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A FELICIDADE PARADOXAL Autor: Gilles Lipovetsky

A FELICIDADE PARADOXAL Autor: Gilles Lipovetsky. HIPERCONSUMO: UMA NOVA REVOLUÇÃO

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A FELICIDADE PARADOXAL

Autor: Gilles Lipovetsky

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HIPERCONSUMO: UMA NOVA REVOLUÇÃO

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CIVILIZAÇÃO DO DESEJO.

Orientações do capitalismo, estimulação perpétua: da demanda; da mercantilização; da multiplicação indefinida das

necessidades;

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UMA NOVOVA HIERARQUIA.

Uma nova hierarquia dos fins. Uma nova relação:

com as coisas, com o tempo, consigo mesmo, com os outros.

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BEM-ESTAR, UMA PAIXÃO!!! O bem-estar transforma-se em

uma paixão de massa: a febre de conforto no presente; a vida no presente tomou o lugar das

expectativas do futuro histórico; a sociedade de consumo de massa:

uma mudança profunda em um curto intervalo de tempo (modos de vida, gostos, aspirações, comportamentos).

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UMA NOVA REVOLUÇÃO.

Para o sistema fordista: difusão de produtos padronizados; tempo + inovação + renovação = competitividade.

Entretanto, a distribuição, o markenting e a comunicação inventaram novos instrumentos tendo em vista a conquista dos mercados.

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A empresa orientada para o produto é pouco a pouco orientada para o MERCADO e o CONSUMIDOR.

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“A sociedade de hiperconsumo coincide com um estado da economia marcado pela centralidade do consumidor” [p.13]

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ECONOMIA GLOBALIZADA.

O rei-bolsista: detentores do capital; é preciso garantir-lhes a lucratividade do capital.

O cliente-rei: mercantilizar todas as experiências, diversificar as ofertas, reduzir o ciclo de vida dos produtos, favorecer o crédito de consumo, promover a sua fidelidade.

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“A nova economia-mundo não se define apenas pela soberania da lógica financeira: é também inseparável da expansão de uma ‘economia do comprador’” [p.14]

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NOVA REVOLUÇÃO.

O consumidor sujeito às coerções sociais

O hiperconsumidor que anseia por experiências emocionais e maior bem-estar, qualidade de vida e de saúde, marcas e autenticidade, imediatismo e comunicação.

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ETHOS CONSUMISTA.

Tende a organizar o conjunto das condutas.

Invade a família, a religião, a política, o sindicalismo, o uso do tempo,...

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UMA CONDIÇÃO PARADOXAL.

1) O consumidor informado e livre diante de um amplo leque de escolhas;

2) Os modos de vida, os prazeres e os gostos estão cada vez mais sob a dependência do sistema mercantil;

3) Quanto mais determinação, mais extrodeterminação.

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FARMÁCIAS DA FELICIDADE. O materialismo da

primeira sociedade de consumo passou de moda;

Temos, agora, a expansão do mercado da alma e de sua transformação, do equilíbrio e da auto-estima.

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A FELICIDADE INTERIOR.

A felicidade torna-se um segmento comercial, um objeto de marketing que o hiperconsumidor deseja ter à sua disposição.

“A crença moderna segundo a qual a abundância é a condição necessária e suficiente da felicidade do homem deixou de ser evidente...” [p.15]

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A CIVILIZAÇÃO CONSUMISTA. O paradoxo:

“A imensa maioria se diz feliz, contudo a tristeza e o estresse, as depressões e as ansiedades formam um rio que engrossa de maneira inquietante” [p.16]

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A FELICIDADE PARADOXAL.

Alguns aspectos: Sociedades cada vez mais ricas e

cada vez mais pessoas vivendo na precariedade;

Somos cada vez mais bem cuidados, contudo diversas pessoas tornam hipocondríacos crônicos;

Os corpos são livres e miséria sexual persistente;

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A FELICIDADE PARADOXAL.

Mais outro aspectos:

As solicitações do culto ao corpo são onipresentes, todavia as inquietações, as decepções, as inseguranças sociais e pessoais aumentam;

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UM DESAFIO ATUAL:

Não confundir indevidamente bem-estar material e vida feliz!!! Mas, se o consumo (exacerbado!) não

é sinônimo de felicidade, não é possível dizer que ele não é fonte de satisfações reais.

É preciso descobrir o positivo do consumo como fonte real de satisfação pessoal e coletiva.

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PARADOXO E DESAFIO.

A sociedade de hiperconsumo precisa de menos consumo (entendido como imaginário de uma satisfação plena). Mas também precisa de mais consumo para desenvolver a economia!!!

Como garantir um desenvolvimento econômico durável, mas também existências menos dependentes de satisfações consumistas?

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AINDA HÁ ESPERANÇA...

As pessoas continuam a viver para outras coisas que não os bens materiais (amor, verdade, justiça, solidariedade).

“A felicidade que para os modernos seria inevitavelmente alcançada com o progresso das ciências e das técnicas, parece revelar-se um enigma, algo que está para sempre fora de alcance e que talvez dependa daquilo que não se compra”.