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1 Revista Científica COMPUTAÇÃO EM EVOLUÇÃO 2013

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Revista Científica

COMPUTAÇÃO EM EVOLUÇÃO

2013

2

FACULDADES INTEGRADAS ICE INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

REVISTA CIENTÍFICA COMPUTAÇÃO EM EVOLUÇÃO

CUIABÁ 2013

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Apresentação

As iniciativas pela democratização do conhecimento é um benefício ímpar na tarefa de aperfeiçoamento e evolução da humanidade. Atualmente, a Ciência da Computação tem sido um suporte essencial ao desenvolvimento das profissões e do conhecimento em diversas áreas da Tecnologia da Informação.

A Revista Científica Computação em Evolução, conta com publicação de artigos produzidos pelos alunos curso de Ciência da Computação do ICE, avaliados e selecionados pelo Comitê Cientifico formados por professores do próprio curso e professores convidados.

Assim, a difusão do conhecimento fará com que o nosso corpo acadêmico marche rumo ao excelência. É com este espírito que lançamos a Computação em Evolução, a Revista Científica da Computação do ICE. A Computação em Evolução será mais um veículo de disseminação do conhecimento em Ciência da Computação especialmente aquele produzido no seio de nossa Faculdade. Atenciosamente, Prof º Andersown Becher Paes de Barros Coordenador do Curso de Ciência da Computação - ICE

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Sumário Realização .................................................................................................................................1 Comissão organizadora ....................................................................................................... ....2 Comitê Científico ...................................................................................................................... 3 Cronograma e previsão dos trabalhos do comitê científico ............................................... 4 Artigos Aceitos............................................................................................................................5

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Realização

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Comissão organizadora Prof. Andersown Becker Coordenador do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4533019T5

Prof. Leonardo Luiz Braun Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4492828Y6

Prof. Edie Correia Santana Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4289231J0

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Comitê Científico Prof. Andersown Becker Coordenador do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4533019T5

Prof. Leonardo Luiz Braun Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4492828Y6

Prof. Edie Correia Santana Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4289231J0

Profª. MSc. Luciano Barco Assessor de Eventos e Coordenador de Horas Atividades do Curso de Ciência da Computação UNEMAT/Barra do Bugres http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757591Y6

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Cronograma e previsão dos trabalhos do comitê científico 10/09/2013

e Aceite dos Resumos: 30/09/2013

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Professores Orientadores Prof. Andersown Becker Coordenador do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4533019T5

Prof. Leonardo Luiz Braun Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4492828Y6

Prof. Edie Correia Santana Professor do Curso Faculdades ICE http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4289231J0

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Artigos Aceito

SINCRONIZAÇÃO DE CONTATOS TELEFÔNICOS EM ANDROID

PEREIRA , Jonathan da Silva1

[email protected]

SANTANA, Edie Correia2

[email protected]

BRAUN, Leonardo Luiz3

[email protected]

BARROS, Andersown Becher Paes de4

[email protected]

ICE – INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

Resumo

O desenvolvimento para dispositivos móveis tem ganhado força e destaque diante

do cenário de expansão da mobilidade. Com mais de um dispositivo por pessoa a

necessidade de convergir às informações se tornará ainda mais interessante para

organizá-las e centralizá-las (TAURION 2011, p. 4). A necessidade de integração

entre aplicações torna-se uma necessidade de mercado, visto que a própria

estrutura de telefonia celular em alguns estados do Brasil encontra-se com

velocidade satisfatória para executar aplicações desenvolvidas de integração, fato

que a cada ano vem ficando mais rápido e confiável (BORGES; MAURÍCIO, 2005).

A fim de sanar estas necessidades, a tecnologia Webservices foi criada, permitindo

assim, disponibilizar formas de integrar sistemas distintos, modularizar serviços e

capacitar a integração e consumo de informações (MENÉNDEZ, 2002). Por isso,

este estudo, tem por objetivo desenvolver um aplicativo utilizando a plataforma

Android que faz a sincronização dos contatos telefônicos armazenados no aparelho

1 Acadêmico do curso de Ciência da Computação 2 Professor do curso de Ciência da Computação 3 Professor do curso de Ciência da Computação 4 Coordenador do curso de Ciência da Computação

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com um Webservice, organizando e centralizando a informação que posteriormente

pode ser acessado via web site.

Palavras-chave: Android, Dispositivos Móveis e Sincronização de dados.

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1. Introdução

Com o mercado em alta, os dispositivos móveis têm evoluído de forma

estrondosa nos últimos tempos, aumentando sua capacidade de

processamento, memória, armazenamento, bateria e também na quantidade de

recursos disponíveis. Segundo Schemberger ET AL (2009), “esta evolução foi

motivada pelo rápido crescimento no número de consumidores”, uma pesquisa

realizada pela (ANATEL, 2012) em abril de 2012 apontou que o Brasil tinha

252,9 milhões de linhas de celulares ativas. Uma pesquisa realizada pela Cisco

em 2012 (CISCO, 2012) apontou que no final de 2012 a quantidade

ultrapassou a população mundial e até 2016 haverão mais de 10 bilhões de

unidades frente a uma população estimada de 7,3 bilhões.

Nesse cenário, surge à plataforma Android, uma plataforma de código

aberto para dispositivos móveis criados pela Google em parceria com a Open

Handset Alliance (OHA). Os principais recursos dessa plataforma móvel são a

máquina virtual otimizada, o navegador integrado e a biblioteca SQLite. O

Google Android é inserido no mercado com o intuito de acelerar a inovação em

dispositivos moveis e oferecer aos consumidores uma experiência mais rica,

barata e melhor (GARGENTA, 2011). De acordo com Schemberger Et Al

(2009) “o android se destaca por ser a primeira plataforma para aplicação

móvel, completamente livre e de código aberto”.

O desenvolvimento para dispositivos móveis tem ganhado força e

destaque diante do cenário de expansão da mobilidade. Com mais de um

dispositivo por pessoa a necessidade de convergir às informações se tornará

ainda mais interessante para organizá-las e centralizá-las (TAURION 2011, p.

4). A necessidade de integração entre aplicações torna-se uma necessidade de

mercado, visto que a própria estrutura de telefonia celular em alguns estados

do Brasil encontra-se com velocidade satisfatória para executar aplicações

desenvolvidas de integração, fato que a cada ano vem ficando mais rápido e

confiável (BORGES, 2005).

A fim de sanar estas necessidades, a tecnologia Webservices foi criada,

permitindo assim, disponibilizar formas de integrar sistemas distintos,

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modularizar serviços e capacitar à integração e consumo de informações

(MENÉNDEZ, 2002).

Taurion (2009, p. 5) relata que “depois de uma era tecnológica

caracterizada pela ascensão do computador pessoal (PC), estamos vendo o

ressurgimento da centralização”. Ele ainda afirma que “A era que se aproxima

deverá trazer maior consolidação do poder de computação, integrados em uma

rede massiva de servidores, a Computação em Nuvem”.

Por isso, este estudo, tem por objetivo desenvolver um aplicativo que

trabalhe sobre a plataforma Android capaz de se integrar com um Webservice

para a sincronização de dados.

2. GC – Gerenciador de Contatos

O fruto deste estudo é uma aplicação para dispositivos móveis rodando

na plataforma Android para o gerenciamento dos contatos telefônicos

armazenados no dispositivo.

Para desenvolvimento da aplicação em android foi utilizado o ambiente

de desenvolvimento sugerido por Lee (2011), tal ambiente é composto por:

Java SE Development Kit (JDK), IDE Eclipse, Android SDK e ADT Plugin para

Eclipse, os quais serão descritos a seguir:

Java SE Development Kit: É um kit de desenvolvimento Java

mantido e disponibilizado pela Oracle;

IDE Eclipse: É um ambiente integrado de desenvolvimento de

código aberto e multiplataforma, permite o desenvolvimento de

aplicações utilizando entre outras, a linguagem de programação

Java, atualmente é mantido e disponibilizado pela Eclipse

Foundation;

Android SDK: É o kit de desenvolvimento para a plataforma

Android, é composto por: emulador, depurador, documentação,

bibliotecas, tutoriais e exemplos;

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ADT Plugin para Eclipse: É uma extensão para o IDE Eclipse que

auxilia a criação e depuração de aplicações para a plataforma

Android.

Para o desenvolvimento do Web Service em PHP foi utilizando o

Dreamweaver com o framework Slim e JavaScript Object Notation (JSON) para

a comunicação entre a aplicação e o Web Service.

2.1. Requisitos Funcionais

Segundo Bezerra (2006, p. 20) o processo de levantamento de

requisitos é a etapa onde ocorre a compreensão do problema aplicada ao

desenvolvimento de software, nesta etapa os desenvolvedores em conjunto

com os clientes definem as necessidades dos futuros usuários do sistema que

será desenvolvido.

O caso de uso ilustrado na figura 1 descreve todas as funcionalidades

do aplicativo, que serão detalhadas nos quadros a seguir.

2.1. Caso de Uso

O diagrama de casos de uso demonstra graficamente as funcionalidades

do sistema e como ocorrem as interações entre o sistema e os agentes

externos (atores) que o utilizam. As funcionalidades representadas pelos casos

de uso devem contemplar os requisitos funcionais definidos na etapa de

levantamento de requisitos (BEZERRA, 2006, p. 57).

Na figura 1 é ilustrado o diagrama de casos de uso da aplicação

desenvolvida com a utilização da ferramenta Astah.

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Figura 1: Diagrama de Caso de Uso

Fonte: Autoria própria.

2.2. Requisitos Não-Funcionais

Para instalação do aplicativo se faz necessário ter um dispositivo móvel

com o sistema operacional Android na versão 2.3 ou superior e acesso a

internet para efetuar a sincronização dos contatos podendo ser 3G ou Wifi.

2.3. Modelo Conceitual

Na figura 2 é ilustrado o modelo conceitual da aplicação e suas relações.

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Figura 2: Modelo Conceitual

Fonte: Autoria própria.

Como pode ser visto na figura acima, o usuário efetua nenhum ou

apenas um login, já o login pode ser efetuado por somente e unicamente um

único usuário, e o usuário pode possuir um ou vários contatos e um contato

pode possuir somente um usuário.

2.4. Arquitetura

Na figura 3 é ilustrada a arquitetura do gerenciador de contatos cujo

escopo abrange a plataforma móvel e web, na móvel uma aplicação com banco

de dados SQLite rodando no sistema operacional android, na plataforma web

um website em php onde ambos consumem o web service para enviar e

receber informações que estão armazenadas em um banco de dados online

em MySql, toda a arquitetura será detalhas a seguir.

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Figura 3: Arquitetura

Fonte: Autoria própria.

2.4.1. Aplicação Móvel

As aplicações móveis desenvolvidas na plataforma android através do

SDK são todas escritas em java e, por serem escritas em java necessitam de

uma máquina virtual (VM) para interpretação e execução do código.

O sistema operacional utilizado pelo Android, o Linux, provê a interface

entre as aplicações escritas em Java e o hardware do dispositivo móvel através

de uma VM customizada, chamada Dalvik, desenhada de forma que garante o

funcionamento eficiente de várias instâncias em um único dispositivo (MEIER,

2010, p. 12).

Lecheta (2010, p. 24) descreve:

“Ao desenvolver as aplicações para o Android, você vai

utilizar a linguagem Java e todos os seus recursos

normalmente, mas, depois que o bytecode (.class) é

compilado, ele é convertido para o formato .dex (Dalvik

Executable), que representa a aplicação do Android

compilada. Depois disso, os arquivos .dex e outros recursos

como imagens são compactados em um único arquivo com

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a extensão .apk (Android Package File), que representa a

aplicação final, pronta para ser distribuída e instalada.”

2.4.1.1. Banco de Dados

O diagrama entidade- relacionamento do aplicativo é representado pela figura 4

e foi desenvolvido com a utilização da ferramenta DBDesigner, este diagrama

representa graficamente o modelo de dados de um sistema (PRESSMAN,

2006, p. 151).

Figura 1: Diagrama de Entidade-Relacionamento do BD da Aplicação

Fonte: Autoria própria.

2.4.1.2. Telas

As figuras listadas a seguir são telas da aplicação sendo executado no

emulador fornecido pelo SDK do android.

2.4.1.2.1. Autenticação do Usuário

Para que o usuário possa acessar a aplicação é necessário possuir um

cadastro com e-mail e senha para efetuar o login, ao tentar efetuar o login é

acionado o método verifcaUsuario do web service, caso retorne o código do

usuário o sistema registra o login e a tela de listagem de contatos é chamada,

passando para ela o código do usuário para que seja listado apenas os contato

do usuário logado na aplicação. Uma vez logado a aplicação não solicitara

novamente sua autenticação.

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Também é possível acessar a aplicação sem registrar o login porém ao sair e

entrar novamente na aplicação será solicitado novamente sua autenticação,

para isso basta clicar no botão “mantenha-me conectado” que seu texto irá

mudar para “não, mantenha-me conectado” feito isso, preencha os campos e-

mail e senha e clique no botão acessar.

Caso não possua cadastro é possível fazer o cadastro clicando no botão novo

e a tela de cadastro de usuário será chamada com um pequeno formulário.

Figura 2: Tela de Autenticação do Usuário

Fonte: Autoria própria.

2.4.1.2.2. Cadastro de Usuário

Simples formulário para cadastro onde todos os campos são obrigatórios, ao

preencher os campos e pressionar o botão cadastrar é acionado o método

addUsuario do web service enviando um objeto usuário em JSON para ser

cadastrado após o envio o web service se responsabiliza para persistir os

dados retornando um código de usuário, se o retorno for zero então houve uma

falha ao cadastrar o usuário.

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Figura 6: Tela de Cadastro de Usuário

Fonte: Autoria própria.

2.4.1.2.3. Listagem dos Contatos

E a tela principal da aplicação exibe uma lista com todos os contatos, cada um

com seu status, como podem ser visto na figura 7 os contatos está todos com

circulo vermelho isso quer dizer que os contatos não estão sincronização, caso

os contatos estivessem sincronização a cor do circulo estaria em azul.

O menu superior possui todas as funcionalidades da aplicação, Excluir,

Atualizar, Enviar, Receber e Logof todas descritas logo a baixo:

Excluir, executa o método ExcluirContatos, responsável por

excluir todos os contatos armazenados na aplicação sem afetar os

contatos já armazenados no aparelho e no web service;

Atualizar, executa o método AtualizarContatos, responsável por

atualizar os contatos da aplicação, antes de atualizar os contatos este

método aciona o método podeAtualizar que verifica se a quantidade de

contatos não sincronizados na aplicação é igual a quantidade de

contatos armazenados no aparelho, se retornar negativo então atualiza

os contatos;

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Enviar, executa o método EnviarContatos, responsável por

comunicar-se com o web service e enviar os contatos da aplicação para

o web service persisti-los no banco de dados online.

Receber, executa o método ReceberContatos, responsável por

comunicar-se com o web service, e solicitar todos os contatos e

armazena-los na aplicação.

Figura 7: Tela de Listagem de Contatos

Fonte: Autoria própria.

2.4.2. Web Service

O servidor Web Service é o agente responsável por manter os dados

sincronizados entre as duas bases de dados, a base off-line da aplicação e a

base de dados online. Como visto na figura 3 o Web Service possuí 4 métodos

que serão detalhados posteriormente.

2.4.2.1. Método addContato

Utiliza o método HTTP (POST), é responsável por adicionar os contatos

enviados pela aplicação.

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2.4.2.2. Método addUsuario

Utiliza o método HTTP (POST), é responsável por adicionar os usuários

enviados pela aplicação.

2.4.2.3. Método verificaUsuario

Utiliza o método HTTP (POST), é responsável por verificar se o usuário que

esta tentando efetuar login na aplicação existe.

2.4.2.4. Método getContatos

Utiliza o método HTTP (GET), é responsável por fornecer a aplicação uma lista

de todos os contatos de um determinado usuário informado na solicitação.

2.4.3. Banco de dados

Na figura 8 pode ser visto o diagrama de entidade-relacionamento do banco de

dados online, ilustrando suas tabelas e seus relacionamentos.

Figura 3: Diagrama de Entidade-Relacionamento do BD Online

Fonte: Autoria própria.

2.4.4. Aplicação Web

A figura 9 exibe a interface web do gerenciado de contatos, exibindo nome e

telefone de cada contato ordenados em ordem alfabética com a possibilidade

de filtrar os contatos pelo nome.

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Figura 4: Interface Web

Fonte: Autoria própria.

3. Conclusão

O objetivo deste estudo foi através das tecnologias existentes,

desenvolver uma aplicação capaz de integrar os contatos telefônicos

armazenados no aplicativo móvel com uma base dados online, fazendo-se uma

cópia de todos os contatos criando assim uma redundância de dados para

garantir uma maior disponibilidade dos dados.

Visto que a tendência tecnologia da atualidade é que tudo se conecte

independente de fabricante, plataforma ou linguagem. As aplicações voltadas

para uso da internet são muitas e crescem cada dia mais, influenciados pela

velocidade da internet móvel que já é suportável pelos usuários.

Como resultado obteve-se uma aplicação baseada na plataforma Android,

simples, porém completa no sentido de integrar-se com a web, como foi o caso

da utilização do RESTfull e JSON para desenvolver e consumir recursos

gerados pelo web service.

A partir deste estudo é possível aprimorar a aplicação desenvolvida,

agregando-a mais recursos, tais como:

Exibir os contatos agrupando-os por grupo;

Melhorar a interface da aplicação tornando-a visualmente mais limpa e

rápida;

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Possibilitar a inserção, alteração e exclusão de contatos tanto na

aplicação quando na interface web;

Desenvolver um módulo para desktop;

Poder compartilhar os contatos de um usuário com vários outros

usuários de um determinado grupo, tal recurso necessários para

empresas com bastantes funcionários.

4. Referências

BEZERRA, Eduardo. Princípios de Análise e Projeto de Sistemas com

UML. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 290 p.

BORGES, Júnior; MAURÍCIO, Pereira. Aplicativos Móveis: Aplicativos Para

Dispositivos Móveis, Usando C#.NET com a Ferramenta Visual Studio.

NET e com Banco de Dados MySQL e SQL Server. Rio de Janeiro: Editora

Ciência Moderna Ltda., 2005.

CISCO. Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic

Forecast Update, 2011–2016. 2012. Disponível em:

<http://www.cisco.com/en/US/solutions/collateral/ns341/ns525/ns537/ns705/ns

827/white_paper_c11-520862.html> Acesso em: 07 jul. 2012.

GARGENTA, M. Learning Android. Sebastopol: O’Reilly Media, 2011.

LECHETA, Ricardo R. Google Android – Aprenda a criar aplicações para

dispositivos móveis com o Android SDK. 2. ed. São Paulo: Novatec, 2010.

LEE, Wei-Meng. Beginning Android Application Development. Indianapolis,

Estados Unidos: Wiley Publishing, 2011. 450 p.

MEIER, Reto. Professional Android 2 Application Development – Wrox

professional guides. 2. ed. USA: John Wiley & Sons, 2010.

MENÉNDEZ, Andrés Ignácio Martínez. Uma ferramenta de apoio ao

desenvolvimento de Web Services. Dissertação de Mestrado, Universidade

Federal de Campina Grande, curso de Pós-Graduação em Informática, 2002.

25

OHA. Industry Leaders Announce Open Platform for Mobile Devices. 2007.

Disponível em: <http://www.openhandsetalliance.com/press_110507.html>

Acesso em: 21 jun. 2012.

PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software. 6. ed. Rio de Janeiro:

McGraw Hill, 2006.

SCHEMBERGER, Elder E.; FREITAS, Ivonei; VANI, Ramiro. Plataforma

Android. Jornal Tech, [S.l.], n. 1, não paginado, ago. 2009. Disponível em:

<http://www.jornaltech.com.br/wp-

content/uploads/2009/09/Artigo_Android.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2010.

TAURION, Cezar. Computação em nuvem: transformando o mundo da

tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.

REDES CONVERGENTES: COMPARTILHAMENTO COMPACTO E

PLANEJADO DA INFORMAÇÃO

SILVA, José Rubens da5

[email protected]

BRAUN, Leonardo Luiz6

[email protected]

BARROS, Andersown Becher Paes de7

[email protected]

SANTANA, Edie Correia8

[email protected]

ICE – INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

RESUMO

5 Acadêmico do curso de Ciência da Computação 6 Professor do curso de Ciência da Computação 7 Coordenador do curso de Ciência da Computação 8 Professor do curso de Ciência da Computação

26

Redes convergentes é uma topologia destinada ao uso facilitado das diversas

tecnologias existentes nos dias hoje. O uso dessa arquitetura está destinado a

grandes e pequenas empresas, isto por que o uso da mesma torna fácil a

tarefa de gerenciar uma rede, tanto estrutural quanto organizacional, se

tratando das pessoas responsáveis pelo gerenciamento da mesma. Todas

essas facilidades bem como seus benefícios estão relacionados com o

agrupamento de diversas tecnologias em uma mesma estrutura, ou seja, não

há necessidade de diversas arquiteturas para realizar várias tarefas, ao

contrário disso se tornou compacta a forma como isso é feito com uso

convergente da tecnologia. O transporte de informação de diversos tipos agora

pode ser feito em um mesmo meio de transmissão. Essa tarefa é realizada por

uso de um protocolo de transporte capaz de transportar diversos tipos de

dados com máxima eficiência, tanto na agilidade de entrega das informações

como a garantia da mesma. Tudo deve ser feito com um planejamento

organizado e inteligente, de forma a evitar o máximo de falhas possíveis.

Palavras chave: Rede Convergente, Gerência de Rede, Protocolo de

Transporte.

1.1 INTRODUÇÃO

A comunicação via Internet tornou-se parte fundamental na vida das

pessoas facilitando suas atividades no dia-a-dia. A WWW (World Wide Web)

contém informações sobre assuntos tão diversificados como hipertextos,

imagens, sons e vídeos, condições atmosféricas, produção de grãos, preços de

ações e informações sobre tráfego aéreo, entre outras.

Grupos estabelecem listas de correspondência eletrônicas de modo

que possam compartilhar informações de interesse em comum. Colegas de

profissão trocam correspondência de negócios eletronicamente, e parentes

trocam saudações pessoais (Douglas E. COMER, 2005).

Na década de 1980, uma tecnologia foi criada para tornar possível

interconectar muitas redes físicas divergentes e opera-las como uma unidade

coordenada.

Conhecido como interligação de redes (Internetworking), a tecnologia

forma a base para internet, acomodando várias tecnologias de hardware

básicas, oferecendo um modo de interconectar as redes e definindo um

27

conjunto de convenções de comunicação que as redes utilizam para

interoperar (Douglas E. COMER, 2005).

Convergência tecnológica é o agrupamento de diversas tecnologias

usada para diferentes tipos de utilidades, ou seja um tempo atrás usávamos

diversos meios de tecnologias que nos auxiliavam nos comprimentos de

nossas atividades, seja ela profissional ou em meio a uso particular. Por sua

vez, a convergência veio a fim de colocar um fim em diversas tecnologias que

eram usadas para realizar apenas uma tarefa. Sendo assim, com o

agrupamento dessas tecnologias, se tornou eficiente o modo em que as

pessoas passaram a se comunicar e realizar suas tarefas em uma mesma

estrutura tecnológica.

Trazendo o conceito e aplicação para redes de computadores, isso

significa que teremos então o transporte dessas informações, seja ela de

qualquer tipo em um mesmo padrão, isto é, em um mesmo protocolo de

transporte.

Será colocado uma dissertativa dos diversos conceitos e comparações

entre tecnologias já consagradas e implantadas no estado da arte com a

promissora abordagem convergente, isso trará uma visão mais transparente e

didática sobre o uso desta tecnologia convergente.

1.2 REDES CONVERGENTES: MOTIVAÇÃO

A tecnologia está cada vez mais ligada a vida das pessoas e por meio

dela, é compartilhado milhões de dados todos os dias. Para que essas

informações seja compartilhada de forma segura, rápida e ao mesmo tempo

fornecer capacidade de transportar vários dados em um único clique, é preciso

que haja planejamento aprofundado e, tecnologia capaz de suportar este tipo

de serviço.

1.3 MPLS

O protocolo MPLS (Multiprotocol Label Switching) trabalha com

comutação por rótulo. Isso implica diretamente na capacidade de transporte de

variados tipos de dados em uma mesma estrutura tecnológica, ou seja é

possível fazer com que vários de dados, sejam transmitidos com segurança,

velocidade e escalabilidade no mesmo canal de comunicação.

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A utilização da tecnologia IP deverá ser a principal ferramenta adotada

pelos prestadores de serviço. Assim, se colocada para trabalhar juntamente

com a tecnologia MPLS, teremos então a possibilidade de juntar vários tipos de

informações facilitando as comunicações de dados, voz e vídeos e

consequentemente gerando economia tecnológica para as operadoras.

De acordo com Pepelnjak e Guichard

Por padrão, o protocolo IP possui como base para

encaminhamento de pacotes a análise do endereço IP de

destino existentes no cabeçalho do pacote da camada de

rede. “Este processo também é tradicionalmente chamado

de hop-by-hop packet forward”.

Para obter segurança, eficiência de transmissão no quesito velocidade

e escalabilidade, o MPLS usa rótulos (Labels) de tamanho fixo. Desta forma o

transforma em um protocolo de camada dois e meio.

De acordo com José Mario Oliveira, Rafael Dueira Lins e Roberto Mendonça

O fato de MPLS ser, por essência, uma tecnologia de

camada dois e meio – isto porque adiciona um cabeçalho

de 32 bits (que contém um rótulo) entre as camadas de

enlace de dados e redes (dois e três do modelo OSI),

dessa forma trabalhando com a tecnologia IP – provocou

uma significante evolução nas tecnologias de núcleo da

rede, sendo extremamente fácil de operar, oferecendo

muitos mecanismos de controle e gerência de tráfego e

provocando um melhor uso do meio físico.

Nas redes convencionais, uma parte extra é colocada no cabeçalho IP,

o rótulo MPLS, conhecido como “cabeçalho de calço” (Shim Header). Sua

localização fica entre o cabeçalho IP e o cabeçalho da camada de enlace, isso

implica em um encapsulamento genérico.

29

De acordo com Kurose, J. F. e Ross, K. W.

Para aumentar a eficiência da rede são utilizados roteadores

que trabalhem exclusivamente na leitura de rótulos e

encaminhamento dos pacotes, fazendo análise e classificação

do cabeçalho, e diminuindo o processamento nos roteadores

principais da rede.

1.4 NECESSIDADES DO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS

O MPLS é sim uma tecnologia que promete revolucionar o mundo,

desde o acesso a informação do usuário doméstico até o núcleo da Internet.

Existem tecnologias já consagradas e bem fundamentadas que fazem o

trabalho de roteamento de pacotes e cuidam com eficiência dos dados que

cada pessoa gera ao transmitir uma informação.

Entre elas, podemos citar a tecnologia Frame Relay que apesar de ser

uma tecnologia relativamente antiga que, no estado da arte conseguimos

encontrar tecnologia de melhor solução, contudo a tecnologia Frame Relay se

mostrou eficaz no seu tempo de invento.

De acordo com Manuel Santos, Vasco Lopes, Viriato Sérgio

O Frame Relay é um serviço de comunicação de dados

baseado na tecnologia de comutação de pacotes (packet

switching), com velocidades de acesso desde 64 Kbps até 2

Mbps. É a solução ideal para interligação de redes dispersas

geograficamente, onde seja necessário “circular” diferentes

tipos de dados.

Certamente, o Frame Relay permite que muitas aplicação utilizem essa

tecnologia, bem como aproveitando dos seus benefícios, confiabilidade e

eficiência no uso de banda. Porém, se formos pensar nos dias de hoje já

teríamos muitos problemas a resolver devido ao grande volume de dados que

30

temos que gerenciar bem como a grande quantidade de usuários usando a

rede de comunicação.

Foi a partir do crescimento acelerado de usuários que houve a

necessidade do desenvolvimento de uma tecnologia capaz de suprir a

comunicação do momento, otimizando ainda mais o transporte de dados.

As necessidades que pairavam no momento para um novo método de

transporte de dados que culminou no surgimento do ATM. Contudo, foi alvo de

evoluções na qual necessitávamos de alta velocidade, segurança e uma das

mais fascinantes tecnologias que em um futuro bem próximo seria de

fundamental importância, a convergência da informação.

ATM é uma tecnologia de comunicação de alta velocidade, e pode ser

usada para interligar redes locais (LAN), metropolitanas e de longa distância

(WAN). Uma de suas vantagens inicias é que ela permite manipulação de

dados, voz e vídeos.

De acordo com Huber Bernal Filho

Basicamente a tecnologia ATM fornece um meio para

enviar informações em modo assíncrono através de uma

rede de dados, dividindo essas informações em pacotes

de tamanho fixo denominados células (cells). Cada célula

carrega um endereço que é usado pelos equipamentos da

rede para determinar o seu destino.

A tecnologia ATM utiliza em seu processo de comunicação a

comutação de pacotes, semelhante com a tecnologia Frame Relay. Isso

proporciona uma maior facilidade no envio de informações com diferentes

requisitos de tempo assim como funcionalidade, tendo como base sua

eficiência no uso de banda, confiabilidade e suporte a aplicações que requerem

classes de qualidade de serviços diferenciados, exemplo, a transmissão de

voz.

31

A tecnologia ATM utiliza em suas transmissões a comutação por

pacotes que à partir daí provê um serviço de transferência de dados orientado

a conexão. Ao contrário das tecnologias X.25 e Frame Relay, a tecnologia ATM

utiliza pacotes de tamanho fixo chamado de célula (cell). Uma célula possui 53

bytes, sendo 48 para informações úteis e 5 para o cabeçalho (Huber Bernal

Filho, 2003).

De acordo com Huber Bernal Filho

Na tecnologia ATM as conexões de rede são de 2 tipos:

UNI (User-Network Interface), que é a conexão entre

equipamentos de acesso ou de usuário e equipamentos

de rede, e NNI (Network Node Interface), que é a conexão

entre equipamentos de rede.

Analisando essas opções, na primeira delas a forma como estes serão

tratados pela rede remete a importância de informações de tipos de serviços

não relevantes. Já na segunda alternativa, as configurações de conexões

virtuais entre os equipamentos de rede, remete o controle absoluto a conexão

virtual na transmissão de dados.

Contudo, podemos perceber que a variedade de tecnologia capaz de

realizar o transporte de dados de forma correta e segura ultrapassa o nosso

campo de visão. Veremos à seguir uma comparação entre as três principais

tecnologia usadas nos dias de hoje bem como mostrar suas diferenças e

vantagens em suas abordagens.

1.5 MPLS: TECNOLOGIA SOBRE TODAS AS OUTRAS

É evidente que a necessidade nos dias de hoje nos leva a desenvolver

novos métodos ou mesmo melhorar o que já temos em relação a eficiência de

transmissão de dados. Isto se torna cada vez mais necessário se pensarmos

na realidade brasileira com seus métodos de telecomunicações. Uma rede que

ultrapassa os limites de custo com qualidade preocupante em relação ao resto

do mundo. Com a tecnologia cada vez mais evoluída, é evidente que a

informação é o objetivo de qualquer uso tecnológico. No entanto, precisamos

32

de métodos que consigam suprir todas necessidades do momento assim como

estar preparada para atender os próximos anos de evolução.

1.5.1 ADOTANDO A TECNOLOGIA ATM: VANTAGENS E DESVANTAGENS

Com uma breve descrição, podemos perceber nos textos anteriores

que a rede de telecomunicações ATM nos fornece uma série de vantagens e

propicia um uso harmonioso em nossas transmissões. Entretanto, é uma

tecnologia que se usada nos dias de hoje pode trazer para o administrador de

rede muitos problemas. Tais problemas e vantagens podem ser vista a seguir:

VANTAGENS:

▪ Alta velocidade e independência de tecnologias terceirizadas: pela

necessidade na época do seu surgimento, o ATM foi elaborado a fim de

proporcionar eficiência no quesito velocidade de transmissão, pois havia a

necessidade de se obter diferentes classes de serviços na qual precisava-se de

prioridade, ou seja em uma transmissão de voz, por exemplo, era de suma

importância se ter uma velocidade aceitável para evitar qualquer tipo de falha

em ligações, contudo a urgência deste serviço surgiu por conta da crescente

demanda de usuários que ultrapassava as expectativas.

De acordo com Technical Committee ATM

O ATM surgiu em 1990 e é o nome dado a "Asynchronous

Transfer Mode". Foi desenhado como um protocolo de

comunicação de alta velocidade que não depende de nenhuma

topologia de rede específica. Usa uma tecnologia de

comutação de células de alta velocidade que pode tratar tanto

dados como vídeo e áudio em tempo real.

▪ Transferência de dados, vídeo e áudio ao mesmo tempo: se tornou sólida

a ideia e necessidade do transporte da informação em vários tipos de dados

em um mesmo canal de comunicação, isso por que economizava tempo e

trabalho redobrado.

DESVANTAGENS:

33

▪ Alto preço: um grande empecilho na hora de contratar um serviço que

implemente a tecnologia ATM é o seu alto preço inicial, o que faz toda

diferença na hora de fechar qualquer negócio. Veja algumas especificações

que contribuem em muito para a elevada taxa de implantação da tecnologia:

De acordo com Huber Bernal Filho

► Acesso: tipos e velocidades, interfaces para outras

redes (Frame Relay, IP, e legados), arquitetura do acesso

entre o Cliente e a rede;

► Rede: detalhes da topologia, atraso e latência (normal

e pico), parâmetros de confiabilidade e redundância de

equipamentos e da rede e tempo médio de reparo

(MTTR);

► Serviços oferecidos: PVC e SVC, serviço puro de

células ATM, classes de serviços (AAL 1 a 5),

interoperabilidade com outros protocolos (Frame Relay,

IP, e legados), conexões ponto a ponto e ponto-

multiponto, parâmetros de serviços monitorados e

garantidos, preços diferenciados para serviços de menor

prioridade;

► Equipamentos de Acesso: lista de equipamentos

certificados na rede (quando forem de responsabilidade

do Cliente), opção de aluguel do equipamento como parte

do serviço ofertado com ou sem upgrade garantido;

► Operação de rede: tipo de protocolo de gerenciamento

de rede (SNMP, CMIP, etc.), formas de integração do

gerenciamento de rede/serviços junto com a rede do

Cliente, formas de controle de congestionamento de

tráfego da rede, etc.;

► Preços e prazos: preços e formas de faturamento de

serviços, prazos de provisionamento para primeiro serviço e

novos serviços adicionais, taxas de instalação, contratos de

manutenção de serviços e equipamentos.

34

Devido aos cuidados em que os desenvolvedores devem tomar e

condições para o qual é preciso ser colocado em pauta e em

consequentemente em contrato de serviço, o preço acaba sendo dispendioso

para o cliente contratante.

▪ Serviço orientado a conexão: assim como acontece no protocolo TCP/IP, a

tecnologia ATM realiza uma apresentação entre as partes comunicantes, ou

seja é primeiramente estabelecido uma conexão entre os servidores, obtendo-

se então resposta de disponibilidade de transmissão e/ou livre de trabalho

contemporâneo. Isto causa um atraso considerável visto que o tempo gasto

entre os servidores para estabelecerem conexões, poderia já estar transmitindo

os dados relevantes.

▪ Pacotes de tamanho fixo: cada pacotes (frames) de dados da tecnologia

ATM possui tamanho fixo sendo que cada um deles existe um endereço de

verificação para transmitir o mesmo. Isto causará um atraso ainda maior

quando forem transmitidos, pois será necessário que os roteadores façam

leitura de cada frame para conhecer o possível salto e assim finalizar a

transmissão.

1.5.2 ADOTANDO A TECNOLOGIA FRAME RELAY: VANTAGENS E

DESVANTAGENS

VANTAGENS

▪ Tecnologia estável: foi desenvolvida para prover serviço estável e

continuamente com probabilidades baixas de erros visto que serviços com

aplicações mais exigentes precisavam de estabilidade e serviço continuo.

▪ Escalabilidade e flexibilidade: é uma tecnologia que lhe permite ter uma

ampla gama de serviços bem como facilidade de configuração, deixando o

trabalho com certa facilidade.

▪ Capacidade de convergência: é uma tecnologia que lhe permite transportar

vários tipos de dados em uma mesma transmissão assim como obtendo-se

35

baixo overhead no protocolo. Isto só é possível devido a capacidade de

convergência da informação imposta nesta tecnologia.

DESVANTAGENS

▪ Informações de quadros: uma das grandes desvantagem do Frame Relay é

o fato de que o mesmo utiliza em suas transmissões informações de quadro

para poder localizar e/ou realizar o roteamento do mesmo. Isto é ruim por que

cada quadro deverá ser analisado individualmente e à partir daí é que pode ser

transmitido ou mesmo reconhecer o caminho a ser seguido até o próximo nó

(roteador). Essa verificação quadro a quadro causará perda de tempo em sua

análise.

▪ Baixa confiabilidade: o protocolo Frame Relay possuí pouca confiabilidade

em suas transmissões, pois se no ápice ou mesmo qualquer momento em que

estiver transmitido quadros e um link for rompido ou mesmo a conexão entre as

partes comunicantes se perder, o mesmo não realiza pedido de retransmissão

de quadros tonando-se então dados incoerentes quando finalmente ter

chegado ao seu destino.

De acordo com Dr. César Kyn d´Ávila

De fato, o FR foi concebido para ser “rápido” e eficiente, pois

as funções suprimidas são geralmente realizadas pelas

aplicações transportadas. Apenas como exemplo, o FR não

realiza pedidos de retransmissão no caso de perda de frames.

O FR verifica na recepção se um frame chegou corretamente,

descartando-o no caso de problemas. Eventuais pedidos de

retransmissão devem ser feitos pelos protocolos de camadas

mais altas.

▪ Dependente: assim como ressaltado acima, o protocolo Frame Relay é

dependente de outras camadas para suprir a ineficiência de transmissão

correta dos dados. Isto ocorre pelo fato de outras camadas acima dele ter que

36

realizar o trabalho de retransmissão de quadros, caso não chegue no destino

ou mesmo chegue corrompido.

1.6 MPLS: SUPREMACIA E EFICIÊNCIA

A tecnologia MPLS veio para encapsular as tecnologia existentes

adicionando eficiência e segurança para os dados transmitidos.

O mundo tecnológico se encontra sempre em evolução e

consequentemente cada vez mais ganhando novos usuários dia após dia.

Novas pesquisas e desenvolvimento de tecnologia inovadoras estão sendo

constantemente desenvolvidas para atender o crescente número de pessoas

utilizando a Internet. Com o mercado exigente por qualidade de serviço,

confiança e segurança, assim como transporte de variados tipos de dados,

exemplo, imagens com qualidade, voz e vídeos com alta definição, sendo

capaz de integrar tudo em uma mesma base tecnológica se tornou tendência e

dia após dia criando raízes profundas no mundo contemporâneo.

1.6.1 PROTOCOLO IP UNIFICADO AO MPLS

A utilização da tecnologia IP deverá ser a principal ferramenta adotada

pelos prestadores de serviço. Assim, se colocada para trabalhar juntamente

com a tecnologia MPLS, teremos então a possibilidade de juntar vários tipos de

informações facilitando as comunicações de dados, voz e vídeos e

consequentemente gerando economia tecnológica para as operadoras.

De acordo com Pepelnjak e Guichard

Por padrão, o protocolo IP possui como base para

encaminhamento de pacotes a análise do endereço IP de

destino existentes no cabeçalho do pacote da camada de rede.

“Este processo também é tradicionalmente chamado de hop-

by-hop packet forward”.

37

Diferentemente do protocolo IP, a tecnologia MPLS trabalha com

verificação de rótulos (figura 1 logo abaixo) para rotear pacotes, assim sendo

não precisando fazer toda a leitura do cabeçalho IP nas transmissões.

Figura 1 - Formato genérico do cabeçalho MPLS Fonte: Google Imagens

1.6.2 FUNCIONAMENTO MPLS

A tecnologia MPLS usa um método avançado que a torna eficiente se

comparada com as outras tecnologias disponível no mercado. O roteamento

usando o rótulo e não mais o endereço IP inteiro é uma forma avançada de

encaminhamento de pacotes que substitui os encaminhamento convencionais

pela verificação de endereços longo por um agora eficiente algoritmo de troca

de rótulos.

Na própria abreviatura do nome da tecnologia MPLS, podemos

perceber que a sigla MP (multi-protocol) indica que a tecnologia é capaz de

transportar vários protocolos, sendo todos eles de encapsulamento.

Continuando a verificar as siglas da tecnologia MPLS, observamos que LS

(label switching) nos transmite a informação que os protocolos estão sendo

encapsulados ou comutados por um rótulo que por sua vez é substituído por

um outro rótulo a cada nó passante.

De acordo com Gabriel Epsztejn

Uma rede MPLS serve ao mesmo propósito de qualquer rede

de roteamento convencional: entregar tráfego a um ou mais

destinos. A adição por encaminhamento por rótulo

complementa mas não substituí o roteamento convencional.

38

A tecnologia MPLS apenas complementa de forma eficiente a forma de

comutação e encaminhamento de pacotes adicionando rótulo ao pacote para

que o mesmo possa chegar no seu destino final orientado pelas informações

de rótulo. Observe a figura 2 uma ilustração sobre obtenção de qualidade do

MPLS:

Figura 2 - Mecanismo para obtenção de Qualidade de Serviço (QoS) Fonte: Google Imagens

1.6.3 COMPARATIVO: ROTEAMENTO CONVENCIONAL X COMUTAÇÃO

POR RÓTULOS

O roteamento convencional usado pelo protocolo IP somente não traz

benefícios em uma transmissão de dados, entretanto se otimizado com a

tecnologia MPLS teremos toda a eficiência desejada.

De acordo com Gabriel Epsztejn

Existem três dimensões importantes entre uma comutação por

rótulos e o roteamento convencional:

Roteamento Convencional Comutação por Rótulo

Análise Completa do

Cabeçalho.

Ocorre a cada Nó Ocorre apenas uma vez, na

borda da rede, quando o

rótulo é atribuído.

Suporte a Multicast. Requer vários algoritmos

complexos de

encaminhamento.

Requer apenas um

algoritmo de

encaminhamento.

Decisão de Roteamento. Baseadas apenas no Podem ser baseadas em

39

endereço. qualquer número de

parâmetros, como QoS e

VPN.

Tecnologia Convergente É uma tecnologia fechada e

não permite o uso de

artefatos de terceiros.

Ambiente aberto e sujeito a

vários fabricante.

Roteamento Requer atenção

centralizada no pacote

transmitido.

Trabalha de forma

descentralizada, pois faz

análise apenas do rótulo em

questão.

Separações Inter Domínio Requer conhecimento de

rotas. (Pacotes

transmitidos)

Roteamento separado Intra

e Inter domínio.

Modularidade É transmitidos os dados em

pacotes inteiros.

Cada parte age de forma

autônoma sem impactar a

outra.

Com a utilização da tecnologia MPLS podemos garantir diversos

serviços que usando tecnologias consideradas comuns não conseguiríamos.

Podemos citar com veemência que as tecnologias comuns usam verificação IP

para fazer comutação de pacotes, e isso implica na leitura de vários campo

contidos no cabeço IP para fazer com que o mesmo chegue até o seu destino.

De acordo com Gabriel Epsztejn

Uma das maiores vantagens do MPLS é o fato de que está se

apresentando como uma implementação de comutação por

rótulos padronizada.

Portanto, a tecnologia MPLS usa o método de verificação de rótulo ao

invés de fazer verificação em vários campos afim de entregar pacotes no

destino final. O rótulo é apenas um campo capaz de endereçar o pacote para

que o mesmo chegue no destino final.

Com o desenvolvimento de padrões, temos um ambiente aberto e

sujeito a vários fabricante, tornando-se uma tecnologia convergente de

40

serviços. Devemos ressalta que a competição torna os preços mais baixos e

inovações surgem em um espaço de tempo mais curto.

O MPLS provê uma capacidade de rota explícita. Novamente esse tipo

de rota é mais eficiente em comparação ao protocolo IP.

De acordo com Gabriel Epsztejn

Caminhos roteados explicitamente também permitem a criação

dos “túneis opacos”, onde podem levar qualquer tipo de tráfego

previamente combinado entre os dois pontos de fim.

Portanto, se combinado entre dois pontos a utilização da tecnologia

MPLS temos então a possibilidade de transmitir em um mesmo meio de

transmissão vários tipos de dados.

O MPLS permite a utilização de vários protocolos para rotear pacotes.

Isto ocorre pelo fato de que o MPLS trabalha em conjunto com os protocolos

comuns, isto é, ele não os elimina e assume por inteiro a transmissão de

pacotes, apenas otimiza a transmissão dando confiabilidade, eficiência e

segurança. O protocolo pode trabalhar virtualmente com qualquer protocolo de

enlace, mesmo que sua ênfase inicial seja o protocolo ATM.

Um dos destaque da tecnologia MPLS é a facilidade de modularidade,

que é a separação entre as funções de encaminhamento de pacote e controle

dos mesmos. Cada parte age de forma autônoma sem impactar a outra.

A tecnologia MPLS permite a separação denominada Inter domínio,

que separa completamente roteamento Inter e Intra domínio. Dessa forma a

uma melhora na escalabilidade dos processos de roteamento e reduz o

conhecimento de rotas que se faz necessário dentro de um domínio.

O MPLS prevê roteamento de qualquer tipo de encaminhamento,

exemplo, pacote único, único com tipo de serviço e múltiplos. No entanto, essa

vantagem é menos visível na tecnologia MPLS.

41

Portanto, devemos ter em mente que a tecnologia MPLS é um recurso

econômico e que nos permite transportar vários tipos de dados, além de prover

qualidade, confiança, eficiência no transporte de pacotes. A administração fica

facilitada devido ao fato de controlar e visualizar os requisitos de desempenho

e disponibilidade de rede; O desempenho em uma rede MPLS e a qualidade de

serviço para diferentes tipos de tráfego e aplicações; A disponibilidade, que é a

capacidade de prover serviços ininterruptos aos ativos da rede; A segurança

fica garantida e diminui riscos e ameaças as informações e ativos da rede; A

escalabilidade que é a capacidade de se ajustar a novos planos de serviços, ou

seja e entrada de novos requisitos de rede, aplicação e topologia da rede, se

tratando de quantidades, taxas de transmissão e formas de acesso.

A rede MPLS atende a pequenas, médias e grandes empresas

independente do ramo a ser atendido. O MPLS possui muitos diferenciais e

pode atender diferentes níveis de exigência por conta do seu contratante.

1.7 CONCLUSÃO

Com a chegada de novos dispositivos de comunicação, o conteúdo

pelo qual compartilhamos ou mesmo diversas atividades que necessitamos

desempenhar nas empresas se tornou grande e a cada dia surge novos

conceitos de tipos de dados. A tecnologia MPLS sobressai-se sobre as outras

existentes no mercado, pois a mesma consegue trazer com fácil manipulação

diversas vantagens que necessitamos e a cada dia se torna primordial no

compartilhamento de dados.

Se analisarmos a situação da Internet no Brasil, veremos que existe

uma infinidade de recursos que podem ser tomados na melhoria da mesma.

Entretanto o alto preço em impostos e falta de investimento por parte do

governo em tecnologia se torna assustador. Em mundo cada vez mais

tecnológico e com países cada vez mais desenvolvidos e importante que

tenhamos um acompanhamento nas tendências lançadas assim como cada

vez mais oferecer serviço de qualidade.

42

É muito importante salientar que a implantação da tecnologia MPLS

seja feita de forma planejada ao passo que possa ser evitado erros, visto que

toda a rede se detectado algum tipo de problema, terá que ser interrompida as

atividades para resolução dos problemas. Entretanto, uma rede implantada de

maneira correta e com acompanhamento de profissionais qualificados

dificilmente dará alguns tipos de inconveniências.

REFERÊNCIAS

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Uma abordagem Top-Down – Acesso em: 12/10/2013

ICOMNET, Tecnologia da Informação – Frame Relay - Disponível em:

www.icomnet.com.br/icnet/index.php?option=com_content&view=article&id=52:tec-

frame-relay&catid=37:tecnologia&Itemid=57 – Acesso em: 12/10/2013

COMMITTEE, Technical, The ATM Forum – Disponível em: www.broadband-

forum.org/ftp/pub/approved-specs/af-phy-0046.000.pdf - Acesso em: 13/10/2013

OLIVEIRA, José Mario, LINS, Rafael Dueira, MENDONÇA, Roberto – Redes

MPLS: Fundamentos e Aplicações – Surgimento da Tecnologia, Pg. 25 –

Acesso em: 13/10/2013.

OLIVEIRA, José Mario, LINS, Rafael Dueira, MENDONÇA, Roberto – Redes

MPLS: Fundamentos e Aplicações – Roteamento Convencional x baseado em

rótulos, Pg. 26 – Acesso em: 13/10/2013.

MESQUITA, M. G. Tutorial de MPLS -

Disponível em: www.larces.uece.br/tutoriais/MPLS_MARCIO_TUTORIAL.PDF -

Acessado em: 15/10/2013

ROSEN, E. et al., RFC 3031 - Multiprotocol Label Switching Architecture, 2001

-

Disponível em: www.ietf.org - Acessado em: 15/10/2013

PRETO, Gerson – Rede MPLS, Tecnologias e Tendências de Evolução

Tecnológicas – Arquitetura MPLS – Disponível em:

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Epsztejn, Gabriel – MPLS – Fundamentos e Aplicações: Teoria de

funcionamento – Disponível em:

43

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+Fundamentos+e+Aplica%C3%A7%C3%B5es+(TRABALHO_UFRJ).pdf – Acesso

em: 19/10/2013

UNICERT – Projeto de Redes – Multiprotocol Label Switching (MPLS) – Acesso

em:19/10/2013

EPSZTEJN, Gabriel – MPLS Fundamentos e Aplicações: Tópicos Especiais –

Disponíveis em: http://xa.yimg.com/kq/groups/22786150/1429175477/name/MPLS+-

+Fundamentos+e+Aplica%C3%A7%C3%B5es+(TRABALHO_UFRJ).pdf – Acesso

em: 20/10/2013

TI VERDE – MUDANÇAS NA ÁREA TECNOLÓGICA A FIM DE CONTRIBUIR COM O MEIO AMBIENTE E A ECONOMIA

EMPRESARIAL

MARIANO DOS SANTOS, Isabella9 [email protected] BRAUN, Leonardo Luiz10

[email protected] BARROS, Andersown Becher Paes de11

[email protected] SANTANA, Edie Correia12

[email protected]

ICE – INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

RESUMO Este artigo propõe-se a caracterizar a chamada TI Verde, termo usado para designar uma nova forma de se pensar em gerenciamento dos resíduos provenientes do lixo eletrônico produzido pelas empresas e pelo cidadão comum. O mesmo abordará algumas políticas existentes e estudos que se baseiam em uma melhor forma de gerenciar recursos tecnológicos gastando e agredindo menos o ecossistema global. A conclusão deste trabalho propiciam

9 Acadêmico do curso de Ciência da Computação 10 Professor do curso de Ciência da Computação 11 Coordenador do curso de Ciência da Computação 12 Professor do curso de Ciência da Computação

44

reflexões no aprimoramento dos processos no dia-a-dia de uma empresa, referente à conservação ambiental. Palavras-Chave: T.I Verde, Tecnologia, Meio Ambiente, Economia de Energia. 1 – Introdução

Para que as empresas pudessem atender com eficácia a sua demanda, exigiu-se uma melhoria de equipamentos e também de sua estrutura tecnológica no intuito de um aumento na competitividade e qualidade, considerando os obstáculos existentes no mercado.

Segundo Agrasso e Abreu(2000), as transformações econômicas, políticas e tecnológicas que se têm processado na sociedade moderna, causam mudanças radicais nos cenários nacional e internacional. A década de 90 iniciou com a consolidação de várias tendências como a globalização da economia e da consciência ecológica; a formação de blocos econômicos e os novos padrões tecnológicos.

Com o crescimento da informática houve uma evolução na eficiência de comunicação. A troca de dados, entre grandes empresas e suas filiais, por exemplo, são de uma eficácia considerável. Isso gera necessidade de qualidade de equipamentos e investimentos em estruturas para atender as necessidades do mercado. Globalizar é estar em comunicação com o mundo e a tecnologia nos proporciona isso.

Uma das áreas que mais cresce é a tecnologia e com isso os danos que ela pode causar também ganham destaque. A tecnologia da informação tem sido apontada como uma das contribuintes para os impactos nocivos a natureza. Embora a TI tenha contribuído bastante para ser apontada como um dos agentes na emissão de Gás Carbônico na natureza, cada vez mais diretores e gerentes de TI tem se mostrado preocupados com o impacto ambiental proporcionado pelo setor tecnológico (Lunardi, Frio, Brum, 2011)

A sustentabilidade vem sendo abordada com maior ênfase e ganhando seguidores ao longo dos anos em prol de salvar o nosso patrimônio ambiental. Com isso a TI Verde vem ganhando destaque entre as empresas e os ativistas.

Dentro desse contexto, o propósito deste artigo é apresentar as principais práticas usadas pela TI Verde, as duas maiores empresas que aderiram essa causa e os benefícios que ela trouxe e pode trazer tanto para o mundo empresarial quanto para o ser vivente, sejam eles ambientais, econômicos ou lucrativos.

2 - Tecnologia da Informação

A Tecnologia da Informação (TI) é vista como um aglomerado de funções relacionadas à computação. A TI se tornou um setor dentro das empresas onde se reúne todas as áreas relacionadas à informática, exemplo: Suporte técnico, Suporte Aplicação, Desenvolvimento, Banco de Dados, Redes e muitas outras. De acordo com Rezende (2002) a TI pode ser conceituada

45

como o conjunto dos recursos tecnológicos e computacionais para guarda de dados, geração e uso da informação e de conhecimentos.

Os recursos tecnológicos podem ser palpáveis (computador, impressora ou qualquer outro dispositivo físico) ou inatingíveis (um sistema, aplicação). Esses recursos são imprescindíveis, tanto para as empresas, como para nosso uso doméstico. Eles auxiliam nas resoluções de operações cotidianas de uma empresa como também na comunicação pessoal com o resto do mundo.

A empresas possuem aplicações com compartilhamento das bases de dados, unificando-as e eliminando as redundâncias. (Rezende, 2002). Dados redundantes geram sobrecargas no disco de armazenamento e isso provavelmente criará certos problemas em caso de futuras manutenções. Rezende ainda afirma que com o compartilhamento de dados os sistemas ficam mais completos, integrados e satisfazem na íntegra os seus usuários. A TI contempla inclusive os sistemas de informação e de conhecimento para apoio às decisões.

Como a troca de informação é instantânea e de fácil acesso, facilita a agilidade de obtenção dos dados devido a interoperabilidade, facilita o compartilhamento de dados, há redução significativa na mão de obra humanitária e gera melhorias no atendimento. A TI se encarrega de manter e assegurar a comunicação de uma empresa com o mundo.

Nos dias atuais ter um núcleo tecnológico se tornou essencial em qualquer empresa, pois proporciona praticidade, facilidade e auxilio significativo na organização das tarefas diárias. Ela também auxilia, aprimora e facilita todas as tomadas de decisões gerenciais. Conhecendo os benefícios que a TI traz a uma empresa, pode-se alcançar um excelente patamar de produtividade e eficácia.

3 - Os impactos da TI no meio ambiente

Embora todos os benefícios que o mundo tecnológico agrega ao nosso dia a dia e ao dia a dia empresarial, a TI também pode ser um grande potencial na contribuição da degradação ambiental.

3.1 - Emissão de Dióxido de Carbono O Dióxido de Carbono (CO2) é produzido a partir da queima de

combustíveis fósseis (carvão e derivados de petróleo). Os combustíveis fosseis são formados por restos de seres vivos (plantas ou animais) através de processos que normalmente levam milhares de anos para ser concluído. Devido a isso eles, apesar de serem constantemente produzidos pela natureza, não são considerados recursos naturais renováveis, pois a alta emissão desse gás na atmosfera é prejudicial.

Com a emissão desordenada do CO2 na atmosfera aumenta-se a intensidade do efeito estufa que é responsável por manter a terra aquecida e consequente a vida de todos os seres. Sem o efeito estufa seria impossível conviver na terra pois a temperatura seria gradativa, ou seja, muito fria.

De fato, é a presença desses gases na atmosfera que torna a mesma habitável, pois caso não existissem naturalmente, a temperatura média do planeta seria muito baixa, na base de 18ºC negativos. A troca de energia entre a superfície e a atmosfera mantém as atuais condições, que proporcionam uma temperatura média global, próxima à superfície, de 14ºC. (Ministério do Meio Ambiente, s.d.)

46

J

á na tecnologia computacional, há emissão de CO2 é feita através do desperdício excessivo de papeis com impressões. Conforme o uso descontrolado dos papéis mais arvores serão derrubadas para a confecção do mesmo. Há também o alto consumo de energia para suprir a necessidade de manter os equipamentos em funcionamento, como os data centers, que ficam ligados permanentemente e os ambientes que abrigam esses equipamentos, por precisarem de um resfriamento apropriado. Também temos a poluição através dos próprios dispositivos como monitores e gabinetes, exemplo: Na incineração de certos componentes tecnológicos pode-se emitir gases poluentes na atmosfera.

Os aparelhos mais antigos contêm altas taxas de produtos químicos venenosos e metais pesados. Quando incinerados, lançam gases tóxicos no meio ambiente (...)13

3.2 - Consumo de Energia Um dos agravantes envolvendo os computadores é o consumo de

energia elétrica, pois tem se o hábito de deixa-los ligados, mesmo estando ociosos. Por um lado é até conveniente, pois se economiza tempo no processo de inicialização, que é um tanto demorado, porém haverá um reflexo negativo mais adiante. Há também o fato do desgaste dos componentes, provocados pela dilatação térmica durante o uso do equipamento, e mantendo-o ligado aumenta-se a vida útil do mesmo. No caso de data centers, o consumo é ainda maior, sendo necessário a disponibilidade dos serviços 24 horas por dia e 7 dias por semana, devido a algumas empresas prestarem serviços a outras (podemos citar a Google e a Amazon como exemplo).

O aquecimento elevado do computador pode vir a queimar os componentes ou então gerar um curto circuito entre eles. Se não estiver em um ambiente onde há boa ventilação a máquina esquentará acima do que é permitido. Sistemas operacionais como o próprio Windows realizar processos importantes no ligamento e desligamento de uma máquina, logo, é valido o desligamento.

13 Computadores, Sustentabilidade e Meio Ambiente – PINTO, LOUZA & TEIXEIRA (2010)

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Outros equipamentos consumidores de energia são: impressoras, equipamentos de distribuição de rede como hubs e switches e data centers, pois além de estarem sempre ligados é necessário que o ambiente onde se encontram estejam bem resfriados para manter seu bom funcionamento e isso significa que os condicionadores de ar ficarão ligados 24 horas.

3.3 - Lixo eletrônico Com o crescimento do consumo no setor de tecnologia, o descarte e o

desuso dos materiais fabricados aumentaram. Nessa categoria entram os celulares, monitores, notebooks, desktops e outros. Ainda é raro de se encontrar depósitos especializados para esse tipo de lixo tecnológico (e-lixo). Isso implica diretamente na sua coleta, pois o e-lixo não é coletado separadamente dos outros tipos de lixos comuns (metal, orgânico, reciclável). Todo lixo tecnológico na maioria dos casos, é levado para os aterros sanitários onde não terão o tratamento devido, gerando assim contaminação do solo ou até mesmo a contaminação de pessoas que residem nas redondezas.

“O perigo do lixo eletrônico deriva de ingredientes como chumbo, mercúrio, arsênico, cádmio, cobre, berilo, bário, cromo, níquel, zinco, prata e ouro. Muitos desses elementos são usados em placas de circuito e fazem parte de componentes elétricos como chips de computador, monitores e fiação (eco4u, 2011)”.

4 - Tecnologia da informação verde (T.I. Verde)

4.1 - Definição A tecnologia verde foi criada para tentar amenizar, combater, os

problemas gerados pela era da informática no meio ambiente, tendo soluções apresentadas por grandes empresas como a Google, Apple, ItauTec, HP e outras que são conscientizadas com o nosso bem estar futuro, visam economia empresarial e sustentabilidade.

Segundo Murugesan (2008, p.25) a TI Verde refere-se ao ambiente saudável de TI. É o estudo e a prática do design, manufatura, uso e descarte de computadores, servidores e subsistemas associados - tais como monitores, impressoras, dispositivos de armazenamento e trabalho em rede, e sistemas de comunicação, com eficácia e eficiência com o mínimo ou nenhum impacto sobre o meio ambiente.

A Tecnologia Verde se preocupa com os recursos e insumos usados na criação dos componentes, como a eliminação de substâncias toxicas, soluções para uma eficiência na utilização da energia diminuindo o gasto excessivo de energia com os data centers e os equipamentos. Se preocupa também com a agressão gerada no meio ambiente pelas maquinas e outros objetos que entraram em desuso e/ou ficaram obsoletos.

A TI Verde também se esforça para alcançar a viabilidade econômica e melhor desempenho do sistema, além de utilizá-lo respeitando responsabilidades sociais e éticas. Assim, a TI verde inclui as dimensões de sustentabilidade ambiental, a economia da eficiência energética e do custo total de propriedade que inclui o custo da eliminação e reciclagem (Murugesan, p.26, 2008).

48

4.2 - Objetivos da TI Verde A TI Verde tem como principais objetivos modificar, solucionar e/ou

minimizar os impactos gerados pela TI ao meio ambiente. Tem a missão de levar a tecnologia a ser um ramo sustentável.

4.3 - Identificando meios que levam a sustentabilidade Muitas das práticas adotadas na T.I verde já estão em uso no mercado a

um bom tempo. Dentre elas temos a virtualização, computação em nuvem e a eficiência energética na infraestrutura de refrigeração.

As economias em impressões também podem ser feitas via software (configurações pré-definidas em servidores onde todas as impressões serão frente e verso), políticas internas onde delimita-se uma quantidade de impressões por semana/mês, e/ou uso de assinaturas digitais que permitem dar garantia de integridade e autenticidade a arquivos eletrônicos juntamente com um certificado digital (documento eletrônico assinado digitalmente).

Outras preocupações entram na lista de sustentabilidade: Utilização, atenção e priorização para se usar equipamentos com selo Energy Star, pesquisas de fontes alternativas de energia, substituição de materiais na produção de equipamentos, doação/reutilização e a reciclagem dos componentes.

5 - Data Center

5.1 - A preocupação com Data Centers O centro de dados é onde se encontra reunido todos os arquivos de uma

empresa ou qualquer outra entidade que necessite de um armazenamento em massa. Ali concentra-se todas as informações do ambiente e aplicativos existentes para o funcionamento do mesmo. De acordo com a Cisco (2011) o centro de dados é a casa do poder computacional, armazenamento e aplicativos necessários para apoiar um negócio empresarial.

Conforme relatos da revista eletrônica Info Abril, os grandes data centers, que reúnem servidores com alto poder de processamento, são os novos vilões do meio ambiente, por consumirem 2% de toda a eletricidade gerada no mundo, com crescimento de 12% ao ano.

Isso não se deve somente ao fato da necessidade de uma refrigeração mas também pelos equipamentos que ali encontram-se instalados.

5.2 - Virtualização A virtualização, desenvolvida a mais de 30 anos pela IBM (década de

60), é uma prática usada há muito tempo pelas empresas como forma de criar partições logicas de servidores em máquinas virtuais separadas. As partições lógicas geralmente são criadas para a guarda dos dados ou em alguns casos para instalações de sistemas Linux pois o Windows somente é instalado em partições primarias.

Segundo a VMWare a virtualização foi abandonada durante as décadas de 80 e 90, quando os aplicativos cliente-servidor e os desktops e servidores x86 baratos, levaram a uma computação distribuída.

De acordo com Coulouris, Dollimore, Kindberg (2008, p. 15) Um sistema distribuído é aquele no qual os

componentes localizados em computadores interligados em rede se comunicam e coordenam suas ações apenas

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passando mensagens. Essa definição leva às seguintes características dos sistemas distribuídos: concorrência de componentes, falta de um relógio global e falhas de componentes independentes.

Assim, a computação distribuída consiste em adicionar o poder

computacional de diversos computadores interligados por uma rede de computadores. A união desses diversos computadores com o objetivo de compartilhar as execuções de tarefas são conhecidos como sistemas distribuídos. A virtualização básica consiste na simulação de maquinas/servidores em outra máquina com um hardware elevado, capaz de sustentar essa estrutura e o processamento exigido. Isto é, ela permite a execução de várias máquinas virtuais em apenas uma física.

Ela também permite o uso de vários sistemas operacionais diferentes

sendo executados ao mesmo tempo e de vários aplicativos executando as suas tarefas.

Com isso a diminuição de máquinas é significativa, pois não há necessidade de se ter várias máquinas e sim apenas uma com uma forte capacidade de simular várias outras. Essa é uma contribuição significativa ao meio ambiente e ponto seriamente acoplado a TI Verde pois quanto menos equipamentos tecnológicos, menos e-lixo será descartado quando sua vida útil chegar ao fim. Outra vantagem da virtualização é a praticidade que ela proporciona caso o hardware ou software de uma máquina vir a falhar. Caso o computador falhe, a imagem da VM é transferida para outro computador ou outra VM, com todos os dados nela existentes.

A razão para a existência da virtualização, entretanto, é que a maioria das interrupções no serviço não é causada por defeitos de hardware, mas pelo conjunto de software inchado, não confiável e cheio de erros, em especial os sistemas operacionais (Tanenbaum, pag. 353, 2009).

5.3 - Thin Client Os thin-client’s viabilizam economia para a empresa pois não é

necessário uma máquina com um HD, processador, memoria e etc. Apesar de simples, sua eficiência é garantida e sua manutenção é de fácil manuseio. Atualizações como Service Pack do Windows é apenas feita no servidor da aplicação e após um reinicio do aparelho, todas as novas configurações são automaticamente carregadas e atualizadas.

Conforme o site da Thin Client Brasil, além de ser bastante econômico, ele é ecologicamente correto. O consumo de energia é desprezível quando comparado à soluções convencionais. Outro ponto importante para a sustentabilidade é que os terminais são bastante resistentes (menos gastos com manutenção), não precisando ser trocados com a mesma frequência de um computador normal, gerando assim menos lixo eletrônico.

O funcionamento do Thin Client é bem simples. Ele executa um sistema operacional, em alguns casos conhecido como virtual desktop, diretamente do servidor (host) de uma empresa e é apresentado a tela do usuário de onde se está logado.

As estações de thin client são equipadas apenas com o próprio thin client, com um monitor, teclado e mouse. A comunicação entre o servidor e essas estações se dá através de rede (com ou sem fio). Os usuários desta

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rede utilizam suas estações de forma independente o que faz parecer que eles estão utilizando máquinas convencionais (Thin Client Brasil).

Figura 5 - Servidor usando thin clients

6 - Computação em Nuvem

A computação em nuvem (Clouding Computing) também é outro ponto forte da sustentabilidade computacional. Quando falamos em computação em nuvem podemos automaticamente associar a possibilidade de acessar nossos arquivos e executar diferentes aplicativos pela internet. Isso quer dizer que não precisamos mais instalar softwares em nosso computador para tudo, pois podemos acessá-los online. Temos como exemplo os editores de textos ou editores de planilhas nos softwares online da Google.

“Cloud computing é um modelo que habilita de forma simplificada o

acesso on-demand a uma rede, a qual possui um pool de recursos computacionais configuráveis (redes, servidores, storages, aplicações e serviços)” afirma Adriano Martins.

Podemos dividir em três categorias: 1ª – Considera-se o software como um serviço (SaaS) do inglês

“Software As A Service”. Gianpaolo Carraro e Fred Chong(2007) define de modo sucinto que o

SaaS pode ser definido como "software implantado como serviço hospedado, acessado pela Internet".

O acesso a um serviço SaaS é geralmente ligado a venda de acordo com um modelo de assinatura. Logo paga-se uma taxa continua para a utilização da aplicação. Os recursos do produto variam de acordo com cada plano. Podemos citar o Skype como exemplo, onde não é cobrado taxa para a aquisição do software porem para realizar uma chamada voip para outros telefones é necessário a compra de pacotes.

2ª – Tem-se a plataforma como um serviço (PaaS) do inglês “Platform as a Service”.

Os sistemas PaaS são geralmente plataformas de desenvolvimento de aplicativo hospedadas e com base na Web, fornecendo ambientes de ponta a ponta ou, em alguns casos parciais para o desenvolvimento completo de

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programas online, afirmam Yu Chen Zhou, Xi Ning Wang, Xin Peng Liu, Liang Xue , Xiao Xing Liang, Chang Shuang Liang (2011.

Nesse caso podemos citar o Windows Azure onde é disponível várias API’s de desenvolvimento deixando assim o usuário livre para criar o seu software na plataforma desejada e a hospedagem do software fica por conta do disponibilizador do serviço, ou seja, o Windows Azure.

3ª – A infraestrutura é o serviço (IaaS) do inglês “Infrastructure as a Service” onde toda a infra de um ambiente é virtualizado.

“Geralmente independentemente da plataforma; custos de infraestrutura

são compartilhados e, portanto, reduzidos; SLAs14; pagamento pelo uso; escalamento automático. Evita despesa de capital com hardware e recursos humanos; risco de ROI (Retorno do Investimento) reduzido; barreiras pequenas à entrada; escala simples e automatizada.” (Dan Orlando, 2011).

Ao invés de se adquirir servidores, racks, roteadores e outras coisas ligadas a infra, podemos contratar servidores virtuais. Nos contratos são cobrados por números de servidores, quantidade de dados trafegados, dados armazenados e etc. Também são alocados servidores de e-mail nas estruturas IaaS.

Essas três categorias formam a computação em nuvem. A grande vantagem de se usar a computação em nuvem realmente está

na disponibilidade dos dados que podem ser acessados de qualquer computador independente de sistema operacional e a qualquer hora. Outra vantagem e geralmente a mais importante pra uma empresa: diminuição de gastos. Com os arquivos em nuvem não é necessário gastos com infraestrutura, equipamentos, alto consumo de energia elétrica e manutenção de equipamentos.

7 - Gestão do Lixo Eletrônico

Com o crescimento da informática e a sua popularização, o acesso aos produtos se tornaram mais rápidos e os eletrônicos ficaram mais em conta para o bolso do consumidor. Computadores que antigamente não saiam por menos de R$ 1600, hoje podemos encontrar na faixa dos R$ 800 e no caso dos usados chegando a R$ 500, completos. Isso implica diretamente na produção dos materiais, pois devido à necessidade de algo que atenda ao usuário em questão de agilidade e tempo de resposta, as atualizações dos eletrônicos se tornam maior em menos tempo e com isso há um aumento excessivo no descarte dos produtos que ficaram defasados, ultrapassados.

De acordo com o Instituto GEA “milhares de aparelhos são descartados

diariamente, e com a rapidez da tecnologia, cada vez mais o consumidor quer substituir seus aparelhos por outros mais modernos, mesmo que os “antigos” ainda estejam funcionando.” Podemos relacionar essa necessidade de troca por exemplo aos consumidores de jogos, onde é necessário uma placa de vídeo com memória gráfica alta, um bom processador para que o jogo não dê os temidos Leg’s, resfriamento adequado dos componentes pois eles aquecerem rápido e muito por utilizar alto processamento e memorias ram’s com muitos gigas. Os próprios sistemas operacionais e aplicativos

14 Sigla em Inglês para “contratos em nível de serviço”, com os provedores de cloud.

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desenvolvidos hoje exigem um bom desempenho de uma máquina sem contar os servidores e data centers.

Embora não haja fiscalização adequada no Brasil para fazer manter essa lei, muitas empresas se engajam no projeto de sustentabilidade. A Itautec, uma das empresas preocupadas com o impacto que a TI gera na natureza, fabrica equipamentos livres de chumbo, além de produzir microcomputadores e notebooks livres de outras substâncias toxicas ao meio ambiente como o cádmio e o cromo.15

Uma das formas de se reaproveitar os equipamentos em desuso para que os mesmos não sejam descartados precocemente, também apontado pela TI Verde e aplicado por algumas instituições/empresas, como por exemplo a Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Rio de Janeiro, são as doações para comunidades carentes ou projetos sociais que não recebem ajuda do governo ou instituições de caridade.

8 - Empresas mundiais que adotaram a T.I Verde

Recentemente tivemos a quinta edição da Leaderboard TI Cool que é uma revista online criada pelo GreenPeace onde é listado um ranking das empresas que mais levam a sério a TI Verde. Nesta edição a Google e a Cisco foram as empresas líderes com 58 pontos de 100 seguido de outras empresas de tecnologia que também se preocupam com o meio ambiente como a HP, Microsoft, IBM, etc.

De acordo com um estudo independente da Google, a empresa utiliza uma parcela muito pequena da eletricidade do mundo (menos de 0,01%). Especificamente, investem centenas de milhões de dólares em projetos de energia renovável, como a energia eólica, em grande escala, e sistemas solares para telhados. Quando somados, esses projetos representam uma capacidade total de mais de 1,8 GW, que ultrapassa a eletricidade usada em suas operações. Para colocar isso em contexto, essa eletricidade é equivalente à consumida por mais de 350 mil casas.16

Já a cisco, líder em equipamentos para Data Centers, utiliza um sistema de descarte super válido onde o objetivo é a retoma e reciclagem dos equipamentos que entraram em desuso e que já não tenham mais utilidade a empresa. As empresas e consumidores de seus aparelhos podem devolve-los quando estiverem obsoletos onde os mesmos serão eliminados de maneira ambientalmente segura onde obedecerão todas as formas de descarte do E-lixo.

9 - Ferramentas que contribuem com a TI Verde

9.1 - Gerenciador de Energia do Windows 8 Como muitas outras empresas, a Microsoft adere em seus sistemas a

sustentabilidade. Isso não se deve somente pelo fato de contribuir com o meio ambiente mas também há o fato do cliente ter um diferencial na escolha de usufruir os seus produtos.

Desde as versões 95 e 98 do Windows a Microsoft já implementava sutis formas de economia de energia, mas o seu pensamento inicialmente era otimizar os notebooks que tinham instalado o seu sistema na época. Com a

15 Retirado do site Itautec.com.br/sustentabilidade 16 Data centers que economizam energia (www.google.com/green)

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chegada do Windows XP a Microsoft então disponibilizou configurações mais robustas como modo de hibernação, stand by, desligamento de tela e etc.

9.2 - Outras ferramentas Local Cooling é um software filantrópico e gratuito que auxilia de forma

simples e eficiente os usuários a economizarem a energia do PC. Funciona basicamente desligando as peças da máquina enquanto ela está em desuso, de acordo com um período que pode ser definido. 17

Quais as vantagens de se usar o Local Cooling?

Diminui a sua conta de energia;

Proporciona um melhor rendimento do computador;

Exibe detalhadamente o quanto você poupou;

Reduz a quantia liberada de gás carbônico e outras substâncias

nocivas.

No mercado existem tantos outros softwares disponíveis que pensam na

economia de energia e sustentabilidade do meio ambiente como o Local Cooling, porém o diferencial desse software é a sua gratuidade, facilidade e eficiência na execução do que ele se propõe a fazer.

10 – Conclusão

Cada vez mais os paradigmas da humanidade, nos mais diferentes âmbitos da vida, requer ferramentas de auxílio mais sofisticadas, como um smartphone com melhor performance do que os anteriores, computadores mais potentes e demais artefatos tecnológicos. A tecnologia da informação adquiriu a mesma importância da energia elétrica na vida das pessoas, hoje, quase tudo no mundo é gerenciado por algum tipo de infraestrutura ou sistema de TI. Isso é fato. É o tiro disparado, o que se pode fazer agora é contrabalançar os pontos fracos. Mesmo antes da questão do lixo tecnológico já havia uma preocupação em relação a como tratar o lixo que produzimos. A Legislação da União Européia elaborou duas diretivas: - RoHS, proíbe que certas substâncias sejam usadas nos processos de fabricação de produtos. -WEEE, define o programa adequado de descarte de equipamentos. Essas definições mostram a importância de haver uma legislação específica para tratar o tipo de resíduo produzido pelo lixo tecnológico.

Pensando nesses agravantes surgiram várias soluções para diminuição e combate na degradação ambiental causados pelo setor tecnológico. Computação em nuvem, eficiência energética, reuso e descarte apropriado para os equipamentos que entraram em desuso, dentre outras. A junção dessas ideias recebeu o nome de TI Verde.

17 Local Cooling é desenvolvido pela Uniblue e se encontra disponível para download no site do Baixaki

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As empresas que hoje estão engajadas nesse projeto se tornaram exemplos a se seguir (Google, IBM, Yahoo, DELL, Apple, entre outras ligadas a informática e produtos eletrônicos no geral).

Ao longo deste trabalho foi apresentado as formas benéficas que a TI Verde pode trazer tanto ao meio ambiente como para o setor empresarial. O ganho em economia foi o de maior ênfase. Ao adotar a TI Verde temos economia de energia, economia em equipamentos(infraestrutura) e economia Financeira.

11 – Referências

AGRASSO, Neto; ABREU – Técnologia da Informação: Manual de sobrevivência da nova empresa. São Paulo: Arte & Ciência – Villipress, 2000. BAIXAKI. LocalCooling. Disponível em: <http://www.baixaki.com.br/download/localcooling.htm>. Acesso em: 10 fev. 2013. CARRARO, Gianpaolo et al. Software como Serviço (SaaS): uma perspectiva corporativa. Disponível em: <http://msdn.microsoft.com/pt-br/library/aa905332.aspx>. Acesso em: 13 abr. 2013. CISCO. Programa de Retoma e Reciclagem Cisco. Disponível em: <http://www.cisco.com/web/about/ac227/ac228/ac231/WEEE/docs/Portuguese/CustomerBrochure.pdf>. Acesso em: 16 maio 2013. CISCO. Cisco Data Center Infrastructure 2.5: Design Guide. Disponível em: <https://www.cisco.com/application/pdf/en/us/guest/netsol/ns107/c649/ccmigration_09186a008073377d.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2012. LIANG, Y. C. Z. X. N. W. X. P. L. L. X.. X. X. L. C. H. S. S. Nuvem & mercado, Parte 1: Melhores práticas e padrões PaaS. Site IBM, Internet, n.1, p.1, 2011. Disponível em: <http://www.ibm.com/developerworks/br/cloud/library/cl-cloudindustry1/> Acesso em: 17 jan. 2013 LUNARDI, Guilherme Lerch; FRIO, Ricardo Saraiva; BRUM, Marilia Marco. Tecnologia da Informação e Sustentabilidade: Um estudo sobre a disseminação das práticas de TI Verde nas organizações. Artigo elaborado para o XXXV Encontro do ANPAD. Disponível em: ANPAD. Acesso em: 15 dez. 2012. MURUGESAN, San. Harnessing Green IT: Principles and Practices. Disponível em: <http://www.sis.pitt.edu/~dtipper/2011/GreenPaper.pdf>. Acesso em: 05 out. 2012. ORLANDO, D. Modelos de serviço de computação em nuvem, Parte 1: Infraestrutura como serviço. Site IBM, Internet, n.1, p.1, 2011. Disponível em:

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VMWARE - O que é virtualização - Disponível em: < http://www.vmware.com/br/virtualization/virtualization-basics/what-is-virtualization.html > Acesso em: 09 Nov. 2012.

INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO -

BACHAREL

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TCC: APLICAÇÕES WEB PARA AUTOMATIZAÇÃO DE PROCESSOS

CORPORATIVOS

MORAES, Toniel Lenk18

[email protected]

BRAUN, Leonardo Luiz19 [email protected]

BARROS, Andersown Becher Paes de20 [email protected]

SANTANA, Edie Correia21 [email protected]

Resumo: Este artigo tem como objetivo resumir o TCC sobre Automatização de

Processos Coorporativos que enfatiza a utilização de Aplicações Web nas empresas e

corporações para automatizar processos ou atividades que ocorrem em seus diversos

departamentos. A pesquisa relata problemas rotineiros enfrentados por empresas,

baseando-se em dados apresentados por renomados centros de pesquisas e propõem

resoluções simples, com exemplos que facilitam o entendimento do leitor sobre o

assunto.

Palavras-chave: TCC, Automatização, Processos, Aplicações WEB.

1 INTRODUÇÃO

Em um mundo moderno a partir do século XI, empresas passaram a utilizar sistemas

computacionais para gerenciar suas atividades, como na produção, logística,

markenting, controle financeiro e etc... Geralmente essas empresas usam Sistemas ERP,

que automatizam os processos de todos os seus departamentos. A partir disso o mercado

de software cresceu, tornando os processos coorporativos cada vez mais automatizados,

mas não é fácil colocar tudo isso pra funcionar “da noite para o dia”. Nessa pesquisa

serão relatados os principais desafios enfrentados na automatização de processos com o

uso de sistemas computacionais, também será apresentada uma proposta de

automatização simples e ágil.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo a Pesquisa realizada pela FGV - Fundação Getulio Vargas em 2012, o mercado brasileiro de sistemas de gestão empresarial, tem 82% dele dominado por três empresas: Totvs, SAP e Oracle. Com base nos dados, concluímos que

18 Acadêmico do curso de Ciência da Computação 2 Professor do curso de Ciência da Computação 3 Coordenador do curso de Ciência da Computação 4 Professor do curso de Ciência da Computação

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um grande número de empresas brasileiras utilizam sistemas ERP para automatizar seus processos, de fato esses sistemas são indispensáveis, pois contribui para a agilidade de processos, organização de dados, integridade das informações, controle de recursos e entre outros benefícios.

Acontece que geralmente os processos executados nos diversos departamentos de uma empresa, de acordo que o tempo passa, podem sofrer mudanças, como a criação, extinção ou alteração de novas rotinas. Toda vez que surge situações como essa, a empresa precisa procurar algum meio de realizar essas mudanças de forma que aja agilidade nas atividades e não atrase outros processos que já estão automatizados, além de que, precisam viabilizar o menor custo financeiro.

Nessa situação a empresa se vê de frente a várias alternativas, mas precisam tomar cuidado na decisão correta, pois uma escolha errada pode gerar consequências drásticas.

Alternativas mais usadas:

• Solicitar para que o fornecedor desenvolva no sistema ERP a nova rotina, porém vai

gerar custo financeiro, pois fornecedores não cobram barato em situações como esta.

• Desenvolver por si mesmo uma aplicação Desktop (JAVA, DELPHI, C++ ou outros)

que consiga atender a necessidade, porém vai custar tempo, pois as linguagens de

programação utilizadas nessa plataforma são mais complexas e requer bom nível de

conhecimento na linguagem.

• Deixar como está e realizar o processo manualmente, porém o processo vai ficar lento.

Solução Proposta:

Quando se fala em poupar custos financeiros, poupar tempo e poupar trabalho na hora de automatizar processos, não se pode utilizar nenhuma das opções acima, pois como se podem observar, todos geram esses malefícios.

A minha solução é um pouco parecida com a terceira alternativa, mas existem suas vantagens. Ao invés de usar uma aplicação Desktop, recomendo usar o ambiente Web para desenvolver através das linguagem HTML, PHP, Java Script ou e se precisar , CSS. Mas antes é preciso avaliar se a demanda do processo é compatível com uma ambiente WEB, pois uma aplicação WEB precisa ser leve e de fácil acesso, além de que esse tipo de ambiente não oferece tantos recursos para trabalhar com a quantidade massiva de dados.

A diferença de uma aplicação WEB para uma Desktop é bastante expressiva, tanto no desenvolvimento quanto na utilização final. No desenvolvimento de uma aplicação Desktop, é necessário ter conhecimento de médio à avançado na linguagem escolhida, pois tipos como JAVA, VB, C++ e entre outras, são bastante complexas. Já criar aplicações em um ambiente Web é mais simples, pois as linguagens usadas no desenvolvimento são de fácil aprendizado, sendo

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uma das características mais interessantes do PHP, a facilidade pela qual a linguagem apresenta para criarmos páginas dinâmicas e de fácil manutenção e atualização [MUTO p.84 2006].

No quesito Poupa Custos Financeiros: A linguagem PHP é gratuita e tem código aberto, uma de suas grandes vantagens é que ele é multi-plataforma. Funciona não só em servidores Windows, mas também em Linux, Unix, FreeBSD e mais uma “dúzia” de sistemas operacionais. Imagine o caso de uma grande corporação que resolva mudar de plataforma, de Windows para Linux ou vice-versa. Como o PHP é multi-plataforma, bastaria passar os scripts de uma máquina para a outra e pronto. Em exceção, se a aplicação estiver sido escrito em ASP, no caso a empresa estaria presa à Microsoft [FABRICIO, 2009].

3 CONCLUSÃO

O TCC apresentou os conceitos que relatam como o uso das Aplicações Web nas

Empresas e Corporações pode contribuir para o crescimento de sua produtividade

diminuindo o trabalho desnecessário dos desenvolvedores de software e evitando altos

custos financeiros para as empresas.

4 REFERÊNCIAS

FABRICIO, Araújo. INFORLOGIA - Vantagens e desvantagens do PHP. Disponível

em: http://www.inforlogia.com/vantagens-e-desvantagens-do-php/ Postagem:

03/03/2009, Atualizado: 25/07/2012, Acesso: 01/06/2013.

MUTO, Claudio Adonai. PHP & MySQL : Guia Introdutório – Criando Páginas

Dinâmicas com PHP, 3ª edição. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.

FGV, Resultados da 23ª Pesquisa Anual da FGV-EAESP-CIA, Mercado Brasileiro de

TI e Uso nas Empresas. Brasil: Copyright © Fundação Getulio Vargas, 2012.

ARAUJO, Joao. Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) - O Desenvolvimento de

Aplicações WEB. Disponível em: http://www.rnp.br/newsgen/9710/n5-3.html.

Postagem: data desconhecida, Acesso: 31/05/2013.

AMCHAM, Brasil. Departamento financeiro eficiente automatiza rotinas e atua

como parceiro de negócio. Disponível: http://www.amcham.com.br/. Postagem:

14/06/2012, Acesso: 03/06/2013.

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