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7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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Copyright 2008,
Editora Crista Evanglica
T reimpresso, 2013
diretor
A b im ae l de Souza
Todos os direitos nacionais e internacionais desta
edio reservados.
consultor
John D. Barnett
Nenhuma parte desta edio pode ser uti l izada
ou reproduzida - em qualqu er meio ou forma,
seja mecnico ou eletrnico, fotocpia, gravao,
etc. - nem apropriada ou estocada em sistema
de banco de dados, sem a expressa autoriza
o da Editora Crist Evanglica (lei n 9.610
de 19/02/1998), salvo em breves citaes, com
indicao da fo nte
editor
Jos Humberto de Ol iveira
editor assistente
A nd r de Sou za Lim a
assistentes editoriais
Eliane Vieira Maciel
Isabel Cristina D. Costa
Regina Okamura
Selma Dias Alves
As citaes bbl icas fo ra m extra das da verso
A lm eida Revista e A tu aliz ada (ARA ), 2a ed io
(Sociedade Bblica do Brasil), exceto indicaesde outras verses.
Editora filiada
Associao de Editore s C rist os
autores
A gna ld o Faissal J. Carvalho
Emerson da Silva Pereira
Enoque Vieira de Santana
Evaldo B ueno Rodrigues
Jess Ferreira Bispo
Joo Aran tes Costa
John D. Barnett
Jos Hum berto de Ol iveira
Luiz Csar Nunes de Arajo
Vanderl i Alves Neto
editora
Evanglica
revisor
A ydano B arre to Carle ia l
projeto grfico
Henr ique M art ins Carvalho
Patrcia Pereira Silva
Rua Goinia, 29 4 - Parque Industrial
12 23 5-6 25 So Jos dos Campos-SP
www.editoracristaevangel ica.com.br
Telefax: (12) 3202-1700
diagramadora
Patrcia Pereira Silva
capa
Henr ique M art ins Carvalho
mailto:[email protected]://www.editoracristaevangelica.com.br/http://www.editoracristaevangelica.com.br/mailto:[email protected]7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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ri J'i|M*ewdieiid! de Uristo
Hebreus uma grande epstola! No nos referimos ao nmero de captulos, mas ao
importantssimo contedo, pois trata, com muita propriedade, de uma questo que
delicada na igreja desde o incio: o relacionamento entre judasmo e cristianismo,
entre a antiga e a nova aliana, e entre o Antigo e o Novo Testamento. Essa carta
nos ensina como atravessar essa ponte.
O Novo Testamento seria incompleto sem a carta aos Hebreus. Inmeras perguntas
iriam ficar sem resposta, porque muitos dos primeiros convertidos tiveram seu bero
no judasmo. Os doze discpulos eram judeus. Pedro abriu as portas do reino dos
cus (Mt 16.18-19) em Jerusalm, tendo, num s dia, quase trs mil pessoas aceitadoo evangelho de Jesus Cristo (At 2.41), sendo, na maioria, judeus. Historicamente, a
igreja de Jesus Cristo nasceu em Israel. O prprio Jesus era judeu (Mt 1.1; Jo 4.22).
Algum afirmou que Hebreus comea como tese, prossegue como sermo e conclui
como carta. A tese que Cristo superior a tudo e a todos que viveram antes Dele
(captulos 1 e 2); o sermo a explanao do sacerdcio de Cristo (captulos 3 a
11); e a carta o tom pastoral que h nos captulos 12 e 13.
Podemos perceber, na carta aos Hebreus, trs nfases principais.
1. Um apelo a todos os crentes para que se mantenham firmes na verdade, fiis
a Cristo, e cresam para a maturidade crist (Hb 2.1; 3.6; 6.1,13-20). Como
podem ser encorajadas pessoas que esto passando por grandes dificuldades?
2. Exortao perseverana, dando exemplos bblicos: Abrao esperou compacincia (Hb 6.15) e por isso obteve a promessa; Moiss permaneceu firme
(Hb 11.27), contemplando Aquele que invisvel; Jesus perseverou, suportando
a cruz (Hb 12.2). Vrios professos voltaram ao judasmo, abandonando a f,
porque tinham conhecimento inadequado da Pessoa de Cristo.
3. A supremacia de Jesus Cristo o grande tema. Uma maneira interessante de
estudar a epstola destacar todo versculo em que aparecem as palavras maior,melhor ou superior.
Deus fala muitas vezes e de tantas maneiras. Que Ele fale ao seu corao por meio
do estudo dessa preciosa carta!
Jos Humberto de Oliveira
Livros recomendados
Hebreus - introdu o e comentrio.Donald Guth rie. Srie Cultura Bblica. Edies Vida Nova.
Carta aos Hebreus - Comentrio Esperana.Fritz Laubach. Editora Evanglica Esperana.
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ndice
A MENSAGEM DEHEBREUS ........................................... 07
CRISTO SUPERIORAOS ANJOS 13
A SUPERIORIDADEDO EVANGELHO 17
JESUSO GRAN DE SALVADOR 20
NOSSA PEREGRINAOFIRM ES AT O F IM 25
CRISTO: O GRANDESU M O SACERDOTE 29
PROBLEMASPASTORAIS ....................................... 34
UMA PALAVRA DE
ENCORAJAMENTO 39
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MELQUISEDEQUE,TIPO DE CRISTO 43
A SUPERIORA L IA N A ............................................ 48
OS BENEFCIOS D O
SACR IFCIO DE CRISTO 53
A PERFEIO D A OBRA DE CRISTO......................................... 57
C H A M A D O O B E D I N C IA
E PERSEVERANA 61
A F: SUA NATUR EZA ESEUS HERIS 66
A DISCIPLINA ESEUS BENEFCIOS 71
C H A M A D O SANTIFICAO 74
EXORTAES FINA IS
E O R A A O 80
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A MENSAGEM
DE HEBREUSPr. Jos Hu m berto de O liveira
INTRODUO
Esta primeira lio abre a cortina, mostrando o
cenrio e o pano de fundo da carta aos Hebreus,
e tambm responde cinco perguntas bsicas sobre
a carta. Ela revela por quejesus Cristo superior a
tudo e a todos, incluindo homens e anjos.
I - CINCO PERGUNTAS PARA
CONHECER A CARTA AOS HEBREUS
1. Por que a carta aos Hebreusfoi escrita?
Essa maravilhosa carta foi escrita para um grupode crentes, no fim do primeiro sculo, que estava
quase desistindo da f, pois havia uma perseguio
muito forte. Suas casas foram invadidas, foram
desprezados publicamente, torturados e jogados
na priso por causa da f professada. Muitos desses
crentes judaicos aceitaram as dificuldades com
alegria, mas outros voltaram atrs e apostataram
da f (rejeitaram a salvao em Cristo).
a. A carta um apelo a todos os crentes paraque se mantenham firmes na verdade, fiis
a Cristo, e cresam para a maturidade crist
(Hb 2.1; 3.6; 6.1,13-20). Como podem ser
encorajadas pessoas que esto passando por
tantas dificuldades?
b. A carta exorta perseverana, dando exemplos bblicos: Abrao esperou com pacincia
(Hb 6.1 5)epor isso obteve a promessa; Moiss
permaneceu firme (Hb 11.27), contemplan
do Aquele que invisvel; Jesus perseverou,
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suportando a cruz (Hb 12.2). Vriosprofessos voltaram ao judasmo,
abandonando a sua f, porque ti
nham conhecimento inadequado
da Pessoa de Cristo.
C. A carta enfatiza a superioridade de
Cristo, apresentando-O como Pro
feta (Hb 1.1-2), Sacerdote (Hb 1.3)e Rei (Hb 1.8-14).
2. Quem oautor de Hebreus?O autor desconhecido. Orgenes
(185-245 d.C.), erudito telogo cristo, gostava de afirmar: S Deus sabe
quem realmente escreveu a epstola aosHebreus.
Tem havido vrias propostas: Paulo,Barnab, Apoio, Priscila, Lucas e outros. No h necessidade de especula
o. Nenhum livro mais verdadeiroou inspirado pelo fato do autor ser
conhecido. O melhor a fazer aceitarque no podemos ter certeza, nemprecisamos conhecer a autoria para
aceitar a autoridade e receber todosos ensinamentos inspirados por Deus.
3. Quem eram os leitores dacarta aos Hebreus?
O ttulo original gregopros hebraious(aos hebreus) indica que a carta foi
escrita a crentes judaicos com conhe
cimento profundo das Escrituras doAT. Em relao cidade onde viviam,
h dvida. Algumas sugestes so: Jerusalm, Alexandria ou Roma.
4. Quando a carta foi escrita?No podemos ser dogmticos.
possvel que Hebreus 10.32-34 sejauma referncia perseguio de Nero
(64 d.C.). Provavelmente escrita antes
de 70 d.C., porque o escritor usa ver
bos no presente em Hebreus 10.11 paradescrever o ministrio dos sacerdotesno templo de Jerusalm. Isso umindicador de que os sacrifcios ainda
estavam sendo oferecidos nos dias doescritor. A melhor opo a ltima me
tade da dcada de 60 (65-70), antes da
destruio do templo pelos romanos(.Manual Bblico Vida Nova,p.797).
5. Qual a mensagemda carta aos Hebreus?
A superioridade de Jesus Cristo o grande tema dessa epstola. Uma
maneira interessante de ler e estudara epstola destacar todo versculo
em que aparecem as palavras: maior,
melhor ou superior. O esboo a seguir
sugerido pelo Manual Bblico Unger(Vida Nova, p.607).
A su p e r io rid ad e de Jesus aos
profetas e anjos
A supe rio ridad e de Jesus co m
relao a Moiss e Josu
A superio ridade de Jesus como
Sacerdote
A superioridade da f cr is t
Fonte: Esboo sugerido pelo Ma nual Bblico Unger(Vida Nova, p.607).
II - DEUS FALOU
E CO NTINUA FALANDO
(Hb 1.1)
O texto grego comea Hebreus assim:
De muitas maneiras e de muitos modos
outrora Deus falou.... E notvel que o
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escritor inicia com um fato: Deus temfalado. O autor no comprova que Deus
fala, afirma. A f deve estar no somente
na existncia de Deus, mas na comuni
cao de Deus. Algum j disse: Deusno falar para aquela pessoa que noacredita que Deus fala.
Portanto aqueles que no aceitam que
Deus falou ao homem certamente no
encontraro valor nessa carta. E intil
ler a carta se Deus no faz revelaoalguma aos homens. Se Deus houvesse
permanecido em silncio, a situao dahumanidade por certo seria desespera-
dora. Alguns salmos exaltam a voz de
Deus (SI 29; 50.1-3). Mas aquilo queprende a ateno do escritor a varie
dade de maneiras como Deus falou no
passado.
1. Como Deus falou ontem(Hb 1.1)
a. muitas vezes e de muitas maneiras".Pelas leis, instituies, cerimnias,
reis, juzes, sacerdotes, vises, reve
laes angelicais, sonhos, jumenta,etc., (Hb 1 .1 .0 Senhor Jesus dissea Jerusalm: Quantas vezes quis eu
reuniros teus filhos, como a galinhaajunta os seus pintinhos debaixodas asas, e vs no o quisestes!
(Mt 23.37).
b. aospais.Isto , aos antepassados.
C. pelos profetas.As revelaes mais
iluminadoras vinham por meio dos
profetas. A repetida expresso assim diz o Senhor dava aos profetas
uma autoridade sem igual. Eram
maltratados (Hb 11.37), mas, mesmo assim, persistiam na sua mensa
gem. Mas eles no viram o cumprimento da promessa que entregaram
(Hb 11.39-40).
2. Como Deus fala hoje(Hb 1.2)
Nestes ltimos dias, nos falou pelo Filho.
Aquilo que foi falado outrora preparou
o caminho para a comunicao maisimportante de todas. Essas duas etapas
de revelao divina correspondem aoAntigo e ao Novo Testamento.
A revelao divina progressiva, mas a
progresso no vai do menos ao mais
verdadeiro, nem do menos ao maisvalioso. A progresso vai da promes
sa at Cristo, mas no h progressodepois Dele (jo 14.6; G1 1.8; Ef 1.10;
lTm 2.5). O tempo do verbo grego(aoristo), usado para o falar de Deus por
meio dos profetas e tambm do Filho,
indica que Deus terminou de falar em
ambos os casos.
a. ltimos dias. uma traduo lite
ral da frase hebraica que se utiliza
no Antigo Testamento no ltimofinal dos dias,que, de acordo com ocontexto, pode significar daqui em
diante(Gn 49.1; Dt 4.30; Jr 23.20;
Mq 4 .l).O u so d a frase implica umaescatologia inaugurada, que come
ou com a encarnao e terminarcom a segunda vinda de Cristo.
A expresso ocorre no NT em
At2.17; lTm4.1;2Tm3.1;2Pe3.3.Avinda do Messias d incio ao pe
rodo escatolgico. O Filho fiador9
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(no grego garantia, certeza, algum
que garante o cumprimento do contra-
to)de superior aliana (Hb 7.22).
O tema principal da carta inteira : opassado cedeu lugar a coisas melho
res. E por essa razo que o passado
(as leis e princpios religiosos do AT)
sempre volta a aparecer na epstola,
para mostrar como o Filho superior
a esse passado. E fcil perceber por
que o escritor comea dessa maneira.V valor no passado (porque Deus
falou aos pais, pelos profetas),mas
tambm v suas imperfeies. Por
isso que se diz que, quanto antiga
aliana ou Antigo Testamento, Jesus
Cristo fez trs coisas: cumpriu, subs
tituiu e ultrapassou.
b. nos falou pelo Filho.A essncia darevelao crist que Deus melhor
visto no Seu Filho. Para deixar mais
claro o que quer dizer, o autor expe
sete fatos acerca do Filho, e ele quer
que toda a sua epstola seja lida luzdesses fatos.
AplicaoOnde est a voz de Deus hoje? Quem o verdadeiro
porta-voz de Deus? Como Deus fala ao homem de
hoje? Quem voz de Deus pra voc hoje?
III-SETE FATOSACERCA DO FILHO
(Hb 1.2-3)
Os fatos a seguir mostram a superio
ridade inquestionvel e insupervel
de Jesus Cristo, e explicam por que a
revelao atravs Dele a maior que
Deus j fez humanidade.
1. Deus O constituiu herdeirode todas as coisas
A palavra herana era usada para de
nominar a diviso de propriedades
que um pai deixava a seus filhos aps a
morte. Quando havia apenas um filho,
havia apenas um herdeiro. Cristo
o herdeiro de todas as coisas porqueEle o Filho unignito de Deus. Em
Efsios 1.10, o apstolo Paulo afirma
que Deus est trabalhando desde a
fundao do mundo para fazer com que
todas as coisas do cu e da terra estejam
convergindo para Jesus Cristo. Ele o
herdeiro de todas as coisas porque Ele o criador de todas as coisas. Em outras
palavras, o Filho est herdando o que
Ele mesmo criou.
2. Foi atravs do Filhoque Deus fez o universo
A palavra universo aqui no kosmos(a palavra mais usada), mas aionas,
que no se refere apenas a perodos
de tempo, mas tambm ao conte
do do mundo. Outros escritores da
Bblia tambm afirmaram que Deus
fez o universo por meio do Seu Filho
(Pv 8.27-30; Jo 1.3; Cl 1.16; Ap 3.14).
3. O Filho o resplendorda glria de Deus
Resplendor traduo de uma palavra
que aparece somente aqui no NT, e o
sentido emitir brilho intenso (como
o sol irradiando os seus raios de luz).
O Filho possui um brilho que irradia a
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glria de Deus. Guthrie comentou que
era uma firme convico entres os cris
tos primitivos que de alguma maneira
a glria de Deus era vista numa vida
humana. Aqui lembramos do monteda transfigurao (Mt 17.2).
4. 0 Filho a expressoexata do ser de Deus
Assim como a imagem e a inscrio de
uma moeda correspondem exatamente
ao padro da matriz, o Filho de Deus a mesma imagem do que Deus .
Expresso exata traduo de charac
ter,de onde vem a nossa palavra carter
(sinal gravado, trao particular do ros
to, natureza particular de algum) . No
mundo antigo, a palavra era usada parafalar da impresso feita por um carimbo
ou selo, ou seja, uma reproduo exata.
O que o autor est dizendo simples:
Jesus Cristo exatamente da mesma
essncia de Deus (Cl 1.15). Como
disse Stanley Jones, Jesus a melhor
fotografia de Deus.
5. 0 Filho sustenta todasas coisas pela palavrado Seu poder
O conceito de sustenta bastante
dinmico, ou seja, no apenas segu
rar por baixo, suportar, mas envolve
movimentos. Cristo quem faz com
que todas as coisas sigam seu curso de
terminado por Deus. Ele faz a Histria se
movimentar.
O que o Filho usa para sustentar todas
as coisas a palavra do Seu poder. A
prpria carta aos Hebreus declara que o
universofoiformado pela palavra de Deus
(Hb 11.3). Paulo afirma que Nele tudo
subsiste(Cl 1.17), e R.A. Rnox afirmou:
toda a criao depende, para se suster,
de Sua palavra capacitadora. Na Bblia,a palavra de Deus Deus em ao.
6. O FiSho fez a purificaodos pecados
Agora, o autor passa dos atos csmicos
do Filho para as Suas relaes pessoais
com a humanidade. E o que ele destaca a obra expiatria de Cristo na cruz.
E justamente sobre isso que essa carta
vai tratar detalhadamente nos captulos
seguintes.
7. O Filho est assentado
direita da Majestadenas alturasO ltimo fato acerca do Filho mostra
onde Ele est hoje. O lugar dupla
mente honroso.
a. Primeiro: Ele est direita,
que na cultura bb lica se m
pre uma posio de autoridade
(Lc 22.69; Rm 8.34; Hb 8.1-2).
b. Segundo: Ele est nas alturas.ABblia descreve Deus como o Alts-
simo.O termo quer simplesmente
nos informar que no h qualquer
ser acima Dele (lR s 8.27; SI 148.13;
Ef 1.21).
Aplicao0 Jesus Cristo que voc cr e prega do tamanho
Desse que acabamos de conhecer? Ele possui essas
caractersticas?
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CONCLUSO
Deixemos que RR Bruce conclua esta
lio: Portanto, a grandeza do Filho de
Deus recebe sete confirmaes e parece
que Ele possui em si mesmo todas as
qualidades para ser o mediador entre
Deus e os homens. E o Profeta atravs
do qual Deus tem falado Sua palavra
final aos homens; o Sacerdote que
tem levado a cabo uma tarefa perfeita
de purificao dos pecados de seu povo;
o Rei que se assenta entronizado no
lugar de honra principal, ao lado da
Majestade, nas alturas (La Epstola
a los Hebreos, Buenos Aires: Nueva
Creacion, p.8).
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CRISTO SUPERIORAOS ANJOS
INTRODUO
No h como abordar o assunto desta lio sem
passar uma vista de olhos nos quatro primeiros
versos da carta aos Hebreus. O autor no se preo
cupa com as costumeiras saudaes iniciais e entra
logo no seu propsito de exaltar a pessoa de Jesus
Cristo, que o tema central da epstola.
1. Jesu s a palavra de Deus - nos falou pelo
Filho (Hb 1.2).
2. Jesu s o sentimento de Deus - Ele, que o
resplendor da glria e a expresso exata do seu
Ser (Hb 1.3).
3. Jesus a ao de Deus - Tendo-se tornado to
superior aos anjos (Hb 1.4).
4. Jesu s a autoridade de Deus - se assentou
destra do trono da Majestade nos cus(Hb 8.1).
O autor da carta compara o Filho com os anjos,
aqueles seres criados que constantemente cir
cundam o trono de Deus. Dentre toda a criao,
eles so os que esto mais perto de Deus; servem
como mensageiros e so indicados para se ocu
parem com o trabalho de prover o homem com
a revelao de Deus (At 7.38; G1 3.19;Hb 2.2).
I - EM Q UE CRISTO SUPE RIOR AOS
ANJOS?
A superioridade de Cristo inegvel. Tal realida
de est claramente descrita na palavra de Deus.
Vejamos.
Texto bsicoHebreus 1.4-14
Texto devocionalSalmo 2.1-12
Versculo-chave
"tendo-se tornado to superior aosanjos quanto herdou mais excelentenome do que eles"(Hb 1.4).
Alvo da lioVoc entender, luz da Bblia, a superioridade inquestionvel de Jesussobre os anjos.
Leia a Bblia diariamenteSEG SI 91.1-16TER S1110.1-7QUA SI 97.1-12QUI S1104.1-35SEX SI 45.1-17SB Dn 10.1-9DOM Dn 10.10-21
n
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1. Superior em Seu nomeO nome anjo, do hebraico malk e
do grego angelos, uma palavra que
significa mensageiro. Os anjos so ex
celentes mensageiros de Deus, tanto noAT como no N T (Gn 16.7-11; 24.7,40;
lR s 19.5; Mt 1.20-24; At 7.30-35).
Porm Cristo tem um nome supe
rior. Ele mais do que um simples
mensageiro. Cristo o Filho de
Deus.
a. Anjo = mensageiro.
b. Cristo = o Ungido, o Messias pro
fetizado no AT.
Aplicao"Pelo que tambm Deus o exaltou sobremaneira e
lhe deu o nome que est acima de todo nome, para
que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos cus,
na terra e debaixo da terra, e toda lngua confesse
que Jesus Cristo Senhor, para glria de Deus Pai"
(Fp 2.9-11).
2. Superior em Sua matureza"Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu s
meu Filho, eu hoje te gerei?(Hh 1.5). O
escritor liga esse versculo ao 4, no qual
introduz o ensino da superioridade do
Filho em relao aos anjos. Ele no pre
tende ignorar o significado dos primeiros
trs versculos, mas no quarto, faz a com
parao do Filho com os anjos e afirma
a Sua superioridade. Com o auxlio das
citaes do Antigo Testamento, o autor
indica que o Filho superior aos anjos
em Sua natureza:
a. Cristo o Filho de Deus
Os anjos foram criados, mas Cristo
da mesma natureza do Pai. A ex
presso "eu hoje te gereise refere
posio de Cristo e Sua relao coma eternidade, no se devendo pensar
em qualquer ponto dentro do tem
po. Esse conceito necessrio para
preservar a ideia de eternidade den
tro da Trindade, segundo a qual um
dos membros o Filho ( jo 1.14).
b. Cristo o Primognito
Primognito em Hebreus 1.6 (cf.
Lc 2.7; Rm 8.29; Cl 1.15; Hb 11.28;
12.23; Ap 1.5) qualifica a palavra
Filho como um ttulo dado a Jesus.
No podemos determinar quando
esse ttulo foi dado, porque os escritores que usam o termo aplicam-no
criao, ressurreio, dignidade e
honra de Cristo. O Filho, como pri
mognito, entra no mundo habitado
dos homens como o resplendor da
glria e a expresso exata do seu ser.
Ele adorado pelos anjos. Os anjos
foram criados por Ele.
c. Cristo Rei Ungido
O autor da epstola aos Hebreus usa
o Salmo 45.6-7 para expressar a rea
lidade de Jesus. Somente o Filho de
Deus cumpriu as palavras do salmis
ta: O teu trono, Deus, para todo
o sempre; cetro de equidade o cetro
do teu reino. Amas a justia e odeias a
iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus,
te ungiu com o leo de alegria, como a
nenhum dos teus companheiros. Oleo
de alegria"descreve a administrao
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constante do Seu governo justo. Apalavra "companheiros"no usada
para anjos, mas para os seguidoresde Jesus, que participam da "voca
o celestial".
AplicaoOs anjos no gozam da dignidade de filho, primo-
gnito e rei ungido.
3. Superior em Sua obraNo princpio, Senhor, lanaste os funda-
mentos da terra, e os cus so obra das tuas
mos (Hb 1.10). A citao do Salmo102.25-27 foi usada pelo autor da epstola
para apresentar a doutrina da eternidadedo Filho, por quem tudo foi criado e por
quem todas as coisas so sustentadas. Oque foi dito anteriormente do Deus deIsrael agora aplicado a Jesus Cristo. O
Filho de Deus Criador e Sustentador
do universo e, como tal, muito superior
aos anjos. Por essa razo, o escritor de
Hebreus enfatiza o pronome Tu paraexpressar o contraste entre o Senhor, que
lanou osfundamentos da terra"e os anjos,que servem somente como mensageiros.
4. Superior em Sua posio
tu, porm, s o mesmo, e os teus anos
jamais tero fim(Hb 1.12). Embora os
cus e a terra tenham sido criados pelo
Filho que eterno, eles no compartilham de sua eternidade. So e permane
cero temporais. Os cus e a terra esto
sujeitos a mudanas, como profetizouIsaas: Levantai os olhos para os cus
e olhai para a terra embaixo, porque oscus desaparecero como a fumaa, e a
terra envelhecer como um vestido, e os
seus moradores morrero como mosquitos,
mas a minha salvao durar para sem-
pre, e a minha justia no ser anulada
(Is 51.6).
A citao do Salmo 102 ensina o carter
distinto do Filho: Ele o Criador, po
deroso, imutvel e eterno. Sua posio
superior dos anjos porque nuncamuda e no mudar. Jesus Cristo, onteme hoje, o mesmo e o ser para sempre
(Hb 13.8). Algum anjo ouviu de Deusas seguintes palavras: "Assentate mi-
nha direita, at que eu ponha os teus inimi-
gos por estrado dos teus ps?(Hb 1.13).
No! Nenhum! A posio de Cristo superior dos anjos porque Ele est
direita do Pai (Rm 8.34).
II - O SERVIO DOS ANJOS(Hb 1.14)
Como esse versculo no trata da superioridade de Cristo sobre os anjos, mas
do servio dos anjos, deixamo-lo para o
fim da lio. H um contraste marcante entre o Filho entronizado e os anjos minis-
tradores. A funo dos anjos - arcanjo,
querubim, serafim - estar a servio
de Deus a favor dos que ho de herdar asalvao". Os anjos esto dedicados ao
servio e nunca sero entronizados (isto
, no tm tronos). Veja a seguir algumasatividades dos anjos.
1. Foram dois anjos que destruram
Sodoma e Gomorra (Gn 19.13).
2. Foi um anjo que destruiu os primo
gnitos do Egito (x 12.23).15
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3. Foi um anjo que anunciou o nasci
mento de Jesus (Lc 1.28).
4. Foi um anjo que confortou a Cristo
no Getsmani (Lc 22.43).
5. Foi um anjo que causou terror aos
inimigos de Cristo (Mt 28.4).
6. Foi um anjo que libertou os apsto
los da priso (At 5.19).
Os anjos servem,Cristo honrado
Diz o credo apostlico:"Ele, Jesus,subiu ao cu; est
sentado direita de Deus Pai todo-podero so."
CONCLUSO
Em muitos aspectos, os anjos tm
posio mais elevada que o homem,
que foi coroado com glria e honra
na criao de Deus (SI 8.5). Mesmo
que os anjos sejam, num certo sentido,
seres mais elevados que o homem, eles
no so, de maneira alguma, superio
res ao Filho, porque "Ele herdouum
nome que superior ao dos anjos. EmHebreus 1.1-3 descreve o Filho como:
1. O Profeta por meio do qual Deus
falou;
2. O Criador que fez o universo;
3. O Herdeiro de todas as coisas;
4. O Representante do Ser de Deus;
5. O Sustentador de todas as coisas;
6. O Sacerdote que trouxe purificaodos pecados;
7. O Rei que se sustenta no Seu lugar
de honra.
16
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A SUPERIORIDADEDO EVANGELTO
INTRODUO
Existe uma perfeita ligao entre o captulo pri-
meiro e o segundo da epstola aos Hebreus. No
captulo primeiro, o autor destaca os trs ofcios de
Cristo: profeta: nestes ltimos dias, nos falou pelo
Filho;sacerdote: depois de terfeito a purificao;rei: assentouse direita da Majestade, nas alturas.
O autor continua essa nfase no segundo captulo,
ao descrever Cristo como profeta que proclama
to grande salvao (Hb 2.3); rei coroado de
glria e de honra (Hb 2.9) e "misericordioso efiel
sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e parafazer propiciao pelos pecados do povo(Hb 2.17).
Duas expresses aparecem nesse captulo e deter-
minam a unidade do argumento do escritor sobre
a natureza e a obra de Cristo.
1. Por esta razo(Hb 2.1)
Nesta expresso, o autor nos lembra que recebe-
mos uma descrio da superioridade e da grandeza
de Cristo, portanto, devemos escutar o que Ele
diz. Quanto mais alta a posio de uma pessoa,
maior autoridade ela exerce, e exige maior ateno.
2. A palavra faiada por meio de anjos(Hb 2.2)
O papel desempenhado pelos anjos, ao estabele-
cerem a dignidade da mensagem, confirmado
por Paulo em Glatas: at que viesse o descen-
dente a quem se fez a promessa, e foi promulgada
por meio de anjos, pela mo de um mediador
(G1 3.19). Pois bem, estabelecido o pressuposto
de que Cristo o prprio Evangelho, conforme
Pr. Joo Aran tes C osta
Texto bsicoHebreus 2.1-18
Texto devocional
Salmo 8.1-9
Versculo-chave
"como escaparemos ns, se negligenciarmos to grande salvao? A qual,tendo sido anunciada inicialmente peloSenhor, foi-nos depois confirmada pelosque a ouviram"(Hb 23).
Alvo da lio
Voc entender a importncia dasuperioridade do Evangelho,independentemente dos "dogmas" religiosos.
Leia a Bblia diariamente
$EG Rm 1.8-17TE R Gl 1.6-9QUA Lc 4.16-19QUI At 10.1-8SEX At 10.9-22SB At 16.19-26DOM At 16.27-34
vr
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proclamao messinica de Deus em
Gnesis 3.15, (conhecida como o
proto evangelho), e lembrando a
exortao de Paulo aos glatas: "Mas,
ainda que ns ou mesmo um anjo vindodo cu vos pregue evangelho que v alm
do que vos temos pregado, seja antema
(G1 1.8), vamos percorrer o captulo
dois de Hebreus, pontuando os seguin
tes tpicos.
I - EXORTAO CONTRA
O PERIGO DO DESVIO(Hb 2.1-4)
Estes versculos introduzem uma srie
de exortaes muito bem formuladas
pelo autor de Hebreus. Ele diz: Por esta
razo, importa que nos apeguemos, com
mais firmeza, s verdades ouvidas, para
que delas jamais nos desviemos!Existem
cinco expresses que merecem desta
que nestes quatro primeiros versculos
do captulo dois de Hebreus.
1. Importa que nos apeguemos,signifi
ca: segurar ou guardar com cuidado.
2. s verdades ouvidas,significa: pres
tar profunda ateno aos sons que
entram no ouvido, propiciando a
evocao de resultados positivos.
3. para que delas jamais nos desviemos,
significa: por motivo algum aban
donar, ou deixar de lado, ou tomar
outro caminho.
4. to grande salvao, significa: a
prpria pessoa de Cristo. O valor
da salvao no deve nunca ser
subestimado, pois seu preo foi o
sofrimento e a morte de Cristo.
5. por sinais, prodgios e vrios mila-gres, significa: os feitos de Cristo
que autenticam a Sua superioridade.
O autor de Hebreus no um te
logo alheio s coisas do mundo. Ele
adverte os seus leitores e ouvintes a
prestarem muita ateno palavra
de Deus, para que no corram orisco de se desviarem.
II-CRISTO SUPERIORAOS ANJOS, A DESPEITODE SUA HUMANIDADE
(Hb 2.5-9)
No h dvida de que o grande obst
culo diante da argumentao do autor
a respeito da superioridade do Filho
a Sua autntica humanidade, que O fez
passar por sofrimento e morte. Tudo
parece comprovar a inferioridade de
Cristo em comparao aos anjos. O
autor de Hebreus usa o Salmo 8 como
apoio do seu grande argumento, dizen
do: Que o homem, que dele te lembres?
Ou o filho do homem, que o visites?
Fizesteo, por um pouco, menor que os an-
jos, de glria e de honra o coroaste. Todas
as coisas sujeitaste debaixo dos seus ps.
Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas,
nada deixou fora do seu domnio. Agora,
porm, ainda no vemos todas as coisas a
ele sujeitas (Hb 2.6-8). Jesus cumpriu
plenamente em Sua vida a mensagem
do Salmo 8, usado como argumento
pelo autor de Hebreus. Paulo diz: A
18
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si mesmo se humilhou, tornandose obe-
diente at morte e morte de cruz.Em
uma boa hermenutica, no podemos
deixar de fora, o texto de Filipenses
2.5-11, que trata da humilhao e exaltao de Cristo:
1. a si mesmo de esvaziou;
2. assumindo a forma de servo;
3. tornandose em semelhana de ho-
mens;
4. reconhecido em figura humana;
5. a si mesmo se humilhou;6. sendo obediente at morte;
7. morte de cruz;
8. Deus o exaltou sobremaneira;
9. e lhe deu o nome que est acima de
todo nome;
10. para que ao nome de Jesus se dobre
todo joelho, nos cus, na terra e debai-xo da terra.
II I- O S BENEFCIOSDA NATUREZA HUMANA
DE CRISTO(Hb 2.10-18)
O autor de Hebreus desenvolve o ar
gumento de que a natureza humana de
Cristo possibilita o cumprimento do
plano salvfico de Deus e, por isso, no
pode existir nenhuma inferioridade em
Jesus em relao aos anjos, pelo que o
autor focaliza a realidade integral e os
benefcios da natureza humana do Filho.
Os benefcios que Jesus trouxe para toda
a humanidade esto discutidos na vitria
sobre trs inimigos, referidos no texto.
1. O diabo: destrusse aquele que tem o
poder da morte... o diabo(Hb 2.14).
2. A morte: e livrasse todos que, pelo
pavor da morte, estavam sujeitos es-
cravido por toda a vida(Hb 2.15).
3. O pecado : para fazer propiciaopelos pecados do povo(Hb 2.17).
A vitria de Cristo sobre o diabo, a morte
e o pecado comeou com Sua encarna
o, foi revelada no fato de que Ele era
sem pecado e foi alcanada pelo ato da
redeno, na cruz.
CONCLUSO
Deus o sujeito principal em Hebreus 2.
1. Ele testifica: Dando Deus testemu-nho(Hb 2.4).
2. Ele no deixa nada fora do dom
nio do homem: Todas as coisas
sujeitaste debaixo dos seus ps. [...]
nada deixou fora do seu domnio
(Hb 2.8).
3. Ele aperfeioa o Autor da salvao:
Aperfeioasse, por meio de sofri-
mentos, o Autor da salvao deles
(Hb 2.10).
O Autor da salvao Jesus, coroado de
honra e de glria por causa do Seu so
frimento e morte em favor do Seu povo.
O mundo descrente rejeita o sofrimento
e a morte que Jesus teve que enfrentar.
Mas s vistas de Deus, o curso de ao
de Jesus foi mais apropriado: Sem der-
ramamento de sangue, no h remisso de
19
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H
JESUS,O GRANDE SALVADOR
Pr. Ag uinaldo Faissal J .C arvalho
INTRODUO
Nossos ps esto firmados sobre a terra, percorren
do a moradia passageira presenteada pelo Senhor,
mas o corao bate forte ao contemplarmos, com
expectativa, o lugar eterno, que h de ser nossa
herana permanente. Olhamos para o Cu cheios
de jbilo e de malas prontas, pois nossa passa
gem para l j foi comprada, mediante o precioso
sangue Daquele que nos amou e tem guiado
nossa vida. Todas as providncias foram tomadas
por Ele, cabendo a ns apenas um sereno ato de
confiana e de perseverana no caminhar cristo.
Texto bsico
Hebreus 3.1-6
Texto devocional
Isaas 53.1-12
Versculo-chave
"mas Cristo fiel como Filho sobre a casade Deus;e esta casa somos ns, se quenos apegamos firmemente confianae esperana da qual nos gloriamos"flHb 3.6 - NVI).
Em outras palavras, poderamos dizer que este
o tema tratado nos captulos 3 e 4 desta eps
tola aos Hebreus, na qual o autor demonstra um
firme anseio em despertar nos seus leitores uma
inquestionvel confiana em Jesus Cristo, o nico
que pode conduzi-los em segurana at a concre
tizao desse sonho.
I - PERDIDOS PELO CAMINHO
Alvo da lio
Voc compreender a importncia deguardar firme a sua f e permanecerno caminho que Jesus representa.
Leia a Bblia diariamente
SEG Jo 3.22-26TER Jo 3.27-29QUA Jo 3.30-33QUI Jo 3.34-36SEX Jo 5.24-25S B Jo 5.26-27DOM Ap 3.10-13
Parece-nos, pelo contexto da epstola, que a sa
de espiritual de seus primeiros destinatrios no
ia nada bem. Talvez estivessem infectados pelo
vrus da apatia intelectual, j que se tornaram"tardios em ouvir" (Hb 5.11-12), ou por algum
tipo de distrbio emocional que atrapalhava o
seu senso de direo, pois, como disse Tiago,
tornaram-se homem de nimo dobre, inconstante
em todos os seus caminhos"(Tg 1.8). Mas o que, de
fato, incomodava o pensamento do autor de He
breus era ver que o corao daqueles irmos vinha
20
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batendo em descompasso com o que
o momento exigia (Hb 10.35). Com
os lbios afirmavam estar caminhando
rumo Cana Celestial, mas pelos atos
demonstravam que sua esperana estava perdida no passado, como se ainda
pudessem encontrar ali algum tipo de
recompensa.
Percebemos claramente a angstia de
quem escreveu a carta, ao entender
que a f de seus destinatrios padeciade uma profunda atrofia espiritual.
Embora fosse conhecido de todos o
bom testemunho que professaram pu-
blicamnte a respeito de Cristo, viviam
ainda como servos da antiga religio
(o judasmo). Tanto tempo j havia
se passado desde o novo nascimento,
mas mesmo assim nunca deixaram de
ser crianas na f, sem discernimento e
sem mudana substancial que indicasse
algum tipo de crescimento - e quem
no cresce, vai se atrofiando!
O problema era to grave que muitos
deixaram de confiar nas promessas de
Deus (Hb 10.35). Outros j no eram
mais assduos aos cultos, desprezando
a comunho e a edificao (Hb 10.25).
Alguns, apesar das muitas bnos que
experimentaram na igreja, estavam
agora se tornando desertores da f em
Cristo Jesus (Hb 6.4-6). E outros esta
vam se deixando levar pelas novidades
doutrinrias que surgiam a cada dia
(Hb 13.9).
Estas palavras que hoje estudamos
(Hb 3.1-6) foram escritas no intuito
de estimular aqueles cristos (e a ns)
a permanecerem fiis ao cristianismo
em detrimento da velha religio ou
filosofias vs que antes seguiam - se
guardarmos firme, at ao fim, a ousadia
e a exultao da esperana... a confianaque, desde o princpio, tivemos... conser-
vemos firm es a nossa con fisso"
(Hb 3.6,14; 4.14). Para conquistar a
ateno de seus leitores, o autor esta
beleceu uma comparao entre a su
perioridade de Jesu s e o caminho
apontado por Ele, frente a todas asfalsas esperanas que disputavam por
um lugar em cada corao.
AplicaoE sua vida, est rea lme nte alicerada na esperana
da vida eterna? Seu comp romisso de desen volver
uma relao diria com Deus e caminhar nos
passos de Jesus tem se cumprido? Se a resposta
fo r SIM, tenh a certeza, ento, de que a promessa
do Senhor se cumprir em sua vida.
Havia, entre os cristos hebreus, um
forte apego a personagens bblicos do
passado, inclusive a anjos. Por isso, o
autor fez questo de ressaltar a supe
rioridade dejesus, lembrando-lhes que
Ele o Filho de Deus (Hb 1.2; 4.14),
o Sumo Sacerdote, segundo a ordem
de Melquisedeque (portanto, supe
rior a Aro - 6.20), Autor da salvao
(Hb 2.10) e Autor e Consumador da
F (Hb 12.2). Aexposio de tamanha
grandeza comprova que a graa por Ele
oferecida (a nova aliana, o evangelho
e a igreja) suficientemente eficaz para
garantir-lhes o recebimento da promes
sa (Hb 7.22; 9.15).
21
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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AplicaoNo h como fugir do confronto de que a nossa
vocao e herana so regidas pela espiritualidade
e no pelo ritualismo ou benefcios terreais. Ela est
prom etida aos que crerem, mas s ser alcanada por
aqueles que estabelecerem, como prioridade: (1) a
comunho com Deus; (2) a obedincia ao Apstolo
e Sumo Sacerdote da nossa f - Jesus Cristo; (3) a
perseverana crist; (4) a boa conscincia (1Tm 1.19).
II - REENCONTRANDOO CAMINHO
Entre os inquietantes sinais dessa atrofia
espiritual na comunidade crist dos
hebreus, o que mais incomodava era a
inverso de valores daqueles que, des
norteados pelo caminho, ressaltavam os
feitos de Moiss em detrimento obra
vicria realizada por Jesus. Segundo a
tradio judaica, alguns chegavam ao
extremo de dizer que a alma de Moiss
valia mais do que a alma de todos os judeus reunidos. Assim, o objetivo desse
texto no era desdenhar do ministrio
mosaico, mas confrontar a falsidade re
ligiosa dos que se diziam seguidores de
Moiss, mesmo sendo cristos. Por isso,
o escritor se empenhou em demonstrar a
supremacia de Jesus em relao a Moiss.
1. Essa preeminncia ficou claramen
te estabelecida quando o escritor
demonstrou que Jesus estava com
Deus (desde o princpio) edifi
cando a nao redimida, que o
texto chama de casa de Deus,
enquanto Moiss apareceu, no
cenrio da Histria, por apenas
um momento, convidado a ser
um colaborador nesse projeto
(Hb 3.5-6).
2. O ministrio de Moiss no foi me
nosprezado, mas o seu mrito ficou
circunscrito aos limites designados
por Deus.
3. Tudo o que Moiss fez contabilizou
apenas uma parte da grandiosa obra
que Jesus Cristo estabeleceu e con
sumou.
4. O Senhor Jesus nos apresentado
como Filho e herdeiro, o legtimodono da casa - a qual somos ns
(Hb 3.6; cf. lTm 3.15), enquanto
Moiss visto como um mordomo
dessa casa pertencente a Deus.
5. Moiss anunciou a revelao que
haveria de chegar, mas Jesus Cristo a prpria revelao.
Se usssemos uma linguagem tpica de
Pedro, poderamos dizer que Cristo
a Pedra Angular da casa de Deus,
enquanto Moiss apenas uma das
muitas pedrasusadas na construo.
A carta nos exorta a confiarmos plena
mente no ministrio de Jesus, seguindo
com perseverana e bom testemunho
o caminho por Ele apontado, na firme
convico de que "no h salvao em
22
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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nenhum outro; porque abaixo do cu no
existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos
salvos"(At 4.12). Os personagens bbli
cos nos servem de inspirao, exortaoe advertncia, mas somente Jesus capaz de nos salvar da ira vindoura
(lTs 1.10).
Mesmo sendo um "povo escolhido por Deus" deve
mos perseverar no bom testemunho cristo, com f
eobedincia,se quisermos ,de fato,recebera herana
prometida (Hb 3.12-14).
III-SEGUINDO O BOM CAMINHO
Algo interessante notar que os termosSumo Sacerdote e Apstolo, referindo-
-se a Jesus, somente so encontrados
nesta epstola. compreensvel oseu uso quando nos lembramos que
apstolo algum enviado como embaixador, portador de uma mensageme credenciado com grande autoridade
para agir em nome de quem o enviou.Alm disso, podemos pensar em Jesus
como sumo sacerdote na misso de
representar a Deus diante de todos os
homens e aos homens diante de Deus.
Moiss, por sua vez, no foi designadopara tamanha responsabilidade, nem
recebeu do povo igual crdito, pois
vemos no relato bblico que, do come
o ao fim de seu ministrio, havia porparte do povo muito descrdito quanto
sua autoridade divina (x 17.1-7 e
Nm 20.1-13).
Deus Pai enviou Seu Filho como sumo
sacerdote e apstolo em uma missobem definida, um novo xodo, atravs
do qual conduziria os fiis pelos cami
nhos da santidade at que chegassem smanses celestiais. Ele foi absolutamente
fiel na consumao de Sua incumbncia
(leia Hb 3.3-6; 10.7; Jo 5.30; 6.38).Moiss tambm havia sido fiel no de
sempenho da sua misso (Hb 3.1-2);
contudo, Jesus era digno de uma honra
muito maior, pelas razes que j citamos.
Veja, ento, o argumento usado peloautor para despertar a obedincia de
seus leitores: "se Moiss foi fiel misso
que Deus lhe confiou, por que no pde
introduzir Israel em Cana?.
A resposta simples: aqueles libertosperderam a promessa, no por incompe
tncia de Moiss, mas pela prpria incre
dulidade (Hb 3.19) e rebeldia (Hb 3.18;
Nm 13.25-14.19). Com alegria e triunfo,foram resgatados da servido, mas emlugar de desfrutar das bnos prome
tidas, padeceram no deserto, por noconfiarem no ministrio de Moiss, naautoridade que Deus lhe concedera e no
compromisso estabelecido pelo Senhor:
E contra quem jurou que no entrariam
no seu descanso, seno contra os queforam
desobedientes? Vemos, pois, que no pude-
ram entrar por causa da incredulidade(Hb 3.18-19).
O autor est usando esse fato como
forma de advertncia aos leitores
(inclusive a ns) para o perigo de noseguir, com fidelidade e perseverana,
Aquele que nos resgatou da escravido23
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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do pecado e que est nos conduzindo
Ptria Celestial (Hb 3.12).
No suficiente crermos em Cristo apenas nomomento inicial da vida crist... devemos confiar
Neie at o final da jornada que nos est proposta
(Hb 3.15).
Para compreender plenamente o im
pacto dessa advertncia, considere o
paralelismo estabelecido entre os filhos
de Israel e os leitores da epstola, e apli
que isto em sua vida.
1. Israel tinha sido escravizado pelo
Egito. Seus leitores tinham sido
escravos do judasmo, e ns fomos
escravos do pecado.
2. Israel tinha deixado o Egito, cheio
das mais altas esperanas. Seus lei
tores tinham deixado o judasmo e
abraado o cristianismo com zelo e
entusiasmo sinceros, e ns deixa
mos a velha vida e a velha religio
com a mesma alegria e disposio
no corao.
3. Israel vacilou em sua f, em virtu
de das dificuldades que surgiram
durante a jornada. Seus leitores
estavam vacilando na f por causa
das perseguies e do apego stradies, e ns corremos o risco
de vacilar na f pela falta de conhe
cimento bblico, pela carncia de
um testemunho autntico e pela
seduo dos modismos evanglicos.
4. Israel tinha procurado voltar ao Egi
to (Nm 14.4). Seus leitores estavam
pensando em voltar ao judasmo, e
ns vemos muitos cristos voltando
ao misticismo.
5. Israel pereceu no deserto por causa
de sua incredulidade. Seus leitores
estariam fadados ao fracasso se
insistissem na incredulidade, e ns
corremos o srio risco de perder a
bno pela falta de um comprome
timento verdadeiro.
CONCLUSO
Poderamos resumir o argumento do
autor, dizendo: Estamos convencidos
de que o Apstolo e Sumo Sacerdote da
nossa confisso' fiel e plenamente capaz
de conduzir-nos em segurana presen
a do Pai, desde que guardemos firme
a nossa f, sem dividir o corao com
outras promessas e falsas esperanas.
Devemos confiar em Suas palavras e
seguir, com perseverana, pelo caminho
em que Ele nos conduzir. Mas se deixar
mos de respeitar Sua autoridade e orien
tao (apesar de Ele permanecer absolu
tamente fiel), acabaremos perdidos pelo
caminho, do mesmo modo como Israel
perdeu, no deserto, a oportunidade de
herdar a Terra Prometida.
"Senhor, Tu nos fizeste para Ti mesmo; e nosso
corao no tem repouso at que descanse em Ti
(Agostinho).
24
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NOSSA PEREGRINAO:FIRMES AT O FIM
INTRODUO
O tema e o propsito da carta aos Hebreus so
muito importantes para que entendamos essa
nova seo de ensinamentos. O autor at aquivem falando acerca da superioridade do Senhor
Jesus Cristo a um grupo de cristos do primeirosculo que estava sofrendo a tentao de retornarao judasmo (lio l). esse o motivo da nfase
dada na carta superioridade do Filho de Deus em
relao instituio judaica. Em Hebreus 3.7-4.13,encontramos uma exortao aos crentes para noretrocederem em sua peregrinao, mas continu
arem firmes at o fim, considerando trs aspectostemporais relacionados palavra de Deus.
Pr. Em erso n d a Si lva P erei ra
Texto bsicoHebreus 3.7-4.13
I - A PALAVRA DE DEUSNO PASSADO: UNI AVISO SRIO
(Hb 3.7-11)
O primeiro aspecto temporal da palavra de Deus,que encoraja os crentes a peregrinarem firmes at
o fim, o passado. O autor faz um forte paralelo
entre o povo de Israel do passado e os crentes.
Assim como o povo de Israel foi liberto da escravido egpcia e caminhava para uma nova terra, os
crentes foram libertos da escravido do pecado ecaminham para uma nova ptria (Fp 3.20). Mas
tambm esse paralelo destaca pontos negativos,
pois a gerao de adultos que deixou o Egitofalhou durante a sua caminhada e, devido sua
incredulidade e desobedincia, perdeu o privilgiode entrar em Cana. Por essa razo, os crentes queleram esta carta deveriam considerar o que Deus
dissera no passado como um srio aviso.
Texto devocionalSalmo 95.1-11
Versculo-chave"Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ningum caia,segundo o mesmo exemplo de desobe
dincia. Porque a palavra de Deus viva,e eficaz, e mais cortante do que qualquerespada de dois gumes, e penetra at ao
ponto de div idir alma e esprito, juntas e medulas, e apta para discernir os
pensamentos e propsitos do corao"(Hb 4.11-12).
Alvo da lioVoc entender que a nossa peregrinao deve ser ao lado de Cristo;
firme, constante, at que cheguemosao perfeito descanso.
Leia a Bblia diariamenteSEG 1Co 10.1-13TER Hb 3.7-19QUA Hb4.1-13QUI Nm 14.26-38SEX Jr 31.31-34SB 2Tm 3.14-17DOM Mt 11.18-30
25
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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O autor menciona o Antigo Testamento
(Nm 14.33; Dt 1.3,34-35) e especialmente o Salmo 95.7-11, que apresentaum resumo da histria inglria de Israel
sob a liderana de Moiss no deserto. Opassado de Israel pode ser relembrado
por algumas expresses do salmo: "...
se ouvirdes a sua voz" (Israel no ouviua voz de Deus), "... no endureais o
vosso corao (Israel endureceu o seu
corao) e "... no entraro no meu des-
canso(Israel no entrou no descanso deDeus). Ao olharmos ligeiramente para
o texto bsico de nossa lio, notamosque essas expresses so reafirmadas por
outros termos-chave que o autor destacaenfaticamente: endurecer (Hb 3.8,15
e 4.7), incredulidade (Hb 3.12,19),
desobedincia (Hb 4.1l) , entrar(Hb 3.11,18; 4.1,3,5,10-11), crer
(Hb 4.3), descanso (Hb 4.1,4-5,8,11)e repouso"(Hb 4.9).
A histria de Israel relata escolhas e
resultados, inconsequncias e consequncias. O autor de Hebreus no traz
tona a histria apenas para ilustrar umensinamento moral. Mas, embasando
a sua argumentao no AT, confronta
seus leitores com a autoridade dasEscrituras. Moiss, que representava a
autoridade e a voz de Deus entre os he
breus, no foi ouvido. Diferentemente,
a Bblia, a autoridade de Deus para oscrentes, deve ser ouvida e obedecida.
J que a palavra de Deus verdadeirae perfeita para todas as pocas, cultu
ras, lugares e circunstncias, pelo fatode ser inspirada por Deus (SI 19.1-6;
M t 5 . 1 7 - 1 8 ; 2 T m 3 . 1 6 - 1 7 ;
2Pe 1.21), deve ser vista sempre comoautoridade final em todos os aspectosda vida prtica do crente, mesmo no
sculo 21.
A palavra de Deus, no passado, con st itu iu um srio
aviso contra a insubordinao Sua voz! Continue-
mos firme s at o fim , considerando os srios avisos
de Deus no passado!
II - A PALAVRA DE DEUSNO PRESENTE:
UM APELO INSISTENTE
(Hb 3.12-19)
O segundo aspecto temporal da palavra
de Deus que encoraja os crentes a pere
grinarem firmes at o fim o presente.O autor da carta apela aos leitores paraque considerem a Histria, a fim de queo seu presente seja vivido de maneira
que agrade a Deus. O padro para o
crente no tempo presente a vida de
obedincia. Em Hebreus 3.12-19, as
tristes lies no passado dos israelitasso aplicadas vida dos crentes no
presente. Notemos as expresses tende
cuidado, irmose "hoje.
A luz da Histria dos israelitas, os cren
tes so advertidos a no cultivarem a
incredulidade no corao. Durante asua peregrinao no deserto, os hebreus
demonstraram incredulidade ao praticarem a idolatria (x 32.1-6; ICo 10.7).Mas a incredulidade nesse perodo
significou muito mais do que a idolatria.Ela correspondeu complacncia para
com o pecado que eles demonstraram26
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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ao abandonar a confiana em Deus (f),
deixando-se dominar pela murmurao(Nm 16.1-35; ICo 10.10), pela rebeldia
(Nm21.5) epehimoralidade(Nm25.1-9;
ICo 10.8).Porisso, o autor adverte contrao engano do pecado,o qual resulta de umcorao endurecido e gera um afastamento
do Deus Vivo (Hb 3.12-13). Alembranado pecado de Israel tem uma aplicao
muito semelhante, porm, no sentido
espiritual. Assim como as portas de Ca-
na foram fechadas no passado, algunsprivilgios dos crentes tambm podem serperdidos no tempo presente.
Como vai a qualidade de sua vida crist? Como os
seus pensamentos, comportamentos, atitudes e
decises refletem os valores celestiais? De que ma-
neira seus relacionam entos em fam lia, na igreja, no
trabalho e na sociedade podem confirmar que voc
est caminhando bem em sua jornada?
O apstolo Paulo utilizou o erro dosisraelitas que peregrinaram no deserto
para advertir os crentes de Corinto(ICo 10.11-12). Paulo tambm escre
veu aos efsios: Rogo-vos, pois, eu, oprisioneiro no Senhor, que andeis de modo
digno da vocao a quefostes chamados"(E f 4.1). Continuemos firmes at o fim,
considerando os apelos insistentes de
Deus no presente!
III - A PALAVRA DE DEUSNO FUTURO: UMA
PROMESSA FIDEDIGNA
(Hb 4.1-13)
O terceiro e ltimo aspecto temporal
da palavra de Deus, que encoraja os
crentes a peregrinarem firmes at o fim
o futuro.A lembrana da Histria de
Israel no apenas implica aspectos em
relao ao presente, mas tambm em
relao ao futuro. Assim como haviaexpectativa para os hebreus que foramlibertos por Moiss do reino do fara, h
expectativa para os salvos que foram libertos em Cristo do reino das trevas e do
pecado. Em ambos os casos, essa expec
tativa est relacionada a uma "promessa
de descanso. Os leitores da carta solembrados que o futuro da gerao de
adultos que deixou o Egito foi frustrado(Nm 14.29-32), a fim de cuidarem
para que o seu futuro tambm no seja
frustrado.
A comparao entre a peregrinao no
deserto e a peregrinao crist no deveser encerrada com Moiss. Cana nopode ser vista como um smbolo do cu
ou de eternidade, pois, na Terra Prome
tida, Israel teve de enfrentar mpios ini
migos e lidar contra todo tipo de pecadoe abominao. Dessa forma, a conquista
de Cana com Josu tambm serve de
ilustrao para a jornada crist, pois aentrada na terra no correspondeu aum descanso (Hb 4.8). Ainda na poca
de Isaas e de Ezequiel, Deus prometeucumprir a promessa de descanso e re
pouso para Seu povo (Is 14.3; 32.18-19;
Ez 34.11-15). A promessa de descansopara Israel estava alm da posse de
uma terra fsica nos dias de Moiss ou
de Josu (Dt 3.18-20), inclua o estabelecimento de um relacionamentoreal e profundo entre Deus e Seu povo
(x 19.6; Jr 31.31-34).
27
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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Seguindo o paralelo feito pelo autor da
carta, a ideia de descanso para o crente
tambm vai alm do futuro, (aps a
morte ou pela vinda de Cristo), uma
vez que ao longo da carta o Senhor JesusCristo apresentado como superior
religio, tradio, ao ritual e aos media
dores. Certamente, quando cessarem as
nossas obras neste mundo, descansare
mos (v.3-5), mas existe algo mais para a
vida aqui, em termos de privilgios, pois
lemos: Ns,porm, que cremos, entramosno descanso"(Hb 4.3) e esforcemo-nos,
pois, por entrar naquele descanso, a fim
de que ningum caia, segundo o mesmo
exemplo de desobedincia (Hb 4.1l).
Segundo o texto, a finalidade do entrar
no descanso no cair em desobedin
cia. O descanso de Deus no correspon
de somente ao reino de Deus futuro,
mas tambm ao presente! Trata-se da
vida eterna que comea aqui nesta vida
terrena ( Jo 17.3) e se estende por toda
a eternidade. O descanso de Deus est
inserido na experincia da vida crist.
Nele, encontramos, dia a dia, at volta
de Cristo ou pelo nosso encontro com
Ele atravs de nossa morte, os recursos
divinos para desfrutarmos um relacio
namento real e profundo com Deus,
especialmente mediante a Sua Palavra.
O nosso futuro no est relacionado
apenas ao sentido escatolgico, pois o
dia de amanh faz parte de cada etapa
do futuro terreno. Deus promete um
recurso fidedigno para mantermos
uma vida de obedincia hoje, amanh,
na prxima semana, ms ou ano: a Sua
Palavra " viva, e eficaz, e mais cortante do
qualquer espada de dois gumes, e penetra
at ao ponto de dividir alma e esprito,
juntas e medulas, e apta para discernir
os pensamentosepropsitos do corao(Hb 4.12).
A felicidade do crente j comea aqui
nesta vida, apesar das dificuldades; a
vida bem-aventurada uma realidade
incondicional para o crente em Cristo
(Mt 5.3-11). Ser discpulo de Cristo implica desfrutar de alvio, leveza e descanso
(Mt 11.28-30). Viver no Esprito resulta
numa vida controlada por Deus (Ef5.18)
e em frutos produzidos por Ele mesmo
(Gl 5.22-23). O crente no mais escravo
do pecado (Rm 6.14), porm, quando
escorrega, encontra em Cristo perdo
e purificao ( l jo 1.5-2.2). Deus no
permite que Seus filhos sejam tentados
alm do que possam resistir (1 Co 10.13).
Certamente, todas essas bnos decor
rem da vida em Cristo.
Voc tem desfrutado desses privilgios da salvao
ou tem andado cansado, numa vida exausta de
religiosidade?
CONCLUSO
Assim como os crentes do primeiro s
culo foram pressionados a voltar a uma
vida baseada no judasmo, os crentes de
hoje tambm so pressionados a viver
uma vida crist baseada e motivada
por um ativismo religioso mecnico.
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CRISTO: O GRANDESUMO SACERDOTE I *
INTRODUO
Em Levtico a lei exigia que o sumo sacerdote fosse
sem defeito fsico (Lv 21.16-24). O cristo tem o
grande sumo sacerdote. Algum que grande por
Si mesmo. Maior que Aro e todos os outros sacerdotes. Sua grandeza observada no fato de que
Ele penetrou os cus (Hb 4.14 cf. 7.26 e 9.24).
fato que o homem precisa de ajuda para chegar
a Deus. Jesus, o Filho de Deus, o nosso grande
sumo sacerdote, que foi para o cu a fim de nos ajudar; portanto, no devemos deixar nunca de confiar Nele. Por isso, o escritor retoma este tema de
grande relevncia - o ministrio de Cristo comonosso intercessor. Entretanto, para chegar atEle - necessrio chegar com f, pela orao, na
esperana de encontrar proviso divina suficiente;
pois numa atitude de bondade para conosco queEle nos convida (Hb 4.16; Mt 11.28-30).
luz do que Hebreus revela, destacaremos quatroafirmaes a respeito de Jesus, o Filho de Deus,como nosso grande sumo sacerdote.
Pr .Va nde r l i A lves N e to
Texto bsico
Hebreus 4.14-5.10
Texto devodonal
Lucas 22.39-46
Verscufo-chave
"Acheguemos-nos, portanto, confiada-mente, junto ao trono da graa, a fimde recebermos misericrdia e acharmos
graa para socorro em ocasio oportu
na" {hb 4.16).
I - O SACERDOTE VITOR IOSO(Hb 4.14)
A expresso penetrou os cus d uma ideia deatravessar, passar por, indica que Ele atravessou
os cus e ainda est l e intercede por ns, comomuito bem afirmou Paulo: Foi ele quem morreu por
ns e voltou vida por nossa causa, e agora est sentado
no lugar de maior honra junto a Deus, rogando por nsl no cu"(Rm 8.34 BV). Para ser sacerdote vitorioso,Jesus preencheu condies necessrias.
------------------------------------------------------------------------- 2 9 -----------
Alvo da lio
Voc ver, claramente, que Jesus, oFilho de Deus, o nosso grande supremo sacerdote, que preencheu todasas exigncias de Deus e "tornou-se o
Autor da salvao eterna para todos os
que lhe obedecem"{Hb 5.9).
Leia a Bblia diariamente
SEG Gl 1.1-9TER Rm 6.1-11QUA Cl 3.1-4Qf Hb 9.11-22SEX Lv 16.1-14SB Lv 21.16-24DOM Ef 1.15-23
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1. Ele grande
"Tendo, pois, a Jesus, o Filho de
Deus, como grande
sumo sacerdote."(Hebreus 4.14)
O que O destaca como superior a
outros sacerdotes (Hb 9.24-25). O
escritor pensa primeiramente na supe
rioridade ordem aarnica do sacer
dcio. Essa grandeza se estende nosomente ao Seu carter como tambm
Sua obra.
2. Ele humano
"antes, foi ele tentado em todas as
coisas, nossa semelhana,mas sem pecado."
(Hebreus 4.15)
Ainda que no seja tarefa aqui defen
der as duas naturezas de Jesus (divina
e humana), importante saber que
o escritor as introduz para combinara humanidade e a divindade de Jesus
como as qualificaes perfeitas para
um sumo sacerdote que teria que ser
superior a todos os demais.
3. Ele divino
Outro sinal do grande sumo sacerdote evidenciado na designao "Jesus,
o Filho de Deus (Hb 4.14). A frase
significativa, unindo a natureza divina e
humana de Cristo como sumo sacerdo
te. Sendo Filho de Deus, Jesus digno
de confiana.
II - O SACERDOTECOMPASSIVO
(Hb 4.15-5.4)
A Bblia um livro cheio de convites
importantes. Ela nos convida a uma
vida de: orao e santidade, amor e
obedincia, fidelidade e compromisso.
Agora somos convidados a entrar ou
sadamente no trono do prprio Deus,
para l permanecer em orao e santida
de, pois no Seu trono que recebemos
misericrdia para cobrir os pecados de
outrora, e tambm achamos graa para
nos ajudar em tempos de necessidade
(Hb 4.15-16).
Neste trecho da palavra de Deus
(Hb 4.15-5.4), o escritor mostra queo sacerdote judaico precisava ter pelo
menos trs qualificaes:
1. Ser chamado por Deus(Hb 5.4)
Ningum pode ser sumo sacerdote s
porque deseja ser. Ningum, pois, tomaesta honra para si mesmo".Tem de ser
chamado por Deus para exercer esse
ofcio (Hb 5.1).
2. Ser compassivo(Hb 5.2)
O sumo sacerdote, sendo homem etendo as fraquezas dos homens e cons
cincia das suas prprias necessidades,
est sujeito aos seus prprios erros e,
como todos os homens, deve prestar
contas a Deus. Com isso tem compai
xo pelos fracos.
30
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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3. Ter conscincia de seusprprios pecados(Hb 5.2-3)
Como representante do povo perante
Deus, ele tinha que oferecer sacrifcios,tanto pelos pecados do povo como pe
los seus prprios pecados (Lv 16.1-24).
Jesus, apesar de ser supremo sacerdote,
experimentou todo tipo de tentao.
Ele sabe exatamente o que sentimos.
Por isso, somos sustentados pela Sua
compaixo (Hb 4.15). Mas Ele foi
superior a todos os demais sumos sa
cerdotes, pois no precisava oferecer
sacrifcios por pecados, j que no
cometeu nenhum (Hb 5.5 e 10).
ui - o sacerdoYesubm i sso(Hb 5.7-8)
O autor de Hebreus volta sua ateno
ao lugar onde Jesus experimentou os
momentos de maior agonia e crise em
Sua vida terrena (L c 22.39-46). Ainda
que Cristo no tenha buscado o ofcio
de sumo sacerdote, submeteu-Se
nomeao divina (Hb 5.10). Como
diz o verso 6 do captulo 5: Tu s
sacerdote para sempre, segundo a ordem
de Melquisedeque.
1. Sua dependncia de Deus(Hb 5.7)
Nesse ponto, como em Lucas 22.39-
46, a triste realidade dos esforos e
sofrimentos experimentados por Jesus
so expostos. Eles nos levam a duas
exclamaes reflexveis. Quo inten
samente Ele participou do drama da
humanidade! Quo reais e profundas
foram as experincias de sofrimento
de Jesus!
Se houve uma ocasio em quejesus foi
rodeado de fraquezas (v.2), isso se deu
no Getsmani. Esta parece ser a ligao
e explicao do motivo pelo qual o
autor faz um retrospecto de Jesus nos
dias de sua carne'.Como era intenso o
Seu sofrimento, quo urgentes as Suas
peties, como Ele dependia do Pai.
Ele orou 'com forte clamor e lgrimas
( Comentrio Bblico Vida Crist, Neil
R. Lightfoot).
2. Sua reverncia a Deus(Hb 5.7)
A expresso "por causa da sua piedade,
usada pelo autor, precisa ser esclarecida.
O termo piedade, no Novo Testamen
to, parece sempre indicar temor de
Deus) reverncia. Lightfoot comenta
a expresso por causa de sua piedade,
dizendo que a ideia que Jesus orou
apoiado em Sua grande reverncia e
submisso a Deus. Ele no quis opor--se vontade de Deus ou persuadi-Lo.
Ele orou com a segurana de quem
deixa tudo segundo a vontade de Deus
(Lc 22.42).
Mas em que sentido, portanto, Jesus
foi ouvido? A resposta naturalmentedeve ser: na Sua perfeita aceitao da
vontade divina (Mc 14.36).
3. Sua obedincia a Deus(Hb 5.8)
H certos paralelos aqui com Filipenses
2.5-11, em que Paulo tambm ressalta a31
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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obedincia de Cristo na forma de servo.
Nessas duas passagens, o servo sofredor
de Isaas 53 pode estar presente. Sendo
assim, podemos compreender que Deus
ouviu as oraes de Jesus, por causa deSeu intenso desejo de obedecer a Deus
em todos os momentos de Sua vida.
E embora sendo Filho>aprendeu a obe-
dincia pelas coisas que sofreu"(Hb 5.8).
"A si mesmo se humilhou, tornandose
obediente at morte e morte de cruz
(Fp 2.8).
Na condio de filhos de Deus, quais tm sido as
nossas experincias de submisso, no que diz res
peito dependnc ia,reverncia e obedincia a Deus?
IV - O SACERDOTE EFETIVO(Hb 5.9-10)
Donald Guthrie, em seu comentario,
faz algumas afirmaes dignas de nota:
1. H um vnculo estreito entrea perfeio e o sofrimento
Atravs de um caminho de sofrimento,
consegue-se a perfeio. No presente
caso, a obedincia que est especial
mente ligada perfeio. Olhe nova
mente Filipenses 2.8-9.
2. A perfeio de Cristo vista
como a base da nossa salvao
De fato: "Tornouse o Autor da Sal-
vao eterna (Hb 5.9). Como ob
serva Guthrie: o tornarse refere-se
efetivao da salvao e, por este
motivo, expresso com um tempo
passad o. H istoricam ente, parece
referir-se quele momento no tempo
quando Jesus assumiu o ofcio de sa
cerdote. Ele foi escolhido por Deus
para ser o nosso supremo sacerdote(Hb 5.10).
3. Uma salvao que no
venha atravs de Jesus no
verdadeira
Para o escritor aos Hebreus, h signi-
ficncia especial na ideia das coisaseternas. Ele fala da salvao eterna
(Hb 5.9); do juzo eterno (Hb 6.2);
da eterna redeno (Hb 9.12); do
Esprito eterno (Hb 9.14); da eterna
herana (Hb 9.15); da eterna aliana
(Hb 13.20). Para ele, no pode haver
dvida de que s h um Salvador, Cristo
Jesus (jo 14.6).
Jesus, apesar de ser Deus, submeteu-
-Se a profundos sofrimentos. Viven-
ciou o que o ser humano sente e,
assim, temos que o Salvador compre
ende perfeitamente as nossas dores.
Je su s , portanto, o Autor da salvao
dos homens, porque Ele assim Se
fez, provando a morte por todos
ns
(Rm 5.12-15; Hb 2.9). Somos san
tificados a Deus, porque Jesus ofe
receu o Seu corpo em sacrifcio(Hb 10.10).
Fica bem claro que h uma condio para aqueles
que desejam valer-se dessa salvao: a obedincia
(Hb 5.9). Nesse sentido, a salvao envolve uma
aceitao completa da vontade divina.
32
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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CONCLUSO
Podemos concluir comparando as de
claraes do autor feitas em Hebreus
4.14-16 com aquelas em 10.19-22 que
dizem que, tendo em vista a obra do
nosso sumo sacerdote, agora temos con
fiana para entrar no Santo dos Santos.
Em Jesus, temos livre acesso presena
de Deus. ''Acheguemonos, portanto,
confiadatnente, junto ao trono da graa, a
fim de recebermos misericrdia e acharmos
graa para socorro em ocasio oportuna
(Hb 4.16). Tendo, pois, irmos, intrepi-
dez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho
que ele nos consagrou pelo vu, isto ,pela
sua carne, e tendo grande sacerdote sobre
a casa de Deus, aproximemonos com
sincero corao, em plena certeza de f
(Hb 10.19-22).
33
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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BPROBLEMASPASTORAIS
Pr. John D. Barnett
Texto bsico
Hebreus 5.11-6.8
Texto devocional
Colossenses 3.12-17
INTRODUO
O autor desta carta vem demonstrando preocu
pao pelo bem-estar espiritual dos seus leitores.
Corporalmente, ele est longe da igreja e tem
grande desejo de visit-la (Hb 13.23), mas, espi
ritualmente, est bem perto. Nesta seo, temosum parntesis, no qual o autor oferece orientao
pastoral. Em Hebreus 5.10, o autor havia falado so
bre a ordem de Melquisedeque, mas logo percebe
que provavelmente os seus leitores no tenham
capacidade espiritual para compreender esse ali-
mento slidode ensino profundo da Palavra. Por
isso faz uma digresso para discutir trs problemasespirituaisque se achavam presentes na vida dos
leitores originais. Ao estudarmos esses problemas,
vamos perceber que so problemas muito comuns
hoje em nossas igrejas.
Versculo-chave
"O alimento slido para os adultos,
para aqueles que, pela prtica, tm assuas faculdades exercitadas para discer-nir no somente o bem, mas tambm omal"(Hb 5.14).
Alvo da lio
Voc compreender a importnciade um estudo profundo e dirio dapalavra de Deus para que se tornemaduro, espiritualmente, evitandoqualquer perigo de apostasia.
Leia a Bblia diariamente
SEG Hb5.11-14TER Hb 6.1-8QUA 1Pe2.1-3QUI 2Pe 2.17-22SEX Jo 10.27-30SB Rm 8.31-39DOM SI 119.97-105
I - O PROBLEMA DA IGNORNCIA(Hb 5.11-14)
1. Ignorncia vem da preguia(Hb s.i 1)
"Tardios em ouvir".Como que o autor pode en
sinar sobre a doutrina profunda do sacerdcio de
Cristo, quando seus leitores j perderam o apetite
pela palavra de Deus? Em vez de estudar com as
siduidade a s doutrina e aplic-la vida prtica,
aqueles crentes se tornaram "tardios em ouvir.
Descreve crentes que tm atitude de indiferena
em relao ao estudo criterioso e minucioso da
palavra de Deus - e sua relevncia na vida diria.
34
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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2. Ignorncia leva ineficincia(Hb 5.12)
Em vez de progredirem na vida crist,
os crentes tinham se tornado espiritu
almente lerdos e mentalmente preguiosos. No eram crentes novos, mas
deixaram de estudar com profundidade
a palavra de Deus. O resultado foi que
eles se tornaram nens espirituais
(pessoas infrutferas; alunos, quando
deviam ser professores; que precisam
voltar ao jardim da infncia!), em vez
de adultos, espiritualmente falando.
As palavras dos orculos de Deus so
usadas em outras partes do NT para
descrever o AT (At 7.38; Rm 3.2). Aqui,
no entanto, parecem significar o ensino
bsico do evangelho, porque so usadas
em conjunto com princpios elementa-
res",palavras comumente usadas para
descrever o abec de uma coisa. Leite
significa as verdades bsicas do evange
lho (cf. 6.1-2). O "alimento slido"que
o autor quer apresentar o sacerdcio
de Cristo (Bblia Vida Nova, p.262).
A fase do leite to essencial quanto
a fase do alimento slido, mas aquelesque nunca chegam a essa ltima etapa
esto tristemente deficientes (Guthrie,
p.127). Deilhes leite, e no alimento s-
lido, pois vocs no estavam em condies
de receblo"(lC o 3.2 NVI).
3. Ignorncia espiritual
resulta em negligncia(Hb 5.13-14)
Criana"literalmente, incapaz de falar,
nen, criancinha. Pelo fato que ainda
no conhecem o abec da f crist, eles
no tm condies de transmiti-la. No
compreenderam a palavra da justia
(doutrina) e, por isso, no podem dis
tinguir o bem do mal"(tica). Mas isso
no vem sem esforo. Suas faculdades
precisam ser treinadas ( exercitadas")
como numa aula de ginstica. O autor
est falando de crentes que devem assu
mir responsabilidades de adultos, masainda esto usando a mamadeira da f
crist. Quantos crentes, sem perceber,
so levados a um padro baixo de vida
crist porque do pouco valor ao estudo
sistemtico e dirio da Bblia.
Que grande desafio para ns: sermos crentes que
estudam diariamente,com assiduidade,a palavra de
Deus, no demo nstrando preguia nem negligncia!
II - O PROBLEMA DA
IMATURIDADE(Hb 6.1-3)
"Alimento slido para os adultos"
(Hb 5.14). Precisamos progredir para
a maturidade. Ignorncia leva imatu
ridade. Comeamos com os princpios
bsicos da doutrina de Cristo, que sode suma importncia para o incio da
vida crist, mas, uma vez que temos
esse alicerce, no h necessidade de re
petir o processo, lanando de novoum
outro fundamento. Ento, temos que
buscar o alimento slido. Quando o
autor diz "pondo de parte,no significadesprezar ou abandonar as doutrinas
elementares. O conhecimento dos
princpios bsicos a porta para o
progresso e o trampolim para a reali
zao. Seis aspectos do ensino cristo
so enumerados aqui. Pode ser que
este seja o contedo de um catecismo
para novos convertidos.
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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1. Arrependimentode obras mortas
A mensagem de arrependimento era
uma parte essencial do ensino de Joo
Batista, do Senhor Jesus e dos apstolos.Jesus iniciou Seu ministrio pregando
arrependimento (Mc 1.15).
No Apocalipse, quando o Senhor, atravs
de Joo, deu a ltima mensagem igreja,
chamou Seu povo ao arrependimento
(Ap 2.5,16,22; 3.3,19). Geralmenteno NT, h uma chamada ao arrependi
mento do pecado pessoal, mas aqui, por
causa do pano de fundo judaico, h uma
chamada para se arrepender de obras
mortas, da tentativa ftil do homem de
salvar a si mesmo.
2. F em DeusDeixar as obras mortas no sufi
ciente, um ato de abandono somente.
H que se tomar atitude. O aspecto
positivo de f deve ser enfatizado. Ar
rependimento de e f para com so
elementos inseparveis do evangelho.
3. BatismosNo grego, se refere a lavagens - s
vrias lavagens praticadas no judasmo.
H aqueles que pensam que o plural se
refere ao batismo na gua e ao batismo
no Esprito Santo. Mas parece que o
contexto de Hebreus favorece a ablu
es"(Hb 9.10) e a diferena entre elas
e o batismo cristo.
4. Imposio de mosNa prtica judaica, estava vincula
da transmisso de uma bno.
Na igreja, se tornou um rito em
relao ordenao ao ministrio
(cf. 1 Tm 4.14; 2Tm 1.6).
5. Ressurreio dos mortos
A morte no o fim; simplesmentedestaca a concluso da vida fsica que
temos de viver para Deus neste mundo.
Para os crentes, o melhor ainda h de
vir. A essncia do evangelho est em
ICorntios 15.3-4. Os pregadores no
NT nunca mencionam a morte de
Cristo sem incluir a Sua ressurreio(cf. At 23.6).
6. Juzo eternoRessurreio e juzo estavam sempre
ligados no ensino de Jesus e na doutrina
crist (Jo 5.26-29; At 17.31; Hb 9.27).
Esses so os princpios elementares da
f crist, e aqueles crentes tinham de
ter apetite por alimento mais slido - e
assim serem levados "para o que per-
feito(Hb 6.1).
I I I - O PROBLEMA DA
APOSTASIA(Hb 6.4-8)
Esta a passagem mais difcil da carta e
tem dado espao para muita polmica
atravs dos sculos. E bom lembrar que
o propsito das Escrituras no confun
dir a mente de ningum, e sim iluminar,
esclarecer (cf. SI 119.105; Jo 1.4; 8.12).
O problema principal se o escritor est
dando a entender que um cristo pode
cair to longe da graa a ponto de ser
culpado do pior delito possvel contra
o Filho de Deus. Se a resposta for sim,
36
7/26/2019 A Supremacia de Cristo
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como explicaremos aquelas outras passagens que enfatizam a segurana eterna
dos crentes (jo 10.28-29)?
bom notar que o autor muda de nspara aqueles. Parece que no so os lei
tores, mas um grupo hipottico. O autormostra como uma pessoa pode progredirna religio, mas no chegar a uma f total
na Pessoa e na Obra de Cristo. Os destinatrios da carta, sendo judeus, podiamter uma experincia de Deus sem ter uma
experincia verdadeiramente crist. Pormeio das festas judaicas, do tabernculo,dos sacrifcios, eles vivenciaram algum
tipo de experincia com Deus, mas no
a experincia salvfica. Deus Se revelou
de vrias maneiras, mas a revelao finalfoi atravs do Seu Filho (Hb 1.2).
H pessoas que demonstram ser cren
tes, fazem profisso de f, mas depois
caem totalmente. O autor mencionatrs caractersticas dessas pessoas.
1. Desprezaram
os dons de Deus(Hb 6.4-5)
a. Foram iluminados
No sentido de conhecimento comum de Deus, como judeus. No
AT, a palavra tem o significado
instrudo.
b. Provaram o dom celestial
"Provar" o verbo no grego usadono mercado, em que uma pessoa
pode provar um doce, sabore--lo sem comprar. Tais pessoas j
descobriram como o evangelho
maravilhoso, mas nao o aplicaram sua vida.
c. Se tornaram participantes
do Esprito Santo
Sentiram as bnos do Esprito.
Provavelmente o autor est falandodas experincias dos dons, opera
es e influncias do Esprito Santoque foram vivenciadas por todos os
judeus.
d. Provaram a boa palavra de Deus
Ouviram a palavra de Deus com
alegria, mas no a deixaram habitarno corao (Mt 13.20-22; Cl 3.16).
e. Provaram os poderes do mundo
vindouro
Os poderes so os milagres de Jesus,experimentados pelo povo judaico
- e aqueles que os testemunharam jprovaram os poderes do futuro (Alan
Richardson).
Para tais pessoas que tiveram tantas
oportunidades e caram, impossvelque se levantem, porque uma queda
final e sem remdio. A f temporria
murcha e morre, mas a f verdadeira doseleitos de Deus permanece para sempre.A impossibilidade est nos apstatas
que repudiaram a doutrina da graa.
2. Rejeitaram o Filho de Deus(Hb 6.6)
Trata-se dos que, publicamente, re
jeitaram Aquele que deu a vida para
redeno deles. De novo, Ele est sendo"desprezado e o mais rejeitado entre os
homens"(Is 53.3).37
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3. Perderam o direitoda bno de Deus(Hb 6.7-8)
O autor, ao usar uma parbola relacionada agricultura, est seguin
do o exemplo das Escrituras do AT
(D t29.18-28; Is 5.1-7).umaparbolade dois campos para mostrar dois tipos
de pessoas.
a. Os dois campospertencem ao mesmo dono
Deus o Dono (Criador) de todos.
b. Os dois campos
recebem o mesmo tratam ento
"a chuva que frequentemente cai"
sobre os dois campos.
c. Os dois tm que enfrentar
a hora do julgamento
A hora da ceifa.
d. Os dois produzem coisas
diferentes, e por isso
recebem julgamento
diferente:erva til"recebe bno divina; es-
pinhos e abrolhos"- so rejeitados;o fim deles ser queimado.
Essa pode ser a histria de dois irmos, criados no mesmo lar cristo,
com culto domstico, que recebemo mesmo tratamento, frequentam
a mesma igreja, ouvem as mesmas
mensagens, so ambos batizados,mas um aceita Cristo, e o outro, nofim, rejeita. Provavelmente esse tre
cho fala de pessoas que demonstram
todos os sinais de um crente verda
deiro, mas de fato nunca nasceram denovo pelo Esprito Santo. E a parbo
la do semeador (Mt 13.3-9,18-23) ea verdade de Mateus 7.21.
CONCLUSO
Esta uma lio difcil, mas no podemos fugir do seu desafio principal: a
necessidade de ser crentes, firmados noestudo constante da palavra de Deus,sabendo que quele que poderoso para
vos guardar de tropeos e para vos apre-
sentar com exultao, imaculados dianteda sua glria, ao nico Deus, nosso Salva-
dor, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso,
glria, majestade, imprio e soberania,antes de todas as eras, e agora, e por todos
os sculos. Amm (jd 24-25). E nsdizemos tambm Amm - assim seja!.
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UMA PALAVRA DE V"ENCORAJAMENTO
INTRODUO
Depois de algumas exortaes e advertncias
severas, o autor volta-se para o encorajamento, e
quase se apressa em assegurar aos leitores que eles
no chegaram situao extrema da qual ele falara
(Hb 6.4-8). As palavras: Qiianto a vs outros, to-davia, amados(v.9) marcam um forte contraste
no tocante aos supostos apstatas.
A desconfiana e o medo so sentimentos que por
vezes tomam conta de nossa mente e nos causam
muita insegurana e desnimo. Nesses momentos,
uma palavra de nimo sempre bem-vinda, como:No tenha medo!; Vai dar certo!; Confie em
Deus!; Tenha pacincia e espere em Deus que
no final tudo acabar bem! Por certo, j ouvimos
algumas dessas frases. Certamente a melhor pala
vra de encorajamento em momentos difceis ser
encontrada na Bblia. Nela podemos descansar
seguramente (SI 121.7-8; 125.1).
Somos encorajados, pela palavra de Deus, a perma
necer firmes em nosso trabalho e amor evidentes,
pelas razes a seguir.
I -DEUSJUSTO(Hb 6.9-11)
As palavras que se seguem marcam uma transio
sbita da seo anterior, na mudana de tom do
autor. Deus reconhece o fiel trabalho e a dedicao
dos crentes que realizaram servio para o Senhor
com muito amor. Este servio descrito pelo autor
da seguinte maneira. E um servio:
Pr.Vanderli Alves Neto
Texto bsico
Hebreus 6.9-20
Texto devocional
Salmo 121,1-8
Versculo-chave
Porque Deus no injusto para ficaresquecido do vosso trabalho e do amor
que evidenciastes para com o seu nome,pois servistes e ainda servis aos santos"(Hb 6.10).
Alvo da lio
Voc compreender que temos fortesrazes para descansarmos em Deus,pois Ele no mente. O que prometeu,cumprir!
Leia a Bblia diariamente
SEG Gn 12.1-9TE R J 42.1-17QUA S1125.1-5QUI Js 1.1-9SEX 1Co 15.50-58SB Tt 1.1-4DOM Tt 2.11-15
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1. DedicadoDeus no Se esquece do trabalho dedi
cado dos Seus filhos, pois no injusto.
Extramos algumas lies aqui.
a. Devem os ter plena conscincia
da justia de Deus, ou seja, plena
convico de que Deus no pode
ser injusto.
b. A palavra de Deus uma palavrade justia (Hb 5.13). O escritor diz
que a disciplina divina produz frutopacfico de justia (Hb 12.11).
C. Deus considera que os atos de
bondade praticados pelo Seu povo
e em favor deste so feitos para Ele
mesmo.
2. PrticoNo trabalho da igreja local, demons
tramos amor por Deus. A confiana
do autor nos seus leitores tem uma
base dupla:
a. seus atos de generosidade;
b. o carter do prprio Deus.
Eles tinham provado o seu amor por
Deus especialmente de maneira prtica,
servindo aos companheiros cristos
(lT s 1.3). O servio deles, como indi
ca a palavra no original, era de natureza
pessoal, tinham servido seus compa
nheiros partilhando de suas aflies( Comentrio Bblico Vida Crist, Neil
R. Lightfoot, p.151).
3. ConstanteO nosso desejo que cada um continue
mostrando cada vez mais empenho,
enquanto a vida durar. No estamos
fazendo um curso intensivo na escola
de Deus nem to pouco temos um
contrato de trabalho firmado com Ele.
Nosso trabalho para Deus, no entanto,
um trabalho de amor, espontneo econtnuo. S deve ser concludo com a
segunda vinda de Cristo (Fp 1.6).
4. Para Cristo" . . . do posso trabalho e do amor que
evidenciastes para com o seu nome
(Hb 6.10). Todo o nosso trabalho deve
ser para a glria de Deus (Cl 3.17,23-24).
Deus no vai Se esquecer da dedicao
e do empenho dos Seus servos em Sua
obra (2Tm 4.7-8 e Ap 3 .1 l).
"Portanto, meus amados irmos, sede fir-
mes, inabalveis e sempre abundantes na
obra do Senhor, sabendo que, no Senhor,
o vosso trabalho no vo(lCo 15.58).
I I - DEUS FIELS SUAS PROMESSAS
(Hb 6.11-15)
O que os leitores de Hebreus precisavam
era mostrar, com relao esperana, a
mesma diligncia que tinham demons
trado com o amor. A palavra que ele
emprega para desejamos,no incio do
versculo 11, sugere uma ansiedade intensa. Ele ama os seus leitores e deseja inten
samente v-los firmados nas promessas
divinas, apesar das lutas e perseguies
que alguns estavam experimentando.
Ao examinarmos mais de perto o tex
to, percebemos que, quando o autor40
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se refere s promessas, ele tem em
mente a possesso celestial, apesar de
Israel ter falhado (caps. 3 e 4). Isso
serve como um lembrete de que nem
todos os objetivos so concretizados
quando os nossos olhos esto pos
tos apenas nas coisas que so aqui
da terra e no nas que so l do alto
(Cl 3.1-3).
0 autor d o exemplo de Abrao, que
no foi- preguioso na prtica da f.Ele no podia ter filhos com sua es
posa Sara, mas continuou esperando
com pacincia (Hb 6.15; 11.8-10). O
propsito, nesse trecho, demonstrar
que as promessas de Deus so seguras
e inquebrveis. O cumprimento da
promessa feita a Abrao, sob o pontode vista humano, demorou. Ele tinha 75
anos de idade quando Deus o chamou
em Har. Mas a promessa s se cumpriu
25 anos depois, com o nascimento de
Isaque (Gn 21.1-3). Por isso, ainda
hoje, a vida de f de Abrao tem nos
deixado grandes ensinamentos. Aspromessas divinas nos:
1 o Sustentam nas horas difceis(Gn 22.1-6)
H momentos em que temos de tomar
decises, por mais difceis que elas
sejam (Gn 12.1-4).
2. Protegem nas haras
de provao(Gn 22.7-12)
Deus conhece a verdadeira inteno do
nosso corao; Ele sabe at que ponto
estamos dispostos a obedecer-Lhe
(Hb 11.8).
3. Garantem a recompensa final(Gn 22.13-19)
Abrao foi recompensado com a bn
o divina: "nela sero benditas todas as
naes da terra(Gn 22.18).