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Vamos pensar juntos o futuro! – Think Far* lennoxemeia.com

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2015 -

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om

«A falência das empresas de instalação é dramática»Serafin Graña

Entrevista LG | Pág. 34

Equipamentos MULTI V com Certificação Eurovent

Dossier Electricidade e Electrónica | Pág. 50

Gestão de EEE: panorama actual

ExpoRexel 2015 | Pág. 24

1ª edição «superou expectativas»

Parceiros

Dossier Eólico | Pág. 14

Portugal assinala 20 anos de exploração

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Tecnologia inovadora para centrais de abastecimento energeticamente efi cientes. Se o resultado é maior do que a soma das partes, então falamos de Wilo. A interação dos diferentes motores de íman permanente e o High Effi ciency Drive (sistema efi ciente de regulação electrónica integrada), com um sistema hidráulico também de alta efi ciência, proporciona a máxima efi ciência energética. Consegue-se gerar uma pressão constante do sistema nas instalações, com otimização das perdas de carga. O Smart Controller e a tecnologia de botão vermelho facilitam o manuseamento e a completa transparência do estado de funcionamiento. Wilo marca a diferença.

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 1

SUMÁRIO

40

50

32 OPINIÃOÀ laia de energia

14 DOSSIER EÓLICO

38 SANITÁRIOS

06 NOTÍCIAS

24 REPORTAGEMEXPOREXEL 2015

40 GRANDE ENTREVISTASerafin Graña

60

DOSSIER ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICAGestão de EEE50DOSSIER AMBIENTE, ENERGIAS RENOVÁVEISEm busca do consumo sustentável60

LIBERDADE DE IMPRESSÃO88

14

Proprietário/Edição: O Instalador, Publicações Lda., Rua do Corpo Santo nº16 4ª andar 1200-130 LISBOA NIF: 503623768 Telefone: 218 820 160 Fax: 218 820 169 E-mail: [email protected] Homepage: www.oinstalador.com Directora: Isabel Fonseca Director Técnico: Eng. Adeodato Clemente Directora de Redacção: Ana Clara Jornalistas: Ana Clara | José Alex Gandum Fotografia: José Alex Gandum Publicidade: Paulo Morgado Produção: O Instalador Publicações Lda. Assinaturas: [email protected] Conselho de Redacção: Eng. Manuel Simões | Eng. Fonseca e Silva | Javier Izquierdo Colaboradores/Consultores: Eng. Alberto Sá Borges | Alcide Gonçalves | Eng António Granjeia | Eng. Carlos Laia | Doutor Collares Pereira | Eng. Ernesto Peixeiro Ramos | João Paulo Soares | Eng. Jorge Carvalho | Jorge Moreira | Eng. J. C. Dias Caetano | Eng. Luís Malheiro | Doutor Luís Roriz | Doutor Manuel Conde Design Editorial: Guilherme Brito Webdesign: O Instalador Impressão e acabamento: Ligrate - Atelier Gráfico, Lda - Rua Augusto Gil, nº 21 - Moinhos da Funcheira - 2650-373 Amadora, www.ligrate.pai.pt Preço de cada exemplar: €5,22 (IVA incl.) Assinatura anual (10 edições): €49,75 (IVA incl.) Nº de Registo - Empresa: 219962 Nº de Registo - Periódico: 119963 Depósito Legal: 10480/96 Tiragem: 7000 Edição: Número 230 | Junho de 2015Os artigos publicados são da responsabilidade dos autores, não podendo ser reproduzidos sem autorização. Editorialmente, o Instalador rege-se pelas normas do antigo Acordo Ortográfico, sendo que respeitamos os colaboradores, anunciantes e parceiros que aderiram ao novo Acordo.

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34 ENTREVISTA LG

REPORTAGEMTEKTÓNICA 201548

TÉCNICA71Tecnologia inovadora para centrais de abastecimento energeticamente efi cientes. Se o resultado é maior do que a soma das partes, então falamos de Wilo. A interação dos diferentes motores de íman permanente e o High Effi ciency Drive (sistema efi ciente de regulação electrónica integrada), com um sistema hidráulico também de alta efi ciência, proporciona a máxima efi ciência energética. Consegue-se gerar uma pressão constante do sistema nas instalações, com otimização das perdas de carga. O Smart Controller e a tecnologia de botão vermelho facilitam o manuseamento e a completa transparência do estado de funcionamiento. Wilo marca a diferença.

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2 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

INTERNET

Página do mês

Mais abrangente, apelativo e simples de navegar, o novo portal da Sanindusa (www.sanindusa.pt) apresenta-se «com um design clean e moderno, com uma estrutura renovada e mais intuitiva, além de conteúdos mais completos e dinâmicos», explica em co-municado a empresa.

O novo site foi criado tendo como objectivo oferecer toda a in-formação necessária através de uma estrutura simples, com uma maior operacionalidade, comodidade e acesso às redes sociais.

Para além de ser mais funcional, apresenta os seus conteúdos de forma mais organizada. À distância de um clique encontram-se todas as informações sobre os produtos, a empresa, os catálogos e tabela de preços, bem como algumas utilidades.

No menu catálogos pode visualizar toda a documentação disponível e descarregar qualquer um dos ficheiros, em caso de necessidade.

É dado particular destaque às obras de referência, onde os

produtos Sanindusa se encontram instalados e há uma identifica-ção directa desses mesmos artigos aplicados em cada empreen-dimento.

Outra preocupação na criação deste site foi facilitar o contacto com a empresa e seus representantes, seja através dos pedidos de informação, envio de sugestões ou consulta aos nossos distri-buidores.

Este portal mantém o acesso directo às restantes páginas web da marca nomeadamente, ao site técnico, onde encontra os da-dos técnicos de cada produto e a Loja Online onde podem ser adquiridos os componentes, ao blog “De partir a Loiça” e ao blog Sanindusa online.

O lançamento deste novo site vem contribuir para uma maior usa-bilidade por parte do utilizador.

Saiba mais em: www.sanindusa.pt

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EDITORIAL

Chegamos a meio do ano e o país continua a braços com uma crise económica que ainda se assume como vio-lenta em muitos sectores.

Os números de que o Governo se suporta não dão, muitas vezes, a percepção da verdadeira realidade. E apesar de alguns sinais tímidos, a economia portuguesa vai andando e respirando como pode.

Nos sectores das renováveis, AVAC e reabilitação o panorama parece recuperar paulatinamente. Foi, pois, o mo-mento ideal para uma conversa sobre o sector com Serafin Graña, Coordenador da Comissão Executiva de Espe-cialização em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros, e que publicamos nesta edição no espaço da Grande Entrevista.

O responsável faz uma análise do sector mas não teme a realidade e garante que «houve uma redução drástica a nível da dimensão das empresas» no sector do AVAC. A falência de empresas de instalação é, nas suas palavras, «dramática» sendo que «ainda não há uma caracterização exacta do que se está a passar». Temos pois, todos, de esperar para ver. O segundo semestre do ano será, decerto, importante para ter um quadro mais claro do pano-rama.

Também nesta edição publicamos um dossier dedicado ao Eólico, que assinala, em 2015, duas décadas de início da exploração do potencial para produção de energia eléctrica.

Vinte anos depois, fomos perceber para onde caminha este tipo de energia. Os especialistas não têm dúvidas: «os projectos já em funcionamento, e em desenvolvimento, asseguram que Portugal cumprirá tranquilamente» as metas com que se comprometeu para 2020, no âmbito da Directiva Europeia das Energias Renováveis.

Bons ventos, portanto, para uma área que tem ajudado a desenvolver o país e a impulsionar a nossa economia.

Que o vento ajude e as empresas também!

Eólico: há 20 anos que correm bons ventos em Portugal

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Nota editorialNesta edição de Junho de 2015, O Instalador conta com dois novos cronistas: Carlos Laia e João Paulo Soares. Em nome da

direcção e da redacção da revista, agradecemos o contributo de ambos, que enriquecem, em muito, as nossas páginas.

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6 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

NOTÍCIAS

Engenheiros reflectem sobre a problemática da Legionella

Texto e Foto_Ana Clara

A 21 de Maio, o auditório da sede da Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa, acolheu uma conferência

dedicada ao ‘Surto de Legionella: causas e consequências’. O evento contou com a participação de vários

técnicos que explicaram como se pode lidar com o risco de ocorrência de Legionelose, também conhecida por

‘Doença dos Legionários’. Recorde-se que, em Novembro de 2014, o país assistiu a um surto preocupante

de Legionella em Vila Franca de Xira. O evento foi promovido pela Comissão Executiva da Especialização em

Engenharia de Climatização da OE em colaboração com as secções nacionais da ASHRAE e da REHVA.

Prevenção, legislação mais clara e medidas constantes foram os alertas mais importantes deixados pelos

especialistas.

Serafin Graña, coordenador da Especia-lização em Engenharia de Climatização da OE, deu o mote à iniciativa, começando por relembrar o recente surto de Legionella que ocorreu em Novembro de 2014 no país. Algo que «veio colocar na ordem do dia uma vez mais a necessidade de prevenção, ao nível do projecto, da operação e da manutenção em redes prediais e sistemas AVAC e também nas instalações industriais, que em geral

incorporam torres de arrefecimento de dimen-são relevantes».

Para o responsável, tratam-se de «procedi-mentos indispensáveis para minimização de risco de ocorrência de Legionelose». «Estou certo que esta sessão irá trazer uma reflexão para o sector da climatização e da indústria a nível nacional», disse.

Uma das primeiras oradoras foi Raquel Rodrigues, técnica do Instituto Nacional de

Saúde Dr. Ricardo Jorge, que fez uma rese-nha histórica da Legionella, nomeadamente dizendo que as bactérias desta encontram-se em vários contextos. Desde ambientes aquáti-cos naturais e também em sistemas artificiais, como redes de abastecimento/distribuição de água, redes prediais de água quente e água fria, ar condicionado e sistemas de arrefeci-mento (torres de refrigeração, condensadores evaporativos e humidificadores) existentes

Diversos especialistas discutiram em Lisboa as causas e consequências da Legionella

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em edifícios, nomeadamente em hotéis, termas, centros comerciais e hospitais. «Surgem ainda em fontes ornamentais e tanques recreativos, como por exemplo jacuzzis», apontou.

A responsável abordou as condições favoráveis ao desenvolvimento da Legionella, explicou como se transmite a doença e falou da legislação existente em Portugal sobre a mesma. «A primeira vez que se regulou a matéria foi no ano 2000, com a Portaria 1220/2000 de 29 de Dezembro, mas apenas aplicado às águas minerais e nascente».

Mais recentemente, em 2013, a Portaria 353-A/2013 de 3 de Dezembro também abrange a matéria. «Contudo, como sabemos, sem auditorias de QAI obrigatórias, é muito difícil garantir que todos cumprem», disse Raquel Rodrigues.

Recorde-se que são conhecidas cerca de 47 espécies de legionella sendo a legionella pneumophila reconhecida como a mais patogénica.

Sistemas públicos

Seguiu-se Maria João Benoliel, directora de controlo da qualidade da água da EPAL, que abordou o tema da prevenção e controlo nos sistemas públicos e prediais de distribuição de água.

Benoliel vincou a necessidade de as empresas gestoras efectuarem testes de resistência à legionella, adoptarem medidas preventivas e de erradicação ao nível das desinfecções dos reservatórios das redes prediais, «por exemplo, mantendo igualmente os sistemas nas melhores condições de higiene para evitar o aparecimento de sedimentos».

‘Análises laboratoriais da água’, ‘Manutenção, limpeza e desinfecção de sistemas e equipamentos’ foram outros temas em debate.

Na segunda parte da conferência, foi apresentado e discutido o manual da REHVA traduzido para português, intitulado ‘Legionelose. Prevenção em Redes Prediais e Sistemas AVAC - Guia Prático de Projecto, Opera-ção e Manutenção para Minimização do Risco’.

Recorde-se que a Legionella pode desenvolver-se em ambientes artifi-ciais, em determinadas condições, nomeadamente: em água estagnada, sobrevive a temperaturas entre 20ºC e 70ºC, desenvolve-se a tempera-turas entre 20ºC e 45ºC, sendo as temperaturas óptimas de crescimento entre os 35ºC a 37ºC.

A legionella pode provocar duas formas de infecção: febre de Pontiac (com sintomas e riscos mais ligeiros) e a Doença do Legionário (forma de pneumonia grave), e assim chamada porque a seguir à Convenção da Legião Americana em 1976, no hotel Bellevue Stratford, Filadélfia, 34 participantes morreram e 221 adoeceram com pneumonia.

A infecção transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada, aerossóis, de dimensões tão pequenas que veiculam a bactéria para os pulmões, possibilitando a sua deposição nos alvéolos pulmonares. A ingestão da bactéria não provoca infecção, nem se verifica o contágio de pessoa para pessoa. A doença atinge em especial adultos, entre os 40 e 70 anos de idade, com maior incidência nos homens.

Os fumadores, pessoas com problemas respiratórios crónicos e doen-tes renais têm maior probabilidade de contrair a doença.

Em Portugal a doença foi detectada pela primeira vez em 1979, e pertence a lista das Doenças de Declaração Obrigatória (DDO). Desde 2000 até final de 2010 foram notificados 658 casos, predominantemente associados a alojamentos em unidades hoteleiras.

Portugal pertence, desde 1986, ao Grupo Europeu para o Estudo de Infecções por Legionella, (EWGLI), com o objectivo de assegurar a vigilância da Doença dos Legionários na Europa (www.ewgli.org).

Esta conferência foi promovida pela Comissão Executiva da Especia-lização em Engenharia de Climatização da OE em colaboração com as secções nacionais da ASHRAE e da REHVA.

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8 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

NOTÍCIAS

Cidades do futuro: Endesa participa em projecto europeu

Texto_Ana ClaraFoto_Arquivo

A Endesa lançou recentemente o projecto 'GrowSmarter', uma das iniciativas eleitas pela Comissão

Europeia que visa encontrar soluções inovadoras em matéria de sustentabilidade nas cidades inteligentes

do futuro.

Em comunicado, a Endesa esclarece que o projecto faz parte do 'Horizonte 2020 (H2020)', o programa de inves-tigação e inovação lançado na União Europeia (UE) para o período 2014-2020.

Com um orçamento de 80 mil milhões de euros, o 'Hori-zonte 2020' financia iniciativas e projectos de investigação, desenvolvimento tecnológico, demonstração e inovação de claro valor acrescentado.

Já o 'GrowSmarter' tem como objectivo «desenvolver nos próximos cinco anos demonstrações de soluções inovadoras na área da sustentabilidade no contexto das cidades inteli-gentes», salienta a Endesa.

Para isso, conta com um orçamento total de 43,3 milhões de euros e, durante a sua implementação, espera-se a cria-ção de até 1500 novos postos de trabalho na Europa.

Barcelona, Colónia e Estocolmo são as cidades escolhidas para a implementação do projecto.

«Serão “cidades modelo” em que serão implementadas 12 soluções para cidades inteligentes desenvolvidas pelos participantes, desde avançadas tecnologias de informação e de comunicação ou de uma mobilidade urbana mais co-nectada até soluções de eficiência energética», acrescenta o comunicado.

Todas estas iniciativas serão realizadas em diferentes áreas das cidades, incluindo zonas centrais, industriais ou suburbanas, garantindo assim uma amostra representativa das cidades europeias.

O consórcio do projecto em que a Endesa participa conta com 38 parceiros, tais como a Philips, IBM, Schneider ou IREC.

Barcelona é uma das três cidades europeias que irá acolher o projecto

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Em comunicado enviado às redacções, a associação refere que «as acções pretendem contribuir para a promoção de boas práticas através da normalização procedimentos e esclarecimento de dúvidas, além da actualização de conhecimentos».

As acções decorrem até ao final do mês de Junho, sendo que a CERTIEL irá realizar um total de nove acções formativas sobre quatro temáticas diferentes, em Lisboa, no Porto e em Viseu.

Cada uma terá a duração de um dia, entre as 09h00 e as 17h30. A pri-meira sessão realizou-se em Lisboa, a 14 de Maio, com o tema ‘Eficiência energética nas instalações eléctricas’, e foi ministrada pelo engenheiro electrotécnico José Caldeirinha. Também as cidades de Viseu e do Porto receberam esta formação nos dias 25 e 28 de Maio, respectivamente.

A CERTIEL promove também formações modulares relacionadas com as ‘Instalações Fotovoltaicas’

O tema ‘Veículos Eléctricos’ será ministrado pela engenheira electro-técnica Sílvia Antunes, no dia 25 de Junho, em Viseu. Esta formação permitirá facilitar a interpretação da legislação referente à mobilidade eléctrica, no âmbito das instalações eléctricas do tipo C, e identificar que aspectos devem ser considerados no projecto ou na execução da sua instalação em edifícios novos ou existentes.

«Este módulo permitirá igualmente dar a conhecer as soluções de carregamento de baterias de veículos eléctricos em edifícios, de acesso público ou privado, de uso exclusivo ou partilhado, e os aspectos técnicos da instalação de pontos de carregamento», acrescenta a associação.

CERTIEL promove formações para técnicos de instalações eléctricasA CERTIEL – Associação Certificadora de Instalações

Eléctricas vai promover novas formações modulares

dirigidas a técnicos e profissionais do sector,

responsáveis pela concepção ou execução de

instalações eléctricas. As acções decorrem até final

do mês de Junho.

Texto_Ana Clara

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10 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

NOTÍCIAS

APREN apresentou publicações 2015 em Lisboa

Texto_Ana ClaraFoto_José Alex Gandum

O Museu da Electricidade, em Lisboa, foi palco, no final de tarde de 27 de Maio, da apresentação das

publicações de 2015 da APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

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NOTÍCIAS

No evento, António Sá da Costa, presidente da APREN, começou por referir que o Anuário de 2015 mostra as centrais renováveis dos associados que estavam, até ao final de 2014, filiados na APREN.

Um anuário que incluiu, «pela primeira vez, as centrais renováveis dos Açores e da Madeira bem como as grandes centrais hídricas da EDP – Gestão e Produção de Energia», referiu.

«Com a afiliação destas empresas, a APREN alargou a sua influência a centrais de todo o território nacional. Este facto, que reforça e consolida a sua representatividade e aumenta a sua responsabilidade, é uma prova, acima de tudo, da con-fiança que os Associados depositam no trabalho efectuado», disse.

O Anuário 2015 da APREN, «mantendo na sua essência o formato e conteúdos da publicação lançada em 2005, traz este ano uma ainda maior preocupação com a adição de novas mais-valias a este já incontornável documento, reflexo da sua maturidade e do reconhecido mérito no sector da electricidade em Portugal».

Sá da Costa disse que nesta edição do Anuário 2015 «são apresentadas cinco centrais a biomassa que totalizam 209 MW, uma central de ondas com 0,3MW, 231 centrais eólicas com 4712 MW, 40 grandes centrais hídricas com 5311 MW, 93

pequenas hídricas com 349 MW, 12 centrais solares fotovol-taicas com 81 MW e duas centrais geotérmicas com 21 MW».

Ao todo, vincou o responsável, estes dados correspondem a um total de 384 centrais renováveis com uma potência de 10683 MW.

Nesta medida, Sá da Costa realçou que «a representativida-de da APREN tem-se mantido em valores elevados, atingindo 92% do total da capacidade instalada em Portugal em centrais de produção de electricidade renovável no final de 2014».

«Sectorialmente, a APREN representa 96% da eólica em Portugal, 100% das grandes centrais hídricas, 83% das pe-quenas hídricas, 19% do solar fotovoltaico, 29% da biomassa, 100% das centrais geotérmicas e 32% das ondas», aludiu Sá da Costa.

O presidente da APREN lembrou ainda que em 2014 «o sector da electricidade renovável atingiu 63% da electricidade produzida em Portugal».

Por fim Sá da Costa falou sobre os eventos mais importantes que a APREN organiza durante o ano de 2015, com destaque para a Conferência Anual, dedicada este ano ao tema “O futuro da energia”, que terá lugar a 3 de Dezembro no Centro de Congressos do Estoril. ‘As renováveis no contexto actual’, ‘Energia 2030’ e ‘O Consumidor e o mercado de electricidade do futuro’ são os grandes eixos de debate do evento.

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12 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

BREVES

16 a 18 de Junho

Energy Solutions Expo 2015 Local: LondresExCel London

13 a 15 de Outubro

WE - World Efficiency Local: ParisPorte de Versailles

1 a 4 de Outubro

RENEXPOLocal: AugsburgMessezentrum Augsburg

19 a 22 de Novembro

Concreta 2015Local: PortoExponor

2015

11 a 13 de Agosto

GreenBuilding BrasilLocal: São PauloExpo Center Norte

Textos_Ana Clara

Ar condicionado cresceu em 2014

O estudo divulgado recentemente pela BSRIA (empresa de consultado-ria britânica) indica que o mercado mundial do sector do ar condicionado terá crescido, no ano passado, 7%.

Diz o documento que entre os mercados que registaram melhor de-sempenho, a nível mundial está o chinês, sendo que é na região da Ásia que as vendas disparam (51 mil milhões de euros, mais de metade do valor total do mercado), a nível internacional.

Já no continente europeu a tendência de queda continua, apesar de a Alemanha e o Reino Unido terem aumentado as vendas no sector.

Falta de projectos, fraco investimento e o clima económico ditam os resultados menos bons do Velho Continente.

EUA: conversão para energia solar preocupa eléctricas

Algumas companhias norte-americanas estão apreensivas com a ‘Fuga’ à rede pública, que poderá levar as eléctricas tradicionais à falência.

A substituição de consumo eléctrico da rede pública de abastecimento por baterias de energia solar está a preocupar as empresas ‘tradicionais’ de energia.

Segundo o Wall Street Journal, a criação de fontes de energia reno-vável está a ‘afastar’ cada vez mais norte-americanos da electricidade produzida através de combustíveis fósseis, uma tendência que deverá manter-se nos próximos anos.

As autoridades energéticas dos Estados Unidos estimam que nos próximos dez a 15 anos os preços das baterias e painéis solares conti-nuarão a descer, passando a ser uma alternativa economicamente viável à electricidade ‘tradicional’.

28 a 31 de Outubro

Moldplás Local: BatalhaExposalão

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BREVES

Dinamarca acolhe Congresso Mundial da REHVA em 2016

Entre 22 e 25 de Maio de 2016, a cidade de Aalborg, na Dinamarca, será palco da 12.ª edição do Congresso Mundial da Federação Europeia das Associações de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (REHVA).

No conclave da REHVA irão participar cerca de mil especialistas do sector, entre eles, professores universitários, engenheiros, consultores, arquitectos e investigadores.

A 12.ª edição do Congresso é organizada pela Danvak (Associação Dinamarquesa dedicada à área do AVAC) em parceria com a Universidade de Aalborg e a REHVA, sendo que conta com o apoio da ASHRAE.

Recorde-se que entre 6 e 9 de Maio realizou-se em Riga, Letónia, o Congresso Internacional de AVAC Avançado & Tecnologias de Gás Natural, que contou com sessões técnicas dedicadas às temáticas do Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado. Um encontro organizado pela REHVA e pela União de Tecnologias de Calor, Gás e Água da Letónia (LSGUTIS).

Construção metálica em crescimento no país

As empresas portuguesas de construção metálica esperam, nos próximos 15 anos, triplicar o peso que têm no Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, aumentando-o para 3%.

«Tem havido um crescimento grande do sector e hoje trabalhamos não só com os produtos tradicionais, mas também com os produtos 'premium' (óleo e gás), em que o papel da estrutura metálica é sempre mais importante», explica o administrador da Associação Portu-guesa de Construção Metálica e Mista (CMM), Filipe Santos.

Isso implica quer «um volume de construção maior», quer «um volume de facturação significativamente maior», o que faz «com que o sector possa atingir os objectivos a que se propõe», acrescentou.

A evolução do sector nos próximos 15 anos foi abordada a 15 de Maio, durante a conferência ‘Construção Metálica em 2030’, que teve lugar no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

As empresas deste sector exportam mais de 80% do que produzem e pesam actualmente 1% do PIB português, valor que querem triplicar.

A evolução tecnológica da indústria do aço, a subida dos preços das matérias-primas prevista para a próxima década e o facto de os metais serem 100% recicláveis estão também entre os factores que levam a acreditar que a construção metálica ganhe quota de mercado até 2030 em todos os continentes.

Os principais destinos das construções metálicas portuguesas são África (sobretudo Angola), a França, a Bélgica, a Holanda, o Ma-grebe e a América Latina.

As empresas deste sector estão concentradas no norte do país, garantindo mais de 16 mil postos de trabalho directos e tendo atingido, em 2014, um volume de negócio superior a 1.500 milhões de euros.

Recorde-se que a CMM lançou em 2014 um processo de certificação da qualidade do aço português, o “Portugal Steel”, que permite atribuir às empresas que se candidatem o selo Quality Steel (nos níveis de bronze, prata e ouro).

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DOSSIER EÓLICO

Para onde caminha o Eólico?

Foto_José Alex Gandum

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16 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

EÓLICO

Em 2015, o nosso país assinala 20 anos do início da exploração do potencial eólico para produção de

energia eléctrica. Duas décadas depois fomos perceber para onde caminha este tipo de energia. António

Sá da Costa, Presidente da Direcção da APREN – Associação Portuguesa das Energias Renováveis

e Luís Marinho, CEO da empresa WindUp, fazem a’O Instalador a radiografia do eólico em Portugal e

analisam o seu futuro no contexto das energias renováveis.

Texto_Ana ClaraFotos_Windup e José Alex Gandum

Portugal assinala em 2015 duas décadas de exploração do potencial eólico

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Luís Marinho, CEO da empresa Win-dUp, fala da ‘Energia Eólica em Portugal’ do ponto de vista da evolução e do panorama actual. O responsável começa por referir que se completam, em 2015, «20 anos sobre o início da exploração do potencial eólico para produção de energia eléctrica em Portugal».

De facto, recorda, «existiam já alguns parques eólicos em exploração em Sines, na Madeira e nos Açores, mas foi em 1994 e 1995 que se iniciou a procura sistemática de locais potencialmente interessantes e os estudos e desenvolvi-mento dos projectos a implementar».

Nessa altura, «o tema despertou o inte-resse da EDP e de empresas produtoras independentes de energia eléctrica, na sua maioria já activas no sector dos pequenos aproveitamentos hídricos». «Rapidamente, começaram a aparecer, também, empresas estrangeiras que se dedicavam ao desenvolvimento desse tipo de projectos, em particular na Ale-manha e Espanha, dois dos principais mercados Europeus da energia eólica», relembra.

Esse interesse, salienta Luís Marinho, dinamizou novos tipos de actividades, na engenharia (avaliação de recursos eólicos, projecto, estudos de impacto ambiental), na venda e instalação de equipamentos de medição. «Numa fase posterior, a implementação dos projec-tos necessitou, também, de serviços jurídicos e financeiros especializados, bem como de competências específicas ao nível da construção», afirma o CEO da WindUp.

Luís Marinho refere que o campo da in-vestigação em universidades e institutos de I&D, e posteriormente, nas próprias empresas, sempre ao nível das melhores

EÓLICO

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práticas internacionais, «permitiu também que se desen-volvessem produtos, serviços e competências de alto valor acrescentado».

Já no século XXI, «a criação de clusters industriais de fabrico de aerogeradores e componentes permitiu elevar para outra dimensão a criação de emprego associado à energia eólica, bem como o volume de exportações daí resultantes».

O responsável lembra que até 2014 foram instalados perto de 5000 MW de potência eólica em Portugal, cor-respondendo a mais de 2500 aerogeradores em parques eólicos espalhados por praticamente todos os distritos de Portugal.

«Entre os principais promotores e operadores de parques eólicos estão empresas portuguesas e europeias, sem que exista uma elevada concentração de projectos em nenhuma delas», vinca.

Já no que se refere aos fabricantes de aerogeradores, «a Enercon, por força das características do concurso de que resultou a criação do cluster industrial, possui uma quota de mercado superior a 50%. De qualquer forma, a maior parte dos grandes fabricantes mundiais têm uma presença expressiva no mercado português».

Das licenças já atribuídas, «faltam ainda concluir projec-tos que resultarão na instalação de algumas centenas de MW nos próximos anos». Contudo, recorda, «não são con-cedidas novas licenças há alguns anos e, adicionalmente, não está prevista nenhuma nova atribuição de potência para os tempos mais próximos».

Luís Marinho assegura que «os projectos já em funcio-namento, e em desenvolvimento, asseguram que Portugal cumprirá tranquilamente» as metas com que se compro-meteu para 2020, no âmbito da Directiva Europeia das Energias Renováveis.

Internacionalização e exportação

Contudo, «os recentes anos de estagnação económica levaram a uma consequente estabilização dos consumos de electricidade, de que resulta uma menor necessidade de implementação de novos centros electroprodutores». Por outro lado, acrescenta, «subsiste ainda alguma incerteza, a nível europeu, em relação ao quadro legal de objectivos para as energias renováveis nos países da União Europeia».

EÓLICO

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«Assim, não são de esperar grandes desenvolvimentos ao nível de novos projectos eólicos. É considerado, em Portugal e Espanha, que um substancial aumento da potência eólica instalada na Península Ibérica terá que estar associa-do a um aumento considerável da capa-cidade de interligação entre a península e a Europa Central, por forma a permitir a exportação de energia eléctrica nos períodos em que coexista uma grande disponibilidade de potência eólica e um baixo nível de consumo eléctrico, permitindo assim uma melhor gestão do sistema eléctrico europeu», explica Luís Marinho.

Como consequência da diminuição da actividade no mercado nacional, «muitas empresas têm-se virado para a internacionalização e exportação, como forma de crescer ou manter a sua ac-tividade. Esta tendência para a procura de novos mercados tem sido notória ao

EÓLICO

nível dos promotores de projectos, das empresas de engenharia prestadoras de serviços, das empresas de construção, dos equipamentos, em geral de todos os elementos da cadeia de valor», refere.

O responsável vinca que «as competên-cias existentes em Portugal, adquiridas ao longo dos anos de desenvolvimento bem-sucedido da energia eólica, fazem com que exista, nos vários actores do mercado, um know-how muito relevante capaz de ser “exportado”, numa altura em que o desenvolvimento mundial da energia eólica se vira cada vez mais para novos mercados, cada vez mais disper-sos por diferentes regiões do mundo».

Assim, e «dada a dimensão típica das empresas portuguesas, a capacidade de estabelecimento de parcerias, entre empresas portuguesas ou com parcei-ros locais, será um factor crítico para o sucesso num mercado cada vez mais competitivo».

WindUp

É neste quadro, relembra Luís Marinho, que se insere a WindUp, criada em 1997, tendo inicialmente como actividade principal a consultadoria financeira e o desenvolvimento de conteúdos multimédia, assumindo no entanto uma forte ligação ao sector das energias renováveis, que se foi consolidando no decorrer dos últimos anos.

«A WindUp tem actualmente como core business a promoção e comercialização de equipamentos para monitorização de re-cursos sustentáveis e produção de energia eólica», adianta o CEO da empresa.

Actualmente, a WindUp detém no seu portfolio a representação em Portugal de «prestigiados fabricantes com a Ammonit Measurement, Avent Lidar Technology, Endurance WindPower, Evance Wind Tur-bines, Leosphere, entre outros».

Com uma intensa actividade em Portugal, com mais de 350 instalações efectuadas, a WindUp tem já uma significativa actividade internacional, destacando-se intervenções em países como a Venezuela, África do Sul, Espanha, Sérvia, e nos PALOP (Angola, Moçambique e Cabo Verde). Reconhecen-do a importância de procurar novos merca-dos, a WindUp tem procurado activamente oportunidades em outros mercados, com destaque para a Turquia.

«Acreditando também no valor das parcerias para competir num mercado global, a WindUp tem procurado juntar esforços com parceiros portugueses e internacionais, com o objectivo de ganhar dimensão e competências, procurando aumentar as possibilidades em projectos de grande dimensão e requerendo, muitas vezes, um leque diversificado de serviços e produtos», sublinha Luís Marinho.

Como exemplo, salienta a parceria com a MEGAJOULE, empresa portuguesa de consultoria especializada na avaliação de recursos eólicos e solares, com presença em mercados como o Brasil, Polónia, Croácia, Turquia e mais recentemente a Índia, «procurando juntar esforços para a exploração de novos mercados e aprovei-tar a complementaridade entre os produtos oferecidos pela WindUp e os serviços da MEGAJOULE».

Luís Marinho, CEO da WindUp

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A Electricidade Renovável em Portugal: o papel das centrais eólicas

A primeira central eléctrica em Portugal foi a central de Ter-ragido, no rio Corgo, em Vila Real, com cerca de 600 kW, que entrou em operação em 1891. Pode dizer-se que então 100% da electricidade era de origem renovável, pois não havia mais nenhuma fonte.Até à década de 1950 em Portugal o consumo de electricida-de era satisfeito através de pequenas centrais, a maior parte delas hídricas mas também havia algumas centrais térmicas a carvão.Na década seguinte assistiu-se a um crescente aumento do consu-mo de electricidade, e todas as regiões de Portugal interligaram-se por uma rede eléctrica e o ritmo de crescimento da procura deste bem não consegue ser satisfeito pelas centrais hídricas, pelo que se construíram centrais térmicas, a carvão ou fuel, diminuindo o peso da electricidade renovável.Em 1975 todas as empresas do sector eléctrico português foram nacionalizadas e fundidas numa única a EDP – Electricidade de Portugal. A procura de electricidade continuou a crescer, consoli-dou-se a rede nacional e construíram-se novas centrais térmicas a carvão e a gás natural para satisfazer esta procura, o que implicou a diminuição significativa do peso da electricidade renovável, que se situava em 33%.Entretanto em 1988 foi aberto o sector da produção de electricida-de a privados, primeiro apenas com centrais hídricas até 10 MW, e posteriormente esta possibilidade foi alargada a outras tecnolo-gias. Paralelamente a evolução da tecnologia passou a permitir que se gerasse electricidade a partir do vento e do Sol.Portugal foi um dos países que aproveitou estas vantagens, e iniciou a instalação deste tipo de centrais. A nível da eólica somos o segundo país do Mundo em termos relativos, em 2014 cerca de 24% da electricidade consumida proveio do vento, mas a nível solar ainda estamos a dar os primeiros passos. De referir que o re-curso eólico e o solar, em termos anuais, são muito mais estáveis que o hídrico.Em 2014 mais de 62% da electricidade proveio de fontes renová-veis, em termos normalizados este valor foi 53% uma vez que o ano foi 27% mais húmido que a média. Em 2020 a percentagem de electricidade renovável será de 60% e em 2030 será 80%, segundo os cenários oficiais.Esta é uma forma de descrever sumariamente a história da electricidade renovável em Portugal, contudo, importa detalhar um pouco o papel da electricidade de origem eólica, uma história com 20 anos.A primeira central eólica em Portugal entrou em operação em 1985 na ilha de Porto Santo, ainda está em operação com os seus 9 aerogeradores de 30 kW. Também nesse ano se instalou um aerogerador experimental de 20 kW a norte da serra de Sintra, mas esta máquina foi desmantelada em 1999. Em 1988 entrou em operação a primeira central eólica nos Açores, na ilha de Santa Maria, 8 máquinas de 30 kW cada. A primeira central em Portu-gal continental entrou em operação em 1992 com 12 máquinas de 150 kW cada.Desde estes tempos a tecnologia evoluiu muito. As máquinas aumentaram a sua potência unitária, hoje em dia têm entre 2 e 3 MW, a sua fiabilidade também aumentou bem como a capacida-de de resistirem a alguns problemas que se põe na exploração da rede do sistema eléctrico nacional.

No início do século XXI já estavam instalados em Portugal um pouco menos de 80 MW que aportaram cerca de 0.3% da electri-cidade consumida no ano 2000. Hoje existem em Portugal um pouco mais de 200 centrais eólicas, com cerca de 2600 turbinas e uma potência de quase 5000 MW produzindo cerca de 12 TWh de electricidade, representando cerca de 27.5% da potência instalada em Portugal em centrais eléctricas, considerando todas as tecnologias, e um pouco mais de 24% da electricidade consumida.Até 2020 prevê-se que a potência instalada se aproxime de 5700 MW e que a fracção de electricidade eólica exceda 25% do con-sumo previsto. O valor acrescentado ao PIB nacional nesse ano rondará os 1 800 M€, e os empregos nesse ano excederam 22 000.A forma como se atingiu 80% de electricidade renovável ainda não está completamente consolidada mas é de esperar que a po-tência instalada nas centrais eólicas por todo o País se situe entre 6 500 e 7 000 MW.Os objectivos traçados para o sector da electricidade renovável trazem vários benefícios para a nossa economia, nomeadamente a criação de empregos, em 2013 foram cerca de 41 000 (em 2030 serão 88 000), a contribuição para o PIB de 2 730 M€ em 2013 (5 400 M€ em 2030) e uma redução na dependência energética, que era 85% e em 2013 foi de 71.7% - uma redução de 12.3% só devido à electricidade renovável, e em 2030 a nossa dependência ener-gética do exterior será menos de 65%.Paralelamente reduzimos o CO

2 da electricidade, em 1999 era de 640 kg/MWh, em 2014 foi

de 220 kg/MWh e em 2030 será menos de 100 kg/MWh.Uma parte significativa destes resultados provêm da electricidade eólica e é difícil isolar esta ou aquela tecnologia, pois a com-binação delas conjugada pela distribuição temporal, ao longo do ano, e espacial que Portugal tem destes recursos renováveis constituem uma solução invejável, que há uma década poucos acreditavam, mas que hoje está devidamente consolidada.Uma tecnologia nova quando aparece e por forma a que se possa desenvolver tem sempre de ser apoiada para fazer face às tecnolo-gias estabelecidas. Este apoio não pode ser permanente, deve sim ir diminuindo à medida que a tecnologia amadurece e consegue afirmar-se.Foi isto que se passou com a electricidade eólica. De uma forma consolidada e bastante rápida para uma actividade como a produção de electricidade em que os ciclos são de algumas deze-nas de anos. No final da corrente década os apoios dados vão começar a desaparecer e então serão mais claros os benefícios que este tipo de electricidade aporta ao consumidor em matéria de custos.Eles já são evidentes pois se não houvesse electricidade eólica os custos no mercado spot eram pelo menos mais elevados em 15 €/MWh, mas isto é um assunto que é de difícil compreensão pelos consumidores, mas não tenhamos dúvidas que eles existem.Estamos no bom caminho, claro que este percurso teve alguns custos para a sociedade, mas os benefícios largamente superam estes custos, contudo já se gera electricidade a partir do vento e a custos competitivos.Passámos a usar melhor os nossos recursos, estamos a diminuir a nossa pegada ecológica, a ganhar sustentabilidade e a diminuir a dependência energética do exterior, pelo que temos de ter sempre presente que «Portugal precisa da nossa energia».

EÓLICO

Texto_António Sá da Costa [Presidente da Direcção da APREN – Associação Portuguesa das Energias Renováveis]

Sá da Costa, presidente da APREN

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22 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

EMPRESAS

Solar térmico:sistemas coletivosAtendendo à crescente evolução

que nos é imposta pela eficiência

energética cada vez mais exigente,

e tendo em conta vários fatores

que contribuem para facilitar o

acompanhamento das instalações

garantindo que as mesmas se

mantenham a funcionar nas

devidas condições, a Canalcentro

em cooperação com instaladores

credenciados, tem vindo a

apresentar ao mercado instalações

coletivas que nos permite garantir

o máximo de eficiência com a

excelente qualidade da gama de

produtos TiSUN®.

As instalações coletivas de solar térmico por nós fornecidas, têm sido alvo de um acompanhamento que vem provar o nosso preciosismo neste tipo de instalações.

É sem dúvida uma solução que é pen-sada a partir do início da construção dos prédios, e apresentada com base nos requisitos mínimos legais exigidos pelo regulamento em vigor, mas que fisicamente se apresenta com mais-valias bastante acima do esperado.

A Canalcentro optou por acompanhar de perto estas mesmas instalações, pro-videnciando o apoio técnico necessário aos instaladores, para que os sistemas permaneçam a funcionar com a otimização exigida para quem compra um produto de excelência.

Texto e imagem cedidos por Canalcentro

Devido à instalação coletiva dos painéis solares da TiSUN®, conseguimos um enquadramento mais homogéneo, com um efeito bastante mais agradável do ponto de vista estético, garantindo melhor performance de todo o processo, pois todos os coletores funcionam para todo o sistema, evitando que existam coletores em estagnação.

Neste ponto podemos optar por colo-car coletores de grande superfície, que facilitam imenso a instalação, poupando os recursos de mão-de-obra e evitando inúmeros problemas com a redução de pontos de fuga, acompanhando um resultado estético pretendido. Com as inclinações acertadas em fase de projeto de arquitectura, poderemos conseguir

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EMPRESAS

uma instalação com os coletores faseados, sem prejudicar o E-solar.

Quanto à acumulação, esta é sempre feita através de sistema de estratificação, usando o termoacumulador de inércia TiSUN® pro-heat, que nos permite concentrar na parte superior do depósito toda a energia captada pelos painéis.

Beneficiamos ainda de uma acumulação que não nos obriga a uma desbacterização, o que implica poupanças enormes a todos os inquilinos não sendo necessário por isso garantir os 60ºC na água, e assim poupando energia no seu aquecimento e consequentemente diminuir as perdas que daí provinham.

Com um controlo elaborado, garantimos que toda esta energia acumulada esteja disponível no momento em que o utilizador abre a torneira, para que a fonte térmica de apoio funcione o menos possível. Para tal, optamos por colocar permutadores de placas dentro de cada apartamento, segui-dos de uma válvula termostática garantindo assim um bom funcionamento do esquentador termoestático.

Com o esquema de instalação referido, analisamos du-rante o mês de Fevereiro muitíssimas instalações que já não

empregavam a fonte de apoio. Com a análise efectuada garanti-mos que a poupança é realmente uma certeza uma vez de que não existem resistências eléctricas, nem acumulação de AQS.

Associando a todos estes pontos, o fato de que o cliente fica apenas com um permutador de placas, uma misturadora termostática e um esquentador termoestático na sua habita-ção, libertando desta forma, o máximo espaço possível, sem prejuízo para o conforto.

Quando pensamos na manutenção, todos terão a vida fa-cilitada; desde o instalador que apenas trabalhará na central técnica, assim como os inquilinos que não necessitam de estar em casa no dia na revisão ao sistema.

A Canalcentro garante ainda que todas as instalações ficam a funcionar devidamente, usando o seu serviço de assistência técnica para executar o enchimento do sistema, arranque do mesmo e sua afinação.

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24 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

ExpoRexel 2015REPORTAGEM

ExpoRexel 2015 reuniu principais marcas na Batalha

Textos e Fotos_José Alex Gandum

Realizou-se na Exposalão, na Batalha, entre os dias 20 e 22 de Maio, a primeira edição da EXPOREXEL -

Exposição de materiais eléctricos para construção, reabilitação e gestão de edifícios. No certame estiveram

presentes marcas e empresas dos sectores de material eléctrico, domótica, iluminação ou AVAC, assim como

associações e outras entidades ligadas aos sectores mencionados. O evento foi organizado pela REXEL,

empresa distribuidora de material eléctrico, que reuniu parceiros e clientes, contando com a participação de

fabricantes, distribuidores e instaladores, além de outros profissionais.

ExpoRexel 2015REPORTAGEM

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 25

ExpoRexel 2015REPORTAGEM

'O Instalador' esteve presente na ExpoRexel como media partner do evento. Durante os três dias da exposição, constatamos a adesão de profissionais de vários pontos do país, de formandos de escolas e outros estabeleci-mentos de ensino profissional e do público em geral.

Estiveram presentes várias marcas e empre-sas que trabalham normalmente com a revista ou das áreas abrangidas pela publicação. Nomeadamente a Daikin e a Atlantic, mas também a Eaton, a Carlo Gavazzi ou a RTL. Esta última é uma empresa de produção na-cional que se dedica ao fabrico e electrificação de Quadros Eléctricos e Transformadores, contribuindo para «a distribuição segura de energia eléctrica dos edifícios em Portugal e no estrangeiro». O stand da RTL Portugal foi um dos mais concorridos na ExpoRexel.

De entre os equipamentos da Eaton, desta-que para o 'Intelligent Power Pod', um sistema de gestão de energia integrado para arquitec-turas de TI modernas, incluindo soluções de infra-estrutura convergente.

A Carlo Gavazzi pertence ao 'The Carlo Ga-vazzi Group' e é fornecedor líder de material eléctrico e de iluminação, em especial no sec-tor grossista de material eléctrico, dispondo de uma extensa variedade de produtos eléctricos e de iluminação.

Siemens, Legrand, Osram, Philips, KNX, foram outras das grandes marcas presentes na ExpoRexel 2015. Destaque ainda para empresas e marcas como OBO Bettermann ou Rittal.

Conferências e palestras

Mas a ExpoRexel não se fez só da exposição propriamente dita: foram inúmeras as confe-rências, palestras e apresentações de produ-tos que decorreram durante os três dias do evento. Por se tratarem de marcas de AVAC, O Instalador acompanhou as apresentações da Daikin (sobre 'Soluções Integradas de Cli-matização') e da Atlantic (sobre 'Climatização Eficiente com a Aerotermia). (Ver caixas).

No auditório principal da Exposalão decorre-ram conferências permanentemente. Destaca-mos a parceria entre a Rexel e a SMA numa intervenção subordinada ao tema 'Eficiência Energética - Sistemas de Auto-Consumo'. Nuno Romão, Gestor de Média Tensão, Renováveis e Eficiência Energética da Rexel, abordou as ‘So-luções para os sectores Residencial, Terciário e Industrial’, enquanto Alexandre Cruz, Deputy Manager da SMA Portugal, fez o ‘Enquadra-mento legislativo e análise de rentabilidade dos sistemas de auto-consumo’.

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ExpoRexel 2015REPORTAGEM

As associações dos sectores presentes também fizeram intervenções e apresenta-ções. A Associação Portuguesa de Segurança (APSEI), através da sua secretária-geral, Maria João Conde, abordou os 'Requisitos Legais aplicáveis aos sistemas de segurança em edifícios', onde destacou os equipamentos e os sistemas de segurança em edifícios.

A Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração (COGEN Portugal) trouxe à ExpoRexel o debate sobre 'Cogeração Industrial', tendo Rui Quintans dos Santos, Vogal da Comissão Executiva da Cogen Portugal, feito a abordagem ao tema da cogeração destacando-a como a tecnologia mais eficiente na produção de electricidade. Falou ainda das vantagens da cogeração, fez o enquadramento legal da mesma e referiu a situação actual da cogeração em Portugal.

No stand da Rexel, e durante os três dias do evento, desenrolaram-se pequenas palestras sobre os mais diversos temas, destinados a audiências mais reduzidas e mais espontâ-neas, desde profissionais a formandos.

Os temas abordados passaram pelas normas de segurança e pela legislação e soluções para o cumprimento das mesmas, pelos sistemas de climatização, com soluções para instalações eficientes, ou iluminação eficiente, com a escolha correcta de aparelhos e lâmpadas.

Ainda foram abordados temas como a instalação e os benefícios para o consumidor final com o kit auto-consumo, ou as soluções rentáveis para a indústria ou soluções para centros de dados.

Os visitantes com quem 'O Instalador' falou mostraram-se agradados com a oportunidade de verem reunidas no mesmo espaço as prin-cipais marcas e empresas do sector eléctrico em Portugal, pelo que a primeira edição da ExpoRexel em Portugal atingiu o pretendido, prevendo-se que a segunda edição se possa realizar já no próximo ano. (Ver entrevista com Carlos Teles).

A ExpoRexel serviu também para a 1ª edição do Prémio Nacional Rexel, 'Aproximação à Realidade': a criação de um Sistema Integrado de Produção, Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica, na Ilha de Bazaruto, em Moçambique, foi o projecto vencedor. É um projecto da autoria de Diogo Oliveira e João Francisco, e o prémio pretende ser uma con-tribuição para a dinamização e divulgação de projectos universitários inovadores. A distinção teve o apoio da Ordem dos Engenheiros (OE) e a iniciativa foi destinada a todos os alunos do Ensino Superior da licenciatura em Engenharia Electrotécnica.

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ExpoRexel 2015REPORTAGEM

Carlos Teles, Director Geral da Rexel, fez o balanço do certame:

«I edição da ExpoRexel superou as expectativas»

O Instalador - Que balanço faz da I edição da ExpoRexel?Carlos Teles - Divido o balanço em duas partes: primeiro re-

firo o empenho de todas as marcas presentes na ExpoRexel, o que ultrapassou as expectativas, já que era a primeira vez que a Rexel organizava um evento deste género em Portugal. E isto porque o mercado português passa por algumas dificuldades e o investimento das empresas também tem sido limitado. Por isso, estávamos na expectativa de perceber qual seria o empenho e a motivação com que as marcas e as empresas viriam a este evento. E este balanço foi claramente positivo. A segunda parte do balanço tem a ver com a afluência, pois como organizámos a ExpoRexel no centro do país, sabíamos que isso obrigava os profissionais e as empresas a desloca-rem-se, o que poderia ser um risco em termos de visitantes, mas até neste aspecto a afluência excedeu as expectativas. Para uma primeira vez e tendo em conta o cariz técnico da exposição o balanço neste aspecto também é muito positivo.

Foi então uma boadecisão realizar a ExpoRexel na Batalha?Acabou por ser uma boa decisão porque as pessoas e as

próprias empresas aderiram em força, e isto apesar de termos clientes a norte e clientes a sul. Ambos marcaram presença dentro das suas possibilidades de deslocação.

E como foi a recepção por parte de clientes e parceiros da Rexel?

Todos os feedbacks que recebi foram positivos. Recebemos muitos agradecimentos e parabéns pela organização e pela capacidade que tivemos em mobilizar quer as marcas quer os clientes, tendo em conta que este foi o primeiro evento realizado em Portugal, embora haja sempre erros a corrigir, sendo que agora o grande desafio passa por «como podemos fazer ainda melhor?».

E por parte dos visitantes?Nos tempos que correm, em que o tempo é limitado, quando

as pessoas saem do seu local de trabalho é para procurarem ou levarem algo de novo, de maneira a desenvolverem o seu negócio. Por isso houve uma grande aposta das marcas em trazer stands de cariz técnico e não só stands de promoção ou institucionais. Foram espaços muito objectivos virados para as soluções técnicas que são hoje as exigências do mercado de forma a retirar daqui know-how, conhecimento e partilha.

Muitos dos visitantes foram formandos...Há uma responsabilidade inerente à nossa actividade e aque-

les que serão os nossos futuros clientes estão hoje em época

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ExpoRexel 2015REPORTAGEM

escolar, por isso queremos participar na entrada no mercado desses jovens, parti-cipar na sua formação profissional, e que eles vejam a Rexel como uma referência quando chegarem ao mercado de trabalho.

Notou-se na ExpoRexel uma sinergia entre os mercados eléctrico e de AVAC, com a presença de duas empresas des-te sector (Daikin e Atlantic). Isso é para continuar?

O sector do AVAC em Portugal é um pou-co diferente do que se passa na Europa, onde tem o mesmo comportamento que o sector eléctrico: marcas, distribuição e consumidores. Em Portugal o mercado de AVAC desenvolveu-se quase entre as marcas e os consumidores. Mas temos clientes que fazem as duas componentes e sabemos que os nossos clientes tentam tanto quanto possível abranger áreas dife-rentes - mas complementares em alguns aspectos - de modo a obterem aquilo que não conseguem obter pela dimensão limitada do mercado. Mas mais do que termos tido duas marcas do sector do AVAC na ExpoRexel, já tínhamos iniciado o que chamamos o negócio do clima no ano passado, temos o catálogo formado e uma oferta própria para os nossos clientes.

Este foi um evento inédito em Portugal.Em Portugal, sim, mas já o fazemos em

França há uns anos, e até duas vezes por ano. E foi exactamente pelo sucesso que o evento tem tido em França que decidimos realizá-lo aqui.

E foi na altura certa?Sim, acho que foi na altura certa, por-

que até este momento não havia nada de semelhante no sector eléctrico nem na partilha de conhecimento ou debate so-bre a nova legislação. E há espaço para a realização deste género de eventos, portanto, devemos e vamos ponderar sobre a periodicidade e a dinâmica do mesmo.

Já há ideias para o futuro?A ideia é fazer este evento todos os anos.

É essa a nossa vontade em função da pri-meira ExpoRexel. Mas o mercado também dita algumas regras, por isso vamos ver se há ou não espaço para o fazer e se o

mercado tem capacidade de absorção para eventos deste género.

O veredicto final terá que ser feito pelos clientes e pelas marcas. Nesta primeira edição também jogávamos um pouco a nossa credibilidade, mas o intuito com que organizámos a ExpoRexel vai para além do nosso desenvolvimento comercial. O mercado precisa de agentes e de entidades que criem valor, que possam contribuir para valorizar o mercado, para que haja mais espaço para os agentes, no fundo, que haja mais soluções, mais conforto e mais eficiên-cia para os consumidores. Fizemos tudo isto para que a Rexel se possa desenvolver mas também para dar uma contribuição importante para o mercado da distribuição.

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ExpoRexel 2015REPORTAGEM

Atlantic e a Climatização Eficiente com a Aerotermia

Duarte Pestana (responsável de mercado do Groupe Atlantic) foi o engenheiro destacado pela Atlantic para

apresentar as vantagens da Climatização Eficiente com a Aerotermia. Mas, afinal, o que é a Aerotermia? Segundo o especialista «o ar que nos rodeia representa uma massa

térmica de um elevado potencial energético, sendo esta a energia que se designa por Aerotermia». As vantagens

desta energia? «Esta energia é limpa, inesgotável e gratuita, portanto, renovável». E é uma bomba de calor aerotérmica que se encarrega de transferir a energia do ar a um circuito

primário de aquecimento. E porquê recorre a uma bomba de calor? Porque a elevada percentagem de utilização de combustíveis fósseis na produção de energia tem conse-

quências graves para o meio ambiente, porque durante a queima destes combustíveis fósseis são libertadas substân-

cias nocivas para as pessoas e para o ambiente.Sobre as gamas e os modelos da Atlantic, Duarte Pestana

começou pela Gama Excellia, que pode ser aplicada em pavimento radiante, radiadores BT, ventilo-convectores e produção AQS, através de um leque de potência calorífi-ca muito abrangente. A gama Extensa + tem as mesmas

aplicações mas um leque de potência calorífica ainda mais alargado. Algumas vantagens do produto: tem uma gestão precisa do INVETER, regulação para duas zonas, gamas monofásica ou trifásica, arrefecimento em opção,

regulação completa e intuitiva, baixo nível sonoro, gestão AQS completa, e ainda oito configurações pré-definidas

e acessibilidade para a manutenção. Duarte Pestana falou ainda das diferenças entre os permutadores de placas e de

serpentinas, e nos argumentos do produto Panamá Access, nas características do Radiador Dinâmico Reversível Pana-

má, e na evolução em 2015 do Explorer.Explicou o funcionamento destes equipamentos com siste-mas fotovoltaicos, destacando o Modo Eco (que chega aos 55 graus centígrados por eficiência energética da BC AQS) e o Modo Eco Plus (que chega a 62 graus centígrados apro-

veitando toda a energia gratuita produzida por painéis foto-voltaicos), havendo, portanto, um máximo aproveitamento

da energia renovável. Em relação ao modo de trabalho, se a BC AQS está ligada a um sistema fotovoltaico, assim

que detecta a energia eléctrica fotovoltaica passa da forma automática do modo Eco ao modo Eco Plus.

Daikin apresentou Soluções Integradas de Climatização

A Daikin foi uma das duas marcas do sector do AVAC que estiveram presentes na ExpoRexel. Além do stand no recinto

da exposição, onde foi possível contactar com alguns dos equipamentos que a marca japonesa disponibilizou para o

evento, um dos engenheiros responsáveis da Daikin, Filipe Barbosa, Sales Engineer / Wholesalers - North Sales De-

partment, apresentou 'Soluções Integradas de Climatização', fazendo um preâmbulo pela gama de Expansão Directa Resi-dencial e alguns aspectos de interacção (controle), Bombas de

Calor de Alta Temperatura e Sistemas Solares Drain Back.Filipe Barbosa começou por explicar o porquê da utilização do fluido R32 nos equipamentos Daikin: «a marca tem sido

pioneira no desenvolvimento de produtos que diminuem o impacto ambiental». O R32 apresenta muitas vantagens:

torna os equipamentos mais eficientes, tem uma menor densidade, portanto, menor carga, e sendo composto por um

único componente apresenta uma uma maior facilidade de reutilização e de reciclagem. «O R32 é o Fluido Refrigeran-

te da próxima geração em sistemas de Expansão Directa» frisou o responsável. Em seguida o especialista explicou as características de alguns dos mais modernos equipamentos da Daikin, nomeadamente o Ururu Sarara, onde destacou

o comando infra com programador horário, e a redução em 68% no impacto ambiental em relação ao modelo antecessor. O premiado Daikin Emura é «elegante por fora e inteligente

por dentro», destacando-se o design, a eficiência, a tecno-logia e o baixo ruído. Ainda dentro da gama residencial,

o Premium tem um design discreto e moderno. O Nexura Conforto tem tecnologia de ponta e combina as vantagens da bomba de calor com um sistema de aquecimento tradicional.

A Daikin apresenta também uma fácil integração com o sistema de Domótica: através da placa interface KNX, por

cada unidade exterior, é possível interligar o sistema Daikin à central de Domótica em qualquer residência equipada com

esse sistema.O Daikin Altherma HT - AltaTemperatura também esteve

em destaque, pois foi apresentado como uma bomba de calor de elevada performance e com o desempenho de uma caldeira, mas com maior eficiência. Finalmente o Sistema Solar Térmico Drain Back, numa relação inteligente entre

os painéis solares e as bombas de calor. Em jeito de conclu-são, Filipe Barbosa sublinhou que «a Daikin tem uma vasta gama de soluções para todo o tipo de necessidades dos seus

clientes».

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Funcionalidades inovadoras e capacidades excecionais na Medição de Energia

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À laia de energiaOPINIÃO

A eletrificação da mobilidadeTexto_Carlos Laia [Especialista em energia]Foto_José Aléx Gandum

A mudança é constante nas nossas vidas e a nossa relação com a energia não foge à regra.

No início de maio, fomos informados da disponibilidade comercial, para muito breve, de novas baterias, produzidas pela Tesla, marca conhecida pelo projeto de carro elétrico inovador. Estas baterias representam um passo em frente na acumulação de energia elétrica, um dos calcanhares de Aquiles no propósito de um maior uso de energia produzida com recurso a fontes renováveis de energia, pois estas são intrinsecamente intermiten-tes. Uma vez ultrapassado o problema da acumulação de energia elétrica com efi-ciência e baixo custo, poderemos guardar a energia produzida quando há Sol, vento ou caudal de água, e pouco consumo na nossa instalação, para períodos em que necessitamos de maiores quantidades de energia. Com efeito, as soluções até agora disponíveis são muito dispendiosas ou aplicáveis apenas em grande escala, como é o caso da bombagem hidroelétrica que não é mais do que a bombagem de água de um reservatório inferior para um outro situado a uma altura mais elevada.

A eletrificação da mobilidade parece agora irreversível. O avanço tecnológico continua inexorável (a Renault lançou agora mais um modelo elétrico cuja autonomia atinge 240 Km), os governos e autarquias vão dando alguns passos, e as empresas do setor elé-trico reconhecem que o seu crescimento depende do sucesso deste desafio. É ain-da importante acrescentar que os impactes ambientais associados à mobilidade atual atingem níveis insuportáveis, sobretudo nas cidades mais populosas do Extremo Oriente. O vetor eletricidade assume-se assim como a componente limpa e decisiva neste contexto de combate à poluição local e às alterações climáticas.

Com a recente legislação do autocon-sumo, que entrou em vigor no início do corrente ano, dá-se também mais um passo (pequeno ou grande, veremos) na alteração do paradigma energético. Numa escala que pode atingir uma grande dimensão, os con-sumidores são simultaneamente produtores

de energia, podendo ainda reduzir a sua dependência face à rede elétrica pública. Muitos projetos de instalações fotovoltaicas para autoconsumo apresentam já uma valia económica interessante, quer em edifícios, quer em pequenas ou médias instalações industriais, que em muitos casos justificará o investimento. Temos assim o modelo, já teorizado há mais de uma década, da pro-dução descentralizada a ver finalmente a luz do dia a uma escala massiva. As smartgrids (redes elétricas "inteligentes") poderão gerir ativamente as redes de distribuição, con-trolando de uma forma coordenada cargas, dispositivos de armazenamento e unidades de geração distribuída, melhorando a sua eficiência global e a qualidade da eletricida-de fornecida.

A eficiência energética faz parte deste pa-norama de evolução rápida, assumindo um papel não menos importante. Apontemos então alguns exemplos.

Um estudo europeu recente concluiu que aproximadamente 50% das lâmpadas LED (não direcionais e à tensão de rede) disponíveis no mercado em 2014 exce-diam os níveis de desempenho projetado para 2016, e com preço mais reduzido, comparando com outro dejunho de 2013. Para um modelo em particular, o estudo mostra que o desempenho atingiu o nível previsto apenas para 2018 e o preço já é o que estava previsto para acontecer só em

2020! A dinâmica do mercado é assim mais rápida do que estava previsto há pouco tempo atrás.

O caso do ar condicionado é também ele muito interessante e um apelo à nossa me-mória pode ser útil para perceber melhor a enorme evolução. Tomando como exemplo os aparelhos de ar condicionado do tipo mono split, inferiores a 3 kW, tipicamente selecionados para as divisões ou gabinetes mais pequenos. O aparelho atual com melhor desempenho em modo de arre-fecimento apresenta um SEER (eficiência energética na estação de arrefecimento) superior a 10 e o modelo com melhor desempenho em modo de aquecimento tem em SCOP (eficiência energética na estação de aquecimento) de 5,9. Um modelo ineficiente aos dias de hoje, mas provavelmente top ten há cinco anos atrás, apresenta um SEER de 5,1 e um SCOP de 3,8. A diferença salta à vista: o ganho em eficiência é enorme.

Num contexto de metas importantes a atingir pelas comunidades, visando a redução da sua dependência energética e dos impactes ambientais associados à uti-lização da energia, e também de objetivos de redução de fatura energética por parte de empresas e famílias, as tendências pa-recem caminhar no sentido positivo. Haja assim políticas que sejam catalisadoras destas mudanças!

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APIRACASSOCIAÇÕES

Novos parceiros e melhores parcerias

Texto_Nuno Roque [Secretário-Geral da APIRAC]

A consistência da actividade de representação empresarial e sectorial aconselha a intenso e persistente trabalho junto da tutela e no estabelecimento de relações com parceiros e organismos representativos na nossa actividade.

No âmbito da prossecução do seu ob-jecto social, a APIRAC vai estabelecendo protocolos, de forma a permitir aos seus associados acesso em condições mais vantajosas a bens e serviços diversos. Neste particular, destaque para as parce-rias e protocolos que decorrem do Cartão Associado APIRAC, a partir do qual se criou uma rede de parceiros, superior a 2.500, desafiando empresas e entidades diversas de áreas distintas no mercado a estabelecerem condições comerciais mais vantajosas às empresas associadas da APIRAC e aos utilizadores do Cartão Associado APIRAC.

O mês de Maio foi rico na intensificação de relações e na consolidação de outras.

A este propósito é de destacar o proto-colo estabelecido entre o Millennium BCP e a APIRAC. As duas entidades, conside-rando ser do interesse de ambas as partes a disponibilização de produtos e serviços financeiros adequados às necessidades das empresas, entenderam celebrar um Protocolo de Cooperação que procura corporizar o acesso por parte dos Asso-ciados da APIRAC a diversos Produtos e Serviços daquela instituição bancária.

Trata-se de um conjunto de produtos e serviços financeiros em condições pre-ferenciais, que passam por soluções de pagamentos e recebimentos e por finan-ciamentos. Para solicitar a aplicação deste Protocolo de Cooperação, os Associados da APIRAC deverão dirigir-se a uma das sucursais do Millennium BCP onde têm a sua conta domiciliada, fazendo referência a este Protocolo e fazendo prova da sua qualidade de Beneficiário mediante a apresentação de declaração escrita emi-tida pela APIRAC.

A informação relativa aos Protocolo, as suas vantagens e benefícios, ficará resi-dente no portal da APIRAC na internet e no Cartão Associado, em www.apirac.pt.

Noutra esfera de bens e serviços, enten-deram a BARCELBAL e a APIRAC, esten-der o protocolo existente com uma uma solução alternativa, agora disponibilizada, com uma balança electrónica portátil da marca MASTERCOOL, modelo ACCU--CHARGE III certificada, respondendo em parte à procura por parte das empresas associadas da APIRAC de uma balança mais leve e mais económica, mantendo as características necessárias para a obtenção da certificação das empresas no âmbito do Decreto-lei n.º 56/2011, embora limitada no alcance de pesagem a 50 kg.

O equipamento agora apresentado surge como complemento à oferta anteriormen-te apresentada da balança MCA-C400,

que continua disponível para encomenda, sobretudo para as aplicações que exijam um alcance até 150 kg.

Neste âmbito das balanças e da sua interpenetração no tema da certificação de empresas, a APIRAC alargou o leque de soluções, estabelecendo um protocolo com mais um reconhecido fabricante na-cional de Balanças: a BARBAL – Pesagem Eletrónica, Lda. A BARBAL é uma empre-sa com mais de 30 anos de experiencia na fabricação de sistemas de pesagem, sendo uma empresa certificada e deten-tora de acreditação para a realização da 1ª verificação CEE. Recorde-se que esta verificação metrológica é obrigatória no âmbito do processo de certificação das empresas segundo o Decreto-Lei n.º 56/2011, de 21 de Abril.

A presente oferta da BARBAL contempla o modelo de balança com o Alcance de 0-150 kg e divisões de 50 g. Apresenta ainda dois modelos mais precisos com o alcance de 0-120 kg 0-60 kg e divisões de 20g. Estes modelos de balança com-pletam o leque de oferta de balanças dis-ponibilizadas em protocolos semelhantes, de modo a responder às necessidades específicas de cada empresa.

No decurso do ano a APIRAC procurará apresentar mais parceiros para novas vantagens, que se traduzem em soluções organizacionais e forças competitivas para as nossas empresas no mercado.

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LGENTREVISTA

«Neste momento a LG Electronics oferece um produto VRF mais eficiente no mercado»

Entrevista_Ana ClaraFotos_LG

Hugo Delgado, Director Ar Condicionado LG, fala do

reconhecimento que a LG recebeu recentemente,

nomeadamente a etiqueta de eficiência energética

da organização de certificação Eurovent, pelo

seu avançado sistema MULTI V IV, volume de

fluído frigorigénio variável (VRF). «Para a LG este

programa de certificação vem agilizar o mercado

com instrumentos que permitem uma concorrência

leal com critérios de equidade e promovendo uma

imagem de integridade e confiança no produto LG»,

afirma. O responsável analisa ainda o panorama do

sector em Portugal e os desafios que se colocam,

no futuro, às empresas.

O Instalador – Comecemos pela certificação Eurovent, que a LG recebeu recentemente, nomeadamente pelo seu avançado sistema MULTI V IV, volume de fluído frigorigénio variável (VRF). Na sua opinião, que critérios de reconhecimento valeram a distinção?

Hugo Delgado - Importa antes de mais referir o propósito de uma entidade de certificação como a EUROVENT que visa transparecer para o mercado, através dos programas de certificação a que os fabricantes são voluntariamente sujeitos, os resultados da aplica-bilidade neste caso específico da EN 14511 referente aos testes de desempenho e da EN 12102 relativamente à determinação do nível de potência sonora. Nesse âmbito o MULTI V IV saiu-se muitíssimo bem nos testes realizados, revelando um E.E.R de 4.47 e um C.O.P de 4.79, permitindo garantir aos nossos clientes uma considerável economia de energia. O resultado efectivo é o reconhecimento que neste momento a LG Electronics oferece um produto VRF mais eficiente no mercado.

Que importância tem para a marca esta certificação?Para a LG este programa de certificação vem agilizar o mercado

com instrumentos que permitem uma concorrência leal com critérios de equidade e com base em dados comparáveis, promovendo uma imagem de integridade e confiança no produto LG. O resultado prá-tico é assegurado na confiança transmitida ao nosso cliente de que

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LGENTREVISTA

o equipamento LG irá funcionar de acordo com as nossas especificações, de acordo com os consumos de energia indicados, e selado com o carimbo de uma entidade externa isenta assegurando permita-me o estrangeirismo: What You See Is What You Get "O que vê é o que obtém".

Ao nível de tecnologias de ar condi-cionado, como tem sido a evolução da marca nos últimos anos?

Desde 2006, ano em que entrei na LG, e passando por cada uma das áreas (Técnica, Projecto e Vendas), por onde aprendi e contribuí, em equipa, de forma resiliente para melhoria do processo e produto, tem-se verificado igualmente uma tónica de desenvolvimento sincronizada na melhoria da qualidade do produto e detalhes evolutivos a nível do compressor, permutadores de calor, ciclo do óleo e gestão da produção do fluído frigorigéneo que visam garantir uma imediata resposta às necessidades térmicas com o menor custo energético, mas acima de tudo são o espelho das necessidades dos nossos clientes e do mercado, pois é para eles que trabalhamos.

Nos últimos anos registou-se, como é sabido, um decréscimo na construção de edifícios originando uma redução na actividade do sector de AVAC. Como tem lidado a LG com este cenário?

De uma forma positiva acima de tudo e realista de que podemos fazer a diferença no mercado que sabemos que existe. Estamos habituados a trabalhar com

poucos recursos mas a obter excelentes resultados e consegue-se apenas com a equipa certa, consistência e coerên-cia no trabalho executado, sentido de propriedade e potenciando o melhor de cada um de nós como inspiração para melhorarmos e caminharmos todos no mesmo sentido.

Qual a tendência no mercado em ter-mos de soluções de Climatização? Para onde caminhamos?

Penso que estamos a caminhar no sen-tido da utilização da electricidade como fonte para a climatização e produção das águas quentes sanitárias (A.Q.S) num sis-tema integrado com capacidade neuronal de aprendizagem dos perfis, procurando soluções de compressão de vapor onde a utilização de fluidos naturais terá um papel preponderante quer a nível da capacidade calorífica volumétrica quer a nível ambiental.

Entre o eclodir da crise em Portugal e o momento actual, como está hoje, na sua opinião, o mercado?

É sabido que o mercado encontra-se fortemente pressionado pelos preços, pelo que esta nova realidade desafia a LG a conceptualizar novas soluções de climati-zação ou design que tragam valor acres-centado ao utilizador final e que o mesmo as diferencie do mercado. Dois casos de sucesso da LG são o ARTCOOL STYLIST que alia o design e a experiência sensorial da cor e o sistema MULTI V IV com Hydrokit para Climatização e Produção A.Q.S para aplicações hoteleiras com uma redução

drástica do investimento inicial e nos custos de exploração globais.

«Promover o arrendamento e o financiamento para a reabilitação»

O que podemos esperar, no futuro, a curto/médio prazo para o sector?

Derivado da diáspora do nome Portugal como pólo turístico mundial, da convergên-cia de novas rotas aéreas e uma política de tributação fiscal mais apelativa, os empre-sários perceberam que tem de melhorar a oferta na área do turismo e saúde, reabilitar o parque imobiliário e promover a qualida-de. São, sem dúvida, estes ímpetos que o sector necessita, contudo não posso deixar de sublinhar a preocupação com a articulação do mecanismo das linhas de financiamento e da cadeia de pagamentos, resultando em dificuldades financeiras que o nosso sector ainda atravessa.

O país tem assistido a um aparente novo paradigma da Construção em Por-tugal? Estamos mesmo a apostar, como devíamos, na reabilitação do parque construído?

Quando olhamos para a estatística com uma taxa de reabilitação urbana em Por-tugal de apenas 4,5% no sector residencial a contrastar por exemplo com Paris de 45%, devemos perceber as razões desse sucesso e replicar. Contudo temos de contextualizar na equação portuguesa, a política de incentivo à aquisição de imóveis praticada durante extensos anos, a prolife-ração desmedida de um enorme edificado novo (algum com falta de qualidade e com efeitos nefastos de manutenção precoce-mente) e culminando hoje com a falta de financiamento das famílias. É fulcral neste âmbito, medidas por parte do Governo para promoção do arrendamento e finan-ciamento para a reabilitação.

Quais as reais oportunidades do sec-tor nesta área?

O resultado do crescimento das nossas vendas de ar condicionado de 20% no 1º trimestre de 2015 em comparação ao mesmo período homólogo do ano anterior, denotam uma aposta forte na marca LG, pela confiança da operacionalidade do par-que instalado, mas acima de tudo por um investidor que procura novas soluções de climatização e produção A.Q.S com bene-fícios efectivos nos custos de exploração.

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ActualidadeNOTÍCIAS

Agricultura biológica potencia a Biodiversidade

Textos_Ana ClaraFoto_Arquivo

Um estudo recentemente publicado na revista Proceedings of the Royal Society of London B-Biological Sciences, indica que a agricultura biológica ajuda a Biodiversidade.

Segundo os investigadores, os campos deste tipo de agricultura têm uma maior diversidade de ervas daninhas tal como os campos de agricultura convencionais nas suas imediações o que, por sua vez, atrai espécies de animais.

O estudo foi efectuado por investigadores do Centro de Estudos Biológicos de Chizé (Universidade de La Rochelle), em França, e teve como objectivo determinar os efeitos da agricultura biológica tanto localmente como à escala da paisagem.

Para tal, foi usado como caso de estudo a comunidade de ervas silvestres não cultiva-das, tendo quantificado a sua diversidade no centro e nas margens de campos de trigo de Inverno da região de Poitou-Charentes (cen-tro-oeste de França) em regime de agricultura convencional e de agricultura biológica.

Os resultados revelaram que a riqueza específica de ervas silvestres era maior nos campos de agricultura biológica em relação aos de agricultura convencional (cerca do dobro, no centro dos campos e cerca de 30%

nas margens) e maior nas margens do que no centro dos campos, verificando-se ainda que esta diferença era mais acentuada no caso da agricultura convencional.

Outra conclusão do estudo é que a mera existência de campos de agricultura biológica

nas imediações de áreas cultivadas com uso de químicos fez aumentar aí o número de espécies de ervas silvestres não cultivadas, tornando-o semelhante ao dos campos de agricultura biológica no caso das zonas marginais.

DECO lança portal dedicado às Renováveis

A DECO - Associação de Defesa do Consumidor criou um portal que ensina a produzir electricidade, aquecer a água ou climatizar a casa com recurso às energias renováveis. O objectivo da iniciativa é ajudar os consumidores a fazer escolhas conscientes e a reduzir as facturas do gás e da electricidade, sem comprometer o seu conforto.

As dicas fornecidas, que permitem poupar face às fontes energéticas e aos equipamentos mais comuns em Portugal, estão disponíveis em Energias Renováveis em Casa. Informações sobre ar condicionado, sistemas solares térmicos e fotovoltaicos,

salamandras, bombas de calor, vantagens e inconvenientes, poupanças e cuidados na compra, instalação e manutenção são alguns dos temas que pode encontrar em dossiers temáticos ela-borados por especialistas e artigos sobre assuntos da actualidade relacionados com as energias renováveis.

O portal foi desenvolvido com o apoio da Comissão Europeia e em conjunto com as associações de consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Holanda.

Consulte o novo projecto em: https://energias-renovaveis-emcasa.pt/.

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ActualidadeNOTÍCIAS

Até ao Verão Portugal define contribuição para o Fundo Verde Portugal deverá ter definido «até ao Verão» o montante da contribuição para o Fundo Verde a apresentar

na Conferência do Clima de Paris (COP21). A garantia foi dada recentemente pelo ministro do Ambiente,

Ordenamento do Território e Energia.

A informação foi veiculada por Jorge Moreira da Silva, em Paris, a 21 de Maio, depois de uma reunião com homólogos europeus, «mas também do Egipto, Marrocos e Peru e com a comunidade empresarial», no ministério francês da Ecologia, com o objectivo de preparar a COP21, que vai decorrer na capital francesa de 30 de Novembro a 11 de Dezembro de 2015.

O ministro afirmou acreditar que «nos próximos dois meses toda a tramitação e autorizações de natureza financeira estarão concluídas» relativamente à contribuição de Portugal para esse fundo, sublinhando que «o apoio de Portugal faz-se muito para além do fundo».

«A nossa missão não é apenas para o fundo, dada a nossa relação com os países que integram a CPLP. Temos vindo, além do Fundo Verde, a desenvolver muitos projectos de apoio ao desenvolvimento, capacitação na área das alterações climáticas, como o caso das aldeias solares em Moçambique e do Atlas de Energias Renováveis em África», precisou.

De acordo com Moreira da Silva, no encontro de 21 de Maio, a comunidade empresarial enviou «um sinal claro de comprometimento e de optimismo quanto aos resultados económicos que resultarão de uma aposta ambiciosa na área das alterações climáticas», salientando que «o combate às alterações climáticas não é apenas urgente mas pode gerar oportunidades de crescimento verde e de emprego verde».

Relativamente às metas de Portugal para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, o ministro do Am-biente reafirmou o «objectivo previsto no Compromisso para o Crescimento Verde» de «redução de 40% das emissões em 2030 face aos níveis de 2005».

Moreira da Silva indicou que «Portugal tem metas mais ambiciosas do que as europeias nas energias renováveis», lembrando que «a meta europeia para 2030 fixada em

Outubro último é de 27% em 2030 e a meta portuguesa é de 40% em 2030».

O ministro acrescentou que vários países e organizações internacionais «têm uma percepção muito clara que Portugal tem uma visão sustentável e realista de se tornar uma refe-rência mundial no crescimento verde».

«O papel de Portugal tem sido muito valorizado por or-ganizações internacionais e por outros países porque não fizemos da crise pretexto para adiar ou para transigir, fizemos da crise uma razão adicional para liderar na área verde», afirmou, exemplificando com as reformas na área da energia, a reforma da fiscalidade verde e o Compromisso para o Crescimento Verde.

Texto_Ana ClaraFoto_Arquivo

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SANITÁRIOS

Um olhar sobre as casas-de-banhoSegundo um estudo de uma universidade italiana, o compartimento casa-de-banho é o local numa casa

onde os proprietários (ou usuários) dos tempos modernos mais investem em termos de comodidade,

originalidade e design. Talvez os resultados obtidos por um estudo deste género em Itália não se

possam estender linearmente a outros países mas não há dúvida que, nas últimas décadas, as pessoas

passaram a dar atenção a um compartimento que antigamente era tido como local a utilizar só em caso

de necessidade.

Texto e Foto_José Alex Gandum

O conceito casa-de-banho, com todos os equipamentos no mesmo compartimento, é relativamente recente: historicamente sabe-se que a sanita (quando havia) situa-va-se isolada num local, o lavatório para a lavagem da cara, das mãos e para pequena higiene pessoal ficava no quarto de dormir, e a banheira ou o local do banho total ficava noutro compartimento, consoante as classes sociais. Porque os mais pobres tomavam banho num recipiente de ferro, de esmalte ou de barro (as crianças) ou nas ribeiras ou em represas (os adultos).

Hoje, quando alguém pretende adquirir uma casa para habitação, uma das primei-ras coisas com que se questiona o vendedor ou promotor é o tamanho, a quantidade e o equipamento da ou das casas-de-banho. Porque é inevitável que este compartimento tem ganho importância na forma de estar e no estilo de vida de cada um e das famílias.

Mesmo que equipadas com todos os acessórios necessários, nas construções menos recentes a casa-de-banho ocupava um local discreto numa residência e as suas dimensões eram as estritamente necessárias para usufruir da ocupação que lhe estava destinada. Actualmente, os utilizadores passam mais tempo neste espaço, por razões de ordem pessoal ou profissional, e querem comodidade, priva-cidade, segurança e bem-estar.

Em feiras e mostras ligadas à constru-ção, as empresas apostam sobretudo nas casas-de-banho, nos equipamentos e no mobiliário das mesmas. Mais ainda que nas cozinhas, segundo o referido estudo. As pessoas, ou especialmente os

compradores, começam por dar importân-cia ao espaço e à adequabilidade do mesmo dentro da habitação e ao interior do próprio compartimento. Logo a seguir há elementos que são fundamentais: o revestimento das paredes, o pavimento ou o tecto.

Outrora o revestimento das paredes era quase sempre feito por azulejo, material mais impermeável à água e à humidade. Hoje em dia há outros materiais ainda mais impermeáveis e com outras vantagens, nomeadamente a nível da facilidade de limpeza, do design e do conforto.

Pavimentos e tectos das casas-de-banho também são observados por quem vai adquirir uma casa. E se nos tectos as hipóteses de variar não são muitas, nos pavimentos essas hipóteses são quase infinitas, tantos são os materiais e a sua modulação para este fim.

Os objectos mais utilizados numa casa--de-banho são as torneiras e os manípulos

que permitem obter água ou fazer des-cargas da mesma. É natural que quem os utiliza goste que eles sejam funcionais, seguros e cómodos.

Uma palavra também para a iluminação: uma casa-de-banho tem que ser bem iluminada nuns locais (lavatório, por exem-plo), podendo ter uma iluminação menos intensa noutros locais. Os conhecedores optam por iluminação mais sustentável, nomeadamente os modernos LED.

Porque cada vez mais a casa-de-banho é um espaço íntimo e as pessoas cada vez mais também querem ter privacidade na sua intimidade. Mas o último olhar é sem-pre de quem vai utilizar o referido espaço. Embora comece a ter muita influência o factor sustentabilidade, como seja o recur-so a equipamentos que permitem reduzir o consumo de água, luz ou manutenção das próprias instalações, equipamentos e acessórios.

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Grande Entrevista

Serafin Graña

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42 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

«A qualidade da Engenharia portuguesa é das melhores a nível internacional»Serafin Graña, Coordenador da Comissão Executiva de Especialização

em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros (OE), afirma

que «houve uma redução drástica a nível da dimensão das empresas»

no sector do AVAC. «A falência de empresas de instalação é dramática»,

refere, salientando que «ainda não há uma caracterização exacta do

que se está a passar». O responsável fala ainda, nesta entrevista, das

necessidades de reabilitação do parque edificado, das renováveis e da

Qualidade do Ar Interior.

Entrevista_Ana ClaraFotos_José Alex Gandum

O Instalador - Recentemente um estudo de uma con-sultora britânica dizia que o mercado mundial do AVAC cresceu em 2014 cerca de 7%, com a Ásia a impulsionar esse crescimento. Na Europa, a tendência é de queda, apesar de a Alemanha e o Reino Unido terem aumentado as vendas no sector. Como olha para estes números?

Serafin Graña – Penso que estes números do AVAC acom-panham, de certo modo, os números dos restantes sectores dessas economias. A crise económica acabou por conduzir, nas economias mais débeis, a uma diminuição da procura do AVAC porque este não é ainda considerado uma necessidade básica. No entanto, tenho para mim, que com esta situação, atendendo às alterações climáticas a que estamos a assistir, em que as temperaturas de Inverno e de Verão estão a extre-mar-se, vai ser necessário inevitavelmente mais aquecimento e mais arrefecimento, sobretudo nos espaços públicos que habitualmente se classificam por Pequenos ou Grandes Edifícios de Serviços, conforme a sua área útil seja inferior ou

superior a 1.000 m2. Cada vez mais se vai sentir a necessidade de ambientes climatizados e voltaremos a estar perante um crescendo do sector da Climatização.

É por aí também que se explicam estes números?Exactamente, penso que será por aí. Saliento que a própria

Comissão Europeia está muito interessada neste tema. Curio-samente a Europa, poderemos assim dizer, até há bem pouco tempo, só se preocupava com o Aquecimento e, actualmente, já começa a falar mais explicitamente do incremento que se espera das necessidades de Arrefecimento. Tomando como referência dados recentemente publicados pela Comissão Europeia, verificamos que hoje, ao nível dos edifícios, as necessidades de Aquecimento representam 70% e o Aque-cimento 2%, mas espera-se que em 2030 o quadro se inverta representando as necessidades de Aquecimento 30% e o Arrefecimento 72%. Começamos a estar perante um novo paradigma.

GRANDE ENTREVISTA

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Tendo em conta que na Europa só Ale-manha e Reino Unido salvam as vendas, a tendência de queda explica-se pela crise económica global?

Sim, esta tendência está associada à queda da economia. Se a economia está em queda, o ar condicionado também.

E em Portugal, que avaliação faz ac-tualmente do sector do AVAC?

Houve uma redução drástica a nível da dimensão das empresas. Muitas empresas passaram de oitenta para oito. A falência de empresas do sector da instalação, a que estamos a assistir, é dramática, mas o

sector não está morto e o país precisa dele. Contudo, ainda não há uma caracterização exacta do que se está a passar. Pelo menos admito que pior não ficará.

E o desemprego, também é outro flagelo que atingiu o sector…

Sem dúvida. Sobretudo este começa por faixas etárias mais altas, dado que muitos profissionais embora competentes e há muitos anos no mercado, perante o encer-ramento de empresas, encontram grandes obstáculos em novas contratações devido à sua idade. E é preocupante pois estes profissionais fazem falta para a formação

«Não se pode des l i ga r a e f i c i ê nc i a ene rgé t i c a da QAI»

dos jovens em início de carreira. A forma-ção não pode ocorrer apenas em sala, passa necessariamente pela “tarimba” que a obra dá.

Recentemente, num dossier dedica-do ao AVAC, publicado na Revista O Instalador, disse que é necessária uma mudança cultural no sector, ao nível da sustentabilidade dos edifícios e da eficiência energética. Por que razão é difícil alcançar essa mudança?

A partir de 2018 os edifícios públicos, novos ou de grande reabilitação, são obrigados a atingir determinadas metas, com necessidades quase nulas de energia, e a partir de 2020, esta obrigação atingirá os edifícios particulares. Isto vai conduzir a

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GRANDE ENTREVISTA

uma inevitável mudança cultural e mudan-ça de atitude. Temos a expectativa que haja fundos (europeus) para a reabilitação, já no âmbito do “Portugal 2020”, mas teremos de saber lidar com esta oportunidade de uma forma inteligente de modo a que esses fundos sejam direccionados para os objec-tivos reais a que se destinam. Claro que também é preciso que o Governo ajude e que a regulamentação corresponda aos objectivos da União Europeia (UE).

«Governo deve harmonizar a regulamentação nacional com as exigências da UE»

E que necessidades existem ao nível da regulamentação?

Penso que o Governo esteve e man-ter-se-á em negociações para se tentar enquadrar dentro das exigências da UE. É fundamental que o Governo promova e agilize nesse sentido a regulamentação.

E o sector tem colaborado também neste agilizar de regulamentação?

Penso que as entidades governamentais esqueceram, a partir de certa altura, as contribuições que o sector podia dar. Quando houve a alteração da legislação de 2006, um dos primeiros objectivos da tutela seria “apagar”, digamos assim, a Qualidade do Ar Interior (QAI), bem como a Gestão Técnica Centralizada (GTC), o que colocaria o país em má situação no que respeita ao nível das exigências dos regulamentos comunitários. O sector em relação a estas intenções fez sempre alertas para as con-sequências que daí adviriam. Congratula-mo-nos que esses alertas tenham tido pelo menos um sucesso parcial, pois na actual legislação estes requisitos foram mantidos e até em alguns pontos ampliados, mas ao nível das auditorias houve uma nítida

regressão e muito lamentamos que não tenham sido mantidas na sua plenitude.

Portugal foi um dos países pioneiros

ao nível da QAI. Não é um pouco incon-gruente que se deixe cair esta bandeira?

Sem dúvida e fomos elogiados várias vezes por isso. O próprio presidente da ASHRAE - American Society of Heating, Re-frigerating and Air Conditioning Engineers, quando esteve entre nós, em Fevereiro do ano passado, ressalvou precisamente isso, citando uma frase de conceituados especialistas, publicada num documento da REHVA: “Uma declaração energética sem uma declaração de qualidade do ar interior não faz sentido”. Não se pode desligar a Eficiência Energética da QAI.

Mas como se pode explicar este recuo na QAI?

Na minha opinião explica-se apenas por razoes económicas. Prevaleceu a visão economicista do problema.

Mas não sairá mais caro ao país?Há-de sair. Retirar a QAI, e acabar

com a obrigatoriedade das inspecções e auditorias, significa transferir os problemas da economia para a saúde e isso torna-se economicamente mais oneroso para a sociedade e para o Es-tado. Falamos obviamente nos edifícios de serviços, hospitais, escolas e outros. Se não tivermos a noção do impacto da QAI poderão vir a existir projectos mais minimalistas ou mesmo básicos. Obviamente que o regulamento actual exige que se atenda à QAI. O problema é saber se depois, para além do projecto, na prática, isso está a ser cumprido. E, daí, a importância da forma como as auditorias estavam a ser feitas. Mas fe-z-se um corte abrupto. O nosso esforço na Ordem dos Engenheiros é promover

sempre, a existência de projectos de qualidade, a certificação energética e a QAI. Para além da QAI saliento que o AVAC é um sector muito transversal a várias especialidades, que tem de aten-der aos requisitos de conforto térmico e de qualidade do ar interior, mas também à satisfação das necessidades de água quente sanitária, de iluminação, de gestão técnica e aos exigentes critérios de segurança, em conformidade com o regulamento de segurança contra incên-dios nos edifícios, que no seu conjunto acabam por ter um peso e um acréscimo de custos muito grande no AVAC.

Quando se fala nos projectos de AVAC aborda-se sempre o consenso das vá-rias especialidades. É uma parte fulcral mas nem sempre conseguida como se pretende. Porquê?

Tem de haver vontade de todas as partes. O objectivo de um projecto global visa a sustentabilidade dos edifícios, que começa desde logo na escolha do local de construção, e se estende aos métodos de construção, às tecnologias usadas, aos conceitos das várias instalações, sempre em benefício da sustentabilidade, e com uma visão integrada. É necessário que todos os intervenientes no processo de construção estejam imbuídos do mesmo espirito.

Qual é o ponto mais crítico de uma obra?

Eu acho que o ponto crítico começa no dono de obra. É fundamental que este perceba que todo o processo tem o seu tempo e que reconheça a importância das fases de concepção, licenciamento e de execução. O dono de obra não deverá confundir nem baralhar estas fases nem os respetivos prazos. O que aparentemente é barato e rápido normalmente sai caro. Todos nós conhecemos histórias reais bem exemplificativas disso mesmo.

É sobejamente conhecido que das três variáveis, BOM, BARATO e RÁPIDO, ape-nas poderemos escolher em simultâneas duas delas. Experimentem fazer essas combinações e chegarão a resultados interessantes. As três em simultâneo nunca são conseguidas.

«… ho je a s pes soas não e s tão a i nda p reocupadas com

o que vão paga r na u t i l i za ção de ene rg i a, e s tão ma i s

p reocupadas em não pas sa r um de te rm i nado va l o r de

i nve s t imen to»

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 45

GRANDE ENTREVISTA

Reabilitação

A reabilitação urbana está mesmo a ser a salvação do sector?

Tem de ser. E só não tem havido mais porque ainda não chegaram mais verbas comunitárias.

Teme que depois da crise volte a cons-truir-se desalmadamente?

Penso que isso não se vai repetir. Passará a haver mais obra de reabilitação do que obra nova. Veja-se o que está a acontecer, por exemplo, em edifícios da habitação e até nos de tipologia industrial, que estão a ser reaproveitados para habitação, serviços e até para espaços de cultura, lazer ou mesmo de unidades de prestação de cuidados de saúde.

A hotelaria também é um nicho de mercado para o sector?

Sim, sem dúvida. É outro mercado que ainda está a crescer.

Os fundos europeus são fundamen-tais. Como se podem aproveitá-los sem haver desperdícios, como no passado?

Sim, são fundamentais. Com os critérios que estão previstos para a atribuição de fundos em que não se prevê a contratua-lização de financiamentos, mas sim a con-tratualização de resultados, há esperança que não haja desperdícios. Esta filosofia adapta-se perfeitamente ao sector da rea-bilitação. O parque existente de edifícios que carecem de reabilitação é enorme,, vai desde os edifícios públicos, aos edifícios de serviços ou de habitação. Falando só dos edifícios mais recentes, por exemplo, os que se construíram nos anos 70 estão hoje já a precisar de reabilitação urgente, a qual deveria entre outras intervenções abranger desde logo a parte térmica, algo muito importante no processo sem qual a reabilitação não será bem sucedida.

As mudanças na Lei do Arrendamento vieram dar uma ajuda?

Penso que sim, porque poderá obrigar à reabilitação nem que seja mínima.

Falando da certificação energética, que caminho traçou Portugal até hoje desde 2006?

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GRANDE ENTREVISTA

‘A Climatização na Indústria’ é o tema das Jornadas da Climatização 2015

‘A climatização na indústria’ é o tema da edição de 2015 das Jornadas de Engenharia da Climatização, que terão

lugar a 22 de Outubro. Em informação avançada, em exclu-sivo, a’O Instalador, o evento este ano realiza-se igualmente

no auditório da sede da Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa.

As Jornadas são organizadas, como habitualmente, pela Comissão Executiva da Especialização em Engenharia

da Climatização da OE, em colaboração com as secções nacionais da American Society of Heating, Refrigerating

and Air Conditioning Engineer (ASHRAE) e da Federation of European Heating, Ventilation and Air Conditioning

Associations (REHVA).‘As renováveis na indústria’ será o tema que dominará a

segunda parte do evento.A revista O Instalador tem sido, nas últimas edições, media

partner do certame. Em breve será divulgado o programa e daremos conta, em detalhe, do mesmo. Não só no nosso site como nas edições

impressas da nossa revista.

Foi uma grande contribuição, houve maior exigência na qualidade dos projectos e na formação dos técnicos. O objectivo da certificação era controlar o uso da energia e, tinha de ser assim, face à dependência ener-gética. E o objectivo continua a manter-se.

Falando das renováveis, também par-tilha da opinião que se desinvestiu no sector com o actual Governo?

Sim, partilho. No entanto não poderemos descurar que as renováveis são um contributo fundamental para conseguirmos edifícios de necessidades quase nulas de energia, pelo que deverão ser necessariamente incentiva-das. A União Europeia para além de incentivar as renováveis, nas suas múltiplas vertentes, está a fomentar fortemente o seu uso, não só

em aplicações singulares, mas em sistemas integrados em redes de distribuição urbana de calor e frio, abrangendo partes de zonas urbanas ou até cidades e também ao nível de zonas industriais. Até aqui temos colocado o foco das renováveis na habitação e nos gran-des edifícios de serviços mas é importante não esquecermos a indústria. Precisamos de exportar produtos que são produzidos em Portugal e a Indústria só consegue baixos custos se tiver um horizonte de baixo custo de energia. E já há bons exemplos em Portugal, por força de algumas multinacionais que têm reabilitado as suas instalações, pro-curando incorporar processos de eficiência energética, embora não considerando ainda a implementação de renováveis. É pena que assim seja. Reconhecendo esta necessidade

as Jornadas de Engenharia da Climatização 2015 terão como tema principal a ‘Climatiza-ção na Indústria’ e incluirão também o tema “As renováveis na Indústria” (ver caixa).

Falando da Engenharia portuguesa e do ensino. Portugal tem bons engenheiros?

A qualidade da Engenharia portuguesa é, sem dúvida, das melhores a nível interna-cional, em todos os sectores.

Que mensagem gostava de deixar ao sector?

Acho que o sector tem francas hipóteses de continuar a ser sustentável. E isso passa por as empresas perceberem os nichos onde podem apostar e adaptar os seus produtos às novas necessidades e aos novos mercados.

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48 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

Tektónica 2015REPORTAGEM

Tektónica 2015: reabilitação urbana e internacionalização dominaram certame

Textos_Ana Clara e José Alex GandumFotos_José Alex Gandum

De 6 a 9 de Maio, a Feira Internacional de

Lisboa (FIL), no Parque das Nações, foi palco

da Tektónica 2015 - Feira Internacional de

Construção e Obras Públicas. Profissionais

do sector e empresas mostraram, uma vez

mais, que é na união de todos, que é possível

contornar os tempos difíceis dos últimos anos.

A Feira, organizada pela Fundação AIP, contou

com O Instalador como media partner do

certame e teve como mote 'Tektónica: a rumar

para novo crescimento'.

A Feira, que contou com inúmeros eventos e conferências, pretendeu apoiar as empresas, promovendo a internacionalização da Construção e explorando as oportunidades no mercado nacional.

A internacionalização e a reabilitação urbana foram os grandes protago-nistas do evento. Em várias conferências e seminários reflectiram-se as problemáticas associadas ao sector da construção civil e das energias.

Entre várias temáticas estiveram em debate eventos dedicados às ‘Solu-ções eficientes para construção e reabilitação’ “’Autoconsumo em estruturas de telhado, parque e solo’, ‘Sistemas solares e eficiência energética nas empresas’, ‘Normalização e sustentabilidade’, ‘Energia solar optimizada’ ou ‘Dimensionamento de autoconsumo com e sem baterias’.

No âmbito do programa 'Portugal 2020' discutiu-se a política de promoção da energia solar e a realização do I Encontro Nacional do Sector das Janelas, promovido pela ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ver caixa).

A SIMAC – Salão Internacional de Materiais e Equipamentos para a Cons-trução, a SIROR – Salão Internacional das Pedras Naturais ou a TEK GREEN – Salão de Energias Renováveis, Construção Sustentável e Responsabilidade Social na Construção, foram alguns dos sectores em exposição.

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Janelas eficientes em debate

Tektónica 2015REPORTAGEM

Das várias conferências realizadas no âmbito da Tektónica 2015, ‘O Instalador’ acompanhou o 1º Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas, o qual teve como tema ‘Mais

reabilitação com janelas eficientes’. O Encontro foi promo-vido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas

Eficientes (ANFAJE), e contou com a presença de alguns dos maiores especialistas dos vários sectores relacionados com as

Janelas Eficientes. Reis Campos, Presidente da Direcção da Confederação

Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) esteve presente na Sessão de Abertura, tendo destacado a importân-

cia da opção pelas janelas eficientes na reabilitação urbana.Victor Ferreira, do Cluster Habitat Sustentável, fez uma

viagem pelos produtos eficientes e sustentáveis que podem hoje em dia ser utilizados na construção e reabilitação, tendo

salientado a importância da selecção dos materiais e produ-tos de construção, do desenho arquitectónico, das soluções construtivas ou dos factores sócio-culturais, económicos e outros para a criação de projectos sustentáveis, nomeada-

mente no que diz respeito às janelas eficientes.

João Viegas, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) abordou o tema ‘Janelas ainda mais eficientes: o desafio da nova regulamentação e normalização’, tendo,

entre outras coisas, referido que «as fachadas e as coberturas de qualquer edifício devem constituir uma fronteira entre o ambiente exterior e o interior permitindo o estabelecimento

de condições de segurança, de habitabilidade e de conforto», e que, como parte integrante das fachadas e das coberturas

«a caixilharia exterior deve também participar na limitação das acções exteriores».

E uma das acções exteriores mais visíveis é o vento e que as janelas são «o estado limite último» entre o exterior e o

interior de uma estrutura edificada. O vento não é linear em todos os locais e depende do «zonamento do território, da

rugosidade do terreno ou da cota da janela». Há equações e gradientes que definem as necessidades das características

dos respectivos equipamentos, pois há que contar ainda com a resistência dos materiais ao vento, com a estanquicidade à água, o desempenho acústico, o desempenho térmico e o

comportamento em caso de incêndio.

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ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

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REEE em crescimento no país

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Gestão de Resíduos Eléctricos e ElectrónicosELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

Os dados sobre o mercado de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE) foram divulgados em

meados de Maio pela ANREEE - Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e

Electrónicos. Avança a entidade que o mercado «voltou a crescer», sendo os computadores laptop,

notepad e de secretária os equipamentos mais procurados. Neste dossier abordamos o tema da

gestão dos EEE, com o contributo de Rui Cabral, Director Executivo da ANREEE.

Texto_Ana ClaraFotos_Arquivo e ANREEE

Mercado de EEE cresceu em 2014

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Em Maio passado, de acordo com dados da ANREEE, os EEE colocados no mercado nacional «voltaram a crescer em 2014, quer em unidades quer pesos, pela segunda vez conse-cutiva, confirmando a tendência de recuperação já observada iniciada em 2012».

A ANREEE realça que foram disponibilizados para o mercado português, «quer por empresas nacionais ou estrangeiras, 62.688.153 de equipamentos, que correspondem a 121.944,35 toneladas».

As unidades registaram uma subida mais acentuada, de 6,8%. «De uma forma geral cresceu o número de equipa-mentos colocados em todas as categorias à excepção dos equipamentos de monitorização e controlo (-16,92%) tendo-se registado uma descida quase imperceptível nos grandes electrodomésticos (-2,74%). As ferramentas eléctricas e elec-trónicas foram a categoria que percentualmente mais cresceu (+24,18%)», acrescenta o comunicado.

Os computadores laptop, notepad e de secretária «conti-nuam a ser dos equipamentos mais procurados, tendo todos crescido em unidades, face a 2013».

Já os aparelhos de televisão «continuam com ciclos negativos tendo, em 2014, voltado a descer 6,5%. A subcategoria 5.6, que engloba as lâmpadas de tecnologia LED, também cresceu cerca de 48%, em detrimento das lâmpadas fluorescentes compactas e clássicas, cujas unidades têm diminuído nos últimos anos».

Os dados divulgados pela ANREEE resultam de 1680 em-presas registadas em Portugal no final de 2014, «um número muito semelhante ao existente no final de 2013».

A associação recorda que, em 2014, registaram-se 146 novas empresas e «anularam-se, ou foram anulados, um número de registos idêntico – o que longe de significar uma estagnação representa um rejuvenescimento do mercado».

Recorde-se que o registo é obrigatório para todas as empre-sas que colocam EEE no mercado nacional.

Gestão de Resíduos Eléctricos e ElectrónicosELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

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Gestão de Resíduos Eléctricos e ElectrónicosELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

Rui Cabral, Director Executivo da ANREEE, analisa o mercado dos REEE, em artigo de opinião:

Resíduos de EEE: panorama actual e desafios do sector

ser declarados e controlados e os restantes serão exportados ou reutilizados. Há necessidade de melhorar!

Por isso a UE publicou, em 2012, uma nova Diretiva (2012/19/UE) que traça objetivos de recolha e tratamento

muito mais ambiciosos. Até aqui os objetivos de recolha por Estado-membro têm sido 4kg/habitante /ano. O que no caso

de Portugal ditava uma meta de recolha nacional de pouco mais de 40.000 toneladas. A partir de 2016, todos os Estados

-membros vão passar a ter que recolher REEE no valor de 45% do peso médio dos EEE colocados no mercado nos três

anos anteriores. Elevando-se essa percentagem, todos os anos até 2019 onde vai ficar no valor de 65% e que corres-

ponde grosso modo a 85% dos REEE gerados no ano.São objetivos muito ambiciosos que significam, no caso de Portugal e a valores atuais, passar das 44.449 toneladas de

REEE recolhidos em 2013 (APA, Relatório de Gestão de REEE 2013) para 54.079 toneladas em 2016 (aumento de

22% nas recolhas) e 78.114 toneladas (aumento de 76% nas recolhas), três anos depois, em 2019.

Para se conseguir estes aumentos tem que se apostar num melhor controlo do mercado, controlando-se todos os resí-

duos a montante (onde nascem), a jusante (onde terminam) e, ainda, a intervenção das várias entidades no seu processa-mento. De um modo geral, essa é a missão das entidades de

registo nacionais, que a mesma Diretiva prevê.Em Portugal, a ANREEE é a Entidade de Registo nacional de EEE – entidade criada especificamente para dar respos-ta ao DL 230/2004 – e é onde estão registadas e declaram

todas as empresas que colocam EEE no mercado. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) regista e controla os REEE

e os agentes que os processam. A visão do legislador nacional na transposição da nova

Diretiva - plasmada no Decreto-Lei 67/2014 – para resolver esta divisão de registo e controlo passou pela criação de um

Centro de Coordenação e Registo (CCR), o qual passará a deter as tarefas tradicionais da entidade de registo que

existe (ANREEE), acrescidas do registo dos intervenientes na recolha (feito, até agora, pela APA) e de uma Câmara

de Compensação, para ditar, avaliar e equilibrar desvios de quotas entre entidades gestoras.

41,800.000 toneladas terá sido o peso de resíduos de equi-pamentos elétricos e eletrónicos (REEE) gerado em todo

o mundo, no ano passado. Isto segundo o mais recente relatório da Universidade das Nações Unidas, publicado em Abril último http://i.unu.edu/media/unu.edu/news/52624/

UNU-1stGlobal-E-Waste-Monitor-2014-small.pdf .É um número que cresce todos os anos – o mesmo relatório

apontou 33,8 milhões de toneladas em 2010 e estima 50 milhões de toneladas em 2020. Isto é, uma quase duplica-

ção em dez anos – e sendo, pela sua dimensão, já muito preocupante é o ainda mais quando se tem em conta que,

globalmente, só 15% desse número (6,5 milhões de tonela-das) foram declaradas como tratadas.

A justificar esse fraco desempenho estão múltiplas razões. Algumas serão legais, como sejam a inexistência de legisla-ção apropriada em muito países para impor o seu tratamen-

to, outras estruturais, ligadas à inexistência de condições adequadas para o seu tratamento e outras ainda económicas,

ligadas às diferentes relações custo-benefício que se obtêm no tratamento destes resíduos. É que, ao contrário de outros

f luxos de resíduos, os REEE são em constituição, dimen-sões, perigosidade e valor de mercado muito heterogéneos.

Os REEE gerados em 2014 valerão, segundo a mesma fonte, e tendo em conta a natureza intrínseca dos materiais que os

constituem, cerca de 48.000 milhões de dólares. Contudo, só 15% foi declarado como tratado. Com este valor de mercado,

não será difícil acreditar que uma boa parte dos materiais que compõem os restantes 85% acabaram também por ser

recuperados. O problema que se coloca é que não houve controlo nem garantias em como esse tratamento foi feito

em condições não prejudicando quem os manuseou nem o ambiente. É difícil não nos vir à ideia fotos de “instalações

de reciclagem” no Gana, Nigéria e China.Na Europa, a existência de legislação comunitária específi-

ca, desde 2002, que obriga todos os agentes que atuam neste mercado a estarem registados e declararem a sua atividade levou a melhores resultados. Atualmente, cerca de 40% dos

REEE gerados na UE estão a ser tratados e declarados. Não obstante, 8% terminarão ainda no lixo comum (sobretudo

pequenos equipamentos), 30% estarão a ser processados sem

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Gestão de Resíduos Eléctricos e ElectrónicosELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

Não sendo a junção de entidade de registo e da câmara de compensação uma situação nova entre as entidades de registo europeias, já a afirmação da possibilidade de as entidades gestoras integrarem a constituição do CCR revela-se única na legislação a nível

europeu, na medida em que admite que as mesmas possam vir a integrar a entidade que lhes fixa as quotas de recolha e, simultanea-mente, avalia o seu cumprimento. A nova legislação deveria ter igualmente acautelado que a recolha de informação pelo CCR se

fizesse diretamente junto dos produtores, sem intermediação das entidades gestoras — o que não sucedeu. Para além de única a nível europeu, a solução legal é, no mínimo, bizarra pelas potenciais distorções que pode causar.

Em resumo, o legislador nacional apontou no caminho certo ao concentrar registos dispersos numa mesma entidade - com as con-sequentes vantagens a nível de um melhor controlo e de eliminação de responsabilidades declarativas por várias entidades – mas,

apesar disso, deveria ter estabelecido mecanismos que garantissem, inequivocamente, um exercício independente de todas as compe-tências legais cometidas ao CCR.

Numa altura em que está no horizonte a quase duplicação das metas de recolha atuais e em que o paradigma de gestão de resíduos está também a mudar – com muitas empresas europeias a obterem já lucro com a gestão correta de REEE -, o CCR, como entidade que vai controlar todo o mercado, tem de se distanciar de quaisquer atividades de gestão de REEE. Só assim, poderá ser garantido o controlo necessário, o acesso e responsabilização justa de todos os intervenientes na gestão dos resíduos, como aliás acontece nas

outras entidades de registo europeias independentes.Em Portugal, a ANREEE atua no mercado desde 2005 como entidade de registo de EEE, possui uma das mais elevadas relações de

empresas registadas por habitante da Europa, possui um historial indiscutível de abaixamento de taxas e é uma das poucas entidades que a nível nacional têm uma Certificação internacional em Segurança de Informação (ISO 27001) – Garantia que é fundamental

para quem lhe confia periodicamente informação comercial e de negócio.

Rui Cabral, Director Executivo da ANREEE

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BrevesELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

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A maioria dos contadores de electricidade que os portugueses têm em casa vai ser substituída por aparelhos inteligentes até

2020. Dos 600 milhões de euros necessários, para já há apenas dotação comunitária para 120 milhões de euros e a expectativa de que, com a massificação da tecnologia, os custos baixem. «Existe ainda a possibilidade de recorrer ao Programa Juncker», adiantou recentemente o gabinete do secretário de Estado da Ener-gia, acrescentando que «os operadores de rede podem apresentar candidaturas».Os contadores só serão implantados na medida «em que sejam não onerosos para o consumidor, ou seja, os preços a aplicar aos clien-tes não podem nunca aumentar», assegurou a mesma fonte da se-cretaria de Estado de Energia, citada pelo Jornal de Notícias

Contadores portugueses vão ser mudados até 2020

A Câmara Municipal de Viana do Castelo acaba de substituir por iluminação LED algumas fontes na cidade, mais concretamente

na Avenida 25 de Abril e no jardim público da cidade. Em comu-nicado, o município esclarece que irá garantir uma poupança que pode atingir os 90% e que integrará também a iluminação do Teatro Municipal Sá de Miranda. Com esta acção, a Câmara pretende reduzir custos com a ilumina-ção municipal.«Nas fontes junto ao hospital e ao estádio do Vianense foi substi-tuída em 100% a iluminação convencional por lâmpadas LED per-mitindo uma redução de 91% e, na fonte junto ao jardim público, a substituição de 40% da iluminação convencional por lâmpadas a LED permite uma redução de cerca de 40%», refere o município em comunicado.De lembrar que as vantagens da tecnologia LED passam pela redu-ção dos consumos de energia, maior durabilidade das lâmpadas, redução dos custos de aquisição de lâmpadas e redução dos cus-tos de manutenção.

Viana implementa iluminação LED

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BrevesELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

A segunda edição do certame teve lugar a 28 e 29 de Maio, no Campus da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Portalegre. O evento contou com uma mostra tecnológica de Bioenergia e uma conferência dedicada ao mesmo tema e onde foram apresen-

tados os resultados do programa “Bioatlas”.A conferência, intitulada 'Bioenergia em Movimento: oportunidades e potencialidades para Portugal', abordou todas as temáticas rela-cionadas com a bioenergia, desde fornecimento e comercialização, processamento da biomassa, produção de energia, biocombustíveis (sólidos, líquidos e/ou gasosos), entre outros.A mostra tecnológica de Bioenergia teve como objectivo «a promoção de oportunidades de negócio em matéria de bioenergia abordan-do a cadeia de valor da biomassa (sólida), integrando também demonstrações na área dos biocombustíveis líquidos e gasosos».Marcaram presença alguns expositores nas áreas da recolha, processamento e secagem de biomassa, produção de biocombustíveis sólidos, utilização de biomassa (caldeiras), comercialização de biocombustíveis sólidos, biodiesel e biogás.

Portalegre foi palco da II edição da Bioenergia Portugal

O prémio Nobel da Física, Shuji Nakamura, defendeu recentemente o uso das lâmpadas LED como alternativa mais eficiente do que as antigas fontes de luz para reduzir o consumo de energia e combater o aquecimento global.

«De forma a evitarmos o aquecimento global, temos de reduzir o consumo de energia drasticamente, mas, no campo da electricidade, a única opção actualmente são os LED», disse, à margem de uma palestra no Centro de Ciência de Macau.Professor na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, Shuji Nakamura foi um dos três laureados em 2014 com o Prémio Nobel da Física, juntamente com Isamu Akasaki e Hiroshi Amano pela invenção do díodo electroluminescente (LED), tecnologia que permite significativas poupanças de energia.

Nobel da Física defende uso de iluminação LED

Chama-se e-diesel e trata-se do novo combustível ecológico da marca alemã de automóveis Audi. A solução que os criadores ambicionam transformar numa «rival» dos combustíveis fósseis, é amiga do ambiente e produzida sin-

teticamente através de hidrogénio obtido a partir da água e de dióxido de carbono (CO2) retirado do ar. O combustível começou a ser produzido em Abril numa fábrica-piloto em Dresden, na Alemanha, em parceria com uma companhia de tecnologia energética, a Sunfire, utilizando apenas como matérias-primas a água e o dióxido de carbono, que, nesta primeira fase, está a ser obtido através de uma estação de biogás mas, futuramente, será extraído a partir do ar.«Ao desenvolver o e-diesel estamos a promover um novo combustível baseado no CO2 que permitirá a mobilidade de longa distância sem impacto no clima», afirma, em comunicado, Reiner Mangold, responsável da Audi, citado pela Reuters.«Utilizar o dióxido de carbono como matéria-prima representa uma oportunidade não apenas para a indústria automóvel alemã, mas para que o mesmo princípio seja transferido para outros sectores e países», considera Mangold.A produção deste combustível limpo inovador envolve vários passos: primeiro, a água é aquecida até se transformar em vapor, sendo, depois, «decomposta» em hidrogénio e oxigénio através de electrólise a alta temperatura (feita a mais de 800ºC), um método «mais efi-ciente do que as técnicas convencionais». Posteriormente, o hidrogénio «reage» com o dióxido de carbono em reactores de síntese sob pressão e, uma vez mais, sob altas tem-peraturas, daí resultando um líquido denominado «crude azul» que, tal como o petróleo, «pode ser refinado» para a produção de um combustível sintético «livre de enxofre e hidrocarbonetos aromáticos».«De acordo com testes realizados pela Audi, este combustível pode ser misturado com combustíveis fósseis ou, de futuro, ser utilizado exclusivamente», antecipa a empresa alemã, que está a ser apoiada pelo Ministério da Educação e da Investigação alemão desde 2012.

E-diesel: o novo combustível ecológico com selo alemão

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EmpresasELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA

SEW-EURODRIVE Portugal: 25 anos de sucesso

De facto, desde a sua origem que o projecto SEW-EURODRI-VE Portugal é ambicioso e aposta no dinamismo, esforço de modernização e determinação de desenvolvimento da indústria portuguesa, em particular a indústria de bens de equipamento. A localização para implantação da sede e do estabelecimento de montagem foi escolhida com todo o rigor: dista apenas 5 kms da auto-estrada que liga as principais cidades - Lisboa e Porto –, o que garante uma acessibilidade fácil e rápida dos parceiros de negócio às nossas instalações e, paralelamente, assegura uma distribuição eficaz dos equipamentos para todo o país. Adicionalmente, o Pólo Tecnológico da Universidade de Coimbra, fundada no séc. XIII e uma das mais antigas da Europa, dista apenas 20 kms, o que permite uma cooperação próxima no desenvolvimento de novas soluções e na formação. A apenas 20 kms do Oceano Atlântico e das suas vastas praias, a região da Bairrada é conhecida pela sua produção de vinhos de elevada qualidade e pelo não menos famoso leitão. Está assim criado um cenário ideal para a recepção de clientes e rea-lização de eventos temáticos com a indústria. Ao longo destes 25 anos a empresa participou activamente em inúmeros proje-tos de inovação e desenvolvimento nos mais variados setores industriais, que contribuíram para a melhoria da competitividade e do desempenho económico dos seus parceiros de negócio.

Complementando as instalações da Mealhada, estão tam-bém ao dispor dos nossos parceiros de negócio o Centro de Assistência Técnica de Lisboa e o Escritório Técnico do Porto. Com esta distribuição geográfica a SEW-EURODRIVE Portugal

reforça a sua proximidade às principais zonas industriais e pólos tecnológicos nacionais.

Como consequência do contínuo investimento na moderniza-ção e expansão das suas instalações e em equipamentos de apoio à produção, a SEW-EURODRIVE Portugal inaugurou, em Outubro de 2013, o seu novo edifício sede, que acolhe todos os serviços centrais e a DriveAcademy®. Implantado num lote de terreno com cerca de 14.000m2, os edifícios de escritórios e produção ocupam uma área coberta de quase 4000m2 e neles trabalham 37 dos 45 colaboradores que constituem a equipa SEW em Portugal.

A distinção, pelo segundo ano consecutivo, com o prémio das 100 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal traduz a aposta contínua que a SEW-EURODRIVE Portugal faz no desenvolvimento dos seus colaboradores, assim como espelha bem o acerto das políticas de gestão de recursos humanos adoptadas. Afinal, são os colaboradores que representam o nosso maior activo e que fazem a diferença diariamente na satisfação das necessidades dos nossos clientes. O compro-misso incondicional com as políticas de protecção ambiental e de responsabilidade social tornam a marca SEW uma referência no desenvolvimento sustentável em Portugal.

Quando perguntamos ao Director Geral Nuno Saraiva o que a SEW representa para ele, a resposta vem rápida e breve: "So-mos uma empresa que combina 6 características - movimento, tradição, inovação, qualidade, serviço e, não menos importante, colaboradores com paixão – para obter um resultado: o sucesso."

O projecto SEW-EURODRIVE Portugal começou a tomar forma em Julho de 1990, no piso térreo de um

edifício de habitação na cidade da Mealhada. Nessa altura, com apenas 3 colaboradores e sem quaisquer

meios para assegurar a montagem e serviço dos equipamentos da gama de produtos SEW, poucos

imaginariam que, 25 anos volvidos, a SEW-EURODRIVE Portugal atingisse o sucesso e a capacidade que

a tornaram líder incontestada do mercado português de acionamentos. Para este enorme progresso muito

contribuiu a visão partilhada e audaz do fundador da SEW-EURODRIVE Portugal, o Eng. Fernando Barroso.

Texto e imagem cedidos por SEW-EURODRIVE

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AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Consumo sustentável: uma inevitabilidade

Opinião Alcide Gonçalves e Jorge Moreira: Justiça Ambiental, uma questão de ética

Renováveis empregam 7,7 milhões de pessoas em todo o mundoSu

rio 626468

Em busca do consumo sustentável

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Texto e Foto_José Alex Gandum

Parece que dentro de poucos anos a Humanidade vai ter que se alimentar daquilo que o ambiente permitir, e não daquilo de que se gosta ou se quer. Quem lançou o alerta foi o produtor de agricultura biológica, Alfredo Sendim, numa conferência promovida recentemente pelo Green Project Awards, e que reuniu especialistas nas áreas do consumo, no geral preocupados com a relação entre o consumo e o ambiente.

Alcide Gonçalves e Jorge Moreira trazem desta vez uma dissertação actual e útil sobre a ética na justiça ambiental, algo que parece andar arredado das atitudes quotidianas de quem tem responsabilidades nesta área, embora a justiça ambiental devesse «ser integral, incorporando a vida e os elementos que a sustentam».

O Verão está aí e o dossier de Ambiente e Energias Renováveis deseja a todos os leitores um usufruto do estio da maneira mais sustentável e segura possível.

Em busca do consumo sustentável

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AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Luísa Schmidt, socióloga e investiga-dora do ICS-UL (na imagem), divulgou alguns dos resultados do estudo da res-ponsabilidade do OBSERVA, 'Ambiente, Alterações Climáticas, Alimentação e Energia - A Opinião dos Portugueses', coordenado pela própria e por Ana De-licado, e contando com a participação de Mónica Truninger, do Observa, ou Susana Fonseca, antiga Presidente da Quercus, entre outros especialistas.

A provar que o consumo não está se-parado do ambiente, em 2010, 42% dos portugueses (45% na União Europeia - UE) já tinha uma boa percepção da situação geral do ambiente. Em 2014, a importância da protecção do ambiente já era «muito importante» para 54% dos portugueses. Para quem a poluição do ar e a poluição da água eram os problemas ambientais mais

preocupantes, e a perda de biodiversidade, a poluição agrícola, os hábitos de consumo ou a poluição sonora eram quase ignora-dos, ou pelo menos não referidos.

A prática de separar o lixo para recicla-gem teve um aumento assinalável em Portugal, desde 1986 até 2014, enquanto na UE se mantém constante desde 1995, talvez porque os cidadãos dos países do centro e do norte da Europa adquiriram uma sensibilização mais cedo e maior em relação às questões ambientais.

Para os portugueses, as três prioridades em termos de proteger o ambiente passam pelo separar o lixo a fim de ser reciclado, reduzir o consumo de energia doméstica, e reduzir o consumo de água em casa.

Pela análise das estatísticas apresenta-das por Luísa Schmidt percebe-se que em apenas três anos (de 2011 a 2014) os

portugueses interiorizaram os problemas ambientais como tendo um efeito directo nas suas vidas do dia-a-dia.

No ano passado uma grande fatia dos portugueses (maior que os europeus a 28) consideravam-se mal informados em relação à poluição do ar e à poluição das águas (mares, rios, lagos e fontes subterrâ-neas). O mesmo em relação à escassez de água potável e no aumento da quantidade de lixo. Equilibravam-se com os europeus na preocupação com o esgotamento dos recursos naturais.

As alterações climáticas estão na ordem do dia, mas metade dos consumidores portugueses dizia em 2009, em questio-nário, que nunca tinha ouvido falar de tal fenómeno (é muito provável que em 2015 essas estatísticas sejam diferentes). No ge-ral, os portugueses consideram-se muito

Texto e Fotos_José Alex Gandum

Realizou-se a 5 de Maio a Iª

Conferência sobre 'Consumo

Sustentável' promovida pelos

Green Project Awards (GPA),

com o apoio da Associação de

Defesa do Consumidor (DECO)

e do Observatório de Ambiente e

Sociedade (OBSERVA), organismo

do Instituto de Ciências Sociais

da Universidade de Lisboa

(ICS - UL). A especialista Luísa

Schmidt fez a introdução ao tema,

numa linguagem esclarecedora,

recorrendo a exemplos e estatísticas

para demonstrar que algo está a

mudar no consumo em Portugal.

Vamos ter que nos alimentar daquilo que o Ambiente permitir

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AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

mais mal informados em relação aos europeus, sobre o que são e quais são as causas das alterações climáticas.

Luísa Schmidt continuou a sua viagem pelos números que fazem a relação dos consumidores com as instituições e as suas sensibilida-des. Em 2014 a fonte de informação em que os consumidores portu-gueses mais confiavam era o meio televisão (curiosamente o dobro da confiança manifestada pelos europeus a 28). Os consumidores nacionais confiam muito também naquilo que dizem os cientistas e as associações ambientalistas. Ao contrário, não confiam nada em partidos políticos que dizem defender o ambiente, nem no Governo, nem nos sindicatos nem nas empresas.

As pessoas também acham que o Governo, as grandes empresas e a indústria não estão a fazer o suficiente para proteger o ambien-te. Neste aspecto têm uma opinião muito mais positiva da União Europeia, por exemplo. E na opinião dos portugueses a melhor maneira de resolver os problemas ambientais é através da aplicação de multas mais pesadas aos infractores.

Tocando agora outros temas ligados ao consumo, os portugueses têm uma menor preocupação com a qualidade mas dão mais aten-ção ao preço e à origem dos produtos. São também mais influen-ciados pelas marcas que os seus congéneres europeus. A opinião sobre a qualidade e a segurança da alimentação não variou nos últimos dez anos, nem em Portugal nem a Europa. Há uma maior confiança na aquisição de produtos alimentares junto de agricultores e pequenos produtores. A muito longa distância vem a confiança nos hipermercados e outras grandes superfícies, o que é diferente nos consumidores europeus, onde estes estabelecimentos dividem a preferência com os pequenos agricultores.

Em termos de protecção do ambiente, os consumidores portu-gueses crêem mais que os europeus que a protecção do ambiente pode impulsionar o crescimento económico na UE. A opinião sobre o uso eficiente dos recursos naturais para impulsionar o crescimento económico é ainda maior por parte dos portugueses.

Consumidor mais Verde O painel 'Antecipar os novos comportamentos de um Con-

sumidor mais Verde' juntou Mónica Truninger (moderadora), Fernanda Santos, da DECO, Alfredo Sendim, da Herdade do Freixo do Meio (agricultura biológica), Miguel Seixas, do Mode-lo/Continente, e Miguel Cruz, do IAPMEI/Portugal Sou Eu. Este último organismo, segundo o seu responsável, «tem procurado olhar para a disponibilidade da informação e influência do consumo informado».

No geral, o consumidor português tem orgulho naquilo que é nacional, embora nem sempre tivesse sido assim. «Essa atitude», continuou Miguel Cruz, «tem impacto em termos de política pública, o qual pode ser explorado no sentido da valorização dos consumidores portugueses». Realçou que «o que é português tem alguma lógica de qualidade».

Alfredo Sendim destacou a informação como fundamental na actualidade, sublinhando que «sem informação e sem estruturas não é possível construir verdadeiras mudanças» e que «estamos muito distraídos em relação a questões funda-mentais», pois «a agro-ecologia é uma solução e um desafio pois temos que nos deixar de alimentar daquilo se quer para nos alimentarmos daquilo que o ambiente permite».

O produtor de agricultura biológica referiu que «o consumo sustentável ainda não tem grande expressão» e que não há ra-zões para grandes manifestações de alegria. Sublinhou ainda que «as catástrofes individuais ou colectivas têm conduzido a grandes mudanças em termos efectivos de atitude perante questões ambientais, e não só».

Fernanda Santos referiu a necessidade que o consumidor tem em obter alguns ganhos com as mudanças, frisando que «para mudar o comportamento dos consumidores é preciso que eles tenham determinados interesses económicos». A

questão dos sacos de plástico foi o exemplo mais recente e de maior impacto, referido por alguns dos oradores. A responsável destacou também a importância de traba-lhar com os mais novos – nas Escolas ou noutros locais – todos estes temas ligados ao consumo sustentável. Fernanda Santos referiu a abertura e a motivação que os mais jovens costumam demonstrar com estes assuntos de protecção do ambiente.

Finalmente, Miguel Seixas apresentou os argumentos dos hipermercados, uma forma completamente nova de comércio e de consumo que surgiu nas últimas décadas e que conquistou rapidamente a maioria das populações e até das comunidades. Con-cluiu a sua intervenção com uma referência à importância das marcas mencionando que «a marca é um descodificador de todas as mensagens».

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OpiniãoAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Justiça ambiental – uma questão de ética

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«Somos parentes afastados das estrelas e primos próximos dos

oceanos, das plantas e de outras criaturas terrenas».

SallyMcFague

OpiniãoAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Texto_Alcide Gonçalves [Arquitecta Paisagista] e Jorge Moreira [Ambientalista]Fotos_Jorge Moreira

que lhes estão subjacentes – “aplicação voluntária e facultativa”.Se isto nos parece algo totalmente abstracto, indicam-se alguns casos que talvez possam clarificar esta questão da legitimidade vs (in)justiça ambiental e que se sugerem como tópicos de reflexão.Créditos de Carbono - Países industriali-zados sentem legitimidade para transferir para os países emergentes o excedente das reduções de GEE vinculadas pelo Protocolo de Quioto, as quais seriam sua corresponsabilidade ambiental como con-tributo para o bem-comum – desacelerar as causas das Alterações Climáticas.Água - O direito à água é um direito fundamental da humanidade. No entanto, o acesso à água potável no mundo é um dos problemas mais complexos e de maior conflito de interesses com raízes nas tradições e na governação do recurso. A sua privatização - requerida pelos vários sectores da indústria, empresas de explo-ração para fins de abastecimento público e privado - teima em se sobrepor aos direitos da vida de todos os seres. Biopirataria - Apropriação indevida de diversos recursos da fauna e flora locais e dos saberes tradicionais e conhecimento prático ancestral dos povos indígenas patenteados por empresas multinacionais e instituições científicas.

Uma das questões centrais relacionada com a justiça ambiental prende-se com a legitimidade. Primeiro de quem se diz ou autointitula proprietário de certos serviços ecossistémicos locais e planetários. Segundo de quem se apodera inapropria-damente dos bens comuns a (e de) toda a humanidade. E é nesta discussão que se tecem as grandes fissões políticas, econó-micas e societais, o conflito (de interesses) surge e as desigualdades ambientais e humanas adquirem maior expressão e complexidade.Ora, se quiséssemos simplificar o pro-blema, socorrendo-nos para isso da matemática, facilmente percebemos que obtemos uma inequação com inúmeras incógnitas e de difícil (ou até quase impos-sível) resolução. Benefícios e prejuízos são factores com diferentes bases de cálculo e cujas fórmulas se revelam incapazes de gerar resultados para uma distribuição equitativa global. O Direito Ambiental, por sua vez, revela-se inoperante e ineficaz na aplicação das suas leis e normas [em âmbito nacional e internacional]. Todo este quadro se agrava quando chegado o momento da implementação das muitas e variadas medidas, instrumentos e acções disponíveis, que atestariam maior eficácia e contribuíam efetivamente para a justiça ambiental, e se percebe do carácter fugaz

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OpiniãoAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

A Justiça Ambiental está longe de ser apenas um problema de geografia (bio)política, de um jogo de empurra dos países Norte/Sul, ou de desfavorecimento étnico e raciale.g. na localização de aterros sanitá-rios, incineradoras ou indústrias poluentes, o que por si só já seria um problema am-biental e ético graves. Questões de género, exploração de trabalho, degradação e de-lapidação de recursos naturais, exploração intensiva de terras, desrespeito dos direitos humanos são pontas soltas das desigual-dades ambientais e que revelam ausência de maior justiça ambiental.Recursos, bens comuns, serviços ecos-sistémicos, conhecimento ecológico tradicional, saberes locais são dádivas que deveríamos partilhar e não comercializar.

Uma questão de ética

Do ponto de vista antropocêntrico, a justiça ambiental envolve direitos e deveres dos cidadãos, entidades estatais, empresariais e outras organizações, como partes ativas na manutenção da boa qualidade am-biental, relativamente a escalas espaciais e temporais alargadas. Responsabiliza quem atenta à boa qualidade do ambiente local, regional e até global, especialmente quando interfere no direito à boa qualidade de vida das presentes e futuras gerações

de comunidades humanas ou da huma-nidade como um todo. Isto bastaria para salvaguardar os outros seres terrestres e os ecossistemas, que numa análise cientí-fica e filosófica mais profunda, são nossos parentes próximos e atores indispensáveis ao nosso bem-estar. Na verdade, a referên-cia ao conceito de justiça ambiental já se encontra retratado desde os anos sessenta do século passado, mas o marco histórico que o tornou amplamente conhecido, foi em 1982, quando os afrodescendentes de Afton, da Carolina do Norte, dos Estados Unidos da América, descobriram que a sua comunidade tinha sido erguida sobre um aterro químico de bifenilos policlorados, também conhecidos por PBC, altamente nocivos para a saúde humana, nomeada-mente, com o aparecimento de patologias-como o cloroacne, a hiperpigmentação, o cancro do fígado e da vesícula biliar, pro-blemas oculares e reprodutivos, nascimen-tos prematuros e malformações dos fetos.

Este poluente largamente utilizado pela indústria, tem a agravante de afetar todas as espécies, ao propagar-se ao longo de toda a cadeia trófica, através do processo de bioacumulação. Afton foi então palco de imensos protestos, à sombra do um racismo ambiental - uma expressão que também retrata aspetos relacionados com a justiça ambiental, cunhada por Chaves no relatório Resíduos Tóxicos e raça nos Estados Unidos – fruto de políticas discri-minatórias que envolvem seres humanos. Perante este cenário, alguém minimamente inteligente e humanamente sensível, poderá interrogar-se: que moralidade pode susten-tar políticas racistas, quando são ínfimas as diferenças que separam indivíduos bran-cos dos negros, quando ambos pagam os mesmos impostos e estão sujeitos às mesmas leis? Mesmo perante uma acen-tuada diferença (que não é o caso), será certo condenar as pessoas a um ambiente hostil? Ora, cientificamente será incorreto

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OpiniãoAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

falar de raças humanas, na medida que o ser humano surge de um tronco comum. A ciência acaba por ser a grande aliada da ética, quando a intuição não chega para aquecer o coração daqueles que se encontram cegos ou enganados pela sua mente egoísta e distorcida da realidade. Na verdade, somos todos irmãos, brancos, negros, vermelhos ou amarelos, todos somos seres humanos de plenos direitos e deveres. Mas se formos mesmo coerentes, vamos perceber, que na realidade somos também membros de uma grande família terrena. Todos proviemos da centelha que se tornou vida na Terra e proliferou em miríades de formas. Árvores, flores, lobos,

coelhos, peixes, aves ou mesmo bactérias são nossos avós, primos e padrinhos e a eles todos devemos a nossa vida, evolução e bem-estar. Andamos tão atarefados com a justiça entre seres humanos e povos – com muito ainda por fazer e reivindicar - que esquecemos os nossos outros familia-res que são as diversas espécies de seres que habitam e embelezam naturalmente o nosso Planeta, explorando-os à exaustão, ao sofrimento, exílio e ao extermínio. Que moralidade pode suportar tal especismo? A justiça ambiental deverá, obviamente, ser integral, incorporando a vida e os elemen-tos que a sustentam. Uma justiça alargada, que incorpore uma ética ecocêntrica, em

consonância com a realidade. Num mundo onde tudo está interligado, será um absur-do dar absoluta primazia ao desperdício ganancioso de um punhado de seres em detrimento da vida como um todo. A mente humana terá de desfazer as fronteiras da separação. O respeito pelo outro, seja ele humano ou outra criatura, seja indivíduo ou ecossistema, será uma questão de ética incontornável. Talvez seja a nossa única salvação como espécie e consciência que evoluiu em direção à fraternidade esclarecida.

Paz a todos os seres!

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Centro de Congressos do Estoril vai acolher nos dias 24 e 25 de Junho a I Conferência 'Energia para o Desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP)'. Os objectivos do evento passam pela valorização da capa-cidade residente na CPLP para a sua afirmação como actor global no mapa da energia mundial.Todos os nove países da CPLP são possuidores de recursos fósseis e/ou renováveis, em potência ou em exploração. Em 2009, já um número entre 2,4 e 2,8% da produção mundial de energia primária (fóssil e renovável) teve origem nesta Comu-nidade de Países, sendo possível que em 2015 essa percentagem seja superior.Mas actualmente assiste-se a novas tendências económicas e sociais em virtude do salto tecnológico sobre os designados «novos combustíveis». Por isso esta conferência pretende valorizar o papel político, económico e financeiro do sector da energia na CPLP, e reco-nhecer o potencial geoestratégico e geopolítico do sector à escala global.Pretende ainda incrementar e melhorar as parcerias, o ambiente de negócios, o investimento e os modelos de cooperação, assim como reforçar a produção de conhecimento e a sua aplicação no sector, até chegar a criar uma cidadania global para a energia.A Conferência agendada para os dias 24 e 25 de Junho é antecedida da publicação de um livro e realização de reuniões, com destaque para a que vai juntar os ministros da Energia da CPLP. Na Conferência propriamente dita vão marcar presen-ça os principais actores públicos e privados do sector dos vários países, e ainda personalidades internacionais ligadas às áreas da energia nas suas diversas vertentes.

Estoril acolhe I Conferência ‘Energia para o Desenvolvimento da CPLP’

o

Textos_Ana Clara e José Alex Gandum

Um novo conceito de energia com as turbinas eólicas portáteis

LIAM F1 UWT é um novo conceito de turbina de vento projectado pela empresa de investigação e desenvolvimento holandesa 'Ar-chimedes'. Esta promete ser uma nova geração de turbinas eólicas urbanas que geram com tecnologia suficiente para transformar

residências em habitações independentes em termos de energia. Do ponto de vista técnico, as novas turbinas permitem a instalação em qualquer tipo de pavimento ou telhado de um edifício, com garantia de segurança e estabilidade.As turbinas têm um diâmetro de metro e meio, pesam cerca de 100 quilos e são capazes de produzir uma média de 1500 quilowatts/hora. A turbina baseia a sua tecnologia num rotor de forma helicoidal que capta a energia cinética do vento em energia mecânica. Graças à forma particular das lâminas do rotor, estas turbinas podem ser automaticamente posicionadas procurando a melhor direcção do vento, para maximizar o desempenho do dispositivo.

Breves RenováveisAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Arábia saudita vai apostar nas renováveis

Já muitos se perguntaram o que será dos países árabes quando o petróleo escassear. Pois, o maior produtor mundial de crude, a Arábia Saudita, começa a precaver esse cenário: o ministro do Petróleo saudita anunciou que o país pode diminuir progressivamente

a produção nas próximas décadas, tornando-se uma potência mundial em energias renováveis, em especial solar e eólica. Sol e vento são coisas que não faltam no território da Arábia Saudita, composto em grande parte por desertos e com temperaturas médias das mais altas a nível mundial.O horizonte para a viragem do petróleo para as renováveis é apontado para 2040-2050, mas antes que este país árabe se torne expor-tador de energias renováveis vai ter que lidar com a redução do preço do petróleo que se verifica há vários meses, não se vislumbrando alterações significativas deste cenário.

Renováveis empregam 7,7 milhões de pessoas em todo o mundo

Não havia noção de quantas pessoas trabalhavam no sector das energias renováveis a nível mundial. Mas a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), com base no estudo 'Renewable Energy and Jobs - Annual Review 2015', avançou recentemente

com um número: 7,7 milhões de pessoas têm emprego nas diversas áreas das energias renováveis em todo o mundo.O solar fotovoltaico é o maior empregador, já que dá trabalho a 2,5 milhões de pessoas, a maioria na China. Os biocombustíveis líquidos empregam 1,8 milhões de pessoas. Seguem-se o eólico, com um milhão de empregos, a biomassa, com 820 mil pessoas, o biogás, com 380 mil, e a designada pequena hídrica, com pouco mais de 200 mil funcionários. Neste estudo ficou de fora a chamada Grande Hídrica. A China vem à frente como o maior empregador no sector, seguida dos Estados Unidos da América, do Brasil, da Índia, da Alemanha, da França e do Japão. Não se conhecem os números de pessoas que em Portugal vivem das diversas energias renováveis.

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Breves AmbienteAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

aris vai receber a primeira exposição mundial dedicada às soluções alternativas. Será o ‘World Efficiency Show & Congress’, que irá reunir, entre 13 e 15 de Outubro de 2015, mais de 20 mil decisores franceses e internacionais dos sectores público e privado. A exposição vai decorrer em torno de soluções concretas de preservação/optimização dos recursos e de mitiga-ção/adaptação às alterações climáticas, soluções essas desenvolvidas por profissionais das áreas do Ambiente, Energia, Construção, Indústria, Transportes, Tecnologia e Engenharia.Iniciativa dos organizadores da Pollutec, o ‘World Efficiency Show & Congress’ é, assim, o primeiro Salão e Congresso a reunir as soluções e os conhecimentos (existentes ou em desenvolvimento) alternativos aos actuais modelos económicos, com o apoio de muitos actores institucionais e económicos. Este evento realiza-se seis semanas antes da Cimeira COP21, que também vai decorrer em Paris.‘Produzir de maneira diferente’, ‘Construir de maneira diferente’, ‘Ordenar e Explorar de maneira diferente’, ‘Transportar de maneira diferente’ e ‘Alimentar de maneira diferente’ são as soluções apontadas e a serem debatidas, algumas das quais poderiam ser facilmente adaptadas e aplicadas a muitos sectores, segundo os organizadores. Trata-se de um evento internacional baseado na multiplicidade, com a presença de representantes de cerca de uma cen-tena de países, e onde será dada uma ênfase particular aos projectos e soluções adaptadas à diversidade geográfica dos territórios, aos diferentes estados de desenvolvimento e ao financiamento internacional.Um Congresso, que pretende ser um elo condutor entre os desafios, as necessidades e as soluções, e uma ‘Galeria de Soluções’ (esta a decorrer durante a COP21) serão o complemento de um evento que se pretende seja um encontro de convergência de desafios e de oportunidades relacionadas com os temas dos recursos e do clima.

Paris recebe em Outubro o ‘World Efficiency Show & Congress’

P

Textos_Ana Clara e José Alex Gandum

Obama compara alterações climáticas a ameaça terrorista

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, referiu recentemente que a ameaça das alterações climáticas nos EUA é comparável à ameaça representada pelo terrorismo, sublinhando que as alterações climáticas devem ser vistas como

uma questão prioritária de segurança.Obama alertou para o perigo que mudanças radicais no clima pode representar para gerações futuras, salientando que há muito que cientistas e outros analistas vêm chamando a atenção para os efeitos das alterações climáticas, alguns desses efeitos já visíveis, através dos fenómenos climáticos extremos que se têm verificado nos últimos anos.O dirigente mundial deu o exemplo dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, referindo que esses níveis atingiram o ponto mais alto dos últimos 800 mil anos. Lembrou que 14 dos 15 anos mais quentes jamais registados se verificaram nos últimos 15 anos, sendo que 2014 foi mesmo o ano mais quente de todos a nível mundial.Os glaciares a fundirem e o nível médio do mar a subir podem ter custos económicos, ambientais e sociais muito elevados para os EUA e para outros países também, sublinhou o presidente norte-americano.

Glaciares da Antárctida a derreter cada vez mais depressa

Segundo um estudo publicado na última edição da revista 'Science', desde 2009 que os glaciares da Antárctida estão a derreter mais depressa do que o habitual, o que tem sido detectado através do aumento do nível médio do mar.

O grupo de cientistas autores do estudo constatou que o nível médio do mar tem subido três milímetros ao ano ao invés dos 0,16 milí-metros do degelo destes glaciares considerado normal, e que é de 60 quilómetros cúbicos por ano.O fenómeno não é considerado tão grave porque entre 2002 e 2010 os glaciares ganharam gelo, em virtude da neve que caiu nesses anos.Para os cientistas, o aumento do degelo nos últimos anos deve-se à aceleração de ventos e de correntes oceânicas, que trouxeram águas mais quentes para aquela zona. Estas mudanças também podem estar relacionadas com o aquecimento global do planeta e com a diminuição da camada de ozono na estratosfera. O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) das Nações Unidas prevê que o mar aumente em média um metro até 2100, isto é, mais cinco vezes que o aumento verificado no século XX.

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Opinião | Falas da TerraAMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

O ser humano tende a acreditar prati-camente em tudo, desde que não seja verdade. E faz bem (ironia). Já que a verdade é desinteressante, aborrecida e ensombra a vida. Pelo contrário, a «verdade» panfletária transforma-se em mentira. A mentira tende a mover multidões, empolga a opinião pú-blica, anima a política, abastece os media e favorece os negócios.

E a verdade é que o nosso planeta está a passar por profundas e intensas mudanças, todas elas ocasionadas por nós, seres humanos.

E a verdade é que o aumento da taxa de extinções de espécies apresenta uma relação positiva com a curva de crescimen-to populacional humano dos últimos três séculos.

E a verdade é que se essa mesma curva de crescimento populacional só tem aumen-tado, então numa proporção ainda maior tem aumentado de forma impressionante a nossa tecnologia, que disponibiliza inúme-ras ferramentas tornando-nos capazes de alterar tudo à nossa volta e avanços médi-cos que têm aumentado a nossa esperança de vida.

E a verdade é que não é apenas o cres-cimento populacional incrível que desafia a sobrevivência das espécies como até a nos-sa sobrevivência está em causa. No mesmo ritmo frenético de devastação do património biológico do planeta, vemos que a tecno-logia avança e que a extinção de plantas, animais e o desaparecimento dos seus habitats está a ser feito com mais impacto e a uma velocidade quase catastrófica.

Os rios selvagens e riachos têm sido ca-nalizados e bloqueados por barragens; os oceanos estão acidificados e carregados de plásticos. As florestas tropicais, as savanas e os bosques são eliminados para produzir cereais, óleo de palma e outras mono-culturas ou para a pecuária intensiva. Os pântanos estão a ser drenados e aterrados.

E a verdade é que a Terra é um planeta onde existem imensas zonas sísmicas e

vulcânicas. Descobrimos que não somos o centro da Via Láctea e que estamos sujeitos a catástrofes astronómicas como a colisão de asteróides como está registado geologicamente.

Mas também é verdade que parte da po-pulação humana se tem organizado e está preocupada em contribuir de forma positiva para evitar que todos estes danos se agra-vem ainda mais. Hoje - graças aos governos de diversos países, com apoio de inúmeras organizações não-governamentais e com a colaboração do ensino e programas de educação ambiental - muitos são os cidadãos comuns que têm feito a diferença em muitos aspectos, nomeadamente na criação e manutenção de parques e reser-vas naturais, na implementação de medidas locais de conservação, no aumento de eficiência energética, na criação de hortas comunitárias urbanas e de corredores verdes, no usufruto de mobilidade susten-tável nas nossas cidades, na participação e mais cuidado no ordenamento territorial e na criação de mais emprego verde. Há pólos de ecoaldeias, ecovilas e avanços na bioconstrução e cidades de transição já em curso.

Muitas pessoas vêem essa mobilização como algo funesto, por vezes panfletário e que não trará resultados. Tais pessoas acham que não há mais nada a fazer para travarmos a destruição iminente do nosso planeta.

Portanto, para superar os desafios eco-lógicos actuais implica maior determinação e mais exigência. Cabe a cada um ser a diferença. Eu devo estar muito mais atento à Biologia, ao que me dizem as plantas, os animais e todos os seres vivos, compreender os seus comportamentos e respeitar mais os seus habitats. Todos os seres vivos es-tabelecem inter-relações muito intrincadas entre si e entre eles e o meio ambiente onde estão inseridos. Uma maior compreensão da Biologia progrediria para uma visão mais ecocêntrica. O antropocentrismo é muito

criticável, pois abusa de uma concepção utilitarista da Natureza, vê os seres vivos como números. A atitude antropocêntrica manifesta-se ainda em actividades bárbaras dos seres humanos como a caça furtiva, os incêndios, as touradas, os circos com animais, os pesticidas, os transgénicos e a sobrepesca. A nossa alimentação pode ser muito mais saudável e mais frugal, mais de acordo com os ritmos de maturidade sexual dos seres vivos e com o recurso a hortas e agricultura biológica, mesmo dentro das cidades.

Cabe a mim possuir uma perspectiva ho-lística e não fragmentária do ambiente. Devo conhecer e conciliar saberes ancestrais e locais com as novas tecnologias ao dispor.

Devo estar também mais atento à Geo-logia, à Astronomia e à Evolução e que as suas lições aprofundem o meu saber estar e orientem o meu saber-como.

Finalmente, devo estar disponível para cooperar e trabalhar em conjunto com pe-ritos de vários saberes e agir na prevenção e sustentabilidade local e global. E por mais pessimistas que sejam as opiniões à minha volta, eu não vou desanimar nunca!

A nossa responsabilidade primordial é cuidar do património biológico, que é de todos nós.

Resumindo e concluindo, o desafio que se coloca ao ser humano é cumprir o desenvol-vimento sustentável. No Relatório de Brun-dtland (1987) o desenvolvimento sustentável é concebido como «o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da gera-ção actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades». Ainda neste documento, o desenvolvimento sustentável «significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recur-sos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais».

Texto_João Paulo Soares [Consultor]

Os desafios da verdade ecológica “E de sde en tão, sou po rque t u é s

E de sde en tão é ssou e somos...

E po r amo rSe re i... Se rá s...Se remos”

Pab l o Ne r uda

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Os novos regulamentos sobre Ecodesign e Etiquetagem Energética:

a grande oportunidade para o mercado da Condensação

Como reduzir o consumo energético: "medir para identificar, identificar para melhorar"

Su

rio

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Técnica

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TÉCNICA

Os novos regulamentos sobre Ecodesign e Etiquetagem Energética: a grande oportunidade para o mercado da condensaçãoPor_Sónia Pomar Pérez [Secretária Geral FEGECA]Fonte_ El Instalador | Janeiro 2015

A 26 de Setembro deste ano entrarão em vigor os novos regulamentos sobre o Design Ecológico e a

Etiquetagem Energética dos Equipamentos de Aquecimento e Aquecedores de água. Estes regulamentos

complementam, respectivamente, a Directiva 2009/125/CE de 21 de Outubro de 2009, que instaura um

marco para o estabelecimento de requisitos de projecto ecológico aplicáveis aos produtos relacionados com

a energia e a Directiva 2010/30/UE de 19 de Maio de 2010, relativa à indicação do consumo de energia e

outros recursos por parte dos produtos relacionados com a energia, mediante a etiquetagem e uma informação

normalizada. Estes regulamentos abrangem a incorporação imediata dos sistemas ofereçam uma maior eficiência

relativamente aos convencionais, uma redução do consumo de combustível e, em consequência, um maior

benefício ambiental para a nossa sociedade.

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 73

TÉCNICA

Neste sentido, as caldeiras de condensação e as combina-ções destas com energias renováveis desempenharão um pa-pel fundamental pela sua eficiência e menores emissões.

A directiva europeia sobre Ecodesign, ErP, pretende melhorar o rendimento ambiental dos produtos ao longo do seu ciclo de vida (selecção e utilização da matéria-prima; fabrico; embala-gem, transporte e distribuição; instalação e manutenção; uso; e fim de vida), mediante a integração sistemática das questões ambientais na etapa mais precoce do desenho do produto. Para além dos produtos que utilizam, geram, transferem ou medem a energia, determinados produtos relacionados com a energia que contribuem para um consumo energético impor-tante durante a sua utilização representam uma elevada per-centagem do consumo de energia e outros recursos naturais na Comunidade e oferecem um grande potencial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

É por isso que a Comissão Europeia trata de integrar o Ecode-sign nesta tipologia de produtos.

A Directiva 2009/125/CE que respeita ao projecto ecológico, estabelece uma data para fixar os requisitos em matéria de ecodesign aplicáveis aos produtos relacionados com a energia (ErP). A dita Directiva é, pois, um elemento-chave na política da UE para melhorar o rendimento energético e ambiental dos produtos no mercado interno. A Directiva mencionada garante a livre circulação dos produtos através da Europa e promove a integração do Ecodesign nas pequenas e médias empresas.

Até chegar aos regulamentos que entram em vigor este ano, percorreu-se um longo caminho no seu desenvolvimento le-gislativo, que remonta a 2005, quando começaram a desen-volver-se as chamadas medidas de execução com o objectivo

de definir os requisitos específicos para cada categoria de produto.

Estes requisitos desenvolveram-se segundo várias etapas:

1 – Identificação das famílias de produtos regulados pela Directiva ErpA própria Comissão Europeia identificou-as e definiu diferentes graus de prioridade, pelo que o processo legislativo foi escalo-nado. A cada categoria de produto associou-se um número de lote (por exemplo, Lote 2: aquecedores de água, etc.).

2 – Aspectos ambientais, técnicos e económicos associa-dosForam necessários estudos preparatórios levados a cabo por consultoras independentes que analisaram cada categoria de produto. Nessa medida, foram criadas etapas à promulgação de recomendações em matéria de Ecodesign.

3 – Requisitos aplicáveis a cada categoria de produtoBaseando-se na informação recolhida nos Estudos Prepara-tórios, a Comissão Europeia destacou num Documento de Trabalho os possíveis requisitos. Estes foram apresentados e discutidos num Fórum Consultivo onde participaram as partes interessadas.

4 – Rascunho de RegulaçãoNa base das consultas realizadas na etapa anterior, a Comis-são Europeia elaborou um rascunho de regulação, que incluía uma proposta de medidas para votação pelo Comité.

5 – Adopção da regulação e publicação do Jornal OficialDepois da consulta entre as diferentes Direcções Gerais da Comissão Europeia e depois de uma possível revisão por par-te do Parlamento Europeu, o Regulamento da Comissão foi adoptado e publicado no Jornal Oficial.

Os requisitos estabelecidos no Regulamento da Comissão são directamente aplicáveis aos fabricantes a partir da data espe-cificada no próprio Regulamento.

Estes requisitos são implementados para os diferentes lotes de produtos objecto da presente regulação. Quanto à indústria representada pela FEGECA, os lotes afectados são o lote 1 (caldeiras e sistemas combinados de aquecimento e/ou pre-paração de água quente sanitária), o lote 2 (aquecedores de água a gás) e o lote 11 (bombas de circulação), principalmente.

Os produtos afectados em cada um dos lotes que não cum-pram com os requisitos do Ecodesign não poderão obter o selo CE e por isso não podem entrar no mercado da União Europeia a partir da data de entrada em vigor.

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em i s sões»

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As vantagens da tecnologia de condensação

Como referimos anteriormente a tecnologia de condensação tem um papel fundamental para alcançar os objectivos de efi-ciência energética estipulados pela União Europeia.

No Convénio de protecção climatológica internacional, a União Europeia comprometeu-se a reduzir drasticamente as emis-sões de CO2 até 2020, numa percentagem de pelo menos 20%. As emissões de CO2 são responsáveis pelas alterações climáticas e são geradas, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o gás natural ou o pe-tróleo. Contudo, estes combustíveis são a base da produção de energia eléctrica, calor e múltiplos produtos industriais. Um dos objectivos da política europeia passa por reduzir o consu-mo de energia e colaborar para utilizar a energia de modo mais eficiente no futuro. Um exemplo disto é a introdução da «eti-queta UE» que classifica os aparelhos domésticos em classes de eficiência sendo mais transparente o consumo de energia.

Esta etiquetagem energética proporciona informação ao utili-zador sobre o grau de rendimento sazonal (que deriva do fun-cionamento ao longo de um ano inteiro) dos diferentes equi-pamentos existentes no mercado, facilitando deste modo a escolha por parte do comprador de caldeiras mais eficientes.

Mas a etiquetagem energética no âmbito das instalações de aquecimento e produção de águas quentes sanitárias não se limita aos equipamentos.

O seu objectivo é mais ambicioso. A interconexão dos dife-rentes aparelhos e acessórios (caldeiras, acumuladores, sis-temas de regulação e controlo, sistemas solares térmicos) pode resultar num maior aproveitamento da energia, graças às siner-gias geradas entre os diferentes componen-tes que integram a instalação. Pelo que se implementa também, de forma obrigatória, a etiquetagem dos sistemas (até 70 kW), e que será, em grande parte, responsabilidade do próprio instalador.

A etiqueta energética dos sistemas contém um maior grau de informação para o utiliza-dor final, que poderá avaliar a sua instalação completa e não os equipamentos individual-mente.

Juntamente com as normas de protecção do ambiente, há outro desenvolvimento que está a conduzir o mercado energético: o enorme aumento dos preços da energia nos últimos anos. Como em todas as situações, também

TÉCNICA

Em Espanha fo ram vend ida s,

em 2014, ma i s de 100.000

ca l de i ra s de condensação, o

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45% da quo ta de me rcado.

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aqui há uma oportunidade: tanto as normas legais como o elevado nível dos preços contribuem para que os consumi-dores tenham mais preocupação com os sistemas de elevada eficiência em matéria de aquecimento e águas quentes sani-tárias. Estes sistemas prometem uma solução aos elevados custos de consumo de energia, tanto para a indústria e do sector de serviços como para os consumidores domésticos.

Em ambos os critérios, protecção ambiental e redução de custos energéticos, há uma importância fulcral na energia de condensação.

A técnica de condensação contribui para a poupança energé-tica e para reduzir os custos de fornecimento de calor domésti-co. Os aparelhos de condensação trabalham de modo eficien-te porque aproveitam a energia contida nos gases de escape da combustão. Quem se decide pela técnica de condensação elege um modo de recuperar calor de forma ecológica e có-moda. Os aparelhos de condensação modernos foram conce-bidos para proporcionar as necessidades de calor para aque-cimento e água quente de maneira ecológica preservando os recursos naturais. As vantagens destes aparelhos não se ficam apenas por instalações novas mas são também a primeira op-ção de compra quando se pretende modernizar sistemas de aquecimento já existentes. Em Espanha foram vendidas, em 2014, mais de 100.000 caldeiras de condensação, o que re-presenta aproximadamente 45% da quota de mercado.

Os aparelhos de condensação cobrem praticamente todos os âmbitos de aplicação.

No que se refere às caldeiras de gás natural, os equipamen-tos podem desenvolver uma potência térmica nominal máxima até 120 kW. Conectados sucessivamente em cascata, este rendimento pode inclusivamente aumentar até alcançar várias centenas de quilowatt. Os aparelhos de chão são capazes de cobrir uma procura de calor nominal de 10.000 kW. Por seu lado, as caldeiras a gasóleo de condensação encontram-se em plena expansão.

Sendo na sua grande maioria equipamentos de instalação sobre o solo alcançam, a nível doméstico, potência suficien-te para cobrir qualquer necessidade em habitações, podendo instalar-se também vários equipamentos em cascata, o que multiplica a categoria de potências abrangido.

A técnica de condensação é uma técnica já refinada porque, passadas mais de duas décadas, a técnica do aproveitamen-to de calor latente (condensação) foi bastante aperfeiçoada, proporcionando maior conforto e reduzindo o nível de ruído dos equipamentos. Instaladas com radiadores trabalhando a baixas temperaturas, permitem obter poupança de energia nas instalações existentes e oferecem uma solução econo-micamente competitiva. Contudo, com as modernas tecnolo-gias é possível integrar estas caldeiras de forma discreta, sem chamar a atenção. O funcionamento silencioso destes equipa-mentos permite instalá-los, sem problemas, em qualquer zona de um edifício. Ocupam pouco espaço e graças à sua modula-ção em temperatura e potência, cobrem as procuras variáveis de aquecimento e água quente de forma muito eficiente.

TÉCNICA

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TÉCNICA

Como reduzir o consumo energético: “medir para identificar, identificar para melhorar”Por_José Luís Gandía [Gerente da Fundação f2e]Fonte_El Instalador | Março 2015

Aumentar a competitividade empresarial, reduzir custos e o impacto ambiental e poupar até 20% na factura de

fornecimento de energia. Estas são as oportunidades e benefícios que oferecem os denominados Sistemas

de Gestão Energética (SGEn), normalizados através da norma ISO 50.001, bem como as plataformas de

monitorização.

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TÉCNICA

ISO 50.001. Gestão da Energia

De acordo com a norma ISO 50.001, um Sistema de Gestão da Energia é um conjunto de elementos de uma organização inter-relacionados, ou que interagem, para estabelecer uma política e objectivos energéticos, assim como os processos e procedimentos necessários para os alcançar. Trata-se de um padrão internacional baseado no ciclo PDCA (Plan-Do-Check--Act) ou de melhoria contínua, que tem como objectivo siste-matizar, documentar e controlar as práticas de gestão energé-tica da organização.

O objectivo principal para uma empresa ao implantar a norma ISO 50.001 passa por reduzir o consumo energético e, a partir daí, as emissões de gases com efeito de estufa. Falamos de uma ferramenta muito útil para controlar de forma sistemáti-ca o consumo de energia da empresa, definir os objectivos de consumo (linha base energética), estabelecer indicadores--chave de desempenho energético que permitam implementar medidas de poupança de energia (MAEs), e que estas medi-das possam ser sustentáveis ao longo do tempo.

Para a implantação da ISO 50.001 é necessário, tanto o envol-vimento de toda a organização/empresa, como elaborar uma revisão energética exaustiva inicial, para que a linha de base do consumo definida seja o mais ajustada possível à realidade. Um SGEn proporciona o controlo sobre os consumos actuais mas também se assume como uma ferramenta que permite obter prognósticos de tendências bem como a previsão de custos. É igualmente importante, no momento de definir os objectivos e metas, que sejam elaborados planos de acção energética que sejam viáveis e que possam ser cumpridos tan-to a nível técnico como económico.

A norma conta com uma estrutura muito similar à ISO 14001, o que permite a sua fácil integração nas organizações que já tenham esta outra Norma ISO implementada. Contudo, há que ter em conta que a implementação destes sistemas de gestão têm tido efeitos notáveis, incluindo em empresas que já haviam implementado várias medidas de poupança de energia, pois permite uma melhor análise das mesmas, um controlo siste-matizado e uma maior envolvimento da empresa.

A UNE-EN-ISO 50.001 de Sistemas de Gestão de Energia é o pilar sobre o qual se sustentam uma série de normas que se resumem ao seguinte:

→ ISO 50002: 2014. Auditorias energéticas. Especifica os princípios da realização de auditorias energéticas, os requisitos

para os processos comuns durante as auditorias, e os resul-tados das mesmas.

→ ISO 50003: 2014. Sistemas de gestão de energia. Requi-sitos para os organismos que realizam as auditorias e certifi-cação de sistemas de gestão de energia. Está concebida para ajudar os organismos que oferecem auditorias e certificações, proporcionando-lhes requisitos para assegurar a competên-cia, a coerência e a imparcialidade do processo de auditoria e certificação.

→ ISO 50004: 2014. Sistemas de gestão de energia. Di-rectrizes para a implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão energética. Contém um guia prático e exemplos para estabelecer, manter e melhorar um sistema de gestão de energia de acordo com a aproximação à norma ISO 50001.

→ ISO 50006: 2014. Sistemas de gestão de energia. Me-dição do desempenho energético usando linhas-base e indi-cadores de desempenho energético. Contém um guia dirigido às organizações que as ajuda a estabelecer, usar e manter indicadores de desempenho energético e linhas-base como parte do processo de medição do desempenho energético.

→ ISO 50015: 2014. Sistemas de gestão de energia. Medi-da e verificação (M&V) da eficiência energética das organiza-ções. Estabelece os princípios gerais e guia para o processo de medição e verificação do desempenho energético e suas componentes.

Plataforma de monitorização

É imprescindível que, tanto para a implementação de Siste-mas de Gestão de Energia como para o desenvolvimento de contratos com Empresas de Serviços Energéticos (ESEs) ou simplesmente para a implementação de medidas de poupan-ça, se implemente algum sistema de monitorização que nos permita acompanhar a evolução do consumo e a eficácia das medidas implementadas. Deste modo, podemos conhecer o impacto real das medidas e compará-lo com os objectivos ini-cialmente estabelecidos.

Mas, afinal, por que devemos implantar um sistema de moni-torização? De acordo com um relatório da Verdantix, 53% dos entrevistados dão como primeira razão a de obter poupan-ças, seguindo-se a este objectivo outros, como o de alcan-çar uma eficiência operacional ou cumprindo os objectivos de

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TÉCNICA

sustentabilidade da empresa. Tanto se, a gestão energética for feita a nível interno como através de um gestor de energia, um sistema de monitorização é sempre uma ferramenta de tra-balho necessária. Existem algumas empresas que utilizam os seus próprios sistemas de controlo ou BMS (Building Manage-ment System) para efectuar a gestão energética, mas este tipo de sistemas costumam estar preparados mais para o controlo e definição da entrega das instalações, do que para realizar análises e seguimento dos consumos energéticos. Pratica-mente, a totalidade dos fabricantes deste tipo de software têm soluções desenvolvidas para oferecer a monitorização ener-gética. Além disso, nos últimos anos surgiu um importante nú-mero de plataformas que de desenvolveram especificamente para monitorizar o consumo de energia e é importante subli-nhar que, em alguns casos, a solução é mais interessante que a oferecida por multinacionais, já que se tratam de ferramentas mais flexíveis e adaptáveis a cada situação.

Com a implantação de um sistema de monitorização podem obter-se poupanças importantes. Mas não devemos cair no erro de pensar que, por simples facto de instalá-lo, as pou-panças aparecem rapidamente. O sistema de monitorização permite detectar situações que acontecem na empresa e so-bre as quais não estávamos conscientes, pois não se pode gerir o que não é possível medir. Entre as primeiras acções que podemos trabalhar mediante estes sistemas encontram--se: o estudo de consumos residuais, os picos de arranque que permitem reduzir a potência contratada ajustando-a às nossas necessidades, bem como as alterações de hábitos dos trabalhadores. Mas também nos ajudar a detectar degra-dações dos equipamentos, alterações de comportamento, ou melhorias obtidas por acções de manutenção.

O que é importante ter em conta é que não existe uma opção única para todas os cenários e clientes. Se realizamos uma análise das principais ferramentas que estão actualmente no mercado podemos detelhar uma série de funcionalidades que devem ser analisadas na hora de se decidir a aquisição de uma ferramenta ou outra. Algumas das características que se detalham de seguida são comuns a muitas das existentes mas outras não.

→ Painel de controlo geral que se possa definir à medida.→ “Multisite”, permitem controlar diferentes instalações em di-

ferentes localizações.

→ Multifunções, abarca a capacidade de definir diferentes perfis e acessos.

→ Representação gráfica dos valores seleccionados num es-paço temporal.

→ Definição de indicadores. Permite estabelecer automa-ticamente uma relação entre a energia e as variáveis que influenciam o consumo. Em alguns casos apenas se per-mitem definir indicadores com uma variável e um valor fixo (por exemplo kWh/m2) mas outras plataformas permitem a definição de indicadores entre duas variáveis como por exemplo (kWh/graus dia).

→ Integração de diferentes protocolos como Modbus, Zigbee, M-Bus, BACnet, KNX, Lonworks, etc.

→ Algumas plataformas permitem a integração de diferentes fabricantes a nível de hardware mais que outras que não são tão flexíveis. Existem também algumas plataformas que oferecem os seus equipamentos de medição e concentra-dor.

→ Gestão documental, como por exemplo para a implementa-ção da ISO anteriormente indicada.

→ Gestão de facturas, mediante a possibilidade de simular facturas para compará-las com as da empresa, realização de análises de mudança de fornecedor ou de redução de potência contratada.

→ Informação com maior ou menor simplicidade para a sua configuração.

→ Alarmes que automaticamente informem sobre as falhas ou desvios importantes referentes ao consumo.

→ Implementação do protocolo IPMVP.→ Controlo avançado das instalações.

É ainda importante considerar quais as opções necessárias em cada caso, sendo que há três aspectos gerais que se de-viam exigir ao sistema de monitorização a implementar como são: a modularidade, a flexibilidade e a possibilidade de que seja personalizado.

Desde a Fundação f2e acreditamos firmemente que a imple-mentação de um sistema de monitorização como um sistema de gestão de energia (ISO 50001) podem ajudar as empresas a alcançar poupanças importantes. Contudo, deixamos claro que tanto uns como outros são apenas ferramentas que de-vemos escolher e aplicar correctamente para alcançar bons resultados.

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CANALCENTRO S.A.SEDE LEIRIA Parque Industrial Charneca do Bailadouro, Pousos 2410-211 LeiriaTEL 244 800 160FAX 244 802 323E-MAIL [email protected] www.canalcentro.pt

FILIAL – LOULÉ Parque Industrial e Comercial, Lt.10 S. Sebastião 8100-272 LouléTEL 289 417 280FAX 289 414 024E-MAIL geral.algarve@canalcentro.pt---------------------------------------------------

CARRIER PORTUGAL, LDA. Av. do Forte, 3 Edifício Suécia 1, Piso 3 2795-504 Carnaxide TEL (+351) 214 249 900/808 201 074 FAX (+351) 214 172 698 PORTO Rua do Alto, 7200-036 Porto WEBSITE www.carrier.com---------------------------------------------------

CEST-Comércio e Indústria LdaAv. Almirante Gago CoutinhoOuressa Parque - Armazém 132725-322 Mem MartinsTEL (+351) 219 253 330 FAX (+351) 219 253 338E-MAIL [email protected] www.cest.pt---------------------------------------------------

COOLAIR INTERNATIONALRua Dominguez Alvarez, 44 – Esc. 4.09 (Av da Boavista)4150-801 PORTOTEL (+351) 220 136 451 – 937772942 E-MAIL [email protected] www.coolair.pt---------------------------------------------------

DAIKIN - Portugal EDIFÍCIO D. Maria I - Piso 0 Ala A/B Quinta da Fonte, Paço de Arcos 2770-229 Paço de Arcos TEL (+351) 214 268 700 FAX (+351) 214 262 294DELEGAÇÃO NORTE Rua B - Zona Ind. da Varziela, Lt 50 e 52 Árvore4480-620 Vila do Conde TEL (+351) 252 240 850 FAX (+351) 252 637 020WEBSITE www.daikin.pt---------------------------------------------------

HIPERCLIMA SEDE LEIRIA Canhestro - PousosApartado 4216 2411-901 LeiriaTEL (+351)244 816 600FAX (+ 351) 244816618E-MAIL [email protected] www.hiperclima.ptDELEGAÇÕES :PORTO TEL (+351)229 773 060 FAX (+351) 244816618 E-MAIL [email protected] TEL (+351)219 738 010 FAX (+351) 244816618 E-MAIL [email protected]

DIRECTÓRIO

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 83

VISEUTEL (+351)232 460 637 FAX(+351) 244816618 E-MAIL [email protected]

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LENNOX Portugal, Lda. PORTO Centro Empresarial da Lionesa

Rua da Lionesa, 446 Ed. G21 4465-671 Leça do Balio TEL (+351) 229 066 050 FAX (+351) 229 066 059 LISBOA Beloura Office Park Ed. 7 Piso 0 Quinta da Beloura 2710-444 Sintra TEL (+351) 219 108 210 FAX (+351) 219 108 219 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.lennoxeurope.comWEBSITE www.lennoxemeia.com/pt---------------------------------------------------

LG Electronics Portugal, S.A. Quinta da Fonte Edifício D. Amélia Rua Victor Câmara, nº2 - piso 2 2770-229 Paço de Arcos TEL (+351) 211 202 200 FAX (+351) 211 202 224 WEBSITE www.lge.com

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MACOLIS - Materiais de Cons trução e Climatização, S.A. IC2 (EN1) - Boa Vista - 2420 - 399 Leiria TEL (+351) 244 720 500 FAX (+351) 244 720 509 COIMBRA IC2 Relvinha - 3025-029 CoimbraE-MAIL [email protected] WEBSITE www.macolis.pt ---------------------------------------------------

MITSUBISHI ELECTRIC Av. do Forte, nº10 - 2794-019 Carnaxide TEL (+351) 214 255 600 FAX (+351) 214 204 219 E-MAIL [email protected] www.mitsubishielectric.ptDELEGAÇÃO NORTERua Fernando Namora, 162 (loja) 4425-651 Maia ---------------------------------------------------

BOMBAS DE CALOR OCHSNER - PORTUGAL - PLURIENERGIA LDAEstrada de Paço de Arcos Nº 66 e 66 AEdifício Belavista Office - 2735-336 CacémTEL (+351) 21 098 5200FAX (+351) 21 098 5209E-MAIL [email protected] www.ochsner.ptWEBSITE www.plurienergia.pt---------------------------------------------------

PANASONIC DISTRIBUIDORSonicel - Ar Condicionado, SAPraçeta das Fábricas nº5 – Outurela2794-012 CarnaxideTEL (+351) 214245329/38FAX (+351) 214245310Nº VERDE 800 217 171E-MAIL panasonicarcondicionado@onicel.pt---------------------------------------------------

REFLEX WINKLEMANN GMBHGersteinstrasse, 19 59227 Ahlen - AlemanhaTEL (+33) 612 95 40 79 / (+351) 912 960 331E-MAIL [email protected]

[email protected] www.reflex.de---------------------------------------------------

RELOPA SEDE Rua Engº Ferreira Dias, 3354100-247 PortoTEL (+351) 226 195 600 FAX (+351) 226 195 699/601E-MAIL [email protected] www.relopa.pt

FILIAL Rua Albino Lapa, n.º 8 Buraca2610 - 301 AmadoraTEL (+351) 214 710 771FAX (+351) 214 717 765E-MAIL [email protected] www.relopa.pt

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SAMSUNG Electrónica Portuguesa, S.A. R. Cesário Verde nº5, 4º Piso Linda-a-Pastora - 2795-753 Queijas TEL (+351) 214 251 000 FAX (+351) 214 251 001 DIRECTOR COMERCIAL José Morgado ASSISTÊNCIA TÉCNICA Eng. Patrick Pereira WEBSITE www.samsung.pt LINHA VERDE 800 220 120

ASSOCIAÇÕES

AECOPS Assoc. Empresa Construção e Obras Públicas Rua Duque de Palmela, 20 - 1250 Lisboa TEL (+351) 213 110 200 FAX (+351) 213 554 810---------------------------------------------------

AICE Assoc. Indústria Conservação de Edifícios Rua Ressano Garcia, 13 R/c - 1070 Lisboa TEL (+351) 213 815 500 FAX (+351) 213 815 509 ---------------------------------------------------

AIPOR Assoc. dos Instaladores de Portugal Rua do Almada, 152 - 4º - 4050-031 Porto TEL (+351) 222 074 620 FAX (+351) 222 074 627 ---------------------------------------------------

AGEFEAssociação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico Av. João Crisóstomo, 793º - 1050 Lisboa TEL (+351) 213 156 608 FAX (+351) 213 144 267---------------------------------------------------

ANIMEE Assoc. dos Industriais de Material Eléctrico e Electrónico Av. Guerra Junqueiro, 11 - 2º E - 1000 Lisboa TEL (+351) 218 494 521 FAX (+351) 218 407 525

---------------------------------------------------

ANREEE Assoc. Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e ElectrónicosRua do Conde Redondo, n.º 8 - 4º Esq.1150 - 105 LisboaTEL (+351)213 155 301

FAX (+351)213 158 218E-MAIL [email protected] www.anreee.pt---------------------------------------------------

APIEE Assoc. Portuguesa de Industriais de Engenharia Eléctrica Rua Marquês de Fronteira, 76 - 2º - 1070 Lisboa TEL (+351) 213 878 322 FAX (+351) 213 878 977---------------------------------------------------

APETEC Assoc. P/Estudo e Desenvolvimento Tecnológico de Cabos Eléctricos Rua Almeida e Sousa, 8 - 1º E - 1250 Lisboa TEL (+351) 213 884 720 FAX (+351) 213 888 043 ---------------------------------------------------

APEMETA Assoc. Port. de Empresas de Tec. Ambientais Av. Campo Grande, nº 294 - 2º Dt. e Esq. 1700-097 Lisboa TEL (+351) 217 506 000 FAX (+351) 217 505 009 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.apemeta.pt ---------------------------------------------------

APIRAC Assoc. Portuguesa das Empresas dos Sectores Térmico, Energético, Electrónico e Ambiente Rua do Alecrim, 53 - 2º - 1200 Lisboa TEL (+351) 213 224 260 FAX (+351) 213 474 576 E-MAIL [email protected]

DELEGAÇÃO NORTE Rua da Paz, nº 66 - 1º - Sala 12 4050-461 Porto TEL (+351) 222 088 837 FAX (+351) 222 084 879E-MAIL [email protected] WEBSITE www.apirac.pt ---------------------------------------------------

ARTIEL Associação das Empresas de Distribuição Electricas Rua das Olhalvas, Lote 41º Andar 2501-972 Leiria TEL (+351) 244 838 444FAX (+351)244 834 86---------------------------------------------------

EFRIARC Assoc. Portuguesa de Engenheiros de Frio Industrial Av. Fontes Pereira de Melo, nº15 - 6ºDto1069-112 LisboaTEL (+351) 210 966 993 E-MAIL [email protected] WEBSITE http://www.efriarc.pt

---------------------------------------------------

ITG - Instituto Tecnológico do GásAv. Almirante Gago Coutinho, nºs 132/134 Centro Empresarial Sintra Nascente, Edifício 15, 2710-418 Sintra TEL (+351) 219 249 851 FAX (+351) 219 243 035---------------------------------------------------ORDEM DOS ARQUITECTOSTv. do Carvalho, 23 1200 Lisboa TEL (+351) 213 432 454 FAX (+351) 213 432 450 ---------------------------------------------------

DIRECTÓRIO

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84 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

DIRECTÓRIO

ORDEM DOS ENGENHEIROS Av. António Augusto Aguiar, 3-D 1069-030 Lisboa TEL (+351) 213 132 600FAX (+351) 213 524632 WEBSITE www.ordeng.pt

AVAC | REFRIGERAÇÃO

CEST-Comércio e Indústria LdaAv. Almirante Gago CoutinhoOuressa Parque - Armazém 132725-322 Mem MartinsTEL (+351) 219 253 330 FAX (+351) 219 253 338E-MAIL [email protected] www.cest.pt---------------------------------------------------

CONTIMETRA/ SISTIMETRA LISBOA Rua do Proletariado, 15 B R/C 2790-138 Carnaxide (Outorela)TEL (+351) 214 203 900 FAX (+351) 214 203 901 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.contimetra.com

PORTO Rua Particular de São Gemil 85 4425-164 Águas Santas MaiaTEL (+351) 229 774 470FAX (+351) 229 7240551E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sistimetra.com ---------------------------------------------------

DAIKIN - Portugal EDIFÍCIO D. Maria I - Piso 0 Ala A/B Quinta da Fonte, Paço de Arcos 2770-229 Paço de Arcos TEL (+351) 214 268 700 FAX (+351) 214 262 294

DELEGAÇÃO NORTE Rua B - Zona Ind. da Varziela, Lt 50 e 52 Árvore4480-620 Vila do Conde TEL (+351) 252 240 850 FAX (+351) 252 637 020WEBSITE www.daikin.pt

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ARFIT – FEIO & COMPANHIA S.A.Rua Domingos Ferreira da Costa, 290Z. I. Mais Sector VIII4475-297 MaiaTEL +351 223797631FAX +351 223720231E-MAIL [email protected] www.arfit.pt

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REFLEX WINKLEMANN GMBHGersteinstrasse, 19 59227 Ahlen - AlemanhaTEL (+33) 612 95 40 79 / (+351) 912 960 331E-MAIL [email protected]

[email protected] www.reflex.de

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SEDICAL - S.A.Sucursal em Portugal P. Industrial de Aveleda, Nave C Travessa do Bairro, nº 404485-010 Aveleda - Vila do Conde

TEL (+351) 229 996 220 FAX (+351) 229 965 646 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sedical.com ---------------------------------------------------

SIEMENS, S.A.Rua Irmãos Siemens, 2720-093 AmadoraTEL (+351) 21 417 80 00E-MAIL [email protected] www.siemens.pt---------------------------------------------------

TRANE PORTUGALLISBOAAlameda António Sérgio, 7- 2º Sala L2795-023 Linda-a-VelhaTEL (+351) 214 146 200E-MAIL [email protected]

PORTOAv. D. Mendo, nº 132 – Sala 2104470-038 MaiaTEL (+351)226 069 764E-MAIL [email protected]

BOMBAS | DISTRIBUIDORES

SEDICAL - S.A.SUCURSAL EM PORTUGAL P. Industrial de Aveleda, Nave C Travessa do Bairro, nº 404485-010 Aveleda - Vila do Conde TEL (+351) 229 996 220 FAX (+351) 229 965 646 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sedical.com

BOMBAS | FABRICANTES

BOMBAS GRUNDFOSPORTUGAL, S.A.Rua Calvet de Magalhães, 241 2770-153 Paço de Arcos TEL (+351) 214 407 600 FAX (+351) 214 407 690 WEBSITE www.grundfos.pt---------------------------------------------------

BOMBAS WILOSalmson Portugal Sistemas Hidráulicos Lda. SEDE PORTO Via Central de Milheirós, nº 307 (Rua Nova de Salgueiros)Armazém G 4475 - 330 Maia TEL (+351) 222 080 350 FAX (+351) 222 001 469

DELEGAÇÃO LISBOA R. Fernando Namora, Lote 18 – 6º-D, Ed. Metropolitan Business Center, Urbanização Colinas do Cruzeiro2675-487 OdivelasTEL (+351) 219 310 420 FAX (+351) 219 348 516 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.wilo.pt

CALDEIRAS | ESQUENTADORES

JUNKERS - Grupo Bosch Av. Infante D. HenriqueLotes 2 E e 3 E 1800-220 Lisboa TEL (+351) 218 511 096 FAX (+351) 218 511 086 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.junkers.pt

CONDUTAS

SANDOMETAL Estrada Nacional nº 10, km 127600 2615-133 Alverca do Ribatejo TEL (+351) 219 937 890 FAX (+351) 219 586 252 E-MAIL [email protected]

DISTRIBUIDORES DE MATERIAL ELÉCTRICO

CAIADO - S.A. Rua Carlos Leonel Sousa Caiado Apartado 3100 - 2401-904 LeiriaTEL (+351) 244 819 918 FAX (+351) 244 812 770 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.caiadoelectric.com

ENERGIA | EQUIPAMENTO

BARLOWORLD STET, SACATERPILLARSEDE Rua da Guiné, s/n2685-334 Prior VelhoTEL (+351) 219 409 300FAX (+351) 219 409 443EMAIL [email protected]/CLIENTE 800 206 707WEBSITE www.stet.pt---------------------------------------------------

GALP ENERGIA Sede: Rua Tomás da Fonseca, Torre A1600-209 Lisboa LINHA GALP GÁS 808 508 100 FAX (+351) 217 242 986 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.galpenergia.com---------------------------------------------------

ZEBEN – SISTEMAS ELECTRÓNICOS LDA.Sede: Travessa de Baixo, Nº 54935-571 Castelo do NeivaViana do CasteloE-MAIL [email protected] [email protected] www.zeben.com

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O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com 85

DIRECTÓRIO

EQUIPAMENTO E SISTEMAS DE REGULAÇÃO, CONTROLO E GESTÃO TÉCNICA

CONTIMETRA/ SISTIMETRA LISBOA Rua do Proletariado, 15 B R/C 2790-138 Carnaxide (Outurela)TEL (+351) 214 203 900 FAX (+351) 214 203 901 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.contimetra.com PORTO Rua Particular de São Gemil 85 4425-164 Águas Santas MaiaTEL (+351) 229 774 470FAX (+351) 229 7240551E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sistimetra.com

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SAUTER IBÉRICA Rua Henrique Callado, n.º 8 - Fracção A03Edifício Orange2740 - 303 Porto Salvo TEL (+351) 214 411 827FAX (+351) 214411848E-MAIL [email protected] www.sauteriberica.comPORTO Travessa Monte da Bela, 1444445 - 294 ErmesindeTEL (+351) 229 411 361FAX (+351) 229 411 365E-MAIL [email protected] www.sauteriberica.com---------------------------------------------------

ZEBEN – SISTEMAS ELECTRÓNICOS LDA.Sede: Travessa de Baixo, Nº 54935-571 Castelo do NeivaViana do CasteloE-MAIL [email protected] [email protected] www.zeben.com

ESTRUTURAS/ALUMÍNIO

Extrusal Pro SolarOPEXIL – Exportação e Importação, Lda.Rua da Valada, N º44 - 3860-125 Avanca TELEF (+351) 234 884 494 TLM (+351) 961 481 155 FAX (+351) 234 880 122EMAIL [email protected] www.opexil.pt

ILUMINAÇÃO

OSRAM Empresa da Aparelhagem Eléctrica, Lda. Rua do Alto do Montijo, nº15 2795-619 CarnaxideTEL (+351) 214 165 860 FAX (+351) 214 171 259 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.osram.pt

INSTITUTOS | ENTIDADES

ADENE Estrada Alfragide Praceta 1, nº 47, Alfragide - 2720-537 Amadora TEL (+351) 214 722 800 FAX (+351) 214 722 898 E-MAIL [email protected] ---------------------------------------------------

DIRECÇÃO GERAL DE GEOLOGIA E ENERGIA Av. 5 de Outubro, 871069-039 Lisboa TEL (+351) 217 922 700/800 FAX (+351) 217 939 540 E-MAIL [email protected]

WEBSITE www.dge.pt

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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL Campus do IPS, Estefanilha 2914-508 Setúbal TEL (+351) 265 790 000 FAX (+351) 265 721 869 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.est.ips.pt---------------------------------------------------

INSTITUTO PORTUGUÊSDE QUALIDADE Rua António Gião, 2 Monte da Caparica 2829-518 Caparica TEL (+351) 212 948 100 FAX (+351) 212 948 101 WEBSITE www.ipq.pt ---------------------------------------------------

INSTITUTO NACIONAL DE ENGENHARIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO - I.P. Estrada do Paço do Lumiar1649-028 LisboaTEL (+351) 210 924 600 / 800 227 000 FAX (+351) 217 160 901 WEBSITE www.ineti.pt---------------------------------------------------

IEPInstituto Electrotécnico Português

EDIFÍCIO SEDERua de S. Gens, 37174460-409 Senhora da HoraTEL 229570000/15 FAX 229530594E-MAIL [email protected] www.iep.pt

DELEGAÇÃO DE LISBOA Polo Tecnológico de Lisboa Rua António Champalimaud Lote 1 Edifício CID 1º Piso Sala 103/104 1600-546 Lisboa TEL 214717250 /1FAX 214717252E-MAIL [email protected]

INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO E MEDIDA

SEDICAL - S.A.SUCURSAL EM PORTUGAL P. Industrial de Aveleda, Nave C Travessa do Bairro, nº 404485-010 AveledaVila do Conde TEL (+351) 229 996 220 FAX (+351) 229 965 646 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sedical.com

MATERIAL ELÉCTRICO

CARLO GAVAZZI Rua dos Jerónimos, 38 B 1400-212 Lisboa TEL (+351) 213 617 060 FAX (+351) 213 621 373 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.gavazzi-automation.com

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EATON PORTUGALParque Industrial Serra das MinasAv. Irene Lisboa, Lt. 19, Arm. C, Piso 22635-001 Rio de MouroTEL (+351) 219 198 500FAX (+351) 219 198 501E-MAIL [email protected] www.eaton.eu

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HAGER - Sistemas Eléctricos Modulares Estrada para Polima, nº673, Arm. C Parque Ind. de Meramar I - Abóboda 2785-543 S. Domingos de RanaTEL (+351) 214 458 450 FAX (+351) 214 458 454 WEBSITE www.hager.pt

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OBO BETTERMANN - Material para Instalações Eléctricas, Lda.Estrada Nacional Nº 249, Km 4,2 Arm.  A – Esq. - Cabra Figa -2635-047 Rio de MouroTEL (+351) 219 253 220FAX (+351) 219 151 429E-MAIL [email protected] www.obo.ptDELEGAÇÃO NORTECentro Empresarial da MaiaRua Eng.º Frederico Ulrich, 3210, Bloco B, 2º Andar – Esc. 201/202 Moreira - 4470-605 MaiaTEL (+351) 229 475 834FAX (+351) 229 475 835

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SEDICAL - S.A.Sucursal em Portugal P. Industrial de Aveleda, Nave C Travessa do Bairro, nº 404485-010 Aveleda - Vila do Conde TEL (+351) 229 996 220 FAX (+351) 229 965 646 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sedical.com

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86 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

DIRECTÓRIO

SCHNEIDER ELECTRIC Av. Marechal Craveiro Lopes, Nº61749-111 LisboaTEL 808 221 221FAX (+351) 217 507 101EMAIL [email protected] i- der-electric.comWEBSITE www.schneiderelectric.pt---------------------------------------------------

SEW EURODRIVE PORTUGAL Motores Redutores, Lda. Estrada Nacional, 234 3050-347 Mealhada TEL (+351) 231 209 670 FAX (+351)231 203 685 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sew-eurodrive.pt ---------------------------------------------------

SIEMENS, S.A.Rua Irmãos Siemens, 2720-093 AmadoraTEL (+351) 21 417 80 00E-MAIL [email protected] www.siemens.pt

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

VIEGA Urbanização Quinta do Rei, nº8 2410-236 Leiria (Pousos)TEL 244 83 68 53FAX 244 83 68 54 TELM 966 940 289 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.viega.pt

QAI | EQUIPAMENTOS

DICO FILTRO, Lda.Rua Afonso Cordeiro, 804450 - 001 MatosinhosTEL (+351) 229 385 139FAX (+351) 229 385 140TLMS (+351) 93 630 08 24 / 93 660 08 25E-MAIL [email protected] www.dicofiltro.com

PISCINAS

LENNOX - Portugal, Lda. PORTO Centro Empresarial da Lionesa Rua da Lionesa, 446 Ed. G21 4465-671 Leça do Balio TEL 229 066 050FAX 229 066 059 LISBOA Beloura Office Park Ed. 7 Piso 0 Quinta da Beloura 2710-444 Sintra TEL 219 108 210FAX 219 108 219 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.lennoxeurope.comWEBSITE www.lennoxemeia.com/pt

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SEDICAL - S.A.SUCURSAL EM PORTUGAL P. Industrial de Aveleda, Nave C Travessa do Bairro, nº 404485-010 Aveleda - Vila do Conde

TEL 229 996 220 FAX 229 965 646 E-MAIL [email protected] WEBSITE www.sedical.com

VENTILAÇÃO

ARISTON THERMO PORTUGAL, LDA.Zona Industrial da AbrunheiraSintra Business ParkEdifício 1 – Escritório 1K2710-089 SintraTEL (+351) 219605300FAX (+351) 210616127E-MAIL comercial.pt@aristonther mo.comWEBSITE www.aristonthermo.com---------------------------------------------------

DAIKIN - PORTUGAL EDIFÍCIO D. Maria I - Piso 0 Ala A/B Quinta da Fonte, Paço de Arcos 2770-229 Paço de Arcos TEL (+351) 214 268 700 FAX (+351) 214 262 294

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88 O Instalador Jun’15 www.oinstalador.com

LIBERDADE DE IMPRESSÃO

‘Partir pedra’! A expressão significa, entre outras coisas, tarefa pouco ou

nada profícua, trabalho inútil ou alusão a situações com sentido irónico de

inutilidade.

E é com certeza como partidores de pedra que muitos alunos (e pais, por

arrastamento) se devem sentir no fim de mais um ano lectivo, em que se

falou (e se praticou, pelos vistos) mais de violência na escola do que pro-

priamente em didactismo. Até porque de didáctico útil a escola tem cada

vez menos: os programas escolares estão cada vez mais desapropriados

e distantes da vida real dos alunos enquanto futuros cidadãos (que se

pretendem) responsáveis. Tão desajustados estão que há matérias do 6º

ou do 7º ano, por exemplo, que rivalizam com aquilo que se vai aprender

na universidade meia dúzia de anos mais tarde (quem tem filhos em idade

escolar e os acompanha nos estudos, sabe do que estou a falar).

Mas não há momento mais violento na sociedade portuguesa (sim,

incluindo a violência das claques de futebol) que aquele quando os

pais vão deixar os filhos à porta das escolas às oito e meia da manhã.

Sereníssimos maridos (ou mulheres) e bons pais (ou mães) de família

transformam o olhar de tal maneira que fariam um ‘transformer’ parecer

um brinquedo da Chicco. O jornalista e comentador Miguel Sousa Tavares

(MST) aproveitou o tema para inaugurar a sua colaboração no ‘Expresso’

há cerca de nove ou dez anos, enchendo uma mui nobre página 2 com a

descrição da sua odisseia matinal na zona do Restelo, em Lisboa.

Na sequência dos bullyings divulgados no audiovisual (porque outros

haverá ainda mais violentos), na sequência das praxes académicas que

de académicas nada têm (e que agora, por moda, começam logo no

Jardim de Infância), no desfiar de programas curriculares desajustados

(para não dizer estúpidos), na constatação de professores desmotivados,

em escolas onde as cantinas obedecem a hierarquias, em escolas onde

os funcionários quase nem chegam para fechar portas e janelas, apon-

tam-se como únicos culpados os pais, por todos os males a que os filhos

são sujeitos na escola. Os tais pais que têm que literalmente despejar os

filhos à porta do que o Estado chama de estabelecimentos de ensino, e

que, na melhor das hipóteses, só os voltarão a ver doze horas depois,

incitando-os a comerem a sopa, a lavarem os dentes, a deixarem de olhar

os desafios de lazer e o mundo a duas dimensões… Pelo menos por uns

instantes!

O aludido bullying não é novo nas escolas mas ganhou uma designação

nos últimos anos. E agora à violência física e imediata há que juntar a

violência das chamadas redes sociais: a psicóloga Teresa Paula Marques

diz que «não existem duas realidades separadas, pois as redes sociais

são uma outra parte da realidade, e o que se escreve ou se expõe numa

rede social tem impacto na vida das pessoas». A especialista adverte que

«esta é uma novidade assustadora».

Mesmo no interior das escolas, por vezes aprende-se mais fora do que

dentro das salas de aulas. Em contraposição ao bullying há um fenómeno

de que ninguém fala: das crianças que têm uma tremenda necessidade

de atenção e de carinho e que se refugiam muitas vezes nos funcionários

e em professores mais acessíveis, já que os colegas geralmente são

menos receptivos.

Mais outro fenómeno, antes de desejar um bom Verão a todos os leitores:

as vocações hoje estão alteradas, pois muitos jovens preferem “seguir”

os colegas nas decisões futuras do que ouvir os pais ou as suas próprias

vocações. Essa situação dá-lhes confiança, e a confiança é o único

sentimento que não causa medo.

Partir pedra…

Texto e Foto_José Alex Gandum

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