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INICIATIVAS Notícias da Aerodesign, AGITA, Rocket Design, ABU, Casdinho, AASD, DepCult, ITAbits, CASDVest, RedeCASD e ITA Júnior. São José dos Campos, Agosto de 2013. Sexta Edição A estreia da coluna da pós-graduação do ITA na Cova O que está acontecendo no Parlamento das Iniciativas Vários textos de opinião dos nossos colunistas

A Cova 2013.1

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Revista do Centro Acadêmico Santos Dumont (CA dos alunos do ITA)

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Page 1: A Cova 2013.1

INICIATIVAS Notícias da Aerodesign, AGITA, Rocket

Design, ABU, Casdinho, AASD, DepCult,

ITAbits, CASDVest, RedeCASD e ITA Júnior.

São José dos Campos, Agosto de 2013.

Se

xta

Ed

içã

o

A estreia da coluna

da pós-graduação

do ITA na Cova

O que está acontecendo

no Parlamento das

Iniciativas

Vários textos de

opinião dos

nossos colunistas

Page 2: A Cova 2013.1

Edição Geral

Alexandre Ferraz, T15 [email protected]

Projeto Gráfico e

Diagramação

Alexandre Ferraz, T15 [email protected]

Sarah Villanova, T16 [email protected]

Redação

Lamounier Soares, T14’ [email protected]

Diego Mamede, T12’ [email protected]

Agosto de 2013

Coveiros

ÍNDICE

Editorial........................................................................

Iniciativas: Aerodesign.................................................

Iniciativas: AGITA........................................................

Iniciativas: Rocket Design............................................

Iniciativas: ABU............................................................

Iniciativas: Casdinho....................................................

Iniciativas: AASD..........................................................

Opinião: Livros.............................................................

Matéria de Capa: Por um ITA melhor..........................

Iniciativas: DepCult......................................................

Iniciativas: ITAbits.......................................................

Iniciativas: CASDVest...................................................

Iniciativas: RedeCASD..................................................

Opinião: A cultura do “eu sou f*da”.............................

Notícia: Estamos nos vendendo bem?.........................

Iniciativas: ITA Júnior.................................................

APG: A pós-graduação do ITA....................................

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Carlos Monteiro, T13 Aerodesign

Diego Mamede, T12’ AGITA

Luiz Muniz, T13 Rocket Design

Tássio Cavalcante, T14 ABU

Giuliana Moraes, T16 Casdinho

Caio Richer, T16 AASD

Fernando Machado, T16 DepCult

Mário Castello,

Borges e Flash, T16

Muzio, T17 ITAbits

Jéssica Meireles, T16 CASDVest

Márcio Ramos, T15 RedeCASD

Pablo Miranda, T15 ITA Júnior

Jorge Gripp APG

Colaboradores

Page 3: A Cova 2013.1

U ma pequena história: Abril de 2013, reunião do

DE: “E A Cova Sneijder, sai semana que vem?”, pergunta Lamounier. “Pode deixar!”, responde Sneijder. Quatro meses depois: “SNEIJDER, CADÊ A COVA?”, “Tá saindo, só faltam algumas coisinhas...” 23 de agosto de 2013, dia his-tórico, a primeira edição d’A Cova é finalmente lançada. Caros leitores, primei-ramente, desculpem-nos. Por que tanto atraso? Uma boa dose de ‘cagação de pau’, de-zenas de outras coisas para fazer, ideias novas a todo mo-mento, novos acontecimentos, novas reportagens... E muito trabalho. Gostaria de ler a próxima edição ainda esse ano? ›Então veja a contra-capa dessa revista! Histórias, desculpas e justificativas à parte, a primei-ra edição d’A Cova em 2013 chega para atender às expec-tativas tanto dos sedentos lei-tores mais antigos como dos bixos leitores mais novos. Turma 17, essa é a primeira Cova de vocês! Leiam, apren-

Atrasos, muitos textos e um certo gigante

3

Editorial

A capa traz o gigante, símbolo das recentes manifestações brasileiras, acordando nas proximidades do ITA: será que depois de 60 anos ele acordou?

inclusive, à Dutra protestar. Lá, com mais 3 mil pessoas, pediram por justiça, pelo fim da corrupção, por saúde e educação públicas de quali-dade... Mas terminados os protestos, era hora de voltar à realidade e meter gagá, afinal de contas, tratava-se de 8ª semana ou exames, e como todos sabem, o ITA não perdoa: te dá “2 vidas e 5 continues” e te põe para lutar no modo mais díficil do jogo. E nesse jogo tem trancamentos, desligamentos, avaliações obscuras, parciali-dade, abuso de poder, terroris-mo psicológico... Mas passar por essa fase do jogo, num momento em que o país dizia basta, nos fez perguntar quando é que o nosso gigante acordaria — não somente o do 112 (›vide pági-na 33), mas aquele adorme-cido a décadas, amarrado pe-las regras, hipnotizado pelo poder da pele de carneiro. E assim, entre mortos e feridos, as consequências e acontecimentos do primeiro semestre de 2013 foram sufi-cientes para nos mostrar os “20 centavos” de que necessi-távamos. Por isso, no dia históri-co em que a primeira edição d’A Cova de 2013 é finalmente lançada, a pergunta “O gigan-te acordou?” é retórica. Pare-cemos estar diante de algo sem precedentes na história de nossa amada escola. A Cova propõe a refle-xão sobre a principal questão que nos resta agora: “Até onde dispostos a ir e o que estamos dispostos a fazer para que o gigante continue acordado?”●

Alexandre Ferraz, Sneijder

dam e preocupem-se em fazer parte das próximas edições, porque nessa revista todos os iteanos, de bixos a veteranos, são escritores e personagens, jornalistas e reportagens, capa e conteúdo. E nessa edição temos de tudo! 11 textos de iniciativas, incluindo o primeiro texto da AGITA e da ABU na revista. Aproveite e leia também sobre a cobertura da palestra que movimentou as iniciativas em torno do que chamaram por aí de “Iniciativas ITA”, e entenda como isso levou ao Parlamen-to. Acompanhe ainda a es-treia da coluna da pós-gradua-ção, mostrando a realidade de uma galera que também tem suas próprias batalhas no ITA (e no rancho conosco!). Leia a continuação da série Livros, do fiel colunista Diego Mame-de, dessa vez trazendo um conteúdo especial para os queridos bixos néscios. Tem ainda o vice-presidente-sugadinho-que-fica-cobrando-revista-dos-outros, o querido Lamounier Soares, trazendo uma reflexão (muito boa por sinal!) sobre uma cultura bastante difundida em nosso meio. Como capa, não haveria outro assunto que viesse tanto a calhar. Recentes manifesta-ções no país, povo brasileiro saindo às ruas, 20 centavos se tornando uma pauta muito maior de reivindicações, #oGiganteAcordou, etc... Muitos de nós foram,

Page 4: A Cova 2013.1

Aerodesign: agregando conhecimentos, ensinando experiência

4

ajudou a “fazer as contas”

vencer seu próprio peso e voar!

Mas de quais formas o

aerodesign contribui para a

formação de quem dele

participa? As respostas são

muitas, e mudam de um

membro para outro. Para uns é

um meio de trabalhar com algo

prático, para outros, uma

forma de estar em contato com

empresas do setor aeronáutico,

Dividindo espaço com as

iniciativas de engenharia que

existem atualmente no H8,

c o m o B a j a , F ó r m u l a ,

ITAndroids e ITAbits, o

Aerodesign orgulha-se de ser

uma das mais antigas

iniciativas desse tipo. Tendo

passado por alguns momentos

ruins, mas muitos de vibração e

vitórias nos seus 14 anos de

existência, uma coisa nunca

mudou: a paixão dos membros

por suas aeronaves.

Interessante notar como

todos os “aerodesigners” se

recordam de formam saudosa

das equipes que participaram, e

principalmente daquelas em

que ajudaram a conceber o

projeto. Poucos momentos são

maior emoção ou orgulho do

que ver a aeronave que você

Poucos momentos são

maior emoção ou orgulho

do que ver a aeronave que

você ajudou a “fazer as

contas” vencer seu próprio

peso e voar!

ou ainda um canal para

aprimorar habilidades de

trabalho em equipe ou

liderança. Mas existem aqueles,

os mais vibrões, os que ficaram

marcados pelo aerodesign, para

os quais o aerodesign é próprio

motivo de continuar no ITA, é o

combustível que gera energia

para vencer o gagá noite após

noite e ver, aplicados em uma

aeronave mais pesada que o ar,

os conhecimentos adquiridos

em sala de aula.

O aerodesign permite

que o aluno em formação lide

com problemas reais de

engenharia, projetando e

construindo uma aeronave que

irá realmente operar. São

situações que não podem ser

geradas em sala de aula, como

a compra de um material, a

Legenda

Page 5: A Cova 2013.1

Iniciativas: Aerodesign

5

busca por um fornecedor, os

debates entre engenharia e

produção que surgem

naturalmente durante um

projeto.

Finalmente, o Aero-

design permite então que

quem o experimente firme

s e u s c o n h e c i m e n t o s

aprendidos, bem como

experimente a construção de

uma aeronave, se configu-

rando assim como uma

disciplina especial, que

complementa a formação do

engenheiro: a experiência de

projeto.

O Aerodesign é

aprender a projetar, coor-

denar e liderar. É fazer

amizades fortes e viver,

ainda na graduação, a

experiência de conceber

uma aeronave. E se depois

de ler esse texto você achou

o Aerodesign interessante,

convidamos você a procurar

um de nossos membros e

conhecer mais sobre a

iniciativa, e saiba que não é

preciso ter anos de aero-

design para projetar parte

do avião ou ajudar a tomar

decisões de projeto. Você

pode ajudar a fazer isso a

partir do primeiro dia que

entrar na iniciativa. As boas

ideias nós fazemos juntos, o

avião também. ●

Projetos e construção dos aeromodelos.

Page 6: A Cova 2013.1

AGITA pra quê?

6

Imagine se você nascesse

em uma sociedade onde o

“normal” fosse ser homossexual.

Nos contos infantis todos os

príncipes procurariam outros

príncipes e as princesas suas

princesas. Um menino que

resolvesse pegar o carrinho da

irmãzinha poderia levar umas

boas palmadas. Ainda, a maioria

dos insultos faria referência à

heterossexualidade. Na igreja

pregariam que “Deus criou

homem e mulher diferentes para

viverem separados”. Depois as

tias começariam a perguntar pros

sobrinhos “e os

namoradinhos?”

e as meninas ti-

nham de escutar

“e a namoradi-

nha?” Imagine se,

de repente, você

se apaixonasse

por alguém do

sexo oposto. Teria

de correr o risco

de sofrer recriminação de sua

família, amigos, colegas de

trabalho. Por mais que seu amor

fosse forte pra superar tudo, o

Estado não permitiria seu

casamento e negaria os direitos

de uma união homossexual, dita

legal e natural.

Ao reunirem-se pessoas

com histórias semelhantes a essa

é que surgiu a AGITA. Pra quem

não conhece, AGITA é a

Associação LGBTTTS (de Gays)

do ITA. Mas, você pode pensar,

pra que serve um grupo de gays

no ITA? O interessante é que os

próprios membros não conse-

guem responder essa pergunta

com clareza pois nunca houve a

preocupação de estabelecer

algum objetivo. A ausência de

objetivo ou uma sistemática de

funcionamento deixa em dúvida

até se a AGITA seria mesmo uma

iniciativa. Se ela é uma iniciativa,

não surgiu da maneira usual,

buscando ter uma utilidade

pública, um objetivo, missão,

visão etc. Apesar de o grupo não

ter objetivos, não significa que

não tenha utilidade. Percebo

algumas utilidades que vou

enumerar, mas que não estão em

nenhuma cartilha. É apenas

minha visão particular.

A primeira

utilidade é o sim-

ples fato de existir.

Quando alguém

pergunta “mas um

grupo de gays no

ITA? Mas pode?

Pode militar gay?”,

acredito que a

pessoa está re-

pensando seus

conceitos e reconstruindo seus

valores. Durante esses anos vi

muita gente que tinha ideias

negativas sobre a homosse-

xualidade mudar seus conceitos e

hoje até apoiar causas gays sem

medo de ser rotulado. Percebo

que isso acontece rapidamente ao

se perceber que os homossexuais

não são alienígenas verdes que

vivem em outro planeta e

ameaçam a família terrestre, mas

sim são pessoas comuns e estão

mais perto que imaginamos. O

fato de existir uma AGITA dá

oportunidade de compreender

que há outras maneiras de amar,

ser e se expressar. Isso enriquece

a experiência dos alunos e

Pra quem não conhece,

AGITA é a Associação

LGBTTTS (de Gays) do

ITA. Mas, você pode

pensar, pra que serve um

grupo de gays no ITA?

Page 7: A Cova 2013.1

7

colabora na construção de um

ambiente de respeito às dife-

renças.

Para saber outra utilidade

da iniciativa é preciso ter em

mente certas peculiaridades da

experiência homoafetiva. Um

hetero pode descobrir sua

sexualidade e sua afetividade sob

a tutela de pais, além de ter à sua

disposição diversos modelos de

relação largamente divulgados

pela mídia, arte etc. Ao contrário,

a visibilidade da relação entre

homossexuais é quase nula no

Brasil e geralmente os pais não se

preparam para criar um filho

homossexual. Além de que é

comum homossexuais aparece-

rem na mídia como subalternos

ou sendo ridicu-

larizados. Um

jovem homos-

sexual, como

qualquer outro,

carece de orien-

tação e modelos

para se inspirar.

Na convivência

que os membros

e s t a b e l e c e m

dentro da AGITA, eles podem

compartilhar suas experiências,

compartilhar os poucos e

apagados modelos, para assim

compensar essa lacuna deixada

pela família, pela mídia e pela

sociedade em geral.

Há outra utilidade impor-

tante que se confunde um pouco

com a anterior. Even-tualmente

os membros da AGITA são

procurados por pessoas que não

fazem parte da iniciativa. São

pessoas que têm algum parente

ou amigo que é homossexual

precisando de apoio, ou pessoas

que estão “confusas” ou ainda

que se mantenham “no armário”.

Os membros da AGITA são vistos

como pessoas confiáveis para

tratar desse tipo de assunto com

sigilo e discrição. O fato de a

sexualidade, e mais ainda, a

homossexualidade, serem tabus

atrapalha no esclarecimento des-

se tipo de questão. Assim, por

vezes, os membros são pro-

curados para conversar, digamos,

sem preconceitos, algum assunto

sério ou mesmo simples

curiosidades.

Quero ressaltar que

quando cheguei ao H8 descobri o

ambiente mais rico e diversi-

ficado em que já tive opor-

tunidade de conviver. Percebi

que se precisasse de alguém que

sabe aramaico, sim, teria.

Alguém que já atravessou o

Alasca de moto?

Check. Alguém que

já leu os Dos-

toievskis todos no

original? Fácil. Um

japonês negro?

Tem sim. A AGITA

vem para com-

pletar essa diver-

sidade e mostrar

que ela também

existe na afetividade e na sexua-

lidade. Então quando perguntam

“AGITA pra quê?”, eu pergunto

por que não? Seria o mesmo que

perguntar pra que atravessar o

Alasca de moto ou ler em russo

ou aramaico, ou se seria natural

existir um japonês negro. Pois,

como bem disse Drummond,

“(...) alguns se salvaram e

trouxeram a notícia de que o

mundo, o grande mundo está

crescendo todos os dias, entre o

fogo e o amor. Então meu

coração também pode crescer.

Entre o amor e o fogo, entre a

vida e o fogo, meu coração cresce

dez metros e explode. – Ó vida

futura! Nós te criaremos.” ●

O fato de existir uma

AGITA dá oportunidade

de compreender

que há outras

maneiras de amar,

ser e se expressar.

Iniciativas: AGITA

Page 8: A Cova 2013.1

8

equipe. Assim, para atingir esses três requisitos de missão, o projeto de nosso foguete é multidisciplinar: aerodinâmica, balística e trajetória, eletrônica, estabilidade, estruturas e propulsão são totalmente inseridos no dia-a-dia da iniciativa. É claro, conceitos de engenharia de sistemas, gestão de projetos, marketing e logística também são essenciais!

Nos dois últimos anos,

garantimos para o ITA e para

o Brasil o terceiro lugar na

categoria básica e o prêmio de

melhor projeto de toda a

competição, em 2011, e da

categoria básica, em 2012.

Em 2013, o desembarcar no

aeroporto de Guarulhos, a

e q u i p e d o I T A , ú n i c a

representante do Brasil, trouxe

consigo o prêmio Jim Furfaro

Award for Technical Excellence,

o qual é dado para o time com o

melhor projeto de toda a

competição, além de um cheque

de 300 dólares. Pela primeira

vez, a equipe brasileira cumpriu

todos esses objetivos em voo e

A equipe ITA Rocket Design retornou ao Brasil com a sensação de dever cumprido após participar da oitava edição da competição mundial de f o g u e t e s u n i v e r s i t á r i o s denominada IREC(Intercolle-g i a t e R o c k e t E n g i n e e r i n g Competition), a qual ocorreu entre os dias 20 e 22 de junho na cidade de Green River (Utah), EUA.

A IREC é promovida pela entidade não governamental ESRA (Experimental Sounding Rocket Association), a qual é composta por membros atuantes e ex-funcionários da indústria aeroespacial americana (NASA, U S A F , S p a c e X , d e n t r e outros). Somos avaliados por pessoas do mais alto padrão técnico e com experiência de sobra no setor espacial. Apesar disso, o ambiente de amizade entre nossa equipe e os juízes é algo prazeroso e que agrega valor ao nosso trabalho. Somos conhecidos pela inovação, pela complexidade em nossos projetos e por tirar "água da pedra" quando necessário, o que n o s f a z s e r m o s m u i t o incentivados pelos juízes e bem respeitados perante outros competidores. Em média, cerca de 40 universidades participam nas duas categorias da competição. Em nossa categoria, a básica, temos cerca de 30 concorrentes. Este ano, além das tradicionais universidades dos EUA e Canadá, tivemos a participação de equipes da Austrália, Índia e Turquia. Na categoria básica, os foguetes devem atingir a altitude de 10000 pés da forma mais precisa possível (cerca de 3 km), serem totalmente recuperados após o voo e, por fim, terem o maior número de componentes projetados e fabricados pela

3... 2... 1... Lançamento!

Iniciativas: Rocket Design

ITA Rocket Design, na ocasião de recebimento do prêmio, juntamente com a equipe da universidade de New Mexico Institute of Mining and Technology,

campeã da categoria avançada.

conseguiu recuperar o seu

foguete de forma rápida e sem

qualquer avaria às partes do

foguete, o que garantiu o troféu

de melhor projeto entre todas as

categorias. O lançamento do

foguete ocorreu às 8:01 da

manhã do dia 22 de junho,

horário local. O apoio do Banco

Santander, das empresas

Omnisys e Mectron, do colégio

Etapa, da Olimpíada Brasileira

de Astronomia (OBA!) e da

Fundação Casemiro Montenegro

Filho foram de fundamental

importância para atingir esse

resultado. Por fim, para aqueles

que têm interesse em participar

da iniciativa, basta entrar em

con-tato com um dos nossos inte

-grantes ou mandar email pa-

ra [email protected].

Qu eremos qu e nossa

instituição e nosso país sejam

ainda mais respeitados e

conhecidos mundialmente. Para

isso, contamos com a torcida de

cada iteano para atingirmos

resultados ainda melhores!

GO GO GO Rocket! ●

Page 9: A Cova 2013.1

9

A Aliança Bíblica Universitária no ITA

Além disso, costumamos

realizar alguns eventos, tanto

aqueles voltados para os

participantes dos grupos de

ABU, quanto aqueles voltados

para os iteanos. Entre os

voltados para os iteanos,

destacamos o ABU Radical, que

realizamos todos os anos

(aguardem o próximo este ano!).

Dentro da outra categoria de

eventos, realizamos no final de

2012 o chamado Conselho

Regional (uma reunião adminis-

trativa reunindo representantes

de todas as ABU’s de SP e MS)

aqui em São José e, também, em

março deste ano, fizemos o cha-

A A l i a n ç a B í b l i c a

Universitária do Brasil (ABUB) é

uma organização missionária

que existe para compartilhar o

evangelho de Jesus Cristo nas

universidades. É um movimento

atuante em diversas univer-

sidades das várias regiões do

Brasil, sendo, ainda, apenas uma

parte de um movimento inter-

nacional atuante em vários

outros países. No ITA, o movi-

mento já existe desde a década

de 50, sendo considerado um

dos primeiros grupos no Brasil.

Na prática, no ITA, o

nosso principal trabalho é a

promoção de estudos bíblicos

para a comunidade iteana, ou

seja, reuniões nas quais se lê um

trecho da bíblia com o objetivo

de, com a participação dos

presentes, discutir-se em cima

do texto e se chegar a alguma

conclusão. Ao longo desse ano,

foram discutidos alguns livros

bíblicos, incluindo Lucas e

Filipenses.

mado Treinamento Local, como

uma forma de preparar os novos

membros de ABU’s da região

(São José dos Campos, Taubaté,

Lorena e Mogi das Cruzes).

Por fim, mas não menos

importante, neste ano iniciamos

um trabalho social em uma

comunidade carente aqui em

São José dos Campos (Comuni-

dade do Rhodia). Anteriormen-

te, já vinha sendo desenvolvido

um trabalho na localidade pela

secretária da AEITA (Elaine) e,

então, resolvemos dar um apoio

ao trabalho. Temos tentado aju-

dar as crianças da localidade no

âmbito dos estudos. A princípio,

temos feito um trabalho mais

individual com algumas dessas

crianças em uma espécie de

reforço escolar. Certamente, é

um projeto aberto, sendo que

temos contado (e esperamos

contar futuramente) com a

participação de pessoas que não

são membros da ABU.

Iniciativas: ABU

Excursão da ABU ao litoral.

No ITA, o movimento já

existe desde a década

de 50, sendo considerado

um dos primeiros grupos

no Brasil.

Page 10: A Cova 2013.1

Reflexos iteanos

Iniciativas: Casdinho

10

Você já percebeu o

quanto somos diferentes de

outras universidades? O ITA

tem inúmeras tradições que

aderimos ao nosso cotidiano: o

espírito companheiro, passando

bizus no meio da madrugada

para aqueles que estão metendo

um gagá de última hora; a união

da turma frente aos problemas

que enfrentamos seja no meio

acadêmico ou pessoal; as muitas

iniciativas que incentivam os

iteanos a sempre fazer o seu

melhor. E o que isso tem a ver

com o Casdinho, o foco

principal deste texto? E a

resposta, caro leitor desatento, é

óbvia: TUDO!

O Casdinho é um meio de

passagem desses valores

iteanos. Por meio das aulas,

atividades e confraternizações

que promovemos, estimulamos

o contato entre duas culturas

distintas: de um lado uma vida

privada de oportunidades e

repleta de incertezas quanto ao

futuro e de outro o estímulo ao

estudo como um elemento de

transformação.

Nossos alunos já viven-

ciam a cultura iteana no dia a

dia do Casdinho, melhorando

suas relações familiares e se

tornando mais conscientes

socialmente. Eles já realizam até

provas sem fiscais, demons-

trando o alto grau de disciplina

e a imensa confiança que lhes é

depositada. Só falta eles se

tornarem adeptos de nossos

viradões também!

Nada disso é mera

coincidência. O Casdinho como

fruto iteano carrega em seus

ideais nossa cultura. Ele é um

meio de nos comunicarmos com

a cidade de São José dos

Campos: modif icando a

perspectiva do estudo na vida de

inúmeras famílias e agregando

nossos valores ao de nossos

alunos.

Como ideal, nossa missão

é fazer a cidade "respirar

educação", borbulhar por entre

cada esquina a paixão pelo

conhecimento, fazer com que

cada um dos alunos Casdinho

atue como uma ferramenta de

mudança no seu ciclo social,

transformando potencial em

movimento! E, assim, não

seríamos somente uma interface

entre os iteanos e SJC, mas

atuaríamos como uma rede de

valores, refletindo nossos tão

amados ideais e movimentando

o nosso País. Ou quem sabe, no

futuro, afetando o mundo? ●

Dia-a –dia no Casdinho: Alunos nas salas de aula, interagindo com membros e colegas.

Page 11: A Cova 2013.1

Iniciativas: AASD

11

IMC: Renovação da parceria Embraer/AASD A IMC (International

Mathematics Competition) é a

maior olimpíada internacional

de matemática universitária.

Todo ano ela reúne em torno de

320 alunos de 35 países, vindos

de 70 das universidades mais

renomadas do mundo. O ITA já

tem uma grande tradição na

IMC, participa dessa competição

há dez anos e a Embraer

contribui majoritariamente há

três anos para que isso ocorra.

Essa parceria já possibilitou a

ida de muitos iteanos

selecionados para a competição.

Neste ano, nove alunos do ITA

foram selecionados para a IMC

e, mais uma vez, puderam

contar com a parceria da

Embraer. Todos os nove alunos

foram premiados, acumulando

para o instituto mais uma

medalha de ouro, seis de prata,

uma de bronze e uma menção

honrosa.

Com esse resultado, o

ITA se classificou em 1º lugar na

América Latina e 15º lugar geral

entre as 72 instituições

participantes, à frente das

tradicionais Yale, Cambridge e

École Polytechnique.

A parceria da Embraer

Equipe do ITA na IMC 2013.

com a AASD mostra a confiança

que é depositada nos alunos do

ITA por sua excelência, e essa

confiança é retribuída com uma

relação mais estreita entre a

empresa e esses alunos, uma

troca que tem alavancado ambos

os lados.

É por conhecer os frutos

dessa parceria que a AASD espera

que ela se prolongue com mais

renovações e traga ainda

melhores resultados para a

Embraer e para a comunidade

iteana.

Page 12: A Cova 2013.1

12

Não era um cão, não era um gato, não era um rato

D essa vez a seção é especialmente

praquele bixo néscio que quando

dizem “Revolução dos Bichos” ele

imagina uma figura plana animal

sendo rotacionada para formar um

sólido geométrico. Sinal de que agora é

hora de tentar ler alguma coisa que

não seja da Editora Poliedro.

Comecei a ler o livro O Físico, de Noah Gordon com um pé atrás, pois na época do lançamento houve uma grande polêmica sobre a tradução

do título original The Physician, cuja melhor tradução seria O Médico. Ele narra a história de um rapaz que tinha o poder de saber se a pessoa estava próxima da morte. O jovem aprendiz de “cirurgião barbeiro” se

envolveu numa grande trama para conseguir entrar na escola de medicina de Ispahan, na Pérsia, com o famoso Ibn Sina, conhecido no

ocidente como Avicena, e se formar médico. O mais interessante da obra é mostrar a relação das três grandes religiões monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo com a ciência num contexto conturbado da Idade Média, na fronteira entre ocidente e oriente: a antiga Pérsia. É o tipo de

livro que eu não conseguia parar de ler.

Profa. Nilda Oliveira – Depto. de HUMANIDADES

Prof NILDA

Numa fria madrugada de viradão tive meu primeiro contato com o conto A Igreja do Diabo, de Machado de Assis. Conto pequeno, propício à procrastinação habitual de todo iteano. A construção logicamente perturbadora, a argumentação cínica travestida de santa, tão marcantes na obra machadiana, mais uma vez me proporcionaram um deleite imenso, comparável somente ao prazer de um açaí. Recomendo também A Sereníssima República. Mais uma vez, trata-se de um conto curto. Analisando o universo das aranhas, nos coloca frente a frente com as nossas próprias deficiências morais, com toda a cretinice e hipocrisia da nossa sociedade doente e miserável. E, para completar uma trilogia machadiana, recomendo também a leitura do capítulo XXXI, A Borboleta Preta, da obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Thiago Póvoa – Engenheiro da Petrobrás, CIVIL-11

PRECOCE

Recomendo ao bixaral a leitura de O Conde de Monte Cristo, escrito por Alexandre Dumas. Ele conta a saga de Edmond Dantés, que é preso

injustamente e, após longos anos preso, consegue fugir e arquiteta um plano de vingança contra todos os seus inimigos. Além de um clássico, o livro possui passagens que analisam profundamente as diversas facetas

do comportamento humano. Longa obra, o que a torna muito apropriada para virar um livro de cabeceira a ser atravessado durante os

cinco (ou mais) anos para complementar a educação em um universo matematicamente arquitetado e apartado de aspectos humanos como

pode ser uma escola de engenharia.

Ricardo Lins – MEC-13

RICARDO LINS

Page 13: A Cova 2013.1

Livros

13

por Diego Mamede

O último que eu li e recomendo a um bixo vibrão é o Wireless Hacking For Wi-Fi Enthusiasts. Não hacking no sentido de quebrar redes wireless ou segurança, mas no sentido de você construir uma rede wireless para uma comunidade fazendo scraping de partes de roteadores, ou fazendo máquinas embarcadas com cartões própiros virarem firewalls (software livre) e até usando roteadores da faixa de 5GHz para fazer transmissão direcionada entre prédios diferentes. Também é bom para treinar seu inglês na área de computação.

CUBO

Márcio Ramos – COMP-15

A (até pouco tempo) conjectura de Poincaré é um problema da matemática que por anos atormentou matemáticos do mundo

inteiro. O problema estava na lista dos sete problemas do milênio, e até agora o único solucionado. De maneira inusitada Grigory

Perelman, matemático russo, divulgou a sua solução para o problema pela internet, ganhando a fama de excêntrico ao recusar

o prêmio de um milhão de dólares. A Solução de Poincaré trata da história por trás da solução de um dos mais importantes

problemas da matemática do último século navegando pelo mundo da topologia. Este livro deixou meus estudos de MAT-12, 22 e 27

muito mais interessantes.

Gustavo Oliveira – CIVIL-15

POOH

Hoje, a comunidade iteana possui uma grande empatia pela área extra-engenharia; iniciativas como o CASDVest, ITA Junior, AASD, AIESEC, eITA, entre outras, mostram que nós somos bastante atraídos pela área administrativa. Tendo em vista esse fato, Administração de Organizações Sem Fins Lucrativos é uma obra-prima de Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, pra quem tem interesse de se aprofundar no assunto.

PLAYMOBIL

Paulo Lira – T-16

Page 14: A Cova 2013.1

Para muitos de nós

durante o vestibular, o ITA

foi um sonho; conquistá-lo,

um dos melhores aconte-

cimentos de nossa vida. O

que acontece, então, no

meio de campo da trajetória

iteana que eventualmente

deixa tantos entre nós

desmotivados com a insti-

tuição? Estaria a escola

errando, com um modelo

educacional engessado e

exagerando na pressão que

exerce sobre os alunos?

Estaríamos nós mesmos er-

rando, sem darmos o valor

devido ao ITA?

É comum ouvir que a

pressão a que somos sub-

metidos aqui no ITA é o

que nos torna bons

profissionais. Concor-

do que exercer pres-

são no sentido aca-

dêmico – no rigor

das avaliações,

nas exigências

para passar

sores que recorrem a táticas

menos nobres de incentivo à

produtividade.

Talvez alguém encare

como ingenuidade, mas não

estamos nós, como cidadãos

conscientes, batalhando por

um mundo melhor? Não

vivemos mais numa socie-

dade que permite, endossa e

de semestre – faz sentido

para manter a excelência da

faculdade, entretanto o que

os alunos ganham com

professores que extrapolam

os limites e saem da

exigência para a intimidação

emocional? Argumentam

alguns que os iteanos

estariam sendo treinados

para quando tiverem chefes

semelhantes. Justificam,

assim, um erro com

o outro, porque

estão errados

chefes e

profes-

Por um ITA melhor

Page 15: A Cova 2013.1

encara com bons olhos a

palmatória nas escolas.

Evoluímos. Ultrapassando

um pouco as fronteiras do

assunto que aqui

discorro – mas

voltarei

Matéria de Capa

para ele, aguarde –, li outro

dia sobre um cidadão que

defendia a pena de apedre-

jamento aqui no Brasil.

Garantia ele que a crimi-

nalidade se reduziria caso

tivéssemos penas mais

severas. Talvez ele

estivesse logicamente

correto, porém o que

queremos é mera-

mente uma sociedade

mais rígida com menos

crimes ou uma sociedade

evoluída que vive correta-

mente (olha o princípio da

DC aí)? De forma semelhan-

te, queremos alunos que

estudam com vontade ou

alunos que estudam por

mera incentivo coercivo?

Não é só no aspecto

motivacional que o ITA

precisa melhorar, há mais

pontos: as disciplinas são

conduzidas com um caráter

exageradamente teórico e

pouco prático, vários labo-

ratórios carecem de moder-

nização, dentre outros. Po-

rém, mesmo com esses

problemas mencionados,

acredito que estamos

numa faculdade que tem a

excelência dentro de si, e

com gente disposta a ver

essa excelência derrubar as

limitações e alavancar a ins-

tituição para o topo.

Verdade seja dita, as-

sim como o ITA tem pontos

louváveis e aspectos a serem

consertados, também cabe a

nós, os alunos, fazermos

uma autoanálise e verificar

em que nós mesmos pode-

mos melhorar nossa postura

para com a instituição.

Aliás, acho que estamos

fazendo isso, pouco a pouco.

Lembro-me de que, quando

cheguei aqui, era comum

ouvir na época da inte-

gração, mais de um mês

antes de termos contato de

fato com a escola, a insa-

tisfação dos veteranos com o

ITA. Nos últimos anos,

porém, os responsáveis pela

recepção dos bixos têm sido

orientados a evitar esse tipo

de “propaganda”, porque ela

enviesa a visão dos bixos

antes que eles mesmos pos-

sam tecer suas impressões

acerca do ITA.

de Lamounier Soares Por um ITA melhor

Page 16: A Cova 2013.1

Por outro lado, a

insatisfação dos veteranos

existe como um diagnóstico

de um desestímulo contínuo

presente nos alunos. Acaba

que gera um ciclo vicioso de

deixar a faculdade em segun-

do plano, o que acontece com

muitos, e é um comporta-

mento que pode ser credi-

tado tanto a uma cultura

instalada no H8 quanto ao

modelo de ensino engessado

e aos professores

desinteressados em ensinar,

e ensinar bem e com coerên-

cia avaliativa. É como se o

ITA e os alunos da graduação

estivessem num casamento

beirando o divórcio, e resis-

tentes a encarar essa situação

de frente. Até agora, claro,

quando sons de mudança

começam a ecoar.

Tanto a cultura no H8

como a postura do ITA,

em vários aspectos,

precisam de mu-

Page 17: A Cova 2013.1

Matéria de Capa

dança, e sair da inércia é o

primeiro passo para que essa

mudança aconteça. O cami-

nho para um ITA melhor está

em perceber que as

prioridades da escola devem

ser reavaliadas, e as nossas

também, e quem sabe dessa

forma conseguiremos resga-

tar as relações aluno/profes-

sor e aluno/ITA e vivê-las

como nossos veteranos

mais antigos as viveram

no passado. ●

Page 18: A Cova 2013.1

18

Aconteceu no DepCult Olá, galera! Nessa edição d’A Cova, o Departamento Cultural do ITA tem muita coisa nova pra

apresentar. Esse ano está sendo bem recheado de eventos culturais e ainda tem bastante coisa boa por

vir! Dentre os eventos, estão:

Clube do filme

Exibição semanal

de filmes do

Cineclube. Ocorre

aos domingos, às

18h30, e exibimos

filmes como “Argo”

e “Os Miseráveis”.

Game of

Thrones

Exibição semanal

dos episódios da

3ª temporada de

Game of Thrones,

que foi exibida

nos Estados

Unidos. As

sessões rolaram

toda segunda-

feira, às 22h no

Cineclube.

Tarantinada

DepCult

Animados com o sucesso

do Clube do Filme, aproveita-

mos a semana do feriadão do

aniversário de São José e exibimos

alguns filmes do Tarantino entre

segunda e o domingo seguinte. O

roteiro era: “Cães de Aluguel”,

“Pulp Fiction”, “Kill Bill – Vol. I”,

“Kill Bill – Vol. 2”, “Bastardos

Inglórios” e “Django Livre”.

Aulas de música

o DepCult está oferecendo aulas de

músicas a todos do H8. Por enquanto

estamos tendo aulas de violão, guitarra

e piano, mas em breve estaremos expandido

o nosso repertório!

FotografITA

Clube de fotografia destinado a pessoas

interessadas em aprender mais sobre

fotografia e participar de eventos legais,

como passeios fotográficos, exposições e

coberturas de eventos do H8. Link para o

grupo:

http://www.facebook.com/groups/148299308678344

Reforma da Sala de Música

Através da AASD conseguimos

reformar a sala de música!

Aproveitamos também e compramos

novos instrumentos. Dentre eles,

Fender Frontman 212r, Laney LV100,

Marshall MG10CF, Staner BX200 e

uma bateria Prime Europe Birch.

Agora vai ficar ainda mais irado

ensaiar lá!

Programas disponíveis

Page 19: A Cova 2013.1

19

Iniciativas: Depcult

Encontro Musical:

Rock in Rancho

O EM ocorreu nos dias 07

e 08 de junho na Ala Zero

com bandas cover de Red

Hot Chili Peppers, Foo

Fighters, Metallica, Legião

Urbana e outras. O nível

esse ano foi altíssimo e a

band a cam peã f o i

Macacos do Ártico, que já

tem o seu lugar garantido

no Show Prêmio. O

DepCult agradece a

participação de todas as

bandas, foram todas

muito legais!

Cult Talks

Evento inspirado nos “Lightning Talks” da

RedeCASD, conta com palestras curtas sobre

assuntos variados. A primeira edição foi um

sucesso, Cineclube lotado! Contamos com as

seguintes palestras:

Por que meditar? – Estima (COMP-15)

Cultura nordestina – Sanfoneiro (T-16)

A hipocrisia do Islã – Muxagata (COMP-15)

É divertido ser enganado – Um pouco da

história da mágica – Mágico (COMP-14)

PNL – Programação Neurolinguística –

Rômulo (T-17)

Cuidando do seu corpo: Dicas simples para

viver melhor – Andrade (MEC-15)

Gamification – How game thinking can im-

prove your life– Timbó (COMP-15)

Todas as apresentações foram filmadas disponibilizadas no canal do DepCult no YouTube. A

ideia é fazermos um evento desse a cada bimestre, então aguardem que muita coisa legal está

chegando! Link para o canal: http://www.youtube.com/user/DepCultITA

Page 20: A Cova 2013.1

Hackathon Mercado Livre

Iniciativas: ITAbits

20

Já é hábito pros

membros da ITAbits participar

de hackathons. Um dos eventos

desse semestre foi o Hackathon

Mercado Livre, uma competição

de desenvolvimento de aplica-

tivos baseados na API do

Mercado Livre, com o objetivo

de produzir serviços que faci-

litem a vida de compradores e

vendedores. O evento durou 12h

e aconteceu no escritório do

Mercado Livre, na região

metropolitana de São Paulo.

Funcionários do Mercado Livre,

inclusive, participaram, prestan-

do suporte aos desenvolvedores.

Além de produzir aplicativos,

cada equipe tinha ainda que

apresentar seu serviço para uma

banca. 15 iteanos de várias

turmas marcaram presença, não

só pra fritar os neurônios mas

também pra curtir um

sanduíche com Red Bull. E,

como de costume, voltaram com

uma penca de brindes, de

camisetas a adesivos.

A outra competição que

se passou no primeiro bimestre

do ano foi o já tradicional

hackathon do Facebook. Dessa

vez foi não em um hotel, mas no

próprio escritório do Facebook

em São Paulo - um ambiente

que impressionou os participan-

tes. Por 24h, os desenvolvedores

se alternaram entre programar

loucamente, curtir o visual do

prédio, comer um yakissoba e

sugar os funcionários do Face-

book que estavam por ali (al-

guns estrangeiros). Entre os

brindes tinha até óculos escuros.

18 iteanos participaram, e uma

equipe alcançou a segunda colo-

cação geral: Croata, Moco, Dhal-

sim Rufino (T15) conquistaram

o prêmio com um aplicativo que

permite criar mini-eventos a

partir do chat do Facebook -

como, por exemplo, marcar um

jantar com as pessoas com

quem você está conversando.

A T17 chegou sedenta por

código e a ITAbits passou o bizu

em uma série de assuntos nos

treinamentos desse semestre.

Houve aulas básicas de introdução

à programação, básico de

programação de jogos em C++ e

C# e XNA, além de aulas

preparatórias para a OBI.

O destaque do período de

treinamentos fica por conta do

Lab do Mario - uma tarefa em que

os bixos devem produzir um jogo

de plataforma tipo Mario com

gráficos ASCII. Além de lab,

tratava-se de uma competição, e o

resultado foi bem interessante.

Muitos jogos tinham sons, música

e mecânicas cancerizadas, como

atirar, colocar bombas ou deixar o

tempo lento - tudo isso no

console! Os vencedores (Mateus

Gonçalves, Nervoso e PadaTwo)

ganharam um bundle de jogos

bizurados pra curtir na

semaninha.

A segunda Competição Interna de Games da ITAbits já

começou, com uma variedade impressionante de ideias carteadas de

jogos. Combate em arena com magia? Tem. Plants vs Zombies, só que

com barcos? Tem. Joguinho de patinação no gelo? Tem. Professores e

anciãos da ITAbits já estão sendo convocados pra avaliar essa

farândula de games, e os patrocínios estão sendo buscados pra

premiar os melhores com espólios dignos de um evento tão épico.

Treinamentos

Facebook Hackathon São Paulo

Lab Mario do PadaTwo (T17). Gabriel Ilharco, Muzio (T17),

Borges e Goku (T16).

CIG

Goku (T16) sendo normal.

Page 21: A Cova 2013.1

Iniciativas: CASDVest

21

CASDVest ampliando o seu impacto

O ano de 2012 foi um

ano muito proveitoso para o

CASD Vestibulares, pois

alcançamos o número de 190

aprovados em universidades

públicas e passamos a pensar

grande também. Dentre todos

essas aprovações, podemos

destacar os casos, do Felipe

Rodrigues do Nascimento

aprovado em Medicina na

UFRS e da Lara Teixeira

aprovada em Direito na USP.

Além disso, decidimos

inovar e procuramos alcançar

dois dos nossos maiores

sonhos: ampliação e reforma

da sede e a ampliação do

impacto do nosso trabalho

para todo o Brasil. O primeiro

O Sistema CASDVest

consiste de duas parte, a primeira

é o Livro Aberto, um sistema de

distribuição gratuito de apostilas

para todos os alunos necessitados

em todo o Brasil. Isso só será

possível devido a ajuda do

Professor Rogério Ferras de

Camargo, ITA-82 e fundador da

Orbisat, que decidiu financiar o

projeto, desde que o CASD

Vestibulares crie e atualize as

apostilas sempre que necessário.

Neste ponto que precisamos da

ajuda da comunidade iteana, já

que os nossos membros e atuais

voluntários não possuem dispo-

nibilidade de tempo o suficiente

para arcar com um trabalho deste

porte sozinhos e por isso estamos

atrás de mais volun-tários.

A segunda parte está

vinculada a empresa Quadrado

Mágico, do ex-presidente do

CASDVest Thiago Feijão. A

parceria permitirá que alunos em

todo o Brasil tenham acesso a

todas as aulas ministradas pelos

professores do nosso curso, a

partir de um cadastro na

plataforma online do QMágico. ●

Projeto "Sistema CASDVest de

Ensino"

ainda está em processo de

planejamento, no entanto, o

segundo já está em fase de

execução.

Page 22: A Cova 2013.1

22

No semestre passado, a

rede caiu. Mas caiu feio: depois

de uma série de quedas de

energia, ela começou a agir de

um jeito muitíssimo estranho.

Que tal entender um pouco mais

do que aconteceu naquela

fatídica semana?

Fato número 1: cabos de

rede são em essência, cabos de

energia. Se algum dia você tiver

a paciência para cortar um deles

e olhar, você vai ver isso.

Esses fios aí são na

verdade fios de cobre protegidos

por um cabo, só isso. Então na

verdade a comunicação de rede

caminha toda por sinais

elétricos, nada muito impres-

sionante, certo?

E se eu te dissesse que

quando há grandes variações de

energia esses cabinhos podem

virar um poderoso inimigo para

quaisquer equipamentos de

rede? Isso mesmo, o mesmo

cabo que leva e trás informações,

também pode trazer um forte

pulso de corrente, fatal para

muitos equipamentos! Em

especial, um equipamento

chamado Switch. Se você está

no H8, dá uma olhada na

cozinha, você deve ver algo como

isso.

Então, se fôssemos pensar

em uma distribuidora de

produtos, esse é o distribuidor

local. Em cada bloco, temos um

Switch maior, que distribui

para esses pequenos, e na nossa

sala temos um maior ainda, que

gerencia todos os envios da rede.

Não se engane pela figura:

é um switch bem grande esse aí,

tem 24 portas para cabos de rede

normais (os azuis que você vê

pelo alojamento) e 4 entradas

para fibra ótica (o que encarece

BASTANTE um switch.).

Resumindo: f izemos

vários testes na rede, quando

sentimos que ela começou a ficar

um pouco “estranha”. A rede

funcionava num mesmo apê,

para um computador, mas não

para outro, logo do lado do

primeiro! E isso afetando todos

os pontos do alojamento ao

mesmo tempo. Alguns lugares

funcionavam sempre, outros

nunca. Num teste comum de

rede, chamado ping, na hora que

você tentava se comunicar com o

nosso servidor que passa toda a

comunicação (ele é o gateway de

vocês que usam a rede,

1 9 2 . 1 6 8 . 7 2 . 2 ) , a l g u m a s

conversas chegavam muito

r á p i d o ( m e n o s d e u m

milissegundo) outras davam

time-out (demoravam mais de

um segundo inteiro) e ainda

algumas diziam ser impossível

chegar àquele computador. Ou

seja: estávamos enfrentando um

dos problemas mais estranho já

vistos pelos membros da rede (e

por muitas pessoas externas, a

quem pedimos conselhos!)

Vamos encurtar a parte

do meio: A rede estava

“pembando”, e pelos testes tudo

indicava que alguma coisa tinha

estragado o Switch central, um

equipamento muito caro e que

Pânico na Rede! Entenda o que a rede teve que desafiar

para voltar a funcionar

Page 23: A Cova 2013.1

Iniciativas: RedeCASD

23

ainda estava na garantia. Depois

de uma grande batalha contra

um atendimento estilo-net pela

Dell, conseguimos trocar o

Switch por um novo, na segunda

feira logo após a páscoa, dia 1 de

abril. E como se fosse

pegadinha: mesmo configurando

a rede, ainda tinha algo tentando

estragar o switch novo.

Imagina, você tá com um

problema. Troca aquele negócio

com problema, e o problema

começa aos poucos a aparecer de

novo... e aí?

Então, para uma parte da

diretoria da rede, a sexta semana

se tornou uma semana de gagá e

análise intensivo de redes.

VLAN’s, STP’s (Spanning-Tree

Protocol), análises pacote a

pacote com uma ferramenta

chamada Wireshark.

Resumindo: um apren-

dizado intenso, por causa de

uma demanda enorme de uma

rede inteira que estava sem

internet. Depois de muitos e

muitos testes, encontramos o

principal infrator: uma porta de

um dos switches estragou, mas

estragou de um jeito que

conseguiu derrubar toda a rede,

sempre que ela estava ligada.

As luzes de um Switch se

ligam quando há envio de

informação, ok? Então por que

teríamos uma luz acesa sem

nenhum cabo ligado?

Não deixando nenhum

cabo na porta, pudemos ligar de

novo o C- (depois de alguns

testes longos descobrimos que

era ele que derrubava o resto da

rede) e nada mais aconteceu.

Diagnóstico final: ???.

Ainda não consegui encontrar

ninguém para explicar pra mim

como uma porta defeituosa pode

derrubar a rede no nível que

derrubou, e notem que passei

esse problema a vários

especialistas... Ou seja: dessa

vez, a falta de internet foi um dos

problemas mais estranhos que já

vimos.

Prevenção futura: não

comprar mais equipamentos

3COM =(

São mais baratos, mas

esse é o preço que pagamos no

futuro.●

Page 24: A Cova 2013.1

A cultura do “eu sou f*da”

24

Um dos aspectos mais

espetaculares da comunidade

iteana é a quantidade de

iniciativas que aqui desen-

volvemos. Das iniciativas

técnicas às assistencialistas às

mais capitalistas, o nosso

envolvimento com elas e o

comprometimento em fazer um

bom trabalho, a despeito de não

recebermos dinheiro em troca,

são louváveis. Por outro lado,

há também uma subcultura

velada, uma menos louvável,

que utiliza as iniciativas como

um mero veículo para o

abastecimento do ego.

Os primei-

ros escanteados

por essa cultura

são os bixos que

não se candi-

datam a iniciati-

va ou órgão al-

gum, bixos que

têm a insensatez

(pasmem!) de se

dedicar exclusi-

vamente à vida

acadêmica. Co-

mo ousam? Como poderão eles

ter um currículo decente? Con-

seguirão algum summer job ou

estágio de qualidade? Como se

desenvolverão pessoalmente?

Essas perguntas são comuns

entre bixos engajados sobre

seus colegas que nada fazem

além de cursar engenharia.

Mesmo que não se comentem,

são indagações que pairam no

inconsciente coletivo do H8. Só

a maturidade traz uma melhor

noção de que não existem

trilhas engessadas para o

sucesso, isto é, não participar

de iniciativas não implica

necessariamente em prejuízos

ao desenvolvimento pessoal e

profissional de alguém.

As próximas vítimas da

cultura do “você tem que ser

f*da” são os indivíduos que se

contentam em fazer o básico em

suas iniciativas, sejam eles

membros ou diretores. Nesse

contexto, os princípios da

meritocracia e da busca

desenfreada pela “excelência”

exercem forte influência: é bom

quem faz algo surpreendente e

grandioso, é fraco e de menor

valor quem deixa de fazê-lo.

Outro exemplo

de fraqueza (ou

de falta de exce-

lência) é não ar-

riscar empreen-

der ao se formar,

ou pior ainda,

cometer o crime

dos crimes: in-

gressar na carrei-

ra militar.

Eu tive a

sorte, no meu

primeiro ano do ITA, de passar

longe dessa pressão. Trabalhei

no departamento de ensino do

CASD Vestibulares, onde tinha

como colegas e diretor pessoas

genuinamente interessadas em

fazer o melhor pelo CASDVest,

afastadas de objetivos pessoais

demasiadamente egoístas (falo

“demasiadamente” porque

todos os objetivos pessoais são

egoístas, o problema é quando

eles o são em exagero). No

departamento de ensino

daquele ano não havia ninguém

tentando encontrar uma

Há também uma

subcultura velada, uma

menos louvável, que

utiliza as iniciativas

como um mero veículo

para o abastecimento

do ego.

Lamounier Soares, ELE-14’, é colunista

da A Cova e atual vice-presidente

do Centro Acadêmico Santos-Dumont.

Page 25: A Cova 2013.1

25

solução fantástica e ultra

pipocante que resolvesse as

maiores dificuldades do

cursinho, solução que ao

mesmo tempo impulsionasse o

CASDVest para frente e

rendesse ao desenvolvedor da

ideia a glória eterna. Não.

Apenas nos esforçávamos para

promover a realização dos

sonhos dos nossos alunos, e

encontrávamos nisso uma

glória muito mais satisfatória.

Ainda assim, admito que

me deixei guiar pelo fantasma

do “tenho que ser o cara” por

boa parte dos meus dois

primeiros anos do ITA. Foi

somente ao final do FUND que

vi alguém criticar essa cultura e

me fazer perce-

ber a realidade

como de fato ela

é. O crítico em

questão foi o

Piri, presidente

do Centro Aca-

dêmico em 2012,

um cara formi-

dável, devo di-

zer. Ele costu-

mava falar o que

deveria ser ób-

vio: que cada um

tem seu próprio jeito de ser

excelente e tem seu próprio

tempo para descobrir no que

vai ser realmente bom e

dedicado. O erro está na cultura

da suposta “excelência”, por

ditar regras rígidas sobre o que

é ser excelente, produzindo

como único resultado relevante

a elevação do ego de uma meia

dúzia de pessoas, quer sejam

elas de fato boas no que fazem

ou boas apenas na propaganda

de si mesmas.

O último aprendizado

que tive no assunto que aqui

discorro foi no summer job que

fiz nessas férias. Um dos

valores da empresa onde fui

trabalhar era a tal da meri-

tocracia. Fiquei com um pé

atrás de início, com receio de

me deparar com uma realidade

de trabalho obcecada por

resultados e pela autoafirma-

ção, que desprezasse as

particularidades de cada

indivíduo. Pelo contrário, o que

vi foi um ambiente amistoso e

onde havia uma aplicação

coerente do princípio “a gente

vale aquilo que a gente faz”,

sem abastecimentos desne-

cessários do ego.

Ora, numa empresa

privada, ávida

pelo trabalho

produtivo e pela

geração do lucro,

não havia fantas-

mas do “eu sou

lindo, maravilho-

so, fantástico e o

último biscoito

do pacote mais

delicioso que vo-

cê nunca comeu

na sua vida”.

Então por que

aqui na nossa faculdade, onde

não há urgência por resultados

pessoais (senão os acadêmicos),

nem há necessidade de nos

engrandecermos uns em

relação aos outros, deveria ser

diferente? Sendo assim, como

sugere o Piri, que cada um

descubra sua própria forma de

ser bom, seja em iniciativas, em

órgãos do CASD, no empre-

endedorismo, na vida acadê-

mica ou militar, ou em qualquer

outra coisa dentro ou fora do

contexto H8/ITA. ●

Só a maturidade traz

uma melhor noção

de que não existem

trilhas engessadas

para o sucesso.

Opinião

Page 26: A Cova 2013.1

Estamos nos vendendo bem?

26

Qual o melhor meio de

divulgar uma iniciativa? Como

ir atrás de patrocinadores? Qual

é o melhor parceiro? O que

fazer para solucionarmos o

problema da falta de inves-

timentos e assim realizar proje-

tos ainda mais

grandiosos? Per-

guntas desse tipo

atormentam a

maioria das inicia-

tivas e tiram o

sono dos seus

membros respon-

sáveis pelo marke-

ting – aqueles em-

carregados cuidar

da imagem da ini-

ciativa e fazer o dinheiro che-

gar.

Com o intuito de

vislumbrar algumas das

respostas para essas perguntas

e trazer a visão de alguém

experiente no assunto e fora da

bolha, o DE através de uma

iniciativa do Panda (T-17)

organizou a “Palestra de

marketing das iniciativas”,

realizada em 8 de maio desse

ano, no auditório C, ministrada

pelo publicitário Euclides

Júnior, proprietário da agência

FCK.

A palestra contou com a

presença de grande parte da

liderança das iniciativas e/ou

seus marketeiros responsáveis.

O teor da apresentação do

palestrante foi altamente

motivacional e o seu conteúdo

se dividiu em dois assuntos:

noções gerais sobre marketing e

a visão do palestrante sobre

como fazemos (ou não...)

marketing aqui, juntamente

com uma nova proposta para

sua abordagem. No primeiro

momento foram apresentados

alguns conceitos de marketing

tais como planejamento e

estratégia, propaganda, redes

sociais e viralidade,

patrocínio e doa-

ção. O palestrante

deixou clara a

importância da

estratégia dentro

do marketing –

falou de diversos

casos de sucesso e

sobre o estudo,

planejamento e

trabalho por trás

de campanhas do tipo. Ele

encerrou a primeira parte da

palestra fazendo a diferenciação

entre doação e patrocínio, para

isso falou sobre o que é ser

patrocinável e mostrou a

necessidade de se organizar

adequadamente para alcançar

tal status.

Em sua aná-

lise sobre a prática

do marketing pelas

iniciativas, o pales-

trante, que realizou

uma busca digital,

como salientou,

destacou a falta de

unidade entre as

iniciativas, de algo

que as represente

como um todo e

que explore a imagem do ITA –

nosso maior trunfo, segundo ele

– de maneira adequada. “Não

existe uma ‘marca’ única que

reuna sob seu selo todas as

iniciativas”, ele afirma e ainda:

“Não existe uma agenda de

esforços integrada que realize a

captação de recursos para todas

as iniciativas ao mesmo tempo”.

A divulgação fragmentada das

iniciativas subexplora o

potencial da marca ITA, que

segundo o palestrante é sem

igual em nosso país, no

contexto acadêmico. “Vocês são

do ITA! Vocês fazem aviões,

constroem foguetes, dão aula

em cursinho para alunos

carentes. Vocês deveriam

escolher seus patrocínios!”.

Sob essa perspectiva, o

palestrante sugeriu a criação de

uma nova marca – um órgão,

um comitê, um núcleo –

apelidada por ele de “Iniciativas

ITA”. Essa organização que

representaria os interesses de

todas as iniciativas seria

responsável não só pela

captação de recursos, através de

patrocínios, mas pela própria

exposição delas seja através da

organização de eventos, admi-

nistração de um

portal em comum,

contato com a

mídia, produção

de material gráfico

e, mais impor-

tante, seria res-

ponsável pela ela-

boração da estra-

tégia que nortearia

as ações preten-

didas – a curto e

longo prazo – e por sua imple-

mentação.

A re p er cu ss ão d a

palestra foi significativa. Mas se

por um lado ela serviu para

motivar e nos lembrar da

O palestrante

destacou a falta

de algo que

represente as

iniciativas como

um todo.

A divulgação

fragmentada das

iniciativas

subexplora

o potencial da

marca ITA.

Page 27: A Cova 2013.1

27

grandeza e do potencial das

atividades aqui realizadas, por

outro já despertou várias

discussões. Ronaldo Chaves,

membro do Rocket Design,

acredita na ideia de unir as

iniciativas, segundo ele: “A

criação de uma nova marca é

viável até certo ponto”, e sobre

o Rocket Design: “Estamos

interessados em participar”.

P a r a A l l a n L i m a , d o

Departamento Cultural, a ideia

também é viável, segundo ele o

DepCult já faz parcerias com o

CasdVest e a Atlética, o que já é

uma maneira de aproximação.

“Como realizaremos esse

projeto? É de responsabilidade

do DE, da AASD, de um novo

órgão a ser criado? Afinal, como

nos organizaremos? Um núcleo,

um conselho, um comitê, um

novo órgão?”. Em posteriores

reuniões realizadas junto às

iniciativas, chamadas de

Parlamento das Iniciativas,

f oram discut idas essas

questões. Algumas respostas

foram esboçadas mas surgiram

outras dúvidas, principalmente

em relação ao capital humano

necessário para desenvolver o

projeto, o recurso mais crucial

para o seu sucesso.

“Precisamos de gente

proativa e engajada”, afirma

Marcus Ganter, presidente do

CASD. Mas essa demanda por

pessoas não é apenas do DE,

que tem tomado a iniciativa do

projeto, mas da própria

comunidade, visto que as

consequências do sucesso desse

empreendimento irão atingi-la

como um todo.

Alexandre Ferraz

Parlamento das Iniciativas

Palestra no Auditório C,

ministrada pelo publicitário

Euclides Júnior, contou com a

presença de membros das

diversas iniciativas do H8.

Page 28: A Cova 2013.1
Page 29: A Cova 2013.1

29

ITA Júnior inicia etapa

de conclusão do novo

site do ITA

nunca teve: uma identidade

visual na internet.

Depois de finalizada a

construção gráfica do novo

site, iniciou-se a programação

do mesmo, realizada em

Drupal. Desde o final de 2012,

os consultores envolvidos

trabalharam intensamente

para garantir a excelência no

resultado obtido.

Atualmente, es-

sas duas etapas

estão concluídas

e será iniciado

um período de

t r e i n a m e n t o s

c o m a l g u n s

professores do

ITA e outras pes-

soas que ficarão

responsáveis por

manter o site

atualizado e fun-

cional.

Sem previsão exata de

lançamento, pois depende

apenas do instituto defini-la,

o site terá um impacto real-

mente grande em nossa

comunidade e será vital para

os futuros projetos que o ITA

têm em mente: Centro de

Inovação, aproximação de

empresas do segundo setor,

dentre inúmeros outros. ●

Todos nós iteanos

sempre nos perguntávamos o

porquê do ITA ter um site tão

antigo e tão ineficiente. O

período de pico de acessos, a

divulgação do resultado do

vestibular, deflagrava ainda

mais essa carência. Pensando

um pouco melhor, esse

período provavelmente devia

ser o único em

termos de aces-

sos anualmente.

Mal construído e

pouco atualiza-

do, o site do ITA

não oferecia a-

trativos nenhum

em termos de

acesso.

Eis que

com a mudança

da reitoria do

nosso instituto,

respaldada por um reitor

muito mais aberto e envolvido

com as ques t ões da

comunidade, surgiu um novo

canal de contato entre a ITA

Júnior e o ITA. Dessa forma,

f o r a m i n i c i a d a s a s

negociações para realização

do novo site do ITA. O grande

desafio desse projeto, na

verdade, foi construir algo

que o ITA historicamente

Iniciativas: ITA Júnior

O grande desafio

desse projeto, na

verdade, foi

construir algo que

o ITA historicamente

nunca teve: uma

identidade visual

na internet.

Page 30: A Cova 2013.1

A Pós-Graduação do ITA

30

PEE em parceria com a

Embraer, a partir de 2001. Os

alunos regularmente matricula-

dos nos cursos stricto sensu

(Mestrado, Mestrado Profissio-

nal e Doutorado) ultrapassaram

os de graduação no início dos

anos 2000.

Em 2010 o ITA reconhece

a necessidade de mudança no

seu organograma, que continha

toda a pós-graduação contida

em uma única Divisão Acadêmi-

ca, ao lado de outras 6 (FUND,

AER, ELE, MEC, INFRA,

COMP). Surge a Pró-Reitoria de

Pós-graduação e Pesquisa ao

lado das Pró-Reitorias de

Graduação, de Administração e

de Extensão e Cooperação.

A maioria dos leitores d’A

Cova conhecem muito pouco

sobre os pós-graduandos com

que compartilham o mesmo

Instituto. Com o objetivo de

aproximar estas duas comuni-

dades - a graduação e a pós-

graduação - o CASD sugeriu que

a APG-ITA (Associação dos Pós-

Graduandos do ITA) começasse

uma coluna neste Jornal.

Ao longo de sua história o

ITA perdeu a grande oportuni-

dade de formar uma ótima pós-

graduação, tão qualificada quan-

to a graduação. O início dos

cursos de pós-graduação no ITA,

em 1961, marcou não apenas a

implantação, no Brasil, da pós-

graduação em Engenharia, como

introduziu o modelo de Mestra-

do que viria a ser adotado por

outras instituições, sejam de

Engenharia ou de outras áreas

do conhecimento. As primeiras

Teses de Mestrado foram defen-

didas em 10/01/1963 na área de

Física e em 22/01/1963 na área

de Engenharia Eletrônica. A

primeira Tese de Doutorado foi

defendida em 17/11/1970.

Porém, ao contrário da

graduação, com seu vestibular

nacional, a pós-graduação pas-

sou décadas pouco divulgada,

vista em segundo plano e pouco

incentivada. Formou-se uma

famosa escola de engenharia,

mas contrariando a lógica das

grandes escolas pelo mundo, a

pós-graduação e a pesquisa

passaram muito tempo em

segundo plano.

Nas últimas duas décadas

o número de alunos da pós-

graduação teve expressivo cres-

cimento. Contribuiu também a

criação dos cursos de Mestrado

Profissional, principalmente o

Com o objetivo de repre-

sentar o crescente número de

pós-graduandos, foi criada a

APG-ITA em 1995. Os pós-

graduandos e pós-graduados do

ITA são representados pela APG,

similar à união entre os papéis

que o CASD, ITA Júnior e

AEITA têm para a graduação.

Baseamos a entidade nos

modelos existentes em outras

faculdades, mas logo nos torna-

mos referência, pois traba-

lhamos de forma profissional na

busca de ações pragmáticas que

auxiliem os pós-graduandos e

não de forma amadora ou

política como os centros acadê-

micos de diversas universidades.

Em nível nacional, temos a

representação da Associação

Nacional de Pós-Graduandos

(ANPG).

Em uma sala no piso

inferior do prédio da ELE-

COMP, temos um espaço cedido

para a APG-ITA dentro do CCM

(Centro de Competência em

Manufatura). Não nos contenta-

mos em organizar churrascos ou

festas. Além de unir os colegas, a

APG-ITA também partiu para

executar projetos de pesquisa

com o setor privado e a se sus-

O início dos cursos de

pós-graduação no ITA,

em 1961, marcou não

apenas a implantação, no

Brasil, da pós-graduação

em Engenharia, como

introduziu o modelo de

Mestrado.

Page 31: A Cova 2013.1

Pós-graduação

31

tentar sem necessidade de

doações.

São alunos de graduação,

alunos de pós-graduação e

professores quem executam

esses projetos de pesquisa,

recebendo bolsas ou comple-

mento delas, gerando publica-

ções e trazendo equipamentos

para os laboratórios do ITA. Em

2008 criamos a Fundação de

Apoio a Pesquisa de Pós-

Graduandos (FAPG) para alcan-

çarmos voos ainda mais altos e

só esperamos o reconhecimento

da Instituição. Em 2012 a

Câmara Municipal de São José

dos Campos declarou a APG

como entidade de Utilidade

Pública.

APG e FAPG já somam

mais de 100 projetos desde

2005. Além de projetos, foi

possível organizar através destas

entidades diversas edições do

Encontro de Verão de Física

(EVFITA), Simpósio de Aplica-

ções Operacionais (SIGE) e

Workshops, entre outros even-

tos. Em 2012, com apoio da

FAPG, o laboratório LAME com

2 robôs industriais de 5 metros

foi levado à São Paulo e recebeu

250 mil visitantes na Olimpíada

do Conhecimento do SENAI.

Representamos os alunos

de pós-graduação nas discussões

do Conselho de Pós-Graduação

(CPG) e na Congregação do ITA

e estamos procurando cada vez

mais a cooperação com outros

órgãos do Instituto. Para uma

melhor divulgação do ITA junto

à sociedade estamos nos

reunindo com os professores

desde 2012 para definir um

mapa para reestruturar o

website do ITA (www.ita.br) e

coletando informações para que

o conteúdo do site contemple

não somente os cursos de

graduação, mas também a pós-

graduação, a pesquisa, as

informações institucionais e as

iniciativas de extensão e

cooperação. Em conversa com o

reitor, tal ideia finalmente foi

levada em frente, ficando a ITA

Júnior responsável pelo design e

programação desse novo site.

Apesar de trabalhar nas

publicações, teses e projetos de

pesquisa que trazem equipa-

mentos e reconhecimento para o

ITA, os alunos de pós-graduação

são vistos como alunos de

segunda classe. Enquanto os

alunos da graduação recém

aprovados no vestibular são

exaustivamente aplaudidos, elo-

giados e contam até com faixa de

boas-vindas ao entrar no DCTA,

os alunos de pós-graduação tem

seu acesso ao campus restrin-

gido, demorando várias semanas

ou até meses para conseguir um

mísero crachá do DCTA para

assistir às aulas. Com os

estrangeiros o constrangimento

é ainda pior. Temos problemas

gravíssimos de desorganização

para resolver antes de uma

internacionalização da escola.

Porque um bom aluno

viria fazer pós-graduação no ITA

em vez da UNICAMP, USP,

UFRJ ou mesmo outra federal

qualquer? Na graduação a

resposta é fácil, a avaliação dos

cursos no MEC tem nota

máxima, o ITA oferece alimen-

tação, moradia, o tratamento da

DIVAL é quase individualizado,

o aluno é bem recebido, é presti-

giado, é iteano! Na pós-gradua-

ção não há moradia, para comer

no mesmo rancho da graduação

paga-se 4 reais para comprar um

ticket por refeição (que somente

pode ser comprado com dois

dias de antecedência) e sempre

somos recebidos da forma mais

burocrática e mal humorada

possível, para que nos estres-

semos e desistamos de comer lá.

O ITA tem somente a pós-

graduação em Engenharia Me-

cânica e Aeronáutica com con-

Apesar de trabalhar nas

publicações, teses e

projetos de pesquisa que

trazem equipamentos e

reconhecimento para o

ITA, os alunos de pós-

graduação são vistos como

alunos de segunda classe.

Apresentação “Indústria do Futuro” na Olimpíada do Conhecimento SENAI.

Page 32: A Cova 2013.1

32

Ressaltamos a importância de uma crescente cooperação entre a

APG-ITA, CASD e AEITA para que possamos trabalhar juntos para um

Instituto Tecnológico de Aeronáutica ainda mais competente, mais

organizado, com maior relevância no cenário nacional e que deseja ser

reconhecido mundialmente. ●

ceito 6 na CAPES e os

outros quatro cursos com

conceito 4. A matrícula não

é automática. Esteja onde

estiver você tem que vir

pessoalmente no meio das

suas férias fazer a matrícula

no ITA. Paradoxalmente, o

Instituto Tecnológico de

Aeronáutica não tem sis-

temas de TI, coisas que

qualquer faculdade tem.

Um sistema simples para

fazer matrícula online não

existe!

Agora perguntamos

aos senhores: será culpa do

aluno a dita falta de qua-

lidade da pós-graduação do

ITA ou simples desor-

ganização de décadas do

Instituto aliada à equi-

vocada política de deixar a

pós-graduação em segundo

plano? A graduação tem

divulgação nacional em

milhares de escolas, propa-

ganda na televisão e um

vestibular extremamente

bem organizado. Porque a

pós-graduação não é

divulgada e uma prova de

seleção não é adotada?

Só será possível um

salto de qualidade na pós-

graduação se os possíveis

interessados ficarem saben-

do das oportunidades atra-

vés de uma divulgação efici-

ente, se houver um proces-

so seletivo objetivo, se

inspirarmos e convencer-

mos as pessoas certas que o

ITA é a melhor oportuni-

dade de desenvolvimento,

se apresentarmos um com-

junto de benefícios compa-

tível com as pessoas de alto

nível que queremos atrair e

se dermos instalações e

agilidade para que realizem

sua pesquisa.

Vantagens para o aluno da pós-graduação semelhantes às conce-didas aos de graduação, como moradia e alimentação gratuitas e facilidade nos processos burocrá-ticos.

Um choque de gestão na Pesquisa do ITA. Valorização dos profes-sores pesquisadores com estímu-los à publicação, bolsas prêmio em pesquisa, ampla divulgação dos trabalhos e da produtividade dos departamentos. Estímulo para conferências e artigos internacio-nais, possibilitando que o estu-dante vá com auxílio do ITA (e não por reembolso de um valor muitas vezes superior ao seu orçamento mensal).

Organização dos processos internos de burocracia do ITA, com ampla utilização de TI. Processos como a matrícula semestral nas matérias e verificação das notas dos semestres passados deveriam ser feitos online, facilitando o trabalho das secretarias.

Um processo seletivo semestral nacional para os programas de pós-graduação do ITA, com ampla divulgação e envio de cartazes para todas as faculdades de engenharia e ciências exatas do país, que pode ser executado com o auxílio da estrutura do próprio vestibular. Esta seria a primeira etapa de seleção, além da atual análise de currículo que é feita individualmente por cada professor. O programa de pós-graduação em Engenharia de Infraestrutura já faz um processo seletivo com uma prova de GMAT eliminatória nos moldes d a s g r a nd e s u n iv e r s id a d es americanas. Basta estendê-la para os demais programas.

Entusiasmada com os novos desafios e perspectivas que a

ampliação do ITA traz, a APG-ITA propõe ações para a

qualificação da pós-graduação:

Portal da APG-ITA: www.apgita.org.br

Pós-graduação

Diretoria APG-ITA

Page 33: A Cova 2013.1

7

Rafael Sena, Gigante, T-16

Créditos: Maestro, T-16

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Agosto de 2013

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