A Domotica

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 A Domotica

    1/120

  • 7/31/2019 A Domotica

    2/120

    MAURO RICARDO BRUGNERA

    SISTEMA DE CONTROLE DE TEMPERATURA PARAAMBIENTES RESIDENCIAIS

    Centro Universitrio FeevaleInstituto de Cincias Exatas e Tecnolgicas

    Curso de Cincia da ComputaoTrabalho de Concluso de Curso

    Professor Orientador: Ewerton Cappelatti

    Novo Hamburgo, novembro de 2007.

  • 7/31/2019 A Domotica

    3/120

    AGRADECIMENTOS

    Gostaria de agradecer primeiramente aos meus

    pais, por todo apoio me dado durante todo o

    perodo do curso.

    Ao meu professor orientador que sempre esteve

    presente me ajudando e dando dicas.

    professora Marta Bez, que me apresentouesse excelente assunto para o trabalho.

    Ao professor Delfim Torok por ter dado

    conselhos importantes e ajudado a entender o

    funcionamento do sensor de temperatura.

    indispensvel ajuda do grande colega e

    amigo Maiquel Steinmetz na elaborao do TC.

    Aos meus amigos que sempre estiveram comigo

    qualquer fosse a hora.

  • 7/31/2019 A Domotica

    4/120

    RESUMO

    Com o propsito de melhorar a qualidade de vida, reduzir o trabalho domstico,aumentar o bem estar e a segurana, foi criada a Domtica, que responsvel pela automao

    predial. Possibilita um gerenciando de equipamentos como ares-condicionados, microondas,sistemas de iluminao, cmeras de vdeo dentre outros atravs de um controle central oudistribudo pelo ambiente. A demanda por segurana, gesto e controle, reduo de custos e

    bem-estar traz os sistemas domticos para mais perto da sociedade. O trabalho traz um estudosobre a domtica, suas principais funes e alguns dos primeiros ambientes automatizados.

    proposta do trabalho, a implementao de um software para plataforma Windows que atravsda porta paralela receber informaes de um sensor de temperatura instalado em um abientee ir simular o controle de um sistema de aquecimento de ambiente. Tambm sero estudados,neste volume, os sensores eletrnicos e as portas de comunicao paralela do computador, quesero utilizadas na comunicao entre computador e os dispositivos intermediados pelosoftware. Depois de concludo o desenvolvimento do software e do hardware, conseguiu-seobter as informaes de temperatura do sensor utilizado e com isso foi possvel regular atemperatura ligando e desligando o aquecimento de acordo com o necessrio.

    Palavras-chave: Domtica, automao predial, sensores eletrnicos, porta paralela.

  • 7/31/2019 A Domotica

    5/120

    ABSTRACT

    With the intention to improve the quality of life, to reduce the domestic work, to increase thewell-being and the security, the Domotic was created, that is responsible for the buildings

    automation, managing equipment as air-conditional, microwaves, lighting systems, videocameras among other equipments through a central control installed on the building. Thedemand for security, management and control, reduction of costs and well-being brings closerthe domotics systems to the society. The work brings a study of the domtica, its mainfunctions and some of first automatized environments. It is proposal in this work, theimplementation of a software for Windows platform that through the parallel port will receiveinformations from the temperature sensor installed and will regulate the heating of a heatingsystem simulated. Also it will be studied in this work electronics sensors and the parallelcommunication ports of a computer, that will be used for communication between computerand devices using a dedicated software. Once completed the development of the software andhardware, it was possible to obtain the information from the temperature sensor used and withthis could regulate the temperature turning on and off the heat, as necessary.

    Key words: Domotic, building automation, electronics sensors, parallel port.

  • 7/31/2019 A Domotica

    6/120

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1.1 CONTROLE REMOTO EIB_________________________________26

    FIGURA 1.2 PAINEL DE CONTROLE DE ILUMINAO E DO AR-CONDICIONADO_________________________________________________________27

    FIGURA 1.3 CONTROLE DE FUNES INTERNAS E EXTERNAS________27

    FIGURA 2.4 IMAGEM EXTERIOR DA CASA_____________________________32

    FIGURA 2.5 IMAGEM DO INTERIOR DA CASA _________________________32

    FIGURA 2.6 IMAGEM DE INTERAO COM USURIO_________________32

    FIGURA 2.7 CONTROLE DE ILUMINAO E CORTINAS INFRA-VERMELHO_____________________________________________________________40

    FIGURA 2.8 RECEPTOR INFRA-VERMELHO____________________________40

    FIGURA 2.9 CONTROLE DOS APARELHOS DE UDIO E VDEO_________41

    FIGURA 2.10 CONTROLE DE LIGAMENTO E DESLIGAMENTO_________41

    FIGURA 2.11 ESQUEMA DE COMUNICAO WIRELESS________________42

    FIGURA 2.12 DISPOSITIVO DE RECEPO E DE COMUNICAOWIRELESS_______________________________________________________________42

    FIGURA 2.13 EMISSOR E RECEPTOR DO SISTEMA PHONEVIE_________46

    FIGURA 3.14 RESISTORES DE TEMPERATURA_________________________50

    FIGURA 3.15 CURVA DE RESISTNCIA DOS SENSORES NTC____________50FIGURA 3.16 DIODO DE SILCIO_______________________________________50

    FIGURA 3.17 RETA DE REPRESENTAO DO DIODO___________________50

    FIGURA 3.18 IMAGEM DE UM TERMOPAR_____________________________51

    FIGURA 3.19 SENSORES LDR___________________________________________52

    FIGURA 3.20 SENSOR DE FOTO-DIODO________________________________52

    FIGURA 3.21 FOTO-TRANSISTOR______________________________________53

    FIGURA 3.22 TACOGERADOR__________________________________________53

    FIGURA 3.23 SENSOR DE LMINAS____________________________________54

    FIGURA 3.24 ACIONAMENTO POR IM DO SENSOR DE LMINAS_____54

  • 7/31/2019 A Domotica

    7/120

    FIGURA 3.25 SENSOR PTICO DE REFLEXO__________________________54

    FIGURA 3.26 SENSOR PTICO DE INTERRUPO______________________54

    FIGURA 3.27 CHAVES DE FIM-DE-CURSO______________________________55

    FIGURA 3.28 POTENCIMETRO DESLIZANTE ESQUERDA EPOTENCIMETRO DE GIRO DIREITA_________________________________56

    FIGURA 4.29 CONECTOR DB-25 DO CABO DE CONEXO DA PORTAPARALELA______________________________________________________________58

    FIGURA 4.30 DESCRIO DOS PINOS DO CONECTOR DA PORTAPARALELA PARA O PROTOCOLO CENTRONICS_________________________58

    FIGURA 4.31 ESQUEMA DE ENVIO DE BITS____________________________60

    FIGURA 4.32 COMPARATIVO ENTRE OS MODOS EM KB/S_____________61

    FIGURA 4.33 CANAIS DE ENVIO DE DADOS E CONTROLE_____________62FIGURA 4.34 ESQUEMA DO MODO NIBBLE_____________________________63

    FIGURA 4.35 BITS DA PORTA DE ENVIO DE DADOS____________________66

    FIGURA 4.36 BITS DA PORTA DE STATUS_______________________________66

    FIGURA 4.37 BITS DA PORTA DE CONTROLE___________________________67

    FIGURA 5.38 FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DETEMPERATURA._________________________________________________________69

    FIGURA 5.39 VISO DE CIMA DA PLANTA DO SENSOR TMP122________74

    FIGURA 5.40 PROCESSO DE COMUNICAO DO COMPUTADOR COM OSENSOR_________________________________________________________________76

    FIGURA 5.41 PROCESSADOR DE COMUNICAO COM O SENSOR DETEMPERATURA_________________________________________________________77

    FIGURA 5.42 COMPARAO DO SINAL LIDO COM A TEMPERATURAEM GRAUS CELCIUS____________________________________________________78

    FIGURA 5.43 NO DETALHE, FINAL DE UMA AQUISIO DETEMPERATURA OBSERVADA NO OSCILOSCPIO_______________________78

    FIGURA 5.44 PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO CONTENDO OS

    COMPONETES NECESSRIOS PARA O CONTROLE______________________79FIGURA 5.45 TELA DE APRESENTAO DO SOFTWAREDESENVOLVIDO_________________________________________________________80

    FIGURA 5.46 ITENS DA ABA TEMPERATURA DO SOFTWARE CONTROLEDE TEMPERATURA______________________________________________________80

    FIGURA 5.47 PROGRAMAO DO AQUECIMENTO DO SOFTWARECONTROLE DE TEMPERATURA_________________________________________81

    FIGURA 5.48 FUNCIONAMENTO EM MODO MANUAL DESATIVADO____81

    FIGURA 5.49 FUNCIONAMENTO EM MODO MANUAL ATIVADO________82

    FIGURA 5.50 MODO DE OPERAO DEFINIDO POR DATA_____________83

    FIGURA 5.51 ABA ILUMINAO E SEUS COMPONENTES_______________83

  • 7/31/2019 A Domotica

    8/120

    FIGURA 5.52 TELA DE PROGRAMAO DA ILUMINAO_____________84

    FIGURA 5.53 SETOR 1 DE ILUMINAO LIGADO______________________84

    FIGURA 5.54 TELA DE CONFIGURAES DO PROGRAMA_____________85

  • 7/31/2019 A Domotica

    9/120

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 4.1 MAPEAMENTO DOS PINOS DO CONECTOR DA PORTAPARALELA.______________________________________________________________59

    TABELA 5.2 TABELA DE VALORES DOS PINOS DOS REGISTRADORES_71

    TABELA 5.3 MAPEAMENTO DOS DISPOSITIVOS PELOS PINOS DAPORTA PARALELA_______________________________________________________72

    TABELA 5.4 MAPEAMENTO DO SIGNIFICADO DOS BITS DETEMPERATURA_________________________________________________________75

    10

  • 7/31/2019 A Domotica

    10/120

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    AIDELEC Asociacin de Industriales para el Desarrollo de la Eletricidad em Rhne-Alpes

    ASHRAE American Society of Heading, Refrigerating, and Air-Conditioning Engeneers

    BACnet Building Automation and Control NetworkBIOS Basic Input Output System

    CAL Commun Appliance Language

    CD Compact Disc

    Cebus Consumer Electronics Bus

    DLL Dynamic Library Link

    DMA Direct Memory Access

    DVD Digital Versatile Disc

    ECP Extended Capabilities Port

    EHS European Home System

    EIA Eletronic Industries Association

    EIB European Installation Bus

    EPP Enhanced Parallel Port

    HD Hard Disc

    HLM Habitations Loyer Modique

    IRQ Interrupt Request

    LDR Light Dependent Resistor

    LPT Line Printer

    NTC Negative Temperature Coeficient

    OSI Open System Interconnection

    PTC Positive Temperatura Coeficient

    RLE Run Lenght EncodedSPC Standard Project Committee

    SPP Standard Parallel Port

    TCP Transmission Control Protocol

    TRON The Real-Time Operating System Nucleus

    VNC Virtual Network Computing

  • 7/31/2019 A Domotica

    11/120

    SUMRIO

    SISTEMA DE CONTROLE DE TEMPERATURA PARA AMBIENTES

    RESIDENCIAIS___________________________________________________________1SISTEMA DE CONTROLE DE TEMPERATURA PARA AMBIENTES

    RESIDENCIAIS___________________________________________________________2

    INTRODUO___________________________________________________________15

    INTRODUO___________________________________________________________15

    1 DOMTICA ______________________________________________________ 17

    FUNES DA DOMTICA..............................................................................................191.1.1 Funo de Gesto ...................................................................................... 20

    1.1.1.1 Iluminao ............................................................................................ 211.1.1.2 Calefao Ventilao e Ar-Condicionado ............................................ 211.1.2 Funo de Controle-Comando ................................................................... 22

    1.1.2.1 Controle Tcnico ..................................................................................22Segurana.....................................................................................................................22Funo de Assistncia e Sade....................................................................................23

    Comunicao...................................................................................................................23

    1.1.2.2 Controle ................................................................................................241.1.2.3 Comodidade ......................................................................................... 24

    PADRES DOMTICOS...................................................................................................25Padro BACnet................................................................................................................25

    Padro EIB......................................................................................................................26Padro LonTalk...............................................................................................................27

    Padro Cebus..................................................................................................................28

    2 AMBIENTES AUTOMATIZADOS____________________________________ 30

    2.1 CASA NEXT ....................................................................................................... 302.2 PROJETO TRON .................................................................................................. 312.3 PROJETO SMART HOUSE .................................................................................. 332.4 PROJETO DORIS ................................................................................................. 35

    2.4.1 Segurana ...................................................................................................362.4.2 Gesto Tcnica ...........................................................................................36

    2.5 PROJETO LYON PANORAMA ............................................................................. 372.5.1 Gesto de energia ...................................................................................... 38

  • 7/31/2019 A Domotica

    12/120

    2.5.2 Segurana dos habitantes e dos bens ....................................................... 382.5.3 Controle dos equipamentos ........................................................................39

    2.6 PROJETO HD 2000 .............................................................................................. 392.6.1 Sistema CAD .............................................................................................. 39

    2.6.2 Sistema B & O-LINK ...................................................................................402.6.3 Sistema KITERM ........................................................................................ 422.6.4 Sistema PERFORMER 2000 ......................................................................432.6.5 Sistema ISIS ............................................................................................... 432.6.6 Sistema NESTOR .......................................................................................442.6.7 Sistema LINTEGRALE ...............................................................................442.6.8 Sistema ELETRODOMOTIQUE .................................................................442.6.9 Sistema SAVENER-LAUDREN ..................................................................452.6.10 Sistema PHONEVIE ................................................................................. 45

    2.7 PROJETO THORN-EMI........................................................................................ 46

    3 SENSORES______________________________________________________ 483.1 TIPOSDESENSORES............................................................................................... 49

    3.1.1 Sensores de temperatura ........................................................................... 493.1.2 Sensores de luz ..........................................................................................513.1.3 Sensores de movimento .............................................................................533.1.4 Sensores de posio .................................................................................. 55

    4 PORTAS DE COMUNICAO DE COMPUTADORES__________________ 57

    4.1 CONECTOR........................................................................................................... 574.2 FUNCIONAMENTO.................................................................................................... 594.3 MODOSDEOPERAO............................................................................................. 61

    4.3.1 Modo SPP ...................................................................................................614.3.2 Modo Nibble ................................................................................................624.3.3 Modo Byte ...................................................................................................634.3.4 Modo EPP ...................................................................................................634.3.5 Modo ECP ...................................................................................................64

    4.4 ENDEREAMENTO................................................................................................... 65

    5 DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE DE CONTROLE ________________ 68

    5.1 SISTEMASDECONTROLE.......................................................................................... 695.2 COMUNICAO...................................................................................................... 70

    5.2.1 Dispositivos operados pelo sistema ........................................................... 72

    5.2.2 Comunicao com o sensor de temperatura ............................................. 735.3 HARDWARE........................................................................................................... 795.4 INTERFACE............................................................................................................ 795.5 TOLERNCIAFALHASEACESSOREMOTO.................................................................... 85

    CONSIDERAES FINAIS_______________________________________________88

    CONSIDERAES FINAIS_______________________________________________88

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS_______________________________________90

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS_______________________________________90

    ANEXOS_________________________________________________________________93ANEXOS_________________________________________________________________93

    ANEXO 1 CDIGO FONTE DO SOFTWARE_____________________________94

    13

  • 7/31/2019 A Domotica

    13/120

    ANEXO 1 CDIGO FONTE DO SOFTWARE_____________________________94

    14

  • 7/31/2019 A Domotica

    14/120

    INTRODUO

    A Domtica, tambm conhecida como responsvel pelo projeto de edifcios

    inteligentes, faz parte de uma rea da informtica/engenharia que est interessando cada vez

    mais clientes particulares, e deixando de ser exclusividade de empresas, visando melhorar a

    qualidade de vida, reduzir o trabalho domstico, aumentar o bem estar e a segurana. um

    segmento da tecnologia que vem crescendo exponencialmente oferecendo solues que

    proporcionam maior conforto, segurana e mesmo a reduo no gasto de energia eltrica.

    Com essa nova tcnica, faz-se possvel a superviso, controle e monitoramento de

    equipamentos instalados na construo como ares-condicionados, sistemas de iluminao e

    cmeras de segurana, sendo adaptvel a muitas necessidades.

    O monitoramento/acionamento de cargas realizado por um nico sistema central

    que pode, inclusive, ser remoto. Como exemplo dessas funes pode-se citar o ligar e desligar

    de equipamentos e perifricos da casa, monitorar um ambiente interna/externamente atravs

    de cmeras instaladas, implementar um agente controlador que pode automaticamente avaliar

    as condies dos equipamentos e definir aes pr-programadas (BACNET, 2007),

    (CASADOMO, 2007). A comunicao dos aparelhos se d por meio das portas de

    entrada/sada de computadores como serial e/ou paralela ou at mesmo utilizando-se o

    Transmission Control Protocol(TCP).

    A proposta deste trabalho projetar um sistema de controle de temperatura de

    ambiente. Ser utilizada a portas de comunicao paralela do computador para processamento

    de informaes provenienetes de um sensor de temperatura. O programa processa os dados

    relevantes temperatura obtida pelo sensor e define aes para o sistema de controle em

    funo dos dados recebidos pelo canal de comunicao.

  • 7/31/2019 A Domotica

    15/120

    No Captulo 1 ser apresentado o assunto de automao predial como sendo a

    Domtica, uma rea da tecnologia e um meio de controle de aparelhos domsticos atravs de

    centrais computadorizadas visando a comodidade e bem estar para os usurios, tambm

    considerando a busca por reduo do consumo energtico. Fala sobre as necessidades do

    homem e as funes e benefcios que a automatizao de controle de aparelhos eletrnicos

    podem fazer para suprir-las. As funes que podem ser realizadas esto divididas em funo

    de gesto, funo de controle e comando e funo de comunicao.Esto descritos alguns

    padres domticos, onde descreve brevemente sistemas que foram criados com o objetivo de

    estabelecer um padro para intercomunicao de aparelhos domticos. Os padres mais

    utilizados abortados no captulo so BACnet, EIB, LonTalk e Cebus.

    No Captulo 2 diz respeito aos primeiros ambientes domiciliares construdos com

    algum tipo de automao. Os ambientes Casa NEXT, Projeto TRON, Projeto SMART

    HOUSE, Projeto DORIS, Projeto LYON PANORAMA, Projeto HD 2000 e Projeto THORN-

    EMI esto descritos com suas funes e caractersticas especficas e distintas.

    No Captulo 3 so abordados alguns tipos de transdutores de sinal (sensores)

    utilizados em sistemas Domticos.

    O Captulo 4 contm caractersticas e fundamentos da porta paralela. Essa porta foiescolhida para realizar a comunicao de um software de controle a ser criado com

    equipamentos externos ligados ao computador atravs de um cabo.

    Por ltimo, antes das consideraes finais, o Captulo 5 apresenta o software

    desenvolvido bem como simulaes e testes.

    16

  • 7/31/2019 A Domotica

    16/120

    1 DOMTICA

    Tambm conhecida com as denominaes de smart building e intelligent

    building, a Domtica um recurso utilizado para controle de um ou mais aparelhos

    eletrnicos por meio de uma central computadorizada. O termo surgiu da juno da palavra

    Domus que significa residncia com a palavra eletrnica e informtica, termo que foi

    adotado em todos pases europeus. Os equipamentos e a tecnologia utilizada so semelhantes

    s utilizadas em ambientes industriais (WOLF, 2005, p. 19 - 20), (ANGEL, 1993, p. 13 - 4).

    Como sendo um novo domnio da tecnologia, a Domtica tem o objetivo bsico de

    melhorar a qualidade de vida, reduzir o trabalho domstico e aumentar o bem estar e

    segurana. Assim necessria a integrao dos meios construdos com as reas de segurana,

    comunicao e controle de gesto e fluxos. Essa tecnologia est cada vez mais presente na

    construo de edifcios, casas residenciais e tambm em rede de servios externos (ANGEL,

    1993, p. 7 - 15).

    As construes ao redor do mundo, como casas domiciliares, escolas, edificaes

    comerciais, oficinas, vem incorporando pouco a pouco tecnologias de integrao com o

    espao. uma juno de todos elementos formando um sistema nico, integrando o espao

    em que vivemos, ambientes de trabalho e ambientes de descanso. Essas integraes de

    tecnologia e espao acontecem por vrios motivos como busca por novos mercados para

    produtos, melhorar a eficincia em ambientes de trabalho e aumentar as condies de conforto

    para residncias (ANGEL, 1993, p. 11).

    Na Europa a explorao da Domtica tem seus recursos investidos na procura por

    diminuio do consumo energtico nos equipamentos por volta da Dcada de Oitenta. Assim

    surgem equipamentos e sistema de alta performance energtica capaz de reduzir o gasto e

    ainda oferecer aos usurios um maior conforto (ANGEL, 1993, p. 12).

  • 7/31/2019 A Domotica

    17/120

    A Domtica evolui com a integrao de novas tecnologias com o objetivo de se

    ajustar crescente exigncia de qualidade e segurana, assegurando a conectividade dos

    servios como um conjunto. Mas no somente residncias e construes fechadas que vem

    evoluindo com a utilizao dessas tcnicas. Setor pblico tambm vem sendo beneficiado na

    inovao dos servios urbanos (ANGEL, 1993, p. 12).

    A tecnologia de informao em geral, juntamente com a telecomunicao tem tido

    benefcios com a entrada da Domtica. caracterizado por oferecer um maior benefcio,

    maior gerenciamento e oferecer os servios de forma mais eficiente. Essas novas tecnologias

    chamadas servios avanados so verses inteligentes dos sistemas atuais empregados

    (ANGEL, 1993, p. 12).Vem sendo empregada com diferentes objetivos nas regies distintas. Usurios dos

    Estados Unidos procuram pelo fator econmico e organizacional. No Japo, h uma busca por

    informatizar tudo o que for possvel. A Europa alm dos fatores econmicos e tcnicos est

    preocupada tambm com os fatores ecolgicos e com o bem estar dos habitantes (ANGEL,

    1993, p. 14).

    A definio de Domtica de acordo com ANGEL (1993, p. 14) aquela que existe

    agrupamentos automatizados de equipamentos, normalmente associados por funes quepossuem a capacidade de comunicao entre elas atravs de um sistema multimdia que os

    integra.

    Todo o sistema deve ser montado integrando a participao dos vrios equipamentos

    de distintos sistemas do ambiente atravs de uma aplicao. O usurio interage com o sistema

    atravs da aplicao que gerencia todos equipamentos. Essa comunicao interativa pode dar

    origens a vrios tipos de aplicaes distintas com propsitos diferentes, em variados modelos

    de sistemas (ANGEL, 1993, p. 15).

    Com a automao do ambiente, o usurio tem a possibilidade de gerenciar o espao

    ao seu redor com uma interface simples e fcil de entender. Com essas interfaces podem ser

    feitas programaes nas funes do sistema, possibilitando assim um maior controle tanto no

    interior como no exterior da casa (ANGEL, 1993, p. 15).

    A tecnologia dos equipamentos com o processamento digital aliada dimenso

    social que busca uma maior qualidade de vida, comunicao conforto e segurana e a

    dimenso econmica andam em constante evoluo, formaram a Domtica (ANGEL, 1993, p.

    16).

  • 7/31/2019 A Domotica

    18/120

    FUNES DA DOMTICA

    De acordo com ANGEL (1993, p. 43) as necessidades do homem esto ligadas ao

    ambiente em que ele vive. A casa do indivduo deve adaptar-se as suas necessidades, o que

    requer uma contnua evoluo. A Domtica busca sanar essas necessidades oferecendo uma

    melhor qualidade de vida em necessidades identificadas como:

    Manter uma temperatura agradvel dentro do ambiente em todas as estaes

    do ano. Isso requer equipamentos de climatizao regulveis, com o menor

    consumo de energia;

    Dispor de iluminao suficiente em todos os cmodos da casa para um maior

    conforto visual;

    Dispor de um ambiente tranqilo, livre de perturbaes acsticas como

    isolamento de ambientes ruidosos e proteo dos rudos externos a casa como

    barulhos da cidade. Mas sem isolar totalmente os habitantes com o exterior

    mantendo um certo contato sonoro para evitar a sensao de opresso;

    Dispor de ar puro, no muito mido nem muito seco e sem correntes de ar,

    mesmo com as atividades domsticas interiores como higinicas, ldicas e

    profissionais que contm um certo grau de umidade e poluio;

    Estar protegido contra assaltos de maneira a garantir a segurana das pessoas

    e dos bens;

    Assegurar mltiplas tarefas domsticas como limpeza, conservao dos

    locais, armazenamento dos alimentos e outros. Esse caso se trata de conforto de

    atividade;

    Distrao;

    Comunicao. Tanto no interior como no exterior da casa;

    Gerenciamento dos recursos necessrios como energia e gua, o mantimento

    dos aparelhos domsticos e a otimizao dos gastos;

    Realizar estudos e trabalhos em casa a distncia. Possibilitados pelo avano

    da microeletrnica e das telecomunicaes.

  • 7/31/2019 A Domotica

    19/120

    em torno dessas necessidades acima mencionadas que identificamos e

    classificamos as funes que podem satisfazer-las. Essas separadas distintamente: controlar;

    gerenciar e comunicar.

    Segundo Angel (1983, p. 45), o sistema domtico anlogo ao sistema do corpo

    humano. As funes domsticas realizadas pelo homem tm o mesmo processo que busca a

    Domtica. Na Domtica so usados elementos sensveis chamados sensores para emular os

    sentidos humanos: viso; olfato; audio; tato e paladar, o que torna uma tarefa realizada por

    humanos realizvel por mquinas.

    As medies feitas pelos sensores devem ser enviadas para uma central capaz de

    analisar os dados. O mesmo acontece com o ser humano, onde o sistema nervoso envia asinformaes reconhecidas por nossos sentidos ao crebro. Na automao, necessria uma

    rede de transmisso de sinais eltricos, sendo eles por meios materiais como cabos condutores

    ou por meios de tele-transmisso como infravermelho, ultra-som, ou rdio freqncia, que

    simulam o sistema nervoso.

    A inteligncia do crebro a que seleciona as informaes recebidas, compara e

    toma uma deciso com base nos conhecimentos obtidos. O sistema domtico tambm tem um

    sistema de inteligncia centralizada e alguns casos, descentralizada. Com um circuito dememria capaz de decodificar os sinais eltricos que chegam at ele enviados pelos

    sensores, comparar os dados levando em conta a programao existente e decidir a ao que

    ser realizada.

    As aes previstas pela memria central so enviadas aos dispositivos de comando

    chamados atuadores, da mesma maneira que feito o envio das ordens realizadas pelo crebro

    para os msculos.

    As funes domticas nos permitem realizar inmeras atividades tais como as

    anteriormente citadas. Assim as funes so separadas distintamente como sendo funes de

    gesto, controle e comunicao (ANGEL, 1993, 46).

    1.1.1 Funo de Gesto

    uma funo que existe com o objetivo de automatizar sistemas cotidianos do

    ambiente como iluminao, calefao, qualidade do ar e a funcionalidade de outros aparelhos

    relacionados com conforto (ANGEL, 1993, p. 48).

  • 7/31/2019 A Domotica

    20/120

    1.1.1.1 Iluminao

    A aplicao bsica desta funo o acendimento e desligamento de luzes de pontos

    diferentes, em funo da luminosidade externa. Para isso se usam sensores como clulas

    fotovoltaicas e fototransistores, dando ao sistema a habilidade de ligamento automtico das

    lmpadas quando a luminosidade chegar a um nvel previamente definido. Os comandos da

    iluminao podem ser realizados de diversas maneiras dentro dos limites especficos de cada

    aparelho (ANGEL, 1993, p. 48 - 51):

    Gesto global por zonas com comando nicos que podem ser programados

    regulados de acordo com o ambiente;

    Acendimento automtico de lmpadas independentes de acordo compresena, ou por abertura de porta;

    Temporizador para luzes de locais onde o uso intermitente como corredores

    e banheiros;

    Acionamento e desligamento de lmpadas desde o exterior da casa com

    aparelhos que utilizam radiofreqncia;

    Gesto de variao de intensidade da iluminao, para adequao ao

    ambiente, que pode ser realizado desde a central ou pelo usurio de forma

    normal.

    1.1.1.2 Calefao Ventilao e Ar-Condicionado

    Com o desenvolvimento dos sensores e softwares para controle de funcionamento da

    climatizao, conseguiu-se introduzir um sistema de calefao independente por setores

    fazendo uso de vlvulas eletrotrmicas e com consumo mais reduzido. Com esse novo

    sistema, pode-se (ANGEL, 1993, p. 51 - 2):

    Otimizao em relao ao meio externo;

    Auto-adaptao, levando em conta o tempo de resposta dos equipamentos;

    Gesto de ambientes individualizados, cada um com controle de temperatura;

    Controlar a distncia a temperatura interna da casa atravs do Minitel1;

    1 Minitel um aparelho porttil que possibilita a conexo em redes de dados distncia. Est equipado com umpequeno visor e teclas (SOC.CULTURE.FRENCH, 2007).

  • 7/31/2019 A Domotica

    21/120

    Passa para um nvel de mais baixo consumo quando no h residentes em

    casa;

    Desativar a calefao e ares-condicionados se algum janela estiver aberta.

    1.1.2 Funo de Controle-Comando

    A funo de controle traz ao usurio informaes do sistema permitindo a esse ter

    uma noo do atual estado de funcionamento dos aparelhos, controlando e prevenindo falhas

    e comandando intervenes de mantimento preventivo (ANGEL, 1993, p. 55).

    1.1.2.1 Controle Tcnico

    Com esse controle, torna ao usurio mais confivel o uso dos equipamentos,

    dispositivos e instalaes, com autodiagnstico que permite uma programao dos gastos.

    Com isso possvel (ANGEL, 1993, p. 56 - 8):

    Receber mensagens de falhas nos sistemas ou aparelhos nos monitores de

    controle ou na televiso;

    Centralizao de informao referente aos estados dos sistemas como portas e

    janelas abertas, luzes acesas e outros em um painel de controle; Pr-seleo de equipamentos que so desligados da rele eltrica em casos de

    consumo superior em relao energia contratada, evitando uma sobrecarga de

    potncia;

    Informao de custos e tarifas que esto sendo consumidos como gua, gs e

    eletricidade, levando em conta os horrios distintos em que a tarifa tem menores

    valores;

    Programao de execuo de comando conjunto, como desligamento de todas

    as luzes, ativao do sistema de segurana, fechamento das cortinas e corte de

    gs e gua, tudo ao mesmo tempo.

    Segurana

    Esse sistema busca a proteo da casa e dos moradores de riscos exteriores ou

    domsticos. Inclui a deteco de intrusos no ambiente tomando aes ativas como alarmes

    acsticos, conexes com empresas de segurana, gravao com sistema de vdeo, bloqueioautomtico de portas e janelas ou aes dissuasivas simulando presena interna, ligando e

  • 7/31/2019 A Domotica

    22/120

    desligando lmpadas, rdios e televiso quando a casa se encontra vazia. Toma conta da

    segurana em casos de riscos domsticos como incndios, vazamento de gs e choques

    eltricos. Para garantir o bem estar da famlia, os riscos devem ser detectados e avisados

    atravs de alarmes ou transmisses para empresas de segurana, a tempo para que se possa

    tomar uma atitude em relao ao problema. Em relao preveno de acidentes, o sistema de

    segurana conta com (ANGEL, 1993, p. 58 - 60):

    Deteco de fogo. Sistemas mais atuais tem tecnologia para gerenciar a casa

    em casas de incndios, indicando o caminho da sada, informando precisamente

    o local do sinistro, fechando portas para evitar que o fogo se espalhe e comunicar

    pessoas anteriormente programadas no sistema;

    Deteco de fugas de gs ou de gua. O sistema em casos de deteco de

    vazamentos pode enviar um alarme. Em alguns casos o sistema tem a

    possibilidade de cortar o mantimento de gs ou gua e tambm cortar a energia

    eltrica evitando choques.

    Deteco de intruso. A principal funo de segurana a deteco de

    intruso de pessoas estranhas ao ambiente. Em casos de deteco de estranhos o

    sistema pode enviar uma mensagem por sinais ou soar o alarme e enviarmensagens por telefone;

    Tele vigilncia. Conta com um sistema de cmeras que transmitem imagens

    para monitores internos ou para a televiso, utilizado em casos de suspeitas e

    pode-se gravar cenas em casos de deteco de intruso.

    Funo de Assistncia e Sade

    uma funo aplicada ao controle da sade, que com ajuda de equipamentos

    possvel prevenir doenas e problemas de sade. Como no caso de um dispositivo instalado

    no sifo do banheiro que pode medir o pulso e a presso arterial, o nvel de acar e albumina

    na urina registrando os dados. Esse equipamento foi utilizado no projeto The Real Time

    Operating System Nucleus (TRON) que ser visto mais adiante. H tambm dispositivos

    espalhados pela casa, ou carregados com as pessoas, que em caso do morador passar mal ou

    outro problema, o mesmo aciona o dispositivo que envia um aviso a uma central receptora, a

    um centro de sade ou a algum vizinho (ANGEL, 1993, p. 60 - 1).

    Comunicao

  • 7/31/2019 A Domotica

    23/120

    O servio de comunicao se aplica a interatividade tanto de equipamentos usurio

    quanto os equipamentos entre si por meio de cabos e outros sistemas de comunicao. Um

    exemplo de comunicao entre equipamento e usurio, pode ser citado comando de televiso

    ou do aparelho de som atravs de controles de infravermelho, e a comunicao de

    equipamento com equipamento pode ser exemplificada com a conexo de um sistema de

    segurana e a rede telefnica, meio o qual o sistema realiza chamados em casos de

    emergncia (ANGEL, 1993, p. 61 - 2).

    1.1.2.2 Controle

    Com a ajuda das funes de controle e gesto, possvel que todos os sistemas da

    casa estejam em contanto entre si e com os habitantes. Com o desenvolvimento das tcnicas

    digitais e dos microprocessadores, os usurios recebem sinais dos sistemas atravs de udio,

    texto, dados e imagens e acordo com a programao de cada e o controle efetuado, uma vez

    que as tcnicas de controle so semelhantes em todos os dispositivos. A comunicao pode

    ser realizada utilizando os cabos de comunicao convencional ou utilizar comandos

    distncia, o que requer aos dispositivos infravermelho, ultra-som, ou rdio freqncia. Alguns

    sistemas domticos tratam a comunicao toda conjunta ajudando na interao com o

    ambiente (ANGEL, 1993, p. 64).

    1.1.2.3 Comodidade

    A Domtica utiliza redes de alta capacidade de transmisso de dados e protocolos de

    comunicao com grandes velocidades e com funes realizveis a distncia passa ao usurio

    a possibilidade de aumentar e personalizar as distintas funes da casa. A concentrao de

    todos os comandos por controle remoto de aparelhos em apenas uma interface garante um

    maior bem estar. O que este servio tem a oferecer para um maior conforto:

    Concentrar aparelhos de udio e vdeo em um ponto do ambiente;

    Concretizar uma comunicao entre os aparelhos para diminuir os comandos

    mltiplos;

    Disponibilizar em outros cmodos da casa, receptores conectados a uma

    mesma rede de comunicao.

    Alguns sistemas contam com um controlador para aparelhos de imagem e vdeo, com

    microprocessador integrado, uma rede de conexo separada e controles por infravermelho emcada ambiente (ANGEL, 1993, p. 65 - 6).

  • 7/31/2019 A Domotica

    24/120

    PADRES DOMTICOS

    Para facilitar e padronizar o modo de comunicao da interface

    computador/dispositivo domstico, h uma necessidade de criao de um protocolo de

    comunicao entre os equipamentos. Vrias instituies trabalharam na construo de padres

    de protocolos de comunicao com o objetivo de possibilitar uma inter conectividade entre os

    aparelhos. De acordo com Wolf (2005, p.20), os protocolos mais utilizados so: Building

    Automation and Control Network (BACnet), European Installation Bus (EIB), Lontalk e

    Consumer Electronics Bus (Cebus).

    Padro BACnet

    O padro BACnet um protocolo usado na automao para comunicao com

    computadores. As regras so escritas em especificaes que explicam o que requerido para

    completar o protocolo.

    O BACnet est em projeto desde junho de 1987 quando o primeiro encontro do

    Standard Project Committee (SPC) entrou na American Society of Heading, Refrigerating,

    and Air-Conditioning Engeneers (ASHRAE), uma organizao internacional fundada em

    1894, com o objetivo de evoluir sistemas de resfriamento.

    As regras do BACnet abrangem desde a escolha do cabo a ser usado para a

    comunicao at como devem ser executados os comandos. As regras definem

    especificamente o que necessrio para construir um equipamento para controle e automao,

    como o tipo de valor que deve ser requisitado para temperatura, a programao dos

    ventiladores e formas de se definir um alarme de operao.

    Sendo os sistemas dos aparelhos diferentes entre os diversos fabricantes, as regrasestabelecidas para as funes internas formam um padro a ser seguido. Como exemplo,

    podem ser citadas entradas e sadas de dados de forma analgica e digital, programaes,

    controle de repeties e alarmes.

    As regras do BACnet so baseadas no modelo cliente-servidor. O equipamento

    denominado cliente envia um pedido de alguma funo para o servidor. Este processa e envia

    de volta o resultado obtido (ASHRAE, 2007), (BACNET, 2007).

  • 7/31/2019 A Domotica

    25/120

    Padro EIB

    Fundado na Europa por grandes empresas como a Siemens, Gira, Jung, Merten e

    ABB, a Instabus agora conhecido como EIB, responsvel por 40% das instalaes

    comerciais controlados pelo seu sistema. Ainda em crescimento, o EIB quer ainda se tornar

    compatvel com outros padres europeus, o BatiBus e European Home System (EHS), assim

    passando a ser chamado de Konnex. Com um grande e crescente nmero de empresas usando

    o padro EIB torna a tecnologia dominante.

    Alem de aplicaes como controle de luzes, cortinas e sistemas de ventilao,

    incluem controle total de ambientes, salas de udio, acesso de controle a distncia por rede e

    Internet e inteligncia artificial que atua de acordo com as condies externas como ventos e

    chuvas. A Figura 1.1, mostra um modelo de controle remoto para os equipamentos EIB.

    Figura 1.1 Controle remoto EIB

    Fonte: HIDDEN WIRES (2007).

    A mesma tecnologia pode ser usada tanto em pequenas instalaes como em grandes

    edificaes, devido ao seu sistema hierrquico lembrando uma rvore genealgica. O

    protocolo EIB totalmente baseado em rede ponto-a-ponto, suportando mais de 61.455dispositivos.

    Painis de controle, como mostra na Figura 1.2 e 1.3, so instalados prximos aos

    aparelhos interligados por cabos usados como trfego de dados, os mesmos usados em

    sensores.

  • 7/31/2019 A Domotica

    26/120

    Figura 1.2 Painel de controle de iluminao e do ar-condicionadoFonte: HIDDEN WIRES (2007).

    Figura 1.3 Controle de funes internas e externasFonte: HIDDEN WIRES (2007).

    O sistema altamente tolerante a falhas. No caso de falta de luz, ou uma queda onde

    seja necessrio reiniciar o sistema, cada dispositivo toma conta de suas funes

    autonomamente por alguns segundos enquanto o sistema principal estiver fora (HIDDEN

    WIRES, 2007).

    Padro LonTalk

    O protocolo LonTalk implementa todas as camadas do modelo Open System

    Interconnection (OSI), e totalmente voltado para redes ponto a ponto. Um hardware com

    LonTalk pode conectar vrios dispositivos. Esse protocolo independente do tipo de meio de

    transmisso, incluindo par tranado, infravermelho, cabo coaxial e fibra tica.

  • 7/31/2019 A Domotica

    27/120

    Cada dispositivo recebe um nome nico ao ser fabricado, e isso no pode ser

    alterado. Diferente do nome, cada dispositivo ou um grupo de dispositivos recebe um

    endereo dentro de uma classe. Esse endereo pode ser alterado a qualquer momento.

    O sistema LonTalk possui uma interface prpria para intercomunicao entre os

    dispositivos. Essa interface compatvel com qualquer dispositivo micro-controlado, micro-

    processado ou mesmo um computador. Assim essa interface define o formato de todos os

    formatos dos pacotes a serem trocados na rede.

    Para se comunicar com os dispositivos, a aplicao gera dados como temperaturas,

    estados, presso, textos, encapsula em um formato padro para os dispositivos e envia pela

    rede. Os dados que trafegam na rede so chamados de variveis e cada varivel possui umtipo declarado na aplicao. Essas variveis so esperadas pelos dispositivos como dados para

    o funcionamento (CWCT, 2007).

    Padro Cebus

    Esse protocolo de comunicao um padro adotado nos Estados Unidos da

    Amrica, desenvolvido pela Eletronic Industries Association (Associao de Indstrias

    Eletrnicas EIA). Teve seu incio em 1984 quando houve a necessidade de padronizar a

    sinalizao dos raios infravermelhos de controle remotos de aparelhos eletrnicos.

    O padro tem por objetivo:

    Incentivar o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo que possam ser

    interligados com eletrodomsticos;

    Dar suporte a distribuio de udio e vdeo pelo ambiente;

    Evitar a centralizao de controle, distribuindo a inteligncia entre osequipamentos instalados.

    O Cebus responsvel por definir o canal de controle por onde so enviados

    comando e informaes dos estados de funcionamento atravs de mensagens. As mensagens

    contm a informao de destino a qual ser entregue sem nenhuma referncia sobre o suporte

    do meio fsico que esto situados os transmissores e receptores. Sendo por esse motivo, as

    normas Cebus tratam de criar uma rede uniforme para intercomunicao. Em casos que se

  • 7/31/2019 A Domotica

    28/120

    necessite comunicar duas redes de comunicao distintas como sistema de alarme e

    iluminao, utilizado um roteador1.

    Cada aparelho tem um endereo e para que seja mais prtica a difuso de mensagens,

    esto definidos endereos de difuso, onde todos aparelhos recebem o mesmo sinal e

    endereos por grupo, onde apenas um grupo definido recebe o sinal.

    Os aparelhos utilizam uma linguagem de programao orientada a objetos

    denominada Commun Appliance Language (CAL). Essa linguagem envia comandos que

    permitem controlar todos equipamentos Cebus, usar, alocar e liberar recursos (CEBUS,

    2007).

    1O roteador um dispositivo inteligente dotado de processador e sistema operacional, utilizado para conexo deduas ou mais redes ou sub-redes de dados distintas (DiMarzio, 2001, p. 122 - 3).

  • 7/31/2019 A Domotica

    29/120

    2 AMBIENTES AUTOMATIZADOS

    Na Dcada de Oitenta que se deram as primeiras experincias com componentes

    automatizados integrados ao domiclio. Desse tempo para c as construes domticas tem

    crescido em ritmo acelerado. A seguir esto descritos alguns projetos pioneiros neste domnio

    e que tiveram um valor representativo para as construes seguintes, devidos suas idias

    inovadoras (ANGEL, 1993, p. 18).

    2.1 Casa NEXT

    Foi construda entre 1982 e 1985 por uma companhia de gs do Japo com a inteno

    de mostrar a casa do futuro antecipando o estilo de vida dos Anos Noventa, usando o gs

    como sendo a principal fonte de energia.

    Os objetivos da Casa NEXT so:

    Realizar o experimento de uma nova casa com os novos conceitos da

    tecnologia, proporcionando uma evoluo social do Japo, assegurando conforto

    compatvel com a situao econmica/financeira da populao do pas;

    Demonstrar e difundir a nova tcnica para futuros clientes, no caso arquitetos,

    administradores e o pblico em geral;

    Ter o conhecimento da aceitao dos visitantes em relao aos aparelhos e ao

    conceito da casa, para a constante melhoria da tecnologia empregada.

    Para que estes objetivos fossem alcanados, a casa foi construda com as seguintes

    premissas:

    Gerao de energia atravs de equipamentos econmicos abastecidos com gs

    com auxlio de baterias solares;

    30

  • 7/31/2019 A Domotica

    30/120

  • 7/31/2019 A Domotica

    31/120

    microprocessadores que realizam o gerenciamento de todos os equipamentos (ANGEL, 1993,

    p. 20).

    Com as Figura 2.1, 2.2 e 2.3 pode-se ter uma idia sobre a construo externamente,

    o seu interior e os controles de interao com o usurio.

    Figura 2.4 Imagem exterior da casaFonte: SAKAMURA (2007).

    Figura 2.5 Imagem do interior da casaFonte: SAKAMURA (2007).

    Figura 2.6 Imagem de interao com usurioFonte: SAKAMURA (2007).

    32

  • 7/31/2019 A Domotica

    32/120

    A seguir alguns equipamentos e sistemas que esto presentes na casa:

    Conforto programado com o menor consumo de energia possvel. A janelas

    tem controle de posicionamento programado levando em conta a posio do sol,

    velocidade e direo do vento, chuvas e a contaminao do ar exterior. O

    controle de regulagem das janelas est sincronizado com os sistemas de ar-

    condicionado e calefao. Alm disso, os cristais das mesmas escurecem ou

    clareiam de acordo com a iluminao e radiao externa;

    Sistema de comunicao que integra sete cmeras de vdeos, trinta e trs

    monitores e vinte e quatro telefones, fazendo o sistema altamente til para a rede

    de vigilncia com sons, imagens e banco de dados;

    Para comodidade dos residentes, uma receita para a sugesto do dia enviada

    para os residentes na tela do seu computador, incluindo a lista de ingredientes

    necessrios, o modo de preparo, as respectivas temperaturas e o tempo que

    devem ficar no forno;

    O sifo do toalete conta com equipamento de diagnstico que alm de medir

    a presso arterial do pulso, informa o nvel de acar e albumina na urina e

    gravando no banco de dados. Sensores comandam o acionamento dos

    interruptores dos acessrios, com gua, papel e ar-quente.

    O perodo de testes foi de 1990 at 1992, e foi comprovado o nvel tcnico do

    edifcio, que foi utilizado por diversas famlias por perodos de seis meses. A casa foi tema de

    interesse tanto para a indstria como a economia do pas, contando com as dezoito empresas

    que iniciaram o projeto, algumas delas nem so japonesas como a IBM e a Siemens (ANGEL,

    1993, p. 20 - 1).

    2.3 Projeto SMART HOUSE

    Esse projeto reuniu diversas empresas importantes dos Estados Unidos, como

    American Gas Association, Apple Computer, Bell Comunication Research, Carrier

    Corporation, General Eletric Company, North Amercian Philips, Shell Development

    Company e outras.

    Uma vez que a microeletrnica teve seu desenvolvimento nas reas de distribuio

    de energia, o objetivo do projeto foi de oferecer novas tecnologias e funcionalidades pensando

    33

  • 7/31/2019 A Domotica

    33/120

    na distribuio de energia e nos meios de comunicao e controle em construes

    residenciais.

    A fiao do edifcio toda unificada, e com uma inteligncia distribuda que toma

    conta da distribuio de energia, do controle das comunicaes, do sistema de telefonia tanto

    interna como externa e torna verstil a circulao dos dados na rede. Todos os cabos

    necessrios da fiao foram substitudos por um nico cabo com diversos condutores como o

    da rede eltrica de 220 volts, linha telefnica, cabo da televiso, sistema de segurana e os

    sensores de temperatura e termostatos (ANGEL, 1993, p. 21).

    A segurana do sistema de eletricidade funciona quando o aparelho acionado. Ao

    ser acionado, o aparelho envia um sinal para o computador central para reconhecimento, e sefor reconhecido normalmente, o sistema ir liberar a energia necessria para o funcionamento

    do mesmo. O mesmo mtodo adotado por aparelhos que necessitam de gs, assim

    diminuindo consideravelmente o risco de choques eltricos ou escapamento de gs. O

    controle est ativo enquanto o aparelho estiver em funcionamento, e se de algum modo o

    computador central parar de receber o sinal de reconhecimento, como no caso de alguma falha

    de funcionamento ou avarias nos cabos o sistema corta a alimentao de energia. O sistema de

    distribuio de gs conta com um medidor, que em caso de deteco de consumo

    anormalmente alto, a distribuio pode ser cortada devido a uma vlvula automtica de

    fechamento (ANGEL, 1993, p. 22).

    A comunicao dos dispositivos realizada devido a uma inteligncia distribuda,

    dividida entre os aparelhos com o sistema central. Como exemplo pode-se citar:

    Quando a mquina de lavar roupas termina seu servio, ela pode enviar uma

    mensagem nos monitores que terminou e que a roupa pode ser passada para a

    mquina de secar;

    Se tocar o telefone enquanto estiver em funcionamento o aspirador de p, ou

    outro parelho emissor de alto rudo, um sinal enviado ao aparelho para que este

    pare momentaneamente, assim possibilitando uma melhor conversa no telefone;

    Caso os detectores de presena detectarem algum movimento em lugar no

    autorizado, imediatamente enviado um sinal de acordo com a programao do

    sistema.

    34

  • 7/31/2019 A Domotica

    34/120

    Todos aparelhos e produtos domticos a serem utilizados, conectados a casa

    necessitam estar de acordo com o protocolo de comunicao programado no sistema central, o

    que considerado um problema. Mas ainda assim possvel conectar aparelhos no

    compatveis com o sistema previsto, com adaptadores de entrada e sada tanto para

    eletricidade como para gs. Nesse caso a energia necessria liberada pelo sistema central,

    mas os mesmos no estaro assegurados pela casa.

    Com os interruptores conectados rede, possibilitam ao usurio diversas funes

    como comandar a calefao e a ventilao.

    Os novos produtos que chegam ao mercado que so compatveis recebem o

    certificado de qualidade Smart House

    . O sistema da casa classifica os distintos aparelhos aserem utilizados em seis grupos:

    Os aparelhos importantes como lava-pratos, lava-roupas, secador de roupas e

    geladeiras;

    Os aparelhos de distrao que so aparelhos de som, televiso,Digital Vdeo

    Disc (DVD) e outros;

    Os aparelhos de telecomunicao como telefones;

    Os aparelhos de conforto trmico, calefao, ventilao, ares-condicionados;

    Os aparelhos a gs, calefao, fogo e outros;

    Os sensores tais como sensores de temperatura, sensores de luminosidade

    ambiente e sensores de deteco de fuga de gs.

    Foram construdas duas casas em 1987 nos Estados Unidos para testes de integrao

    do sistema. Inicialmente as construes no tinham sido construdas com objetivo comercial.Mais adiante entre 1989 e 1990, foram construdos mais quinze prottipos em diferentes

    regies do pas. Em 1991 a Smart House comeou a ser comercializada tanto nos Estados

    Unidos como no Canad (ANGEL, 1993, p. 23).

    2.4 Projeto DORIS

    Esse projeto foi realizado na cidade francesa de Risler. O nome DORIS formado

    por DO de Domtica com a juno das iniciais da cidade RIS. Tiveram envolvido aentidade pblica de habitations loyer modique (H.L.M.) da comunidade Urbana de

    Estrasburgo e a Eletricidad de Estrasburgo (QUBEC, 2007), (ANGEL, 1993, P. 24).

    35

  • 7/31/2019 A Domotica

    35/120

    Para dar incio, foram realizados pesquisas com os novos moradores para que se

    pudesse ter noo das funcionalidades que estariam disponveis na construo. Com isso

    constatou-se que algumas funes no eram a preferncia dos consumidores. Como foi o caso

    do sistema de alarme que em intruses, notificaria imediatamente uma empresa de segurana.

    Foi solicitado para que se alterasse o sistema, de modo que invs de comunicar

    automaticamente a empresa de segurana, o sistema enviasse mensagens para parentes ou

    amigos pr-definidos.

    Para compor a casa, foram utilizados produtos da sociedade Synphonic-

    Developement e da sociedade Schlumberger (ANGEL, 1993, p. 24).

    2.4.1 Segurana

    Cada residente pode estipular os setores que estaro em vigilncia. No momento que

    acionado o alarme envia as imagens automaticamente a um vizinho com o mesmo sistema,

    ou pressionando uma tecla de envio. O proprietrio pode monitorar remotamente atravs de

    um dispositivo Minitel porttil com capacidade de comunicao distncia. Em casos em que

    o proprietrio no se encontra presente, o sistema gera uma gravao contendo dados como

    dia e hora da intruso.

    O usurio pode realizar um pedido de auxlio, onde no caso de intruso ser feita

    uma chamada automaticamente a trs sistemas igualmente equipados, programados

    previamente atravs de uma linha exclusiva para o propsito. O chamado de auxlio pode ser

    realizado tambm atravs de um pequeno dispositivo porttil que fica pendurado ao pescoo

    (ANGEL, 1993, p. 24 - 5).

    2.4.2 Gesto Tcnica

    Possui um sistema de mensagens que est conectado com a administrao da

    construo possibilitando enviar e receber informaes e mensagens. Com essa caracterstica

    possvel convocar reunies com os residentes e ter noo de quem comparecer, como

    tambm programar a calefao de cada cmodo da residncia com horrios e temperaturas

    ajustveis.

    O controle de temperatura que acionado com uma tecla especial regula a

    temperatura de acordo com a temperatura exterior. O mesmo processo pode ser realizado a

    distncia com o aparelho Minitel. Assim que a temperatura chegar na temperatura predefinida

    o mesmo envia um sinal indicando.

    36

  • 7/31/2019 A Domotica

    36/120

    O consumo da calefao pode ser controlado acionando uma tecla especial. No

    monitor do sistema aparece a informao pertinente ao processo, indicando o consumo

    acumulado desde quando foi acionado, o consumo dirio e a potncia discipada pelos

    radiadores. O usurio pode ser advertido quanto ao consumo que a calefao est gerando.

    Existe um registro de consumos distncia que funciona atravs de leituras remotas

    dos medidores de gua, gs e eletricidade, evita visitas domiciliares e permite que se saiba o

    atual estado das contas.

    O administrador pode ter noo da temperatura de cada cmodo, saber das falhas do

    sistema, enviar mensagens aos usurios e garantir que os equipamentos se mantenham em

    perfeito funcionamento.A busca inicial do projeto foi um modo mais eficiente para administrao de energia

    eltrica contando com equipamentos que ao mesmo tempo proporcionam conforto e

    segurana. (ANGEL, 1993, P. 25 - 6).

    2.5 Projeto LYON PANORAMA

    Construda na Frana em 1989. Idia inicial da Direo Geral de Eletricidade da

    Frana, que incumbiu a Associao de Industrias para o Desenvolvimento da Eletricidade emRhne-Alpes (AIDELEC) para seu desenvolvimento.

    Antes de dar incio etapa de construo, foi realizada uma difuso em mdias

    mostrando as vantagens de novas tecnologias incorporadas em ambientes domiciliares, e

    avaliar sua funcionalidade adaptada aos distintos usurios (ANGEL, 1993, p. 26).

    Foram estipulados padres para os aparelhos e sistemas que fariam parte da

    construo. Esses padres deveriam ser (ANGEL, 1993, p. 27):

    Todos deveriam usar a eletricidade como fonte de energia;

    Serem domticos, interativos e interconectveis;

    Serem adaptveis a novos edifcios ou j existentes;

    Serem acessveis economicamente para um grande nmero de pessoas;

    Ter em conta a grande diversidade de aparelhos para funes distintas.

    Com o sistema domtico instalado, faz-se possvel uma melhor gesto de energia,

    segurana de bens e das pessoas e total controle sobre os equipamentos.

    37

  • 7/31/2019 A Domotica

    37/120

    2.5.1 Gesto de energia

    Funcional atravs do sistema Performer 2000, produto da sociedade Delta-Dore. O

    sistema conta com uma unidade central e outras unidades satlites espalhadas em cada umas

    das habitaes, intercomunicadas entre si. Com o sistema Performer 2000, so assegurados o

    controle dos aparelhos, regulagem e programao da calefao, ventilao, ar-condicionado e

    da temperatura da gua. Os benefcios para os usurios so (ANGEL, 1993, p. 27 - 8):

    Impor um limite de consumo energtico utilizado pela calefao,

    programao semanal em zonas separadas da habitao com trs nveis de

    intensidade: baixo consumo que tem uma configurao fixa, consumo reduzido e

    modo conforto que podem ser regulados; Otimizao pr-calculada da calefao leva em conta as tarifas;

    Regulagem da calefao em relao temperatura externa;

    Acionamento da calefao por zonas, inclusive a unidade central;

    O total dos registros dos consumos eltricos.

    2.5.2 Segurana dos habitantes e dos bensUtiliza-se o sistema eltrico domtico de AIDELEC. Com esse sistema podem ser

    realizadas as seguintes funes (ANGEL, 1993, p. 28):

    Deteco perimetral de intruso atravs de dispositivos operantes em todas as

    aberturas, e deteco volumtrica com dispositivos emissores e receptores de

    infravermelho;

    Deteco de incndios;

    Simulao de presena interna por acionamento de aparelhos eltricos;

    Dispositivo porttil para chamar auxlio;

    Cmeras de vdeo para vigilncia de cmodos;

    Porteiro eletrnico com cmera de vdeo conectados com as redes de

    televiso e telefonia, possibilitando ver quem est chamando atravs de qualquer

    monitor;

    Travas de fechamento com cdigo.

    38

  • 7/31/2019 A Domotica

    38/120

    2.5.3 Controle dos equipamentos

    Numerosos comandos de podem ser realizados distncia como (ANGEL, 1993, p.

    28 - 9):

    Comando centralizado de controle das cortinas de enrolar;

    Comando de acendimento de luzes e equipamentos eltricos;

    Controle a distncia da porta da garagem;

    Regulagem da posio da antena de satlite.

    2.6 Projeto HD 2000O projeto foi realizado por um grupo de investigao para inovao no habitat,

    Habitar Maana, criado em 1983 em Rennes apoiados pela companhia Gas de Francia. O

    complexo HD 2000 foi inaugurado em maro de 1990 em terras da Universidade de Rennes

    com 1400 metros quadrados, com o objetivo de criar um ambiente conjunto completo de

    servios, os quais descritos abaixo:

    Um servio de visitas, destinados a profissionais e o pblico em geral em dois

    ambientes experimentais com sistemas domticos distintos;

    Um servio de informao, no salo de exposies que so organizados em

    estandes temticos que buscam demonstrar a inovao no habitat e o avano de

    novos produtos;

    Um servio de formao, que disponibiliza meios necessrios para

    propagao como material audiovisual e sistemas informticos para cursos de

    sensibilizao e treinamentos de profissionais e tcnicos.

    Nos ambientes para visitas, existem vrios sistemas domticos instalados, e para que

    no ocorram redundncias na execuo de tarefas, foi utilizado um equipamento robotizado

    programvel na sada dos atuadores. Graas ao rob podem ser demonstrados os diversos

    produtos com todas as caractersticas que cada sistema pode oferecer (ANGEL, 1993, p. 30 -

    1).

    2.6.1 Sistema CAD

    39

  • 7/31/2019 A Domotica

    39/120

    Desenvolvido pela Legrand, utiliza um dispositivo de controle remoto por

    infravermelho o qual tem a finalidade de acender e apagar diferentes circuitos de iluminao

    distncia. As placas receptoras ficam penduradas na parede. O mesmo controle pode ser

    utilizado para comando das cortinas, bastando mirar o controle para o receptor que fica

    prximo ao motor da cortina. Com a Figura 2.4 e 2.5 podem-se ter uma idia dos aparelhos de

    transmisso e recepo (ANGEL, 1993, p. 31), (JUNESTRAND, 2006):

    Figura 2.7 Controle de iluminao e cortinas infra-vermelhoFonte: JUNESTRAND (2006).

    Figura 2.8 Receptor infra-vermelhoFonte: JUNESTRAND (2006).

    2.6.2 Sistema B & O-LINKSistema criado pela Bang-Olufsen que gerencia a funo udio e vdeo. O sistema

    tambm controlado remotamente por infravermelho, com grandes vantagens como distribuir

    o som da televiso para distintos alto-falantes instalados no cmodo, o envio de programas de

    televiso para aparelhos televisores dos quartos e ver o que esto registrando as cmeras de

    segurana. Todos os dispositivos de udio e vdeo podem estar interligados sem conexo de

    cabos. A comunicao entre os aparelhos de televiso, DVD e outros de udio tem

    comunicao wireless. Ainda conta com um controle de ligamento e desligamento dosaparelhos de televiso, udio e iluminao, como mostram as Figuras 2.6 e 2.7 os controles, a

    40

  • 7/31/2019 A Domotica

    40/120

    Figura 2.8 o sistema de recepo wireless e a Figura 2.9 o receptor (ANGEL, 1993, p. 32),

    (BANG & OLUFSEN, 2007):

    Figura 2.9 Controle dos aparelhos de udio e vdeoFonte: BANG & OLUFSEN (2007).

    Figura 2.10 Controle de ligamento e desligamentoFonte: BANG & OLUFSEN (2007).

    41

  • 7/31/2019 A Domotica

    41/120

    Figura 2.11 Esquema de comunicao wirelessFonte: BANG & OLUFSEN (2007).

    Figura 2.12 Dispositivo de recepo e de comunicao wirelessFonte: BANG & OLUFSEN (2007).

    2.6.3 Sistema KITERMO sistema, desenvolvido pela Satel torna possvel realizar funes de administrao

    da calefao e ares-condicionados, alarmes de deteco de fugas e comandar diversos outros

    dispositivos, descritos a seguir (ANGEL, 1993, p. 32 - 3):

    Administrao da calefao e ares-condicionados. Pode ser realizado de duas

    maneiras, atravs do sistema de comando domtico interno ou atravs do

    Minitel. O usurio pode ter conhecimento do andamento da calefao ou da

    refrigerao de cada uma das zonas tanto como a temperatura exterior. Existem

    trs tipos de calefao propostas no sistema de acordo com a economia: conforto

    42

  • 7/31/2019 A Domotica

    42/120

    que utiliza a temperatura de calefao ao mximo, econmica que utiliza menos

    fora da calefao e antigelada que demora mais para aquecer;

    Alarme de deteco que em casos de deteco de escapamento de gs ou gua

    o sistema automaticamente fecha os registros de entrada cortando o suprimento

    dos mesmos. No caso de deteco de intruso, imediatamente soado o alarme

    interior;

    Comando dos dispositivos onde o sistema pode atuar ativando e desativando

    rels em horrios pr-programados. Com ele funes so automaticamente

    acionadas de acordo com a programao, como no caso regar o jardim, abrir

    cortinas de manh e fechar noite e acender luzes ao anoitecer e apagar aoclarear o dia. til tambm para simulao de presena inibindo ao de

    bandidos. As funes podem ser programadas tanto no interior da casa como

    externamente atravs do Minitel.

    2.6.4 Sistema PERFORMER 2000

    um sistema desenvolvido pela Delta Dore onde todas as programaes podem ser

    realizadas atravs de Minitel, tanto no exterior da casa quanto no interior. As funes so asseguintes (ANGEL, 1993, p. 33):

    Sistema de calefao distribudo por cmodos, assim tem-se regulagem

    separada, cada qual com seu controle de programao com hora e temperatura.

    So trs as opes de funcionamento: modo econmico, modo conforto e modo

    mais conforto;

    Automatizao da iluminao;

    Automatizao da irrigao;

    Ajuste das cortinas individualmente, com possibilidade de comando

    simultneo para todas;

    Enviar e receber mensagens atravs de Minitel.

    2.6.5 Sistema ISIS

    Sistema da empresa Merlin Gerin que utiliza comunicao via Batibus. As funes

    oferecidas so as seguintes (ANGEL, 1993, p. 34):

    43

  • 7/31/2019 A Domotica

    43/120

    Controle da calefao;

    Controle da iluminao;

    Programao inteligente da calefao atravs do painel de comando ouatravs de Minitel. Com a programao inteligente atribudo um regime de

    calefao levando em conta horrios com tarifas reduzidas, diferindo dias da

    semana e finais de semana.

    2.6.6 Sistema NESTOR

    Esse sistema desenvolvido pela Quille permite ao usurio verificar se o equipamento

    est operando corretamente sem falhas ou danos e ter conhecimento dos consumosenergticos, alm dos seguintes recursos (ANGEL, 1993, p. 34 - 5):

    Gesto de calefao por zonas distintas;

    Gesto de alarmes antiintruso;

    Sistema de mensagens e controle do sistema atravs do Minitel.

    2.6.7 Sistema LINTEGRALEEste um sistema da empresa Domoconcept utilizado para gesto da iluminao, que

    atravs de pequenos controles instalados na cozinha, na sala de estar e nos quartos pode se

    comandar a iluminao de todos os cmodos da casa. Cada caixa de controle possui alto-

    falantes com digitalizador de voz, alarmes, interruptores de comando de iluminao e um

    receptor de infravermelho. Os alto-falantes podem ser utilizados para gesto de vdeo, de

    telefone e segurana. Todas as funes podem ser comandadas atravs do Minitel (ANGEL,

    1993, p. 35).

    2.6.8 Sistema ELETRODOMOTIQUE

    Sistema de distribuio eltrica desenvolvido pela Hagersistema. Possui capacidade

    para quatro nmeros de telefones pr-programados, que podem ligar para a empresa de

    segurana ou para assistncia mdica em casos de emergncia, por exemplo. O chamado

    feito por um dispositivo porttil, que automaticamente transmite por telefone para um nmero

    j programado passando uma mensagem pr-gravada. Alm dessas, o sistema ainda possui asseguintes funes (ANGEL, 1993, p. 35 - 6):

    44

  • 7/31/2019 A Domotica

    44/120

    Deteco de fugas de gua e gs;

    Deteco de falhas em aparelhos eletrnicos;

    Controle de regulagem da iluminao de acordo com a iluminao exterior;

    Receptor telefnico para controle distncia por comando via telefone que

    utiliza um dispositivo de conexo acstica.

    2.6.9 Sistema SAVENER-LAUDREN

    Este sistema foi desenvolvido com base em usurios idosos, administrando funes

    domsticas da casa como fechamento de cortinas, apagar luzes e fechar o registro do gs a

    partir e uma determinada hora da noite, ou mesmo quando algum aposento deixado

    (ANGEL, 1993, p. 36).

    2.6.10 Sistema PHONEVIE

    Desenvolvido pela Laudren, o sistema permite uma tele-assistncia em casos de malestar. Assim que o usurio aciona o boto de um dispositivo porttil ou um boto ao prximo

    a cama realizada uma ligao da parte do sistema utilizando o telefone para um nmero

    previamente gravado, ento o usurio pode conversar atravs de viva-voz. O sistema conta

    com os dispositivos que mostra a Figura 2.10 (ANGEL, 1993, p. 36):

    45

  • 7/31/2019 A Domotica

    45/120

    Figura 2.13 Emissor e receptor do sistema PHONEVIEFonte: LAUDREN ELETRONIQUE (2007).

    2.7 Projeto THORN-EMI

    A Sociedade THORN-EMI foi criada da unio de duas empresas, uma a Thorn,

    fabricante de aparelhos eletrodomsticos na Inglaterra e a outra a EMI, laboratrios de

    investigao, empresa que foi pioneira em diversos produtos como os tubos

    fotomultiplicadores, cmeras e receptores de televiso. O interesse das duas era criar um

    pavilho experimental automatizado, para que se pudesse provar a qualidade dos sistemas eestudar problemas de compatibilidade dos seus produtos.

    A calefao que se encontra na construo independente para cada sala, Funciona

    com radiadores de gua e so regulveis e programados atravs de caixas de controle

    distribudas nos cmodos que possuem sensor de temperatura e umidade e sensor de

    infravermelho, tudo alimentados por bateria. As caixas no so presas na parede, assim pode

    se levar de um cmodo a outro, e as informaes de temperatura so enviadas por

    infravermelho para um receptor conectado rede eltrica, estrategicamente posicionado.

    46

  • 7/31/2019 A Domotica

    46/120

    Atravs deste, a informao chega ao sistema central. No monitor do painel domtico

    possvel organizar o plano da casa, com as temperaturas de cada ambiente.

    O controle da iluminao feito atravs dos tradicionais interruptores de parede ou

    pelo painel domtico. O painel ainda possibilita uma programao para acender vrios

    conjuntos de luzes ao mesmo tempo.

    O painel domtico possui um monitor com tela touch scren e tem o tamanho de um

    livro grande. No fica fixado na parede, podendo ser levado a qualquer cmodo.

    A realizao do projeto experimental teve como inteno verificar a facilidade e

    interconectividade dos produtos expostos, para que se pudesse posteriormente colocar-los no

    mercado (ANGEL, 1993, p. 37 - 8).

    47

  • 7/31/2019 A Domotica

    47/120

    3 SENSORES

    Esse Captulo destinado descrio dos sensores que como vistos nos captulos

    anteriores so necessrios para que dados cheguem aos sistemas que atuam como

    controladores. Os sensores so os responsveis por realizar uma medio do ambiente onde

    cada qual construdo com uma finalidade, e enviar os dados, normalmente atravs de pulsos

    eltricos, para o sistema que est controlando os dispositivos, e estes iro atuar decorrentes a

    esses dados.

    A definio de sensores segundo NATALE (2003) So dispositivos que mudam seu

    comportamento sob a ao de uma grandeza fsica, podendo fornecer diretamente ou

    indiretamente um sinal que representa uma proporo da variao desta grandeza.

    O sistema de funcionamento de um sensor realizado sob a atuao de uma grandeza

    fsica que alteram as propriedades do dispositivo, como a resistncia, a capacitncia ou a

    indutncia de forma mais ou menos proporcional. Este gerar informaes de acordo com

    essas alteraes que sero levadas a algum outro dispositivo que ir trat-las (NATALE,

    2003).

    As caractersticas dos sensores so as seguintes:

    Linearidade: a relao entre o sinal gerado e a grandeza medida. Quanto

    mais linear for um sensor, mais fiel a medio da grandeza, por esse motivo

    so os mais procurados. Sensores no lineares podem ser corrigidos com

    adaptadores especiais;

    Faixa de atuao: uma faixa aceitvel de valores em que o sensor trabalha

    sem que seja danificado ou sem que cometa erros de converso;

    Sensibilidade: o grau de resposta por parte do sensor quando estimulado

    por uma grandeza fsica;

  • 7/31/2019 A Domotica

    48/120

    Freqncia: o tempo de reposta do sensor em relao s modificaes das

    grandezas fsicas;

    Compatibilidade: a aplicabilidade do sensor em relao ao tipo de grandeza

    fsica;

    Preciso: o desvio mximo do sinal medido em relao grandeza real

    medida.

    3.1 Tipos de sensores

    Existem vrios modelos e tipos de sensores, cada qual desenhado e produzido para

    desempenhar algum tipo de medio e retornar ao sistema controlador algum dado referente.A seguir esto descritos alguns dos tipos de sensores mais comumente encontrados em

    mquinas e sistemas eletrnicos como, sensores de temperatura, sensores de luminosidade,

    sensores de movimento e sensores de posio.

    3.1.1 Sensores de temperatura

    Esse tipo de sensor responsvel por medir a temperatura prxima a ele. So

    geralmente utilizados em processos comerciais e industriais, como refrigerao de alimentos ecompostos qumicos, em fornos de fuso, refrigeradores domsticos, aquecedores, fornos

    eltricos e de microondas, como os dos exemplos a seguir (NATALE, 2003):

    NTC e PTC: Ambos so resistores dependentes de temperatura como os

    mostrados na Figura 3.1. ONegative Temperature Coeficient(NTC), Coeficiente

    Negativo de Temperatura um resistor cuja resistncia se comporta de forma

    inversamente proporcional temperatura medida. construdo de metais

    semicondutores como xido de ferro, magnsio e cromo. Como so sensores nolineares as curvas caractersticas so exponenciais conforme mostra na Figura

    3.2. Devido ao comportamento no linear, o NTC geralmente utilizado com

    uma rede de linearizao e em temperaturas at 150C. J o Positive

    Temperatura Coeficient (PTC), Coeficiente Positivo de Temperatura ao

    contrrio do NTC tem a resistncia proporcional temperatura medida. Atua

    numa faixa mais restrita em sistemas de proteo como aquecimento de motores.

  • 7/31/2019 A Domotica

    49/120

    Figura 3.14 Resistores de temperaturaFonte: NATALE (2003).

    Figura 3.15 Curva de resistncia dos sensores NTC

    Fonte: NATALE (2003).

    Diodos: Os diodos so compostos de silcio como mostra a Figura 3.3, que

    polarizados com corrente de 1mA tem queda de tenso de 2mV para cada C que

    aumenta. Segundo a Figura 3.4, pode-se ver que tem caracterstica linear. O

    limite de medio at 125C que o limite para o silcio. So geralmente

    encontrados em termmetros de baixo custo com preciso razovel at 100C.

    Figura 3.16 Diodo de silcioFonte: NATALE (2003).

    Figura 3.17 Reta de representao do diodoFonte: NATALE (2003).

  • 7/31/2019 A Domotica

    50/120

    Termopar: composto por dois metais unidos por um filamento de liga

    metlica como mostrado na Figura 3.5. Ao submetido a uma temperatura, ocorre

    o efeito Seebeckque a produo de uma tenso eltrica entre dois diferentes

    semicondutores a diferentes temperaturas. So utilizados em aplicaes

    profissionais que requerem alta confiabilidade e preciso.

    Figura 3.18 Imagem de um termoparFonte: FLUKE IBRICA (2007).

    Sensores integrados: So circuitos integrados que possuem um sensor de

    temperatura e componentes para linearizao. Devido a isso so de alta preciso.

    Alguns como o caso do utilizado no projeto desse trabalho possuem um

    conversor A/D1 internamente, enviando assim dados digitais para sistemas

    eletrnicos binrios.

    3.1.2 Sensores de luz

    Os sensores de luz tm a capacidade de gerar uma tenso de acordo com a

    luminosidade incidida sobre ele. Alm da utilizao em fotometria, tambm utilizado em

    redes de iluminao pblica com os sensores fotoeltricos. Vrios sensores medem a

    luminosidade como os a seguir (NATALE, 2003):

    LDR: O Light Dependent Resistor (LDR), Resistor Dependente da Luz

    construdo com metais semicondutores como sulfeto de cdmio (CdS), e possui

    uma resistncia que diminuda ao ser exposta luz. A diminuio da

    resistncia acontece porque a energia luminosa desloca os eltrons da liga de

    metal da camada de valncia para a camada de conduo que a mais longe do

    ncleo, e isso faz com que aumente o nmero de eltrons. Tem seu tempo de

    1 O conversor A/D um dispositivo eletrnico que converte alguma tenso de entrada analgica para pulsos desinais digitais discretos binrios (OGATA, 2000, p. 4).

  • 7/31/2019 A Domotica

    51/120

    resposta lento e empregado em rels fotoeltricos e alarmes. Na Figura 3.6

    pode-se ter uma noo dos sensores LDR.

    Figura 3.19 Sensores LDRFonte: NATALE (2003).

    Foto-diodo: O foto-diodo feito com um diodo semicondutor onde a junofica exposta luz. Semelhante ao LDR a energia da luz desloca eltrons da

    camada de valncia para a camada de conduo. Isso faz com que aumente o

    nmero de eltrons. Ao contrrio do LDR a resposta deste sensor rpida e

    dependendo do material so utilizados em vrias faixas de comprimento de onda

    sendo do infravermelho ao ultravioleta. So aplicados em receptores de controle

    remoto, sistemas de fibra tica, leitores de cdigo de barras,scanners, leitores de

    Compact Disc (CD), Disco Compacto e DVD. Na Figura 3.7 mostra um sensorcomercial de um foto-diodo.

    Figura 3.20 Sensor de foto-diodoFonte: NATALE (2003).

    Foto-transistor: Esse sensor como mostrado na Figura 3.8 um transistor que

    atua como o foto-diodo e possui um coletor-base que fica exposto a luz. Tem seu

    tempo de resposta mais lento que o foto-diodo, mas com a maioria das

    aplicaes deste, exceto o uso em sistemas de fibra tica.

  • 7/31/2019 A Domotica

    52/120

    Figura 3.21 Foto-transistorFonte: TEKKNO MECATRNICA (2007).

    3.1.3 Sensores de movimento

    So sensores que realizam a deteco de movimentos, utilizados em controles de

    medidores de velocidade de motores, alguns eletrodomsticos como aparelhos de CD e DVD,

    teclados,Hard Disc (HD), Disco Duro de computadores, entre outras utilidades (NATALE,

    2003).

    Tacogerador: O tacogerador um pequeno gerador eltrico como mostrado

    na Figura 3.9 com um campo magntico de ims envolvendo uma bobina com

    fios enrolados no meio. De acordo com a lei de Faraday que diz que um campo

    magntico pode gerar uma onda eltrica (UFRGS, 2007), tem-se uma tenso

    proporcional linear rotao do eixo da bobina. Um exemplo de uso em

    turbinas que em auxlio de uma roda dentada o fluxo a faz girar convertendo a

    vazo em velocidade.

    Figura 3.22 TacogeradorFonte: NATALE (2003).

    Interruptor de lminas: O interruptor de lminas composto por duas lminas

    de material condutor, como o ferro, prximas em um invlucro de vidro como

    mostrado na Figura 3.10. Quando se aproxima um im ou solenide as lminas

    de ferro se encostam, assim fechando o contato como mostra a Figura 3.11.

    Tambm conhecido como reed-swicth, utilizado em teclados, como sensor de

    abertura em alarmes, em sensores de fim de curso alm de outros.

  • 7/31/2019 A Domotica

    53/120

    Figura 3.23 Sensor de lminasFonte: NATALE (2003).

    Figura 3.24 Acionamento por im do sensor de lminasFonte: NATALE (2003).

    Sensores pticos: So sensores que utilizam uma fonte de luminosidade e

    sensores de foto-diodos ou foto-transistores pra deteco em proximidade.

    Existem dois tipos bsicos, os sensores de reflexo e os sensores de interrupo

    de luz. No sensor de reflexo mostrado na Figura 3.12 utilizado um disco com

    furos e uma fonte de luz incidida sobre ele. Conforme o disco gira alterando sua

    posio o sensor capta o reflexo da fonte de luz no disco, mas ao passar pelo furo

    a reflexo interrompida. J no sensor por interrupo de luz, Figura 3.13, o

    mtodo semelhante, mas a fonte de luz e o sensor ficam em lados opostos do

    disco, e quando ocorre a passagem pelo furo, a luz atinge o sensor de

    luminosidade.

    Figura 3.25 Sensor ptico de reflexoFonte: NATALE (2003).

    Figura 3.26 Sensor ptico de interrupoFonte: NATALE (2003).

  • 7/31/2019 A Domotica

    54/120

    3.1.4 Sensores de posio

    So sensores que podem medir uma posio de uma pea em relao outra, ou

    como sensor de passagem contar a quantidade de peas que passam por um determinado local,

    ou como detector-de-fim de curso enviando um sinal para o motor parar. Bastante utilizados

    em aplicaes industriais como tornos automticos, contagem de produtos ou determinar a

    posio de um brao mecnico (NATALE, 2003).

    Chaves fim-de-curso: So interruptores como na Figura 3.14, que quando

    acionados fecham contato liberando o fluxo de energia. So utilizados para

    determinar a posio de objetos como a bandeja de aparelhos de CD, na

    limitao de movimentos de portes eletrnicos, abertura e fechamento de

    registros e outros.

    Figura 3.27 Chaves de fim-de-cursoFonte NATALE (2003).

    Sensores fim-de-curso magntico: O sensor fim-de-curso magntico

    utilizado juntamente com um im que fica instalado na pea. Quando a pea

    passa por perto do sensor, o im faz com que a tenso que passa no sensor se

    aproxime de 0V. Isso ocorre pelo efeito Hallque ao ser exposto a um campo

    magntico um condutor tem suas cargas eltricas distribudas em suas

    extremidades.

    Potencimetro: O potencimetro ilustrado na Figura 3.15, tem a capacidade

    de medir a tenso referente posio de algum controle. Quando aplicado uma

    tenso nos extremos do potencimetro, a tenso entre o extremo inferior e o

    centro proporcionalmente linear, em potencimetros deslizantes ou angular empotencimetros de giro em relao posio do controle.

  • 7/31/2019 A Domotica

    55/120

    Figura 3.28 Potencimetro deslizante esquerda e potencimetro de giro direitaFonte: NATALE (2003).

    Existem muitos tipos de sensores no mercado atualmente. So essenciais para que os

    sistemas inteligentes possam interagir e tomar decises de acordo com as informaes geradas

    por estes sensores, assim como na automao residencial. No sistema de controle de

    aquecimento proposto ser usado um sensor de temperatura integrado (circuito integtrado

    monoltico) para realizar a medio da temperatura e regular o aquecimento do ambiente. Os

    dados coletados do sensor sero transmitidos atravs de uma porta de comunicao paralela

    do computador que ser visto no Captulo 4.

  • 7/31/2019 A Domotica

    56/120

    4 PORTAS DE COMUNICAO DE COMPUTADORES

    Visto os conceitos e experincias realizadas descritas nos captulos anteriores,

    proposta desse trabalho a criao de um sistema domtico que servir para controle de

    dispositivos, utilizando o processamento e a interface de microcomputadores. Sendo assim,

    para que seja possvel a comunicao de dados como o recebimento dos valores lidos pelos

    sensores e a ativao de um equipamento, haver a necessidade de um estudo sobre as

    interfaces de comunicao que o computador possui. Essas interfaces so denominadas

    interface de entrada e sada.

    De acordo com TORRES (2001, p. 906), atravs das interfaces de entrada e sada

    tambm chamadas de portas que o computador consegue importar e exportar os dados

    processados. Existem vrias formas para que se possa realizar essas funes de controle, mas

    apenas uma ser vista neste Captulo, a comunicao paralela, que ser utilizada na

    comunicao entre computador e o sistema domtico proposto.

    A porta paralela comunica dispositivos externos ao computador, como impressoras,

    scanners, algumas cmeras fotogrficas digitais e outros aparelhos enviando ou recebendo

    dados atravs de uma conexo rpida e segura. Mas mesmo sendo uma conexo segura est

    sujeita a interferncia, que pode acarretar na troca de sinais lgicos da transmisso,

    comprometendo a integridade da informao. Com base nisso recomenda-se cabos para a

    conexo com no mximo oito metros de distncia (TORRES, 2001, p. 906), (MESSIAS,

    2007).

    4.1 Conector

    O conector da porta paralela pode ser encontrado na parte traseira dos

    microcomputadores tradicionais. O conector que fica no computador DB-25, tem 25 pinos

    fmea. De acordo como mostra na Figura 4.1, um conector DB-25 macho, encontrado nos

    cabos de conexo (TORRES, 2001, p. 915).

  • 7/31/2019 A Domotica

    57/120

    Figura 4.29 Conector DB-25 do cabo de conexo da porta paralelaFonte: MESSIAS (2007).

    Dos 25 pinos do conector, quatros deles fazem o controle interno de operaes,

    cincos so destinados a informaes de estados de funcionamento, oito deles servem para o

    envio dos dados da informao e o restante dos pinos so para aterramento (BEYOND

    LOGIC, 2007).

    A Figura 4.2 mostra a descrio dos pinos do conector, bem como a direo e osentido em que a informao percorre:

    Figura 4.30 Descrio dos pinos do conector da porta paralela para o protocolo CentronicsFonte: MESSIAS (2007).

    A seguir a Tabela 4.1 mostra o mapeamento de cada pino com sua funo:

  • 7/31/2019 A Domotica

    58/120

    Tabela 4.1 Mapeamento dos pinos do conector da porta paralela.

    DB-25Pinagem

    Descrio dosinal

    Direo dosinal em

    relao ao PC

    Funo

    1 STROBE SadaIndica que os dados podem sertransmitidos

    2 D0 Sada Linha de dados

    3 D1 Sada Linha de dados

    4 D2 Sada Linha de dados

    5 D3 Sada Linha de dados

    6 D4 Sada Linha de dados

    7 D5 Sada Linha de dados

    8 D6 Sada Linha de dados9 D7 Sada Linha de dados

    10 AKNOWLEDGE EntradaImpressora pronta para receberdados

    11 BUSY Entrada Impressora ocupada

    12 PAPER END Entrada Impressora sem papel

    13 SLCT OUT Entrada Impressora ligada

    14 AUTO FEED Sada Auto alimentao do papel

    15 ERROR Entrada Erro de impresso

    16 INIT Sada Reinicia o bufferda impressora

    17 SLCT IN Sada Libera o fluxo de dados

    18-25 GND TerraFonte: TORRES, 2007.

    4.2 Funcionamento

    A porta paralela como todo sistema computacional usa sinais binrios para

    comunicao. Os sinais binrios 1 e 0, so representados em nvel de hardware por

    presena de tenso eltrica com 5V positivos e ausncia de tenso eltrica 0V

    respectivamente. A sada de corrente na maioria das portas paralelas de 12mA mas podem