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O SINTRAP realiza o II Congresso dos Trabalhadores Públicos Municipais E ste ano o dia do Servidor Público será lembrado pelo SINTRAP com a realização de um Congres- so para refletir sobre a situação de massacre que vive a classe trabalhadora e dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias. As oligarquias instaladas na cidade de Caxias, há quase duas décadas, têm promovido gradativamente a retirada dos direitos dos trabalhadores públicos municipais, com práticas nocivas às condições de tra- balho e de vida da categoria. O Congresso tem o objetivo de refletir sobre a atual situação da classe trabalhadora em Caxias- -MA contextualizando-a com as esferas nacional e estadual e as consequências das políticas go- vernamentais na vida da categoria. Como a classe trabalhadora também tem direito a uma boa música, o SINTRAP organizou duas noites culturais no espaço do Armazém do Chopp, a partir das 19 horas, dia 18/10 com Gorete Azevedo e dia 19/10 com César Teixeira. Diante dessa situação de massacre e opressão aos trabalhadores, o SINTRAP realizará o II Congresso dos Trabalhadores Públicos Municipal de Caxias-MA, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, no auditório do CESC-UEMA, que abordará a temática: A Situação da Classe Trabalhadora - Saúde, Educação e Resistên- cia contra a Dominação do Capitalismo, buscando compreender e analisar a atual conjuntura política, social, econômica e educacional no Brasil, Maranhão e Caxias, para avançar na luta da classe trabalhadora contra a dominação capitalista. Quem não aguentar, fica sem emprego Os servidores do SAAE que pegam no batente no dia-a-dia fo- ram ludibriados com o PLANO DE CARREIRA aprovado na Câma- ra de Vereadores sem nenhuma emenda ou modificação, foi do jeito que o ditador Carlos Alber- to, Diretor Geral do SAAE, quis para os gostos dos Coutinhos. Um plano que praticamente não traz nenhum ganho para os ser- vidores gerais, pois mantém a re- muneração dos servidores à base do salário mínimo, um pouquinho a mais, e prevê uma progressão salarial mixuruca, de difícil alcan- ce e que só atinge 21 anos de carreira. Na verdade os servidores foram usados para se aprovar um Plano que só quem ganha são os da panelinha, os que ocupam os cargos de primeiro escalão do SAAE junto com o ditador coutiniano Carlos Al- berto. O salário previsto para eles é de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Esses cargos de con- fiança de Coordenador e de Suporte é de livre nomeação e exoneração do diretor Geral do SAAE, e não foi previsto no Plano nenhum requisito de qua- lificação para quem assume o cargo, é a toque de caixa, do jei- to que a politicagem da subser- viência coutiniana quer e gosta. Outra ilegalidade é que não foi previsto percentual em relação à quantidade dos cargos de confiança para serem ocupados pelos servidores da Casa, são somente para os da panelinha. Legaliza a política de altos salários para os cargos da panelinha do Grupo Coutinho A maioria dos direitos dos servidores previstos no Plano não são objetivos, de concreti- zação certa, pois dependem da vontade política do ditador ge- ral do SAAE conceder ou não, pois usaram o verbo “poderá”, ou seja, os servidores se qui- serem os pequenos ganhos de vantagens ou progressão sa- larial tem que se comportarem como escravos, sujeitando-se a todos os desmandos e abu- sos de poderes, do jeito que o ditador aprendiz dos coutinhos quer. O Plano é ruim para os ser- vidores, a começar dos novos servidores concursados, pois terão que fazer uma nova prova ao final dos 3 anos de estágio probatório, um novo concurso, e se não alcançar nota equi- valente a 70% será exonerado (demitido). Prevê redução das férias descontando-se as faltas que o servidor tiver. Extingue a Licença Prêmio. Não prevê re- ajuste anual dos salários. Não determina prazo para se reali- zar o concurso. E o mais grave: não prevê o enquadramento dos servidores nas referências de progressão salarial, jogan- do na lata do lixo todos os anos trabalhados e de dedicação ao serviço público dos servidores do SAAE. O que mais estranha no Plano é que esconde o valor astronômico do salário do Diretor Geral do SAAE. PLANO DE CARREIRA DO SAAE INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS Nº 33 l OUTUBRO/2013 O sistema de escravidão dos Cou- tinhos atinge todos os trabalhadores ligados à Prefeitura. Os trabalhadores do serviço de limpeza reclamam que já passaram muitas pessoas ruins neste setor, mas os atuais são os pio- res e começam a relatar o sofrimento: não ganham hora extra quando tra- balham nos domingos e feriados. A carga horária que antes era de 8 ho- ras, subiu para 14 horas de trabalho diário; se um falta, os outros têm que assumir o trabalho, porque o serviço tem que ser feito na mesma quanti- dade. Quem não aguenta, fica sem emprego. Trabalham sem nenhum direito, nem mesmo aposentadoria. Os garis não recebem material para recolher o lixo, precisam improvisar com pedaços de latões de querosene e trazem de casa vassouras usadas, sem contar que passam todo serviço curvados, chegando a adoecer da co- luna e dos rins. Os caçambeiros trabalham sem contrato há 9 anos recebendo a mes- ma quantia pelo aluguel do carro de R$ 3.180,00 e ainda com atraso, sem reajuste e pagamento em dia. Abas- teciam as caçambas fiado no pos- to de gasolina e agora o crédito foi cancelado. Enquanto isso, os carros coletores de lixo recebem a quan- tia de R$ 18.000,00. Veja a diferença entre os aluguéis! Será que esta dife- rença não está nos proprietários dos veículos? Os novos coletores são de propriedade de vereadores, parentes de vereadores, secretários municipais e apoiadores de campanha. Muitos caçambeiros, com até 20 anos de trabalho foram dispensados e os que continuam prestando serviço, reclamam que ganham muito menos e trabalham mais, porque os carros coletores não dão conta do serviço e por isso aumentou a carga horária de trabalho dos que ficaram. Neste setor os Capatazes são os Martins, membros do grupo Couti- nho, que administram com mão de ferro, humilhação e exploração para fazer o trabalhador pedir para sair. É assim que age a burguesia, rebaixa os salários dos trabalhado- res e aumenta a carga de trabalho ao extremo para mantê-los sobre controle. A VOZ DO TRABALHADOR-33-FINALIZADO-1.indd 1 30/09/2013 10:06:46

A voz do trabalhador refeito

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Page 1: A voz do trabalhador refeito

O sIntrAp realiza o II Congresso dos trabalhadores públicos Municipais

este ano o dia do Servidor Público será lembrado pelo SINTRAP com a realização de um Congres-so para refl etir sobre a situação de massacre que vive a classe trabalhadora e dos Trabalhadores

Públicos Municipais de Caxias. As oligarquias instaladas na cidade de Caxias, há quase duas décadas, têm promovido gradativamente

a retirada dos direitos dos trabalhadores públicos municipais, com práticas nocivas às condições de tra-balho e de vida da categoria.

Diante dessa situação de massacre e opressão aos trabalhadores, o SINTRAP realizará o II Con-gresso dos Trabalhadores Públicos Municipal de Caxias-MA, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, no auditório do CESC-UEMA, que abordará a temática: A Situação da Classe Trabalhadora - Saúde, Educação e Resistência contra a Dominação do Capitalismo, buscando compreender e analisar a atual conjuntura política, social, econômica e educacional no Brasil, Maranhão e Caxias, para avançar na luta da classe trabalhadora contra a dominação capitalista.

O Congresso tem o objetivo de refletir sobre a atual situação da classe trabalhadora em Caxias--MA contextualizando-a com as esferas nacional e estadual e as consequências das políticas go-vernamentais na vida da categoria.

Como a classe trabalhadora também tem direito a uma boa música, o SINTRAP organizou duas noites culturais no espaço do Armazém do Chopp, a partir das 19 horas, dia 18/10 com Gorete Azevedo e dia 19/10 com César Teixeira.

Diante dessa situação de massacre e opressão aos trabalhadores, o SINTRAP realizará o II Congresso dos Trabalhadores Públicos Municipal de Caxias-MA, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, no auditório doCESC-UEMA, que abordará a temática: A Situação da Classe Trabalhadora - Saúde, Educação e Resistên-cia contra a Dominação do Capitalismo, buscando compreender e analisar a atual conjuntura política, social, econômica e educacional no Brasil, Maranhão e Caxias, para avançar na luta da classe trabalhadora contra a dominação capitalista.

Quem não aguentar, fi ca sem emprego

Os servidores do SAAE que pegam no batente no dia-a-dia fo-ram ludibriados com o PLANO DE CARREIRA aprovado na Câma-ra de Vereadores sem nenhuma emenda ou modifi cação, foi do jeito que o ditador Carlos Alber-to, Diretor Geral do SAAE, quis para os gostos dos Coutinhos. Um plano que praticamente não traz nenhum ganho para os ser-vidores gerais, pois mantém a re-muneração dos servidores à base do salário mínimo, um pouquinho a mais, e prevê uma progressão salarial mixuruca, de difícil alcan-ce e que só atinge 21 anos de carreira.

Na verdade os servidores foram usados para se aprovar um Plano que só quem ganha são os da panelinha, os que ocupam os cargos de primeiro escalão do SAAE junto com o ditador coutiniano Carlos Al-berto. O salário previsto para eles é de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Esses cargos de con-fiança de Coordenador e de Suporte é de livre nomeação e exoneração do diretor Geral do SAAE, e não foi previsto no Plano nenhum requisito de qua-lificação para quem assume o cargo, é a toque de caixa, do jei-to que a politicagem da subser-viência coutiniana quer e gosta. Outra ilegalidade é que não foi previsto percentual em relação à quantidade dos cargos de confiança para serem ocupados pelos servidores da Casa, são somente para os da panelinha.

Legaliza a política de altos salários paraos cargos da panelinha do Grupo Coutinho

A maioria dos direitos dos servidores previstos no Plano não são objetivos, de concreti-zação certa, pois dependem da vontade política do ditador ge-ral do SAAE conceder ou não, pois usaram o verbo “poderá”, ou seja, os servidores se qui-serem os pequenos ganhos de vantagens ou progressão sa-larial tem que se comportarem como escravos, sujeitando-se a todos os desmandos e abu-sos de poderes, do jeito que o ditador aprendiz dos coutinhos quer.

O Plano é ruim para os ser-vidores, a começar dos novos servidores concursados, pois terão que fazer uma nova prova ao fi nal dos 3 anos de estágio probatório, um novo concurso, e se não alcançar nota equi-valente a 70% será exonerado (demitido). Prevê redução das férias descontando-se as faltas que o servidor tiver. Extingue a Licença Prêmio. Não prevê re-ajuste anual dos salários. Não determina prazo para se reali-zar o concurso. E o mais grave: não prevê o enquadramento dos servidores nas referências de progressão salarial, jogan-do na lata do lixo todos os anos trabalhados e de dedicação ao serviço público dos servidores do SAAE.

O que mais estranha no Plano é que esconde o valor astronômico do salário do Diretor Geral do SAAE.

pLano de CaRReiRa do Saae

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS Nº 33 l OUTUBRO/2013

O sistema de escravidão dos Cou-tinhos atinge todos os trabalhadores ligados à Prefeitura. Os trabalhadores do serviço de limpeza reclamam que já passaram muitas pessoas ruins neste setor, mas os atuais são os pio-res e começam a relatar o sofrimento: não ganham hora extra quando tra-balham nos domingos e feriados. A carga horária que antes era de 8 ho-ras, subiu para 14 horas de trabalho diário; se um falta, os outros têm que assumir o trabalho, porque o serviço tem que ser feito na mesma quanti-dade. Quem não aguenta, fi ca sem emprego. Trabalham sem nenhum direito, nem mesmo aposentadoria. Os garis não recebem material para recolher o lixo, precisam improvisar com pedaços de latões de querosene e trazem de casa vassouras usadas, sem contar que passam todo serviço curvados, chegando a adoecer da co-luna e dos rins.

Os caçambeiros trabalham sem contrato há 9 anos recebendo a mes-ma quantia pelo aluguel do carro de R$ 3.180,00 e ainda com atraso, sem reajuste e pagamento em dia. Abas-

teciam as caçambas fi ado no pos-to de gasolina e agora o crédito foi cancelado. Enquanto isso, os carros coletores de lixo recebem a quan-tia de R$ 18.000,00. Veja a diferença entre os aluguéis! Será que esta dife-rença não está nos proprietários dos veículos? Os novos coletores são de propriedade de vereadores, parentes de vereadores, secretários municipais e apoiadores de campanha. Muitos caçambeiros, com até 20 anos de trabalho foram dispensados e os que continuam prestando serviço, reclamam que ganham muito menos e trabalham mais, porque os carros coletores não dão conta do serviço e por isso aumentou a carga horária de trabalho dos que fi caram.

Neste setor os Capatazes são os Martins, membros do grupo Couti-nho, que administram com mão de ferro, humilhação e exploração para fazer o trabalhador pedir para sair. É assim que age a burguesia, rebaixa os salários dos trabalhado-res e aumenta a carga de trabalho ao extremo para mantê-los sobre controle.

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Page 2: A voz do trabalhador refeito

2 Informativo SINTRAP

Conselheiros e Silvia Carvalhoconspiram contra os professores

“Os diretores precisam fazer um grande esforço paraaguentar certos professores na escola”.

(Cita, Diretora do Maria Luíza)

“Tem professores que não tem condições de está em sala de aula”.

(Delfi na, Diretora da Creche da Volta Redonda)

“Sugeri a Secretária fazer uma avaliação com os professores do município”.

(Vereador Jerônimo)

“Os professores de Caxias não têm compromisso e competência”

(Edna Reis-recursos humanos, SEMEDUC)

Pelas acusações que os conselheiros do FUNDEB (Diretoras Cita, Del-fi na, Edna e o Vereador Jerônimo)

fi zeram aos professores na última reunião fi cou claro que nunca irão cumprir com sua função de fi scalizar as receitas e despesas dos recursos da Educação. Revelaram de fato que são parceiros do Governo.

Os conselheiros saíram de suas funções e foram fazer serviço de comadre com Silvia Carvalho: falar mal de professor. Reuniram--se com a Secretária sem a representação dos professores no Conselho, professor Arimatéia Rocha e Silvana Moura. Como a comissão foi formada apenas com a “pane-linha”, a Secretária compareceu e desforra-ram juntos o ódio que têm da categoria.

Na última reunião do Conse-lho Jerônimo relatou o ocorrido na reunião com Silavia Carva-lho. Esta acusou os professores da perda de aluno que o Muni-cípio teve, devido à exigência da redução de aluno por sala de aula, feita pelos professores; que ela, ao retornar ao cargo de Secretária, encontrou muitos contratos e que por isso não é possível reajuste; que o concur-so foi um fracasso e prova que o professor não é qualifi cado; que os professores estão em sala de

aula sem nenhuma competência, à medida que, não teve aprovação no concurso. Os conselheiros que estavam presentes à reu-nião com a carrasca Sílvia Carvalho, con-cordaram e colaboraram com as acusações da Secretária, repetiram todas as acusações de desqualifi cação do professor.

Como se vê pela fala do “Vereador” ba-julador, Silvia Carvalho de forma cínica responsabiliza os professores por todas as irresponsabilidades do governo com a edu-cação. Ao contrário da acusação da Secre-tária, a luta pela diminuição de alunos é para garantir uma educação decente, enquanto que para o governo salas superlotadas re-presenta mais recursos nos cofres da prefei-tura e menos gastos com educação. Todos

sabem que o concurso de Caxias foi apenas uma armação do governo, pois não havia nenhuma intenção de melhorar a educação com professores concursados. Silvia Carva-lho vem levando o jogo político dos contratos às última consequências. Com o objetivo de neutralizar o SINTRAP, tem retirado siste-maticamente professores efetivos da sala de aula em um processo de cooptação. A ver-dadeira intenção dos discursos da carrasca, acusando os professores de incompetência, é esconder a verdade que justifi ca os baixos salários dos professores: os desvios dos re-cursos e garantir os contratos que sustentam os “currais” eleitorais dos Coutinhos.

ConSeLHo do FUndeB de CaxiaS É “CHapa BRanCa” Com o discurso de ultrapassado, Silvia

Carvalho propôs a reformulação do Plano de Cargos dos Professores a Cita e Jerô-nimo. E estes, claro, aceitaram na hora. É evidente que a proposta de reformulação do Plano será cruel da mesma forma que foi a realizada por Márcia Marinho em dois mil e um, retirando os minguados direitos que a categórica conquistou a duras penas; Silvia recomendou ainda ao Conselho encaminhar à Câmara solicitação de reajuste salarial apenas para professor Classe A, porque as gratifi cações são calculadas em cima do valor da referida Classe. É muita inescrupu-losidade porque não existe mais professor Classe A no Município, e praticamente só os diretores têm gratifi cação.

Lembramos a Jerônimo e Cita, conselheiros do Governo, que a função do Conselho não é negociar salário de miséria e reformulação do Plano de Carreira retirando direitos, a TAREFA DO CONSELHO É FISCALIZAR OS GAS-TOS DOS RECURSOS DO FUNDEB E DO TRANSPORTE ESCOLAR E CONTROLAR OS ATOS DO GOVERNO REFERENTES A CORRETA APLICAÇÃO DOS RESCURSOS COM A EDUCAÇÃO.

No Conselho do FUNDEB é tão ridícula a defesa do Governo por Cita, Jerônimo, Edna e Delfi na, a ponto de tentar impedir que a representação dos professores entre acom-panhado do advogado para reunião. Per-guntamos: qual o temor dessas criaturas, principalmente, de Jerônimo à participação do advogado do SINTRAP nas reuniões do

conselho? Mas o cinismo do Vereador não tem controle, ameaça com absurdos o Pro-fessor Arimatéia Rocha caso se negue a as-sinar as Atas do Conselho onde foi aprova-do contas com fraudes e irregularidades. Diz que ele não terá direito de falar e registrar suas falas em Atas, entregar e receber do-cumentos. Essa prática de bajular o governo Jerônimo tem desde os primórdios de sua vida política. Este “rato” nunca trabalhou, sempre viveu nos esconderijos podres dos governos. Para se ter uma ideia do asco que o “Vereador” provoca, basta ver sua atu-ação na Câmara de Vereadores.

As informações de irregularidades na prestação de contas, como serviços pagos e não realizados, os desrespeitos às leis que favorecem a categoria e denunciadas pelo professor Arimatéia Rocha, são recebidas com deboche e menosprezo pelos conse-lheiros que representam à base do Gover-no. Esta situação revela que o Conselho é omisso e “chapa branca”.

Foi assim a última reunião do Conselho, as máscaras desses conselheiros caíram, enquan-to a prestação de contas dos meses de março e abril de 2013 estava sobre a mesa para os con-selheiros analisarem, as acusações aos profes-sores eram debulhadas: iam de incompetentes a descomprometidos. Cinicamente depois das difamatórias acusações aos professores, as contas foram colocadas em votação e apro-vadas sem serem analisadas e sem nenhuma ressalva, embora haja indícios gritantes de irre-gularidades nestas contas.

oS ConSeLHeiRoSBaJULadoReS do GoVeRno

O Vereador Jerônimo, Diretora Cita e, de quebra, a Diretora Delfi na querem à força e sem permissão da categoria, serem representantes e negociar as ca-beças dos professores. Quem não lem-bra o que fez Cita no período da Greve de 2003? Juntou-se com Paulo Marinho para fundar um Sindicato falso, para ten-tar descredenciar o SINTRAP e a Greve e se dá bem na fi ta com esta manobra inescrupulosa. Na última eleição do Sin-dicato ela montou uma chapa apoiada por Silvia Carvalho; se juntou com Catu-lé para tentar a mudança de sua Classe e Nível, mas não conseguiu. Para quem não sabe, Cita não é concursada e para se tornar efetiva teve que participar de uma paralisação específi ca organiza-da pelo SINTRAP para garantir a efeti-vação de mais de setenta professores que viviam sendo alvo de opressão e terrorismo nas mãos dos governos que se alternavam na prefeitura. Cita deve esse ganho a toda categoria que parti-cipou desse movimento e agora depois de efetiva, acusa os professores de in-competentes.

Quanto à diretora da Creche Volta Redonda, Delfi na, não tem nenhuma competência para difamar qualquer pro-fessor, pois durante a Greve de 2010, quando os professores permaneceram no movimento, em que foi obrigada a manter os alunos na creche, protago-nizou uma cena cinematográfi ca digna das grandes atrizes de fi lme de terror. Cometeu atos de desequilíbrio ao cor-rer pelos corredores se descabelando e gritando que não sabia o que fazer. As crianças fi caram aterrorizadas a tal ponto de suplicar aos pais que só as le-vassem à escola quando sua professora retornasse da greve.

O Vereador Jerônimo é antigo nes-ta prática de bajulador, vive pulando de Conselho em Conselho, pula de galho conforme suas conveniências, torna-se representante de qualquer Conselho para defender o Governo de plantão.

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Page 3: A voz do trabalhador refeito

3 Informativo SINTRAP

Jornalista/Diagramador: Giovani CastroContatos: (86) 8817-6606 / 9473-7039 | E-mail: [email protected]

Acrisio Mota, Silvana Moura, Nazeré Lima, Suiany Freitas, Arimatéia Rocha, Valdelise dos Santos, Zenaide Rocha, Ducarmo Avelino, Neide, Amparo, Francinete Soares,

Carla de Nazeré, Raimundo Pereira – Ray

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Durante atividade de Paralisação Nacional rea-lizada no dia 30/08/2013, uma moradora do povoa-do Goiabeira demonstrou toda sua revolta com o estado de abandono em que se encontra a escola dessa localidade. Segundo as denúncias da moradora, a escola não tem as mínimas condições de funcionamen-to. Falta tudo. Não há filtro e os alunos não têm onde tomar água. Para não morrer de sede precisam se dirigir às suas residências. Falta zeladora e para não assistir aula no espaço sujo os próprios alunos fazem a lim-peza da escola. Isso também se estende a parte externa da es-cola, pois para o mato não tomar conta de tudo a professora viu-se obrigada a tirar do próprio bolso e pagar para roçar os arredores da escola.

A situação se torna ainda

escola pedro Cazuza,povoado Goiabeira

mais grave porque as condi-ções físicas da escola oferece risco à vida das crianças e da professora, visto que, o teto se encontra em iminência de ocorrer um desastre.

Como já foi sistematicamen-te denunciado sobre a falta de merenda nas escolas da Zona Urbana e Rural esta é mais uma realidade que permanece inalte-rada, pois segundo informações da moradora a prefeitura não está fornecendo merenda esco-lar. Para piorar a situação, a pre-feitura não providenciou trans-porte escolar para os alunos do 5º ao 9º que precisam se deslo-car a pé ou de carona no pau de arara para o povoado vizinho. A mãe que fez as denúncias afir-mou indignada que devido às más condições de funcionamen-to da escola foi obrigada a trans-ferir sua filha para uma escola da Zona Urbana.

Quem provoca as mudanças nas condições de trabalho é o trabalhador

Mesmo após denuncias do SINTRAP sobre a situação de precariedade do hospital infantil que representa um risco à vida das crianças e dos funcioná-rios, as condições de trabalho e de atendimento só pioram. Ninguém escapa aos prejuí-zos causados pelos Coutinhos. Neste período de forte calor as crianças sofrem por não ter o di-reito sequer a um ventilador. Os médicos reclamam e se recu-sam a ficar na sala de repouso que vem caindo o forro há muito tempo e nunca foi reformado.

Outra reclamação dos fun-cionários diz respeito a mais um ataque ao direito e a vida do tra-balhador: os atestados médicos para afastamento por doença não estão sendo aceitos. O tra-balhador que já está sendo obri-gado a trabalhar em condições que causam o seu adoecimento, agora está sendo pressionado a trabalhar doente até a morte ou mesmo, ser responsável pela morte de outros por está com a saúde comprometida e com es-

tafa. Médicos com até 30 anos de trabalho estão trabalhando doentes. A frase do governo para os trabalhadores da Saúde é “Só ganha se trabalhar”, mes-mo estando doentes.

No setor de observação e SPA- Serviço de Pronto Aten-dimento do Hospital Infantil são 10 funcionários contrata-dos e 5 efetivos. Essa situa-ção é duplamente favorável ao governo porque primeiro, dificulta a mobilização dos tra-balhadores e, segundo, como são diariamente intimidados, as irregularidades do Governo nos hospitais ficam escondi-das. Os contratos servem para manter a situação de penúria que se encontra a saúde de Caxias, por isso, a efetivação por meio de concurso se faz urgen-te. São os trabalhadores efetivos que devem revelar a podridão dos locais de trabalho. O concur-so municipal para a ocupação de todos os cargos é obrigatório, não é isso MINISTÉRIO PÚ-BLICO?

Juiz da Vara da Infância e Juventude de Caxias-MA, visita escolas na zona

rural após denúncias do sIntrAp

O SINTRAP recebe sistematicamente denúncias das con-dições das escolas do município de Caxias, e sempre vai verificar in loco para documentar e fazer represen-

tação no Ministério Público e ao Juiz da Infância e Juventude. Foi o que aconteceu recentemente com as escolas das localidades Aliança, Condave e Goiabeira. O que se viu e ouviu dos mora-dores das localidades é assustador. O Sindicato então denúnciou ao Juiz Manoel Velôzo que em cumprimento de suas funções foi averiguar os fatos acompanha-do de membro da Direção do SINTRAP e conferiu as denún-cias que chegam ao Sindicato. O Juíz ficou horrorizado com tamanha crueldade que o ges-tor faz com as crianças e jovens do município de Caxias-MA.

Agora, após denúncias e comprovações, aguardamos das autoridades que determi-ne o fechamento destas es-colas denunciadas e exigir re-formas/construções urgente como também o fornecimento da merenda escolar em quan-tidade e qualidade, porque os moradores e alunos denuncia-ram diretamente ao juiz a falta de infraestrutura e de merenda escolar.

O Sindicato dos Trabalha-dores Públicos Municipais de Aldeias Altas-MA SINTRAP/AA, está aguardando a solida-riedade das pessoas em geral e principalmente dos Sindicatos.

O que está acontecendo com este Sindicato é delica-do, pois o prefeito desconta as contribuições dos sócios que é para a manutenção do Sindicato e fazer movimentos, ele está ficando com todo o dinheiro do Sindicato desde o mês de maio, as contas de luz, internet, telefone e funcio-nários estão atrasados desde de então.

O prefeito aposta que se as empresas suspender o servi-ço de luz, internet e telefone, o Sindicato vai fechar, com isto, os membros da Direção do SINTRAP/AA, vá lhe pedir so-corro e em troca não vai mais denunciá-lo no jornal e nas Promotorias, mas ele está en-ganado, os membros da Dire-ção deste Sindicato não vai se dobrar diante de um déspota. Deposite sua colaboração no Banco do Brasil, na Agência 1259 e conta corrente 56758 SintraP_AA.

Solidariedade no Saae chega milhõese o fornercimentode água só piora

Foi liberado para Caxias, em setembro, pelo Ministério das Cidades mais R$ 2.802.529,77 para ampliação do SAAE. Este recurso está ligado ao Con-vênio: 671053 que totaliza R$ 17.092.460.30. Mais até o mo-mento a população ainda não viu melhoria no fornecimento de água. O bairro Residencial Hélio Queiroz para ter água os usuários constroem cisternas como reservatório e compram uma bomba para encher suas caixas d’água. Para terem água pagam mais caro porque a bomba consome energia, e quem não pode ou se recusa em fazer este gasto fica sem água três ou mais dias; quan-do aparece água é só à noite. O bairro Ponte, que tinha água em abundância, agora falta água todo dia. A chateação não fica só aí, quando se liga para o SAAE os atendentes di-zem que este problema é geral e que água falta mesmo.

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Page 4: A voz do trabalhador refeito

De organização para defesa dos trabalhadoresa instrumento de dominação do capital

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esbravejou: esbravejou: esbravejou: que não sabe por que não sabe por que não sabe por

que os professores que os professores que os professores fi caram surpresos, se fi caram surpresos, se fi caram surpresos, se

sabem que coordenado-sabem que coordenado-sabem que coordenado-res e diretores são dife-res e diretores são dife-res e diretores são dife-rentes de professor, por rentes de professor, por rentes de professor, por

que se eles ganham que se eles ganham que se eles ganham mais é evidente que mais é evidente que mais é evidente que o valor das bolsas o valor das bolsas o valor das bolsas

também também também é maior.é maior.é maior.

4 Informativo SINTRAP

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DEASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS – SINTRAP, por ato da Diretoria Colegiada, conforme as normas estatutárias, CONVOCA todos os trabalhadores públicos municipais de Caxias associados para uma ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a ser realizada na plenária do II Congresso dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias, de acordo com as in-formações abaixo, para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

1. DESFILIAÇÃO DO SINTRAP À CUT - CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

DATA: 18 de outubro de 2013 (sexta-feira)LOCAL: Auditório do CESC/UEMAHORA: 16:30 horas: em 1ª CONVOCAÇÃO, com maioria simples 17:00 horas: em 2ª CONVOCAÇÃO, com qualquer número de

associados.

Caxias (MA), 30 de setembro de 2013.

Maria de Nazaré de Almeida LimaMembro da Diretoria Colegiada do SINTRAP-Caxias

Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias

123.782/0001-359 Rua da Alegria, 1186 - Centro - CEP: 65.604-360 - Caxias-MaranhãoE-mail: [email protected] - Fone/fax: (99) - 3521-4966

A humilhação aos professo-res de Caxias não dá trégua. O último episódio ocorreu em São Luís durante o Congresso da OMEP quando mais uma vez os valores das bolsas dos pro-fessores foram muitos menores que a dos coordenadores e di-retores. O valor entregue ser-ve para custear a alimentação dos participantes. Deste modo, os valores deveriam ser iguais, entretanto, os diretores recebe-ram R$ 325,00, os coordenado-res R$ 725,00 e os professores apenas R$ 125,00. Assim, fi cou claro a relação casa-grande e senzala. Enquanto coordena-dores e diretores se fartam em um banquete, os professores devem se contentar com as mi-galhas e ainda dar-se por sa-tisfeitos. É stalinismo levado as últimas consequências.

Mas este Congresso foi mar-

C o n G R e S S o d a oMep e M S Ã o L U Í S professores humilhados pela coordenação da educação infantil

cado por dois episódios onde fica claro a tirania e a forma desprezível como os professo-res são tratados. Durante uma reunião ainda em Caxias com coordenadores, diretores e professores, a coordenadora Neonília empunhou seu chi-cote e começou a “açoitar” os professores dizendo: que se a pessoa faz um almoço com R$ 20,00, não vai querer fazer com R$ 50,00 ou R$ 100,00. E as humilhações continu-aram em São Luís logo que os professores descobriram a grande diferença nos va-lores repassados. A “verme” esbravejou: que não sabe por que os professores ficaram surpresos, se sabem que co-ordenadores e diretores são diferentes de professor, por que se eles ganham mais é evidente que o valor das bolsas

também é maior. E realmente são diferentes, ganham à cus-ta do trabalho do professor que carrega nas costas toda a res-ponsabilidade pelo ensino.

Se o critério para essa diferença na quantia recebida pelos participan-tes fosse quem trabalha mais, então alguns coordenadores não deveriam receber nada e o valor da bolsa do professor de-veria ser maior, pois é ele quem trabalha até exaurir suas energias, portan-to, merece comer mais e melhor. Se o problema é qualifi -cação, a maioria dos professo-res possui a mesma formação

dos coordenadores, então não se justifi ca distribuir valores di-ferentes para os participantes. Essa é mais uma forma de Ne-

onilia extravasar sua tirania. É a mesma tirania e o

terror instalado den-tro das escolas para que os professores obedeçam a seus desmandos sem reação.

Caros colegas é preciso reagir contra esse des-potismo imposto sobre os profes-

sores do ensino in-fantil e não permitir

que continuem sendo humilhados por essa

coordenadora que age sim-plesmente com a fi nalidade de promover a si mesmo e ao go-verno.

C U tO senso comum afi r-

ma que “uma coisa é uma coisa, outra

coisa é outra coisa”. Mas a realidade concreta teima em desmentir essa afi rmação popular que tem por trás uma concepção fi losófi ca de mundo, mostrando que uma coisa pode se transformar em seu contrário.

Os trabalhadores brasileiros assistiram, angustiados, à me-tamorfose que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) sofreu ao longo de sua jovem existência de 30 anos. Assistiram e sentiram na pele a transformação daquele instrumento, de organização dos trabalhadores, em instrumento de controle e boicote das nossas lutas. De organização autônoma, classista - construída a partir da base, nas lutas cotidianas, nos locais de trabalho, enfrentando a exploração dos capitalistas e dos seus representantes, os go-vernantes - se transformou numa instituição burocrática, construída a partir da cúpula. Isso levou a degeneração dos seus dirigentes ocupando postos no governo e abandonando o projeto inicial, até se transformar totalmente em “ou-tra coisa”, ou seja, um instrumento de dominação do Capital sobre os trabalhadores.

Nos locais de trabalho a ex-ploração e a produção aumenta cada vez mais e em contrapartida

a uma piora crescente nas condi-ções de trabalho, aumentando as-sustadoramente as doenças. Essa situação leva o trabalhador a refl etir sobre sua realidade a ponto de se perguntar: o que mata mais rápido, se é a fome e a desnutrição gerada pelo desemprego, ou as mais diver-sifi cadas moléstias adquiridas pela super carga de trabalho. Enquanto isso, aquele instrumento, funda-do pelo trabalhador em agosto de 1983, para congregar toda a clas-se trabalhadora para lutar por uma sociedade que supere esse estado de coisa – em que se trabalhe para viver, e não para morrer – está cada vez mais distante deste objetivo e mais aliado aos exploradores. A CUT está cada dia mais rica e seus dirigentes com melhores condições de vida, utilizando-se da legitimida-de que conquistaram ao longo de sua trajetória para, por um lado, fa-zerem carreira e prosperarem patri-monialmente e politicamente, e, por outro, imporem aos trabalhadores as reformas que o Capital neces-sita, para continuar com suas altas taxas de lucro.

Diante dessa realidade, o traba-lhador percebe que aquela afirma-ção popular é totalmente despro-vida de fundamento. Uma coisa pode sim, se transformar em outra coisa, ou melhor, pode manifestar o outro lado que já tinha dentro de si, em germe.

Mas o que interessa mesmo aos trabalhadores é entender por que isso ocorreu e está ocorren-do. Entender quais as causas, tanto as superficiais quanto as mais profundas. O que interes-sa para nós é aprendermos com

essa experiência histórica, para não repetirmos os velhos erros. Para isso, precisamos voltar aos estudos e ao debate, preci-samos buscar o auxilio da ciên-cia. Sem ela, estaremos todos perdidos.

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