34
A AFROCENTRADAS É DISSO NA EDUCAÇÃO DE HOJE? MMERE DANE: "O tempo muda", simboliza a mudança como dinâmica natural da vida.

A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS

É POSSÍVEL? QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO NA EDUCAÇÃO DE HOJE?

MMERE DANE: "O tempo muda", simboliza a mudança como dinâmica natural da vida.

Page 2: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

AULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS

GABRIELA FRANKLIN LAURINDO

Licenciada em Matemática, Ferlagos – Cabo Frio.

Professora de Matemática das redes Estadual do Rio de Janeiro e Municipal de Macaé.

Coordenadora e Coreógrafa do Grupo de Dança-Afro Maringá desde 2015.

Pesquisa sobre jogos de mancala e Currículo.

Grupo de Estudos Montrinhos Malungada (Macaé).

Membro-fundadora do Movimento Voluntário Cultural de Macaé (MVCM).

[email protected](22) 9.9949-2562

JÚLIO OMAR DA SILVA LOURENÇO

Licenciado em Matemática, Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro.

Mestrando em Educação pelo Nutes/UFRJ – Macaé.

Professor de Matemática SEMED e SEEDUC.

Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo e jogos de

mancala.

Grupo de Estudos Montrinhos Malungada (Macaé).

Militante ativo do MNU.

[email protected](21) 9.7580-7475

Na religião egípcia, Maat é a deusa da verdade, da justiça, da retidão e da ordem.

MAAT

Page 3: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

ALGUNS CONCEITOS

IMPORTANTES

Page 4: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

EtnoO ambiente

natural, social, e

imaginário

MatemaDe ensinar, aprender, conhecer, lidar com

TicaM odos, estilos,

artes, técnicas

ETNOMATEMÁTICA

1. NKONSONKONSON: a forte ligação entre pessoas de linhagem comum é difícil de romper; 2. NEA ONNIM NO SUA A, OHU: a procura da instrução para o conhecimento; 3. ANANSE NTONTAN: criatividade

UBIRATAN D’AMBROSIO / PAULUS GERDES / VERA LÚCIA HALMENSCHLAGER

Page 5: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Leis 10.639 e 11.645Lei 10.639/2003• Altera a Lei no 9.394, de 20

de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

Lei 11.645/2008• Altera a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Page 6: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Lei de Diretrizes e Bases da Educação NacionalLDBEN 9394/1996

AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.§4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

INDÍGENAArt. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngüe e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas, a valorização de suas línguas e ciências;II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-indígenas.

Page 7: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

MOVIMENTOS NEGROS

EDUCAÇÃO

AUTO-ESTIMA

IDENTIDADECULTURA

DIREITOS E REPARAÇÕES

MOVIMENTOS NEGROS

OWO FORO ADOBE: A cobra subindo a palmeira de ráfia - Representando o excepcional ou o impossível. Símbolo de diligência, prudência e firmeza.

Page 8: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo
Page 9: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

AFROCENTRICIDADECONSCIENTIZAÇÃO

é o aspecto que orienta os seres humanos no conhecimento sobre as opressões que sofrem, como também sobre as vias possíveis de libertação através de sua agência.

AGÊNCIA“a capacidade de dispor dos recursos psicológicos e culturais necessários para o avanço da liberdade humana.” (ASANTE, 2009, p.94)

“NÓS POR NÓS!”

NÃO HÁ AGÊNCIA ONDE EXISTE DEPENDÊNCIA

Page 10: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Referências• BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.• BRASIL.Lei nº 10639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

• COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Exclusão Social e Desenvolvimento Humano: uma mapeamento das desigualdades e do desenvolvimento sócio-econômico do município de Macaé. Análise sociológica da pesquisa domiciliar do programa Macaé Cidadão, 2001-2003. Macaé: Prefeitura Municipal de Macaé / Programa Macaé Cidadão, 2007.

• HALMENSCHLAGER, Vera Lucia da Silva. Etnomatemática: uma experiência educacional.São Paulo: Summus, 2010.• KNIJNIK, Gelsa; WANDERER, Fernanda; OLIVEIRA, Cláudio José de (Orgs.). Etnomatemática, Currículo e Formação de Professores.

Santa Cruz do Sul: EDUNIDC, 2010.• LAURINDO, Gabriela Franklin. Africanidade Na Educação Matemática Através De Jogos Culturais. 2008. 10f. Trabalho de

Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Faculdade da Região dos Lagos, Cabo Frio, 2008.• MÉSZARÓS, István. A Educação para Além do Capital. Tradução de Isa Tavares. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.• SANTOS, Boaventura de Sousa. Um Discurso sobre as Ciências. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2008.• SANTOS, Celso José dos. Jogos Africanos e a Educação Matemática: Semeando com a Família Mancala. 2008. 34f. Material

Didatico elaborado como parte integrante das atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado de Educação do Paraná – Universidade Estadual do Paraná, Maringá, 2008.

• SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e Diferença: A perspectiva dos estudos culturais. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2014• ZASLAVSKY, Cláudia. Jogos e Atividades Matemáticas do Mundo Inteiro: Diversão multicultural para idades de 8 a 12 ano Porto

Alegre: Artmed, 1998.• PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ. Caderno de Orientação Curricular. Macaé, 2012. Disponível em

http://ntmmacae.com/site/index.php/component/content/article/42-coc/93-caderno-de-orientacao-curricular . Acesso em: 28 set. 2018.

• http://www.laabufpa.com/jogos-africanos/20-jogo-kalah-mancala.html

Page 11: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

CUNHA JR., Henrique (1952)Formou-se em Engenharia Elétrica na USP e em Sociologia na UNESP de Araraquara. Mestre em História, cursou doutorado em Engenharia Elétrica na França. É Livre-docente pela Universidade de São Paulo e Professor Titular da Universidade Federal do Ceará, tendo também lecionado na USP.

Page 12: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

GOMES, Nilma Lino (1961)Graduada em Pedagogia e mestra em Educação pela UFMG, além de doutora em Antropologia Social pela USP. Cumpriu estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra, supervisionado por Boaventura de Souza Santos. Professora da Faculdade de Educação da UFMG e integrante da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN –, entre 2002 e 2013 coordenou o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG. Foi também membro do Conselho Nacional de Educação no período 2010-2014, designada para a Câmara de Educação Básica.

A diversidade indaga o currículo, a escola, as suas lógicas, a sua organização espacial e temporal. No entanto, é importante destacar que as indagações aqui apresentadas e discutidas não são produtos de uma discussão interna à escola. São frutos da inter-relação entre escola, sociedade e cultura e, mais precisamente, da relação entre escola e movimentos sociais. Assumir a diversidade é posicionar-se contra as diversas formas de dominação, exclusão e discriminação. É entender a educação como um direito social e o respeito à diversidade no interior de um campo político. (GOMES, 2007)

Page 13: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

FREIRE, Paulo Reglus Neves(1921 - 1997)

Page 14: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

GOMES, Nilma Lino (1961)

Descolonizar os currículos é mais um desafio para a educação escolar. Muito já denunciamos sobre a rigidez das grades curriculares, o empobrecimento do caráter conteudista dos currículos, a necessidade de diálogo entre escola, currículo e realidade social, a necessidade de formar professores e professoras reflexivos e sobre as culturas negadas e silenciadas nos currículos. (GOMES, 2012)

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, EDUCAÇÃO E DESCOLONIZAÇÃO DO CURRÍCULO. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, Jan/Abr 2012.

Page 15: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

ZASLAVSKY, Cláudia (1917 – 2006)Foi uma educadora e etnomatemática estadunidense. Ela avançou no estudo das ligações entre a matemática e as culturas do mundo, especialmente com seu livro pioneiro Africa Counts, que estendeu à África o trabalho de Karl Menninger sobre a matemática na vida cotidiana em outras partes do mundo.

Page 16: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

ASANTE, Molefi Kete“A Afrocentricidade é um tipo de pensamento, prática e perspectiva que percebe os africanos como sujeitos e agentes de fenômeno atuando sobre a sua própria imagem cultural e de acordo com seus próprios interesses humanos.” (ASANTE, 2009, p. 93)

Para o autor, é necessário que o sujeito africano, através da conscientização, deixe a posição de dependência (ou desagência) para posicionar-se como agente de transformação para si mesmo e para os povos africanos. (MARIAH, 2018)

Molefi Asante, professor e pesquisador africano nascido nos Estados Unidos, é reconhecido por ter cunhado a teoria e sistematizado o conhecimento que já estava presente na obra de diversos autores negros pan-africanistas. Asante elevou os estudos de Afrocentricidade ao nível de paradigma acadêmico que influenciou de forma decisiva os estudos africanos ao redor do mundo.

Page 17: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Você conhece a Lei?

Pesquisa com Professores/as

57%

43% SIMNÃO

Pesquisa com Alunos/as

7%

93%

SIMNÃO

LAURINDO, Gabriela Franklin. Africanidade Na Educação Matemática Através De Jogos Culturais. 2008. 10f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Faculdade da Região dos Lagos, Cabo Frio, 2008.

Page 18: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Em que disciplina/s o tema Africanidade já foi abordado na escola?

Sociologia

Psicologia

Geografia

Artes

História

Nenhuma

Literatura

Filosofia

0 10 20 30 40 50 60 70

60

58

58

57

57

25

20

15

Disciplinas

SOBRE AFRICANIDADE NA EDUCAÇÃO

Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e HistóriaBrasileiras.

LAURINDO, Gabriela Franklin. Africanidade Na Educação Matemática Através De Jogos Culturais. 2008. 10f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Faculdade da Região dos Lagos, Cabo Frio, 2008.

Page 19: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Por que Jogos Africanos?

AFROETNOMATEMÁTICA é a área da pesquisa que estuda os aportes de africanos e afrodescendentes à Matemática e à informática, como também desenvolve conhecimento sobre o ensino e o aprendizado da matemática, da física e da informática nos territórios da maioria dos afrodescendentes. Os usos culturais que facilitam os aprendizados e os ensinos da matemática nestas áreas de população, de maioria afrodescendente, é a principal preocupação desta área do conhecimento. (CUNHA Jr.)

4%

96%

Em Matemática, você já teve algum contato com

algum jogo de origem afri-cana?

SIMNÃO

LAURINDO, Gabriela Franklin. Africanidade Na Educação Matemática Através De Jogos Culturais. 2008. 10f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Faculdade da Região dos Lagos, Cabo Frio, 2008.

Page 20: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

PCN’s de MatemáticaSobre a inserção de Jogos no ensino da

Matemática

[...] constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução de problema e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações.

Sobre o Programa Etnomatemática

Tal programa contrapõe-se às orientações que desconsideram qualquer relacionamento mais íntimo da Matemática com aspectos socioculturais e políticos (...) A Etnomatemática procura partir da realidade e chegar à ação pedagógica de maneira natural, mediante um enfoque cognitivo com forte fundamentação cultural.

Page 21: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

PROBLEMÁTICASX

SOLUCIONÁTICAS (?) FALTA DE APOIO OU INCENTIVO.

LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA EUROCENTRADOS.

(DES)MOTIVAÇÃO OU DIFICULDADES D@ ALUN@ EM APRENDER.

O AMBIENTE ESCOLAR AINDA É MEDIEVAL.

ÀS VEZES, AS PRÁTICAS E POSTURAS D@S PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO TAMBÉM SÃO MEDIEVAIS.

APRENDEMOS A ENSINAR SEGUNDO A PERSPECTIVA CAPETALISTA.

A AULA E PROFESSOR@S DE MATEMÁTICA JÁ RECEBEM O ESTIGMA DA RIGIDEZ E DA ELITIZAÇÃO DO SABER.

PROPOSTAS DE INOVAÇÃO SEMPRE SERÃO QUESTIONADAS.

CURRÍCULO.

Page 22: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Os Benefícios

ME WARE WO (casamento): comprometimento e perseverança.

• Influência Positiva na Formação Identitária

• Conscientização e Respeito à Cultura

• Sentimento de Pertencimento à Cultura

• Conhecimento de sua e/ou outra Cultura

! Direcionamento e Regras bem estabelecidas

Page 23: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Sugestões de Jogos e Atividades

• (Re)conhecimento de Figuras Geométricas Planas;

• Construção de Figuras Geométricas Planas;

• Destreza no uso de Régua.

Confecção de Bandeiras

• (Re)conhecimento de sólidos geométricos;

• Planificação de Sólidos Geométricos;

• Destreza no uso de Régua, Tesoura e Cola.

Casas redondas e cônico-cilíndricas,

do Quênia*

• (Re)conhecimento de pessoas afro-brasileiras e africanas na área da Matemática e/ou outras ciências;

• (Re)conhecimento da Contribuição do Povo Preto para o Brasil e para o mundo.

H istória (Preta) da Matemática

ZASLAVSKY, Cláudia. Jogos e Atividades Matemáticas do Mundo Inteiro: Diversão multicultural para idades de 8 a 12 ano Porto Alegre: Artmed, 1998.

Page 24: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

PADRÕES GEOMÉTRICOS AFRICANOS

Page 25: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

MÉTODO EGÍPCIODA MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

• 3100 a.C. • Só se utiliza da ADIÇÃO e da MULTIPLICAÇÃO POR 2

MARCATTO, Flávia Sueli Fabiani. ABE, Thatiana Sakate. Tábua de Multiplicação e Divisão Egípcia. 12f.

Page 26: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo
Page 27: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo
Page 28: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Jogos de Mancalas

Mancala

200 versões diferentes

Egito ou Etiópia

Naqaala (mover,

transferência)

Estratégia, complexidade

e prosperidade

C erca de 7.000 anos

Page 29: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Mancala e Filosofia Africana

Sankofa• Voltar ao passado para resignificar o futuro.• Resgatar a memória para continuar fazendo história no

presente.

Partilha na Semeadura• “Ajude-me e deixe-me ajudá-lo” também conhecida no

ocidente como “É dando que se recebe”• A partilha com o/a próximo/a não deixa de ser uma estratégia

para se prosperar mais, remetendo-nos à máxima do continente preto, Ubuntu.

1. pássaro africano de duas cabeças, uma voltada para o passado outra para o futuro;2. BOA ME NA ME MMOA WO: Cooperação e interdependência.

Page 30: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Mancala – Tabuleiro de ordem 201 caixa de ovos (embalagem de uma dúzia) vazia, sem

tampa;02 tigelas pequenas ou xícaras (que servirão de depósitos

para as peças capturadas e deverão posicionar-se à direita de cada jogador/a correspondente);

48 peças (pedras, sementes ou grãos, botões ou conchas);Canetas hidrocor (para decoração).

O TABULEIRO DEMONSTRAVA O STATUS SOCIAL DA PESSOA.

Page 31: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

OUTRAS VERSÕES NTXUVA, DE MOÇAMBIQUE(TABULEIRO DE ORDEM 4)

Conforme a região onde é jogado, o mancala é conhecido por um determinado nome:

Wari, no Sudão, Gâmbia, Senegal e Haiti;Aware, em Gana, no Burkina, ex-Alto Volta;Adi, no Benin, ex-Daomé; e no Brasil;Baulé, na Costa do Marfim, Filipinas e Ilhas Sonda;Ayo, na NigériaAwelé ou Wari, na costa ocidental da África;Etc.

Page 32: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

FESTIVAL DE MANCALA AWELÉ EM SÃO PAULOUM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Acontece desde 2016; Promovido pela

Secretaria Municipal de Educação de São Paulo – Programa Jogos de Tabuleiro, coordenado pelo professor Egnon Viana;

Em 2018, aconteceu em dois dias, com a participação de 13 escolas em 4 categorias;

Mais de 600 participantes, entre alun@s e professor@s. https://corpoementeventos.com/2017/11/30/marechal-deodoro-se-destacou-

no-ii-festival-de-mancala-awele-2017/

Page 33: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Aware - Iniciando

Distribuem-se quatro peças em cada espaço. Os seis espaços, chamados “buracos”, em cada lado do tabuleiro, pertencem ao jogador mais próximo.

Sentam-se frente a frente, um/a de cada lado do tabuleiro.

Para movimentar as peças, os/as jogadores/as revezam-se, pegando todas as peças em qualquer um de seus buracos e lançando-as, uma em cada buraco, indo para a direita (sentido anti-horário). É o que se chama “SEMEAR OS GRÃOS”.

Z ASLAVSKY, Cláudia. Jogos e Atividades Matemáticas do Mundo Inteiro: Diversão multicultural para idades de 8 a 12 ano Porto Alegre: Artmed, 1998.

Page 34: A ULAS DE MATEMÁTICA AFROCENTRADAS · Professor de Matemática SEMED e SEEDUC. Pesquisa sobre relações étnico raciais na educação básica e Identidades Híbridas, Currículo

Aware - Desenvolvimento

• Se a última peça lançada em um buraco no lado do/a adversário/a formar um grupo de dois ou três, essas peças podem ser capturadas de buracos que se encontram lado a lado na parte mais distante do tabuleiro.

Para Capturar

• Se todos os buracos do/a adversário/a estiverem vazios, um/a jogador/a deve lançar peças para dentro deles quando chegar a sua vez. Se isso não puder ser feito, o jogo acaba. O/A jogador/a junta as peças do seu lado às do depósito.

• Peças que dão voltas e voltas sem capturas podem ser divididas igualmente entre os/as jogadores/as. Aquele/a que tiver o maior número de peças em seu depósito é o/a vencedor/a.

Para Terminar

Algumas peças podem cair nos buracos que ficam do lado do/a adversário/a. Se os/as jogadores/as retirarem peças de um buraco que contém doze ou mais peças, deverão saltá-lo e deixa-lo vazio enquanto semeiam ao redor do tabuleiro.