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A IGREJA ADVENTISTA DO 7º DIA E OS MOVIMENTOS DISSIDENTES Prof. Marcos Martins de Oliveira A IGREJA ADVENTISTA DO 7º DIA E OS MOVIMENTOS DISSIDENTES _____________________1 COMO SURGIU ESTE ESTUDO __________________________________________________________2 PROFETIZADO O SURGIMENTO ________________________________________________________2 PROFETIZADO NA BÍBLIA __________________________________________________________________2 PROFETIZADO NOS TESTEMUNHOS ________________________________________________________3 CARACTERÍSTICAS COMUNS _______________________________________________________________4 A TRINDADE __________________________________________________________________________6 A TRINDADE E EGW ________________________________________________________________________6 A TRINDADE E A BÍBLIA____________________________________________________________________9 APOSTASIA ALFA E ÔMEGA _______________________________________________________________10 DÍZIMOS ____________________________________________________________________________12 O DÍZIMO NA BÍBLIA ______________________________________________________________________12 O DÍZIMO NOS TESTEMUNHOS ____________________________________________________________13 POSTURA CORRETA NA ORAÇÃO ______________________________________________________15 NO VELHO TESTAMENTO _________________________________________________________________16 NO NOVO TESTAMENTO __________________________________________________________________17 A ORAÇÃO DE JOELHOS E A SENHORA WHITE _____________________________________________20 POSSO CONFIAR NA DIREÇÃO DA IASD ________________________________________________29 ENTRE EM CONTATO COM O AUTOR __________________________________________________31

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A IGREJA ADVENTISTA DO 7º DIA E OS MOVIMENTOS DISSIDENTES

Prof. Marcos Martins de Oliveira

A IGREJA ADVENTISTA DO 7º DIA E OS MOVIMENTOS DISSIDENTES _____________________ 1

COMO SURGIU ESTE ESTUDO __________________________________________________________ 2

PROFETIZADO O SURGIMENTO ________________________________________________________ 2

PROFETIZADO NA BÍBLIA __________________________________________________________________ 2

PROFETIZADO NOS TESTEMUNHOS ________________________________________________________ 3

CARACTERÍSTICAS COMUNS _______________________________________________________________ 4

A TRINDADE __________________________________________________________________________ 6

A TRINDADE E EGW ________________________________________________________________________ 6

A TRINDADE E A BÍBLIA ____________________________________________________________________ 9

APOSTASIA ALFA E ÔMEGA _______________________________________________________________ 10

DÍZIMOS ____________________________________________________________________________ 12

O DÍZIMO NA BÍBLIA ______________________________________________________________________ 12

O DÍZIMO NOS TESTEMUNHOS ____________________________________________________________ 13

POSTURA CORRETA NA ORAÇÃO ______________________________________________________ 15

NO VELHO TESTAMENTO _________________________________________________________________ 16

NO NOVO TESTAMENTO __________________________________________________________________ 17

A ORAÇÃO DE JOELHOS E A SENHORA WHITE _____________________________________________ 20

POSSO CONFIAR NA DIREÇÃO DA IASD ________________________________________________ 29

ENTRE EM CONTATO COM O AUTOR __________________________________________________ 31

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COMO SURGIU ESTE ESTUDO Comecei a estudar sobre este tema, depois de ter participado de uma reunião na IASD de Vila Velha - ES, convocada pela AES. Estavam presentes anciões da região da Grande Vitória, além é claro, de vários pastores. Neste ano de 2003, participava como ancião da IASD de Ataíde e como Regional JA do distrito do Ibes (Vila Velha – ES). Nesta reunião, foi comunicado a todos os presentes o voto da mesa administrativa da AES que dissolvia o grupo de SOTECO.

Naquele dia, tive contato com alguns irmãos envolvidos no caso de SOTECO e pude perceber que a atitude deles, naquela reunião, não era o que se podia chamar de CRISTÃ. Todos que não concordavam com suas idéias eram chamados de marionetes e desconhecedores das Escrituras Sagradas e do Espírito de Profecia.

Depois daquele dia, passei a acessar o site ADVENTISTAS.COM, quase que diariamente, e a acompanhar a história de alguns membros que estavam envolvidos neste movimento. Estudei quase todos os materiais disponíveis naquele site sobre a APOSTASIA DA IASD, TRINDADE, DÍZIMO e POSTURA FÍSICA CORRETA NA ORAÇÃO. Queria entender a lógica que estava por trás destes movimentos dissidentes espalhados por aí e que já estão fazendo morada aqui na Grande Vitória.

Depois de ter estudado todo este material, comecei a estudar a Bíblia e o Espírito de Profecia em busca de respostas para as acusações que eles faziam sobre a IASD e entender porque esses movimentos existem hoje. Este texto que está agora em suas mãos é o resultado deste estudo. Gostaria de deixar bem claro, que depois deste estudo confirmei minha certeza que faço parte do Remanescente Fiel de Apocalipse 12 e que preciso ajudar as pessoas perto de mim para que elas não sigam os ensinamentos destes “falsos profetas”.

PROFETIZADO O SURGIMENTO Quando estudamos a história da nossa igreja podemos perceber que sempre surgiram movimentos dentro dela e que se colocaram contrários a algumas doutrinas. Dentre esses movimentos os mais conhecidos foram os que formaram a IASD – Movimento de Reforma, Igreja Adventista da Promessa e os chamados Movimentos Leigos, atualmente. Todos eles diziam estarem baseados na Bíblia e no Espírito de Profecia e pretendiam não fundar uma nova igreja, mas sim reformar a IASD.

Graças a Deus que a própria Bíblia e o Espírito de Profecia tinham profetizado esses movimentos e já tinham alertado que eles iriam mistura a verdade com o erro.

PROFETIZADO NA BÍBLIA

O próprio Jesus Cristo, no sermão profético de Mateus 24, já tinha profetizado que no final dos tempos, dentro da igreja, surgiram pessoas que abandonariam a fé e que surgiriam muitos falsos profetas e que conseguiriam enganar muita gente.

Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. Então muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente. A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará; mas quem ficar firme até o fim será salvo. E a boa notícia sobre o Reino será anunciada no mundo inteiro como testemunho para toda a humanidade. Então virá o fim.

(Mateus 24:10-14)

O apóstolo Paulo também profetizou que chegariam tempos onde às pessoas buscariam teorias para agradar seu próprio coração e que essas teorias seriam contrárias às doutrinas da igreja instituída por Deus.

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Pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência. Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para darem atenção às lendas. Mas você, seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus.

(II Timóteo 4:2-5)

PROFETIZADO NOS TESTEMUNHOS

Nos seus escritos, EGW fala de vários movimentos que teve de enfrentar durante sua vida e que tinha tido luz suficiente e definitiva sobre esses movimentos que surgiriam acusando e condenando a Igreja.

Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem.

Não duvido de vossa sinceridade e honestidade. Tenho escrito, em diversas ocasiões, longas cartas aos que estavam acusando a igreja dos adventistas do sétimo dia de ser Babilônia, de que não estavam lidando com a verdade.

... esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." "Eu não os enviei, e todavia eles correram."

(Mensagem Escolhidas – II, p. 63 e 64)

Surgirão continuamente coisas que causem desunião, afastem da verdade. Esse questionar, criticar, acusar, julgar a outros, não é prova da graça de Cristo no coração. Não produz unidade. Tal obra tem sido desenvolvida no passado por pessoas que professavam ter maravilhoso esclarecimento, quando se achavam afundadas no pecado. Heresia, desonestidade, e mentira reuniam-se todas nelas.

O tempo atual é de grande perigo para o povo de Deus. O Senhor está conduzindo um povo, não um indivíduo aqui e ali. Ele tem na Terra uma igreja que permanece na verdade; e quando vemos, não só homens, mas moças, clamando contra a igreja, receamo-nos delas. Sabemos que Deus não as enviou, e todavia elas correram, e todos quantos não aceitarem suas idéias errôneas são acusados de combater contra o Espírito do Senhor. Todas essas coisas estão nos planos de Satanás, mas a obra de Deus irá avante ao passo que haverá agora e sempre os que trabalhem diretamente contra a oração de Cristo. A obra progredirá, deixando-os muito atrás com suas satânicas invenções...

(Mensagem Escolhidas – II, p. 79)

Podemos perceber que as pessoas que se envolveram nesses movimentos são sinceras e devotas, por isso, devemos orar para que elas possam cair em si e vê seu erro de acusar e condenar a Igreja de Deus.

Esse engano foi-me revelado. Esse é um homem inteligente, falando de maneira aceitável, e abnegado e cheio de zelo e ardor, e tendo a aparência de consagração e devoção. Mas a palavra de Deus veio a mim: "Não os creiais, não os enviei!"

(Mensagem Escolhidas – II, p. 64)

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No início desses movimentos as pessoas envolvidas acreditavam nos Testemunhos, mas com o passar do tempo e por causa das críticas e acusações que fazem, e a tentativa de dizer que uma parte dos Testemunhos foi adulterada pela própria Igreja de Deus, eles tomam uma atitude final de só acreditar naquilo que está de acordo com as suas idéias.

Ele professava crer nos testemunhos. Pretendia que estes eram verdadeiros, e empregava-os da mesma maneira por que os tendes usado, para dar força e aparência de verdade a suas pretensões. Eu lhes disse que essa mensagem não era de Deus; mas estava enganando os incautos. Ele não se queria convencer.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 65)

Tomastes a história do profeta desobediente, segundo é apresentada no Antigo Testamento, e aplicastes à irmã White. Dizeis que ela é perfeitamente sincera, mas é o profeta enganado. Por essa razão os testemunhos do Espírito de Deus não podem ter efeito sobre vós. Manifestou o Senhor a vós ou a vossa filha, a vossa mulher ou a vossos filhos a desobediência da irmã White? Se ela tem andado contrariamente a Deus, mostrareis em quê? Meu dever é fazer positivas declarações de minha atitude; pois interpretais mal meu testemunho, vós o torceis de seu verdadeiro sentido, e introduzis meu nome quando julgais que ele reforçará qualquer coisa que tenhais a dizer. Mas quando os testemunhos não se harmonizam com as vossas teorias, sou escusada, porque sou a falsa profetisa! Há muitas maneiras de evadir-se à verdade.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 81)

CARACTERÍSTICAS COMUNS

Esses movimentos têm algumas características muito fortes e fáceis de identificar. Vejamos quais são:

1. Atacam os dirigentes da Igreja;

...Um, Garmire, defendeu e publicou uma mensagem quanto ao alto clamor do terceiro anjo; acusou a igreja de maneira semelhante àquela em que estais fazendo agora. Disse que os dirigentes da igreja todos haviam de cair por exaltação própria, e outra classe de homens humildes viria para a frente, a qual faria coisas maravilhosas. O homem tinha filhas que pretendiam ter visões.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 64)

Satanás tem tido êxito em fazer-vos pensar que sois escolhido por Deus para desempenhar parte especial como homem representativo em ligação com a terceira mensagem angélica, ao avançar ela com poder. Mas não vos achais reto para com Deus, e Ele não pode administrar o erro. Tirais o máximo partido dos erros dos homens em responsabilidade da igreja, e vos aproveitais das reprovações a eles feitas porque esses homens não se harmonizam convosco, ou não consideram correta a experiência religiosa que julgais superior à luz que Deus tem feito brilhar sobre a igreja. Quem vos colocou na cadeira de juiz, para condenar a outros? - Não Deus, mas vós mesmo.

As palavras que haveis proferido em condenação de vossos irmãos, não têm sido poucas. Parece ser vossa comida e bebida condenar. Vossa vida espiritual compõe-se daquilo de que a alimentais.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 84)

2. Querem que os membros ajam independentes de uma organização eclesiástica;

Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos

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para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 68 e 69)

3. Acusam e condenam a Organização Adventista e tentam destruir a doutrina de devolução de dízimos e ofertas como Deus o revelou através da Bíblia e do Espírito de Profecia;

Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhe determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus, e imaginam ter uma obra a fazer no sentido de advertir aqueles a quem Deus escolheu para levar avante Sua mensagem de verdade.

(Testemunhos para Ministros, p. 53)

4. Apresentam uma “nova” teoria ou são enganados em uma teoria que já apareceu antes e através dela acusam a Igreja de abandonar os marcos antigos e de apostatar da fé;

Na história e na profecia a Palavra de Deus descreve o longo e continuado conflito entre a verdade e o erro. Esse conflito se acha ainda em processo. As coisas que foram, repetir-se-ão. Velhas controvérsias serão reavivadas, e novas teorias estarão continuamente a surgir. O povo de Deus, porém, que em sua crença e cumprimento de profecia desempenhou uma parte na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, sabe onde se encontra. Possuem uma experiência que é mais preciosa que o ouro fino. Devem permanecer firmes como a rocha, retendo firmemente o princípio de sua confiança até o fim.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 109)

Como podemos observar, Deus, na sua sabedoria infinita, não nos deixou sem instruções a respeito desses movimentos que surgiriam antes da volta de Cristo. Cada filho seu pode com facilidade ver a verdade sobre esses movimentos. Deus nunca deixou sua igreja sem instrução. Deus nunca permitiria que a igreja passasse por um problema sem antes revelar isso na Bíblia ou no Espírito de Profecia.

Não baixa sobre a igreja nenhuma nuvem para a qual Deus não esteja preparado; nenhuma força oponente se tem erguido para opor-se à obra de Deus, que Ele não a haja previsto. Tudo tem ocorrido como Ele predisse por meio de Seus profetas.

Não tem deixado Sua igreja em trevas, abandonada, mas traçou em declarações proféticas o que havia de acontecer, e mediante Suas providências, agindo no lugar indicado na história do mundo, Ele executou aquilo que Seu Santo Espírito inspirara os profetas a predizerem. Todos os Seus desígnios se cumprirão e serão estabelecidos.

(Testemunhos para Ministros, p. 108)

Gostaria de estar fechando esta parte com mais uma advertência do Espírito de Profecia sobre aceitar “novas” teorias, principalmente, quando elas têm um caráter de acusar e destruir a Igreja de Deus.

Advirto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ser cuidadosa quanto à maneira por que recebeis toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar.

(Mensagens Escolhidas II, p. 69)

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Podemos perceber que o movimento que está surgindo na Grande Vitória não é novo, simplesmente é mais um movimento dissidente na história da IASD. Cuidado com ele! Como não queremos que fique nenhuma dúvida sobre o assunto, recomendamos a leitura dos escritos na sua íntegra, por isso, abaixo consta uma relação de testemunhos para estudo adicional:

Mensagens Escolhidas – II

• As Credenciais Divinas – p. 63-71;

• Enfrentar as Pretensões de Falsos Profetas – p. 72-79;

• Sinais Distintivos do Ensino Errôneo – p. 80-84;

• Os Três Anjos e o Outro Anjo – p. 101-118

Mensagens Escolhidas – III

• O Que é a Igreja? – p. 15-19;

• Unidade na Igreja – p. 20-22;

• Ação Independente – p. 23-26;

Testemunhos para Ministros

• A Igreja, A Propriedade de Deus – p. 19-23;

• A Igreja Remanescente não é Babilônia – p. 32-62;

• As Ciladas de Satanás – p. 472-476;

A TRINDADE Uma doutrina atacada por esses movimentos é a doutrina da Trindade. Dizem eles que EGW não acreditava na Trindade e que a Igreja adulterou seus escritos para que pudesse mudar o nosso conjunto de doutrinas e acrescentar essa “heresia” a elas.

Esses movimentos fazem uma mistura de adventismo com Jeovismo, ou seja, pegam algumas doutrinas nossas e misturam com algumas doutrinas das Testemunhas de Jeová. Na concepção deles, existe apenas um Deus, identificado como Pai e o seu Filho, Jesus Cristo, que não é da mesma essência do Pai, Ele (Jesus) é um “deus” menor e o Espírito Santo, eles ainda não definiram, de acordo com os escritos dos líderes desses movimentos, o Espírito Santo, às vezes, é (1) uma força usada pelo Pai, ou seja, o espírito do Pai (2) ou uma força usada pelo Filho, ou seja, o espírito do Filho (3) ou o ministério dos anjos ou é ainda (4) o próprio anjo Gabriel.

A TRINDADE E EGW

Como o objetivo do nosso estudo é ir direto ao ponto, vamos começar tentando responder a seguinte pergunta: Será mesmo que EGW pensava como esses movimentos estão dizendo?

Gostaria de pedir que, por favor, leia com calma e atenção, pois para EGW, o Espírito Santo e os anjos são seres distintos e separados. Nunca permita ser enganado neste ponto.

Quando Cristo ascendeu ao Pai, não deixou os Seus seguidores sem auxílio. O Espírito Santo, como Seu representante, e os anjos celestiais, como espíritos ministradores, são enviados para ajudar os que, contra forças superiores, militam a boa milícia da fé.

(Mensagens aos Jovens, 17)

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Agora, preste atenção no que EGW diz sobre a trindade e o batismo.

O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. Special Testimonies, Série B, Nº 7, págs. 62 e 63.(1905)

(Evangelismo, p. 615)

Perceba que o texto diz que “em nome destes três grandes poderes - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - os que recebem a Cristo... são batizados”, isso se harmoniza com a Bíblia em Mateus 28:19 e 20 que diz: “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês”.

Vejamos agora outras passagens interessantes sobre a Trindade, que se encontram no livro Evangelismo páginas 616 e 617.

(1) Os eternos dignitários celestes - Deus, Cristo e o Espírito Santo - munindo-os [aos discípulos] de energia sobre-humana... Avançariam com eles para a obra e convenceriam o mundo do pecado. Manuscrito 145, 1901.

(2) Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos. Manuscrito 66, 1899.

(3) O Espírito Santo é uma pessoa, pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. Uma vez dado esse testemunho, traz consigo mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos certos de que somos filhos de Deus...

O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. "Por que qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus." I Cor. 2:11. Manuscrito 20, 1906.

(4) O príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Special Testimonies, Série A, nº 10, pág. 37.(1897)

(5) Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais altos no Céu - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - e esses poderes atuarão por nosso intermédio, fazendo-nos coobreiros de Deus. Special Testimonies, Série B, nº 7, pág. 51.

Como você pode perceber as passagens são muito claras, mas mesmo assim, as pessoas que se envolvem nesses movimentos não querendo dar a razão para essa verdade dizem que o livro Evangelismo, por ser compilado após a morte de EGW foi adulterado para provar a existência de uma Trindade. Só que eles deveriam lembrar que compilar é juntar textos de outros impressos, já revisados e autorizados pelo autor para a impressão em um formato que ajude mais os leitores. Veja de novo os textos do livro Evangelismo e note a fonte e o ano da escrita e perceba que todos foram escritos antes da morte de EGW (1915). As fontes das páginas 616 e 617, do livro Evangelismo, estão abaixo:

(1) Manuscrito 145, 1901.

(2) Manuscrito 66, 1899.

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(3) Manuscrito 20, 1906.

(4) Special Testimonies, Série A, nº 10, pág. 37.(1897)

(5) Special Testimonies, Série B, nº 7, pág. 51.

Graças a Deus, Ele providenciou um meio seguro de sabermos se os textos que temos hoje são os mesmos que saíram da pena inspirada de EGW. Todos os originais, os escritos à mão e os datilografados para a impressão, estão disponíveis a qualquer um que queria ver.

Ao lado está o original do Manuscrito 20 (1906), utilizado no livro Evangelismo, páginas

616 e 617. Retirado do site http://www.whiteestate.org/vault/diary.asp

Este é o site oficial do Centro White de Pesquisa (em inglês).

Se você quiser ter em casa cópia dos manuscritos originais é só entrar em contato com um Centro White de Pesquisa e pedir.

Para finalizar esta parte gostaria ainda de mostra mais dois textos de EGW, que não são do livro Evangelismo.

Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Trindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder.

(Desejado de Todas as Nações, p. 671)

Site oficial do Centro White de Pesquisa, aqui no Brasil

www.centrowhite.org.br

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O mal se vinha acumulando por séculos e só poderia ser restringido e resistido pelo eficaz poder do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, que viria com não modificada energia, mas na plenitude do poder divino.

(Testemunhos para Ministros, 392)

A TRINDADE E A BÍBLIA

Muitos dizem que a Bíblia não mostra a doutrina da trindade. Será que isso é verdade? Será que a Bíblia se omite sobre este tema. Vejamos o que a Bíblia diz sobre isso.

1. O próprio Deus se apresenta como sendo mais de uma pessoa.

• Gênesis 1:26 – “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”;

• Gênesis 3:22 – “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal...”;

• Gênesis 11:7 – “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua...”;

• Isaías 6:8 – “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”;

2. A Bíblia sempre mostra a trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) em operação. Vejamos alguns textos:

• II Coríntios 13:13 – “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós”;

• Isaías 48:16 – “Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez eu estava ali, e agora o Senhor DEUS me enviou a mim (Jesus), e o seu Espírito”;

• Mateus 3:16-17; Lucas 3:22 – “E o Espírito Santo desceu sobre Ele (Jesus) em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do Céu, que dizia: Tu és o Meu filho amado, em Ti Me comprazo”;

• Atos 7:55-56 – “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no Céu, viu a glória de Deus, e Jesus que estava à direita de Deus. E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus”;

• I Pedro 1:2 – “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo...”;

• Romanos 15:30 – “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”;

• I Coríntios 12:4-6 – “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em nós”;

• Judas 20-21 – “Mas vós, amados, edificando a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo. Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus. Esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna”;

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• Efésios 5:18-20 – “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito... dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”;

• João 14:16 – “E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”;

• João 15:26 – “Mas, quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, Aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, Ele testificará de Mim”.

Acho que os textos acima falam por si mesmos, não havendo necessidade de comentários. A pessoa que quer ouvir a voz de Deus deve permitir que o Espírito Santo faça a sua parte.

APOSTASIA ALFA E ÔMEGA

Como podemos perceber anteriormente tanto a Bíblia como os testemunhos de EGW mostram a verdade sobre a trindade. Mas, como já estudamos, esses movimentos distorcem a Bíblia e o Espírito de Profecia para comprovarem suas opiniões.

De acordo com esses movimentos, a IASD está passando pela apostasia ômega e que a liderança mundial se apostatou colocando doutrinas contrárias à Bíblia no seu conjunto de doutrinas. Para tentar provar isso, pegam os textos escritos por EGW sobre a “Apostasia Alfa e Ômega”. Mas, afinal de contas o que EGW escreveu sobre estas duas apostasias? Os textos que iremos estudar se encontram em Mensagens Escolhidas – I, capítulo 24 (O Alfa e o Ômega, p. 193-200) e capítulo 25 (Os Alicerces de Nossa Fé, p. 201-208).

Estou instruída a falar claramente. “Enfrentai-o” é a palavra que me é dirigida. “Enfrentai-o firmemente, e sem tardança”. Mas não deve ser enfrentado retirando nossas forças operantes do campo a fim de investigar doutrinas e pontos de divergência. Não temos tal investigação a fazer. No livro Living Temple acha-se apresentado o alfa de heresias letais. Seguir-se-á o ômega, e será recebido por aqueles que não estiverem dispostos a atender à advertência dada por Deus.

Nossos médicos, sobre quem repousam importantes responsabilidades, devem ter claro discernimento espiritual. Cumpre-lhes estar constantemente em guarda. Perigos por nós não discernidos agora hão de romper em breve sobre nós, e desejo grandemente que eles não sejam enganados. Experimento intenso anseio de vê-los livres no Senhor. Oro para que eles tenham coragem de permanecer firmes ao lado da verdade tal como é em Jesus, conservando inabalável o princípio de sua confiança até o fim. – Special Testemonies, Série B, nº 2, págs. 49 e 50.

(Mensagens Escolhidas I, p. 200)

O Autor do livro Living Temple, um livro de 568 páginas publicado em 1903, foi o Dr. J. H. Kellogg, uma pessoa muito importante para o crescimento da nossa obra médico-missionária. Durante vários anos foi diretor-médico do Sanatório de Batle Creek, o maior sanatório que a IASD tinha na época. Depois de vários anos servindo a Deus, foi enganado por Satanás e negou os testemunhos enviados por EGW. Foi ele, o responsável pela divulgação de idéias panteístas no seio da nossa obra médico-missionária, através deste livro, levando consigo vários membros e sendo uma desgraça para a obra médico-missionária.

Através de todo o livro citam-se passagens da Escritura. Essas passagens são apresentadas de modo a fazerem o erro parecer verdade. Teorias errôneas são apresentadas de maneira tão aprazível que, a menos que tomem cuidado, muitos se desviarão.

(Mensagens Escolhidas I, p. 196)

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Médico, tendes vós estado a fazer a obra do Mestre escutando fantasiosas interpretações espiritualistas das Escrituras, interpretações que minam os fundamentos de nossa fé, e ficando quietos? Diz Deus: “Nem Eu estarei mais convosco, a menos que desperteis, e reivindiqueis vosso Redentor”.

(Mensagens Escolhidas I, p. 196)

Não vos enganeis; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais assustadora.

(Mensagens Escolhidas I, p. 197)

Ele introduz aquilo que não passa de especulação acerca da personalidade de Deus e do lugar de Sua presença. Ninguém na Terra tem o direito de especular quanto a esta questão. Quanto mais se discutirem teorias fantasiosas, tanto menos os homens saberão de Deus e da verdade que santifica a alma.

(Mensagens Escolhidas I, p. 202)

O Dr. Kellogg através do livro Living Temple ataca principalmente a doutrina que fala sobre a presença e personalidade de Deus. Vejamos os textos abaixo:

Living Temple encerra o alfa dessas teorias. Eu sabia que o ômega seguiria dentro de pouco tempo; e tremi pelo nosso povo. Sabia eu que devia advertir nossos irmãos e irmãs a que não entrassem em controvérsia em relação a presença e personalidade de Deus.

As afirmações feitas em Living Temple acerca deste ponto são incorretas. São mal aplicadas as passagens usadas em apoio da doutrina ali exposta.

(Mensagens Escolhidas I, p. 203)

As teorias espiritualistas acerca da personalidade de Deus, levadas a sua conclusão lógica, derribam toda a ordem cristã.

(Mensagens Escolhidas I, p. 204)

Outro objetivo, que Satanás colocou no coração do Dr. Kellogg, era destruir a Organização que existia e implantar uma outra, que fosse de acordo com suas idéias e ambições.

O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistia em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra nestes últimos cinqüenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização.

(Mensagens Escolhidas I, p. 204)

Depois de ter estudado sobre a Apostasia Alfa, com alguns textos de EGW, gostaria de fazer algumas colocações:

1. Em nenhum momento a Senhora White diz que a Igreja, como organização, estaria em apostasia. A Apostasia Alfa, não foi a Igreja que se apostatou e mudou suas doutrinas, e sim apenas alguns membros que fizeram isso;

2. Podemos perceber que o movimento da Apostasia Alfa se encaixa nas características comuns, já estudadas nas páginas 4 a 6 deste material, dos movimentos dissidentes. Kellogg foi contra a

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liderança da Igreja da sua época, tentou pegar os recursos da obra para investir em suas próprias idéias, tentou mudar a Organização que existia, fazendo com que a obra médico-missionária fosse uma organização independente da IASD e surgiu com uma luz “nova”.

3. Gostaríamos de lembrar também que o ponto chave na Apostasia Alfa era “as teorias espiritualistas acerca da personalidade de Deus”. Atualmente, os movimentos dissidentes também fazem isso, só que de uma forma diferente. A Bíblia em Gênesis 2:7, diz: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Por favor, perceba que o homem é a formação do pó da terra mais o fôlego da vida. O homem é uma alma vivente, ele não tem uma alma, ou espírito dentro de si. E a Bíblia também, em Gênesis 1:27, diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou...”. Se o homem não é dividido em CORPO e ALMA (ESPÍRITO), Deus também não é dividido assim. Perceba que esses movimentos dissidentes, atualmente, dizem que só existe Deus Pai e que o Espírito Santo é só “uma força atuante de Deus”. Cuidado, para não ser enganado por eles. Essa teoria que o Deus Pai tem uma ALMA (Espírito Santo) que atua fora do corpo dele, é teoria ESPÍRITA, não adventista.

Depois dos estudos dos textos de EGW sobre a apostasia Alfa e Ômega, podemos chegar a seguinte conclusão: Esses movimentos dissidentes são a apostasia Ômega profetizado pela Senhora White.

DÍZIMOS Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhe determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus, e imaginam ter uma obra a fazer no sentido de advertir aqueles a quem Deus escolheu para levar avante Sua mensagem de verdade.

(Testemunhos para Ministros, p. 53)

Como já estudamos e podemos ver no texto acima, esses movimentos criados pelo Diabo tentam destruir a doutrina do Dízimo como revelado por Deus na Bíblia e no Espírito de Profecia.

O DÍZIMO NA BÍBLIA

A primeira vez que a Bíblia cita a palavra dízimo é em Gênesis 14:20, como uma referência à entrega do dízimo que Abraão fez a Melquisedeque. É bom lembrar que as leis de Deus só foram escritas no tempo de Moisés, mas que várias delas já existiam antes de Moisés, como é o caso do dízimo, da divisão entre animais puros e impuros, dos Dez Mandamentos, dentre muitas outras.

Porque Abraão obedeceu à minha palavra, e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.

(Gênesis 26:5)

Moisés foi o primeiro a escrever sobre a obrigação do dízimo (Levítico 27:30-34 e Números 18:21-32). Seu destino sempre foi o sustento dos sacerdotes e levitas, pois estes não tinham herança sobre a terra prometida, recebendo a tarefa de cuidar e zelar por tudo que era relacionado ao santuário.

A passagem mais forte sobre o dízimo está em Malaquias 3:6-12:

Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes;

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tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

Se estudarmos os textos de Moisés, iremos perceber uma uniformidade nos textos referentes à obrigatoriedade, destino e finalidade que era dada ao dízimo. Porém, no livro de Deuteronômio capítulos 12, 14:22-29 e 26:12-15, encontra-se uma referência que traz uma aparente "contradição" entre o que já havia sido declarado antes.

Vejamos os textos de Deuteronômio 14:22-29:

Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem.

Esses movimentos pegam esses textos e dizem que não devemos entregar o dízimo à casa do tesouro. Vejamos o que EGW diz sobre este assunto.

O DÍZIMO NOS TESTEMUNHOS

Primeiro vamos desmentir as afirmações que esses movimentos falam sobre EGW e confirmar que ela acreditava no que está escrito na Bíblia sobre o dízimo.

Na economia hebréia um décimo da receita do povo era separado para o custeio do culto público de Deus. Assim Moisés declarou a Israel: “Todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor.” “Tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, ... o dízimo será santo ao Senhor.” Lev. 27:30 e 32.

Mas o sistema dos dízimos não se originou com os hebreus. Desde os primitivos tempos o Senhor reivindicava como Seu o dízimo; e tal reivindicação era reconhecida e honrada. Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, sacerdote do altíssimo Deus. Gên. 14:20. Jacó, quando em Betel, exilado e errante, prometeu ao Senhor: “De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo.” Gên. 28:22. Quando os israelitas estavam prestes a estabelecer-se como nação, a lei dos dízimos foi confirmada, como um dos estatutos divinamente ordenados, da obediência ao qual dependia a sua prosperidade.

(Patriarcas e Profetas, p. 525)

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O dízimo era dedicado exclusivamente ao uso dos levitas, a tribo que fora separada para o serviço do santuário. Mas este não era de nenhuma maneira o limite das contribuições para os fins religiosos. O tabernáculo, bem como mais tarde o templo, foi construído inteiramente pelas ofertas voluntárias; e, a fim de prover para os necessários reparos e outras despesas, Moisés determinou que todas as vezes que o povo fosse recenseado, cada um deveria contribuir com meio siclo para “o serviço do tabernáculo”. No tempo de Neemias fazia-se anualmente uma contribuição para este fim. Êxo. 30:12-16; II Reis 12:4 e 5; II Crôn. 24:4-13; Nee. 10:32 e 33. De tempos em tempos eram trazidas a Deus ofertas pelo pecado e ofertas de gratidão. Estas eram apresentadas em grande número nas festas anuais. E fazia-se pelos pobres a mais liberal provisão.

(Patriarcas e Profetas, p. 526)

E sobre os textos do livro de Deuteronômio, ela diz:

A fim de promover a reunião do povo para serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro. Com relação ao primeiro dízimo, declarou o Senhor: “Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel.” Núm. 18:21. Mas em relação ao segundo Ele ordenou: “Perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o Seu nome, comereis os dízimos do teu grão, do teu mosto, e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias.” Deut. 14:23 e 29; Deut. 16:11-14. Este dízimo, ou o seu equivalente em dinheiro, deviam por dois anos trazer ao lugar em que estava estabelecido o santuário. Depois de apresentarem uma oferta de agradecimento a Deus, e uma especificada porção ao sacerdote, os ofertantes deviam fazer uso do que restava para uma festa religiosa, da qual deviam participar os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Assim, tomavam-se providências para as ações de graças e festas, nas solenidades anuais, e o povo era trazido à associação com os sacerdotes e levitas, para que pudesse receber instrução e animação no serviço de Deus.

Em cada terceiro ano, entretanto, este segundo dízimo devia ser usado em casa, hospedando os levitas e os pobres, conforme Moisés dissera: “Para que comam dentro das tuas portas, e se fartem.” Deut. 26:12. Este dízimo proveria um fundo para fins de caridade e hospitalidade.

(Patriarcas e Profetas, p. 530)

Acho desnecessário fazer qualquer comentário sobre os textos acima, eles são esclarecedores. Só recapitulando, o livro de Deuteronômio fala sobre o segundo dízimo que é destinado aos pobres e necessitados, bem como aos levitas e estrangeiros. Mas, como dizem alguns por aí, o dízimo é coisa do Velho Testamento. Será que a Senhora White pensava assim também?

“Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” Mat. 23:23. Nessas palavras Cristo torna a condenar o abuso das obrigações sagradas. Não põe de lado a própria obrigação. O sistema do dízimo foi ordenado por Deus, e havia sido observado desde os primitivos tempos. Abraão, o pai dos fiéis, deu dízimo de tudo quanto possuía. Os príncipes judaicos reconheciam a obrigação de dizimar, e isso era justo; mas não deixavam o povo manter suas próprias convicções do dever. Estabeleciam-se regras arbitrárias para todos os casos. As exigências se haviam tornado tão complicadas, que era impossível cumpri-las. Ninguém sabia quando havia satisfeito suas obrigações. Segundo fora dado por Deus, o sistema era justo e razoável; mas os sacerdotes e rabis o tinham transformado em carga enfadonha.

Tudo quanto Deus ordena, é de importância. Cristo reconhecia como dever o dar o dízimo; mas mostrou que isso não podia desculpar a negligência de outros deveres. Os fariseus eram muito exatos em dizimar ervas da horta, tais como hortelã, endro e cominho; isso pouco lhes custava, dando-lhes reputação de exatidão e santidade. Ao mesmo tempo

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suas inúteis restrições oprimiam o povo e destruíam o respeito pelo sagrado sistema designado por Deus. Ocupavam a mente dos homens com insignificantes distinções, e desviavam-lhes a atenção das verdades essenciais. Negligenciavam-se os assuntos de mais peso da lei, justiça, misericórdia e verdade. “Deveis, porém, fazer estas coisas”, disse Cristo, “e não omitir aquelas.” Mat. 23:23.

(Desejado de Todas as Nações, p. 616 e 617)

“De tudo quanto me deres”, disse Jacó, “certamente Te darei o dízimo.” Gên. 28:22. Deveremos nós, que desfrutamos a plena luz e os privilégios do evangelho, estar contentes com dar menos a Deus do que foi dado por aqueles que viveram na dispensação anterior, menos favorecida? Ao contrário, sendo que as bênçãos que fruímos são maiores, não se acham nossas obrigações aumentadas de modo correspondente? Mas quão pequena é a apreciação Quão vão é o esforço de medir pelas regras matemáticas o tempo, o dinheiro e o amor, em confronto com um amor tão imensurável e um dom de tal valor inconcebível! Dízimos para Cristo! Parco bocado, vergonhosa recompensa por aquilo que custou tanto! Da cruz do Calvário Cristo pede uma consagração sem reservas. Tudo que temos, tudo que somos, deve ser dedicado a Deus.

(Patriarcas e Profetas, p. 188)

Mais uma vez, caí por terra às mentiras pregadas por esses movimentos dissidentes.

POSTURA CORRETA NA ORAÇÃO Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que toda doutrina da IASD é fundamentada unicamente na Bíblia. O Espírito de Profecia foi dado para orientar, confortar e corrigir e não para servir de regra de fé e prática. Vejamos o que a própria Senhora White diz sobre o assunto.

Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto, do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. – A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, pág. 64 (1851). (Reimpresso em Primeiros Escritos, pág. 78)

(Mensagens Escolhidas - III, p. 29)

O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. – Carta 130, 1901.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 29)

Esclarecido que a Bíblia é a única regra de fé e prática para o cristão. Gostaríamos também de esclarecer que os textos da Senhora White são para serem lidos em casa, individualmente ou como família. Os textos dela NUNCA deveriam ser utilizados para comprovar uma doutrina ou regra de fé e prática na igreja ou como está sendo utilizado por alguns irmãos que, mesmo bem intencionados, estão utilizando o Espírito de Profecia de uma maneira errada e contrária à própria orientação da Senhora White.

No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um “Assim diz o Senhor” é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruído a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White. – Carta 11, 1894.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 29 e 30)

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Conscientes de como devem ser utilizados o Espírito de Profecia e a Bíblia, agora, vamos estudá-los para entender melhor este assunto.

NO VELHO TESTAMENTO

Não existe nenhuma passagem bíblica, nem no Novo e nem no Velho Testamento, que diga que você, quando estiver na igreja, só deve orar ajoelhado. A Bíblia, na realidade, não se preocupa em deixar uma POSIÇÃO FÍSICA CORRETA para chegarmos na presença de Deus. Perceba que estou falando de uma posição FÍSICA, não MORAL ou ESPIRITUAL.

No nosso estudo, vamos apenas nos preocupar em mostrar orações feitas dentro da igreja ou em momentos solenes de reunião do povo de Deus. Estudando a Bíblia fica claro que nesses momentos de culto as pessoas se colocavam em três posições para fazer suas orações: (1) prostrado com o rosto no chão, (2) ajoelhado e (3) em pé. As passagens que citaremos só mostram as orações feitas em pé, pois o ponto de controvérsia é esse.

1. I Samuel 1:9-13 – Ana orou em pé pedindo a Deus um filho, essa oração foi aceita e respondida.

Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava sentado, numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou muito, e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha.

Continuando ela a orar perante e Senhor, Eli observou a sua boca; porquanto Ana falava no seu coração; só se moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada...

2. I Reis 18:36-40 – Elias orou em pé e os israelitas quando viram o fogo, prostraram-se perante o Senhor.

Então inclinando-se reverente ante o invisível Deus, ele ergue as mãos para o céu, e oferece uma singela oração...

O povo sobre o monte prostra-se em reverência perante o Deus invisível...

(Profetas e Reis, p. 152 e 153)

Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa, Luiz Antonio Sacconi. São Paulo: Editora Atual, 1996. páginas 388 e 550.

• Inclinar – 1. Desviar da linha vertical ou reta. 2. Baixar, pendendo.

• Inclinação – 1. Ação ou efeito de inclinar. 3. Movimento de parte do corpo em sinal de reverência; mesura.

• Prostrar – 3. Lançar-se de bruços em sinal de reverência. 4. Humilhar-se. 5. Arquear-se; curvar-se.

3. II Crônicas 34:29-31 – Josias reuniu todos os líderes e, em pé, fez um pacto com o Senhor.

Então o rei mandou reunir todos os anciãos de Judá e de Jerusalém; e o rei subiu à casa do Senhor, com todos os homens de Judá, e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o menor até o maior; e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do pacto, que fora encontrado na casa do Senhor. E o rei pôs-se em pé em seu lugar, e fez um pacto perante o Senhor, de andar após o Senhor, e de guardar

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os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, a fim de cumprir as palavras do pacto, que estavam escritas naquele livro.

4. II Crônicas 30:27 – Os sacerdotes abençoaram o povo através de uma oração em pé.

Então os levitas sacerdotes se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até a santa habitação de Deus, até o céu.

5. II Crônicas 20:5, 6 e 13 – O rei Josafá e todo o Judá estava em pé quando oraram a Deus.

Em pé no recinto do templo perante seu povo, Josafá derramou sua alma em oração, pleiteando as promessas de Deus, com confissão da fragilidade de Israel. “Ah Senhor, Deus de nossos pais”, ele suplicava...

Com confiança podia Josafá dizer ao Senhor: “Nossos olhos estão postos em Ti.” Durante anos ele havia ensinado o povo a confiar nAquele que nos séculos passados tinha-Se interposto tantas vezes para salvar Seus escolhidos de completa destruição; e agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não estava sozinho; “todo o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos”. II Crôn. 20:13. Unidos jejuaram e oraram; unidos pleitearam com o Senhor para que pusesse seus inimigos em confusão, a fim de que o nome de Jeová fosse glorificado.

(Profetas e Reis, p. 199 e 200)

6. Neemias 9:1-4 – O povo de Israel, em pé, confessou o seu pecado a Deus. Depois 8 líderes espirituais de Israel se colocaram em pé e clamaram a Deus.

Ora, no dia vinte e quatro desse mês, se ajuntaram os filhos de Israel em jejum, vestidos de sacos e com terra sobre as cabeças. E os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estrangeiros, puseram-se em pé e confessaram os seus pecados e as iniquidades de seus pais. E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu Deus, uma quarta parte do dia; e outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao Senhor seu Deus. Então Jesuá, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani e Quenâni se puseram em pé sobre os degraus dos levitas, e clamaram em alta voz ao Senhor seu Deus.

NO NOVO TESTAMENTO

Como já falamos antes, não existe nenhuma passagem bíblica, nem no Novo e nem no Velho Testamento, que diga que você só deve orar ajoelhado. Agora que vamos estudar o Novo Testamento iremos buscar as próprias palavras de Jesus ou acontecimentos ligados a Ele que falem sobre o assunto.

1. Lucas 2:22-35 - A dedicação do menino Jesus por Simeão.

Ao entrar Simeão no templo, vê uma família apresentando o primogênito ante o sacerdote. Sua aparência revela pobreza; mas Simeão compreende as advertências do Espírito, e é profundamente impressionado quanto a ser o menino que está sendo apresentado ao Senhor, a Consolação de Israel, Aquele que anelava ver. Ao surpreendido sacerdote, Simeão parece um homem enlevado. A criança fora devolvida a Maria, e ele a toma nos braços e a apresenta a Deus, enquanto sua alma é possuída de uma alegria que nunca dantes experimentara. Ao levantar o Salvador para o céu, diz: “Agora, Senhor, despedes em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; pois já os meus olhos viram a Tua salvação, a qual Tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para alumiar as nações, e para glória de Teu povo Israel.” Luc. 2:29-32.

(O Desejado de Todas as Nações, p. 55)

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2. João 11:41-43 – Oração que Jesus fez ao ressuscitar a Lázaro.

Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves; mas por causa da multidão que está em redor é que assim falei, para que eles creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!

Vejamos agora o que EGW diz sobre este texto:

A ordem é obedecida. Retiram a pedra. Faz-se tudo pública e propositadamente. Dá-se a todos a oportunidade de ver que nenhuma fraude é praticada. Ali jaz o corpo de Lázaro no sepulcro da rocha, no frio e na mudez da morte. Silenciam os lamentos dos pranteadores. Surpreso, em expectação, reúne-se o grupo em torno do sepulcro, esperando o que se vai seguir.

Cristo, sereno, Se acha de pé ante a tumba. Paira sobre todos os presentes uma santa solenidade. Cristo Se aproxima do sepulcro. Erguendo os olhos ao Céu, diz: “Pai, graças Te dou por Me haveres ouvido.” João 11:41. Não muito tempo antes disso, os inimigos de Jesus O haviam acusado de blasfêmia, pegando em pedras para Lhe atirar por afirmar Ele ser o Filho de Deus. Acusavam-nO de operar milagres pelo poder de Satanás. Mas aqui Cristo chama a Deus Seu Pai, e com perfeita confiança, declara ser o Filho de Deus.

(O Desejado de Todas as Nações, p. 535 e 536)

Vejamos agora duas passagens onde Jesus ensina os discípulos a orar. Foi nestas circunstâncias que Ele ensinou a oração do “Pai Nosso”.

3. Lucas 11:1-4 – Vejamos o que EGW fala sobre este texto.

A oração do Senhor foi duas vezes dada por nosso Salvador - primeiro à multidão, no Sermão da Montanha, e outra vez, meses mais tarde, aos discípulos apenas. Por um breve período haviam eles estado ausentes de seu Senhor, quando, ao voltarem, O encontraram absorto em comunhão com Deus. Como despercebido de sua presença, Ele continuou a orar em voz alta. Um brilho celeste irradiava da face do Salvador. Parecia mesmo encontrar-Se na presença do Invisível. E havia um vivo poder em Suas palavras, o poder de alguém que fala com Deus.

O coração dos discípulos foi profundamente comovido enquanto eles escutavam.

(O Maior Discurso de Cristo, p. 102)

Quando Ele acabou de orar, foi com certa convicção de sua profunda necessidade que exclamaram: "Senhor, ensina-nos a orar." Luc. 11:1.

Jesus não lhes apresenta nenhuma nova forma de oração. Aquilo que já anteriormente lhes ensinara, repete agora, como se lhes quisesse dizer: Vocês devem compreender o que já lhes dei. Isso encerra uma profundeza de sentido que vocês ainda não sondaram.

O Salvador não nos restringe, entretanto, ao emprego exato dessas palavras. Identificado com a humanidade, apresenta Seu próprio ideal de oração - palavras tão simples que podem ser adotadas por uma criancinha, e todavia tão compreensivas em sua amplitude que sua significação jamais poderá ser inteiramente apreendida pelos maiores espíritos. É-nos ensinado chegar a Deus com nosso tributo de ação de graças, dar a conhecer nossas necessidades, confessar os pecados que cometemos, e rogar por misericórdia, em harmonia com a Sua promessa.

(O Maior Discurso de Cristo, p. 103)

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Como podemos perceber não existe nenhuma ordem ou sugestão do Senhor Jesus para que toda oração seja feita de joelhos, ao contrário, “Jesus não lhes apresenta nenhuma nova forma de oração”, ou seja, a forma como eles vinham orando estava correta. Vejamos agora o segundo texto.

4. Mateus 6:1-18

Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.

(1) Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

(2) E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.]

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

(3) Quando jejuardes, não vos mostreis contristrados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Nesse texto, Jesus mostra aos discípulos que a única coisa que deveria mudar na hora de dar esmolas (1), ou na hora da oração (2), ou na hora de jejuar (3), era o ser discreto e não sair mostrando o que faz para se vangloriar para os outros, pois, quem fazia assim já recebeu sua recompensa. Perceba que o orar em pé na igreja era um costume da época, Jesus não foi contra o costume de orar em pé, Ele recrimina o mostrar-se para os outros. Tanto é assim, que quando fala sobre ir para casa e orar em casa, não cita o orar ajoelhado e se Ele quisesse recriminar o orar em pé Ele teria dito isso.

Os fariseus tinham horas estabelecidas para oração; e quando, como acontecia muitas vezes, eles se achavam fora na hora marcada, paravam, onde quer que estivessem - talvez na rua ou na praça, entre a turba movimentada dos homens - e aí, em alta voz, recitavam suas orações formais. Tal culto, prestado apenas para glorificação própria, provocou franca censura de Jesus. Todavia Ele não desencorajava a oração pública; pois Ele próprio orava com os discípulos e com a multidão. Mas queria incutir em Seus discípulos o pensamento de que suas orações públicas deviam ser breves.

(Obreiros Evangélicos, p. 175)

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5. Lucas 18:9-14 – Vejamos agora a parábola do Publicano e do Fariseu.

Na parábola do fariseu e do publicano, a presunçosa oração: “Ó Deus, graças Te dou, porque eu não sou como os demais homens”, ficou em frisante contraste com a contrita súplica: “Tem misericórdia de mim, pecador.” Luc. 18:11 e 13. Assim repreendia Cristo a hipocrisia dos judeus.

(O Desejado de Todas as Nações, p. 495)

Leia o texto na sua Bíblia e veja que o objetivo de Jesus é mostrar a arrogância e a hipocrisia que existia entre os religiosos daquela época. O texto também é claro em dizer que tanto o publicano como o fariseu oraram em pé. Todos os dois eram pessoas religiosas. Estavam dentro da mesma igreja e oraram ao mesmo Deus. Porque Jesus citou o publicano?

Dos funcionários romanos na Palestina, nenhum era mais aborrecido que o publicano. O fato de serem os impostos ordenados por um poder estrangeiro, era contínuo motivo de irritação para os judeus, lembrança que era da perda de sua independência. E os cobradores de impostos além de instrumentos da opressão romana, eram extorsionários em seu próprio proveito, enriquecendo-se à custa do povo. Um judeu que aceitasse esse ofício das mãos dos romanos era considerado traidor da honra nacional. Desprezado como apóstata, classificavam-no entre os mais vis da sociedade.

(O Desejado de Todas as Nações, p. 272)

Jesus queria mostra a arrogância dos fariseus em não admitir os seus próprios pecados, para isso, mostrou que até o mais odiado e classificado como apóstata por eles, era justificado por Deus se admitisse que havia pecado. Nessa parábola, Jesus confirma o costume de orar em pé na igreja.

É bom lembrar que as outras nações vizinhas também tinham o costume de orar em pé. Tanto é assim que Naamã quando veio se encontrar com Eliseu ficou desapontado porque o profeta não fez o que era de costume fazer: Orar em pé sobre o doente para que acontecesse a cura (II Re 5:11). Esse era um costume tanto em Israel e Judá, como nas nações vizinhas.

“Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu”. Por intermédio de um mensageiro o profeta ordenou-lhe: “Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado”. II Reis 5:1-10. Naamã havia esperado ver alguma maravilhosa manifestação do poder do Céu. “Eis que eu dizia comigo”, confessou ele, “certamente ele sairá, e pôr-se-á em pé, e invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso”. Quando se lhe ordenou que se lavasse no Jordão, seu orgulho foi ferido, e em mortificação e desapontamento exclamou: “Não são porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar nelas, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação”.

O orgulhoso espírito de Naamã rebelou-se contra o seguir o caminho indicado por Eliseu.

(Profetas e Reis, p. 248 e 249)

A ORAÇÃO DE JOELHOS E A SENHORA WHITE

Gostaríamos de lembrar uma citação da Senhora White que já estudamos.

Na história e na profecia a Palavra de Deus descreve o longo e continuado conflito entre a verdade e o erro. Esse conflito se acha ainda em processo. As coisas que foram, repetir-se-ão. Velhas controvérsias serão reavivadas, e novas teorias estarão continuamente a surgir. O povo de Deus, porém, que em sua crença e cumprimento de profecia desempenhou uma parte na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, sabe onde se encontra. Possuem uma experiência que é mais

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preciosa que o ouro fino. Devem permanecer firmes como a rocha, retendo firmemente o princípio de sua confiança até o fim.

(Mensagem Escolhidas – II, p. 109)

Essa idéia de orar só de joelhos não é nova, é uma “velha controvérsia”, a uns 25 anos atrás já existiam pessoas forçando os outros membros da IASD a se ajoelhar em todas as orações feitas no templo. Para mostrar que estavam certos, usavam os mesmos argumentos que os movimentos dissidentes usam hoje. E onde eles estão hoje? Uma parte fora da igreja, uma outra, graças a Deus, conseguiu ver seu erro e continua na IASD e uma outra parte ainda continua pregando a mesma coisa e continua machucando e sendo machucado. Tanto foi assim que foi lançado o livro Mensagens Escolhidas, volume 3, contendo materiais para que o membro da igreja pudesse estudar com mais propriedade o assunto.

O capítulo que apresenta um conjunto de materiais sobre "A Conveniência de Diversas Atitudes na Oração" parece ser apropriado, porque alguns fariam aplicações forçadas do conselho que se encontra em Obreiros Evangélicos, págs. 178 e 179, e Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 311-316, recomendando que os adventistas do sétimo dia se ajoelhem na oração, como sinal de reverência e humildade. Conquanto a instrução aconselhe que os suplicantes se ajoelhem tanto nos cultos públicos como nas devoções particulares, o claro conselho de Ellen White e seu exemplo indicam que ajoelhar-se não é requerido em todas as ocasiões em que o coração e a voz são elevados em oração. Os materiais apresentados foram extraídos de um amplo período do ministério de Ellen White. (Depositários do Patrimônio Literário White.)

(Mensagem Escolhidas – III, p. 236)

O único e principal texto utilizado por estes movimentos dissidentes para dizer que todas as orações devem ser feitas ajoelhadas é o de Mensagens Escolhidas, vol. 2, páginas 311 a 316, sob o título “Posição Apropriada na Oração”.

Os textos formadores deste capítulo são o Manuscrito 84b, de 1897, que será estudado posteriormente, e algumas citações de Caminho a Cristo, Obreiros Evangélicos e A Ciência do Bom Viver. Estes textos aparecem abaixo:

Não há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma oração... Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido, perante o rei Artaxerxes. – Vereda de Cristo, págs. 88 e 89.

Podemos falar com Jesus no caminho e Ele diz: Estou a tua mão direita. Podemos comunicar com Deus em nosso coração: andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exaltar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida – Obreiros Evangélicos, pág. 258.

Para orar não é necessário que estejais sempre prostados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários. – A Ciência do Bom Viver, pág. 511.

(Mensagens Escolhidas II, p. 316)

Como podemos perceber até aqui, não existe nada que prove que devemos fazer só orações de joelhos. Vejamos agora o único e principal texto que os movimentos dissidentes tem para provar que todas as orações na igreja e no culto particular devem ser feitas só de joelhos. Vejamos alguns trechos para entender o que estava acontecendo.

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Tenho recebido cartas perguntando-me sobre a posição que deve ser assumida pela pessoa ao fazer oração ao Soberano do Universo. Onde obtiveram nossos irmãos a idéia de que deviam ficar em pé quando oram a Deus? Alguém que por cerca de cinco anos se educou em Battle Creek foi solicitado a fazer a oração antes que a irmã White falasse ao povo. Mas quando o vi pôr-se em pé enquanto os lábios se iam abrir em oração a Deus, minha alma foi levada no íntimo a dar-lhe uma repreensão pública. Chamando-o por nome, disse-lhe: "Prostre-se de joelhos!" Esta é sempre a posição apropriada.

(Mensagens Escolhidas II, p. 311)

Depois ela cita vários textos bíblicos falando sobre oração de joelhos e continua...

Quando em oração a Deus a posição indicada é prostrado de joelhos. Este ato de culto foi exigido dos três hebreus cativos na Babilônia...

Tanto no culto público como no particular é nosso dever prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus.

(Mensagens Escolhidas II, p. 312)

Fala sobre a dedicação do Templo por Salomão e cita que ele fez a oração de joelhos. Só não cita que durante a oração de Salomão, o povo de Israel continuava em pé e só se ajoelhou depois que desceu fogo do céu (II Crônicas 7:1-3), só Salomão se ajoelhou durante a oração. Depois ela continua...

Apresento estes textos comprovativos, com a pergunta: "Onde recebeu o irmão H sua educação?" - Em Battle Creek. Será possível que com todo o esclarecimento que Deus tem dado a Seu povo sobre a reverência, ministros, diretores e professores de nossas escolas, por preceito e exemplo ensinem os jovens a ficarem em pé na devoção, como faziam os fariseus? Consideraremos isto demonstrativo de sua presunção e importância própria? Devem essas características tornar-se distintas?

(Mensagens Escolhidas II, p. 313)

Depois usa a parábola do Fariseu e do Publicano para falar da oração em pé feita pelo fariseu. Interessante notar que ela não fala nada sobre a oração do Publicano que também foi feita em pé. Nesse momento ela faz uma abordagem totalmente diferente do que ela utiliza nos seus outros textos sobre esta passagem bíblica. Depois continua...

Temos a esperança de que nossos irmãos não manifestarão menos reverência e respeito ao aproximarem-se do único Deus vivo e verdadeiro do que os pagãos manifestam para com suas divindades idólatras, ou estes povos serão nossos juízes no dia da decisão final. Falo a todos os que ocupam os lugares de professores em nossas escolas. Homens e mulheres, não desonreis a Deus pela vossa irreverência e imponência. Não vos ponhais eretos em vosso farisaísmo ao fazerdes vossas orações a Deus. Desconfiai de vossa própria força. Não confieis nela; mas prostrai-vos freqüentemente de joelhos diante de Deus, e adorai-O.

(Mensagens Escolhidas II, p. 314)

Depois continua repetindo alguns argumentos já citados e encerra o texto.

Como você pode notar a Senhora White é muito clara em dizer que a oração de joelhos “é sempre a posição apropriada” e isso não se restringe apenas a igreja porque “tanto no culto público como no particular é nosso dever prostar-nos de joelhos diante de Deus”. Isso mesmo que você acaba de ler, a Senhora White neste texto vai contra tudo que estudamos até agora, então agora devemos parar e tentar ver outros textos que ela escreveu para

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entender melhor este assunto, por que senão deveríamos seguir o conselho dado por ela no texto abaixo.

Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e Belial não se unem. – Testimonies, vol. 5, pág. 691.

(Mensagens Escolhidas - III, p. 32 e 33)

Antes de continuar veja como é claro o DEVER de se ajoelhar...

Tanto no culto público como no particular é nosso DEVER prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus.

(Mensagens Escolhidas II, p. 312)

Essa mesma estrutura é usada em dois outros textos dela. Vejamos os textos.

Tanto no culto público, como no particular, temos o privilégio de curvar os joelhos perante o Senhor ao fazer-Lhe nossas petições. Jesus, nosso Exemplo, "pondo-Se de joelhos, orava". Luc. 22:41. Acerca de Seus discípulos acha-se registrado que também se punham de joelhos e oravam. Atos 9:40; Atos 20:36; Atos 21:5. Paulo declarou: "...me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." Efés. 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras ajoelhou-se. Esd. 9:5. Daniel "três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus". Dan. 6:10... - Obreiros Evangélicos, pág. 178.

(Mensagens aos Jovens, p. 248 e 249)

Tanto no culto particular como no público, é nosso privilégio dobrar os joelhos perante Deus, quando a Ele oferecemos nossas petições.

Jesus, nosso exemplo, “pondo-Se de joelhos, orava”. Luc. 22:41. De Seus discípulos, falando de Pedro, se relata que também “pôs-se de joelhos e orou”. Atos 9:40. Paulo declarou: “Ponho-me de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Efés. 3:14. Quando confessava perante Deus os pecados de Israel, Esdras se ajoelhou. Esd. 9:5. Daniel “se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante de seu Deus”. Dan. 6:10.

(Profetas e Reis, p. 48)

Perceba que os outros dois textos têm a mesma estrutura de linguagem. A única diferença é que na primeira fala é “NOSSO DEVER” e nos outros dois é “NOSSO PRIVILÉGIO”. Perceba que só no texto de Mensagens Escolhidas II, páginas 311 a 316, é que a Senhora White faz a colocação que é nosso DEVER orar ajoelhado “TANTO NO CULTO PÚBLICO COMO NO PARTICULAR”.

Outra coisa importante, leia de novo os textos abaixo.

Apresento estes textos comprovativos, com a pergunta: “Onde recebeu o irmão H sua educação?” – Em Battle Creek. Será possível que com todo o esclarecimento que Deus tem dado a Seu povo sobre a reverência, ministros, diretores e professores de nossas escolas, por preceito e exemplo ensinem os jovens a ficarem em pé na devoção, como faziam os fariseus?

(Mensagens Escolhidas II, p. 313)

Falo a todos os que ocupam os lugares de professores em nossas escolas. Homens e mulheres, não desonreis a Deus pela vossa irreverência e imponência. Não vos ponhais eretos em vosso farisaísmo ao fazerdes vossas orações a Deus. Desconfiai de

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vossa própria força. Não confieis nela; mas prostrai-vos freqüentemente de joelhos diante de Deus, e adorai-O.

(Mensagens Escolhidas II, p. 314)

Neste texto a Senhora White coloca vários argumentos para reprovar os ministros, diretores e professores de nossas escolas, principalmente a de Battle Creek, que é da onde surgiu o problema. A coisa fica mais séria ainda quando lemos...

Deverão os alunos voltar às suas pátrias depois de anos de estudos, com idéias pervertidas acerca do respeito, da honra e da reverência que deviam ser dadas a Deus, e sem se sentirem sob o dever de honrarem os homens de cabelos brancos, os homens de experiência, os escolhidos servos de Deus que têm estado relacionados com a obra de Deus durante quase todos os anos de sua vida? Aconselho a todos os que freqüentam escolas na América ou em qualquer outro lugar a que não absorvam o espírito de irreverência.

...Os adventistas do sétimo dia fazem a profissão de ser o povo que guarda os mandamentos de Deus; mas estão a perder o seu espírito devocional.

(Mensagens Escolhidas II, p. 314 e 315)

Quando estava estudando este texto, senti a diferença na atitude da Senhora White sobre a educação adventista e lembrei de um texto que ela escreveu em 14 de julho de 1902, em um apelo para que a igreja pudesse se unir e construir uma escola para atender a Igreja do Sanatório (Deer Park), Califórnia.

Alguns pais e mães são tão indiferentes, tão descuidados, que pensam que não haverá diferença se os seus filhos freqüentarem a escola de igreja ou uma escola pública.

(Mensagens Escolhidas III, p. 210)

Não há razão para que esta questão se prolongue. Disponham-se todos a ajudar, perseverando com inquebrantável interesse até que o edifício seja concluído. Que cada um faça alguma coisa! Alguns talvez tenham de levantar-se às quatro horas da manhã, a fim de ajudar...

(Mensagens Escolhidas III, p. 213)

Perceba que o texto acima é retirado de um sermão feito em 1902 e nele a Senhora White apela para a construção de uma escola. O que estava acontecendo em 1897, ano que Ellen White escreveu os textos de reprovação que estamos estudando agora? Porque ela é tão dura com o ensino em Battle Creek e em outros colégios e depois de 5 anos luta para construir outra escola? Acho que deveríamos olhar com mais calma e cuidado o texto de Mensagens Escolhidas, páginas 311 a 316, não sabemos o contexto deste texto. Sempre é necessário saber o porque do texto para depois aplicarmos em nossa vida hoje.

Antes de continuar, gostaria de exemplificar o que estou dizendo sobre contextualizar os textos lidos. Durante dois anos consecutivos (2002 e 2003) fui Regional JA do distrito do Ibes. Era convidado para realizar várias palestras para jovens, dentro e fora do distrito, imagina se em uma de minhas palestras sobre namoro e noivado, eu lesse esses dois textos.

Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão. Tenho dito sempre o mesmo conselho a dar. Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso povo. Que o irmão de cor se case com uma irmã de cor que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em

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matrimônio a um irmão de cor se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção. – Carta 36, 1912.

(Mensagens Escolhidas II, p. 344)

Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por esta razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre as raças branca e de cor. – manuscrito 7, 1896.

(Mensagens Escolhidas II, p. 343 e 344)

O que você acha que iria acontecer comigo? No mínimo seria taxado como preconceituoso e fora da realidade. Viu como os textos devem ser vistos dentro do seu contexto histórico e cultural.

Podemos perceber que a Senhora White se coloca em um extremo quando escreveu o texto de Mensagens Escolhidas – II, páginas 311 a 316. Sabemos que é comum, quando nos deparamos com pessoas que tem pontos de vista contrários aos nossos, nos colocamos em um extremo para discutirmos sobre o tema. Como exemplo podemos citar Paulo e Tiago.

Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé. (Tiago 2:24)

Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. (Romanos 3:28)

Gostaria ainda de fazer uma pergunta, como era a vida da Senhora White? Ela orava só de joelhos? Vejamos o testemunho do Pastor D.E. Robinson.

O Pastor D. E. Robinson, um dos secretários de Ellen White de 1902 a 1915, relata: “Reiteradas vezes estive presente em reuniões campais e assembléias da Associação Geral em que a própria irmã White fez oração com a congregação em pé, e ela também.” – Carta de D. E. Robinson, 4 de março de 1934.

(Mensagens Escolhidas III, p. 266)

O próximo texto é do Professor Francis D. Nichol, publicado na Review and Herald, de 28 de janeiro de 1965, republicado na Revista Adventista de 1971:

Um assinante fez a seguinte pergunta ao Pr. Nichol:

“Alguns na minha igreja acham que toda vez que oramos a Deus, devemos nos ajoelhar. Citam os trechos dos Testemunhos para apoiar seu ponto de vista, e crêem conscienciosamente que devem ajoelhar-se na igreja, mesmo que outros se coloquem em pé. Qual era o costume da irmã White?”

Se volvermos a atenção para os escritos da Sra. White, não há dúvida que ela declara que a aposição apropriada na oração é de joelhos, a fim de que manifestemos o máximo de reverência. Mas é um fato interessante de que em uma de suas citações mais amplas sobre a questão ela prossegue dizendo que“...não há tempo nem lugares impróprios para erguer a Deus uma oração... entre a turba de transeuntes na rua, em meio a uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido.” (Mensagens Escolhidas, Vol. 2, p. 316).

Este é um trecho de uma citação mais antiga de Caminho para Cristo, p. 99. No mesmo lugar ela cita um trecho da página 258 do livro Obreiros Evangélicos: “podemos falar com Jesus no caminho”. E cita depois este trecho de A ciência do Bom Viver, p. 511: “Para orar

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não é necessário que estejais sempre de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando a sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários”.

No livro Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 152, encontra-se o relato do apelo que ela fez aos irmãos na sessão da Associação Geral em 1909, dizendo: “Erguer-vos-ei aqui e dareis testemunho de que fareis de Deus a vossa confiança e vosso ajudador? Então, depois que eles se levantaram, ela proferiu uma breve oração mencionada em seguida”.

“O estudo dos manuscritos da Sra. Ellen G. White arquivados nos escritórios do patrimônio White revelam a existência de outras ocasiões em que ela convidou a seus ouvintes no culto público a erguer-se em sinal de consagração, e depois que eles se levantaram ela fez uma oração'”

Mediante os fatos apresentados podemos chegar a seguinte conclusão:

a) Que o espírito de uma profunda reverência deve apoderar-se de nós ao orarmos a Deus, e na maioria das circunstâncias isto é revelado no mais alto grau pelo ato de nos colocarmos de joelhos.

b) Como sucede com a maioria das regras, há exceções muito plausíveis, como indicam as alusões acima ao modo de proceder da própria Sra. White. Normalmente em ocasiões habituais de oração em nossas igrejas, sem dúvida é bom ajoelharmo-nos. Isto se aplica especialmente à oração principal no culto de sábado. Creio que existe grande diferença entre esta oração e as breves palavras de benção, por exemplo. Obviamente, não podemos ser dogmáticos a respeito de todos os pormenores. Procuremos apegar-nos ao princípio, fazendo, porém, exceções razoáveis, como o fez a irmão White. Assim não somente teremos reverência, mas seremos libertados da confusão que resultaria se alguns se ajoelhassem e outros não.

Vejamos agora o que o neto da irmã White, o Pastor Artur L. White, que é secretário do Departamento de Publicações de Ellen White diz sobre o assunto. A carta abaixo, foi escrita em resposta a uma pergunta feita pelo Pastor B. F. Hartmam.

Prezado irmão Hartmam

Recebi sua carta escrita em 25 de dezembro, contendo algumas perguntas a respeito das declarações da irmã sobre a atitude a ser manifestada na oração.

Não consideramos impróprios ficar em pé durante a invocação ou a benção, ou mesmo durante uma oração de consagração quando as pessoas foram convidadas a ir à frente. Penso que Ellen G. White esclarece o seu ponto de vista por meio do que ela escreveu. Existe uma certa significação no ato de ajoelhar-se em oração, e não devemos perdê-la de vista. Por esse motivo, creio que sempre que for possível fazê-lo devemos ajoelhar na hora da oração principal do Culto Divino.

Recomendamos que há ocasiões e circunstâncias em que não é possível orar de joelhos. Às vezes, durante reuniões efetuadas em salões públicos ou em lugares apinhados, ou quando o soalho é sujo e áspero, que não é conveniente ajoelhar-se, e acho que em tais circunstâncias é melhor permanecer em pé. Isto porém, constitui-se uma exceção e não há regra.

Desejamo-lhe as bênçãos do Senhor ao dirigir nossas igrejas de um modo judicioso e moderado. Com os melhores votos de felicidade, de seu irmão em Cristo.

Artur L. White, Secretário das Publicações de Ellen G. White.

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Vejamos agora alguns textos interessantes para mostrar o comportamento da Senhora White durante sua vida.

CONGREGAÇÃO APINHADA NA EUROPA PERMANECEU SENTADA

Convidei os que desejassem as orações dos servos de Deus a vir para a frente. Todos os que haviam estado indiferentes, todos quantos desejassem voltar para o Senhor e buscá-Lo diligentemente, podiam aproveitar a oportunidade. Vários assentos foram prontamente ocupados e toda a congregação se pôs em movimento. Dissemos-lhes que o melhor que podiam fazer era sentar-se mesmo onde estavam, e todos buscaríamos juntos o Senhor confessando nossos pecados, e o Senhor empenhara Sua palavra: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." I João 1:9. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 147.

A CONGREGAÇÃO PÕE-SE EM PÉ PARA ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

Convidei todos quantos quisessem entregar-se a Deus em concerto sagrado, e servi-Lo de todo o coração, a que se levantassem. A casa estava cheia, e quase todos se ergueram. Estavam presentes pessoas não pertencentes a nossa fé, e algumas se levantaram. Apresentei-as ao Senhor em fervorosa oração, e sabemos que tivemos a manifestação do Espírito de Deus. Sentimos que havia sido realmente obtida uma vitória. Manuscrito 30a, 1896.

(Mensagens Escolhidas III, p. 267 e 268)

NUM CONGRESSO DE OBREIROS EM OAKLAND, CALIFÓRNIA

Solicitamos agora que esquadrinheis todo o coração. Os que estão decididos a desvencilhar-se de toda tentação do inimigo e buscar o Céu no alto, querem indicar essa determinação colocando-se em pé? [Quase toda a congregação presente atendeu ao apelo.]

Desejamos que cada um de vós seja salvo. Desejamos que as portas da cidade de Deus se revolvam para vós em seus resplandecentes gonzos, e que vós, com todos os povos que guardaram a verdade, possais entrar nela. Ali daremos louvor e ações de graças e glória a Cristo e ao Pai para sempre; sim, para sempre e eternamente. Oxalá Deus nos ajude a ser fiéis em Seu serviço durante o conflito, vencendo afinal e ganhando a coroa da vida eterna.

[Orando] Meu Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre e necessitada, e dependente de Ti. Suplico-Te que concedas a mim e a este povo a graça que aperfeiçoa o caráter cristão, etc. Review and Herald, 16 de julho de 1908.

ELLEN WHITE E O AUDITÓRIO FICAM EM PÉ PARA A ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

Pergunto: quem agora fará decidido esforço para obter a educação superior? Os que quiserem, manifestem-no pondo-se em pé. [A congregação se levantou.] Eis aqui toda a congregação. Deus vos ajude a cumprir o vosso compromisso. Oremos.

[Orando] Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre, fraca, indigna, e Te suplico que impressiones os corações deste povo reunido aqui, hoje. Eu lhes falei as Tuas palavras; mas, ó Senhor, só Tu podes tornar a palavra eficaz, etc. Review and Herald, 8 de abril de 1909.

NO FIM DE UM SERMÃO NA ASSOCIAÇÃO GERAL, EM WASHINGTON, DC

O Senhor vos ajude a empreender esta obra como ainda não a empreendestes. Quereis fazer isto? Quereis levantar-vos aqui e testificar que fareis de Deus vossa confiança e vosso Ajudador? [A congregação se levantou.]

[Orando] Agradeço-Te, Senhor Deus de Israel. Aceita este compromisso deste Teu povo. Põe Teu Espírito sobre eles. Que neles seja vista a Tua glória! Ao proferirem a

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A IASD E OS MOVIMENTOS DISSIDENTES – Prof. Marcos Martins de Oliveira

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palavra da verdade, vejamos a salvação de Deus. Amém. General Conference Bulletin, 18 de maio de 1909.

(Mensagens Escolhidas III, p. 268 e 270)

Antes de terminar gostaria de fazer algumas colocações, pode ser que você ainda tenha suas reservas sobre Mensagens Escolhidas II, páginas 311 a 316. Mas, lembre-se de ver o quadro completo e não apenas uma parte. Lembre-se dos textos estudados até aqui, das profecias sobre a sacudidura e os falsos profetas, que utilizariam os próprios textos da Senhora White, para que se possível enganar os próprios escolhidos. Quando tomar sua decisão, seja sincero, e responda as seguintes perguntas:

1. As pessoas que estão ensinando que só deve ser feito oração de joelhos se encaixam nas características dos movimentos dissidentes profetizados pela Bíblia e o Espírito de Profecia?

2. Eles são contrários à organização e a disciplina eclesiástica?

3. O que eles falam sobre o dízimo e a trindade?

4. Eles respeitam a autoridade de um ungido do Senhor, um ancião ou pastor ordenado? Eles estão trabalhando junto com a direção da IASD de onde são membros?

5. Eles dizem que a IASD é Babilônia ou faz parte dela?

Se sua resposta for afirmativa, lembre-se que surgiriam muitos falsos profetas e sacudiriam a muitos. Gostaria de estar te lembrando que se você assumir a posição que a IASD está fazendo suas orações erradamente, você já se colocou do lado daqueles que acusam a IASD de Babilônia, mesmo que você nunca pregue sobre isso. Você estará dizendo que todos nós, líderes e membros, da IASD estamos enganados ou apostatados. Antes de tomar essa posição releia os textos da pena inspirada e lembre-se principalmente deste texto.

O tempo atual é de grande perigo para o povo de Deus. O Senhor está conduzindo um povo, não um indivíduo aqui e ali. Ele tem na Terra uma igreja que permanece na verdade; e quando vemos, não só homens, mas moças, clamando contra a igreja, receamo-nos delas. Sabemos que Deus não as enviou, e todavia elas correram, e todos quantos não aceitarem suas idéias errôneas são acusados de combater contra o Espírito do Senhor. Todas essas coisas estão nos planos de Satanás, mas a obra de Deus irá avante ao passo que haverá agora e sempre os que trabalhem diretamente contra a oração de Cristo. A obra progredirá, deixando-os muito atrás com suas satânicas invenções...

(Mensagem Escolhidas – II, p. 79)

Abaixo cito, de novo, mas agora, todo o parágrafo do texto do A Ciência do Bom Viver, por achar que o texto diz muito para nós hoje.

O motivo por que tantos são abandonados a si mesmos em lugares de tentação é não terem o Senhor constantemente diante dos olhos. Quando permitimos que nossa comunhão com Deus seja quebrada, ficamos sem defesa. Todos os bons objetivos e boas intenções que tenhais não vos tornarão aptos a resistir ao mal. Deveis ser homens e mulheres de oração. Vossas petições não devem ser débeis, ocasionais e apressadas, mas fervorosas, perseverantes e constantes. Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando e quando ocupados com os trabalhos diários. Que vosso coração se eleve de contínuo, em silêncio, pedindo auxílio, luz, força, conhecimento. Que cada respiração seja uma oração.

(A Ciência do Bom Viver, p. 510 e 511)

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POSSO CONFIAR NA DIREÇÃO DA IASD Uma das mentiras pregadas por estes movimentos é sobre a Conferência Geral de Miniápolis de 1888 e o período logo após. Eles pregam que nesta data a IASD rejeitou a mensagem de Deus e se apostatou da fé e não recebeu a mensagem da Justificação pela Fé em Cristo e assim se tornou Babilônia. Dizem ainda que EGW não acreditava mais que a IASD era a igreja de Deus e que não acreditava na liderança da Associação Geral.

Em verdade este período da IASD foi um período decisivo para a história da igreja e um período marcado por vários problemas. Tivemos que enfrentar nesta época apostasias de grandes líderes, crescimento extraordinário e falta de organização para enfrentar este crescimento, mudança de liderança e modificações na estrutura da organização, divisões de pensamento sobre vários pontos bíblicos e uma guerra entre o formalismo e o verdadeiro cristianismo. A igreja poderia ter avançado muito mais se tivesse confiado unicamente na poderosa mão de Deus. Mas, não estou aqui para julgar a liderança daquela época, pois acredito que cada um de nós é responsável pelo que acontece na igreja e que em cada época, Deus levanta os líderes necessários para fazer a sua obra. Hoje também, avançamos pouco, poderíamos ter avançado mais. E de quem é a culpa? De todos nós, líderes e liderados. Todos somos sacerdotes reais! Todos podemos ser usados pelo Espírito Santo! Todos nós temos nossas responsabilidades.

Mas, o que nos interessa não é um discurso sobre o que aconteceu, mas sim, um testemunho claro sobre o que a Senhora White pensava sobre a liderança da IASD e o futuro desta organização. Vamos então ver alguns textos do Espírito de Profecia sobre o assunto e confirmar nossa certeza na liderança de Jesus sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Não podemos desviar-nos agora do fundamento estabelecido por Deus. Não podemos agora entrar em nenhuma nova organização; pois isto significaria apostasia da verdade. – Manuscrito 129, 1905.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 390)

Muito vívido foi o esclarecimento a mim dado de que muitos sairiam de nós, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. O Senhor deseja que toda alma que professa crer na verdade tenha inteligente compreensão do que seja a verdade. Surgirão falsos profetas e enganarão a muitos. Tudo quanto possa ser sacudido será sacudido. Não convém portanto a cada um compreender as razões de nossa fé?

(Mensagens Escolhidas - II, p. 393)

Aumentarão os enganos, e devemos chamar a rebelião pelo seu próprio nome. Devemos estar revestidos de toda a armadura. Neste conflito, não enfrentamos unicamente homens, mas principados e potestades. Não lutamos contra a carne e o sangue. Leia-se cuidadosamente e de maneira impressiva em nossas igrejas Efésios 6:10-18.

Aqueles que apostatam transmitem as palavras do dragão. Temos de enfrentar os instrumentos satânicos que vieram fazer guerra aos santos.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 395)

Eu vos escrevo estas coisas, irmãos, se bem que nem todos vós as possais compreender plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus se acham sobre Seu povo, não poderia ter a coragem de escrever repetidamente as mesmas coisas... Deus tem um povo a quem está dirigindo e instruindo. – Carta 378, 1907. (11 de novembro de 1907).

(Mensagens Escolhidas - II, p. 397)

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Os textos abaixo foram lidos na Conferência Geral de 1913, a Senhora White não estava presente por causa do seu estado de saúde, mas os enviou para motivar e dar confiança aos líderes da IASD. Essa foi a última Conferência Geral antes da morte da Senhora White (1915).

Daí testemunho de molde a erguer. Desviai os olhos do que é sombrio e desanimador, e olhai a Jesus, nosso grande Líder, sob cuja vigilante supervisão a causa da verdade presente, à damos nossa vida e tudo quanto possuímos, destina-se a triunfar gloriosamente. – General Conference Bulletin, 19 de maio de 1913, págs. 33 e 34.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 399)

Tenho, irmãos, palavras de animação para vós. Devemos avançar com esperança e fé, esperando grandes coisas de Deus. O inimigo procurará por todos os meios impedir os esforços que estão sendo feitos para levar avante a verdade, mas na força do Senhor podeis obter êxito.

Não sejam proferidas palavras de desânimo, mas unicamente as que tendam a fortalecer e sustentar vossos colaboradores. – General Conference Bulletin, 27 de maio de 1913, págs. 164 e 165.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 404)

Aumentarão as perplexidades; como crentes em Deus, porém, encorajemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a bandeira, antes conservemo-la alçada bem alto, olhando Àquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Quando, durante a noite, não consigo dormir, ergo o coração a Deus em oração e Ele me fortalece e dá certeza de que está com Seus servos a ministrarem no campo pátrio e nas terras distantes. Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará a ser com eles, até ao fim. – General Conference Bulletin, 27 de maio de 1913, págs. 164 e 165.

(Mensagens Escolhidas - II, p. 406)

Espero que você tenha percebido a certeza nos escritos da Senhora White sobre o futuro da IASD e como ela amava esta igreja. Outra prova de que ela confiava na direção desta igreja, foi que...

quando Ellen G. White faleceu, em 1915, seu testamento indicava que ela havia legado os cuidados de seus escritos a cinco depositários, pessoas em quem ela possuía confiança. Esses depositários deveriam preservar as suas cartas e seus manuscritos, supervisionar e promover a circulação de suas obras em inglês e em outras línguas, e preparar compilações de materiais de diferentes tópicos, de acordo com novas necessidades. Atualmente, tais compilações superaram os 49 livros originais publicados durante a vida de Ellen G. White.

Com o passar dos anos, o número de depositários aumentou, assim como o número de centros de pesquisas dos livros e escritos de Ellen G. White. Todos os 17 Centros de Pesquisas Ellen G. White existentes atualmente ao redor do mundo estão conectados com instituições educacionais, e possuem, além de todas as suas obras, o arquivo completo de suas cartas e manuscritos, bem como vasto material sobre sua vida e obras.

Recentemente, os depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White além de prepararem materiais para a publicação de seus escritos, trabalharam na publicação eletrônica deste material, tornando todas as obras de Ellen White acessíveis em CD-Roms, contendo programas de busca (search program) para a localização rápida de citações. Produziram também o CD-Rom Legacy of Light com material multimídia contendo fotos, vídeo clips, músicas, etc.

(http://www.centrowhite.org.br/patrimonio.html)

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Quase todos os depositários eram líderes da IASD e tinham cargos de importância dentro da igreja, dentre eles estava o presidente da Associação Geral. Se ela acreditasse mesmo que a IASD era BABILÔNIA, ela deixaria seus escritos com os líderes apóstatas? Espero que este estudo sobre os movimentos dissidentes possa te ajudar a ter certeza da sua escolha como membro da igreja de Deus aqui na Terra. Espero ter ajudado!

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