1315 Apostila Linux

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SISTEMAS OPERACIONAIS UNIX E LINUXPara se instalar o Unix ou Linux em um PC no necessria uma configurao muito moderna, como ser visto esta uma das grandes diferenas em relao s verses do Windows. O Linux e o Unix se adaptam mais facilmente s configuraes mais modestas de hardware.

I-

UNIX

1. HISTRICO DO UNIX O UNIX foi um sistema operacional muito popular nas dcadas anteriores. Foi originalmente desenvolvido em 1969 por Ken Thompson, Deniis Ritchie e outros na AT&T. UNIX foi um dos primeiros sistemas operacionais multiusurio e multitarefa. Quatro anos depois, o ncleo do UNIX foi reescrito na linguagem de programao C. Em 1974, o Unix foi liberado para licena acadmica. medida que o Unix (especialmente a verso melhorada da Universidade da Califrnia, em Berkeley) se estendeu de universidade para universidade, foi portado em diferentes mainframes e minicomputadores e rapidamente gerou legies de usurios e fs em torno do mundo. Nasceu como um sistema operacional experimental para o computador GE635, tinha por objetivo ser flexvel e interativo. Em 1973 o Unix foi reescrito na linguagem C, fazendo com que fosse possvel ser usado em outras arquiteturas e possibilitar, ainda, maior facilidade de manuteno. A primeira idia foi criar um ambiente para que os programadores pudessem criar programas para rea comercial, cientfica e industrial. A verso bsica do Unix sofreu diversas adaptaes (implementaes) para que pudesse ser usada em computadores mais especficos.

2. Variaes do UNIX:SCOUnix: SystemV, Santa Cruz Operation. SunOs: BSD, Sun Mycrosystems. Solaris: SystemV, Sun. AIX: SystemV+BSD+IBM, IBM HP-UX: SystemV, Hewlett-Packard. Linux: BSD, Livre.

3. CARACTERSTICASO Unix permite aos usurios adicionar ou remover mdulos de programas para adaptar o prprio sistema s suas necessidades especficas, como se cada programa para Unix fosse montado em partes, sendo assim, o usurio com menor capacidade de disco poder retirar um nmero maior de partes. O Unix um sistema operacional, em regra, caro e grande. certo que a Sun Microsystems e a SCO Corporation liberaram uma verso gratuita para o usurio domstico (no comercial), no entanto, para uso comercial as empresas devem pagar pelo sistema. tambm um sistema grande, ou seja, no o sistema mais aconselhvel para o usurio domstico, usado em computadores de grande porte (mainframes). No obstante ser grande e caro, tem vrias caractersticas muito modernas, como por exemplo: 3.1. Controle de perifricos e possibilidade de criao, compilao e execuo programas; 3.2. Multitarefa: Multitarefa, como j destacado, a capacidade de executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. O Unix utiliza a multitarefa preemptiva em que o controle das tarefas permanece com o sistema operacional, diferentemente da multitarefa cooperativa. A vantagem de se usar um sistema multitarefa a de o usurio poder deixar o computador executando uma tarefa enquanto ele, usurio, vai trabalhar em outra tarefa; 3.3. Multiusurio: O Unix tambm possui uma multitarefa diferenciada, pois capaz de, por meio de um nico computador, atender a vrios terminais (antigos terminais burros que s possuam monitor e teclado e buscavam o processamento no servidor processamento concentrado). Sendo assim, pode-se entender que alm de multitarefa o Unix multiusurio, pois, estabelece um sistema de prioridades entre cada um dos terminais (semelhantemente ao que faz o Windows 2000 e outros Sistemas Operacionais para redes); 3.4. Multi-sesso: O Unix permite que vrios usurios estejam logados simultaneamente;

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3.5. Portabilidade ou adaptabilidade: O Unix tem cdigo fonte aberto, ou seja, ele fornecido com as linhas de comandos que formam o ncleo do sistema. Com a possibilidade de se editar o cdigo fonte o usurio (a empresa) ganha em capacidade de adaptao aos seus prprios problemas e, tambm, portar o sistema para seu prprio tipo de hardware. 3.6. Ambiente Shell: O ambiente que faz a interface com o usurio muito importante para que o sistema seja til. O Shell do Unix muito moderno, pois: o Interpreta os comandos (funo bsica) fazendo o papel de ponte entre o usurio e o Kernel (ncleo) do sistema; o capaz de criar nomes substitutos para os arquivos ou comandos Alias; o Possui um sistema hierrquico de diretrios (semelhante ao DOS) path que caminho a ser percorrido, entrando e saindo de diretrios, para se chegar ao arquivo ou programa que se deseja. o Utilizao de caracteres especiais (conhecidos como caracteres curingas) para permitir a substituio automtica de outros caracteres. Os principais metacaracteres so: * ? \ [...]. * Faz referncia ao restante de um arquivo/diretrio - representado como "tudo". ? Faz referncia a uma letra naquela posio [padro] Faz referncia a um padro contido em um arquivo. Padro pode ser: [az][10] Faz referncia a caracteres de a at z ou de 1 at 10. [a,z][1,0] Faz a referncia aos caracteres a e z ou 1 e 10 naquela posio. [az,1,0] Faz referncia aos caracteres de a at z e 1 e 10 naquela posio. o Shells mais conhecidos so o Bourne e o C. o Utilizao de histrico de comandos para que o usurio possa repetir os comandos anteriores sem a necessidade de se digit-lo novamente; o Pipeline que o recurso de canalizao, ou seja, de encadeamento de comandos; 3.7. Sistema de diretrios: O Unix, como j afirmado, possui um sistema de diretrios (so como as pastas), os principais so: o / Diretrio principal ou root; o /boot Possui o arquivo de inicializao do S.O; o /unix Diretrio onde se encontra o Kernel do sistema operacional; o /bin Diretrio dos principais executveis; o /dev Diretrio onde se encontram os devices (arquivos de entrada/sada) tambm conhecidos como drivers de dispositivos; o /etc Possui os executveis de gerenciamento; o /lib Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e mdulos do kernel. o /usr Mdulos dos programas do usurio; o /usr/bin Diretrio com outros executveis; o /tmp Diretrio dos arquivos temporrios; o /var Diretrio com os arquivos de variao freqente; o /home Diretrio do usurio com seus subdiretrios; 3.8. Principais comandos do Unix: o Limpar a tela: clear; o Identificao do usurio: id (tambm se pode usar: whoami); o Configurao da conta: set; o Verificar os usurios que esto utilizando a mquina: who;

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II-

LINUX1. HISTRICO DO LINUX Linus Torvalds estudava computao na Universidade de Helsink, na Finlndia, quando, por passatempo, resolver fazer um sistema operacional, com base na linguagem de programao C, que fosse semelhante ao Unix, porm, mais adaptvel a um PC. Linus se inspirou no Minix que era um pequeno sistema UNIX (System V) desenvolvido por Andy Tanenbaum. Linus comeou a escrever o kernel do futuro sistema operacional em 1991, em setembro do mesmo ano lanou a verso 0.01. Naquela poca Linus participava de um grupo de notcias (Usenet Usenet

comp.os.minix), escreveu (traduo no oficial): Voc est ansioso pelos timos dias do Minix 1.1, quando os homens eram homens e escreviam seus prprios drivers do dispositivo? Voc est sem um bom projeto e est apenas ansioso por comear a trabalhar em um SO que pode ser modificado segundo suas necessidades? Voc fica frustrado quando tudo funciona no Minox? Sem mais noites em claro para colocar funcionando um programa inteligente? Ento esse anncio pode ser pra voc... Como mencionei h um ms atrs, estou trabalhando em uma verso gratuita de um Minix para computadores AT 386. Finalmente chegou ao ponto em que j til (embora possa depender do que voc deseja) e desejo colocar todas as fontes em uma distribuio maior. apenas a verso 0.02... mas eu executei com sucesso o bash, gcc, GNU make, GNU sed, compress, etc. nela. Linus percebeu a dificuldade do imenso projeto que havia comeado e resolveu pedir ajuda disponibilizando o cdigo que j tinha produzido at ento na Internet. Repare que o Linux j nasceu com a idia de cdigo-fonte aberto (ou desenvolvimento aberto), ou seja, o prprio autor j quis torn-lo disponvel para que todos pudessem ajudar na construo do sistema operacional. Depois daquela mensagem de Torvalds, outros programadores se juntaram a ele e comearam a melhorar o kernel do Linux. Aquele cdigo-fonte bsico que comeou a ser trabalhado na Internet ainda era muito precrio para ser usado como sistema operacional, s em 1994 que a primeira verso do Linux foi liberada (Linux verso 1.0). claro que ainda era um sistema com muitos problemas (bugs) e em pouco tempo foram lanadas vrias verses. Hoje o Linux um sistema estvel, com cdigo-fonte aberto e, diferentemente do Windows, um sistema gratuito, de todos e para todos. 2. KERNEL O kernel o prprio sistema operacional o ncleo essencial do sistema (o restante acessrio). No Linux possvel alterar o cdigo-fonte para criar um novo kernel. Refazer o kernel significa recompilar o cdigo-fonte, o melhor do Linux, a portabilidade, ou seja, a capacidade de adaptar o ncleo essencial configurao atual do PC ou do mainframe. O kernel controla diretamente o hardware do computador. Em essncia o kernel o mesmo, mas com a possibilidade de fazer modificaes existem pequenas variaes e centenas de linux por a que so chamadas de distribuies. Veja o site http://distrowatch.com/ para ter acesso e informaes sobre s principais distribuies do Linux. 3. DISTRIBUIO: Como o Linux o kernel, o essencial, existem vrias distribuies. Uma distribuio a juno do kernel com a incluso de programas auxiliares (aplicativos e acessrios). Em alguns casos a distribuio pode ter uma pequena alterao no kernel. Algumas distribuies so bem pequenas (cabendo em um disquete ou em um CD) e outras j so bem maiores (com centenas de programas juntos) o que diferencia uma da outra maneira como so organizados e pr-configurados os aplicativos e como ser feita a instalao do sistema. A distribuio tem um pblico alvo a ser alcanado diferente de outra, muitas pessoas escolhem a distribuio por necessidade e outras escolhem simplesmente por opinio pessoal. Entre as distribuies mais conhecidas pode-se citar (algumas informaes foram colhidas do site http://olinux.uol.com.br):

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Debian: uma das mais utilizadas, possui suporte lngua Portuguesa, d suporte a 10 arquiteturas diferentes (PC/Intel, Sparc, Arm, Alpha, PowerPC, Macintosh e outros). A distribuio Debian possui instalao simplificada e mais de 4.000 programas (entre ferramentas de administrao de redes, de desktops, de desenvolvimento, de escritrios, jogos e etc.). o Aplicativos (equivalncia): OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Konqueror e Firefox (Internet Explorer), MPlayer (Windows Media Player), K3b (Nero);

Ubuntum: Distribuio baseada em Debian que procurou corrigir os erros de algumas outras distribuies, se tornou muito popular entre os usurios do linux e normalmente est cotada como distribuio mais baixada em sites de downloads. o Aplicativos (equivalncia): Writer (Word), Calc (Excel), Gimp (Photoshop), Firefox (Internet Explorer), Rhythmbox Media Player (Nero), Totem (Windows Media Player)

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Slackware: Tambm indicada para usurios mais avanados que conhecem mais o sistema em modo texto, tem como caracterstica uma grande estabilidade e uma das mais antigas;

Fedora: Distribuio que serve de base para a produo da popular Red Hat, atualizada com muita freqncia; o Aplicativos (equivalncia): OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Gimp (Photoshop), K3b (NEro), Totem e Rythmbox (Windows Media Player), Firefox (Internet Explorer), Thunderbird (Outlook)

Red Hat: uma das mais conhecidas no mundo e muito popular pela facilidade de instalao dos pacotes RPMs;

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Gentoo: uma distribuio otimizada pras mquinas. Todos os programas so compilados na mquina instalada. Ideal pra quem precisa de performance e conhecimentos avanados.

Conectiva: uma distribuio brasileira e por isso muito popular no Brasil. Tambm possui muitos programas e d suporte a vrias arquiteturas; Mandrake: aconselhada para iniciantes e baseada no sistema Red Hat; Mandriva: Unio da conectiva com o mandrake; o Aplicativos (equivalncia): OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Kontact, Evolution, Mozilla Thunderbird

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(Outlook), Mozilla Firefox, Konqueror (Internet Explorer), Kopete, Gaim (MSN Messenger), Kaffeine e Amarok (Windows Media Player), Gimp (Adobe Photoshop)

Suse: uma distribuio Alem e voltada para usurios mais avanados; OpenSuse; Monkey; Yellow Dog Linux: Distribuio para computadores Macs (apple). Corel Linux; CentOS; ArchLinux; Turbo Linux: Recomendada para aplicaes mais pesadas;

Verses que rodam diretamente do CD:

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Knoppix: Distribuio fcil de usar pois roda a partir do CD e detecta os hardwares possveis da mquina automaticamente. a distribuio base do Kurumin.

o Famelix: uma distribuio desenvolvida no Brasil baseada no Kurumin e com interface parecida com o Windows XP ou Vista;

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o

Kurumin Linux: Distribuio que roda a partir do CD e recomendada para iniciantes em Linux, possui fcil instalao e detecta os hardwares automaticamente; Aplicativos (equivalncia): KOffice Office Suite (pacote Office), Konqueror (Internet Explorer), Clica-Aki (Painel de Controle centralizado)

4. GERENCIADORES DE INICIALIZAO 4.1. LILO a sigla de LInux LOader. Consiste em um programa instalado a partir do Linux e que fornece ao usurio opo de ter mais de um sistema operacional no mesmo computador. Ele gerencia o setor de Boot da MBR (Master Boot Record - primeiro setor de um HD que lido na

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inicializao para dar a partida no computador) do HD permitindo a inicializao seletiva do sistema operacional, ou seja, ele apresenta um menu de opes para que o usurio possa escolher um entre os sistemas operacionais disponveis para aquela inicializao. O programa /sbin/lilo se baseia no arquivo /etc/lilo.conf. 4.2. GRUB um loader que trabalha com interface grfica. 5. SOFTWARE OPEN SOURCE O software de cdigo-fonte aberto permite que qualquer usurio (domstico, corporativo, acadmico ou governamental) possa modificar a tecnologia e, tambm, contribuir com o permanente desenvolvimento do programa em benefcio dos outros usurios. Ao contrrio dos usurios Windows, o usurio que preferir usar o Linux poder fazer todo e qualquer tipo de alterao no sistema, inclusive produzindo uma nova distribuio Linux. O cdigo-fonte aberto tambm permite que os desenvolvedores de hardware possam ver como o sistema funciona e, facilmente, criar drivers de configurao para que seu dispositivo possa rodar no Linux. 6. LICENA PBLICA GERAL GNU OU GPL Os softwares, em geral, utilizam licenas comerciais para que o usurio, ao adquirir um programa, possa us-lo de acordo com as restries que o desenvolvedor queira dar. Normalmente o software no pode ser redistribudo, copiado ou modificado sem a anuncia do autor, no entanto, o software com licena pblica geral permite que o usurio faa modificaes, cpias, distribuies e tudo mais que desejar. Em verdade h uma limitao ao usurio do software GNU: Manter a abertura do cdigo-fonte e a livre disponibilidade para outros usurios. Em outras palavras, pode-se dizer que no se paga taxa de direitos autorais ou de licena. Linus Torvalds tem o controle sobre a marca registrada, mas o ncleo do Linux e grande parte do software que o acompanha so distribudos sob a forma de software gratuito de uso geral. claro que h ainda a vantagem de futuramente o software no sofrer restries como aumento de preo ou processo por pirataria. 7. CARACTERSTICAS: 7.1. Segue o padro POSIX: O Linux foi baseado em PCs (AT 80386 e AT 80486), segue o padro POSIX que o mesmo usado por sistemas UNIX e suas variantes. Hoje em dia o Linux adaptado para, praticamente, todas as arquiteturas conhecidas (inclusive computadores de mo handhelds). Por ser mais portvel pode aumentar a vida til do hardware, pois, um computador Pentium original seria completamente abandonado hoje se o usurio quisesse usar o Windows, j no Linux, esse Pentium ainda pode ser usado para muitas tarefas. Diz-se que um sistema mais "portvel". Pode ser usado como sistema operacional em um PC (como estao de trabalho) ou como um moderno sistema operacional utilizvel em servidores. No to grande quanto o Unix e por isso se adapta melhor a vrias arquiteturas, atualmente existem verses de Linux equipando celulares, PDAs e smartphones. 7.2. Software Open (livre): O Linux traz seu cdigo-fonte disponvel para qualquer usurio proceder s alteraes (open source). O Linux pode ser livremente distribudo nos termos da GNU (General Public License). 7.3. Multitarefa e Multiusurio: O Linux multitarefa real (preemptiva) e multiusurio (tambm multi-sesso), ou seja, permite que vrios usurios controlem suas tarefas por meio de sesses de uso do mesmo sistema. O Linux permite que cada novo usurio (inclusive remotamente por meio de telnet, rlogin...) possa pedir ao sistema operacional a abertura de uma nova sesso de uso para que rode seus programas independentemente de ter outro usurio logado no sistema. No quesito gerenciamento de usurio relevante o papel da conta root (superusurio ou administrador da mquina) que no tem limitaes. Na questo referente multitarefa possvel acessar outros terminais virtuais utilizando (em modo texto) a combinao de teclas ALT e F1 a F6, ou seja, so seis terminais virtuais que podem ser modificados com uma simples tecla de atalho. Tambm possvel a troca de reas no sistema grfico, porm, no sistema grfico se utiliza a combinao CTRL+ALT + F1 a F6.

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7.4. Gerenciamento prprio de memria: Utiliza memria virtual o que significa dizer que o Linux necessita de um espao livre no disco rgido para usar como memria. A utilizao de memria virtual aumenta o desempenho do sistema mantendo os processo ativos na RAM e os inativos no HD. Interessante ressaltar que o Linux utiliza uma partio do HD para memria virtual. Possui gerenciamento prprio de memria, um gerenciamento mais moderno do que se pode imaginar, O Linux usa um controle de memria sofisticado e dos mais avanados para controlar todos os processos de sistemas. O usurio no precisa reinicializar o sistema. 7.5. Sistema completo de documentao: Uma das diferenas entre as verses do Linux e as do Windows a vasta documentao presente nos sistemas Linux. Cada detalhe do Linux referenciado em mais de dez mil pginas de documentao. 7.6. Utilizao em dual boot: Permite a convivncia, na mesma mquina, com outros sistemas operacionais, num sistema de dual boot ou de mltiplos sistemas operacionais. Ressalte-se que para isso o usurio precisa particionar o HD ou utilizar mais de um HD pois os sistemas no sero instalados um sobre o outro e sim separadamente, podendo ento, o usurio escolher (durante o processo de boot) qual sistema operacional usar naquela inicializao. Por parte do Linux, inclusive, h a possibilidade de acessar os dados da partio no-Linux presente no HD. de bom grado lembrar ainda que o Linux possui um sistema de gerenciamento inteligente das suas parties, evitando os constantes fragmentos de arquivos. E, por fim, normal que se crie mais de uma partio para o Linux, embora no seja obrigatrio, o mais comum tem sido a criao de trs parties: / - partio para o diretrio raiz; Swap - partio para memria virtual e /home - partio para os arquivos do usurio. 7.7. Protocolo TCP/IP: Interao com a arquitetura de rede baseada no protocolo TCP/IP e seus derivados, sendo assim, possvel acessar a Internet por meio de linha discada (usando o modem convencional) ou por meio de acesso dedicado, como por exemplo, o ADSL. Interessante ressaltar que em uma mesma rede possvel a conversa entre mquina Linux e Windows, para que isso seja possvel o Linux possui o Samba que um conjunto de aplicativos que utilizam o protocolo Server Message Block (SMB) e assim permitem o compartilhamento de recursos para mquinas com Windows. 7.8. Suporte tcnico: Ausncia de assistncia tcnica oficial. Seria uma das deficincias encontradas no Linux. Por razes lgicas, como no se paga pelo sistema no se teria como responsabilizar uma determinada empresa para prestar assistncia. No entanto, vrias distribuies do Linux podem ser adquiridas com suporte tcnico (com custos) ou o usurio poderia participar de uma das centenas de listas de discusso ou grupos de notcias presentes na Internet. 7.9. Sistema de arquivos e diretrios: Permite o uso de nomes de arquivos e de diretrios com at 255 caracteres: No que se refere aos diretrios, cabe dizer que o Linux identifica-os por uma / (barra normal) e no por uma \ (barra invertida) como acontece no DOS/Windows. Tambm vale lembrar que os comandos, arquivos e diretrios so case-sensitive (sensveis ao uso de maisculas) sendo assim, usar ls diferente de LS e um arquivo Teste diferente de teste e tambm de TESTE, assim como as possveis variaes de maisculas e minsculas da palavra teste. Por ltimo ressalte-se que o Linux tambm utiliza extenses para identificar o tipo de arquivo. O Linux utiliza o sistema de arquivos EXT2 (comparvel FAT ou FAT32) ou EXT3 (comparvel ao sistema NTFS) na formatao e criao de parties. O Linux compreende o sistema de arquivos FAT32. O Linux requer, na sua instalao padro, a criao de pelo menos duas parties, uma para instalar o prprio Linux (partio Linux nativo) e a outra para servir de memria auxiliar para o Linux (partio de swap ou troca). 7.10. Segurana: Maior segurana: nfima a incidncia de vrus no Linux (so quase inexistentes) porque o Linux possui um sistema de segurana que impede o controle do vrus na mquina (poltica de permisses, de senhas, de execuo). No entanto, muito mais fcil modificar o kernel para impedir uma vulnerabilidade no Linux do que atualizar diariamente o antivrus no Windows. Pois bem, no h se falar em imunidade a vrus no Linux, no entanto, h sim um complexo sistema de segurana que o deixa menos fadado a ataques. Tambm possui mais ferramentas de controle, administrao, do sistema, inclusive ferramentas

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mais robustas de criptografia, de gerenciamento de rede, como firewall e o proxy e por isso tem sido crescente o uso de Linux como sistema de gerenciamento de redes. O Linux ainda fornece ao usurio a capacidade de montar um servidor Web, de e-mail, de Notcias, sempre com uso de softwares gratuitos e, finalmente, possibilidade de usar um computador com Linux como um roteador. 7.11. Emulao Emulao de programas DOS/Windows: Procurando compatibilidade o Linux permite rodar programas para DOS ou para Windows. Para este ltimo necessrio usar emuladores instalveis parte. O desempenho no ser excelente, porm, se for estritamente necessrio o Linux permitir que o programa desenvolvido para Windows seja executado. O principal emulador o Wine (Wine Is Not an Emulator). Com ele, possvel rodar alguns programas de Windows no Linux. Outros emuladores so: o Bochs e o Win4Lin. 7.12. Suporte a novas tecnologias: O Linux suporta as tecnologias de DVD, Infravermelho, USB, dispositivos Plug and Play e outras. 8. INTERFACES GRFICAS: Possui diversas interfaces grficas, embora, relevante lembrar que as interfaces grficas no fazem parte do Kernel. As interfaces grficas acompanham as distribuies mais famosas mas no so nativas do Linux. Interessante mencionar que nas interfaces grficas do Linux possvel utilizar o boto do meio que alguns mouses possuem para fazer a cpia e colagem de objetos (semelhantemente ao CTRL+C e CTRL+V). KDE: Em geral considerado o ambiente grfico mais completo das distribuies Linux. Possui vrios programas associados ao ambiente e, normalmente requer maior capacidade de armazenamento e de processamento. Em geral requer um Pentium II e cerca de 300MB de espao. Acompanha as distribuies do Mandrake, Red Hat, Debian, Slackware, Suse e Turbolinux. Possui uma srie de acessrios para auxiliar na utilizao do sistema.

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Gnome: tambm um ambiente muito completo, possuindo vrias bibliotecas e programas que auxiliam tarefas de administrao e configurao do sistema. Os programas do Gnome so compatveis com os programas do KDE.

XFCE: um ambiente grfico mais simples e, portanto, mais leve que os sistemas anteriores. WindowMaker: um ambiente grfico bem simples, desenvolvido no Brasil. IceWM;

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9. COMPARAO ENTRE LINUX E WINDOWS 9.1. Dispositivos: LINUX DOS/WINDOWS /dev/fd0 A: /dev/fd1 B: /dev/hda1 C: /dev/hda2 D: (partio do primeiro hd a); /dev/hdb1 E: (outro hd); /dev/hdb2 F: (partio do segundo hd b); /dev/lp0 LPT1 /dev/lp1 LPT2 /dev/lp2 LPT3 /dev/ttyS0 COM1 (serial) /dev/ttyS1 COM2 (serial) /dev/ttyS2 COM3 (serial) /dev/ttyS3 COM4 (serial) /dev/dsp Placa de som /dev/modem modem

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9.2. Comandos (mais importantes foram sublinhados): LINUX DOS FUNO E OUTROS DETALHES Permite a troca do diretrio atual. cd cd Permite a criao de diretrios. No DOS para cada diretrio necessrio uma linha de comando, enquanto no Linux possvel mkdir md criar vrios diretrios em seqncia no mesmo comando. Permite apagar arquivos, assim como no anterior o Linux rm del permite a excluso de vrios arquivos com um nico comando. Permite mover arquivos de um diretrio para outro. mv move Permite copiar arquivos de um diretrio para outro. cp copy Permite copiar arquivos (exceto ocultos e de sistema) e cp -R xcopy diretrios, inclusive os subdiretrios (e seus arquivos). Permite renomear arquivos e diretrios. mv rem Permite verificar a verso atual do sistema. uname -a ver Permite limpar a tela no sentido de deixar o prompt do shell clear cls sem os resultados de outros comandos anteriores. Permite listar os arquivos e diretrios do diretrio atual. No Linux a listagem mais detalhada, inclusive com utilizao de ls dir cores para determinados atributos. Exibe ou oculta o texto em programas de lote (programas que executam linhas de comando) quando o programa est sendo echo echo executado. Indica se o recurso de eco de comando est ativado ou desativado. Indica os diretrios a serem pesquisados procura de arquivos path path executveis. Verifica o contedo de um arquivo. cat type Permite modificar os atributos de um arquivo. chmod attrib fsck.ext2 scandisk Verifica a possibilidade de erros no disco. So editores de texto que podem ser usados para criao de mcedit, edit arquivos texto. vi Permite o particionamento de um disco rgido, os comandos fdisk, para Linux permite trabalhar com mais tipos de partio do que fdisk cfdisk o do DOS. Formata uma unidade de disco, verifique que as unidades de mkfs.ext2 format disco para o Linux no recebem a mesma nomenclatura que o DOS. Permite obter ajuda. A diferena entre man e info que o man, info help segundo possui linguagem mais amigvel do que o man. Permite indicar um nome ou apelido para uma unidade e2label label disco. Permite verificar a data e no Linux tambm possvel date date modificar. Permite verificar a hora e no Linux tambm possvel time time modificar. Permite a criao de backup, no entanto, no Linux o tar permite tar backup o uso de compactao (atravs do parmetro -z). Permite enviar um arquivo para impresso. lpr print Mostra qual o volume da unidade de disco. e2label vol O Linux permite que se use comandos do DOS, uma simulao, porm, todos os comandos do DOS para serem usados no Linux, devero ser precedidos da letra m. Para se usar essa simulao podese usar o pacote mtools. Os seguintes comandos so suportados: mattrib: Modifica atributos de arquivos;

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mbadblocks: Procura por setores defeituosos na unidade de disco; mcat: Mostra dados de disquete que foi formatado no modo RAW; mcd: Troca de diretrios; mcopy: Copia arquivos ou diretrios; mdel: Exclui arquivos; mdeltree: Exclui arquivos, diretrios e sub-diretrios; mdir: Lista arquivos e diretrios; mformat: Formata discos ; minfo: Mostra detalhes sobre a unidade de disquete; mlabel: Cria volume para unidades de disco; mmd: Cria diretrios; mmount: Monta discos DOS; mmove: Move ou renomeia arquivos/subdiretrios; mpartition: Particiona um disco para ser usado no DOS; mrd: Remove um diretrio; mren: Renomeia arquivos; mshowfat: Mostra a tabela de alocao de arquivos para a unidade atual; mtoolstest: Exibe a configurao atual do mtools; mtype: Visualiza o contedo de arquivos; 10. SOFTWARES APLICATIVOS (PRINCIPAIS) Sute de aplicativos: Office Um dos atrativos do Windows sua gama de aplicativos, entre os aplicativos de escritrio mais populares o Windows conta com os softwares do pacote ou sute Microsoft Office: Word, Excel e PowerPoint. Tambm existem verses do OpenOffice e do StarOffice para Windows. Os programas para Windows (independentemente de serem softwares livres) no funcionam no Linux (salvo a utilizao de emuladores). Os programas para Linux, mesmo os de softwares livres, no podero ser executados no Windows. O Linux conta com os seguintes pacotes: OpenOffice: O OpenOffice possui recursos semelhantes ao Word, Excel e PowerPoint, tambm conta com interface grfica (menus e botes), alm de teclas de atalho. O OpenOffice compatvel com os formatos de arquivos usados no Microsoft Office. Tem como vantagem o fato de ser distribudo gratuitamente (foi produzido a partir da disponibilidade do cdigo-fonte do StarOffice) - vrias distribuies Linux possuem o OpenOffice como sute de aplicativos padro. Lembre-se que o grupo OpenOffice dividiu as tradues para que subgrupos lanassem suas verses em idiomas diferentes, no Brasil o OpenOffice conhecido como BrOffice - em Nov/2008 foi lanada a verso 3.0 desta sute. StarOffice: Tem a desvantagem de no ser gratuito (apesar de ter tido seu cdigo-fonte distribudo na Internet em suas primeiras verses), possui vrios aplicativos: StarWriter, StarCalc, StarImpress e Adabas, que correspondem respectivamente ao Word, Excel, Power Point e Access do Microsoft Office. H ainda o StarSchedule, uma agenda de compromissos e o StarDraw que um programa de desenho vetorial.

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KOffice: Usado nas interfaces KDE, coberto pela licena GNU. Possui os seguintes aplicativos: o KWord, KSpred e KPresenter, que correspondem ao Word, Excel e PowerPoint, respectivamente. Porm, possuem ainda: KChart, que gera grficos; KFormula, que gera equaes matemticas; Kivio, que gera fluxogramas; e Kontour, um programa de desenho vetorial, no estilo CorelDraw.

Gnome Office: Possui o Abiword, o Gnumeric, o Gimp, o Dia, o Eye of Gnome, o Gnome-PIM e o Gnome-DB .

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Anywhere Office: um Office sem o cdigo fonte disponvel, entretanto, compatvel com o Microsoft Office. Possui os seguintes softwares: Applix Words, Applix Spreadsheets, Applix Presents, Applix Graphics e Applix Mail. CorelOffice: Apesar de s possuir o WordPerfect e os tradicionais CorelDraw e CorelPhotopaint possui muitos recursos teis, principalmente no WordPerfect.

11. COMPARATIVO ENTRE APLICATIVOS WINDOWS E LINUX (mais importantes foram sublinhados): Mas, alm de um conjunto de programas para escritrio, existem outros aplicativos para PC, ento, abaixo uma pequena tabela comparativa entre os principais aplicativos Windows e Linux:

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Captulo do Livro: Informtica Descomplicada LINUX MySQL, Postgresql e Oracle Pine, Mutt, ELM, Ximian Evolution 1.0, Thunderbird. Mozilla, Konqueror, Netscape, Galeon, Lynx, Links, Dillo, Opera e FireFox Kopete, Gaim, Sim, Licq, Kit, Zicq e Amsn The Gimp, Gphoto, GTKam, Kpaint e Kooka.

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WINDOWS Gerenciamento de banco de dados Microsoft Access e SQL Server Correio eletrnico Microsoft Outlook e Outlook Express Navegador (Browser) Internet Explorer (principal) Comunicao Instantnea ICQ e Messenger Editorao Grfica Photoshop

Editorao Vetorial Corel Draw Sodipodi Player de msicas (mp3) Winamp e Media Player Xmms, xanim, xplaymidi e xwave Player de DVD WinDVD VLC Agente do Sistema (agendador de tarefas) Agente de Sistema Cron e Crontab Programas de IRC (chat) Mirc Bitchx e xchat Servidor Web ISS Apache Servidor de E-mail Exchange e NT Mail Sendmail, Exim e Qmail Compartilhamento e Proxy Wingate e MS Proxy Squid, Apache, ip masquerade, nat, diald, e exim Editorao de pginas Web MS Frontpage, Dreamwaver Netscape Composer, zope, wdm, Bluefish e Quanta Plus Gerenciador de arquivos Windows Explorer Midnight Commander e Nautilus 12. INSTALAO DE PROGRAMAS Os programas para Linux normalmente so distribudos pela Internet ou nos CDs de instalao por meio de pacotes, vejamos: Pacotes .RPM: So pacotes pr-prontos, mais fceis de instalar. Na interface grfica so autoexecutveis para a concluso da instalao. No terminal (com o usurio root), utiliza-se o comando rpm ivh nome_do_pacote.rpm. Pacotes .TAR.GZ: So programas distribudos como cdigo-fonte, a instalao destes programas requer mais trabalho por parte do usurio porque ser necessrio descompactar e compilar o programa. So alguns passos, exemplo: 1. Acesse o diretrio do arquivo e faa a descompactao: tar -zxvf nome_do_programa.tar.gz; 2. Entre no diretrio criado (use o ls para descobrir o diretrio): cd diretrio_do_programa; 3. Compilao que requer alguns comandos: a) . /configure (para rodar a configurao do programa); b) make (para compilar o programa); c) make install (para concluir - deve estar como root para fazer a concluso, lembre-se do comando su para mudar para root).

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Programas com instalador .SH: Alguns programas, como o StarOffice, possuem um instalador .sh. Quando executado o comando . /nome_do_arquivo.x.y.sh a instalao ser automatizada e com a interface grfica. 13. UTILIZAO DO TERMINAL O terminal a tela do Linux que permite a execuo de comandos. Os comandos so pequenos programas, que j fazem parte do prprio sistema operacional e que podem ser executados para realizar tarefas. Para se usar os comandos do Linux necessrio estar interagindo no modo texto (shell), a tela de interao entre o usurio e o sistema no modo texto pode ser chamada de prompt (ou aviso de comando). O shell representa uma camada entre o kenel do sistema operacional e o usurio, que interepreta os comandos digitados e os passa para o kenel e vice-versa. Existem alguns tipos de shell para Linux, veja algumas informaes retiradas do site www.vivaolinux.com.br:Desenvolvido por S.R Bourne em 1975, o Bourne Shell foi um dos primeiros shells desenvolvidos. Por ser bastante bastante simples ele continua sendo at hoje um dos mais rpidos e mais leves. A evoluo do Bourne Shell foi o C Shell. Desenvolvido por Bill Joy ele apresentava como inovaes o histrico de comandos, o alias (que permite usar um "apelido" para comandos complexos) e o controle de processos em foreground e background. Mas a caracterstica principal do C Shell era a semelhana de sua sintaxe com a da linguagem C. Recentemente tivemos o desenvolvimento do Turbo C Shell, que apresenta algumas melhorias em relao ao C Shell. Na busca da implementao do das caractersticas positivas do Bourne Shell e do C Shell, surgiu o Korn Shell, desenvolvido por David Korn. O Bash (Bourne Again Shell) surgiu como uma [sic] reimplementao do Bourne Shell realizada pelo Projeto GNU (www.gnuproject.org). Apresentando melhorias em relao ao Bourne Shell, esse shell se popularizou pela expanso em sistemas GNU/Linu...

O prompt apresenta um trao que pisca intermitentemente, este trao pode ser chamado de ponto de insero. Para abrir o prompt pode-se usar um emulador de terminal (por meio da interface grfica), exemplo: xterm, eterm, gnome terminal, konsole, rxvt... Tambm possvel abrir terminais de texto puro por meio das teclas CTRL+ALT+F1 at F6, para voltar interface grfica utilize CTRL+ALT+F7. H diferenas entre usar o prompt como usurio comum e como usurio root (administrador), para o Linux mostrar esta diferena ao usurio ser apresentada uma # (tralha) para representar que se est usando o prompt como root. E para identificar o usurio comum o Linux apresenta o $ (cifro). Como j ressaltado que o Linux utiliza histrico dos comandos j digitados possvel ao usurio rev-los pressionando as teclas (seta para cima e seta para baixo). O prompt pode ser rolado para cima ou para baixo com o auxlio da tecla SHIFT + teclas pg dn e pg up. A combinao de teclas Ctrl + z no console suspende um processo em andamento (o coloca em segundo plano) permitindo digitar outro comando durante a execuo de um programa. Scripts: Scripts so conjuntos de comandos que sero executados na ordem em que foram escritos no arquivos script. utilizado para se evitar a digitao pro vrias vezes consecutivas de um mesmo comando ou at para se compilar programas mais complexos. PID: O programa/comando, ao ser executado, receber um nmero de identificao (chamado de PID Process Identification), este nmero til para identificar o processo no sistema e assim ter um controle sobre sua execuo (querer finalizar o processo, por exemplo). Pipe | (ou cano): usado para direcionar a sada de um comando para outro comando. Ex: man ls | col-b > andre.txt Envia a sada da ajuda do comando ls, separada por coluna para o arquivo andre.txt. Comandos para aplicativos: Para os usurios que fazem uso da interface texto, a tabela a seguir mostra uma lista de comandos para os principais softwares do Linux pelo shell (lembrando que os comandos a seguir no executam uma tarefa especfica no Linux, apenas abrem um aplicativo): Editor de texto abiword Ferramenta de multimdia do KDE aKtion Editor de pginas web bluefish Navegador do Gnome galeon

Prof: Andr Alencar gedit gftp gimp gnozip gphoto gsearchtool gshutdown gtop Kaboodle kcalc kcharselect kcontrol kdesktop-network KDeveloper kdf kedit kfind kfloppy kit konsole kontour kooka koqueror korganizer kpilot kpm Kpaint kprinter ksnapshot Kuser kwrite kView

Captulo do Livro: Informtica Descomplicada Editor de texto simples do Gnome Cliente FTP do Gnome Editor de imagens do Gnome Descompactador de arquivos Zip do Gnome Editor de imagens do Gnome Procurar arquivos: S no Gnome Desligar ou reiniciar o micro do Gnome Gerenciador de processos do Gnome Ferramenta para som e vdeo do KDE Calculadora do KDE Mapa de caracteres do KDE Centro de controle do KDE semelhante ao Painel de Controle do ambiente Windows. Monitor de rede Ferramenta de programao visual do KDE Gerenciador de disco: Permite montar e desmontar parties, alm de gerenciar o espao livre Editor de texto simples do KDE Sistema de pesquisa de arquivos no KDE Formatador de disquetes do KDE Mensagens instantneas Acessa um ou mais shells no KDE Programa de imagem do KDE Captura imagens a partir de um escner, usado no KDE Gerencia arquivos e navega na Web pelo KDE Agenda de compromissos Sincroniza arquivos do Palm com o PC Gerenciador de processos do KDE, semelhante ao gerenciador de tarefas do Windows Editor de imagens do KDE Gerenciador de impresso Captura tela (substitui a tecla PrtScr) Ferramenta de configurao do KDE Editor de textos sem formatao do KDE, semelhante ao Bloco de Notas do Windows Permite a visualizao de imagens no KDE Ferramenta de configurao do linux: O Linuxconf um aplicativo avanado de administrao para um sistema Linux. Ele centraliza tarefas como configurao do sistema e monitorao dos servios existentes na mquina. Na verdade, o Linuxconf um gerenciador de mdulos, cada qual responsvel por executar uma tarefa especfica. Baixar atualizaes e correes de segurana Abre o navegador Mozilla Abre o gerenciador de arquivos Nautilus Abre o editor de HTML Quanta Plus Abre o X-Cd-Roast utilizado para gravao de CDs Cliente de IRC Programa que pode ser instalado em alguma distribuies e permite fazer a configurao do sistema de vdeo (placa de vdeo e monitor); Abre a ferramenta do Linux que utilizada para se matar tarefas que no esto respondendo. Pode-se usar o atalho

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linuxconf

mandrakeupdate mozilla nautilus quanta xcdroast xchat Xconfigurator xkill

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Captulo do Livro: Informtica Descomplicada CTRL+ALT+ESC para fechar programas que no estejam respondendo.

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14. COMANDOS BSICOS (mais importantes foram sublinhados): Para executar aes no Linux, por meio da linha de comandos, possvel usar centenas de comandos, em geral o formato de um comando : comando -opes parmetros As opes so usadas para controlar como o comando ser executado. Tambm so chamadas de flag. Exemplo: ls -a: o "-a" representa uma opo (exibir arquivos ocultos). Um parmetro identifica o caminho, origem, destino, entrada padro ou sada padro que ser passada ao comando. Exemplo: ls /usr/doc: "/usr/doc" representa o parmetro. Exemplo completo: ls -a /usr/doc: ir listar todos os arquivos (includos os ocultos) do diretrio doc que est dentro do diretrio usr que est na raiz /. sabido que a linha de comandos do Linux muito poderosa, pode-se comandar todo o sistema sem a necessidade de uma interface grfica, para facilitar o acesso aos comandos o Linux permite que sejam executados dois comandos em uma mesma linha, separando-os por um ; (ponto-e-vrgula), exemplo: ls; man ls. Como a quantidade de comandos muito grande, far-se- uma subdiviso por categorias de programas: Comandos relacionados ajuda: apropos: Permite localizar programas por assunto; info: um sistema mais moderno de obteno de ajuda sobre um comando, permite navegar por entre os hyperlinks da documentao - no to tcnico como as informaes do comando man; help: Permite obter uma lista dos principais comandos suportados diretamente pelo shell. locate: Localiza arquivos; man: Mostra uma ajuda de um comando; whatis: Exibe o que determinado comando; whereis: Utilizado para se localizar um programa; xman: Mostra ajuda, porm, mostra as pginas man no XWindow; Comandos relacionados administrao, inicializao e desligamento: adduser: Permite a criao de novas contas de usurio; alt f1: Alterna entre reas de trabalho; arch: Informa a arquitetura do computador; chfn: Muda os dados do usurio; exit: Finaliza sesso atual; free: Informa a utilizao da memria; halt: Utilizado pelo usurio root para desligar o sistema imediatamente; id: Mostra identificao do usurio atual; init: Pode ser usado para desligar (0) ou reiniciar (6). last: Informa o histrico de logs do usurio atual; login: Inicializa uma sesso; logname: Mostra o login de um usurio; logout: Finaliza a sesso atual (equivale a exit ou a Ctrl+d); mkbootdisk: Cria um disco de boot do sistema; netconfig: Permite modificar as configuraes de rede; passwd: Utilizado para alterar a senha. O root pode alterar de outros usurios e um usurio limitado s pode utiliz-lo para alterar sua prpria senha; Parmetros: -e: Faz com que a senha do usurio expire, forando-o a fornecer uma nova senha no prximo login; -k: Permite a alterao da senha somente se esta estiver expirada;

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-x dias: Faz com que a senha funcione apenas pela quantidade de dias informada. Depois disso, a senha expira e o usurio deve troc-la; -n dias: Indica a quantidade mnima de dias que o usurio deve aguardar para trocar a senha; -w dias: Define a quantidade mnima de dias em que o usurio receber o aviso de que sua senha precisa ser alterada; -i: Deixa a conta inativa, caso a senha tenha expirado; -l: Bloqueia a conta do usurio; -u: Desbloqueia uma conta; -S: Exibe o status da conta. ppsetup: Permite a configurao de conexo com a Internet. reboot: Reinicializa o computador, somente utilizar em caso de travamentos. shutdown: Tambm til para desligar o sistema. Parmetros: -r: Reinicializa o computador (dependendo da distribuio, tambm pode ser usada a combinao de teclas ctrl+alt+del); -h now: Utilizado pelo usurio root para desligar o sistema imediatamente. Ao invs de usar o now pode-se, tambm, configurar um tempo X, exemplo: -r +15: Reiniciar em 15 minutos; -h +60: Desligar em 60 minutos; -h +00:00: Desligar 0h; su: Alterna do usurio atual para um usurio determinado aps o su, ou para o usurio root se no for especificado nenhum nome aps su; uname: Informaes sobre o sistema; uptime: Informa a data e hora da ltima inicializao; useradd: Adiciona usurios ao sistema; userdel: Apaga usurios no sistema; se for usada a tag -f at mesmo a pasta do usurio ser removida. Usermod: Permite bloquear (-L) e desbloquear usurios (-U). users: Informa os usurios conectados; w: Informa os usurios conectados e o que esto fazendo; who: Informa os usurios conectados e os respectivos terminais; whoami: Mostra o login do usurio atual; Outros comandos importantes: &: Envia o comando a ser executado (a estrutura comando_qualquer &) para o segundo plano, ou seja, permite que sejam executados outros comandos enquanto o comando atual continua sua execuo, o terminal fica livre para outros comandos; Acrescentar o & deixa o terminal desocupado e cria uma espcie de "multitarefa" dentro do sistema. \: abre uma linha de comando maior para o usurio poder digitar um comando extenso; alias: Possibilita a criao de apelidos para os comandos desejados; at: Programa a execuo de um comando ou script; cal: Exibe o calendrio; Exemplos: cal 01 2000: Exibe o calendrio do ms de Janeiro no ano 2000 cal MM YYYY: Exibe a data no formato especificado cat: Concatena ou mostra o contedo de pequenos arquivos de texto, equivalente ao Type do DOS; Exemplo: cat andre.txt: Exibe o texto do arquivo andre.txt no console. cd: Mudar o diretrio (se no for especificado o diretrio este comando acessa o diretrio raiz do usurio logado); chattr: Altera os atributos do arquivo no sistema de arquivo ext2fs; chfn: Muda informaes do usurio;

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chgrp: Altera o grupo do arquivo; chmod: Altera as permisses de acesso de arquivos ou diretrios, o "+" acrescenta uma permisso e o "-" tira uma permisso. Lembre-se que apenas o root pode alterar as permisses de pastas do sistema ou de outros usurios. Parmetros: u: referente ao dono g: referente ao grupo o: referente a outros a: referente a todos Como identificar: r ou 4: Leitura w ou 2: Escrita/gravao x ou 1: Execuo 0: Sem permisso alguma 6 (4+2): Leitura e gravao; 7 (4+2+1): Controle total, leitura, gravao e execuo; Exemplo: chmod u=rwx, g=x, o=x andre chmod a+rwx, g-rw, o-rw andre Na primeira linha est se dizendo que as permisses do dono (u) devem ser totais (rwx), do grupo (g) e outros (o) apenas execuo (x). Na segunda linha, est se permitindo que todos tenham todas as permisses (a+rwx). Aps retira-se as permisses de escrita e leitura do grupo e outros (g-rw e o-rw). chown: Permite alterar o dono e o grupo de um determinado arquivo, a tag (-R) permite a aplicao em todos os arquivos e subdiretrios; clear: Limpa a tela; cmp: Compara dois arquivos; colrm: Extrai colunas de um arquivo (corta pedaos de uma linha); cp: Copia arquivos e diretrios; cron: executar comandos agendados cut: Apaga uma linha de um arquivo; date: Exibe e acerta a data/hora do sistema; df: Informa os dados de ocupao do sistema de arquivo, mostra as parties usadas ou livres do HD. Pode ser utilizado junto com vrias opes, Exemplo: # df a Opes: -a - inclui sistema de arquivos com 0 blocos -h - mostra o espao livre/ocupado em MB, KB, GB em vez de bloco. -k - lista em Kbytes -l - somente lista sistema de arquivos locais -m - lista em Mbytes -T - lista o tipo de sistema de arquivos de cada partio. diff: Compara arquivos de texto; du: Informa o espao ocupado pelos arquivos ou diretrios; file: Descreve um determinado arquivo; find: Procura arquivo; Exemplo: find /diretoriox -name andre Procura no diretoriox por arquivo com o nome andre; free: Mostra a memria do computador; grep: Procura string (conjunto de caracteres) num arquivo hdparm: Otimiza o HD, semelhante ao desfragmentador; head: Mostra as primeiras linhas de um arquivo; Exemplo: head -10 andre.txt, ir mostrar as 10 primeiras linhas do arquivo andre.txt.

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history: Mostra os comandos que o usurio j digitou; O linux guarda at os ltimos 500 comandos existe um arquivo (.bash_history) no diretrio /home do usurio que guarda tais informaes; ifconfig: Verificar as configuraes de rede (IP, Gateway e Mscara de sub-rede), permite obter informaes acerca das configuraes de rede de um outro computador (da rede); kde: Inicia a Interface grfica K Desktop Enviroment; kill: Encerra um ou mais processos em andamento; kilall: Tambm encerra programas em andamento, porm, s funciona se for mencionado o nome correto para iniciar o programa e no apenas o nome pelo qual conhecido; less: Mostra contedo do arquivo; ln: Conecta arquivos e diretrios, ou seja, cria links (ou atalhos) para arquivos ou diretrios; locate: Localiza arquivos; lpc: usado para controlar a operao do sistema de impresso de linha. Pode ser usado para desativar uma impressora ou fila de spool de impresso, para reorganizar a ordem dos servios em uma fila de impresso, para descobrir o status das impressoras, para descobrir o status das filas de impresso e para descobrir o status dos daemons de impresso. lpq: Mostra o status da fila de impresso; lpr: Imprime um arquivo; lprm: Remove trabalhos da fila de impresso; lsattr: Informa os atributos do arquivo no sistema de arquivo ext2fs lsmod: Lista os mdulos carregados pelo sistema; man: Obter ajuda sobre os comandos manual". Ex: man ls exibir ajuda do comando ls. Para sair da ajuda aperta-se q. Permite obter ajuda online para os comandos do Linux. mkdir: Cria diretrio; mke2fs: Cria o sistema de arquivo ext2fs; more: Mostra contedo de um arquivo de texto; mount: Permite a montagem dos dispositivos (discos) no Linux. Exemplo: mount /mnt/floppy Permite montar o disquete de 3,5 no Linux. igual ao A: do Windows. Para desmont-lo, execute umount: umount /mnt/floppy (O sistema no deixa desmontar se o usurio estiver acessando-o). mtools: Permite o uso de ferramentas compatveis com DOS. mv: Move arquivos ou renomeia arquivos Exemplo mv andre.doc /home/andre ir mover o arquivo do diretrio atual para o diretrio /home/andre. J o comando mv andre.doc andre2.doc ir mudar o nome do arquivo de andre.doc para andre2.doc; netstat: Mostra todas as conexes TCP, UDP, RAW e UNIX sockets. nice: Altera a prioridade da execuo de um comando. nl: Nmero de linhas arquivo; ps: Exibe os processos em execuo; pstree: Exibe os processo em execuo na forma de rvore; paste: Cola texto em arquivo; pg: Formato do arquivo para o monitor; pwd: Mostra o diretrio atual; ping: Enviar uma solicitao de ECO ICMP por meio da rede, ou seja, envia um pedido de resposta para saber estatsticas simples da conexo com outro computador; rcp: Copia arquivos entre diferentes hosts da rede. renice: Ajustar a prioridade de um processo em execuo; rm: Apaga arquivos. Opes: -r - apaga diretrios no vazios se utilizar; -rf - apaga o diretrio sem mostrar as confirmaes de excluso de arquivos; rmdir: Remove diretrios vazios;

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sndconfig: Permite configurar a placa de som; sort: Ordena arquivos; split: Quebrar arquivos em pedaos; startx: Inicia o X-Windows que a interface grfica do Linux; statserial: Exibe o status das portas seriais; tail: Exibe o fim a "cauda" de um arquivo a partir de uma linha; Exemplo: tail -10 andre.txt, ir mostrar as 10 ltimas linhas do arquivo andre.txt. Interessante ressaltar que vrios administradores de sistema utilizam este comando para verificar as ltimas incluses em arquivos de log. tail f: Permite a visualizao dinmica de um arquivo, ou seja, as ltimas linhas so exibidas na tela medida que so geradas. tar: Cria ou restaura arquivos compactados (utilizado em backups); telnet: Inicia uma sesso para acesso remoto do tipo TELNET; top: Informa os processo em execuo e o uso da CPU; touch: Cria arquivos vazios; type: Explica arquivos do sistema; uniq: Elimina linhas repetidas em arquivos: vmstat: Fornece informaes acerca do uso da memria; wc: Conta a quantidade de bytes, linhas ou palavras de um arquivo; write: Permite escrever mensagens para outro usurio da rede; zless: Mostra contedo do arquivo compactado; 15. SISTEMA DE DIRETRIOS O sistema de diretrio tambm conhecido como rvore de diretrio (uma rvore de cabea para baixo) porque organizado de forma hierarquizada. Diretrio o local utilizado para armazenar arquivos, ou seja, os diretrios permitem organizar melhor os arquivos do disco ou partio. H uma padronizao para os diretrios Linux, o Filesystem Hierarchy Standard - FHS (http://www.pathname.com/fhs/), que especifica como a organizao de arquivos e diretrios em sistemas Unix/Linux. O Linux segue o padro Unix System V. Comandos usados para o trabalho com diretrios: O sistema de diretrios do Linux muito cobrado em provas de concursos pblicos. Mas antes de saber quais so os diretrios necessrio saber trabalhar com os mesmos, abaixo uma lista de comandos utilizados para o trabalho com diretrios: . - Diretrio atual; .. - Diretrio pai, ou seja, diretrio superior ao atual na hierarquia; ~ - Diretrio home do usurio atual; O linux indica o caminho certo ao se usar o ~. Ex: ao se digitar ls ~ o Linux ir mostrar a lista de /home/andre (usurio atual); cd: Muda o diretrio atual para o diretrio escolhido ou volta para o diretrio anterior quando no se faz nenhuma especificao equivale change directory; cd.. vai para o diretrio pai e cd / vai para o diretrio raiz; cp: Copia arquivos e diretrios; Com a especificao -r permite copiar inclusive os subdiretrios; pwd: Mostra o caminho do diretrio atual; du: Exibe o tamanho do diretrio (com a especificao -s tambm exibe o tamanho dos subdiretrios); ls: Lista o contedo do diretrio atual ou do diretrio escolhido (por padro no mostra arquivos ocultos); ls -more: Quebra a lista em partes, com pausas; ls -a: Lista tambm arquivos ocultos; Arquivos ocultos ficam com um ponto . antes do nome para o usurio identificar seu atributo oculto em relao aos demais; ls -l: No mostra arquivos ocultos mas mostra o tamanho e as permisses de usurios; ls -la: Mostra tamanho e permisses inclusive dos arquivos ocultos; ls -R: Mostra tambm os subdiretrios (inclusive ocultos); mkdir: Cria diretrio;

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dircmp: Compara diretrios e arquivos; mvdir: Move ou renomeia um diretrio; rmdir: Remove diretrio; Caso seja utilizado o comando rm -rf ser feita a remoo de todos os arquivos e subdiretrios do diretrio atual (ou do indicado), sem confirmao (por causa da tag f). Obs: Sempre que se utilizar a / antes de um caminho indica-se ao Linux que a procura deve partir do diretrio raiz, quando o diretrio j se encontra no local onde o usurio est pode-se utilizar o caminho sem a / - veja os dois comandos abaixo e perceba a diferena. Exemplos de comandos relacionados diretrios: mkdir /home/andre Cria o diretrio "andre" dentro do diretrio /home. mkdir andre Cria o diretrio "andre" dentro do diretrio atual. rmdir /home/andre Remove o diretrio "andre" dentro do diretrio /home. rmdir andre Remove o diretrio "andre" dentro do diretrio atual. rm /home/andre.txt Remove o arquivo "/home/andre.txt". mvdir /home/andre /home/andre2 Transfere o contedo do diretrio "/home/andre" para o diretrio "/home/andre2". mv andre andre2 Renomeia o diretrio "andre" para o diretrio "andre2".

Principais diretrios do Linux (mais importantes foram sublinhados): / Este o diretrio raiz do sistema (no DOS o diretrio raiz era C:\). chamado de raiz porque dele sero originados todos os outros diretrios e subdiretrios, por isso a estrutura criada ser semelhante a uma raiz. Todos os subdiretrios diretos do diretrio / so diretrios do sistema e seguem uma estrutura peculiar, que deve ser mantida igual nos sistemas Linux. Ou seja, embora seja possvel criar outros diretrios no diretrio raiz, j existem alguns diretrios criados durante a instalao padro do Linux, e estes diretrios padro que sero importantes de se conhecer. O usurio root (superusurio ou administrador) pode criar diretrios no raiz e permitir que outros usurios acessem o diretrio criado (modificando as permisses de leitura/gravao). Outros usurio sem perfil (privilgios) para isso no conseguiro criar diretrios no diretrio raiz do sistema, apenas podero criar em seu diretrio local. /bin No diretrio bin (de binrios) ficam os programas para a interface ou operaes bsicas com o Linux no modo texto. o diretrio que possui o maior nmero de arquivos em qualquer distribuio Linux justamente por conter executveis e bibliotecas dos principais programas que so usados com freqncia. No bin esto os principais comandos que o usurio ir utilizar durante a interao com o sistema por meio do prompt (interao shell em modo texto), exemplos: cat, cp, ls, mv, rm, su, tar, pwd; Por exemplo o comando ls que permite exibir a lista de arquivos e diretrios do diretrio atual. /boot Boot, como j sabemos, significa inicializao, sendo assim, neste diretrio localizam-se todos os arquivos essenciais que o Linux utiliza para inicializar, para dar a partida assim que o computador

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ligado. O kernel (ncleo do sistema) e alguns arquivos do gerenciador da inicializao (so considerados arquivos estticos) ficam dentro do diretrio boot. Por questes de segurana possvel manter o /boot em partio separada. Lembre-se que o prprio gerenciador de inicializao ou de boot fica armazenado na MBR; Neste diretrio estar contida a imagem de boot para o sistema o /vmlinuz. /dev um diretrio muito cobrado em provas de concursos. Neste diretrio encontram-se os arquivos relacionados aos dispositivos de hardware (partes fsicas do computador). Os arquivos essenciais para o funcionamento do hardware, que no Windows so chamados de drivers, no Linux so conhecidos como devices por isso o nome do diretrio /dev. Os dispositivos de hardware acrescentam um arquivo neste diretrio para que possam ser devidamente utilizados (estes arquivos seriam equivalentes aos arquivos .inf que o Windows utiliza para gerenciar os dispositivos de hardware). Lembrando que os arquivos do diretrio /dev ensinam ao Linux como ele deve se comunicar e entender o hardware. Os arquivos do tipo /dev/hda ou /dev/modem so atalhos para os dispositivos de hardware; /doc Documentao dos programas. /etc Tambm muito lembrando em provas de concursos, aqui so encontrados os arquivos de configurao do sistema (como o inittab), teis para se fazerem determinadas modificaes na interface (como carregar um ambiente grfico). Os programas importantes colocam o arquivo de configurao principal neste diretrio. Por exemplo, os arquivos do X Window System (um dos ambientes grficos do Linux) se encontram em /etc/X11 e os programas residentes na memria daemons ficam no diretrio /etc/init.d. Tambm importante ressaltar que o arquivo passwd, que a base de dados dos usurios do sistema, se localiza neste diretrio. O diretrio /etc pode ser comparado ao registro do Windows, porque faz o papel de ser o esqueleto de configurao do Linux. /games Diretrio de jogos. /help Arquivos de help ou de ajuda. /home Este diretrio muito lembrando em provas porque o diretrio padro para cada usurio, ou seja, cada usurio cadastrado no sistema Linux possui, usualmente, um diretrio com seu respectivo login dentro do diretrio /home, por exemplo: /home/andre. O diretrio /home , no Linux, equivalente ao diretrio Documents and Settings que o Windows 2000 e XP utilizam para armazenar as opes e configuraes de cada usurio. No entanto, no Linux, cada usurio (que no seja administrador) s pode criar outros diretrios dentro do /home, ao contrrio do Windows que o usurio cria diretrios (ou pastas) em qualquer lugar salvo se o root der permisses diferenciadas. Neste diretrio possvel criar e salvar arquivos j que aqui o usurio comum tem permisso de leitura e gravao. /info Pginas info para obteno de ajuda. /lib Diretrio utilizado para conexo (montagem) de volumes ou drives (acionadores de disco) presentes em outros computadores da rede ou para acessar dispositivos removveis, ou seja, para montar

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um dispositivo e seu sistema de arquivos temporariamente, como o caso do CD/DVD ou ainda das modernas pen drives (memrias removveis de conexo USB). /lost+found Diretrio utilizado para armazenar arquivos temporrios de uma sesso. So excludos quando o sistema reinicializado ou desligado. /man Manuais dos comandos. /mnt Diretrio utilizado para conexo (montagem) de volumes ou drives (acionadores de disco) presentes em outros computadores da rede ou para acessar dispositivos removveis, ou seja, para montar um dispositivo e seu sistema de arquivos temporariamente, como o caso do CD/DVD ou ainda das modernas pen drives (memrias removveis de conexo USB). /opt Aplicativos adicionais (opcionais) e pacotes de softwares. /proc Diretrio virtual de informaes do sistema. Este diretrio contm arquivos especiais que recebem e enviam informaes ao kernel. Estes arquivos mostram informao dos programas ou processos que esto se executando em um momento dado. /root Diretrio home do usurio root (ou administrador). O usurio root tem um diretrio especial para seu trabalho. /sbin O diretrio sbin armazena os programas utilizados para a manuteno ou modificao no prprio sistema Linux, seriam uma espcie de programas do sistema, por serem comandos mais importantes s podero ser executados pelo usurio root (administrador geral), o comando mkfs (formatador de discos), um exemplo de programa encontrado no diretrio sbin. /spool Spool das impressoras, o spool corresponde fila de impresso. /tmp Diretrio que armazena os arquivos temporrios do sistema. Arquivos temporrios so os arquivos que so usados pelo sistema para armazenar informaes apenas por um curto perodo de tempo e depois podero ser removidos sem nenhum prejuzo ao sistema. /usr Os arquivos importantes para os usurios se encontram neste diretrio. Neste diretrio so encontrados: editores de texto, ferramentas, navegadores, ambientes grficos e etc. No /usr ficam os executveis e bibliotecas dos principais programas. Subdiretrios do /usr: /usr/bin Onde ficam a maioria dos programas e atalhos de uma instalao padro; /usr/lib Onde ficam as bibliotecas de programas, as bibliotecas so semelhantes aos arquivos DLL no ambiente Windows posto que permitem ampliar funcionalidades do programa. O Linux permite a utilizao de bibliotecas compartilhadas. Arquivos com .a so arquivos estticos e arquivos com .so so arquivos de verses compartilhadas e podem ser usadas por vrios programas (compartilhadas); /usr/local

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Funciona como o /usr, porm este diretrio utilizado quando se compila e instala um programa que no pertence a distribuio. /usr/src Neste diretrio encontra-se o cdigo fonte do kernel do Linux (os sources recursos para a modificao do sistema). Lembrando que o cdigo fonte uma espcie de arquivo que contm as linhas de programao usadas para se compilar o programa. /var Neste diretrio se encontram informaes variveis do sistema contm diretrios de spool (mail, news, impressoras), arquivos de log, manuais... Neste diretrio possvel acessar os arquivos que contm informaes dos usurios e os ltimos logins efetuados na mquina. H um subdiretrio chamado log (/var/log) que armazena diversas informaes sobre o sistema Linux (eventos do sistema) por meio do arquivo messages.

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Exemplos de uma tela com o Kurumim Linux mostrando os diretrios do Linux:

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16. ALGUMAS SCREENS DOS SISTEMAS GRFICOS DO LINUX: Tela da rea de trabalho do Linux (KDE)

OpenOffice Calc:

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Gerenciador de arquivos Konqueror

KDE Control Center