, nem atentou aos mandamentosdo Senhor acerca da nude alheia O/ser!ou&a o /astante para !er "ue ela era linda5 -ertamente,a"uela imagem ficou enroscada em sua mente e sua imagina.ão de!e ter&se dei(ado le!ar por onde ningu%m sa/e <oi f2cil confundir a"uilo "ue sentiu com o sentimento do !erdadeiro amorE esse amor 6s a!essas logo come.ou a operar, isto %, a conce/er a id%ia de conhec'&la Por issomandou perguntar "uem era ela Se foi amor 6 primeira !ista, foi tam/%m uma opera.ão repen&tina mediatamente, ele esta/eleceu um o/jeti!o: >ate&Se/a domina!a seu cora.ão e era preciso "ue seu domnio fosse completo Vma necessidade "ue ele julgou ser premente 9estrat%gia conse"?ente não foi somente indigna de um rei, mas do próprio suposto amor: elese"uer foi /usc2&la pessoalmente, cortej2&la, con"uist2&la -om poder real mandou "ue mensa&geiros a trou(essem Ela, súdita da própria fra"uea e do poder real, e ele, súdito de um desejoincontrol2!el, caracterstico da necessidade dos pregui.osos descontentes $esejo "ue nãorespeitou uma mulher casada nem seu lugar&tenente, Vrias E ele ha/itou o próprio desejo"uando ha/itou com ela = eles manti!eram uma rela.ão se(ual ilcita

; isso "ue acontece "uando af' de uma pessoa % des!iada da ha/ita.ão com $eus para ha/itar nos próprios desejos 9 ha/ita.ão no desejo = *por"ue tudo "ue h2 no mundo, a

concupisc'ncia da carne, a concupisc'ncia dos olhos e a so/er/a da !ida, não procede doPai, mas procede do mundo* @1o I1BC = se torna um senhor poderoso "ue não respeita osafetos no/res do cora.ão, e os corrompe 7roca a esperan.a realista, mesmo "ue lhe pare.air+nica, por uma esperan.a romântica, produto da própria imagina.ão Esse desejo entra naimagina.ão para construir sua própria ha/ita.ão = falsa, por%m feita de fatos !is!eis e palp2!eisde uma realidade decada E esses fatos a.ulam ainda mais o desejo "uando, em nome doamor, as pessoas operam o engano = e o auto&engano 9 estultcia humana deri!a da seuso/jeti!os Ueralmente, o/jeti!os "ue se propem a suprir uma suposta necessidade ; comose algu%m ti!esse dito: *$eus não me deu Eu preciso dela Eu a terei* $a 6s estrat%gias,como se di, % um pulo Estrat%gias não são coisa de momento8 são a.es pre!iamente conce& /idas e ela/oradas de acordo com os o/jeti!os "ue se pretende alcan.ar, e só então colocadasem pr2tica de acordo com as circunstâncias )as "uando não se ha/ita no Senhor e na suaPala!ra, nem se imagina segundo a ha/ita.ão do Esprito, o !aio dei(ado para a opera.ão dacarne só pode oferecer o/jeti!os falsos e estrat%gias destinadas 6 frustra.ão Go homemsem f% em $eus, sem esperan.a neste mundo e sem amor de !erdade, essa frustra.ão só acendemais o fogo dos desejos @uando se atende 6s !oes dos dolos e, imediatamente se as operanos mem/ros, o pró(imo passo ser2 a e(peri'ncia de frustra.ão seguida de um esfor.omaior para demonstrar consagra.ão aos mesmos ou a outros dolos # $ PoQlisonC Gãofoi isso o "ue aconteceu com $a!i, depois do pecado, "uando, para enco/ri&lo, planejou a mortede Vrias3 ; o circulo !icioso do pecado5

 Ga"uele dia, Gatã confrontou $a!i, e disse:

— Tu és o homem. Assim diz o Senhor, Deus de Israel: u te ungi reisobre Israel... dei!te a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor emteus bra"os e também te dei a casa de Israel e de #ud$% e, se isto fora&ouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas. 'or ue, &ois, des&rezastea &alara do Senhor, fazendo o ue era mal &erante ele* A +rias, oheteu, feriste es&ada% e a sua mulher tomaste &or mulher, de&ois de omatar com a es&ada dos -lhos de Amom. Agora, &ois, no se a&artar$ aes&ada /amais da tua casa, &oruanto me des&rezaste e tomaste a mu !lher de +rias, o heteu, &ara ser tua mulher (0Sm 10.2!13).

— Pe"uei contra o Senhor5 @! 1AC # disse $a!i, certamente arrependido, pois Gatãrespondeu&lhe:

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