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À Teresa e à Catarina.

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COLECÇÃO MATEMÁTICA

25

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COLECÇÃO MATEMÁTICA

1 – INTEGRAIS MÚLTIPLOS E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

2 – CÁLCULO DIFERENCIAL EM IR

n

3 – PRIMITIVAS E INTEGRAIS

4 – FORMULÁRIO DE MATEMÁTICA

5 – ÁLGEBRA LINEAR Vol. 1 – Matrizes e Determinantes

6 – ÁLGEBRA LINEAR Vol. 2 – Espaços Vectoriais e Geometria Analítica

7 – PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA

8 – CÁLCULO INTEGRAL EM IR – PRIMITIVAS

9 – PRIMITIVAS E INTEGRAIS – EXERCÍCIOS

10 – SUCESSÕES E SÉRIES

11 – ÁLGEBRA LINEAR – Exercícios Vol. 1 – Matrizes e Determinantes

12 – CÁLCULO DIFERENCIAL EM IR

13 – CÁLCULO DIFERENCIAL EM IR

n – EXERCÍCIOS

14 – ÁLGEBRA LINEAR – Exercícios Vol. 2 – Espaços Vectoriais e Geometria Analítica

15 – SUCESSÕES E SÉRIES – EXERCÍCIOS

16 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E SÉRIES

17 – INTEGRAIS MÚLTIPLOS E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS – EXERCÍCIOS

18 – INTEGRAIS DUPLOS, TRIPLOS, DE LINHA E DE SUPERFÍCIE

19 – FUNDAMENTOS DE ANÁLISE NUMÉRICA

20 – MÉTODOS NUMÉRICOS – Introdução, Aplicação e Programação

21 – CÁLCULO INTEGRAL – Teoria e Aplicações

22 – PRIMITIVAS E INTEGRAIS – Exercícios Resolvidos

23 – TÓPICOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA EM IR

n

24 – EXERCÍCIOS SOBRE PRIMITIVAS E INTEGRAIS

25 – ÁLGEBRA LINEAR – TEORIA E PRÁTICA

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ÁLGEBRA LINEAR Teoria e Prática

RICARDO JORGE CASTRO GONÇALVES

EDIÇÕES SÍLABO

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É expressamente proibido reproduzir, no todo ou em parte, sob qualquer

forma ou meio, NOMEADAMENTE FOTOCÓPIA, esta obra. As transgressões

serão passíveis das penalizações previstas na legislação em vigor.

Visite a Sílabo na rede

www.si labo.pt

Editor: Manuel Robalo

FICHA TÉCNICA:

Título: Álgebra Linear – Teoria e Prática Autor: Ricardo Jorge Castro Gonçalves © Edições Sílabo, Lda. Capa: Pedro Mota

1ª Edição – Lisboa, setembro de 2015 Impressão e acabamentos: Europress, Lda. Depósito Legal: 398026/15 ISBN: 978-972-618-817-9

EDIÇÕES SÍLABO, LDA.

R. Cidade de Manchester, 2 1170-100 Lisboa Tel.: 218130345 Fax: 218166719 e-mail: [email protected] www.silabo.pt

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ÍNDICE

PREFÁCIO ..................................................................................................................... 9

CAPÍTULO 1

MATRIZES............................................................................................................ 13

1.1. A linguagem das matrizes.............................................................................. 15

1.2. Operações com matrizes ............................................................................... 25

1.3. Matrizes como representação de situações concretas .................................. 36

Soluções ............................................................................................................... 43

CAPÍTULO 2

SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ................................................... 47

2.1. Aproximação ao estudo de sistemas de equações lineares .......................... 49

2.1.1. Sistemas de duas equações e duas incógnitas ..................................... 49

2.1.2. Sistemas de três equações e três incógnitas......................................... 52

2.1.3. Sistemas de m equações e n incógnitas................................................ 58

2.2. Resolução de sistemas de equações lineares............................................... 62

2.2.1. Limitações dos métodos de resolução de sistemas

de equações lineares ............................................................................. 62

2.2.2. O método de eliminação de Gauss ........................................................ 70

2.2.3. Caraterística de uma matriz e outra discussão de sistemas

de equações lineares ............................................................................. 87

2.3. Algoritmo para a determinação da matriz inversa.......................................... 91

Soluções ............................................................................................................. 101

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CAPÍTULO 3

DETERMINANTES ...........................................................................................113

3.1. Definição e propriedades dos determinantes ...............................................115

3.2. Algoritmos para o cálculo de determinantes de qualquer ordem..................120

3.2.1. Determinantes de ordem 2 ...................................................................120

3.2.2. Determinantes de ordem 3 ...................................................................126

3.2.3. Determinantes de qualquer ordem .......................................................134

3.3. Os determinantes em novos métodos de cálculo .........................................141

3.3.1. Matriz Inversa .......................................................................................141

3.3.2. Sistemas de equações lineares ............................................................147

Soluções..............................................................................................................155

CAPÍTULO 4

ESPAÇOS VETORIAIS...................................................................................161

4.1. À procura de novos “vetores” .......................................................................163

4.2. Subespaço vetorial de um espaço vetorial ...................................................175

4.3. Combinação linear de vetores ......................................................................181

4.4. Subespaços vetoriais gerados......................................................................189

4.5. Dependência e independência linear de vetores..........................................198

4.6. Bases e dimensão de um espaço vetorial ....................................................206

Soluções..............................................................................................................212

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................225

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9

PREFÁCIO

Este livro dirige-se aos alunos do ensino superior universitário e politécnico e

que para o estudo da álgebra linear procuram uma abordagem alternativa, inovadora

e facilitadora da aprendizagem dos principais temas.

Os estudos internacionais na área, desenvolvidos ao longo das últimas três

décadas, apontaram um conjunto de recomendações didáticas para serem conside-

radas no ensino, com vista a melhorar o desempenho dos alunos na aprendizagem

da álgebra linear. A elaboração deste texto resultou da vontade do autor em

considerar extensivamente aquelas recomendações, possibilidade observável em

alguma bibliografia internacional de referência, o que confere a este livro o principal

elemento de destaque no panorama da bibliografia nacional. Desta forma, o livro

propicia a fácil assimilação dos conteúdos, o desenvolvimento da destreza de cál-

culo e a capacidade de aplicação dos conceitos em situações díspares.

Sobre a importância de se recorrer ao uso da tecnologia, introduziu-se a utiliza-

ção do software de computação simbólica Scilab, ao qual se pode aceder gratuita-

mente na WEB. A referência à possível utilização deste programa aparece sobretudo

na exploração de exemplos, onde são introduzidos os comandos elementares que o

aluno deve conhecer para a sua utilização autónoma. Nos exercícios, procurou-se

promover o recurso ao Scilab pela via da ilustração de propriedades e pelo apoio a

processos de cálculo em situações de cariz mais prático. Em paralelo, a interpreta-

ção geométrica dos conceitos é acompanhada pela utilização do ambiente de

geometria dinâmica GeoGebra e do Mathematica.

Como forma de reduzir o caráter formal dos conceitos de álgebra linear, introdu-

ziu-se apenas a terminologia necessária, com uma linguagem e notação o mais

simplificado possível. As definições e teoremas, destacados em caixas de cor, são

os estritamente necessários e as demonstrações foram omitidas. Parte das

propriedades associadas a alguns dos conceitos foram consideradas sob a forma de

exercícios, onde se apela à sua ilustração. No sentido contrário, enfatizou-se o

recurso a exemplos resolvidos e a aplicações, segundo o pressuposto de elucidar o

como e quando aplicar os conceitos de álgebra linear. Para apoiar a utilização autó-

noma deste livro, os exercícios são acompanhados da sua resolução ou solução,

aparecendo estas no final de cada capítulo.

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10

Ao longo do texto, alguns conceitos são introduzidos precocemente como forma

de os relacionar com outros. A ligação dos diferentes assuntos aos pré-requisitos foi

tida em consideração no sentido de se justificar novas aprendizagens, a partir de

situações mais elementares e familiares para o aluno. Destaca-se, neste contexto, a

introdução do método de eliminação de Gauss, a partir da limitação dos métodos

conhecidos para a resolução de sistemas até três equações e três incógnitas, e a

introdução ao estudo dos espaços vetoriais. De salientar ainda a utilização estrita da

linguagem matricial na exploração de todos os assuntos, onde o ponto de partida é a

consideração de um vetor escrito como matriz coluna.

Em cada capítulo é proposta a resolução de uma tarefa. Excetuando-se a tarefa

do Capítulo 3, cujo alcance é a aplicação de conteúdos, as tarefas enquadram-se na

perspetiva de introdução dos conceitos, nomeadamente: multiplicação de matrizes

(Tarefa 1), resolução de sistemas de equações lineares pelo método de eliminação

de Gauss (Tarefa 2) e combinação linear de vetores, subespaço vetorial gerado por

um conjunto de vetores e base de um espaço vetorial (Tarefa 4).

Em termos de estrutura, o livro está dividido em quatro capítulos, referentes ao

estudo das matrizes, sistemas de equações lineares, determinantes e espaços veto-

riais, nesta ordem. A opção pelo estudo inicial das matrizes é coerente com a

exploração matricial dos restantes conceitos, corrente sugerida pelo Linear Algebra

Curriculum Study Group (LACSG), segundo a designação matrix oriented course. À

introdução das designações elementares atribuídas às matrizes, segue-se a explora-

ção das operações com matrizes. O capítulo termina com a extensão das matrizes a

situações do quotidiano e algumas das suas aplicações.

O segundo capítulo é iniciado com a revisão da resolução de sistemas com duas

equações e duas incógnitas e com três equações e três incógnitas, segundo o método

gráfico, método de substituição e método de adição ordenada. Após a identificação

das limitações de aplicação destes métodos na resolução de sistemas com um

número maior de equações e de incógnitas, formalizam-se os métodos de elimina-

ção de Gauss e de Gauss-Jordan como um processo algorítmico consequente com

o método de adição ordenada e método de substituição. Segue-se a introdução de

um algoritmo para a determinação da matriz inversa a partir da ideia intuitiva da

resolução conjunta de sistemas de equações lineares com a mesma matriz simples,

mas com termos independentes diferentes. Um número considerável de exercícios

remete para a aplicação da resolução de sistemas de equações lineares em situa-

ções concretas e cuja resolução, pela complexidade de cálculo, deve ser apoiada

com a utilização do software Scilab.

O capítulo referente ao estudo dos determinantes começa por contemplar a

definição de determinante como função, conjuntamente com três propriedades. A

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partir destas, são deduzidas todas as propriedades, ilustradas com matrizes de

ordem 2. Continua-se com a introdução dos algoritmos para o cálculo de

determinantes de qualquer ordem, a par da sua aplicação no cálculo de áreas e

volumes. O capítulo termina com a aplicação dos determinantes no cálculo da matriz

inversa e na resolução de sistemas de equações lineares possíveis e determinados.

A introdução ao estudo dos espaços vetoriais é feita com a associação ao con-

ceito de vetor livre e às operações e propriedades conhecidas. Segue-se o desafio

de identificar outros entes matemáticos com operações similares e com as mesmas

propriedades que aqueles, até se formalizar o conceito de espaço vetorial como uma

estrutura abstrata constituída por um conjunto e duas operações e onde se verificam

dez axiomas. Segue-se a exploração, nesta ordem, dos conceitos de subespaço

vetorial de um espaço vetorial, combinação linear de vetores, subespaço vetorial

gerado, dependência e independência linear de vetores, base e dimensão de um

espaço vetorial, com grande ênfase na interpretação geométrica e na relação dos

conceitos entre si.

Uma nota final de agradecimento à Prof. Doutora Cecília Costa, por todo o apoio

prestado, ao nível da discussão de ideias, apresentação de sugestões e revisão

pedagógica e científica do texto, e ainda pela enorme disponibilidade demonstrada;

à Prof. Doutora Paula Catarino, pela revisão científica do texto; à Prof. Doutora

Teresa Abreu, minha mulher e também entusiasta da álgebra linear, pelas longas

conversas mantidas em torno do assunto e pela ajuda prestada.

O autor

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CAPÍTULO 1

Matrizes

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M A T R I Z E S

15

1.1. A linguagem das matrizes

Uma matriz é entendida como um quadro retangular completo de valores –

escalares – com um certo número de filas horizontais – linhas – e um certo número

de filas verticais – colunas.

Esta nova representação tem a si associada um leque de definições, notações,

operações e propriedades, a par de inúmeras aplicações em diversas áreas da ciên-

cia, nomeadamente na matemática, na física, na economia, na computação gráfica,

na eletrónica e na mecânica, entre outras.

Definição 1.1. Uma matriz A de dimensão × m n sobre um corpo é um

quadro de dupla entrada, com m linhas e n colunas, contendo os elementos

ija , com = …1, ,i m e = …1, ,j n , representada por

[ ] … = =

11 12 1

21 22 2

1 2

n

nij

m m mn

a a a

a a aA a

a a a

.

O elemento genérico ija da matriz representa o escalar que se encontra na

linha i e na coluna j. Diz-se que ×∈ ( )m nA M .

A representação de um vetor, conhecida de ciclos de ensino anteriores, passa a

relacionar-se com a linguagem matricial. Um vetor é conhecido como uma sequência

ordenada de valores que são as suas coordenadas. A evolução da linguagem em

termos da representação de um vetor na aproximação à linguagem das matrizes

aparece registada nos seguintes exemplos:

Em ( )2

:

22, 3

3u u

= − → = −

;

Em ( )3

2

2, 3,: 4 3

4

u u = − − → = − −

;

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Á L G E B R A L I N E A R – T E O R I A E P R Á T I C A

16

Em ( )4

2

32, 3, 4,1:

4

1

u u

− = − − → = −

.

Ou seja, uma m-upla de números reais

( )= …1 2, , , mu a a a

corresponde no texto a uma matriz coluna com m linhas. Neste seguimento, uma

matriz com dimensão m n× representa n vetores em m .

Exemplo

1.1

Dimensão e entradas da matriz A:

3 4

2 2 14 1

30 1 2

2

2 4 0 3

.A

×

− − =

A matriz A tem 3 linhas e 4 colunas, dizendo-se de dimensão

×3 4 e os seus elementos são escalares reais. Neste caso,

×∈ 3 4 ( )A M . Por exemplo, =32 4a é o elemento da matriz

que se encontra na 3ª linha e 2ª coluna. Por vezes, em situações

facilitadoras de leitura, apresenta-se o índice ×3 4 para indicar a

dimensão da matriz.

Algumas das designações atribuídas às matrizes, diferenciadas em termos da

dimensão, dos seus elementos e relações entre eles, são formalizadas e

exemplificadas como se segue.

Igualdade de matrizes

Os elementos que ocupam a mesma posição ij em duas matrizes quaisquer

dizem-se homólogos. Duas matrizes são iguais quando têm a mesma dimensão e os

mesmos elementos homólogos.

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M A T R I Z E S

17

Exemplo

1.2

Igualdade de matrizes:

2 3 2 9;

5 3 5 3

= − − − −

0 5 2 0 5 2

1 1 3 1 1 0 3;

2 3 2 0 3

b a b

a

− − − = − ⇔ = ∧ = − −

1 2 41 2 4

3 3 1 .3 3 1

2 0 8

− − − ≠ −

Matriz quadrada

Uma matriz quadrada ( )n nA M ×∈ é uma matriz com igual número de linhas

e de colunas. Nestes casos, diz-se que é uma matriz de ordem n. Os elementos ija ,

com ,i j= constituem a diagonal principal da matriz, sendo a outra diagonal desig-

nada por diagonal secundária.

Exemplo

1.3

• Matriz quadrada de ordem 3, com escalares reais:

2 4 1, 03

0 5 .

3 3 1

A

− = π −

• 4 4 ( ) :B M ×∈

1 3 4 2

3 1 3.

2 4 2 3

1 1 0

i i

iB

i

i

− − − = − +

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Á L G E B R A L I N E A R – T E O R I A E P R Á T I C A

18

Matriz linha e matriz coluna

A matriz linha e a matriz coluna caracterizam-se por ter uma única linha, perten-

cendo a 1 ( ),nM × e uma única coluna, pertencendo a 1( ),mM × respetivamente.

Exemplo

1.4 • A matriz 1 3 ( )B M ×∈ é uma matriz linha:

[ ]4 0 1 .B = −

• A matriz ×∈ 4 1( )A M é uma matriz coluna:

3

0.

1A

e

− =

Matriz nula

Uma matriz de qualquer dimensão com 0,ija = isto é, em que todos os seus

elementos são nulos, é designada por matriz nula e representa-se por 0m n× ou 0n

(caso seja uma matriz quadrada). Em situações não ambíguas, é usual representar a

matriz nula simplesmente por 0.

Exemplo

1.5

Matriz nula de diversas dimensões:

[ ]1 12 4

3 14 4

0 0 0 00

0 0 0 0 0 0 0 00 0

0 0 0 0 0 0 0 00

0 0

; ; .

0

;

0

××

××

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M A T R I Z E S

19

[Scilab] _Construir a matriz nula ×3 50 .

---> zeros (3,5) ans = 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.

Matriz diagonal, matriz escalar e matriz identidade

Uma matriz quadrada ( ),n nA M ×∈ cujos elementos acima e abaixo da diago-

nal principal são todos nulos designa-se por matriz diagonal. Numa matriz diagonal,

caso os elementos da diagonal principal sejam todos iguais, a matriz pode-se desig-

nar por matriz escalar. No caso particular deste escalar ser igual a 1, diz-se que é a

matriz identidade, representando-se, atendendo à ordem da matriz, por nI .

Exemplo

1.6

• Matriz diagonal:

××

×

3 34 4

5 5

0 0 0 0 03 0 0 0

2 0 00 0 0 0 00 0 0 0

; 0 1 00 0 0 0 00 0 1 0

0 0 40 0 0 0

;

00 0 0 0

0 0 0 0 0

.

[Scilab] _Construir a matriz diagonal.

---> diag ( [2; -1; 4] ) ans = 2. 0. 0. 0. -1. 0. 0. 0. 4.

• Matriz identidade:

3

1 0 0

0 1 0 .

0 0 1

I =

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Á L G E B R A L I N E A R – T E O R I A E P R Á T I C A

20

[Scilab] _Construir a matriz identidade I3.

---> eye (3,3) ans = 1. 0. 0. 0. 1. 0. 0. 0. 1.

Matriz triangular

Uma matriz quadrada ( )n nA M ×∈ é designada matriz triangular superior ou

triangular inferior se os elementos abaixo ou acima da diagonal principal, respetiva-

mente, são nulos. Note-se que a matriz diagonal pode ser identificada como simulta-

neamente triangular superior e triangular inferior.

Exemplo

1.7

• Matriz triangular inferior:

2 2

3 0

2.

1 ×

• Matriz triangular superior:

4 4

2 1 3 0

0 4 3 2

0 0 0 1

0 0 0

.

5 ×

− − −

Matriz transposta e matriz simétrica

Quando se trocam as linhas de uma matriz A pelas suas colunas, obtém-se a

matriz transposta de A e denota-se por TA . Neste caso, se a matriz A tem dimensão

,m n× a matriz TA terá dimensão n m× . Se os elementos de uma matriz A são

simétricos em relação à diagonal principal, isto é, ij jia a= , com ,i j≠ sendo A

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M A T R I Z E S

21

necessariamente uma matriz quadrada, então ,TA A= dizendo-se que A é uma

matriz simétrica.

Exemplo

1.8

• Matriz transposta:

×

− = − − 3 4

3 1 4 0

0 1 5 3

2 1 2 1

.A

Trocando as linhas pelas colunas, obtém-se uma matriz de

dimensão 4 3× :

4 3

3 0 2

1 1 1.

4 5 2

0 3 1

A

×

− − = −

[Scilab] _Obter a matriz transposta de A.

---> A = [3 -1 4 0; 0 1 -5 3; -2 1 2 1]

---> A’ ans = 3. 0. -2. -1. 1. 1. 4. -5. 2. 0. 3. 1.

• Matriz simétrica:

×

− = − = − 3 3

2 3 4

3 1 1

4 1

.

6

TA A

Matriz na forma escalonada e matriz na forma canónica reduzida por linhas

Uma matriz ( )m nA M ×∈ diz-se na forma escalonada se cumprir os seguintes

requisitos: todas as linhas contendo apenas zeros devem ser as últimas linhas da

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Á L G E B R A L I N E A R – T E O R I A E P R Á T I C A

22

matriz; a primeira entrada não nula de cada linha deve estar à direita da primeira

entrada não nula da linha anterior. As primeiras entradas não nulas de cada linha

são designadas pivôs.

Uma matriz ( )m nA M ×∈ diz-se que está na forma canónica reduzida por

linhas se for uma matriz na forma escalonada e, adicionalmente, cumprir os seguin-

tes requisitos: o pivô de cada linha é 1; o pivô é o único elemento não nulo na sua

coluna.

Exemplo

1.9

• Matrizes na forma escalonada:

− − − −

2 1 0 2

0 1 3 1 2 4 1 1 ; ;

0 0 5 0 0 0 2 3

0 0 0 2

8 2 7 3 0 2 4

0 0 0 2 ; 0 0 3 .

0 0 0 0 0 0 0

• Matrizes na forma canónica reduzida por linhas:

1 2 0 0 0 1 0 41 0 0

0 0 1 0 0 0 1 30 1 0 ; ; .

0 0 0 1 0 0 0 00 0 1

0 0 0 0 1 0 0 0

[Scilab] _Reduzir por linhas uma matriz A.

---> A = [-1 3 6 0; -1 5 6 -2]

---> rref (A) ans = 1. 0. -6. -3. 0. 1. 0. -1.

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M A T R I Z E S

23

Exercício 1.1

Determine os parâmetros ,α β ∈ tais que:

a. 2 4 3

;1 3 1 3

α α + β = − −

b. 2

2 0 12 0 1

3 9 3 .

1 2 3 3 1 2 3

− − α = α β α − α +

Exercício 1.2

Preencha o quadro, completando as matrizes ou assinalando com X o tipo de matriz.

Matriz Matriz quadrada

Matriz nula

Matriz diagonal

Matriz triangular

Matriz escalar

Matriz simétrica

− − −

2 1 4

1 3 6

4 6 2

1 0

0 2

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

×

4 4

__ __ __ __

__ __ __ __

__ __ __ __

__ __ __ __

X X X X X

Exercício 1.3

Construa uma matriz, tal que:

a. Seja não nula, triangular e com 42 0;a =

b. Tenha dimensão 4 1× e esteja na forma escalonada;

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Á L G E B R A L I N E A R – T E O R I A E P R Á T I C A

24

c.

1,

0, .

, ij

se i j

a se i j

a se i j

>= = <

Exercício 1.4

Designa-se por traço de uma matriz quadrada a soma dos elementos da diagonal

principal. Indique o traço das seguintes matrizes:

a. 20 ;I

b.

1 3 4 0 4

3 0 1 1 2

0 1 6 2 2.

7 2 4 2 0

31 1 1 0

2

A

− − − −=

− −

Exercício 1.5

Utilizando uma matriz genérica ( ),m nA M ×∈ verifique que ( ) =TTA A .

Exercício 1.6

Indique se as seguintes matrizes estão na forma escalonada, forma canónica redu-

zida por linhas ou nenhuma das situações:

a. 2 3 0 0

;0 0 0 1

b.

3 2 0 2 1

0 4 1 1 8;

0 0 1 5 3

0 0 2 3 1

− − − −

c. 1 0 0 0

;0 0 1 0

d.

0 5

0 2 .

0 0 0

a

b

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MATEMÁTICA

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25 COLEÇÃO MATEMÁTICA

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Este livro dirige-se aos alunos que frequentam uma primeiraunidade curricular de álgebra linear ou similar e que procuramuma abordagem alternativa, inovadora e facilitadora da aprendi-zagem dos principais temas da álgebra linear.

O autor considerou extensivamente as principais recomenda-ções didáticas conhecidas para o ensino da álgebra linear, resul-tando um texto bem estruturado científica e pedagogicamente.A utilização de para a exploração teórica e prática dosassuntos, a apresentação de muitos exemplos e exercícios resol-vidos e a consideração de inúmeras aplicações concretas daálgebra linear, conferem ao livro um cariz diferenciador dentro dopanorama da bibliografia nacional.

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RICARDO JORGE CASTRO GONÇALVES é licenciado em Ensino de Matemática pelaUniversidade de Aveiro, mestre na mesma área pela Faculdade de Ciências da Universi-dade do Porto e doutorando em Didática de Ciências e Tecnologia, especialidade deDidática das Ciências Matemáticas, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.É docente no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, onde leciona unidades curricu-lares da área disciplinar Matemática e Estatística, em particular, Matemática Discreta eÁlgebra Linear.

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RICARDO GONÇALVES

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Com exemplos de aplicações comScilab, GeoGebra e Mathematica

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72-6

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