6 Determinacao Malha Terra SE

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  • SUBESTAO ELTRICA

  • LEVANTAMENTO TOPOGRFICO

    Este tipo de levantamento seria basicamente

    feita de trs formas:

    Planimtrico:

    Este levantamento indica os marcos dos vrtices do

    permetro do terreno, fixa (amarra) a posio do terreno

    em relao ao norte e a uma referncia fixa (rodovia,

    curso de gua, etc.). Mostram em planta todos os

    acidentes contidos no terreno (avisos de gua, matas,

    tipo de solo, etc.), indica os confrontantes e permite a

    elaborao do memorial descritivo para registro da

    escritura do imvel.

  • PLANIMTRICO

  • LEVANTAMENTO TOPOGRFICO

    Altimtrico:

    Mostra o relevo do terreno;

    Mostra a profundidade ou altura dos acidentes

    naturais existentes no terreno;

    Indica a declividade e a uniformidade do

    terreno;

    Serve para se efetuar o clculo da

    terraplanagem (com base na curva de nvel).

  • LEVANTAMENTO TOPOGRFICO

    Curva de Nvel: uma linha onde todos os pontos

    possuem a mesma cota. No caso da subestao, este

    levantamento feito com diferena de cota de 50 cm

    em 50 cm e o paralelismo entre as curvas de nvel

    indica que o terreno regular (liso ou inclinado).

    Quanto maior a distncia entre as curvas de nvel mais

    plano o terreno. As escalas horizontais e verticais

    so diferenciadas. Adota-se escalas horizontais e

    verticais diferentes para os desenhos dos perfis, no

    devendo, entretanto, ultrapassar a relao de dez

    vezes. Ex.: Vertical = 1:200 e Horizontal = 1:2000.

  • TALUDE

    um plano inclinado que limita um plat. Tem a

    funo de garantir a estabilidade do plat. A sua

    geometria por natureza em plats de 1/1 ou

    seja, 45 graus, no sendo recomendado uma

    inclinao superior pois no garante a sua

    estabilidade. Quando for escavao, tambm

    normal que sejam 45 graus, agora em zonas

    rochosas esse valor pode ser superior pois a

    estabilidade no ser afetada.

  • TALUDE

  • TALUDE

    1. Base do aterro.

    2. Enchimento do ncleo do aterro.

    3. Enchimento do coroamento do aterro.

    4. Talude do aterro.

    5. Solo de fundao

  • PLAT E BERMA

    Plat ou terra firme numa subestao, esto

    localizados nas partes mais elevadas e fora do

    alcance das cheias dos rios. O ideal ter dois

    plats, um para a casa de comando e outro para

    o restante da subestao.

    Berma (encostamento) divide o talude em duas

    partes para evitar a presso (deslize) e a

    infiltrao de gua.

  • PLAT E BERMA

  • A camada de terra vegetal deve ser retirada e no

    pode ser utilizada para nada (em geral a camada

    de 20 cm).

  • Ideal dois plats, um para cada classe de

    tenso, posicionando a maior tenso no plat

    mais alto.

  • PLANTA DE SITUAO

    Geralmente indicado no desenho do

    levantamento planimtrico, com uma escala

    apropriada e serve para facilitar a localizao do

    terreno em relao a cidade, rodovias, etc.

  • ATERRAMENTO EM SUBESTAO

    Tem por finalidade a proteo das pessoas em contato com as instalaes eltricas e a proteo dos equipamentos eltricos. Esta proteo pode ser identificada nos aspectos de :

    - dar segurana s pessoas, evitando que as mesmas fiquem expostas a potenciais considerados perigosos;

    - dar condies para que as correntes resultantes de um rompimento da isolao (corrente de falta), devido a curto circuitos, descargas atmosfricas ou sobretenes de manobra, possam escoar para a terra sem causar danos a pessoas ou equipamentos;

    - permitir que o sistema de proteo instalado na SE tenha um funcionamento perfeito.

  • SISTEMA DE ATERRAMENTO

    Esse sistema tem as seguintes funes principais:

    Fazer com que a resistncia de terra tenha valores mnimos possveis, para escoar correntes de falta para a terra.

    Fazer com que os potenciais produzidos pela passagem da corrente e falta, fiquem dentro dos limites de segurana; evitando danos a pessoas e animais.

    Tornar os equipamentos de proteo mais sensveis, fazendo com que correntes de fuga a terra sejam isoladas rapidamente.

    Permitir um escoamento seguro das correntes provenientes das descargas atmosfricas.

    Eliminar as cargas estticas das carcaas dos equipamentos.

  • ATERRAMENTO EM SUBESTAO

    Corpo humano fica vulnervel a correntes na faixa de freqncia menor do que 60 Hz e maior do que 25 Hz.

    Frequncias altas de 500 Hz ou superiores, no apresentam grandes perigos ao homem.

    Frequncia da ordem de 50 a 60 Hz causa a fibrilao ventricular (batimento cardaco desordenado, de difcil recuperao).

    Maior perigo a intensidade de corrente:

    Percepo comea com 1 mA (formigamento).

    Perigo com100 mA com durao de 3 s (fibrilao)

  • ATERRAMENTO EM SUBESTAO

    Inmeros valores de resistncia eltrica do corpo

    humano foram medidos, variando de 500 at

    10000 . Os valores mdios aceitos so 2300

    entre as mos e 1100 entre mos e ps.

    Todavia, para os clculos, estabeleceu-se como

    valor razovel em 60 Hz, 1000 (mos, ps e

    entre ps).

    Rh = 1000 (resistncia do corpo humano usado

    no clculo).

  • CORRENTE DE CHOQUE

    O Prof. Charles Francis Dalziel, aps pesquisa que 99% das pessoas com peso de 50 Kg ou mais, podem suportar sem a ocorrncia de fibrilao ventricular. A corrente de choque determinada pela frmula:

    Ik = mxima corrente de curta durao tolervel pelo corpo humano [ A ]

    t = tempo de durao da corrente de falta em segundos. Considerar t = 0,5 s.

    = constante de energia, cujo valor de 0,165 para corpos com peso de 70 kg e de 0,116 Kg para corpos com peso de 50 kg. Considerar = 0,116 kg para o clculo.

    tIk

    116,0

  • MALHA DE TERRA

    um sistema de aterramento dentro de uma

    subestao que mantm as vrias tenses que

    surgem durante uma falta (corrente de curto),

    dentro de limites tolerveis.

    Considerar dois aspectos principais em estudos

    de aterramento:

    1. Comportamento do sistema

    2. Interao malha/solo

  • MALHA DE TERRA

    O Comportamento do Sistema: quando da

    ocorrncia de uma corrente de falta para a terra

    na SE, a corrente inicialmente injetada na malha

    de aterramento, se divide por todo este sistema

    interligado, cabendo ento a cada um dos seus

    componentes, a funo de dissipar uma frao da

    corrente de falta para o solo.

  • MALHA DE TERRA

    O resultado do estudo de aterramento normalmente

    engloba quatro grupos de informaes:

    1. O dimensionamento da malha para projeto, a

    incluindo a bitola do condutor, a configurao e a

    profundidade da malha, os critrios de segurana

    estabelecidos e os resultados das simulaes,

    onde se destacam a resistncia de aterramento da

    malha, a frao da corrente de falta dissipada pela

    malha para o solo, os perfis de potencial na

    superficie do solo, e os potenciais de passo e toque

    obtidos em direes previamente selecionadas.

  • MALHA DE TERRA

    2. de cabos pra-raios e de blindagens de cabos de energia, o aterramento de equipamentos, cercas, etc...

    3. recomendaes especficas para as instalaes especiais ( centros de processamentos de dados ou de controle, estaes de comunicaes, etc...

    4. A rea a ser abrangida pela malha da SE deve ser, em princpio, a mais ampla possvel, considerando-se as restries existentes (topografia e localizao do terreno, instalaes vizinhas, etc.) Nesta etapa, deve ser elaborada uma estratgia prvia de aterramento da SE como um todo, com a avaliao do inter-relacionamento da malha com outras estruturas, tais como edificaes, torres, cercas, portes, etc.

  • MALHA DE TERRA

    A interao malha/solo funo basicamente, da

    geometria da malha, de estruturas metlicas

    eventualmente enterradas no solo dentro da sua

    rea de influncia e da estratificao do solo na

    regio onde a mesma se encontra. Esta interao

    se reflete na resistncia de aterramento da malha

    e nos gradientes de potencial no solo,

    decorrentes do processo de dissipao de uma

    dada injeo de corrente.

  • ESTABELECIMENTO DE CRITRIOS DE

    DIMENSIONAMENTO

    Com relao segurana humana em locais onde a superficie do solo submetida a uma gradiente de potencial, existem duas condies em que a suportabilidade do corpo humano deve ser avaliada, a saber: as diferenas de potencial que podem ser aplicadas a um indivduo que caminha ou que toca em uma estrutura local ou remotamente aterrada.

    A estas duas condies correspondem os limites crticos de suportabilidade, conhecidos, respectivamente por "potencial de passo tolervel" e "potencial de toque tolervel". Estes limites so afetados pela frequncia e durao da corrente aplicada.

  • RESISTIVIDADE DO SOLO

    Para um projeto de um sistema de aterramento,

    necessitamos conhecer: o valor da resistividade do

    solo; o tipo do solo; sua estratificao em camadas;

    teor de umidade; temperatura do solo, etc.

    Quanto ao tipo de solo e a sua estratificao

    sabemos que em sua grande maioria os solos no

    so homogneos ,mais formado por diversas

    camadas de resistividade e profundidades diferentes.

    Essas camadas geologicamente so normalmente

    horizontais e paralelas superfcie do solo.

  • MTODO DE WERNER

    Este mtodo utiliza um Megger (Terrmetro /

    Telurmetro) para medir os valores da resistncia

    necessria para o clculo da resistividade do solo.

    Possui dois terminais de corrente C1 e C2 e dois

    terminais de potencial P1 e P2.

    Uma fonte faz circular uma corrente nas hastes

    externas de corrente C1 e C2 e o aparelho indica na

    leitura o valor da resistncia eltrica medido entre as

    hastes ligadas nos terminais de potencial P1 e P2.

    Feitas todas as medidas calcula-se a resistividade em

    cada ponto (no eixo X e Y).

  • MTODO DE WERNER

    Possui quatro terminais, sendo dois de corrente e dois de potencial;

    Possui quatro eletrodos tipo copperweld de , com 60 cm de comprimento;

    Possui quatro cabos isolados flexveis e sem emendas;

    Possuiu uma marreta para cravar as hastes.

  • MTODO DE WERNER

    Este mtodo considera que praticamente 58% da

    distribuio de corrente que passa entre hastes

    externas ocorre a uma profundidade igual ao

    espaamento entre hastes. A corrente na verdade

    atinge uma profundidade maior, porm nesse

    caso sua disperso muito grande, e seu efeito

    pode ser desconsiderado. Portanto podemos

    considerar para esse mtodo que o valor da

    resistncia medida relativo profundidade a

    do solo.

  • MTODO DE WERNER

  • MTODO DE WERNER

    Os eletrodos devero estar alinhados devendo

    ser enterrados, aproximadamente, 30 cm dentro

    do solo. Posicionar o G ground (terra) no ponto

    a ser medido.

    A corrente atinge uma profundidade maior, com

    uma correspondente rea de disperso grande e

    seu efeito que pode ser desconsiderado.

    O Mtodo de Werner, considera-se que o valor

    da resistncia eltrica lida no aparelho relativo

    a uma profundidade "a" do solo.

  • PRECAUES NA MEDIO DO SOLO

    Efetuar as medies em duas direes segundo um

    eixo X e outro Y (referncias da SE). Sendo que

    em reas com dimenso de at 100 x 100 m,

    devero ser efetuadas pelo menos em seis pontos.

  • PRECAUES NA MEDIO DO SOLO

    Devero ser medidos no mnimo seis pontos,

    com quatro pontos na periferia e dois na regio

    central.

    As medies devem ser efetuadas quando o

    terreno estiver bem seco (pior caso).

    Preferencialmente efetuar as medies no

    terreno aps feita a terraplanagem.

    Tomar cuidados em utilizar aparelhos de medida

    que possuam filtros que no permitam

    interferncias nas medies, devido a correntes

    externas.

  • PRECAUES NA MEDIO DO SOLO

    Procurar efetuar o mximo de medies para ter-se

    um valor mdio, o mais prximo possvel do real.

    Nos pontos onde sero instalados equipamentos

    cujos aterramentos so fundamentais para o seu

    desempenho (transformador, pra-raios, reatores,

    etc.), deve-se tomar o mximo cuidado com as

    medies.

    As hastes devero ter aproximadamente 50 cm de

    comprimento com dimetro entre 10 e 15 mm;

  • PRECAUES NA MEDIO DO SOLO

    Durante a medio as hastes devero estar

    alinhadas, igualmente espaadas e cravadas a

    uma profundidade de 20 a 30 cm e devem estar

    limpas isentas de oxido ou gordura;

    O aparelho e a carga da bateria devero estar

    em boas condies e durante a medio o

    aparelho deve estar posicionado simetricamente

    entre as hastes;

    As condies do solo devem ser levadas em

    considerao (seco ou mido);

  • PRECAUES NA MEDIO DO SOLO

    Por questes de segurana, as medies no

    devem ser efetuadas em dias em que haja

    possibilidade de descargas atmosfricas. Utilizar

    sempre luvas de segurana e calado de segurana

    ao executar as medies.

    O solo um elemento totalmente heterogneo, de

    modo que seu valor de resistividade varia de uma

    direo a outra, conforme o material de que

    composto, segundo a profundidade de suas

    camadas e idade de sua formao geolgica.

  • MEDIO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

    Para uma determinada direo devem ser usados os

    espaamentos recomendados na tabela abaixo:

    O nmero de direes em que as medidas devero ser levantadas

    depende: Da importncia do local do aterramento; da dimenso

    do sistema de aterramento; da variao acentuada nos valores;

    medidos para os respectivos espaamentos.

  • MEDIO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

    Tabela dos valores obtidos nas medies e a

    determinao da resistividade calculada e a

    mdia no ponto medido:

  • MEDIO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

    Calcular a mdia aritmtica dos valores de resistividade calculados para

    cada espaamento;

    Com base nessa mdia calcular a diferena entre cada valor de

    resistividade calculado e a mdia dos espaamentos (desvio padro);

    Desprezar todos os valores de resistividade que tenham desvio maior

    que 50%, em relao a mdia; Todos os valores com desvio abaixo de 50%

    sero aceitos;

    Caso seja observado um elevado nmero de desvios acima de 50%,

    recomendasse realizar novas medidas no local. Se a ocorrncia dos

    desvios persistir, devemos considerar esta regio independente para efeito

    de modelagem;

    Com os dados j analisados, calculasse novamente a mdia das

    resistividades remanescentes;

    Com as resistividades mdias para cada espaamento, tense os valores

    definitivos para traar a curva x a, necessrias ao procedimento das

    aplicaes do mtodo de estratificao do solo.

  • MEDIO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

    Se em algum ponto forem observados valores com desvio em relao ao valor

    mdio superiores a 50 %, devem-se descartar o valor da resistividade calculada

    e refazer o valor da resistividade mdia (m).

  • TENSO MXIMA DE PASSO ADMISSVEL

    a diferena de potencial que pode surgir entre os ps de

    uma pessoa que toca o solo simultaneamente (considerando

    que o passo possui 1 metro), durante a ocorrncia de uma

    corrente de falta.

    A circulao de corrente pelo corpo do indivduo na SE dever

    ficar a nveis tolerveis evitando a fibrilao.

    Para este clculo, parte-se das seguintes premissas:

    O p de uma pessoa considerado como um eletrodo

    circular com raio aproximado de 8 cm;

    A resistividade do solo sob os ps denominada de

    resistividade superficial ( ps ) dada em .m, e depende do

    tipo de revestimento utilizado para o ptio da SE.

  • TENSO MXIMA DE PASSO ADMISSVEL

    Icc = corrente de curto circuito.

    Ik = corrente de choque que poder circular pelo corpo no instante de uma falta. Limite de corrente para no causar a

    fibrilao ventricular.

    R1 = resistncia do solo.

    R2 = resistncia do solo entre os ps do indivduo.

    R0 = resistncia do solo entre o p mais afastado do ponto de injeo. da Icc e o solo com potencial zero.

    Rf = resistncia de contato de um p com o solo.

    Rk = resistncia do corpo humano

  • TENSO MXIMA DE PASSO ADMISSVEL

    Circuito equivalente: Ep = tenso mxima de passo admissvel

    para o corpo humano dada em Volts.

    s = resistividade do material de acabamento

    da superfcie do solo da malha. Geralmente

    utiliza-se a pedra brita (s = 3000 .m) na

    superfcie da malha.

    t = tempo para eliminao da corrente de falta.

    Considerar t = 0,5 s.

    Rk = resistncia do corpo humano.

    Rk = 1000

    Vt

    sEp

    7,0116

  • TENSO DE PASSO CALCULADA

    a tenso a que fica submetida um indivduo que

    dentro da rea da malha de terra da subestao,

    toca com os ps dois pontos simultaneamente

    espaados de um metro. O valor calculado deve

    ser inferior a tenso de passo mxima admissvel

    na rea da subestao ( ).

    O gradiente de potencial na superfcie deve ser

    abaixo das tenses perigosas a pessoa que anda

    pela rea da malha de terra.

    Ep

    Ep Ep

  • TENSO DE PASSO CALCULADA

    a tenso a que fica submetida um indivduo, quando toca com os

    ps dois pontos simultaneamente espaados de um metro, dentro da

    malha de terra. O valor calculado deve ser inferior a tenso de passo

    mxima admissvel na rea da subestao. ( ) .

    = tenso de passo calculada na periferia da malha [V]

    1 = resistividade da primeira camada do solo [.m]

    Lt = comprimento total da malha (hastes de terra e conexes) [m]

    Ki = 2 (coeficiente de correo fica entre 1,5 < Ki < 2,5)

    Ia = parcela de Icc que flui pela malha. Ia = 0,65 . Icc [A]

    EpEp

    VLt

    IaKiKsEp

    .1..

    Ep

    Ep

  • TENSO DE PASSO CALCULADO

    Ks = coeficiente de superfcie que leva em considerao o nmero

    de condutores paralelos, o espaamento mdio entre eles e a sua

    profundidade de implantao. Quando temos Cx Cy ou Nx Ny,

    h necessidade de calcularmos Ksx para o eixo X e Ksy para o

    eixo Y. Para determinar Ks, usaremos a frmula:

    C = espaamento entre condutores na direo considerada [m]

    h = profundidade da instalao da malha (geralmente de 0,60

    1,00m).

    N = nmero de condutores paralelos na direo considerada, x

    ou y.

    1

    1...

    3

    1

    2

    111

    .2

    11

    NChChKs

    Ep

  • TENSO MXIMA DE CONTATO ADMISSVEL

    a diferena de potencial que pode surgir entre

    um ponto no energizado (intencionalmente) de

    material condutor e aterrado (estruturas,

    equipamentos, etc.) ao alcance das mos de uma

    pessoa em p, em um ponto do solo distante de 1

    metro da estrutura de referncia, devido a

    corrente de falta que pode circular atravs do

    corpo.

    Tambm nestas condies, a corrente que circula

    pelo corpo humano, dever ficar dentro de valores

    tolerveis.

  • TENSO MXIMA DE CONTATO ADMISSVEL

    Para calcular a Tenso de Contato, considera-se que os ps estejam

    juntos de forma que as Rf (resistncia de contato de um p com o solo)

    estejam em paralelo, resultando um total de Rf / 2. Assim teremos:

    R1 = resistncia do solo entre a estrutura metlica e os ps juntos da

    pessoa.

    R0 = resistncia do solo entre os ps e o ponto do solo com

  • TENSO MXIMA DE CONTATO ADMISSVEL

    O circuito equivalente ser:

    Vt

    sEc

    174,0116

  • TENSO DE CONTATO CALCULADA

    a diferena de potencial a que ser submetida uma

    pessoa que esteja dentro da rea de uma malha, que

    tocar com as mos em uma estrutura aterrada na malha.

    A expresso a seguir permite calcular a tenso mxima

    de contato:

    A tenso de contato calculada deve ser menor ou igual a

    tenso mxima de contato admissvel.

    VLt

    IaKiKmEc

    .1..

    Ec

    Ec Ec

  • TENSO DE CONTATO CALCULADA

    Km = coeficiente que leva em conta a profundidade da malha, o

    dimetro do condutor da malha, espaamento mdio entre eles e

    o nmero de condutores paralelos. Quando temos Cx Cy ou Nx

    Ny, h necessidade de calcularmos Kmx para o eixo X e Kmy

    para o eixo Y.

    Pode ser calculado por:

    d = dimetro dos condutores da malha em metro.

    h = profundidade da malha (geralmente de 0,60 m ou 1 m).

    C = distncia entre os condutores paralelos [m].

    N = nmero de condutores paralelos na direo considerada (x ou

    y).

    22

    32...

    8

    7

    6

    5

    4

    3ln.

    1

    ..16ln.

    .2

    1 2

    N

    Nxxxx

    dh

    CKm

    Ec

  • TENSO DE TRANSFERNCIA

    um caso particular da tenso de toque, a diferena

    de potencial que pode surgir durante a ocorrncia de

    uma falta, entre um ponto remoto, ligado malha e o

    ponto onde h injeo da Icc (pode ser um eletrodo ou a

    prpria malha).

    a elevao total de potencial da malha (para

    subestao) a que uma pessoa poder ficar sujeita

    estando em um ponto remoto, e toque um elemento

    metlico conectado malha de aterramento, no

    momento que a corrente de falta est sendo dispersada

    por est malha. A pessoa poder tocar um condutor

    aterrado em um ponto remoto, estando ela no interior da

    malha.

  • TENSO DE TRANSFERNCIA

    Vt

    sEt

    116174,0

  • DIMENSIONAMENTO DA SEO DOS

    CONDUTORES DA MALHA No caso de um curto, a corrente que atinge a malha, subdivide-se

    em pelo menos dois sentidos e admite-se que 65 % desta corrente

    tenha um sentido e 35 % outro.

    Para o clculo da seo do condutor de aterramento (na malha)

    ser considerado 65%o valor da corrente Icc.

    Ia = 0,65 x Icc [A]

    A seo do condutor pode ser obtida (inclusive para os cabos de

    descida dos equipamentos):

    A = seo do condutor em circular mil (CM)

    Ia = parcela da corrente de curto circuito que

    flui para a malha (A)

    = densidade de corrente no condutor.

    Para se obter mm, dividir CM por 1,973 x 10 .

    IaA

  • DIMENSIONAMENTO DA SEO DOS

    CONDUTORES DA MALHA Para obtermos a seo do condutor em circular mil (CM), temos

    que determinar o valor de :

    Tm = temperatura mxima permitida p/ o condutor (geralmente

    adotado 300 C) para o cobre (O C)

    Ta = temperatura de referncia (em geral o ambiente do solo

    considerado com um valor de 40C)

    t = tempo mximo de durao da corrente de falta em segundos

    dependendo do sistema de proteo. Podemos tomar 0,5 s para a

    bitola mnima ou 3 s para a bitola mxima. Para efeito de projeto

    usaremos a bitola mxima na continuidade do clculo da malha.

    t

    Ta

    TaTm

    .33

    1234

    log

  • DIMENSIONAMENTO DA SEO DOS

    CONDUTORES DA MALHA

    Geralmente o clculo da bitola dos condutores destina-se apenas

    como uma verificao, pois por questes de padronizao da

    concessionria local, no se adota bitolas muito diferentes para

    cada subestao. A bitola mnima, normalmente aceita 2/0 AWG.

    Como orientao, damos algumas bitolas de cabos utilizadas em

    malhas de terra em subestao:

    2/0 A WG em geral setor de 13,8 kV e 34,5 kV.

    2/0 A WG em geral setor de 69 kV.

    2/0 e 4/0 A WG em geral setor de 138 kV.

    4/0 a 250 kCM em geral setor de 250 kV.

  • DETERMINAO DO ESPAAMENTO MXIMO

    ENTRE CONDUTORES PARALELOS

    Determinao dos espaamentos entre condutores

    paralelos C:

    Para a configurao inicial da rede e como valor prtico,

    costuma-se iniciar com espaamentos da ordem de 10 %

    dos comprimentos dos lados (para subestaes com as

    dimenses de Lx e Ly at 60 m). Exemplo: Lx ou Ly = 60 m,

    o valor de Cx ou Cy = 6 m. Acima de 60 metros esse valor o

    espaamento entre condutores deve reduzir

    gradativamente em at 5 % do comprimento dos

    respectivos lados da malha.

    Para dimenses maiores, adotar porcentagens menores.

  • DETERMINAO DO ESPAAMENTO MXIMO

    ENTRE CONDUTORES PARALELOS

    Definidos os espaamentos, calcula-se o nmero de

    condutores paralelos em cada direo da malha.

    Chamaremos de condutores no eixo X aqueles que so colocados na direo

    correspondente a largura da malha e de condutores no eixo Y aqueles que so

    colocados na direo do comprimento da malha.

  • DETERMINAO DO ESPAAMENTO

    MXIMO ENTRE CONDUTORES PARALELOS

    Assim sendo:

    O nmero de condutores no eixo X (Nx) ser dado por:

    Nx = Lx + 1 (Nx inteiro)

    Cx

    O nmero de condutores no eixo Y (Ny) ser dado por:

    Ny = Ly + 1 (Ny inteiro)

    Cy

  • COMPRIMENTO DE CONDUTORES NECESSRIOS

    NA MALHA DE TERRA

    Aps determinar o nmero de condutores paralelos tanto

    no eixo X como no eixo Y, determinamos o

    comprimento dos condutores necessrios para

    construirmos a malha: A frmula adotada ser:

    Comprimento mnimo de condutores necessrios na

    malha de terra

    Para cada direo, considerar os respectivos km e ki.

    Devemos ter Lt La e Lt Lb. Caso no se verifique a

    condio, adotar valores menores de espaamento.

    Nx .Ly Ny .Lx Lrede Lt

    s

    tIaaKiKmLt

    174,0116

    ....

  • CORRENTE DE PICK-UP DOS RELS DE TERRA

    Estas correntes devem ser inferiores s correntes

    perigosas para o ser humano e suficiente para

    sensibilizar os rels de terra (50/51).

    Pick-up o ponto em que a tenso ou corrente injetada

    sensibilizam o rel de proteo, causando o incio da operao em

    rels eletrnicos ou digitais e/ou o movimento do disco de induo

    em rels eletromecnicos.

    Quanto ao funcionamento da proteo dos rels 50/51, a

    proteo sobre corrente de fase trifsica, o que equivale a trs

    rels monofsicos. Sempre que uma das correntes ou mais

    ultrapassam o valor pr-estabelecido, convencionado como Is o

    rel ir sinalizar o pick-up e entrar na temporizao decrescente

    dependendo diretamente da curva de tempo escolhida.

  • CORRENTE DE PICK-UP DOS RELS DE TERRA

    Decorrido esse tempo T e o valor de corrente Ii em uma

    ou mais fases ainda for presente, o rel acionar uma das

    sadas para efetuar o trip no disjuntor. O termo tcnico Trip,

    significa o ponto em que o rel de proteo fecha os

    contatos de sada. Isso ocorre quando o valor da corrente

    ou tenso de pick-up permanece no sistema por um

    perodo de tempo especificado pelo usurio ou por um

    tempo definido por uma curva, tambm pr-determinada

    pelo usurio.

  • CORRENTE DE PICK-UP DOS RELS DE TERRA

    Normalmente utiliza-se a sada digital rele denominada O1

    para realizar o trip do disjuntor, pois esta sada est em

    conformidade com a norma ANSI C37.90 clusula 6.7, onde temos

    30 A; 200 ms; 2000 operaes.

    Considerando o tempo T como tempo definido, normalmente

    utilizada na proteo contra curto-circuito, definida apenas por

    um ponto nos eixos x e y onde x = Is expresso em ampres e y

    = t corresponde ao retardo de tempo no funcionamento da

    proteo.

    Qualquer corrente acima do nvel Is

    ir atuar no mesmo tempo T.

    Se Ii = 4Is o tempo de atuao

    continuar igual a T.

  • CORRENTE DE PICK-UP DOS RELS DE TERRA

    A expresso que define:

    Rc = resistncia do corpo humano []. Para o clculo

    adota-se Rc = 1000 , considerando a situao do corpo

    humano submetido a potencial.

    Lt = comprimento total dos condutores da malha [m]

    1 = resistividade da primeira camada do solo [ . m]

    A

    KiKmRc

    LtsRcupIpick

    1...

    .9..5,1

  • CORRENTE DE CHOQUE IK

    a mxima corrente que pode circular pelo corpo

    humano sem causar fibrilao. dada por:

    Ik = corrente de choque admissvel (m).

    Quando a durao da corrente de falha desconhecida,

    admitem-se valores de Ik = 100 mA ( limite de fibrilao).

    Para tempos, porm, superiores a 1 minuto, deve-se

    limitar Ik a 25 mA para evitar a asfixia devido a contrao

    da lngua.

    tIk

    116,0

  • RESISTNCIA DE ATERRAMENTO DA MALHA

    Em geral, a rea a ser coberta pela malha de terra,

    conhecida previamente, mesmo que com valor

    aproximado, pois normalmente j se tem disponvel o lay-

    out da SE. possvel, portanto, estimar o comprimento

    dos cabos a serem enterrados para a malha, sabendo-se

    o limite desejado para o valor da resistncia de terra e a

    resistividade do solo. O procedimento normalmente

    adotado o de determinar um raio de um crculo cuja

    rea seja equivalente a rea de cobertura da malha.

    Assim temos:

    S = rea da malha

    Lt

    a

    r

    aRm

    4

  • RESISTNCIA DE ATERRAMENTO DA MALHA

    Sendo:

    Rm = resistncia da malha () Deve ser inferior a 2 . (Rm < 2 )

    a = resistividade mdia ou aparente considerada para o solo da

    SE (.m)

    Lt = o comprimento total dos cabos da malha (m)

    Quando no se tem definida a malha (comprimento de condutores)

    e existe a necessidade de se calcular a corrente de curto circuito

    fase-terra (Ic), pode-se utilizar uma simplificao da frmula

    anterior para se ter a resistncia estimada da malha, como segue:

    Lt

    a

    r

    aRm

    4

    443,0.4 s

    aRmou

    r

    aRm

  • CORRENTE DE CHOQUE QUE PASSA PELO

    CORPO HUMANO DEVIDO AO POTENCIAL DE

    PASSO DA PERIFERIA - "IPER"

    Devemos ter Iper Ik para o valor mximo de

    ][161000A

    EpIper

  • CORRENTE DE CHOQUE QUE PASSA PELO CORPO

    DEVIDO AO POTENCIAL DE MALHA - "IM"

    Devemos ter Im Ik para o valor mximo de Em.

    ][15,11000

    Im AEc

  • UTILIZANDO A RESISTNCIA SUPERFICIAL

    No clculo at agora, no foi utilizada nas frmulas que determinaram

    as condioes Iper > Ik e/ou Im > Ik, devemos lembrar que no foi

    considerado a resistncia dos sapatos ao solo, como tambm no foi

    considerado a resistncia superficial do revestimento da malha (s).

    Note-se que mesmo que a pessoa esteja descala, ainda assim

    existe a resistncia de revestimento da superfcie da malha (s), que em

    muitos casos so com pedra brita.

    Assim teremos:

    Deve-se verificar Iper Ik para o valor

    mximo de Eper e Im Ik para o valor

    mximo de Em.

    ][6161000

    As

    EpIper

    ][

    5,115,11000Im A

    s

    Ec

  • RESISTNCIA DE ATERRAMENTO FINAL

    o valor que se obtm, colocando-se em paralelo a

    resistncia de aterramento dos cabos para-raios e torres

    de transmisso com a resistncia de aterramento da

    malha, ou seja:

    Rn = resistncia dos cabos para-raios e resistncia das torres de

    transmisso existentes ao redor da subestao at 1 km ou 2 km

    de raio. Adota-se um valor entre 2,7 a 10 .

    RnRm

    RnRmRat

    .

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Calcular a malha da terra de uma SE Rebaixadora 69 / 13,8 kV

    conforme os dados fornecidos:

    Potncia de curto circuito trifsico: Pcc 30 = 1036 MVA

    Potncia de curto circuito fase-terra: Pcc 0T = 869 MVA

    Corrente de curto circuito: Icc = 7800 A

    Tempo mximo considerado pl atuao da proteo (s): t = 0,5 s

    Consideramos conexes soldadas (solda convencional).

    rea da Malha: 60 m x 60 m

    Profundidade da malha: h = 1,0 m

    Revestimento do ptio da subestao (s) = pedra brita

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Medio da resistividade do solo:

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Determinao dos desvios em relao ao valor

    mdio:

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA Determinao da corrente aparente e o

    dimensionamento da seo mnima e mxima dos

    condutores da malha de terra:

    Seo mnima condutor da malha:

    Considerar t = 0,5 s:

    Para se obter mm, dividir CM por 1,973 x 10

    AIccIa .65,0

    t

    Ta

    TaTm

    .33

    1234

    log

    IaA

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Seo mxima do condutor da malha, considerar t = 3 s:

    IaA

    t

    Ta

    TaTm

    .33

    1234

    log

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Determinao do nmero de condutores paralelos e seus

    espaamentos:

    Nx = Lx + 1 (Nx inteiro)

    Cx

    Ny = Ly + 1 (Ny inteiro)

    Cy

    Clculo do comprimento dos condutores da malha:

    Nx .Ly Ny .Lx Lrede Lt

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Determinao da resistncia estimada da malha:

    Determinao do coeficiente de correo de

    irregularidade ki: Ki = 2

    Determinao do coeficiente da malha km:

    Determinao do coeficiente de superfcie ks

    443,0.4 s

    aRmou

    r

    aRm

    22

    32...

    8

    7.

    6

    5.

    4

    3.

    1

    ..16.

    .2

    12

    N

    NxxLn

    dhLnkm C

    1

    1...

    4

    1

    3

    1

    2

    111

    .2

    11

    Nx

    ChChks

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Determinao dos valores mximos permissveis pelo

    corpo humano:

    Clculo da tenso de passo mxima admissvel:

    Clculo da tenso de contato mxima admissvel:

    Clculo da corrente de choque:

    t

    sEp

    7,0116

    ][.174,0116

    Vt

    sEc

    tIk

    116,0

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Clculo do comprimento mnimo de condutores

    necessrios na malha:

    Clculo da resistncia de aterramento da malha:

    s

    tIaakikmL

    .174,0116

    ...min

    ][.4

    mLt

    a

    r

    aRm

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Determinao dos valores mximos calculados na

    periferia da malha:

    Clculo da tenso de passo calculado na periferia da

    malha:

    Clculo da tenso de contato calculado na periferia da

    malha:

    ][.1..

    VLt

    IakiksEp

    VLt

    IaKiKmEc

    .1..

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Clculo da corrente de pick-up:

    Clculo da corrente de choque que passa pelo corpo

    humano devido a tenso de passo da periferia:

    Clculo da corrente de choque que passa pelo corpo

    humano devido ao potencial da malha:

    A

    KiKmRc

    LtsRcupIpick

    1...

    .9..5,1

    ][1.61000

    AEp

    Iper

    ][1.5,11000

    Im AEc

  • EXERCCIO DE UMA MALHA DE TERRA

    Nas frmulas utilizadas, no foi considerado a

    resistncia dos sapatos, nem a resistncia do contato

    dos sapatos ao solo que revestido por pedra brita.

    Portanto teremos:

    Clculo da resistncia de aterramento final:

    ][.61.61000

    As

    EpIper

    ][5,11.5,11000

    Im As

    Ec

    RnRm

    RnRmRat

    .