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REVIVAL / Do baú da vovó ou atuais com pegada retrô, as joias e bijuterias que marcaram época estão em alta. Para as clássicas ou moderninhas, uma peça que conta história emana personalidade, visão sustentável, reverência às memórias afetivas. Nossa capa traz a modelo Marina Dias posando para a AnnaGramm Jewelry by Cavarero. Visite conosco o mundo dos acessórios eternos. Páginas 2 e 3 FORTALEZA - CEARÁ, DOMINGO, 7 DE MARÇO DE 2021 EDIÇÃO: CLÓVIS HOLANDA [email protected] MARI HARDER/ DIVULGAÇÃO ANNAGRAMM JEWELRY JOIAS AFETIVAS

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REVIVAL / Do baú da vovó ou atuais com pegada retrô, as joias e bijuterias que marcaram época estão em alta. Para as clássicas ou moderninhas, uma peça que conta história emana personalidade, visão sustentável, reverência às memórias afetivas. Nossa capa traz a modelo Marina Dias posando para a AnnaGramm Jewelry by Cavarero. Visite conosco o mundo dos acessórios eternos. Páginas 2 e 3

FORTALEZA - CEARÁ, DOMINGO, 7 DE MARÇO DE 2021

EDIÇÃO: CLÓVIS HOLANDA

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Como uma assinatura que nos projeta diante do mundo, os acessórios, sejam eles joias, semij oias ou bij uterias, acabam repercutindo um tempo de memória. Um tempo constituído hoje, do presente, como, muitas vezes, de momentos marcantes re-gistrados no passado. Uma peça que nos foi dada ou uma herança que deixada por gente querida. Cada item é transformado em narrativa, que só sabe da sua quem a vive ou a revive. Em época ainda de pandemia, algo cada vez mais latente, mais à fl or e à pele. No presente, o passado revisitado tornou-se um porto seguro ou um apoio às novas atitudes dos tempos hoje, a aproximação também cada vez mais estreita com a sustentabilidade e os modos de con-sumo, mais conscientes e afetivos.

Constance Pinheiro, 36, arquiteta e designer, mo-radora do Crato, passou por esse sentimento recente-mente. Mudou-se no último domingo. No meio da se-mana, ela ainda tentava encontrar onde estava o que, porém, sem difi culdades para puxá-los da mente: os broches adquiridos. Sabia que os tinha, em algum lugar, onde agora mora. “Curto usá-los”, é atraída por uma pegada mais “visual”. “Gosto da estética dos anos 1980 e 1990”, responde a designer sobre a carga

retrô meio vintage complementada no estilo. Roupas que também lembram essa vibe. Além dos broches, tem carinho por “joias” da família. “Pulseiras e brin-cos dourados”, diz suas heranças da mãe.

As peças como as que tem Constance atravessam o tempo porque não é a matéria apenas em jogo. Mas o intransferível que é ressignifi cá-lo. Assim é para a ilustradora e tatuadora Deby Teixeira. Com quase a mesma idade, 34 anos, ela encontra em cada item que guarda (e são muitos e variados!) uma memória - nova - para reviver, quando e onde estiver. “Algumas peças foram presentes das minhas avós e amigas. Outras eu acabei herdando. Tenho uma relação mui-to cautelosa com os itens de valor afetivo. Mantenho muito bem cuidados e preservo os mínimos deta-lhes… como envelopes e caixas - do jeito que a pessoa mantinha”, se vê “bastante nostálgica”.

“Eu sempre gostei de guardar! Sempre tive um apreço especial por itens colecionáveis e mantenho muitas recordações da infância”, conta. “Tenho um par de brincos que as três netas ganharam ao nascer, é uma joia de família. E algumas peças que herdei quan-do minha avó morreu”, mantidas hoje em seu universo, nem tão lá, nem tão cá, um jeito de Deby. “Eu os mante-nho”, refere-se aos objetos, “para recordar de quem me deu”. “Sempre tem uma história por trás das peças e é uma maneira de homenagear e preservar a presença delas comigo”, avalia como algo maior e importante.

JULLY LOURENÇ[email protected]

DE MATÉRIA E AFETO: PEÇAS COM HISTÓRIA

NO EMBALO DO RETORNO AO PASSADO NA MODA E DA DECORAÇÃO, MUNDO DAS JOIAS E BIJUS VIVE UMA FASE REVIVAL DOS MODELOS

QUE MARCARAM ÉPOCA E SE TORNARAM CLÁSSICOS

Deby Teixeira, 34, peças de família marcam etapas da vida

BARBARA MOIRA

Constance Pinheiro: brincos, pulseiras e colares foram da mãe

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QUESTÃO DE LEITURA. Afi nal, um broche não nasce para dançar apenas uma dança. É o que ensina Tânia Leitão, da Tânia Joias. Na foto, como aqui em destaque, é seu modelo preferido, no momento. “É broche e também pendente”, amplia as possibilidades. Feito exclusivamente por um grande artesão internacional, pode parecer que é vintage, mas

não. “Não é antigo! Ao contrário, muito para moderno e versátil.

Olha as maneiras que podemos usá-lo”, ilustrou com fotos, num

papo virtual. “Como se fosse um decote! Em uma faixa na cintura! Em uma faixa na cabeça!”, só explorar. “É uma nova leitura dos broches tão usados pela Corte”, contextualiza a senhora Tânia à distância. Na foto em que aparece, preso a uma faixa de vestido. A assinatura é de modernidade e elegância, como cada item que compõe o histórico de sua maison. “Nossas coleções são o que há de mais atual no mundo joalheiro: tanto as internacionais, nacionais e autorais”, exemplifi ca a empresária, com um segundo modelo de broche, já versátil em um colar. Uma peça para sempre.

PITADA EXTRA

O BROCHE CRIADO por Nathalia Canamary, que resgata o comeback da peça em nova coleção, chamada Rosa Iracema. “Para mim as joias sempre carregam também um valor afetivo”, não só classificam-se pela sua forma e inspiração. São objetos, explica, que têm a capacidade de nos conectar com pessoas ou momentos especiais de nossas vidas. “Normalmente compramos uma joia quando estamos passando por momentos felizes e esta peça acaba por ser um símbolo deste momento”, lembra a arquiteta que virou joalheira. “Ao pensar nas minhas coleções, procuro sempre criar joias feitas para durarem além de tendências, com um desenho atemporal. Acredito que assim elas podem nos acompanhar por mais tempo e em diversas situações de vida”, expressa Nathalia.

OUTRA VEZ

É O NOME DADO AO brechó idealizado por Thayssa Sanches onde reúne além de roupas e calçados, uma seleção de joias e semijoias a postos para o garimpo. A vitrine é vista online, no Instagram, apesar de também ter um espaço físico. “Ao longo de 20 anos, consegui fornecedoras maravilhosas que me abastecem diariamente”, numa entrega que, para Thayssa, é muito mais que moda, uma conexão afetiva com o que faz e acredita, contribuindo, de bônus, à economia circular. Quem topa apoiar? Seguem os nossos achados (verifi car disponibilidade). São novos e usados “em perfeito estado que é o lema do ‘Outra Vez’”, explica curadora do acervo de luxo.

REVIVAL

QUEM CHAMA É Marina Dias, do codinome Corvina no Instagram, que ressurge num click para editorial da AnnaGramm. “Na campanha, usamos joias tanto confeccionadas por mim como herança de família”, relembra proprietária da marca, Anna Maria Cavarero. “A Marina Dias interpretou uma dama da era vitoriana. Mas não a dama vitoriana clássica: assim como

o Corvina, a marca intercala o moderno, e minimalista com o clássico e rebuscado, essa era a ideia das fotos”, comenta Anna. “A joia para mim vai além do valor material. Eu a encaro como joia afetiva porque ela me traz recordações. O fato de usar materiais nobres não limita a joia a um bem material: ela faz a joia durar muito tempo e resgatar as memórias”, compreende.

Tome notaFiorella - The Jewelled Glove@jewelledgloveNathalia Canamary@nathaliacanamaryMais informações: (85) 99940-9400

Outra Vez Brechó de Luxo@brechooutravezMais informações: (85) 98893-7059Tânia Joias@taniajoiasMais informações: (85) 9986-6827AnnaGramm Jewelry by Ca-varero@annagrammjbrMais informações: (11) 98989-6722

Na Hora - Manutenção de joias@nahoraconsertosMais informações: (85) 98774-1020Policromo - Banho de ouro@policromoceMais informações: (85) 99997-7709

O POVO MAIS

MAIS.OPOVO.COM.BR

A história dos broches, com dica de leitura e fi lme e mais fotos das peças.

Peça assinada pela designer revaloriza o granito e a década de 1990

Peça assinada pela designer

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parecer que é vintage, mas não. “Não é antigo! Ao contrário, muito para moderno e versátil.

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Tânia Leitão: broche versátil e precioso

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Por MARCOS SAMPAIO

EDITOR DO VIDA&ARTE E CRÍTICO DE MÚSICA

blogs.opovo.com.br/discografia

COMPOSITOR DO DESTINO

Joyce Silveira Moreno completou em 31 de janeiro último seus 73 anos. A idade deveria ser um detalhe menor diante de uma obra que se pautou em qualidade, brasilidade e atemporali-dade. Atemporalidade, esse é um pon-to relevante. Duvido que esta cantora, compositora, instrumentista e arran-jadora carioca tenha criado um plano de trabalho para criar um cancioneiro que desafiasse regras impostas pelo tempo, ainda mais num mercado vo-látil como o brasileiro. Ainda assim, ela alcançou tal feito.

A estrada perseguida por essa obra é bem mapeada no livro “Aquelas coi-sas todas”, lançado no fim de 2020 pela Numa Editora. O livro é uma versão re-vista e ampliada de “Fotografei você na minha roleiflex”, apanhado de histó-rias, memórias e impressões pessoais lançado em 1997. Entre uma e outra publicação, vieram mais elementos que mereciam ser registrados. “(Em 1997) comecei a escrever pequenos textos de memórias, e quando me dei conta, ti-nha um livro. Como contei na introdu-ção, o livro teve seu momento, foi bem recebido, depois ficou esgotado. Quan-do surgiu o convite para uma nova edi-ção ‘remixada’, acabei escrevendo toda a segunda parte, e o livro dobrou de tamanho”, conta Joyce em entrevista cedida na época do lançamento.

Dividido em vários pequenos capí-tulos escritos com uma prosa fluida, despretensiosa e extremamente sabo-rosa, “Aquelas coisas todas” enumera muitos encontros que Joyce teve ao longo de mais de 50 anos de carrei-ra. Um deles, por exemplo, com Chi-co Buarque, quando uma revista criou para eles um relacionamento fictício. À época, ela era apelidada como “Chi-

co Buarque de saias” e um repórter os colocou juntos num papo sobre músi-ca, depois titulado como “O novo amor de Chico Buarque”. Tudo mentira cria-da para forçar Chico a revelar seu ro-mance com Marieta Severo.

“Aquelas coisas todas” segue a tri-lha com nomes como Gerry Mulligan, Gonzaguinha, Henri Salvador, Tenório Junior e Elis Regina (“Tivemos uma amizade que durou até a partida dela. (Elis) não era uma pessoa fácil, mas as pessoas brilhantes nem sempre são fáceis mesmo. E ela era inteligente demais, engraçada, genial. Nós nos gostávamos muito”). Joyce também fala de suas posições políticas e critica um meio musical que tentou explorar sua beleza como um adendo à músi-ca. “Sempre fui ligada nessas figuras femininas libertárias, independentes, tipo (a romancista francesa) George Sand e a boneca Emília. Na verdade, fui criada por mãe solo, o que talvez tenha contribuído. Só sei que nunca quis ser musa, diva, cantora, essas coisas. Sempre quis desenvolver uma linguagem musical que fosse minha, na composição, no violão, nos arran-jos e no uso da voz como instrumento”.

E assim se fez a Joyce cantora e com-positora cujo valor musical desperta curiosidade e admiração pelo mundo. Curiosamente, embora assuma que não é nostálgica, a compositora de “Misté-rios” e “Essa Mulher” também passou em revista o álbum de estreia, de 1968. Para comemorar os 50 de carreira, ela regra-vou faixa a faixa, reencontrou os primei-ros parceiros e reuniu tudo no disco “50”. Confrontando aquela jovem artista de 20 anos com a atual, mais experiente e ma-dura, sabe o que ela descobriu? Que o fogo segue queimando com o mesmo calor.

Reavaliando as memórias registradas em 1997, Joyce

Moreno “remixa” e amplia seu livro de estreia e lança uma

nova edição com novas ideias, histórias e impressões sobre

uma carreira de mais de 50 anos reconhecida pelo mundo

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A atriz Débora Ingrid grava neste fim de semana, em Russas, seu primeiro trabalho solo. “Carta para Violeta” é uma homenagem à compositora e artista plástica chilena Violeta Parra. Com direção de Larissa Alves e trilha sonora de Clau Aniz, o espetáculo costura memórias e experiências pessoais da cearense com a história da compositora de “Gracias a la vida” e “Volver a los 17”. Viabilizado pela Lei Aldir Blanc, o projeto será lançado no Youtube.

Membro fundador do Cidadão Instigado, Fernando Catatau está envolvido agora com seu primeiro trabalho solo. Uma amostra dessa experiência pode ser conferida neste domingo, 7, às 18 horas, pelo Youtube do Cineteatro São Luiz. O guitarrista estreia no projeto “Dentro do Som”, apresentando influências que vão dos cantadores nordestinos ao rock psicodélico. O show conta ainda com Ayla Lemos (bateria) e Herlon Robson (teclados e sintetizadores).

Chico Buarque e Joyce, um namoro que não existiu

Neste domingo, 7, o Pato Fu realiza, às 16 horas, a primeira live do projeto “Música de Brinquedo”, transmitida pelo Youtube da Fundação Arcelor Mittal e pelo Facebook do programa Diversão em Cena. Criado em 2010, o projeto colocou a banda mineira tocando clássicos do rock nacional e internacional em instrumentos de plástico, muitos comprados em lojas de R$1,99. no repertório, Rita Lee, Queen, Raimundos e Jane e Herondy.

Reconhecido mundialmente como gênio depois de um longo período no ostracismo (quase foi frentista), Tom Zé tem sua vida recontada na biografia “O último tropicalista”, lançado pelo Sesc SP. De Iarará, Bahia, para o mundo, quem narra é o jornalista e médico italiano, Pietro Scaramuzzo. O livro traz depoimentos de Rita Lee, Arnaldo Antunes e Emicida, e prefácio de David Byrne.

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MARCUS LAGE

FORTALEZA_CEARÁ_DOMINGO_7 DE MARÇO DE 2021

Uma das riquezas da nossa “rain forest” (termo que, para mim, remete a corsários e conquistadores, um desrespeito à nossa soberania), são as madeiras.

Uma delas, a Aquariquara, foi muito usada por Zanine Caldas e aqui, no Ceará, pelo saudoso Reginaldo Rangel.

AMA-A-ZÔNIA

A notícia de que o Nautilus será descontinuado causou um estouro nos indicadores da haute horlogerie. Agora, o aficionado pelo Patekinho terá que se virar em Indiana Jones para ostentar um exemplar desse na coleção. A peça disparou e virou blue ship. Como diria um saudoso amigo: “Não é para quem pode, é para quem tem coragem”. O mesmo fenômeno deu-se com o Rolex Daytona, com azo na procura de consumidores chineses e indianos.

GRAAL

CLICKS

“PAZCOA”

EM BOA

ROMARIA

Voltando o calendário, faço uma analogia as Dez Pragas. Fez-se necessário que os israelitas se mantivessem em seus respectivos lares, em clima de reflexão, comunhão e oração, distinguidos pelo sangue do cordeiro, antídoto contra a Dama da Foice.

GASOFILÁCIO

Além de Waldir Xavier, aparecem no páreo, pela presidência da OAB, Andrei e Savio, ambos de sobrenome Aguiar. Este preside a Caace.

Roberta Vasques ainda não conversou com seu bookmaker e, consta, que Erinaldo, mesmo com um mandato confuso e opaco, aspira um bis.Sabedoria judaica Pior do que o fofoqueiro é quem escuta.

REVISTAS Desembargador Leonardo Carvalho editou as justas homenagens ao colega Lázaro Guimarães, que se despede do TRF. Além de pares, ministros do STJ também uniram-se ao preito.

O Ideal imprimiu seu informativo mensal, dada a efeméride que se avizinha:13 de abril, 90 anos. É um moicano, sendo o seu precursor uma agremiação hiper hermética denominada Recreação Familiar Cearense, fundada(1851) por Dr. José Lourenço e pelo meu tio, Caetano de Goveia, engenheiro construtor da cadeia, atual Emcetur.

MANU É o novo acróstico de Juliana e Bruno Queiroz, sendo ela a de número 3 desse home sweet home.

GUILTY PLEASURE Päo com manteiga, molhando no café. Quem nunca...

MEMÓRIA Fui confiado, pelas dulcíssimas Angela Gurgel e Celia Oliveira, para falar do Paço Municipal, o Solar do Mendes, outorgando-me a voz no púlpito familiar.

TEMPUS FUGIT Parabéns para Tatiana Rocha e Fabio Campos.Negue o ócio 

Leo Albuquerque chegando aos 20 de fomento mercantil.

Arthur de Castro anda bombando no mercado imobiliário, além da sorte no amor, pois Deborah Sales é chapeau.

Das boas águas de março, bolo duplo para Adriana Miranda e Fernando Férrer

Em jam session: Leandro Vasques e Bruno Queiroz

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A notícia de que o Nautilus será descontinuado causou um estouro nos indicadores da haute horlogerie. Agora, o aficionado pelo Patekinho

peça disparou e virou blue ship. Como diria um saudoso amigo: “Não é para quem pode, é para quem tem coragem”. O mesmo fenômeno deu-se com o Rolex Daytona, com azo na procura de

Da série “A Difícil Arte de legendar”: Renata e

Cristiano Guerra

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DIVULGAÇÃO

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QUADRÃOPOR Daniel Brandão

hORóscOpO peRsOnARewww.personare.com.br [email protected]

peIXes20 DE FEVEREiRO A 20 DE mARç0

AQUÁRIO21 DE JAnEiRO A 19 DE FEVEREiRO

cApRIcóRnIO22 DE DEZEmBRO A 20 DE JAnEiRO

sAGITÁRIO22 DE nOVEmBRO A 21 DE DEZEmBRO

escORpIÃO23 DE OUTUBRO A 21 DE nOVEmBRO

LIBRA23 DE SETEmBRO A 22 DE OUTUBRO

VIRGeM23 DE AgOSTO A 22 DE SETEmBRO

LeÃO23 DE JULHO A 22 DE AgOSTO

cÂnceR21 DE JUnHO A 22 DE JULHO

GÊMeOs21 DE mAiO A 20 DE JUnHO

TOURO21 DE ABRiL A 20 DE mAiO

ÁRIes21 DE mARçO A 20 DE ABRiL

Fase para exercitar seus talentos manuais. Uma postura criativa e ousada lhe conduz, diversificando suas ações e rendendo momentos prazerosos, especialmente na gestão das demandas do dia a dia, visto que Lua e Urano se harmonizam entre os setores do trabalho e material.

Ideias ousadas fazem a diferença. A tendência é que você exercite seu lado criativo e encare de maneira prazerosa as responsabilidades do dia a dia, contribuindo com pequenas mudanças que terão impacto positivo no seu cotidiano, já que Lua e Urano se harmonizam no circuito do trabalho.

pode ser bem proveitoso fazer pequenas alterações no ambiente familiar. nesta fase, a economia criativa será uma grande aliada na gestão do cotidiano, já que a Lua se harmoniza com Urano no eixo material-cotidiano. Busque dar valor aos recursos alternativos, inserindo ações prazerosas na jornada.

como os movimentos estão limitados por conta da pandemia, procure valorizar o que dá para fazer em casa, sozinho ou com as pessoas da sua convivência. Prazeres tendem a aflorar neste momento, fazendo com que você se envolva em situações divertidas e que nutrem seu intelecto.

Tente aproveitar para aprender e fazer um exercício criativo que tira sua vida do lugar-comum, como ler. Lua e Urano transitam pela área espiritual e por seu signo, e o trígono entre ambos tende a estimular a busca por conhecimento, além de despertar uma postura mais livre para exercitar a mente.

A tendência é que você adquira novos conhecimentos e quebre paradigmas face às recentes polêmicas que dividem a opinião pública. Busque agir com diplomacia diante de atritos. harmonizando as casas social e espiritual, o trígono Lua-Urano beneficia a troca de ideias de forma online.

Busque dar valor as ações feitas com quem faz parte do seu dia a dia e também nas redes virtuais por conta pandemia. A Lua forma trígono com Urano na área de relacionamentos lhe estimula a trocar ideias e se envolver em ações coletivas, nutrindo seu intelecto e criatividade.

Busque valorizar a diversidade de ideias. A Lua em trânsito na área comunicativa forma trígono com Urano no setor de relacionamentos, sugerindo um aflorar de ideias criativas na interlocução com as pessoas próximas e com quem está distante através das plataformas online.

O pensamento tende a procurar por estímulos. Isso faz com que você intensifique a interação virtual com amigos e se mostre solidário, já que a Lua se harmoniza com Urano no eixo amizades-comunicação.

Uma ótima opção para quem está sozinho ou na companhia dos entes queridos são os lazeres culturais em casa. A harmonia que se configura entre Lua e Urano no circuito da vida privada favorece o usufruto íntimo em meio a atividades prazerosas e que diversifiquem o dia a dia.

procure otimizar recursos que são negligenciados, valorizando o que se encontra no entorno imediato. Lua e Urano se harmonizam em trígono entre os setores de crise e familiar, de maneira que o pensamento dinâmico e original pode ajudar com a superação de dificuldades domésticas.

Busque ter cautela para não ficar relaxado demais a ponto de negligenciar prazos. Lua e Urano articulados em trígono no circuito de crise canalizam suas energias para as mudanças em momentos de dificuldade, fazendo com que os desafios sejam encarados com naturalidade e sem medo.

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São duas santas celebradas neste dia. Santa Perpétua e Santa Felicidade também foram um exemplo de sacrifício e martírio por Jesus Cristo. Ambas também tinham uma

relação direta, uma com a outra. Perpétua era de família nobre, já Felicidade era sua escrava. Foram presas por praticar o cristianismo. (Via Nossa Sagrada Família)

O ANJO

Os nascidos neste dia contam com a proteção do anjo Umabel. Ele o ajuda a conectar laços de amizades. Seu nome também é associado aos estudos dos

astros, da psicologia e do esoterismo. É favorecido nessas áreas. Este arcanjo também o influencia a ser uma pessoa amável e sensível.

Santa Perpétua e Santa Felicidade

Umabel

SudOkuCruzAdiNhA

O que é e como jogar1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados.2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.4. nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

O SANTO

BRINCAR

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CRÔNICASPor TÉRCIA MONTENEGRO

ESCRITORA E FOTÓGRAFA

Coluna publicada quinzenalmente. Na próxima semana, Izabel Gurgel

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PATRIARCAL Eis um livro valioso: “A Criação do Patriarcado”, da historiadora Gerda Lerner. Publicado no Brasil em edição da Cultrix, com pre-fácio de Lola Aronovich, essa história da opressão das mulheres pelos homens é obra de profunda lucidez científi ca. Longe de cair num vitimismo passional, a pesquisa mostra como a subordinação das mulheres foi resultado de um processo que, ao longo de 2.500 anos aproximadamente, envolveu relações econômicas e governa-mentais, além de mudanças de cosmogonias que fi zeram com que imperassem divindades masculinas.

Aprendi muitíssimo com a leitura, e ressalto aqui apenas um as-pecto: a falta de evidências antropológicas que atestem um matriar-cado pré-histórico. A autora explica: “Penso que só podemos falar em matriarcado quando as mulheres têm poder sobre os homens, não ao lado deles; quando esse poder inclui o domínio público e as relações exteriores, e quando as mulheres tomam decisões essen-ciais não apenas para seus parentes, mas para a comunidade. (...) esse poder deveria incluir a defi nição de valores e sistemas explica-tivos da sociedade, bem como a defi nição e controle do comporta-mento sexual masculino. Pode-se observar que defi no matriarcado como a imagem refl etida do patriarcado. Segundo essa defi nição, eu

concluiria que nunca existiu uma sociedade matriarcal.” (p.59)

Todos os indícios de épocas que celebraram a fecundi-dade e a força da mulher, todas as 30 mil esculturas da Deusa-mãe não são o bastante para uma certeza his-tórica desse teor. Ou seja: não houve qualquer período em que as mulheres detiveram o poder político, econô-mico e, sobretudo, o poder de posse sobre o corpo dos homens, regulando sua sexualidade e liberdade. Gerda Lerner observa que a criação de “mitos compensatórios” não facilita a vida das mulheres contemporâneas, e a ati-tude mais inteligente é “abandonar a busca por um pas-

sado empoderador”, para se concentrar no que ela chama de enigma central: “a participação da mulher na constru-

ção do sistema que a subjuga” (p.65).

Parece de fato incompreensível que as próprias mulheres pro-paguem a ideologia patriarcal. Uma razão, entretanto, pode es-

tar numa alternativa de domínio – porque, se inexistiu um ma-triarcado no mundo, isso não indica ausência de agressividade por parte das mulheres. Nós, tanto quanto os homens, somos capazes de oprimir – a diferença é que jamais fomos estimuladas a isso, nem premiadas por um juízo que costume ignorar nossas malda-des. Desse modo, criaturas com ganas de controlar, cercear e punir quase sempre cultivam sua sordidez na esteira do machismo, ten-do como alvo outras mulheres. Textualmente, inclusive, a identifi -cação é imediata; utilizam o mesmo léxico opressor de um homem, revelando um exercício de poder por imitação. São vítimas brin-cando de carrasco, sentindo um prazer postiço. São pobres alie-nadas que direcionam seu sofrimento para o lado errado. Só quem ganha, no fi nal, é o patriarcado.