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MOVIMENTO ECUMÊNICO ESPIRITUALISTA UNIVERSAL ESTA É UMA OBRA DA CIDE - CASA DE INVESTIGAÇÕES E DESENVOLVIMENTO ESPIRITUALISTAS EM COMEMORAÇÃO A III FESTA DE NOSSA SENHORA DO MOVIMENTO ECUMÊNICO ESPIRITUALISTA UNIVERSAL PIRACICABA - SÃO PAULO - 08 E 09 DE DEZEMBRO DE 2.001 Todos os textos e fotos deste material foram colhidos no site "Nossa Senhora de Todo Mundo" www.geocities.com/heartland/buffets/6737 Material de uso exclusivo das Casas do Movimento não podendo ser comercializado.

02 Maria Mãe Da Terra !!!

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  • MOVIMENTO ECUMNICO ESPIRITUALISTA UNIVERSAL

    ESTA UMA OBRA DA CIDE - CASA DE INVESTIGAES E DESENVOLVIMENTO ESPIRITUALISTAS EM COMEMORAO A

    III FESTA DE NOSSA SENHORA

    DO MOVIMENTO ECUMNICO ESPIRITUALISTA UNIVERSAL PIRACICABA - SO PAULO - 08 E 09 DE DEZEMBRO DE 2.001

    Todos os textos e fotos deste material foram colhidos no site "Nossa Senhora de Todo Mundo"

    www.geocities.com/heartland/buffets/6737

    Material de uso exclusivo das Casas do Movimento no podendo ser comercializado.

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    "CONVERTA-

    SE PARA O

    AMOR

    UNIVERSAL"

    1 - TTULOS MARIANOS

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    AABBAADDIIAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Tambm conhecida como Santa Maria do Bouro, por ser originria do convento do Bouro, prximo cidade de Braga, em Portugal. A imagem, muito antiga, pertencia a um recolhimento religioso chamado Mosteiro das Montanhas, que existia naqueles arredores por volta do ano 883. Com a invaso dos sarracenos, os religiosos escaparam levando consigo a imagem da Virgem.

    No tempo do Conde Dom Henrique, um fidalgo chamado Pelgio Amado, tendo-se enviuvado, decidiu consagrar sua vida orao e penitncia, abandonando a corte. Dirigindo-se a Braga, ali encontra, mais precisamente na ermida de So Miguel, um santo ermito chamado Frei Loureno.

    Pelgio o procura suplicando-lhe para que o aceitasse como discpulo. O velho eremita, a princpio, duvidou que um homem to dbil fosse capaz de segu-lo em sua vida austerssima. Frei Loureno tirou-lhe os nobres trajes e ofereceu-lhe o hbito de eremita. Pelgio cresceu de tal forma na vida de santidade que causou admirao ao prprio mestre.

    Cada um vivia em sua cela. Certa noite, o novo eremita Pelgio observou no meio do vale uma grande claridade. Contando ao velho a respeito da estranha luminosidade, na noite seguinte ficaram vigiando e os dois viram o resplendor que saa de uma das pedras iluminando grande parte daqueles vales. Ao amanhecer, trataram de constatar a razo do fenmeno.

    Para surpresa de ambos, encontraram entre as pedras uma imagem muito antiga da Virgem Maria. Felizes por tal descoberta, ajoelharam-se agradecendo a Deus por aquele favor. Mudaram as celas do alto do monte para aquele local.

    Fizeram uma ermida e ali depositaram reverentemente a santa imagem.

    O arcebispo de Braga teve notcia da prodgio e foi pessoalmente visitar o eremitrio. Vendo a pobreza com que aqueles homens viviam, ordenou o prelado a construo de uma igreja de pedra lavrada digna de abrigar a Me de Deus. Aos poucos foram aparecendo homens dispostos a se consagrarem a Deus e, unidos aos primeiros eremitas, formaram uma comunidade religiosa. Espalhou-se a fama de Nossa Senhora da Abadia. Seus milagres foram-se difundindo pela terra portuguesa. O prprio rei Dom Afonso Henriques foi pessoalmente visitar o santurio, onde deixou uma boa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus.

    Aps a descoberta do novo mundo, a imagem de Nossa Senhora d'Abadia foi trazida ao Brasil, certamente, por algum devoto bracarense, que a entronizou nos chapades do prspero "Tringulo Mineiro", onde encontramos vrias cidades que tm Santa Maria do Bouro como padroeira. Passou depois para Gois, localizando-se principalmente em Muqum e na antiga capital da provncia, a Vila Boa, que ainda conserva sua bela matriz, construda no sculo XVIII.

    Na progressista cidade de Uberaba, Minas Gerais, cultua-se mui piedosamente a Virgem Maria sob o ttulo de Santa Maria do Bouro. Sua igreja, construda em fins do sculo passado, possua em suas proximidades uma cisterna cuja gua era considerada milagrosa. Fiis vinham de longe em busca dessa gua santa. Devido aos abusos, certo dia, inexplicavelmente, a cisterna secou. Celebrada no dia 15 de agosto, a festa de Nossa Senhora da Abadia rene centenas de devotos que se dirigem Virgem do Bouro para fazer seus pedidos e apresentar sua gratido pelas graas recebidas.

    AACCHHIIRROOPPIITTAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa

    O culto a Nossa Senhora Achiropita teve incio na cidade de Rossano, na regio da Calbria, Itlia. Nesta vila, numa pequena gruta, no final do sculo VI, morava eremita santo Efrm, devoto da Virgem Maria. No ano de 590, ele conseguiu do imperador Maurcio, imperador de Constantinopla, autorizao para transformar a gruta num Santurio dedicado a Nossa Senhora.

    O governador Filpico, cunhado do imperador, visando agradar o monarca, trouxe competentes artistas de Bizncio a fim de pintarem uma imagem da Virgem Maria no fundo do templo.

    Infelizmente, o trabalho dos pintores resultava sempre em fracasso. Durante o dia trabalhavam incansavelmente em sua obra. noite, a imagem desaparecia misteriosamente. O governador, insatisfeito com o ocorrido, ordenou que a gruta fosse vigiada.

    Certa noite, o guarda cumpria seu dever em frente gruta, quando v surgir do nada uma jovem senhora, de rara beleza, trajando uma tnica de seda pura, muito alva, resplandecente de luz. A senhora pediu ao guarda para que se afastasse do local. Informado do ocorrido, na manh seguinte, o governador dirigiu-se igreja e, para sua surpresa e de todos que o acompanhavam, deparou-se com uma bela imagem da Me de Deus pintada exatamente no lugar onde os artistas, em vo, tentaram elaborar a imagem. Nossa Senhora havia pintado a sua prpria imagem! A notcia difundiu-se por toda a vila. Os fiis comearam a chegar ao lugar do milagre e aclamavam entre lgrimas e cnticos de louvor: "Achiropita! Achiropita", que quer dizer: "imagem no pintada por mos humanas!"

    Os vrios milagres ocorridos atravs de Nossa Senhora aumentaram a popularidade daquele lugar. O imperador Maurcio de Constantinopla ordenou a construo de uma baslica dedicada Virgem Achiropita. No entanto, tudo leva a crer que a atual imagem venerada no seja a primitiva. Os pesquisadores crem que a pintura de hoje possa ser uma restaurao, caso a primeira tenha realmente existido. A opinio dos estudiosos no interessa ao povo simples que prossegue procurando a proteo de Nossa Senhora.

    Imigrantes calabreses trouxeram para So Paulo uma cpia fiel daquela que se encontra na baslica de Rossano. Os religiosos da Congregao de Dom Orione, com a ajuda de muitos membros da colnia italiana em So Paulo, construram uma igreja no conhecido bairro Bixiga, na capital paulista. Este templo a igreja matriz da Parquia da Bela Vista, desde 1926. Ali pode-se contemplar uma

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    escultura da Virgem Achiropita que foi criada a partir da cpia fiel do quadro original.

    FFRRIICCAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Argel, com uma populao de mais de um milho de habitantes, ao norte da frica, a capital da Arglia, o segundo maior pas da frica. No sculo IV havia neste pas entre 600 e 700 bispos catlicos.

    Santo Agostinho, um dos maiores santos da Igreja, era argelino. Os rabes a impuseram a religio islmica a partir do sculo VII. Hoje o Islamismo a

    religio do estado, praticada por 98% da populao. Nas quatro dioceses argelinas no h mais que cerca de 60.000 catlicos.

    Em Argel encontra-se um clebre santurio mariano dedicado a Nossa Senhora da frica. Duas mulheres foram as idealizadoras deste templo:

    Margarita Bergezio e Anna Cuiquien, francesas, de origem italiana. Elas acompanharam o bispo Dom Pavy, em 1846, para dedicarem-se s obras sociais que o mesmo bispo fundara na Arglia. Quando ali chegaram as missionrias no encontraram nenhum santurio mariano. Por isso colocaram uma pequena imagem da Virgem sobre uma oliveira nas proximidades de Argel. Pouco a pouco o lugar se transformou num centro de peregrinao por parte de numerosos devotos de Nossa Senhora. As piedosas mulheres recolheram dinheiro e construram uma capela provisria em 1857.

    O atual santurio foi concludo em 1872 sobre um promontrio que domina o mar e a cidade de Argel. Numerosos so os peregrinos que o visitam. H milhares de ex-votos espalhados nas paredes. No apenas catlicos, como tambm muulmanos, especialmente as mulheres, vm de todas as partes para rezar ante a imagem da Santssima Virgem, chamada em rabe de "Lalla Mariam".

    AAGGOONNIIAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Foi nas vsperas do Natal de 1994 que a imagem de Nossa Senhora da Agonia chegou ao nosso pas, como um grande presente para o Brasil.

    Sua entrada solene na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade emocionou os que l estavam e tambm os ouvintes da Rdio Itajub, que participavam da missa das 19 horas de domingo. Tudo comeou quando um rico portugus radicado no Brasil, Sr. Antnio de Lima Costa, nascido em Lanheses - cidade prxima a Viana do Castelo, onde existe um Santurio dedicado a Nossa Senhora da Agonia - foi inspirado a trazer para o Brasil uma imagem, rplica da imagem de Portugal, para ser venerada numa igreja, cujo terreno, no alto de um monte, ele prprio faria doao Diocese.

    To logo se tomou conhecimento da existncia desse terreno (mesmo sem a imagem ter chegado a Itajub), as pessoas comearam a fazer "vias-sacras", saindo da porteira da fazenda do Sr. Costa, seguindo as "estaes"

    por uma estradinha de terra que contorna o monte, sendo rezada a "ltima estao", no local do futuro Santurio.

    S mais tarde, no Brasil, se soube que tambm em Portugal, tudo comeou com uma "via-sacra" que, partindo do Convento Franciscano de Santo Antnio, terminava no "Morro da Forca", onde se rezava a "dcima-quarta estao" no local que, mais tarde, se construiu a Igreja. A devoo a Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo to grande que, durante trs dias, toda a cidade trabalha dia e noite, para cobrir de tapetes de flores o trajeto que a Senhora faz indo em direo ao mar, onde acontece uma linda procisso de barcos.

    Nossa Senhora da Agonia em Portugal, protetora dos pescadores, que a ela confiam as suas "agonias" (lutas) travadas com o mar bravio daquela regio e, por isso, no medem esforos para realizar essa maravilhosa festa que recebe, todos os anos, cerca de duzentos e cinqenta mil romeiros nos trs dias de festa: 18, 19 e 20 de agosto (dia de Nossa Senhora da Agonia). Mas, voltemos ao Brasil, onde a imagem da Senhora da Agonia acabara de chegar aps um ano e meio de espera e, ainda, a construo de seu Santurio nem comeara. Ao lado da imagem da Padroeira do Brasil, ela fica ento, por mais de ano, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade, onde venerada por muitas pessoas que comeam a alcanar graas e mais graas, pela sua intercesso.

    Comea-se, ento um "sem fim de passeios" com a imagem, que vai, em um andor, para as praas e garagens de casas, onde so realizadas vrias Celebraes Eucarsticas; alis, a imagem no chega nem a ter um altar, mas fixada permanentemente no andor, o que facilita a sua locomoo.

    Enquanto isso, a Comunidade da qual ela padroeira comea a crescer e a se fortalecer com suas catequeses em garagens, teros nas casas, novenas na praa e vias-sacras nas ruas e no Monte do futuro Santurio. Sentiu-se, ento, a necessidade de um lugar, onde a Comunidade pudesse se encontrar e concentrar seus trabalhos, pastorais e movimentos, que foram sendo criados paulatinamente.

    A "Igreja-viva" (a mais importante) estava sendo construda rapidamente a olhos vistos, mas a "Igreja-de-pedras" ainda continuava no papel. Foi ento que no dia 19 de maio de 1996, a imagem de Nossa Senhora da Agonia foi entronizada numa cerimnia de Primeira Comunho, numa pequena capela provisria situada Rua Prefeito Tigre Maia, em um terreno emprestado por um gentil

    morador de um dos bairros que rodeiam o Monte onde ser construdo o Santurio.

    Um ano depois acontece, tambm numa Celebrao de Primeira Eucaristia, a entronizao do Santssimo Sacramento nesta Capelinha, o que veio a fermentar ainda mais a vida em comunidade e as devoes eucarstica e mariana.

    Uma orao a Nossa Senhora da Agonia, composta por uma carmelita de Pouso Alegre, recebeu aprovao eclesistica, por ocasio de sua primeira festa aqui no Brasil; a partir de ento, milhares de estampas da Virgem, contendo essa orao, esto sendo distribudas por todo o territrio nacional e at mesmo fora dele.

    Dentre alguns fatos que mostram o poder da Me de Deus, sob a invocao de Nossa Senhora da Agonia,

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    destacamos um particular, o ocorrido quando de sua chegada ao Aeroporto do Galeo, no Rio de Janeiro. A comitiva designada para trazer a imagem para Itajub encontrou grandes embaraos para retir-la do aeroporto. Alm de uma quantia em dinheiro que no se dispunha na ocasio, foram exigidos documentos que no tinham vindos de Portugal e, por isso, no era possvel liberar a imagem.

    Rezava-se e invocava-se a interveno de Nossa Senhora da Agonia, quando o principal encarregado pela liberao da preciosa encomenda na alfndega aparece e pergunta ao Sr. Azevedo (portugus amigo do Sr. Costa, que recebeu a procurao do nosso proco para represent-lo na retirada da imagem):

    O senhor o Padre Tarcsio?

    No, eu sou o seu procurador, respondeu o Sr. Azevedo, com sotaque portugus

    Ainda bem, pois eu no gosto de padres! Mas para o senhor vou contar o que me aconteceu. Eu sou ateu, no acredito em nada, mas, ao abrir a caixa da mercadoria de vocs, logo que retirei sua tampa e afastei com as mos as palhas que protegiam a imagem, apareceu o rosto de Nossa Senhora com aquelas lgrimas... Bem, alguma coisa aconteceu dentro de mim. Quer saber de uma coisa? Podem lev-la e que ela nos proteja! E as pessoas da comitiva, alegres, festejaram e agradeceram a Senhora da Agonia pelo seu primeiro "milagre" em terras do Brasil, feito no corao daquele que se dizia ateu.

    AAKKIITTAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    Em 28 de junho de 1973 uma ferida em forma de cruz apareceu na palma da mo esquerda da Irm Agnes. A ferida sangrou abundantemente e causou-lhe muita dor. Em 6 de julho a Irm Agnes ouviu uma voz vinda da esttua da Bem-aventurada Virgem Maria na capela onde ela estava rezando. A esttua foi esculpida de um nico bloco de madeira de uma rvore Katsura e

    tem um metro de altura. Nossa Senhora falou com a Irm Agnes e lhe deu uma mensagem.

    No mesmo dia, algumas das irms notaram gotas de sangue fluindo da mo direita da esttua. Em quatro ocasies este ato de escorrimento de sangue se repetiu. A ferida na mo da esttua permaneceu at 29 de setembro, quando desapareceu. Em 29 de setembro, o dia em que a ferida na esttua desapareceu, as irms perceberam que a esttua agora tinha comeado a "suar", especialmente na testa e pescoo

    Em 3 de agosto, a Irm Agnes recebeu uma segunda mensagem. Em 13 de outubro, ela recebeu a terceira e ltima mensagem.

    Dois anos depois, em 4 de janeiro de 1975, a esttua da Bem-aventurada Virgem comeou a chorar. Ela continuou a chorar, com intervalos, pelos prximos 6 anos e oito meses. Ela chorou 101 vezes.

    Uma religiosa, Agnes Katsuko Sasagawa recebeu os estigmas e tambm recebeu mensagens de Nossa Senhora.

    Junho de 1988, Cidade do Vaticano: Joseph Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregao para a Doutrina da F, proferiu julgamento definitivo sobre os eventos e mensagens de Akita como confiveis e dignos de f.

    A Igreja aprovou as mensagens e as lacrimaes da esttua como sobrenaturais.

    Abril de 1984: O Reverendssimo John Shojiro Ito, Bispo de Niigata, Japo, aps anos de extensas investigaes, declarou que os eventos de Akita, Japo so de origem sobrenatural, e autorizou para toda a diocese a venerao da Santssima Me de Akita.

    Em 22 de abril de 1984, aps oito anos de investigaes, aps consulta com a Santa S, as mensagens de Nossa Senhora de Akita foram aprovadas pelo Bispo da diocese.

    Na vila japonesa de Akita, uma esttua da Me, de acordo com o testemunho de mais de 500 cristos e no-cristos, incluindo o prefeito da cidade, budista, exalou sangue, suor e lgrimas.

    (VER MENSAGENS - AKITA)

    AALLEEGGRRIIAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Gianna Talone Sullivan a vidente de Emmitsburg, estado de Maryland. Ela recebe mensagens de Nossa Senhora.

    Mensagem principal: Converso, humildade diante de Deus.

    Nota: Ainda no recebeu um

    parecer oficial da S Apostlica.

    VER MENSAGENS (EMMITSBURG)

    AALLMMUUDDEENNAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Padroeira de Madri - Espanha

    Como se sabe, a bela capital espanhola antiqussima. Roma ainda nem fora fundada e Madri j se orgulhava de sua antigidade. Foi ela uma das primeiras vilas da Pennsula Ibrica a se cristianizar. Reza a tradio, So Tiago a pregou o evangelho, construindo um pequeno templo, com a ajuda de seus discpulos, dedicado Maria Santssima, onde teria deixado uma imagem de Nossa Senhora

    esculpida em madeira. A perseguio romana levou a Igreja local a possuir muitos mrtires. Os invasores godos, contudo, aps vencerem os romanos, abraaram a f crist e uma outra igreja foi construda no lugar da primitiva capela de So Tiago.

    O conde D. Julin, cujo nome permanece execrado nos anais da histria espanhola como traidor, facilitou a entrada dos rabes do norte da frica na pennsula.

    Transcorria o ano 714 e os invasores se aproximavam da capital. O povo cristo, desesperado, reuniu-se em torno da Virgem para suplicarem auxlio. Entretanto, a vila no dispunha de recursos suficientes para resistir. Surge, ento, um problema: o que se faria com a to venerada imagem para preserv-la da destruio? Decidiram escond-la num vo da muralha da cidade. Confiantes de que poderiam resgat-la mais tarde, assim fizeram.

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    Os vitoriosos, certos de que permaneceriam para

    sempre na vila, transformaram a capela em mesquita. Trezentos e sessenta e nove anos depois, D. Alfonso VI, rei de Castela, auxiliado pelo clebre D. Rodrigo Daz de Bivar, El Cid Campeador, derrotou os mouros em Toledo, tornando vivel a reconquista de Madri, o que aconteceu pouco depois.

    Dessa forma, em 1083, a antiga igreja foi reconsagrada e novamente dedicada Virgem. Os habitantes ainda se recordavam, meio vagamente, de que uma imagem da Virgem ficara escondida na muralha por ocasio da conquista da vila. O prprio Rei se disps a ach-la. Por um prego, ordenou que toda a populao, por meio de jejuns, oraes e penitncias, suplicassem Nossa Senhora que se dignasse mostrar o lugar onde fora guardada a sua escultura. No dia 9 de novembro de 1083, nono dia, os citadinos em massa dirigiram-se em procisso at a igreja. Em meio nobreza, eclesisticos e cavaleiros, destacava-se El Cid, heri nacional, vencedor de sete reis mouros.

    Aps a celebrao da missa, o cortejo comeou a percorrer a vila, em piedosa investigao. Mas ningum encontrou nada. O desnimo tomou conta de todos.

    Mas a tristeza no duraria muito tempo. Durante essa mesma noite, a muralha partiu-se, deixando aparecer em um nicho a milagrosa imagem, to bem conservada como se tivesse sido ali depositada na noite anterior. E ainda puderam ser acesas as velas que ali tinham sido colocadas h quase quatro sculos. Foi feita uma nova procisso, ainda mais solene, que conduziu a Virgem ao seu antigo altar.

    D. Alfonso VI quis que ela passasse a se chamar Santa Maria la Real de la Almudena, por haver permanecido tantos sculos escondida em um local da muralha perto do almudin (mercado ou armazm) que os mouros ali haviam instalado. A Santssima Virgem foi ainda proclamada Padroeira de Madri.

    Pouco depois da morte de Alfonso VI, Madri foi mais uma vez atacada pelos mouros, comandados por Al-Aben-jucet. Mais uma vez a cidade estava despreparada para a defesa. Al Jucet determinou manter o cerco cidade, at que a fome obrigasse o povo a se render. Os sitiados recorreram Virgem, que os atendeu. Uma peste terrvel assolou o campo inimigo. Os que no foram atingidos pela peste foram obrigados a fugir desesperados.

    Novo assalto ocorreu vinte anos depois. Os sarracenos usaram a mesma ttica: sitiaram a cidade esperando a sua rendio por causa da fome. Quando j no havia o que comer, uns meninos que brincavam junto igreja, abriram um pequeno buraco num de seus pilares. Por ele comeou a escorrer um p branco que se verificou ser farinha de trigo de excelente qualidade. Derrubaram ento uma parte da parede lateral da igreja, onde o pilar se encostava e descobriu-se a um silo desconhecido. O trigo era to abundante que os espanhis jogaram parte dele sobre os mouros, exibindo fartura, para que perdessem a esperana de venc-los pela fome.

    Os mouros, uma vez mais, bateram em retirada.

    A esta imagem recorreu Santo Isidro, o Lavrador, quando seu filho caiu em um poo. Assim que suplicou Virgem, as guas do poo comearam a subir suavemente at que o pai pde resgatar seu filho so e salvo.

    A milagrosa imagem esculpida em madeira odorfica, que lembra os cedros do Lbano. A pintura to consistente que mesmo os desgastes naturais do tempo no conseguiram deterior-la. Uma particularidade surpreende, comprovada historicamente: impossvel conseguir-se fazer

    uma cpia idntica ao original. Muitos artistas tentaram reproduzi-la, mas confessaram seu fracasso.

    No dia 29 de agosto de 1640, instituiu-se na igreja de Santa Maria a "Esclavitud de la Virgen de la Almudena", constituindo-se seu primeiro escravo o prprio Rei, D. Felipe IV, no que foi seguido por seus sucessores. Nossa Senhora da Almudena uma das nove imagens objeto de devoo das Rainhas da Espanha. Estas, quando esto para dar a luz, costumam visitar tais imagens quando suplicam a Maria Santssima a graa de um bom parto.

    AALLTTAAGGRRAACCIIAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    H mais de trs sculos, um colonizador espanhol, muito rico, residente na regio de Duey, So Domingos, fez uma viagem cidade de Ozam para vender gado, no comeo de Janeiro. Possua duas filhas: a mais velha, mais vaidosa, pediu-lhe que trouxesse de presente vestidos e colares. A outra, com apenas 14 anos, mais voltada piedade, pediu uma imagem da Virgem de Altagracia. O pai

    estranhou tal pedido, j que nunca ouvira falar dessa Nossa Senhora. De qualquer modo, a menina garantiu-lhe que a encontraria.

    De retorno, levava os presentes da filha mais velha e, no corao, um profundo pesar por no ter encontrado a Virgem de Altagracia para a menina. Procurara a imagem por todos os lugares onde passara, chegando a consultar os Cnegos do Cabido e ao prprio Arcebispo, que no conheciam tal invocao mariana. Ao passar por Los Dos Rios, pernoitou em casa de um velho amigo. Nessa passagem, ao anoitecer, enquanto ceavam, o hspede falou sobre sua tristeza em chegar em casa sem o presente que prometera sua filha predileta. Oportunamente, um senhor idoso, que havia pedido para lhe deixarem passar ali aquela noite, levantou-se do lugar afastado onde se encontrava, aproximou-se mesa e disse: "Como no existe a Virgem de Altagracia? Eu a trago comigo". E enfiou a mo em seu alforge, e mostrou uma pintura de Maria adorando a um menino. O pai, vendo realizado o sonho de sua filha, convidou o ancio que passasse em sua casa para receber um donativo em retribuio sua generosidade.

    No dia seguinte, ao se levantar, a famlia procurou e no encontrou aquele senhor idoso.

    Eis, em linhas gerais, a histria do aparecimento deste primeiro quadro de Nossa Senhora de Altagracia. Ele possui 33 centmetros de largura e 45 de altura. Segundo a opinio dos especialistas, trata-se de uma obra primitiva da escola espanhola pintada nos finais do sculo XV. A tela, que mostra uma cena da natividade, foi restaurada com sucesso, na Espanha, em 1978. Agora possvel apreciar-se toda sua beleza e cores originais. Sobre a tela aparece a cena do nascimento de Jesus. A Virgem, formosa e serena ocupa o centro do quadro.

    Conta a tradio que, a menina, acompanhada de vrias pessoas, foi receber seu pai no mesmo local onde hoje se situa o Santurio de Higey. Ela, aos ps de uma laranjeira que ainda se conserva, apesar dos anos, mostrou s pessoas, naquele dia 21 de janeiro, sua to desejada imagem. A partir desse dia, ficou estabelecido o culto Virgem de Altagracia, que foi tambm chamada de Virgem da Menina.

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    A devoo Virgem de Altagracia tornou-se muito

    popular. Ao seu santurio, todos os anos, acorrem milhares de romeiros. A moderna baslica, em Higey, capital da Provncia de Altagracia, construda entre 1974 e 1978, o monumento religioso mais importante de Santo Domingo e centro religioso que atrai a ateno de todos os povos latino-americanos. o lugar onde o povo dominicano encontra sua padroeira, a Virgem de Altagracia.

    AAMMEEIIJJOOEEIIRRAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Em Portugal, no final do sculo XIII, Nossa Senhora foi venerada com este ttulo num grandioso templo. Ao redor do templo havia uma casa para abrigar os romeiros e na qual residia o ermito. Do lado esquerdo da construo se vem vestgios de uma piscina, na qual, segundo a tradio, se operaram vrios milagres.

    A origem desta devoo data do ano de 1217, quando frei Soeiro, depois de fundar o primeiro Convento da sua Ordem dos Pregadores, no alto da serra da Neve, viu brilhar ao longe uma luz e, seguindo sua direo, foi encontrar uma imagem de Nossa Senhora com o Menino nos braos, num lugar chamado a Ameijoeira. Da o nome que se d a Maria Santssima nessa regio.

    O terremoto de 1755 destruiu totalmente o templo. A imagem de Nossa Senhora foi removida para a igreja paroquial de Abrigada, para onde os romeiros comearam a se dirigir. Outro terremoto, o do ano de 1908, destruiu a igreja paroquial de Abrigada, sendo ento a imagem colocada na capela de So Roque da mesma freguesia, onde ainda se encontra.

    AAMMOORR DDIIVVIINNOO,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddoo

    Na localidade de Correias, prxima cidade de Petrpolis, Rio de Janeiro, Brasil, encontra-

    se uma capela histrica dedicada Senhora do Amor Divino, talvez a primeira do Brasil sob este orago.

    Este culto, de origem portuguesa, teria sido praticado anteriormente na fazenda "Rio da Cidade", em oratrio particular, onde foi construdo um

    templo consagrado em meados do sculo XVIII

    Dom Pedro I vrias vezes se prosternou ante a imagem para implorar o restabelecimento da sade de sua filha Paula Mariana, hospedada na fazenda do Padre Correia durante muito tempo por indicao mdica. O Imperador assistiu ali, quando voltava de sua viagem a Minas, primeira missa do ano 1831, ltimo de sua estadia no Brasil.

    Na dcada de 1930, o santurio deixou de celebrar o culto pblico, que foi transferido para a atual matriz de Correias, mais moderna. Porm, o artstico altar assim como a imagem da Virgem do Amor Divino foram levados para o novo templo.

    A matriz de Correias sede da nica parquia brasileira dedicada a este ttulo mariano. H um santurio de Nossa Senhora do Amor Divino em Roma.

    O Seminrio Diocesano de Petrpolis tem Nossa Senhora do Amor Divino como patrona.

    AAMMPPAARROO,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddoo

    Nos primeiros trezentos anos da Histria da Igreja, os cristos se preocuparam com a prpria existncia, por fora das perseguies romanas. Realizavam os cultos s escondidas, nas Catacumbas. Por isso, era impossvel aprofundar as belezas contidas nas palavras dos evangelistas.

    Constantino I, denominado, tambm, de "o Grande" nasceu em Naissus no ano 274. Na vspera da batalha, na luta de sucesso, ele teve um sonho, no qual lhe pareceu ver um escudo com uma cruz, e ouviu uma voz que dizia "com este sinal, vencers". Ele mandou, ento, pintar nos escudos dos seus soldados o smbolo da salvao. Realmente, venceu. Tornou-se imperador no ano 306. Foi consagrado protetor da nova religio, com sua vitria sobre Maxncio, junto s muralhas de Roma.

    Em 313, decidiu, definitivamente que o Cristianismo seria a religio do Imprio. Pelo edito de Milo, os adeptos da nova f, ficavam livres para praticar a sua religio livremente.

    Essa liberdade trouxe a grande vantagem de poderem meditar mais sobre o contedo das palavras de Cristo. Entre elas, foi a doao de Sua Me Maria, como nossa me espiritual, quando, pregado na cruz, olhando para So Joo, que nos representava, lhe disse: "Eis tua me".

    Conforme narra a lenda, os cristos quiseram representar essa incumbncia, para sempre. A pedido de Nicodemos, So Lucas pintou e esculpiu Maria ao p da cruz, recebendo o mandato de ser me de todos, representados por So Joo. Ao evangelizar a Pennsula Ibrica, So Tiago levou consigo a pintura para homenagear a Me de Deus e nossa. Da se explica a grande devoo popular Me de Deus em toda aquela regio. Muitos santurios foram construdos para venerao daquela que Jesus nos deixou por me.

    A devoo do povo no demorou em perpetuar a grande bondade de Cristo em dar Maria como protetora. Referindo-se aos seus cuidados maternos, todos queriam colocar-se sob seu "amparo". Assim que pessoas, vilas, cidades foram postas sob o manto de Maria, representando a proteo celestial da me do Salvador e nossa. No Brasil, h trs Municpios com nome de Amparo, um, no Estado de

    So Paulo, outro no Estado de Sergipe: Amparo de So Francisco e no Estado do Minas Gerais: Amparo da Serra.

    Um dos primeiros templos brasileiros dedicados Nossa Senhora do Amparo foi o de Olinda, que j existia em 1617 e foi reconstrudo trinta anos depois. A cidade de Januria, no estado de Minas Gerais, beira

    do Rio So Francisco, a tem como padroeira.

    No decorrer dos sculos, esse amparo foi simbolizado de diferentes maneiras: Maria cobrindo com seu manto aos seus devotos; Maria sentada, segurando com sua mo esquerda o Menino Jesus de p sobre os joelhos e com a mo direita em sinal de bno aos que a invocam; Maria em p com Jesus deitado no brao esquerdo e com a mo

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    direita afagando o menino que, por sua vez, nu, quer significar nossa extrema pobreza necessitando da proteo materna.

    AANNGGEELLIINNAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    A Colnia de Angelina foi fundada ao 10 de dezembro de 1860, pelo Presidente da Provncia Francisco Carlos de Arajo Brusque, tambm encarregado de criar, na mesma poca, as colnias de Terespolis e Brusque.

    Logo no incio da fundao, foi erigida uma Capela, sob a invocao de So Carlos Borromeu, feita de barro, s margens do rio Mondeo. Em 1863, Pe. Roberto Bucher ali celebrou a primeira Missa.

    At 1891 a Capela pertencia Parquia de So Pedro de Alcntara. Desta poca em diante, at a sua ereo em Parquia, pertenceu ao Curato de Terespolis e, posteriormente, Parquia de Santo Amaro, sendo atendida pelos Padres Franciscanos.

    Em 1897 iniciou-se a restaurao total da antiga Capela, sendo que, a 08 de janeiro de 1899, Frei Burchardo Sasse OFM, nela celebrou Santa Missa, benzendo as novas instalaes.

    Em 1899 foi iniciada a construo de uma Gruta, em honra de Nossa Senhora de Lourdes. A iniciativa foi de Frei Zeno Wallbroehl OFM, para cumprir promessa feita em 1897, durante uma enfermidade, em que havia sido desenganado pelos mdicos. Nesta gruta foi colocada uma esttua de Nossa Senhora de Lourdes, medindo 1,90 m., doada por Frei Zeno e benta por Dom Jos de Camargo Barros, Bispo de Curitiba, no dia 14 de agosto de 1902.

    Os trabalhos de acesso gruta, que duraram cerca de 5 anos, estiveram a cargo dos Freis Josaphat Immenkoeter e Burchardo Sasse OFM, sendo que somente a 15 de agosto de 1907 foi a imagem colocada em seu nicho, aps uma solene Missa e grandiosa procisso comemorativa.

    A 10 de junho de 1910 foi fundado o Apostolado da Orao na Capela.

    Em 1920, no definitrio dos Padres Franciscanos, foi decidida a instalao de uma Comunidade em Angelina. Aps estudos, optou-se por adquirir uma casa j construda, para nela se instalar a nova Comunidade.

    A 8 de abril de 1921, pelo Decreto n 6, assinado por Dom Joaquim Domingues de Oliveira, foi criada a Parquia de Angelina, sob a denominao de Imaculada Conceio de Angelina, com territrio totalmente desmembrado da Parquia de Santo Amaro. A cerimnia de instalao e posse do primeiro Vigrio, Frei Gervsio Kraemer OFM, foi presidida pelo Cn. Francisco Giesberts, ento Proco de So Pedro de Alcntara, pelas 9 horas do dia 17 de abril de 1921.

    No dia 26 de fevereiro de 1927, para grande alegria da Comunidade, chegaram as Irms Franciscanas de So Jos, em nmero de 3 (Irms Pelgia, Emanuela e Simplicia).

    Ali fundaram, com a devida licena do Arcebispo Metropolitano, um Colgio e um Noviciado de Irms, este instalado j a 4 de outubro de 1927, com 5 moas aspirantes vida religiosa.

    O Colgio, que denominado Nossa Senhora de Angelina, foi inaugurado a 4 de agosto de 1929, iniciando suas atividades a 6 de agosto do mesmo ano, com 30 alunos.

    A 17 de fevereiro de 1963 fundou-se uma Sociedade Civil sem fins lucrativos, com o objetivo de construir um hospital para a Comunidade. Aps a construo, previam os estatutos sociais, a obra deveria ser entregue

    administrao da Congregao das Irms Franciscanas de So Jos. Concluda a obra, a prpria Sociedade passou a administr-la, entregando-a quelas Irms somente em julho de 1983, estando o Hospital funcionando, plenamente, at hoje.

    A 8 de outubro de 1946 foi iniciada a construo da nova Igreja Matriz, que veio a ser inaugurada a 23 de maio de 1948.

    Pela Lei Estadual n 781, de 7 de dezembro de 1961, Angelina foi elevada categoria de Municpio.

    Por Decreto Episcopal de Dom Afonso Niehues, datado de 06 de fevereiro de 1988 foi criado o Santurio Arquidiocesano de Nossa Senhora de Angelina, instalado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceio e na Gruta anexa. As cerimnias de instalao foram presididas pelo ento Bispo Auxilar de Florianpolis, Dom Murilo Sebastio Ramos Krieger, SCJ, no dia 11 de fevereiro do mesmo ano. O mesmo Decreto determinou que, "o Reverendssimo Proco de Nossa Senhora da Imaculada Conceio, de Angelina, assume, cumulativamente, o ttulo e ofcio de Reitor do Santurio. " Em consequncia desta determinao, foi nomeado primeiro Reitor do dito Santurio Frei Ceciliano Meurer OFM.

    AANNGGEERRAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    Em 29 de setembro de 1987, trs meses aps completar 18 anos, ele demaiou quando voltava do colgio em companhia de um colega chamado Celestino Cruz. Pedro caiu sobre um formigueiro a cerca de 500 metros de sua casa

    O companheiro Celestino correu para a casa de Pedro a fim de chamar os pais dele. Enquanto o colega estava ausente, Pedro viu uma moa vestida de branco,

    parecendo uma freira.

    Essa jovem o segurou pelos braos, levantando-o ao mesmo tempo que dizia: "Vou tirar-te das formigas".

    Quando os familiares de Pedro chegaram ao local o encontraram ainda sem sentidos, na varanda da Escola Capito Domingos Marques, situada a poucos metros do local onde cara.

    Os livros que se espalharam sobre o formigueiro quando ele caiu, estavam arrumados ao seu lado. Levado para casa, Pedro ainda permaneceu inconsciente durante mais duas horas.

    Ao acordar perguntou pela freira que o havia tirado de cima do formigueiro (ele pensava que tinha sido a filha de uma vizinha, uma freira que morava em Feira de Santana).

    No dia seguinte, Pedro foi submetido a exames cardiolgicos, neurolgicos e psiquitricos que nada revelaram de anormal.

    A segunda apario ocorreu em 1 de outubro. Pedro estava em um dos quartos de sua casa, conversando com duas de suas irms quando desmaiou.

    Ao acordar viu a jovem que o ajudara dois dias antes. Ele a apresentou s irms, como elas nada viam retiraram-se do quarto deixando Pedro a ss.

    Por uma fresta da porta as irms de Pedro ficaram observando-o "conversar" com algum invisvel. Notaram

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    que no havia qualquer som, apenas os lbios de Pedro mexiam-se como se estivesse dialogando com algum.

    De acordo com Pedro, a jovem no se identificou mas o aconselhou a procurar o primeiro padre cujo nome lhe ocorresse dizendo-lhe que esse sacerdote iria ajud-lo. Pediu-lhe tambm que passasse a rezar o tero todos os dias juntamente com seus pais, irmos e irms.

    Depois disso, "a moa prometeu que voltaria e desapareceu".

    Alguns dias depois Pedro procurou o padre Hermenegildo de Castorano, do municpio de So Gonalo narrando-lhe suas vises e dilogos com a Santa.

    Aps refletir por algum tempo depois que Pedro concluiu sua narrativa, o Pe. Castorano bateu no ombro dele dizendo "Meu filho, eu vou te ajudar", tornando-se desde ento o diretor espiritual do jovem. No dia 3 de outubro, por volta das 18 horas, a famlia de Pedro rezava o tero quando ele ouviu uma voz que o chamava para fora da casa.

    Ele pediu que uma de suas irms fosse ver quem era.

    Ela saiu e no ouviu nem viu nada, entretanto, Pedro continuava a ouvir o chamado, reconhecendo nele a voz da jovem que havia lhe aparecido anteriormente. Pedro resolveu atender ao chamado, saindo para o terreiro da casa onde ainda no havia luz eltrica. A cerca de 200 metros, perto do tanque de gua da fazenda ele viu um arco de luz para onde se dirigiu incontinenti.

    Seus pais e irmos pensavam que Pedro estivesse ficando louco e tentaram det-lo, no pressuposto que ele iria se atirar na gua.

    Juntamente com uma irm, Pedro caminhou em direo luz que via sobre uma pequena elevao de barro proveniente da construo do tanque.

    Ao chegar perto da luz, caiu de uma s vez com os dois joelhos no cho, fixando o olhar em ponto no alto.

    Ele viu, ento, envolta naquela luz a mesma moa que lhe aparecera antes.

    Ela insistia com ele para que todos continuassem orando e disse-lhe que a partir daquele dia ele estaria curado dos desmaios que vinha sofrendo, segundo ela uma preparao para as aparies. Textualmente a viso afirmou: "No tenhais medo, pois Eu sou a Me de Jesus. Estou aqui porque preciso de ti para ajudar Meus pobres filhos que precisam do Meu auxlio." Logo em seguida a jovem desapareceu.

    Essa foi a terceira apario de Nossa Senhora a Pedro Rgis.

    A partir de ento as aparies vem ocorrendo nesse mesmo lugar, onde Ela pediu que fosse erguida uma cruz.

    As aparies tornaram-se uma rotina na vida de Pedro. Por volta das 20:30 horas, normalmente s teras-feiras e sbados, aps rezar o tero juntamente com as pessoas presentes, Pedro d dois passos para frente e cai de joelhos, com o tero em uma das mos e o olhar fixo no ponto mais alto da cruz.

    Segundo ele, Nossa Senhora se apresenta como uma jovem de mais ou menos 20 anos de cabelos pretos e olhos azuis da cor do cu. Ela aparece quase sempre vestida de branco, s vezes usando tambm um manto azul, sempre descala e de mos postas, pairando uns 30 cm acima do cho, em frente cruz.

    Em portugus ela fala com Pedro, transmitindo-lhe uma mensagem que rapidamente anotada em folhas soltas de papel oficio sobre uma prancheta porttil.

    Ao trmino da mensagem, Pedro conversa com a Santa durante uns poucos minutos e a viso desaparece logo em seguida, instantaneamente.

    Nesse momento Pedro levanta-se e comea a ler a mensagem que recebeu, grafada em garranchos que s ele compreende.

    Nota: Ainda no recebeu um parecer oficial da S Apostlica

    VER MENSAGENS - ANGERA

    AANNGGSSTTIIAASS,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaass

    Nos primeiros tempos aps a reconquista de Granada pelos reis catlicos, vrios devotos cristos, membros de uma irmandade, mandaram construir nas imediaes da cidade uma ermida que, no se sabe por que motivo, puseram sob a proteo das angstias de Nossa Senhora; mas de crer que a idia partisse de algum confrade devoto das dores da Santssima Virgem.

    O caso que com este nome foi conhecida desde logo a ermida, e que os que haviam mandado edific-la resolveram colocar nela uma imagem de Nossa Senhora que justificasse, com sua figura e aspecto, o seu nome.

    Com esse intento comearam a tomar as necessrias providncias para encontrar um artfice que fizesse a imagem conforme a idealizavam os confrades, e eis que certa tarde entram na ermida dois belos rapazes conduzindo uma senhora coberta com um manto preto. Chegados os trs ao p do altar, a permaneceram em orao durante muito tempo. Ao escurecer retiraram-se os dois moos, ficando a senhora a orar; segundo Ihes parecia. Os confrades, apesar de estar quase na hora de fechar a ermida, no quiseram perturbar a devoo da enlutada senhora e decidiram esperar que acabasse suas oraes.

    Mas o tempo passava, j era noite cerrada e a necessidade de fechar a ermida imps-se aos confrades, acima de toda a considerao... Um deles, portanto, aproximou-se discretamente da senhora, anunciando-lhe que iam fechar a ermida, mas no obteve resposta, continuando a senhora na mesma imobilidade.

    O confrade foi ento dar conta aos companheiros da singularidade do caso e, passado mais algum tempo, decidiram ir todos manifestar misteriosa senhora a necessidade de sair da capela.

    Assim o fizeram. Porm, no tendo sido atendidas as suas corteses observaes, um dos confrades se adiantou para chamar-lhe a ateno e, ao olhar para seu rosto, ficou estupefato, e sem poder proferir uma palavra: a misteriosa senhora tinha no rosto a mesma imobilidade que se notava em seu corpo! Em uma palavra: o que os confrades tinham tomado por um ser humano era uma perfeitssima escultura!

    Seu assombro no teve limites diante de to extraordinria descoberta! Tinham em sua presena a mais exata representao das angstias da Santssima Virgem ao ver e sentir os martrios da paixo e morte de seu Divino Filho.

    Era a imagem que tinham em sua mente concebido para ser colocada no altar de sua ermida. O prodgio os deixou extticos! Prodgio, sim, porque se via claramente, em tudo aquilo, a interveno milagrosa da providncia de Deus.

    Uns vulgares escultores estavam em trato com a irmandade, que esperava sua resposta estipulando as condies de seu trabalho e, uma vez realizado o contrato,

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    apressar-se-iam a executar a encomenda. Em vez disso, porm, dois moos desconhecidos trazem a imagem, colocam-na de modo que possa confundir-se com uma piedosa senhora em orao, enquanto desaparecem despercebidamente, evitando chamar a ateno dos devotos que esto na ermida.

    No isso mais que suficiente para os confrades entenderem que a santa imagem que tinham diante dos olhos era um presente do cu? Prostrados ante a sagrada imagem, permaneceram longo tempo a orar. Uma vez satisfeito esse primeiro impulso de sua devoo, partiram para a cidade, para dar notcia da prodigiosa apario. Desde aquela hora no cessaram os fiis de acorrer ento para ver e admirar a formosa imagem da Virgem angustiada, com o corpo perfeitssimo de seu Filho no regao. Foi tal a concorrncia que no foi possvel entrarem todos de uma vez naquele reduzido espao, tendo sido preciso dividir os fiis em turnos para que pudessem todos contemplar as sagradas imagens.

    Estabeleceu-se rapidamente em Granada e em novos povos dos arredores o culto de Nossa Senhora das Angstias na ermida construda para esse fim, e logo os

    milagres que nela se operaram deram testemunho da procedncia divina da sagrada imagem. Por esse motivo tornou-se logo insuficiente a modesta capela; a primitiva irmandade, composta ento de um nmero reduzido de humildes devotos, aumentou logo em nmero e qualidade de confrades, a ponto de tornar-se urna das mais importantes de Granada.

    Com os novos elementos era fcil dotar a santa imagem com um templo suntuoso, e era este o objetivo da irmandade. No entanto, uma piedosa concorrncia se estabeleceu entre os confrades e vrias ordens religiosas, que desejavam tomar a seu cargo o culto da milagrosa imagem. Interveio ento o arcebispo de Granada, o qual, inspirado por luzes do cu, determinou erigir a capela em igreja paroquial, comprando para isso o terreno necessrio. Seu desejo foi realizado em 16O9, ano em que comeou a funcionar a nova parquia.

    O nmero dos paroquianos foi em princpio reduzido; mas o desejo de se porem tanto quanto possvel sob a proteo da santa imagem fez com que em pouco tempo se povoassem os arredores. Em breve a parquia de Nossa Senhora das Angstias ficou sendo uma das mais numerosas de Granada, e sua demarcao uma das mais formosas pela largura de suas ruas e beleza de seus edifcios.

    Construda a igreja paroquial, foi a santa imagem conduzida, em solene procisso, de sua capela para a nova igreja e colocada no altar-mor. Desde ento o Santurio de Nossa Senhora das Angstias o predileto dos piedosos granadinos, a tal ponto que teve de ser estabelecido o costume de fech-lo, noite, muito mais tarde que os demais, para dar-se maior desafogo a devoo dos fiis.

    A Igreja, associando-se s manifestaes do fiis em honra de Nossa Senhora das Angstias, enriqueceu com muitas indulgncias a visita sua igreja, e ultimamente outorgou santa imagem as honras da coroao, a qual foi realizada em 20 de setembro de 1913.

    Nossa Senhora das Angstias continua a ser objeto de venerao dos fiis, atendendo a suas splicas e velando pelo bem espiritual e material dos granadinos, que sentem por sua excelsa patrona a mesma ardente devoo que os demais habitantes da Espanha tm Santssima Virgem sob outros ttulos.

    Bibliografia: Edsia Aducci, "Maria e seus ttulos gloriosos", Ed. Loyola, 1998, pp. 208-211

    AANNJJOOSS,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddooss

    Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos)

    Este belo ttulo mariano tem origens franciscanas. A Ordem dos Frades Menores mantm em uma plancie prxima cidade de Assis, na Itlia, a majestosa baslica de Santa Maria dos Anjos, que abriga em seu interior a capela da Porcincula, onde deu-se a morte de So Francisco. Considera-se ali o local da fundao da Ordem Franciscana.

    O nome de Santa Maria dos Anjos provm do fato de que naquela ermida, fundada por quatro peregrinos de retorno da Terra Santa, era venerado um fragmento do tmulo da Madona e que sempre se ouvia no local o canto dos espritos celestes.

    Frei Toms de Celano, primeiro bigrafo de So Francisco, narra o amor do santo para com aquele local dedicado Nossa Senhora chamado "Porcincula", que quer dizer "Pedacinho": "O santo teve uma preferncia especial por esse lugar, quis que os frades o venerassem de maneira toda particular e quis que fosse conservado como espelho de toda a sua Ordem na humildade e na altssima pobreza, deixando sua propriedade para outros e reservando para si e para os seus apenas o uso... O bem-aventurado pai dizia que lhe tinha sido revelado por Deus que Nossa Senhora tinha uma predileo por aquele lugar, entre todas as igrejas construdas no mundo em sua honra. E era por isso que o santo gostava mais dela que das outras". (Toms de Celano, Vida II, Primeiro Livro, cap. 12).

    Foi naquela capela que Francisco recebeu a clebre indulgncia do "Dia do Perdo", celebrado anualmente a 2 de agosto. A festa do Perdo ainda hoje uma da mais importantes da Ordem Franciscana. Esta indulgncia foi estendida toda Igreja Catlica pelo Papa Pio XII.

    No Brasil existem seis parquias dedicadas a esta invocao. Belos conventos e templos existem em Penedo (Alagoas), Cabo Frio (RJ) e Ouro Preto (MG).

    AANNJJOOSS DDAA CCOOSSTTAA RRIICCAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddooss

    Padroeira da Costa Rica

    Em Cartago, cidade da Costa Rica, encontra-se um dos mais importantes santurios da Amrica Central, no qual se venera a imagem de Nossa Senhora dos Anjos. A imagem, feita de pedra bem pequena. Carrega o Menino Jesus em seus braos e est vestida moda espanhola.

    Sobre a origem de seu culto, conta a tradio que no dia 2 de agosto de 1635, uma ndia saiu para

    recolher lenha seca num monte, quando viu sobre um rochedo uma imagem de Maria com o Menino Jesus nos braos.

    Surpresa com este achado, pegou a imagem com cuidado e a escondeu em sua casa. Voltando ao mesmo

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    monte no dia seguinte, ficou espantada ao ver a imagem no mesmo lugar de onde a havia retirado no dia anterior.

    Pensou que se tratasse de alguma brincadeira. Mesmo assim decidiu apanh-la de novo, levou-a para casa e a guardou. No outro dia aconteceu a mesma coisa. Cheia de temor, a ndia foi procurar o sacerdote no povoado para narrar-lhe o ocorrido. O padre pediu ndia que lhe trouxesse a imagem. Assim ela fez, mas a imagem desapareceu novamente da casa do sacerdote e voltou a ser achada no monte.

    Rapidamente se difundiu a notcia do miraculoso acontecimento e resolveu-se trasladar a imagem para a parquia. A populao acorreu para venerar a imagem que comeou a ser chamada "dos Anjos" por ter aparecido no dia em que a Virgem era celebrada com este ttulo.

    Poucos dias depois a imagem desapareceu do lugar em que fora colocada e novamente foi encontrada na rocha da primeira apario. Compreenderam ento que o desejo da Virgem era que se erguesse um templo naquele local.

    primeira vista, a imagem de Nossa Senhora dos Anjos parece uma custdia ou um desses antigos e riqussimos relicrios das catedrais europias. Sobre um pedestal de prata se ergue uma aucena, tambm de prata, que tem em suas ptalas pequenos anjos de ouro. Sobre a aucena repousa uma meia-lua e frente a ela um serafim de ouro com as mos levantadas segurando o manto de ouro.

    A imagem de pedra. Parece granito ou jade. Um manto de ouro, repleto de valiosas jias, cobre todo o corpo da Virgem e do Menino Jesus. O rico manto se arremata com uma pequena coroa de ouro, cercada de raios tambm de ouro. Sobre tais raios encontra-se a valiosa coroa de ouro e pedras preciosas, com a qual a imagem foi solenemente coroada como padroeira da Costa Rica. Da coroa ao pedestal h aproximadamente um metro de altura.

    Em si, a imagem pequenssima. Pequena a imagem, como pequena a Costa Rica. A "Negrita", como a chamam carinhosamente os costarriquenhos, foi coroada solenemente no dia 25 de abril de 1926.

    AANNUUNNCCIIAADDAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa

    Em Setbal, Portugal, surgiu a devoo a Maria com o ttulo de Anunciada. Este nome, segundo a tradio, nasceu a partir do "anncio" que uma senhora fez ao deparar com pequena imagem representando a Me de Deus.

    Uma pobre mulher costumava ir praia procurar lenha para cozinhar ou para se esquentar. Numa das vezes, ao acender o fogo, quando colocava os gravetos para alimentar as chamas, um deles saltou dali para o meio da casa. Sem nada suspeitar, a anci recolocou-o no fogo. Novamente o graveto saltou longe, jogado por uma fora invisvel. Isto aconteceu por umas trs vezes, o que despertou a curiosidade daquela senhora. Ela pegou o graveto, para examinar de perto o que o forava saltar. Observou tratar-se no de um cavaco qualquer, mas, de uma pequena imagem da Me de Deus. Estava incrustada naquele pau mido, medindo, aproximadamente, "um tero de palmo" conforme relato de Jos Custdio Vieira da Silva, em Setbal, 1990. Espantada, a senhora gritou: "Virgem Anunciada"! Saiu s pressas, "anunciar" s vizinhas o fato prodigioso. Da a origem do nome. As piedosas companheiras foram ver a Senhora Anunciada. Todo o povo de Setbal e alguns padres foram conferir o acontecido. Os eclesisticos deliberaram que se colocasse a santa imagem em lugar conveniente.

    Esta tradio que vem de pais para filhos, encontra-se registrada no "Cartrio" da Confraria de Nossa Senhora da Anunciada. Ocorreu no tempo dos reis Dom Sancho II ou Dom Afonso III, por volta dos anos 1235 a 1250.

    Entre os acontecimentos mais notrios ocorridos por intercesso de Nossa Senhora da Anunciada, foi a chuva abundante que caiu, imediatamente quando terminou uma procisso de penitncia. A seca vinha a dois anos sacrificando toda a regio, reduzindo as terras em seixos, secando os poos, fontes e rios, causando muito incmodo a todos os seres vivos. Tanta repercusso causou esse "milagre" que muitas celebridades solicitaram o ingresso na Irmandade. Entre elas D. Joo III e Dom Sebastio. A imagem recebeu outros nomes: "Senhora da gua; Senhora Pequenina; Senhora Angelical". O mais conhecido Anunciada. Em dias determinados, a imagem era exposta venerao dos fiis, em agradecimento pelo generoso amparo com a chuva abundante.

    Celebra-se em 25 de maro.

    AAPPAARREECCIIDDAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa

    Padroeira do Brasil

    No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, passou na Vila de Guaratinguet, no Vale do Paraba, estado de So Paulo, com destino a Minas Gerais. A Cmara local, empenhada em receber to grande autoridade, cuidou de preparar um banquete altura da importante visita. Para tanto, pescadores locais foram convocados a trazerem muito

    peixe para o senhor conde e sua comitiva. A ordem foi prontamente atendida pelos pescadores Domingos Garcia, Joo Alves e Filipe Pedroso que lanaram suas redes no porto de Itaguau (no rio Paraba). Seus esforos revelaram-se inteis. Fizeram uma segunda tentativa, prximo a Guaratinguet. Dessa vez, para surpresa dos homens, a rede trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Conceio, sem a cabea.

    Aps mais alguns lanamentos da rede conseguiram a parte que faltava escultura. Lavaram cuidadosamente a imagem e envolveram-na em panos, prosseguindo a pesca. Tantos peixes vieram rede que tiveram que finalizar seus trabalhos.

    Filipe Pedroso, homem piedoso, guardando as redes, levou a imagem para casa. Era de fato uma imagem de Nossa Senhora da Conceio, feita de terra-cota, de cor escura. O pescador ficou com esta imagem em seu poder durante 15 anos.

    Quando mudou-se para Itaguau, deixou-a com seu filho Atansio, que construiu um singelo oratrio/capela onde amigos e vizinhos se encontravam para rezar o tero.

    Tm incio os prodgios. Certa noite, durante a orao do tero, as velas que iluminavam a imagem se apagaram subitamente, sem que houvesse nenhuma corrente de ar que justificasse tal acontecimento. Silvana Rocha dirigiu-se ao altar para acender as velas novamente. Foi ento que tudo se aclarou, as velas se acenderam novamente, sem interveno de ningum.

    Outro acontecimento que mereceu registro: um escravo, de nome Zacarias, veio suplicar Virgem que o libertasse do jugo de um senhor cruel. Grande milagre sucede: caem-lhe das mos os ferros, sinal de sua condio de escravo.

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    Nossa Senhora atendera seus rogos. Agora, Zacarias era um homem livre e feliz. As correntes do escravo Zacarias comearam a enriquecer o acervo dos milagres.

    Foram aumentando as graas concedidas por Nossa Senhora. Era imperioso construir-se uma capela maior num local mais adequado. O vigrio de Guaratinguet pediu licena ao bispo do Rio de Janeiro e, uma vez escolhido o Morro dos Coqueiros como lugar mais apropriado, em 1743 se iniciou a construo de uma espaosa capela, que ficou concluda em 1745. No dia 26 de julho, na Festa de Santana, foi benta e celebrou-se a primeira missa. E multiplicaram-se as romarias. A capela foi diversas vezes reformada e aumentada, at que em 1846 comeou a ser substituda pela atual. A 8 de dezembro de 1888 foi o novo santurio bento e inaugurado pelo bispo D. Lino Rodrigues de Carvalho.

    Em 1894, chegam os Missionrios Redentoristas, que iniciaram um admirvel trabalho de evangelizao e acolhida dos peregrinos. Eles difundiram por todo o pas a devoo Senhora Aparecida.

    No dia 8 de setembro de 1904, Dom Jos de Camargo Barros colocou sobre a imagem da Virgem uma coroa de ouro e pedras preciosas doada pela Princesa Isabel. O 25

    aniversrio da coroao da imagem, em setembro de 1929, foi de um brilho inigualvel. Grandes romarias, belas celebraes e um Congresso Mariano demonstraram o afeto que o pas inteiro devotava Virgem Aparecida. Nas sesses deste congresso o povo apresentou o desejo de que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada padroeira do Brasil. O Papa Pio XI, sensvel aos anseios do povo brasileiro, assinou a 16 de julho de 1930 o decreto em que proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira da Nao Brasileira. Diz o decreto: "Declaramos e constitumos a Beatssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o ttulo de Aparecida, Padroeira de todo o Brasil."

    Em 1931, a imagem visitou a ento capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, pela iniciativa do cardeal D. Sebastio Leme. Mais de um milho de fiis, aclamaram Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil.

    Com o passar do tempo, a devoo a Nossa Senhora Aparecida foi aumentando cada vez mais. A primeira Baslica tornou-se pequena. Era necessria a construo de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos Missionrios Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve incio a 11 de novembro de 1955 a construo de uma outra igreja, atual Baslica Nova, o maior Santurio Mariano do mundo.

    Em 1980, ainda em construo, foi consagrada pelo Papa Joo Paulo II e recebeu o ttulo de Baslica Menor. Em 1984, a Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Baslica de Aparecida Santurio Nacional.

    AAPPRREESSEENNTTAAOO,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    A memria da apresentao da Virgem Maria celebrada no dia 21 de novembro, quando se comemora um dos momentos sagrados da vida da Me de Deus, sua apresentao no Templo por seus pais Joaquim e Ana. Nenhum livro da Sagrada Escritura relata este acontecimento, sendo fartamente tratado nas escrituras apcrifas, que no so reconhecidas como inspiradas. Segundo esses apcrifos, a

    apresentao de Maria foi muito solene. Tanto no momento de sua oferta como durante o tempo de sua permanncia no Templo verificaram-se alguns fatos prodigiosos: Maria, conforme a promessa feita pelos seus pais, foi conduzida ao Templo aos trs anos, acompanhada por um grande nmero de meninas hebrias que seguravam tochas acesas, com a presena de autoridades de Jerusalm e entre cantos anglicos.

    Para subir ao Templo havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse to pequena. Os apcrifos dizem ainda que Maria no Templo se alimentava com uma comida extraordinria trazida diretamente pelos anjos e que ela no residia com as outras meninas. Segundo a mesma tradio apcrifa ela teria ali permanecido doze anos, saindo apenas para desposar So Jos, pois durante este perodo havia perdido seus pais.

    Na realidade a apresentao de Maria deve ter sido muito modesta e ao mesmo temo mais gloriosa. Foi de fato atravs deste servio ao Senhor no Templo, que Maria preparou o seu corpo, mas sobretudo a sua alma, para receber o Filho de Deus, realizando em si mesma a palavra de Cristo.

    "Mais felizes so os que ouvem a palavra de Deus e a pem em prtica".

    Na Igreja Oriental, a festa da Apresentao celebrada desde o sculo VII, no dia 21 de novembro, aniversrio da Dedicao da Igreja de Santa Maria Nova, em Jerusalm. Contudo , ela s foi estabelecida na Igreja Ocidental no sculo XIV pelo papa Gregrio XI, a pedido do embaixador de Chipre junto Santa S. A cidade de Avinho, na Frana, residncia dos papas naquela poca, teve a glria de ser a primeira do Ocidente a celebrar a nova festividade em 1732.

    Desde ento este episdio da vida de Maria Santssima comeou a despertar o interesse dos cristos e dos artistas, surgindo belssimas pinturas sobre o tema da Apresentao.

    A primeira parquia dedicada a esta invocao mariana no Brasil ocorreu em 1599, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A cidade de Porto Calvo, em Alagoas, palco de diversas batalhas entre brasileiros e tropas invasoras, durante a guerra holandesa, tem tambm como padroeira a Senhora da Apresentao.

    No Rio de Janeiro, o bairro do Iraj, era antigamente um vasto campo pblico, destinado pastagem e descanso do gado que descia para o consumo da cidade. Em 1644 ali foi erigida uma pequena e humilde capela sob o patrocnio de Nossa Senhora da Apresentao pelo Pe. Gaspar da Costa, que foi mais tarde o seu primeiro Vigrio e cujo pai possua propriedades nos arredores. A igrejinha foi reformada, ampliada e transformada em parquia, uma das mais antigas do Rio de Janeiro.

    RRVVOORREE,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    No departamento francs da Alta Sabia, havia uma vila chamada Chanonat. Esse aglomerado de casas foi elevado categoria de cidade com o nome de Chamonix, chegando aproximadamente a trs mil habitantes no comeo do sculo XX. Localizava-se perto do Monte Branco, no Vale do Arve. So famosas suas geleiras.

    Narra a tradio que prximo quela cidade, num local ameno e ornado de frondosas rvores, havia uma delas, at

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    bem nova, que apresentava certa cavidade. Nesse nicho, feito pela natureza, fora encontrada uma pequena, mas bela imagem de Nossa Senhora, sem que houvesse uma explicao de como ela foi parar ali. O povo, simples, sempre vido do sobrenatural, o que no deixa de ser uma demonstrao viva da chamada, hoje, saudade de Deus, logo batizou a imagem da Me de Jesus, com o sugestivo ttulo de Nossa Senhora da rvore. Por muitos anos a efgie de Maria, permaneceu ali mesmo, onde foi encontrada, at que seus devotos resolveram construir uma capela para melhor proteger o seu tesouro espiritual. Era, tambm, como agradecimento pelos favores que j podiam ser contados s centenas. Em 1703, em lugar da simples ermida, ergueu-se um santurio onde se abriga a linda imagem.

    No faltaram as visitas peridicas, principalmente no ltimo domingo do ms de setembro. Podemos imaginar o calor piedoso das pessoas humildes que confiantes se dirigem a Deus por meio da Me Imaculada, que no cessa de se desdobrar pelo bem espiritual da humanidade. So Bernardo, na orao a ele atribuda, "Lembrai-vos pissima Virgem Maria", nos autoriza acreditar "que jamais se ouviu dizer, que algum daqueles que tm recorrido" proteo de Maria, "implorado sua assistncia e reclamado o seu auxlio, tenha sido por ela desamparado". Tambm os devotos de Nossa Senhora da rvore tiveram a mesma felicidade.

    O que mais falta a Maria fazer para atrair nossa confiana? Cheios de gratido seja nossa resposta imitar o cantor da Virgem celeste, o Abade de Claraval que nos entusiasma; "animado, eu com igual confiana, a Vs recorro, Virgem sem igual, e como Me me acolho, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos vossos ps".

    AASSSSUUNNOO,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Concebida sem pecado, Maria recebeu a recompensa por todo o bem que fez neste mundo! Ela, a serva fiel, que se entregou a Deus de corpo e alma para gerar o Salvador; ela que, no silncio tudo guardou no corao sem jamais questionar a vontade do Pai, mereceu um privilgio que no foi concedido a nenhum ser humano: foi elevada aos cus pelos anjos, em

    corpo e alma. Cremos com a Igreja nessa verdade que foi proclamada como dogma de f pelo Papa Pio XII, durante o ano santo de 1950: Maria no precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos para obter tambm a ressurreio corprea.

    A elevao gloriosa de Maria aos cus celebrada em toda a Igreja no dia 15 de agosto. Ela foi totalmente assumida por Deus e colocada na glria celeste.

    Deus realiza grandes coisas na vida de Nossa Senhora, fazendo-a acompanhar o Filho nos caminhos da ressurreio. sempre bom lembrar: Maria Santssima, Assunta ao cu, a mesma mulher humilde e servidora, que viveu em total sintonia com o projeto do Reino.

    A proclamao do dogma da Assuno no to antigo. No entanto, desde os tempos apostlicos essa verdade j era

    aceita pelos cristos. Em Portugal, no sculo XIV, um grande acontecimento veio aumentar a devoo popular a Nossa Senhora da Assuno.

    Na vspera da festa da Assuno de 1385, os castelhanos, dispostos a tomar o poder, invadiram Portugal para no permitir que o Mestre de Avis, o futuro D. Joo I, sucedesse ao rei Dom Fernando, que morrera prematuramente sem deixar herdeiro masculino direto. O poderoso reino de Castela, disposto a arrebatar a coroa lusa, j havia atravessado a fronteira, quando Dom Joo I, com o apoio de todos os portugueses, recorreu proteo da Virgem Maria, prometendo construir um grande templo se os lusitanos fossem vitoriosos. Os rogos foram atendidos. Portugal foi salva. Dom Joo I, num gesto de gratido, ordenou que todas as catedrais do reino fossem consagradas Senhora da Assuno, mandando tambm construir o famoso convento da Batalha.

    O culto da Virgem da Assuno transps os mares e foi implantado no Brasil, onde inmeras parquias adotaram-na como patrona, especialmente a matriz de Cabo Frio e a catedral de Mariana.

    A igreja de Nossa Senhora da Assuno de Cabo Frio est situada em frente atual Praa Porto Rocha, no centro da cidade. Construda em 1615, em estilo jesutico, possui altares barrocos. No altar-mor est a imagem da padroeira, esculpida em madeira, e na mesma data da construo da Igreja. Possui duas capelas: uma com a imagem de Nosso Senhor Morto e outra com a imagem de Nossa Senhora de Assuno. Esta imagem substituiu a Virgem Aparecida, considerada milagrosa e roubada h alguns anos. Destacam-se ainda as telas dos evangelistas Joo, Marcos, Mateus e Lucas, no teto sobre o altar-mor. Foi reformada em 1731.

    A catedral de Mariana foi dedicada Virgem da Assuno logo aps a criao do bispado, em 1745, pelo papa Bento XIV. Em estilo barroco jesutico uma das mais ricas e importantes igrejas mineiras. Nela trabalharam Manuel Francisco Lisboa, pai do Aleijadinho, e Manuel da Costa Atade, famoso pintor, ao qual se atribui o painel da padroeira.

    A capital do Cear, a bela Fortaleza, tem tambm sua antiga igreja de Nossa Senhora da Assuno. Sobre o altar-mor da Matriz aparece uma pintura de Maria elevada ao cu, cercada de anjos. Nossa Senhora da Assuno a mesma Nossa Senhora da Glria. A iconografia, porm, diferente.

    AATTOOCCHHAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddaa

    Na regio de Jnia, sia Menor, imigrantes gregos construram muitas cidades como feso que existe ainda hoje. Famosa por causa do Conclio nela realizado de 22 de junho a 2 de julho de 431 (sculo V) pelo Papa Celestino I, que proclamou Maria como Me de Deus contra a heresia de Nestrio que lhe negava essa prerrogativa. Na Espanha, para festejar este fato, um artista espanhol esculpiu uma

    imagem de Maria com o Menino Jesus nos braos. No pedestal estava escrito: Teotocos (Me de Deus). Era uma demonstrao da grande alegria causada no povo espanhol pela declarao da maternidade divina, feita pelo Conclio de feso. A Espanha sempre foi clebre pela devoo a Maria Me de Deus. Principalmente ao tempo da invaso

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    dos rabes, na batalha de Guadalete em 711, que dominaram a pennsula Ibrica. No princpio permitiam que os espanhis praticassem a religio, mas s dentro das igrejas. Entre os devotos de Maria, Me de Deus, havia um chamado Gracian Ramres.

    Certo dia, quando Gracian cumpria sua devoo costumeira, notou que a imagem no se encontrava no altar. Seu primeiro julgamento foi de que alguma outra pessoa teria escondido a imagem, para evitar que fosse profanada, mas ningum sabia do paradeiro.

    Gracian imaginou que teria chegado a hora em que os muulmanos desencadeariam uma perseguio mais violenta aos cristos e levaram a imagem para fins sacrlegos. Baseado em outras perseguies brutais contra o povo, resolveu matar a mulher e a filha, para livr-las da selvageria dos invasores, sem antes pedir s duas que se encomendassem a Deus e Virgem Maria. Ramres pressionado pela situao de desespero e inconformado com o desaparecimento da imagem da Me de Deus, com outros fiis, ps-se a vasculhar todos os recantos onde algum a poderia ter escondido. Confiando na mesma Senhora, excelsa, amvel e poderosa, a cada passo renovava a inteno de proclam-la rainha da Espanha se a encontrasse. Depois de muita procura encontraram a imagem no meio de uma plantao de "atochas" que em portugus significa "esparto" gramnea medicinal e tambm muito utilizada no fabrico de cestas, esteiras e cordas. Encontrar a imagem provocou grande alegria no pessoal da regio que foi se aglomerando em volta. Quiseram recoloc-la no altar da igreja de onde saiu, mas no houve como nem quem pudesse remov-la daquele lugar. Entenderam ento que Maria desejava ficar no

    mesmo "atochal" e fosse construda uma nova igreja.

    O chefe militar muulmano, vendo aquela aglomerao, imaginou que haveria alguma revolta do povo e determinou que os soldados atacassem. Mas fracassou e foram rechaados e vencidos. Gracian Ramrez e os demais entraram gloriosamente em Madri.

    O povo no falava de outra coisa a no ser da espetacular vitria que, desde j, eles atriburam a Nossa Senhora da Atocha A Me de Deus, um novo ttulo que Nossa Senhora recebia

    Se por um lado Marcian Ramrez tambm podia se alegrar por ter contribudo para a derrota dos mouros, por outro, amargurava-lhe a alma lembrar que sua esposa e filha tinham sido degoladas por ele mesmo!... Chorando, dirige-se ao local do encontro da imagem, onde j se comeava a construo da igreja em louvor Me de Deus. Qual no foi seu espanto e alegria encontrar vivas sua esposa e filha, ambas de joelhos diante da imagem, rezando. Ramrez no podia crer no que via. Julgou ser iluso. Foi necessrio que as duas lhe falassem, agradecendo Me de Deus o milagre que Jesus operava por intercesso de Maria! A devoo a N. Senhora da Atocha, se espalhou. Os reis da Espanha a escolheram por padroeira da nao depois que o rei Afonso VI reconquistou Madrid definitivamente.

    AAUUXXIILLIIAADDOORRAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa

    Esta invocao mariana encontra suas razes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, aps conquistar vrias ilhas do Mediterrneo, lana seu olhar de cobia sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inrcia das naes crists, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristos da escravido muulmana. Para tanto, invocou o auxlio da Virgem Maria para este

    combate catlico. A vitria aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguio maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratido Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocao: Auxiliadora dos Cristos.

    No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora s foi instituda em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercesso da Santa Me de Deus: Napoleo I, empenhado em dominar os estados pontifcios, foi excomungado pelo Sumo Pontfice. Em resposta, o imperador francs seqestrou o Vigrio de

    Cristo, levando-o para a Frana. Movido por ardente f na vitria, o Papa recorreu intercesso de Maria Santssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espcie de humilhaes. Uma vez fracassado, Napoleo cedeu opinio pblica e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir

    sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesisticos foram restitudos. Napoleo viu-se obrigado a assinar a abdicao no mesmo palcio onde aprisionara o velho pontfice.

    Para marcar seu agradecimento Santa Me de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

    O grande apstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocao para sua Congregao Salesiana porque ele viveu numa poca de luta entre o poder civil e o eclesistico. A fundao de sua famlia religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministrio do Conde Cavour, no auge dos dios polticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruio do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada frente da obra educacional de Dom Bosco para defend-la em todas as dificuldades.

    No ano de 1862, as aparies de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, So Joo Bosco iniciou a construo, em Turim, de um santurio, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxlio dos Cristos.

    A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua me Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Me de Deus, lhe unir

    sempre o ttulo Auxiliadora dos Cristos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratido para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi "Ela (Maria) quem tudo fez", quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregao por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratido.

    Dom Bosco ensinou aos membros da famlia Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o ttulo de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocao de Maria como ttulo de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou to conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida tambm como a "Virgem de Dom Bosco".

    Escreveu Dom Bosco: "A festa de Maria Auxiliadora deve ser o preldio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraso".

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    AAZZAAMMBBUUJJAA,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    As famlias vindas do distrito de Treviglio (Itlia), no dia 22 de outubro de 1875, para emigrarem para o Brasil, depois de embarcarem em Le Havre (Frana), combinaram entre si que ficariam sempre unidas. Para isso levantariam uma igrejinha ou capela em honra da "Madonna de Caravaggio". A promessa de permanecerem sempre juntos no se concretizou, fixando-se no vale de Azambuja (valata Azambuja), situado a trs quilmetros de Brusque, apenas 9 colonos. Inicialmente chamado de "Caminho do Ribeiro" ou "Caminho do Meio", tomou o nome de Azambuja, possivelmente em homenagem ao Diretor do Departamento de Terras, Conselheiro Dr. Bernardo Augusto Nascentes dAzambuja.

    J em 1876, apenas tinham chegado os primeiros colonos ao Vale de Azambuja, comearam a pensar em construir uma Capela em honra de Nossa Senhora de Caravaggio. Aps algumas discusses de como faz-la, no primeiro domingo de novembro de 1884, chegaram a uma concluso: decidiram constru-la de tijolos, para que ficasse mais segura e mais barata, pois tudo se faria al mesmo. No final deste ms era iniciada a fabricao dos tijolos e das telhas para o futuro templo. Foi erguida uma pequena igreja, medindo 6 metros de comprimento por 3 de largura. Com a sacristia totalizava 36 metros quadrados. O terreno foi doado por Pietro Colzani, possuidor do lote n 16. Sobre o altar, um quadro de Nossa Senhora de Caravaggio, vindo diretamente da Itlia. Este quadro ainda hoje pode ser admirado na gruta anexa ao Santurio. Aqui no se invoca Nossa Senhora de Caravaggio, mas Nossa Senhora de "Azambuja".

    No dia 24 de abril de 1887 a Capela foi benta pelo Padre Marcello Ronchi SJ, estando presente tambm o Pe. Joo Fritzen SJ, Vigrio de Brusque.

    Azambuja logo torna-se um centro de peregrinaes. Crescendo o nmero de romeiros e vendo a importncia espiritual que alcanava, Pe. Antnio Eising inicia a construo de uma nova Igreja, no mesmo ano em que chega a Brusque, 1892. A nova Igreja, que mede 10 metros de largura por 12 de comprimento, fora o Presbitrio, est concluda em 1894. A antiga ermida, que ficava um pouco abaixo do atual Santurio, conservou o quadro de Nossa Senhora. Encomendaram na Itlia as imagens de Nossa Senhora e de Joanita, as mesmas que ainda hoje se encontram no altar-mor do Santurio.

    A partir de 1892 comemorada a tradicional festa de 26 de maio, dia da apario. Em 15 de agosto de 1900 celebrada pela primeira vez a festa da Assuno de Nossa Senhora .

    Cada vez mais afluam devotos para as festas. Consta que na festa de 1900 contaram-se 2.000 romeiros.

    Crescendo a importncia, o Bispo Diocesano de Curitiba Dom Duarte Leopoldo e Silva, a 1 de setembro de 1905, eleva a Capela de Azambuja dignidade de Santurio Episcopal, com o ttulo de Santurio de Nossa Senhora de Azambuja, desmembrando-o da jurisdio do Vigrio de Brusque. Na mesma oportunidade nomeado Pe. Gabriel Lux, SCJ, "Fabriqueiro-Administrador do Santurio e Delegado da Autoridade Diocesana, com plenos poderes"

    A finalidade desta criao, basicamente, foi de, atravs das esmolas dos romeiros, se propiciar condies de subsistncia Santa Casa de Misericrdia de Nossa Senhora de Azambuja, que havia sido criada trs anos antes, a 29 de junho de 1902.

    Em abril de 1927 transferido para Azambuja o Seminrio Menor da Aquidiocese de Florianpolis. Pe. Jaime de Barros Cmara, que mais tarde viria a ser Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, foi seu primeiro Reitor. Desde ento os sacerdotes professores do Seminrio, assumem tambm a pastoral do Santurio.

    No dia 2 de novembro de 1927 so retirados da antiga Capelinha os quadros, bancos e ex-votos. No dia seguinte feita a demolio da mesma. Al junto fonte, cujas guas so tidas como miraculosas, d-se incio construo de uma gruta. Um ano depois, a 9 de dezembro de 1928, Pe. Jaime abenoava e inaugurava o novo monumento de piedade. Na gruta so entronizadas as imagens de nossa Senhora de Lourdes e Bernadete. Sobre a gruta, que est dois metros abaixo do nvel do terreno, uma capela, onde esto o quadro de Nossa Senhora de Caravaggio e os ex-votos dos romeiros.

    No dia 8 de dezembro de 1939 era lanada a pedra fundamental do novo e majestoso Santurio, o terceiro a ser edificado. Suas paredes foram erguidas em redor do Santurio anterior. O projeto, idealizado pelo renomado arquiteto Simo Gramlich, prev uma torre com 40 metros de altura e uma nave central medindo 45 metros de comprimento por 16 metros de largura com uma altura de 20 metros. Entre junho e setembro de 1941 se destri o antigo Santurio.

    Embora j estivesse sendo usado desde 1943, somente em 26 de maio de 1956 Dom Joaquim Domingues de Oliveira oficia a consagrao do Templo.

    A partir de 1950 se constroe o "Morro do Rosrio": consta dos 15 Mistrios do Rosrio, distribudos ao longo do caminho de acesso ao cume do morro que fica atrs do Santurio. No topo o ltimo dos Mistrios Gloriosos: a coroao da Virgem Maria pela Santssima Trindade. Cada um dos mistrios consta de esttua ou grupos de esttuas feitas de cimento, em tamanho natural.

    BBEEAAUURRAAIINNGG,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    Em 1932, 15 anos depois de Ftima, Nossa Senhora aparece 33 vezes a cinco crianas em Beauring (Bela Ramagem), povoado da Blgica, prximo Frana.

    A primeira apario deu-se quando as crianas saiam da escola, do lado poente: uma senhora vestida de branco, cercada de luz, passeando pelo ar como por sobre uma nuvem; depois a viram vrias

    vezes no "jardim", quer era o local de recreio da escola.

    O cinco videntes puderam observar que a Virgem possua um "corao de ouro".

    Ela se identificou como a "Me de Deus, a Rainha do Cu" e lhes disse: "Orem sempre. Vocs me amam? Pois sacrifiquem-se por mim".

    Uma apario muito singela, que conquistou a alma da Blgica para o Corao de Maria. A seu santurio, no "jardim", peregrinam cerca de 200.000 pessoas anualmente. Nos tempos difceis da Segunda Guerra Mundial, sob a ameaa de Hitler, a Virgem foi refgio seguro para os belgas. As cinco crianas se casaram, quatro meninas e um menino. Quatro deles ainda vivem.

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    BBEELLMM,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddee

    (BETHLEM)

    Ploeren Frana

    Bellan uma aldeia que fica perto do santurio de Nossa Senhora de Belm (Bethlem em francs); supe-

    se por isso que a pronncia popular de "Belm" influsse no ttulo que deram a Nossa Senhora , de Belm, em vez de Bellan, pois outra explicao no conhecem.

    O costume tradicional conservou uma regra severa para os dias de peregrinao: exige que as moas que desejam casar-se no decurso do ano acompanhem a p, sem rir nem falar, o trajeto de Vannes a Bellan.

    Uma lenda local refere a histria do cativeiro de Garo, proprietrio do castelo vizinho de Ploeren. Em Lembrana do cativeiro, invoca-se Nossa Senhora de Belm a favor dos

    prisioneiros.

    Durante a ltima guerra, as famlias que estavam sem notcias dos seus deviam mandar tocar o sino do santurio.

    Realizam-se peregrinaes em 15 de agosto e 08 de setembro.

    BBEELLLLEEVVIILLLLEE,, NNoossssaa SSeennhhoorraa eemm

    A partir de fevereiro de 1993, Ray Doiron recebeu mensagens de Nossa Senhora em Belleville. As mensagens so as mesmas dadas sob a invocao de Rainha da Paz.

    Mensagem principal: Converso, orao contnua (reza diria do Rosrio completo), leitura diria da Bblia, jejum, penitncia, confisso e comunho freqentes. Rezar com o corao, com amor a Deus. Rezar pelo Papa, bispos e todo o clero. Dar testemunho de f, evangelizar.

    Muitas das profecias dizem respeito ao castigo que paira sobre os Estados Unidos em particular; foram revelados alguns detalhes sobre o fim dos tempos, com muitas exortaes orao e confiana em Deus. As frases abaixo foram tiradas de mensagens recebidas por Ray Doiron de 1993 a 1994:

    Oraes: Nossa Senhora pediu que recordemos esta invocao ao rezar o rosrio:

    Maria concebida sem pecado, rogai por ns que recorremos a vs.

    Observao: Trata-se de uma apario que no obteve ainda aprovao oficial da nossa Igreja Catlica Apostlica Romana.

    VER MENSAGENS (BELLEVILLE)

    Fonte: Colaborao de Maria Beatriz

    ([email protected])

    BBEELLOO RRAAMMOO,, NNoossssaa SSeennhhoorraa ddoo

    Antes mesmo do descobrimento do Brasil, Nossa Senhora tinha um santurio no Sul da Franca, denominado BTHARRAM, vocbulo hebreu que significa "Belo Ramo". Era naquele tempo um dos mais famosos do Pas dos Francos. A tradio conta que a primitiva imagem teria sido encontrada num espinheiro ardente, que atraiu a ateno dos pastores.

    O nome de Belo Ramo, no entanto, justificado pela lenda de uma menina salva das guas. Colhendo flores nas encostas do rio Gave, ela escorregou e foi arrastada pela correnteza. Desesperada, pediu socorro a Nossa Senhora e imediatamente viu perto de sua mo um galho, com o auxlio do qual pde chegar margem, salvando-se. Para testemunhar sua gratido a jovem mandou fazer um ramo de ouro, que colocou na mo de sua Protetora

    As discrdias religiosas do sculo XVI, poca das sistemticas destruies dos templos catlicos pelos protestantes, repercutiram no sul da Franca e em 1589 o santurio foi destrudo pelo fogo. A imagem da Virgem,

    porm, foi levada pelos devotos para a Espanha, onde venerada com o nome de Nossa Senhora Francesa, ou Nossa Senhora Gasconha. A tradio conta que na noite do incndio um fulgor emanava das runas do templo, impressionando a populao, que se empenhou em reerguer a Casa de Maria Santssima. Em 1616 ela foi reedificada e entregue aos Missionrios de Garaison. Lus XIII mandou anexar urna capela em honra de So Lus e Lus XIV concedeu ao santurio uma boa renda, com a qual os missionrios o reconstruram inteiramente, ficando o templo de Btharram concludo em 1661.

    No sculo XVII o doutor da Sorbonne Hubert Charpentier ali colocou um calvrio e assim grande nmero de romeiros vinham cultuar a Virgem Maria e a Cruz, num santurio completamente renovado. Conta-se que certa vez a Cruz das Alturas, como que atacada pelas foras infernais, inclinou-se e caiu, levantando-se sozinha momentos depois. Os padres capeles resolveram ento erguer ali uma Via-Sacra monumental. Durante a Revoluo Francesa, em 1789, o edifcio foi poupado, mas as capelas da Via-Sacra foram entregues sanha dos destruidores.

    A 14 km de Btharram, um bero dos altaneiros Montes Pireneus, Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete. Diziam que o santurio de Lourdes iria apagar o do Belo Ramo, mas aconteceu o contrrio, o velho templo e mais do que nunca visitado por pessoas que desejam se recolher, receber os sacramentos e agradecer as graas recebidas, comprovadas por inmeras placas de mrmore com inscrio de gratido. O tesouro Betharramita possui numerosas lembranas histricas.

    No decorrer de sua longa historia, Betharram foi residncia de capeles para atender os romeiros; Seminrio Maior do bispado de Bayonne e posteriormente Casa-Me da Congregao dos Padres do Sagrado Corao de Jesus, fundada por So Miguel Garricoits, em 1841.

    O padre Garricoits, diretor do Seminrio desde 1831, preocupado em dar nova vida ao cristianismo, enfraquecido com as teorias da Revoluo Francesa, resolveu iniciar o seu apostolado pela juventude, fundando ali, em 1837, uma escola primria. Dez anos depois criou cursos secundrios, tornando uma realidade o Colgio de Betharram, que continua florescente at hoje.

    Quando o bispo de Bayonne transferiu o Seminrio Maior para aquela cidade, Pe. Garricoits sentiu o chamado de Deus para estabelecer ali, naquele local privilegiado pela natureza e pela f, uma comunidade religiosa, iniciada com pequeno nmero de sacerdotes, e que rapidamente se desenvolveu com a adeso de muitas pessoas desejosas de se dedicar ao servio do Sagrado Corao de Jesus. Mais tarde foi organizada tambm uma sociedade de irmos

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    leigos, para os quais o Padre comprou stios, construiu casas, criou oficinas de alfaiates, padeiros, encadernadores, sapateiros, carpinteiros, lanando vrios deles como professores primrios. Ele sonhava com um orfanato agrcola e industrial.

    O antigo prdio do mosteiro ameaava cair, acontecendo mesmo um incio de incndio na noite de 22 para 23 de julho de 1939, mas o padre Miguel conseguiu impedir que ele se alastrasse. Mandou ento restaurar o antigo edifcio e o Santurio de Nossa Senhora. Reergueu o Calvrio e entregou o trabalho da Via-Sacra a um jovem artista, Alexandre Renoir. Este deixou oito grupos de imagens, cujos baixos-relevos se impem pela majestade soberana do Cristo. Antes de retirar-se, Renoir ofereceu ao Pe. Garricoits a escultura da "Madona Branca", que desde ento reina no centro do magnifico retbulo do altar-mor.

    No sculo XIX noventa mil bascos, em busca de trabalho, tinham emigrado para a Amrica Latina. Isolados pela lngua, a f deles definhava. As autoridades civis e o Arcebispo de Buenos Aires pediram ajuda ao bispo de Bayonne, que se dirigiu ao Pe. Garricoits, de origem basca. Atendendo novamente ao chamado de Deus, os religiosos atravessaram o oceano e iniciaram sua obra em Buenos Aires, dando incio na Amrica Latina a uma epopia de f, que continua at hoje na Argentina, no Uruguai, Paraguai e Brasil.

    Os Betharramitas chegaram ao nosso pais em 1935, instalando sua Casa-Me em Passa Quatro (MG). Em 1942 Os padres do Sagrado Corao de Jesus de Btharram foram para Conceio do Rio Verde, no Sul de Minas, onde fundaram uma escola primria-internato. Aos poucos eles abriram outras casas sob a proteo de Nossa Senhora, como a do bairro de Vila Matilde, em So Paulo, onde existe a parquia de Nossa Senhora do Belo Ramo, cuja igreja foi construda em 1979. Ela ainda Padroeira do bairro Jacqueline, em Belo Horizonte, e em Brumadinho (MG) existem dois santurios consagrados Madona de Btharram.

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    Venezuela

    Se h algum para quem o miraculoso faz parte do dia-a-dia, Maria Esperanza Bianchini. Desde criancinha, Maria Esperanza relatava a ocorrncia de numerosas experincias msticas e extraordinrias. Hoje, aos 67 anos de idade, ela casada e tem sete filhos.

    Ela tambm uma estigmatista, cujos estigmas se manifestam na Sexta-Feira Santa. J foi vista levitando durante a Missa, e relata ter freqentes conversas com a Virgem Maria. Seus estigmas foram j examinados por dzias de mdicos; alguns de seus parentes testemunham episdios de bilocao (aparecer em dois lugares ao mesmo tempo) por parte de Maria Esperanza; seus filhos viram-na, noite, cercada de luz, imersa em profunda orao.

    Em 1976, dois anos aps Maria Esperanza haver adquirido uma fazenda em Finca Betnia, na Venezuela, ela foi agraciada com uma viso da Virgem Maria, na qual esta lhe disse: "Voc me ver na terra que comprou". A 25 de Maro, festa da Anunciao, Maria Esperanza e cerca de 30 de seus familiares e amigos meditavam a vida de Jesus Cristo diante duma pequena gruta que eles haviam descoberto na propriedade, quando Maria manifestou-se, dizendo: "Minha filha, eu estou lhe dando um pedacinho do Cu. Lourdes...Betnia na Venezuela. Este lugar para todos, no somente para os Catlicos".

    medida que as aparies se sucederam, mais e mais pessoas relatavam tambm ver Nossa Senhora em Betnia.

    A avaliao de parte da Igreja Catlica dessas aparies, profecias, luzes msticas, deliciosos aromas inslitos e curas que tiveram lugar em Betnia foi expressa em 1987, aps mais de dez anos de investigaes. O Bispo Pio Bello Ricardo declarou:

    "Aps haver estudado repetidamente as aparies da SS. Virgem Maria em Betnia, e tendo suplicado ao Senhor por discernimento espiritual, declaro que segundo o meu julgamento as ditas aparies so autnticas e tm carter sobrenatural. Eu, portanto, aprovo oficialmente que o local onde as aparies ocorreram seja considerado sagrado...".

    Como que a confirmar as concluses do Bispo, um evento muito incomum teve lugar na viglia da Imaculada Conceio (8 de Dezembro), em 1991. O Pe. Otty Ossa, diretor espiritual de Maria Esperanza e capelo de Betnia, estava rezando Mi