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HISTÓRIA 7º ANO - A EUROPA CRISTÃ NOS SÉCULOS VI A IX O NOVO MAPA POLÍTICO DA EUROPA: A FIXAÇÃO DOS POVOS GERMÂNICOS A partir do séc. II, o Império Romano começou a revelar sinais de fragilidade que conduziram à sua divisão e desintegração: • perda de prestígio e autoridade dos imperadores; • falta de mão-de-obra escrava e abandono dos campos; • dificuldades na administração de um tão vasto império; • existência de um número significativo de mercenários nas fileiras do exército romano. Para além destes problemas internos, vários povos, aos quais os Romanos chamavam “bárbaros” (porque não falavam latim e tinham hábitos de vida e tradições diferentes), atraídos pelas riquezas do Império, fixaram-se junto das suas fronteiras. Os que, a princípio, ofereciam mais perigo eram os Germanos.

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HISTÓRIA 7º ANO - A EUROPA CRISTÃ NOS SÉCULOS VI A IX

O NOVO MAPA POLÍTICO DA EUROPA: A FIXAÇÃO DOS POVOS GERMÂNICOS

A partir do séc. II, o Império Romano começou a revelar sinais de fragilidade que conduziram à sua divisão e desintegração:

• perda de prestígio e autoridade dos imperadores;

• falta de mão-de-obra escrava e abandono dos campos;

• dificuldades na administração de um tão vasto império;

• existência de um número significativo de mercenários nas fileiras do exército romano.

Para além destes problemas internos, vários povos, aos quais os Romanos chamavam “bárbaros” (porque não falavam latim e tinham hábitos de vida e tradições diferentes), atraídos pelas riquezas do Império, fixaram-se junto das suas fronteiras. Os que, a princípio, ofereciam mais perigo eram os Germanos.

Enquanto, o Império foi forte, os Romanos conseguiram manter alguma disciplina entre estes povos, permitindo, por exemplo, que alguns deles se instalassem nas fronteiras como colonos e mesmo como membros do exército romano. Porém, nos finais do séc. IV, a pressão exercida pelos Hunos sobre os povos germânicos forçou-os a entrar violentamente na parte ocidental do Império Romano.

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Após a vaga de invasões, os bárbaros organizaram-se em reinos, que alteraram por completo o mapa político da Europa.

A queda do império Romano do Ocidente e o aparecimento dos reinos bárbaros marcaram o fim da Antiguidade Clássica e o início da Idade Média.

A IGREJA CATÓLICA NO OCIDENTE EUROPEU

A partir do século VI, a Igreja de Roma procurou converter os povos germânicos ao Cristianismo, tarefa que só foi possível graças á eficácia de uma hierarquia chefiada pelo papa e organizada em clero secular e clero regular.

Os povos bárbaros que se estabeleceram no território do antigo Império romano eram, em grande parte, pagãos. Outros tinham aderido ao arianismo.

A hierarquia da Igreja Católica

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Em consequência da instabilidade provocada pelas invasões fundaram-se mosteiros um pouco por toda a Europa. Estas instituições religiosas surgiram sobretudo nas zonas rurais, onde proporcionavam refúgio às populações e funcionavam como centros agrícolas e culturais.

Reconstituição de um mosteiro

1.Horta de produtos para alimentação e de plantas medicinais;

2.Dormitório dos monges;

3.Claustro, local sereno reservado à meditação;

4.Igreja, centro da vida religiosa do mosteiro;

5.Hospedaria para os viajantes que pernoitavam nos mosteiros;

6.Enfermaria ou hospital;

7.Pomar;

8.Refeitório;

9.Scriptorium, local onde se copiavam os manuscritos.

Organização da vida monástica

A vida monástica, no entanto, só foi verdadeiramente organizada no início do século VI, quando o monge italiano S. Bento de Núrsia estabeleceu as normas (a regra) a que devia obedecer o dia-a-dia dos monges. Fundou, assim, a primeira grande ordem religiosa do Ocidente Europeu, a Ordem Beneditina.

Regra Beneditina

Segundo a regra beneditina, os monges deveriam dedicar o seu tempo à oração, ao trabalho nos campos e nas oficinas, ao ensino nas escolas, à cópia de manuscritos, ajudar os pobres, a tratar de doentes e acolher peregrinos.

A SEGUNDA VAGA DE INVASÕES (SÉCS. VIII A X)

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Entre os séculos VIII e X, a Europa Ocidental sofreu uma segunda vaga de invasões. A falta de recursos para a defesa de Estados fracos e mal organizados foi uma das causas que tornaram possível a entrada destes novos invasores – Muçulmanos, Vikings e Húngaros – que procuravam terras, riquezas e o prestígio dos seus chefes.

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