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CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE ARGILA EXPANDIDA PARA APLICAÇÃO COMO AGREGADO EM CONCRETO ESTRUTURAL LEVE W.G. Moravia; C.A.S. Oliveira; W.L. Vasconcelos; A.G. Gumieri Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais. Rua Espírito Santo, 35, Belo Horizonte, MG, CEP30160-030, Brazil. Tel.: +5531 32381821 E-mail: [email protected] Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais RESUMO A utilização da argila expandida como agregado graúdo é economicamente viável na fabricação de concretos devido à redução da massa especifica que estes agregados proporcionam, minimizando os carregamentos atuantes nas estruturas. O objetivo deste trabalho é caracterizar a microestrutura do agregado leve de argila expandida visando sua utilização na fabricação de concretos. Na caracterização física da argila expandida foram avaliadas a massa unitária, a granulometria e a absorção de água por imersão total do agregado. Na caracterização microestrutural, foram realizadas análise química, microscopia eletrônica de varredura, difração de raios-X e porosidade por porosimetria de mercúrio. A argila expandida apresentou granulometria entre as britas de graduação 0 e 1, e apresentou alta absorção de água devido à elevada porosidade deste agregado. Na análise de difração de raios- X evidenciou-se a presença de sílica na forma mineral de αquartzo; silicato de magnésio, alumínio de ferro silício e óxido de alumínio magnésio. Palavras-chaves: argila expandida; concreto leve; microestrutura. Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48 th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society 28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR 1

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CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL DE ARGILA EXPANDIDA PARA APLICAÇÃO COMO AGREGADO EM CONCRETO ESTRUTURAL LEVE

W.G. Moravia; C.A.S. Oliveira; W.L. Vasconcelos; A.G. Gumieri

Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Engenharia Metalúrgica e

Materiais. Rua Espírito Santo, 35, Belo Horizonte, MG, CEP30160-030, Brazil.

Tel.: +5531 32381821 E-mail: [email protected]

Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais

RESUMO

A utilização da argila expandida como agregado graúdo é economicamente

viável na fabricação de concretos devido à redução da massa especifica que estes

agregados proporcionam, minimizando os carregamentos atuantes nas estruturas. O

objetivo deste trabalho é caracterizar a microestrutura do agregado leve de argila

expandida visando sua utilização na fabricação de concretos. Na caracterização

física da argila expandida foram avaliadas a massa unitária, a granulometria e a

absorção de água por imersão total do agregado. Na caracterização microestrutural,

foram realizadas análise química, microscopia eletrônica de varredura, difração de

raios-X e porosidade por porosimetria de mercúrio. A argila expandida apresentou

granulometria entre as britas de graduação 0 e 1, e apresentou alta absorção de

água devido à elevada porosidade deste agregado. Na análise de difração de raios-

X evidenciou-se a presença de sílica na forma mineral de αquartzo; silicato de

magnésio, alumínio de ferro silício e óxido de alumínio magnésio.

Palavras-chaves: argila expandida; concreto leve; microestrutura.

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INTRODUÇÃO

A argila expandida é o produto obtido por aquecimento de alguns tipos de

argila na temperatura em torno de 1200°C, Nesta faixa de temperatura uma parte

dos constituintes do material se funde gerando uma massa viscosa, enquanto a

outra parte se decompõem quimicamente liberando gases que são incorporados por

esta massa sinterizada, expandindo-a em até sete vezes o seu volume inicial. Esses

gases, retidos no interior da argila, não podem escapar para o seu exterior devido à

fase líquida que envolve as partículas da argila. Essa estrutura porosa se mantém

após o resfriamento, de modo que a massa unitária do material resultante torna-se

menor do que antes do aquecimento, podendo ser utilizada como agregado graúdo

na fabricação de concretos leves, com o objetivo de reduzir o peso próprio das

estruturas (1), (2).

O agregado de argila expandida pode ser produzido pelo tratamento térmico da

matéria prima, triturada e classificada granulometricamente, ou moída e pelotizada,

feito geralmente em forno rotativo a gás ou óleo diesel, similar aos usados na

fabricação de cimento Portland. Pode também ser obtido por sinterização contínua.

Nesse caso, o material bem umedecido é transportado numa esteira, sob

queimadores, de modo que o calor atinge gradualmente toda a espessura da

camada (3), (4). Os agregados de argila expandida produzidos pelo processo de

sinterização contínua possuem massa específica aparente entre 650kg/m³ e

900kg/m³ e os produzidos em forno rotativo, entre 300kg/m³ e 650kg/m³ (4).

A granulometria do agregado e o fator água/cimento exercem influência na

trabalhabilidade dos concretos e devem ser considerados em conjunto, pois quanto

menor for a granulometria do agregado maior será a quantidade de água necessária

para envolver os grãos do mesmo, formando uma película d’água responsável por

uma boa trabalhabilidade (4).

A caracterização da microestrutura da argila expandida é importante para a

fabricação dos concretos, auxiliando na compreensão das reações físico-químicas

que ocorrem na sua interface com a matriz de cimento. Devido a sua alta

porosidade, a argila expandida proporciona uma redução da resistência mecânica

dos concretos. Por outro lado, uma importante característica do agregado leve é a

boa aderência entre este e a pasta hidratada de cimento que o envolve. Esta

aderência ocorre pela textura áspera da superfície do agregado leve, resultando em

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um intertravamento mecânico entre o agregado e a pasta. A aderência também pode

ser melhorada pela água absorvida pelo agregado no momento da mistura dos

concretos, que com o tempo, torna-se disponível para a hidratação do cimento

anidro. Parte dessa hidratação ocorre na região da interface agregado-matriz,

tornando a aderência entre o agregado e a matriz mais resistente (4).

Este presente trabalho tem por objetivo caracterizar uma argila expandida,

permitindo sua melhor especificação e utilização para produção de concretos leves.

A argila expandida analisada foi processada em forno rotativo de uma empresa

localizada no estado de São Paulo. Sua matéria prima é proveniente do recôncavo

baiano.

MATERIAS E MÉTODOS

Na caracterização física da argila expandida avaliou-se a granulometria, a

massa unitária, a massa específica real e a absorção de água do agregado. O

ensaio de granulometria foi realizado conforme a NBR 7217 – Agregados –

determinação da composição granulométrica. A massa unitária foi determinada

segundo as prescrições da NBR 7251 – Agregado em estado solto – determinação

da massa unitária. A massa específica real foi obtida por picnometria com Hélio.

Para a realização deste ensaio, o material foi moído com a finalidade de expor os

poros fechados (isolados), de forma que o volume medido correspondesse somente

ao volume do sólido, excluindo-se os poros da amostra. O teor de absorção foi

obtido pelo método da norma NBR 9776 – Agregado – determinação da absorção e

massa específica do agregado graúdo. A evolução da absorção do agregado foi

avaliada para diversos intervalos de tempo.

Para caracterização da microestrutura da argila expandida foram realizadas

análise química, mineralógica, morfológica e avaliação da porosidade.

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Na caracterização química empregou-se a metodologia descrita na Tabela I.

Tabela I – Técnicas de análise química da argila expandida

Elementos Metodologia

Ca, Mg Volumetria, por complexão, com EDTA.

Si Gravimetria, desidratação com HCl, fluorização com HF.

Al, Na, K Espectrofotometria de absorção atômica, equipamento

AAnalyst 300, Perkin-Elmer, modo chama.

Fe Volumetria, por oxi-redução, com dicromato de potássio.

C Combustão direta, com detecção por infravermelho,

equipamento CS-244, LECO.

PPC Calcinação a 1000ºC, até peso constante.

Na caracterização mineralógica, as principais fases cristalinas presentes na

amostra de argila expandida foram determinadas utilizando-se a técnica de difração

de raios-X. Foi empregado o difratômetro da marca PHILIPS, modelo PW-3710

(radiação Cukα, corrente de 30 mA e voltagem de 40kV, varredura com passo de

0,060 e tempo de coleta de 1,0 segundo por passo). Para análise das fases

cristalinas, os valores de “d” (distância interplanar) foram considerados com

aproximação de ± 0,01 Å (5).

A análise morfológica e a análise química elementar das fases presentes na

argila expandida foram obtidas pela técnica de microscopia eletrônica de varredura

(MEV) com analisador de raios-X por dispersão de energia (EDS) acoplado. Foi

empregado um microscópio marca PHILIPS, modelo JSM-80, sendo as amostras

metalizadas com filme de carbono. As fotomicrografias foram obtidas por elétrons

secundários.

A porosidade aparente da amostra foi determinada utilizando porosimetria por

intrusão de mercúrio. Esta técnica é adequada para avaliar poros com diâmetros

entre 0,04 e 300 µm. A análise foi realizada considerando-se o volume dos grãos da

amostra na forma de agregados. Foram escolhidos agregados com dimensão de 9,5

mm, por esta dimensão representar grande parte da granulometria da argila

expandida estudada neste trabalho.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela II apresenta os resultados do ensaio de granulometria do agregado

de argila expandida.

Tabela II – Análise granulométrica da argila expandida.

Peneiras (mm)

Material Retido (gramas)

% Retida % Retida Acumulada

19 0 0 0

12,5 433 9 9

9,5 2553 51 60

6,3 1520 30 90

4,8 393 8 98

Fundo 100 2 100

Total 5000 100

Dimensão Máxima Característica 19 mm

-

-

Módulo de Finura 6,48 - -

Com base na análise granulométrica da argila expandida, Tabela II, conclui-se

que a argila expandida possui dimensão máxima característica de 19 mm. Não é

possível classificar granulometricamente este agregado graúdo de acordo com as

especificações da Norma NBR 7211 (Agregados para concreto), pois as

porcentagens retidas acumuladas por peneira não se enquadram com os limites

granulométruicos prescritos nesta norma. Para um traço de concreto utilizando argila

expandida, recomenda-se que seja feita uma composição granulométrica deste

agregado, para que a mesma corresponda à granulometria do agregado

convencional.

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Na Tabela III estão apresentados os resultados da massa unitária, massa

específica real e da absorção da argila expandida utilizada neste trabalho.

Tabela III – Massa específica aparente e absorção da argila expandida.

Ensaios Argila Expandida

Massa unitária (kg/dm3) 0,46

Massa específica real (g/cm3) 2,57

Tempo (min)

5 15 30 60 24h Absorção de Água por

Imersão Total (%) 15 15 20 25 30

A massa unitária se encontra na faixa entre 300kg/m³ e 650kg/m³,

correspondente às argilas expandidas produzidas em forno rotativo.

A massa específica real encontrada aproxima-se dos valores da massa

específica real da matéria-prima, pois quando moída, a matriz porosa da argila

expandida não mais existirá. Assim, quanto maior o agregado de argila expandida,

maior será a porosidade intrínseca do material, e menor será a massa unitária.

De acordo com os resultados apresentados na Tabela III, verifica-se que a

argila expandida apresenta alta absorção de água em relação aos agregados

convencionais. Esta elevada absorção de água está relacionada à estrutura porosa

dos seus grãos. Verificou-se que durante o intervalo de 24 horas, sugerido pela

norma NBR 9776, a absorção de água não se estabilizou. Não foi necessário

continuar com o ensaio de saturação, tendo em vista que grande parte da absorção

foi obtida com 60 minutos de imersão.

Na Tabela IV são apresentados os resultados do ensaio de porosimetria por

intrusão de mercúrio.

Tabela IV – Resultados obtidos no ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio

Massa Amostra

(g)

Volume Total Mercúrio

Introduzido (ml/g)

Área Total Poros (m2/g)

Diâmetro Médio Poros

(µm)

Porosidade Aparente

(%)

1,4781 0,1728 3,116 0,2218 18,54

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Os dados da Tabela IV mostram que a argila expandida apresenta uma alta

porosidade aparente, fato este que corrobora com a alta absorção do agregado.

Na Tabela V estão demostrados os resultados obtidos na análise química da

argila expandida. Os teores dos constituintes para que a argila tenha características

expansivas (2) também estão listados nesta tabela. Esses limites não devem ser

ultrapassados, pois a argila não se fundiria a uma temperatura suficientemente

baixa, ou fundiria numa massa insuficientemente viscosa (2).

Tabela V – Análise química da argila expandida.

Òxidos % Limites Químicos %

SiO2 63,35 50 a 65

Fe2O3 11,68 5 a 9

Al2O3 10,48 16 a 20

K2O 4,32

Na2O 0,388 1,5 a 4,5

MgO 3,68 1,5 a 3,5

TiO2 0,416 -

CaO 0,248 1 a 4

S 0,017 0 a 1,5

PPC 0,81 6 a 8

Pelos resultados da Tabela V, pode-se observar que, no geral, a composição

química da amostra encontra-se dentro da faixa considerada para argilas com

características expansivas.

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A Figura 1 apresenta o difratograma e os principais compostos da argila

expandida.

0

200

400

600

800

1000

1200

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

°2 Theta

SiO2 – Sílica (Alpha Quartzo) Mg(SiO4) – Silicato de Magnésio

AlO.5Fe3SiO.5 – Silício de Ferro Alumínio MgAl2O4 – Óxido de Alumínio Magnésio

Figura 1 – Difratograma da argila expandida

De acordo com a Figura 1, os principais compostos cristalinos encontrados nas

amostras de argila expandida analisada foram: Sílica (SiO2) na forma morfologia de

αQuartzo; Silicato de Magnésio (Mg(SiO4); Alumínio de Ferro Silício (AlO.5Fe3SiO.5) e

Óxido de Alumínio Magnésio (MgAl2O4) na forma de espinélio. Observa-se no

difratograma um halo de amorfismo evidenciando a presença de fases amorfas na

argila expandida estudada.

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A Figura 2 apresenta micrografias obtidas por microscopia eletrônica de

varredura, ilustrando a morfologia da argila expandida.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 2 - Microscopia eletrônica de varredura da argila expandida (a) Superfície externa (300X); (b) Superfície interna (300X); (c) Superfície externa (1200X) ; (d) Superfície interna (1200X).

Verifica-se que a superfície externa da argila expandida apresenta textura mais

lisa (Figuras 2a e 2c) que a superfície interna da amostra (Figuras 2b e 2d).

Visualiza-se que a superfície interna apresenta maior quantidade de poros, não

ocorrendo a interconectividade dos mesmos. A maior porosidade da superfície

interna está relacionada ao surgimento de bolhas de gases originados no processo

de fabricação da argila expandida.

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A Tabela VI apresenta a composição química média presente nas áreas das

Figuras 2(a) e 2(c), analisadas por EDS (energy dispersive spectrometry).

Tabela VI – Composição química média das áreas analisadas na microscopia

Òxidos % %

SiO2 56,47 53,07

Fe2O3 7,97 13,47

Al2O3 23,42 19,73

K2O 4,96 6,18

Na2O 0,63 0,80

MgO 2,95 4,02

TiO2 1,40 1,36

CaO 2,20 1,37

Verifica-se, no geral, que os valores das composições químicas da Tabela VI

correspondem à composição da análise química da argila expandida apresentada na

Tabela V.

CONCLUSÕES

A argila expandida estudada apresenta dimensão máxima característica igual a

19mm. A massa unitária se encontra na faixa entre 300kg/m³ e 650kg/m³,

correspondente às argilas expandidas produzidas em forno rotativo.

A argila expandida apresenta alta porosidade em relação aos agregados

convencionais, devido à estrutura porosa dos seus grãos, o que também aumenta

sua absorção. Esta elevada absorção de água, quando não prevista, pode ser

prejudicial ao concreto, reduzindo sua trabalhabilidade. Além disso, parte da água

necessária para a hidratação dos compostos do cimento será absorvida por este

agregado, reduzindo, possivelmente, a resistência mecânica do concreto. Como

solução, recomenda-se a saturação do agregado, uma pré-umidificação ou a

correção do teor de água utilizada na dosagem do traço de concreto.

A argila expandida apresenta basicamente SiO2, Fe203, Al2O3, em sua

composição química. Na análise por DRX, o difratograma da amostra apresenta um

halo de amorfismo, evidenciando a presença de fases amorfas formadas durante o

processo de fabricação da argila expandida.

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A superfície interna da argila expandida apresenta textura mais rugosa que a

superfície externa, apresentando maior quantidade de poros não interligados.

AGRADECIMENTOS

À empresa CINEXPAM, pelo fornecimento da amostra de argila expandida

necessária para realização deste trabalho. À CAPES, pelo apoio financeiro para o

desenvolvimento deste trabalho.

REFERÊNCIAS 1. A. Short e W. Kinniburgh, Lightweight Concrete, 1st Edition, C.R. Books Limited, London, England (1963), p 511. 2. A. S. Coutinho, Fabrico e propriedades do betão. 2a.ed., Vol 1, LNEC, Lisboa, Portugal (1988), p 400. 3. A. M. Neville, Propriedades do Concreto, Editora PINI, São Paulo, Brasil (1997), p828. 4. P. K Mehta, P. J. M. Monteiro, Concreto - Estrutura, Propriedades e Materiais, 1a. ed., Editora PINI, São Paulo, Brasil (1994), p573. 5. B. D CULLITY, Elements of X-Ray Diffraction, 2ª ed., London, England (1956), Addison-Wesley Publishing Company, p 511.

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EVALUATION MICROSTRUCTURAL TO EXPANDED CLAY TO USE AS LIGHTWEIGHT AGREGGATE IN STRUCTURAL CONCRETE

ABSTRACT

The use of expanded clay as aggregate is feasible economically in the manufacturing

of concrete due to the decrease of the bulk density that these aggregates provide,

minimizing the total weight of the structures. The objective of this work is to

characterize the microstructure of light expanded clay aggregates which are used in

the manufacturing of concretes. The expanded clay was evaluated concerning of the

density, the granulometry and water absorption after total immersion of the

aggregate. The chemical analysis, scanning electron microscopy, X-ray diffraction

and porosity by mercury porosimetry were evaluated as well. The expanded clay

presented granulometry between the aggregates grades 0 and 1, and high water

absorption due to the high porosity of this aggregate. the X-ray diffraction data

showed the presence of silica as α-quartz; besides silicate magnesium, aluminum

iron silicon and magnesium aluminum oxide.

Word-keys: expanded clay; light weight concrete; microstructure.

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