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Prof. Rodrigo Bezerra Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 1 SINTAXE DE ORAÇÃO TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO O SUJEITO Sujeito é o termo que expressa o ser a respeito de quem se diz alguma coisa. O sol ficou muito claro. O rio cantou com mais música. O ar estava mais verde e cheiroso.” (Érico Veríssimo) Minha esperança perdeu seu nome...” (Cecília Meireles) A queda é sensível.” (Manuel Bandeira) O núcleo do sujeito de uma oração pode ser representado por: 1. Pronomes Pessoais a) Retos: Eu sigo adiante.” (Mario Quintana) "Ele me viu, sorriu.” (José Paulo Paes) b) Oblíquos: Esperei-o sair e depois entrei sujeito de sair Fizemo-lo esperar muito. sujeito de esperar c) de tratamento: Você por acaso conheceu um contador chamado Romeu?” (José Paulo Paes) 2. Substantivo ou palavra com função de substantivo substantivo “O automóvel está dentro dela ...” (Guimarães Rosa) sujeito substantivo “Mas, profunda é a malícia de uma maga...” (Guimarães Rosa) sujeito 3. Adjetivo com função de substantivo “O gordo entrou no Landau azul metálico ...” (João Carlos Marinho) Sujeito “A pequena, muito contrariada, fez uma cara de raiva ...” (Aluísio Azevedo) sujeito 4. Pronomes demonstrativos, indefinidos, relativos ou interrogativos pronome demonstrativo “Enfim, isso passou, se acabou, mataram Gandhi, e pelo mundo já trotaram excelentes energúmenos. Outra é a toada.” (Guimarães Rosa) sujeitos pronome indefinido pronome interrogativo Quem passou por aqui agora? sujeito pronome demonstrativo “ – Esses não vêm aqui...” (Guimarães Rosa) sujeito pronome relativo “ (...) passaram pela gaiola da sucuri, que olhou para o gordo gulosa” (João Carlos Marinho) sujeito de olhou pronome indefinido “(...) todos rodavam; todos o traziam num "cesto”. (Aluísio Azevedo) sujeito 5. Numeral numeral As três tiraram a mesma nota na prova sujeito numeral Só um chegou. sujeito Tipos de Sujeito Podemos classificar o sujeito de uma oração de acordo com o número de núcleos e, nesse caso, ele será simples ou composto, de acordo com sua determinação ou indeterminação dentro de uma oração. Existem ainda as orações sem sujeito, também chamadas de orações com sujeito inexistente. Sujeito Simples Quando há apenas um núcleo em evidência, e o sujeito aparece determinado na frase, dizemos que ele é simples. Esse tipo de sujeito pode ser claramente expresso por um substantivo (ou palavra substantivada), pronome ou numeral e, quando não é

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 1

SINTAXE DE ORAÇÃO

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

O SUJEITO

Sujeito é o termo que expressa o ser a respeito de

quem se diz alguma coisa. “O sol ficou muito claro. O rio cantou com mais música. O ar estava mais verde e cheiroso.” (Érico

Veríssimo) “Minha esperança perdeu seu nome...” (Cecília

Meireles) “A queda é sensível.” (Manuel Bandeira)

O núcleo do sujeito de uma oração pode ser representado por:

1. Pronomes Pessoais

a) Retos:

“Eu sigo adiante.” (Mario Quintana)

"Ele me viu, sorriu.” (José Paulo Paes)

b) Oblíquos:

Esperei-o sair e depois entrei sujeito de sair

Fizemo-lo esperar muito. sujeito de esperar

c) de tratamento: “Você por acaso conheceu

um contador chamado Romeu?” (José Paulo Paes)

2. Substantivo ou palavra com função de substantivo

substantivo

“O automóvel está dentro dela ...” (Guimarães Rosa)

sujeito substantivo “Mas, profunda é a malícia de uma maga...” (Guimarães

Rosa)

sujeito 3. Adjetivo com função de substantivo “O gordo entrou no Landau azul metálico ...” (João Carlos

Marinho) Sujeito

“A pequena, muito contrariada, fez uma cara de raiva ...” (Aluísio Azevedo) sujeito

4. Pronomes demonstrativos, indefinidos, relativos ou interrogativos

pronome demonstrativo

“Enfim, isso passou, se acabou, mataram Gandhi, e pelo mundo já trotaram excelentes energúmenos. Outra é a toada.” (Guimarães Rosa)

sujeitos pronome indefinido

pronome interrogativo Quem passou por aqui agora? sujeito

pronome demonstrativo “ – Esses não vêm aqui...” (Guimarães Rosa) sujeito

pronome relativo “ (...) passaram pela gaiola da sucuri, que olhou para o gordo gulosa” (João Carlos Marinho)

sujeito de olhou pronome indefinido

“(...) todos rodavam; todos o traziam num "cesto”. (Aluísio Azevedo)

sujeito 5. Numeral

numeral As três tiraram a mesma nota na prova

sujeito

numeral

Só um chegou. sujeito

Tipos de Sujeito

Podemos classificar o sujeito de uma oração de acordo com o número de núcleos e, nesse caso, ele será simples ou composto, de acordo com sua determinação ou indeterminação dentro de uma oração. Existem ainda as orações sem sujeito, também chamadas de orações com sujeito inexistente.

Sujeito Simples

Quando há apenas um núcleo em evidência, e o sujeito aparece determinado na frase, dizemos que ele é simples. Esse tipo de sujeito pode ser claramente

expresso por um substantivo (ou palavra substantivada), pronome ou numeral e, quando não é

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expresso, pode ser identificado apenas pela desinência verbal. Observe:

“Aos domingos Tia Lázara me levava para o cinema com ela. Começávamos a ficar famosos na cidade, e ao entrarmos no cinema, eu percebia os olhares sobre nós.” (Luiz Vilela)

No exemplo, temos a ocorrência de quatro

sujeito simples: 1. Tia Lázara; 2. Nós, que não está expresso, mas pode ser

identificado pela desinência número-pessoal de começávamos;

3. Nós, que não está expresso, mas pode ser

identificado pela desinência número-pessoal de entrarmos;

4. Eu.

Perceba que esse período é composto por

possuir quatro orações e que cada uma delas possui um sujeito específico. Sujeito desinencial, elíptico ou oculto

Quando há falta de um sujeito gramatical, ou

seja, de uma palavra que identifique concreta e explicitamente a pessoa a respeito de quem se fala classifica-se essa ocorrência como sujeito oculto ou implícito. É o que ocorre no exemplo:

“(...) começávamos a ficar famosos na cidade, e, ao entrarmos no cinema...” 'Estávamos vivendo o melhor momento de nossas

vidas quando o inesperado aconteceu..."

Sujeito Composto

Quando há mais de um núcleo em evidência, expresso no sujeito da oração dizemos que ele é composto. “Meu pai e eu voltamos ao alpendre. O homem e a cachorra estavam lá, na mesma posição.” (Luiz Vilela)

"Eu e você, na areia, olhando o sol..."

O rir e o chorar fazem parte da nossa vida.

Observação Compare as frases:

Ela e eu começávamos a ficar famosos.

dois pronomes = dois núcleos = sujeito composto Nós entrávamos no cinema.

um pronome = um núcleo = sujeito simples

Perceba que o que determina se o sujeito é simples ou composto é o número de núcleos expressos que ele apresenta e essa é uma definição gramatical.

Quanto ao sentido, não há diferença alguma em dizer ela e eu ou nós, mas, graticalmente, tal diferença

existe, pois, no primeiro exemplo, o sujeito é composto e, no segundo, o sujeito é simples.

Sujeito Indeterminado

Quando não se pode ou não se quer identificar o agente, o autor da ação indicada na oração, diz-se que o sujeito é indeterminado. Observe:

? / Falaram bem de você lá na escola

predicado = sujeito indeterminado

No exemplo, não está expresso, nem mesmo

implícito, o sujeito que praticou a ação de falar e, por

isso, o sujeito é indeterminado. Em português, há duas maneiras de se

indeterminar o sujeito:

1. Usam-se verbos na 3a. pessoa do plural,

sem fazer referência a nenhum substantivo anteriormente expresso no plural, nem ao pronome pessoal eles. Compare:

- Oração com sujeito indeterminado: “Em minhas mãos, plantaram joio e trigo.”(Jorge de

Lima)

- Oração com sujeito determinado e expresso: “E ninguém sabe se essas velas, cujos marinheiros corvejam os oceanos, vieram trazer

escravos ou levá-los.” (Jorge de Lima)

2. Usam-se verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação na 3

o. pessoa do

singular, acompanhados da partícula se:

Vive-se bem em São Paulo.

partícula se = índice de indeterminação do sujeito

Necessita-se de dinheiro Partícula se = índice de indeterminação do sujeito

Era-se mais feliz nos tempos de Sarney. Partícula se = índice de indeterminação do sujeito

A Partícula "SE"

Convém não confundir a partícula "se", que é

índice de indeterminação do sujeito, com a partícula apassivadora "se", que acompanha verbos na voz

passiva sintética. Veja: Voz passiva sintética Voz passiva analítica Quebrou-se a vidraça. A vidraça foi quebrada

Alugam-se casas. Casas são alugadas

sujeitos pacientes partícula apassivadora

Nestes casos há, portanto, um sujeito e a partícula se não é índice de indeterminação do sujeito.

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Observação

Quando o sujeito da oração é um pronome

substantivo indefinido, há apenas indeterminação psicológica, mas não gramatical. Observe as orações: “Alguém chamava? ... Alguém pedia socorro? ...” (Manuel Bandeira) “Ninguém podia dormir na rede.” (Vinícius de Moraes)

Nos exemplos, os sujeitos são simples e representados gramaticalmente pelos pronomes substantivos indefinidos alguém e ninguém.

Oração sem sujeito ou sujeito Inexistente

Ocorre sujeito inexistente quando, nas orações, os verbos são empregados impessoalmente, ou seja,

não se referem a nenhuma pessoa gramatical, não havendo nenhum elemento ao qual o predicado se refira. Diz-se, então, que o sujeito é inexistente ou que

a oração não possui sujeito. Observe: Choveu durante a noite. A ação praticada por esse verbo não se refere a sujeito algum; é, portanto, uma oração sem sujeito.

O sujeito inexistente pode ocorrer nos seguintes

casos:

1. Quando o verbo haver for usado no sentido de existir, acontecer, ocorrer, realizar-se:

“Há quaresmas e acácias pela serra” “Havia uma paz em tudo isso ...” (Manuel Bandeira)

2. Quando os verbos haver, fazer, estar, ser e ir

forem usados no sentido de tempo decorrido:

“Há muitos anos tenho-a comigo.” (Manuel Bandeira) Faz dois meses que aquela lei entrou em vigor. Vai para dois anos que o bebê nasceu. Está muito tarde para sair. Vai fazer três meses que ela não liga para mim. São cinco horas e quarenta e dois minutos.

3. Quando os verbos bastar, chegar e passar

aparecerem seguidos de preposição em construções como as seguintes:

Já passa das quatro horas. Basta de tantas perguntas. Já chegar de tantas reclamações. Já passava das cinco horas quando ele chegou.

4. Quando os verbos ou locuções verbais denotam

fenômenos físicos da natureza. Verbos como: ventar, chover, nevar, coriscar, relampejar, trovejar, chuviscar etc.

“Já é noite em teu bairro.” (Ferreira Gullar) Faz sempre muito calor no litoral. Estava nevando na Europa e aqui chovia sem

parar.

Observações

1. Quando o verbo haver é empregado de forma

pessoal, concorda automaticamente com seu

sujeito. Eles haviam deixado a festa mais cedo.

sujeito 2. Quando os verbos que denotam fenômenos da

natureza são utilizados em sentido figurado, concordam também com seu sujeito.

“De manhã escureço De dia tardo De tarde anoiteço

De noite ardo. (Vinícius de Moraes)

Sujeito agente x sujeito paciente

A par da classificação dada, podemos ainda considerar o sujeito do ponto de vista da atitude que ele assume em relação ao processo verbal. Isto porque a definição de agente como sendo aquele que pratica

a ação só coincide com o sujeito gramatical quando o verbo está na voz ativa. Observe: Paulo provocou a briga. Verbo na voz ativa Sujeito agente

Nas orações construídas com a voz passiva, o agente não coincide com o sujeito gramatical.

A briga foi provocada por Paulo. sujeito verbo na agente da passiva paciente voz passiva

Neste caso, o sujeito é paciente, e não agente, pois sofre a ação, visto que o verbo não é mais provocar, mais sim a locução verbal ser provocado.

Há, ainda, orações em que o verbo é reflexivo ou está conjugado na voz reflexiva e, neste caso, o sujeito será agente e paciente simultaneamente. Veja: O gato feriu a criança. verbo na voz ativa A criança foi ferida pelo gato. verbo na voz passiva A criança feriu-se.

verbo na voz reflexiva sujeito agente e paciente

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TIPOS DE SUJEITO (Resumo) 1. Simples: possui apenas um núcleo, que vem

expresso na oração. 2. Oculto: quando o sujeito não está em evidência,

mas a pessoa gramatical, agente do processo verbal, pode ser identificada pela desinência número-pessoal.

3. Composto: possui dois ou mais núcleos, que vêm

expressos na oração. 4. Indeterminado: não vem expresso na oração nem

pode ser identificado, mas o verbo refere-se a um agente do processo verbal da oração.

5. Oração sem sujeito ou sujeito inexistente: o processo verbal é impessoal, ou seja, não há

pessoa gramatical ou agente ao qual o verbo se refira.

O PREDICADO

Predicado – é o termo que expressa aquilo que se

afirma a respeito do sujeito, quando a oração é constituída pelos dois termos. Quando há ausência de sujeito, pois, como vimos, ele não é indispensável à formação da oração, o predicado encerra o processo verbal em sim mesmo. Veja os exemplos:

1. “Jardineiros diplomados regam flores esquisitas

(...)” (Érico Veríssimo) predicado

2. “A luz da tua poesia é triste ...” (Manuel Bandeira)

predicado

3. “Há uma criatura tão bonita” (Manuel Bandeira) predicado

4. Trata-se de um caso de lesão cerebral.” predicado

No primeiro exemplo, o predicado enuncia

ação praticada pelo sujeito; no segundo, enuncia estado e qualidade do sujeito; no terceiro, enuncia um processo verbal – haver, no sentindo de existir – sem

se referir a pessoa alguma: nesta oração não há sujeito; no quarto exemplo, o predicado enuncia um processo verbal – tratar-se – sem determinar o agente

deste processo: nesta oração, o sujeito é indeterminado. Tipos de Predicado

Temos três tipos de predicado: o verbal, o nominal e o verbo-nominal. Essa classificação é dada

de acordo com a classe de palavras a que pertence o núcleo do predicado. Assim, no predicado verbal, o núcleo será o verbo; no predicado nominal o núcleo será o nome e, no predicado verbo-nominal, haverá dois núcleos: um verbo e um nome.

Predicado Verbal

É aquele em que seu núcleo, no qual se

concentra seu significado, é um verbo, indicando um processo. Observe: núcleo Carolina fala muito.

Predicado verbal

Nesta oração, o verbo falar, além de referir-se

ao sujeito, traduz ação, indicando um processo e fornecendo uma visão dinâmica do fato.

Os verbos com essas características compõem os predicados verbais e podem ser divididos em dois tipos: intransitivos e transitivos.

Verbo Intransitivo (VI)

É aquele que tem sentido completo e não necessita de complementos para tornar o processo verbal mais claro: “Reaparecem os velhos truques eleitorais.” (O Estado de

São Paulo)

No exemplo, o verbo reaparecer não precisa de

complemento, pois o seu sentido está correto. Ele transmite toda a informação a respeito do sujeito. Observe a ordem direta dessa oração: Os velhos truques eleitorais reaparecem.

Junto ao verbo, muitas vezes, surgem palavras

ou expressões que ampliam a informação que ele contém, mas que não são essenciais para que se complete a idéia que o processo verbal indica. Observe: “Certa vez uma criança caiu do vigésimo andar de um

prédio em São Paulo”. (Lourenço Diaféria)

No exemplo, o verbo cair não precisa de

complemento para que se compreenda o sentido desse processo verbal. As informações dadas por “do vigésimo andar de um prédio em São Paulo” apenas acrescentam dados à ação de cair, ampliando a compreensão do sentido do verbo.

Essas expressões ou palavras acessórias podem indicar, por exemplo: - Tempo

Uma criança caiu logo depois dele.

- Lugar

Uma criança caiu junto à porta da sala. - Causa

Uma criança caiu por causa da casca da banana.

- Finalidade Uma criança caiu para que alguém providenciasse soluções.

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Verbo Transitivo (VT)

É aquele em que o sentido precisa ser complementado para que o processo verbal fique claro. Observe:

“Numa hora dessas, as pessoas tomam um gole de chope.” (Ivan Ângelo)

No exemplo, a forma verbal tomam precisa de um complemento – um gole de chope – que conclua o processo do verbo tomar.

Os complementos podem ser ligados direta ou indiretamente ao verbo, com o auxílio de preposição ou sem ela. Então, os verbos transitivos podem ser: diretos, indiretos ou diretos e indiretos.

1. Verbo Transitivo direto (VTD)

É aquele cujo sentido é completado por um termo que se junta a ele 'sem' o auxílio de preposição.

Veja: “Eco 92 debate problemas ambientais do planeta.“ (Folha de S. Paulo, Folhinha) “Nova lê sua carta.” (Revista Nova) “Quase setentona, Bibi exibe um fôlego invejável.” (Revista Desfile) “Pescadores buscam a sorte nos rios.” (O Estado de S.

Paulo) Nos exemplos, os verbos debate, lê, exibe e

buscam são transitivos diretos, pois necessitam de

complementos que vêm diretamente ligados a eles, sem que uma preposição seja necessária. Este tipo de complemento denomina-se objeto direto (OD).

As crianças esqueceram os cadernos em casa.

VTD OD Ela beijava a foto do pai seguidamente.

VTD OD Esqueceria o presente, se você não me tivesse

lembrado. VTD OD 2. Verbo Transitivo Indireto (VTI)

E aquele cujo sentido é completado por um termo que se junta a ele com o auxílio de preposição.

Observe:

“Gorbatchev renuncia à presidência.” (Folha de S. Paulo) “Se você gosta de flores, São Paulo é o lugar certo.” (Revista Criativa) Nas frases acima, os verbos em destaque são transitivos indiretos, pois necessitam de

complementos que estão ligados a eles diretamente,

através de uma preposição. Esse tipo de complemento denomina-se objeto indireto (OI).

Preposição + artigo Não duvidaria da identidade do cantor. Verbo OI

Transitivo indireto

Preposição + artigo A mulher dependia do marido para todas as coisas. VTI OI 3. Verbo Transitivo Direto e Indireto

É aquele que necessita simultaneamente de

dois complementos, um sem preposição – o objeto direto – e outro com preposição – o objeto indireto.

Observe: Ensinamos gramática a nossos alunos. A revista dedicou duas páginas aos exames de vestibulares.

Nas orações acima, os verbos em destaque necessitam de dois complementos para que seu sentido seja completo: um objeto direto e um objeto indireto. preposição Ele pedia paciência a todos. VTDI OD OI O menino entregou o bilhete à pessoa errada. VTDI OD OI

Verbo Bitransitivo

O verbo que exige dois complementos – um objeto direto e um objeto indireto, sumultaneamente – para lhe completarem o sentido é chamado de transitivo direto e indireto pela NGB, mas pode, também, receber a denominação de bitransitivo, biobjetivo e transitivo-relativo.

Predicado Verbal (Resumo) 1. Verbos intransitivos (VI): não precisam de

complemento. 2. Verbos transitivos (VT): precisam de

complemento. Classificam-se em: a) Diretos – exigem objeto direto, ligado ao

verbo sem preposição; b) Indiretos – exigem objeto indireto, ligado ao

verbo com o auxílio da preposição; c) Diretos e Indiretos – exigem objeto direto e

objeto indireto, simultaneamente.

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Predicado Nominal

É aquele que tem seu significado concentrado

em um nome, que é seu respectivo núcleo, indicando um estado ou qualidade do sujeito.

núcleo Clarissa é boa dançarina

Predicado nominal

Neste exemplo, o predicado não traduz movimento ou ação, mas indica uma qualidade do sujeito. É, portanto, um predicado nominal.

O verbo que se apresenta no predicado nominal é chamado de verbo de ligação (VL) ou verbo copulativo, pois possui a função de ligar o sujeito a

uma qualificação que lhe é dada. O verbo de ligação não é o centro significativo do predicado nominal, como acontece no predicado verbal. Ele não acrescenta significado do predicado; por isso, o núcleo significativo do predicado nominal reside no nome e não no verbo.

Os principais verbos de ligação são: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, parecer,andar, tornar-se e resultar. Os termos que os acompanham,

qualificando ou caracterizando o sujeito, recebem o nome de predcativo do sujeito (PS). i

Mamãe ficou apavorada.” (Lourenço Diaféria)

Você parece sempre ocupado.

Verbos de Ligação

A identificação do verbo de ligação depende do contexto em que ele ocorre. Muitas vezes alguns deles pode ser empregados intransitivamente, indicado uma circunstância. Veja: Continuo aqui mesmo. Ela permanecera em casa até as três horas. “Nós estávamos na sala de jantar.” (Lourenço Diaféria)

Em casos assim, o predicado não é nominal,

pois não há uma qualificação ou caracterização do sujeito: os verbos de ligação assim empregados indicam uma circunstância que pode ser, por exemplo, de lugar, de intensidade, de modo, etc. O predicado é portanto, verbal.

O núcleo do predicativo do sujeito pode vir expresso na frase por um adjetivo ou uma locução adjetiva, um substantivo ou palavra substantivada, um pronome, um numeral ou uma oração. 1. Adjetivo ou locução adjetiva

adjetivo

Esta comida está insossa.

VL PS

locução adjetiva

Esta comida está sem sal.

VL PS 2. Substantivo ou palavra substantivada

substantivo

“A vida lá era realmente um encanto.” (Moacir

VL Scliar) PS palavra substantiva Toda despedida é um arrancar de raízes.

VL PS

3. Pronome Pronome possessivo

“Nem sou tua nem tu és minha.” (Cecília

Meireles)

pronome indefinido “Não sou nada.” (Fernando Pessoa )

4. Numeral

numeral “Eu sou trezentos, sou trezentos e cinqüenta.” (Mário de

Andrade)

5. Oração

oração “A verdade é que gostava de passar as horas ao lado

dela.” (Machado de Assis) Predicado verbo-nominal

É aquele que, tendo dois núcleos – um verbo e um nome –, indica ao mesmo tempo uma visão dinâmica do fato e o estado em que se encontra o sujeito ou o complemento. Veja: Verbo de movimento nome=predicativo

do sujeito

Júlia dança contente.

sujeito predicado verbo-nominal

Nesta frase, o predicado traduz duas noções:

um processo ou ação – dançar – e um estado ou uma qualidade do sujeito – contente.

Como se vê, o predicativo do sujeito ocorre no predicativo nominal e também no predicativo verbo-nominal. No primeiro, refere-se ao sujeito através dos verbos de ligação. No segundo, refere-se ao sujeito através de um verbo intransitivo ou transitivo. Veja: “Seu olhar estava fixo...” (Cecília Meireles) VL PS

“Cordélia olhou-a estarrecida...” (Clarisse Lispector) VI PS

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“Nós íamos calados pela rua...” (Mário de Andrade) VI PS

Veja, agora, um exemplo em que o predicativo

indica uma qualificação do objeto:

objeto direto predicativo do

verbo de ação objeto

O diretor nomeou Júlia primeira bailarina.

sujeito predicado verbo-nominal

Também nesta frase, o predicado traduz duas

noções: um processo ou ação – nomear – e um estado

ou qualidade do objeto, complemento do processo verbal. Neste caso, temos um predicativo do objeto (PO), que só aparece no predicado verbo-nominal.

Note que, no exemplo acima, a frase pode ser desdobrada da seguinte forma:

O diretor nomeou Júlia. Júlia é a primeira bailarina.

Veja outro exemplo:

objeto direto predicativo do verbo de ação objeto

O juiz julgou o réu inocente. sujeito predicado verbo-nominal

O juiz julgou o réu. O réu era inocente.

Com esses desdobramentos, fica claro que o uso do predicado verbo-nominal é um recurso de economia dentro da língua, o que torna a mensagem mais eficiente e o estilo mais conciso.

O predicativo do objeto ocorre normalmente com objeto direto e raramente com objeto indireto. Segundo a maioria dos gramáticos, o único caso de predicativo do objeto indireto aparece com o verbo chamar. Veja:

“Todos lhe chamavam ladrão!” (Rocha Lima)

OI PO “Uns a nomeiam primavera Eu lhe chamo estado de espírito .”( Carlos Drummond

OI PO de Andrade )

O núcleo do predicativo do objeto pode ser expresso por : um adjetivo ou um substantivo .

1. Adjetivo

adjetivo

Os motoristas olhavam as crianças tristonhas.

PO OD

adjetivo O excesso de mimos tornou-a egoísta.

OD PO

2. Substantivo

substantivo

Seu desempenho transforma a cena em um espetáculo

inesquecível. OD PO

substantivo Sempre os imaginei como ingênuas crianças

OD PO

Observações

1. Tanto o predicativo do sujeito como o predicativo do objeto podem vir precedidos de preposição ou da conjunção como

Seu ar era de cansaço.

PS Chamavam-no de tirano.

PO Ele era como um deus para mim.

PS

2. É possível identificar o predicativo do objeto transpondo-se para a voz passiva. Nela, o predicativo do objeto passará a predicativo do sujeito paciente. Observe: Voz ativa

Os alunos consideraram a prova fácil.

sujeito OD PO

Voz passiva

A prova foi considerada fácil pelos alunos.

Sujeito paciente PS agente da passiva

Tipos de Predicativo

1. Predicativo do Sujeito

a) Verbo de ligação + nome

A tentativa foi inútil. VL PS

b) Verbo transitivo + objeto + nome

O menino abriu a porta ansioso .

VT OD PS

c) Verbo intransitivo + nome

Carlos chegou cansado.

VI PS 2. Predicativo do objeto

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 8

Verbo transitivo + objeto + nome. Todo aquele amor deixava-o insensível. VT OD PO

Chamavam-lhe de covarde. VT OI PO

Estruturas do Predicado Verbo-Nominal

1. Verbo intransitivo + sujeito O menino voltou machucado.

VI PS

2. Verbo transitivo +objeto + predicativo do sujeito: O menino deixou o campo cansado.

VTD OD PS

Clarissa e Caroline assistiram ao espetáculo felizes.

VTI OI PS

3. Verbo transitivo direto + objeto direto + predicativo do objeto: Juliana julga Adriano inteligente.

VTD OD PO

Observação Perceba que o tipo de predicação pode modificar-se, de acordo com o contexto. Veja: As aulas já começaram. As férias acabaram ontem. verbos intransitivos O aluno começou a lição. VTD OD

Sim, já acabei-a. VTD OD

Ele acabou desconfiado com tanta indecisão. VL PS

Leitura

Dos rituais

No primeiro contato com os selvagens, que medo nos dá de infringir os rituais, de violar um tabu! É todo um meticuloso cerimonial, cuja infração eles não nos perdoam. Eu estava falando nos selvagens? Mas com os civilizados é o mesmo. Ou pior até. Quando você estiver metido entre grã-finos, é preciso ter muito, muito cuidado: eles são tão primitivos.

(QUINTANA, Mário — Prosa & verso)

A propósito do texto: a. Quantas frases tem o texto? b. Dê um exemplo de frase nominal presente no texto. c. Quantas orações tem o primeiro período. d. "Ou pior até." Considerando o contexto em que aparece, você diria que a frase acima é uma oração? Justifique. e. Dê um exemplo de frase verbal existente no texto. f. Analise a situação do conector "mas" no segundo parágrafo.

QUESTÕES E TESTES DE CONCURSOS PÚBLICOS

1. Assinale a alternativa que tem oração sem sujeito.

a) Existe um povo que a bandeira empresta. b) Embora com atraso, haviam chegado. c) Existem flores que devoram insetos. d) Alguns de nós ainda tinham esperança de

encontrá-lo. e) Há de haver recurso desta sentença.

2. No período: “Toda a humanidade estaria

condenada à morte se houvesse um tribunal para os crimes imaginários.” (Paulo Bonfim) a) qual o sujeito da primeira oração? b) qual o sujeito da segunda oração?

3. Indique a alternativa correta no que se refere

ao sujeito da oração “Da chaminé da usina subiam para o céu nuvens de fumaça”. a) simples, tendo por núcleo chaminé b) simples, tendo por núcleo nuvens c) composto, tendo por núcleo nuvens de

fumaça d) simples, tendo por núcleo fumaça e) simples, tendo por núcleo usina

4. Identifique no conjunto de orações a que não tem sujeito. a) Hei de vencer todas as dificuldades b) Os operários fizeram um bom trabalho c) Bateram à porta d) As ondas são preguiçosas e) Há muitas pessoas honestas

5. Existem muitas definições de sujeito. Uma

delas é: “Sujeito é aquele que pratica a ação verbal”. Das frases a seguir, qual contraria tal definição? a) O rato foi comido pelo gato . b) O rapaz leu o gibi c) A menina brinca com a boneca d) O menino entregou o jornal e) Viajo todos os domingos.

6. A propósito do trecho que segue, aponte o

sujeito de supõe.

“O idealismo supõe a imaginação entusiasta que se adianta à realidade no enlaço da perfeição”. a) a imaginação entusiasta b) o idealismo c) imaginação d) entusiasta

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7. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é: a) indeterminado b) “um povo heróico” c) “as margens plácidas” d) “do Ipiranga”. e) “o brado retumbante.”

8. Nas seguintes orações:

“Pede-se silêncio”. “A caverna anoitecia aos poucos” “Fazia um calor tremendo naquela tarde”. O sujeito se classifica respectivamente como: a) indeterminado, inexistente, simples b) oculto, simples, inexistente c) inexistente, inexistente, inexistente d) oculto, inexistente, simples e) simples, simples, inexistente

9. “Que há entre a vida e a morte?”

a) O sujeito do verbo haver é o pronome interrogativo que.

b) Tem-se uma oração sem sujeito. c) O sujeito está oculto d) O sujeito é indeterminado e) O sujeito é “uma curta ponte”.

10. Indique o período em que o sujeito é apenas

agente. a) Tu te atiraste escala abaixo, assim é que te

machucaste? b) Por mim não seriam guardadas estas coisas. c) Coisas outras se apresentaram durante o

processo d) Você vai, ora se vai! e) N.D.A.

11. Nas orações a seguir:

I. As chuvas abundantes , pródigas, violentas, fortes anunciaram o verão

II. Eu e você vamos juntos. III. Vendeu-se a pá. O sujeito é respectivamente a) composto, simples, indeterminado b) composto, composto, indeterminado c) simples, simples, oculto d) simples, composto, “a pá”. e) Composto, simples, “a pá”

12. Duas das orações abaixo têm sujeito indeterminado. Assinale-as

I. Projetavam-se avenidas largas. II. Há alguém esperando você III. No meio das exclamações, ouviu-se um

risinho de mofa. IV. Falava-se muito sobre a possibilidade de

escalar a montanha. V. Até isso chegaram a dizer. a) I e II b) III e IV c) IV e V d) V e VI

13. Só num caso a oração é sem sujeito. Assinale-o a) Faltam três dias para o batismo b) Houve por improcedente a reclamação do

aluno. c) Só me resta uma esperança d) Havia tempo suficiente para as

comemorações e) N.d.a

14. “Retira-te, criatura ávida de vingança.”, o

sujeito é: a) te b) inexistente c) oculto determinado d) criatura e) n.d.a

15. Em “...não havia público para os escritores...”. o sujeito é: a) elíptico b) indeterminado c) inexistente d) simples e) composto

16.

I. Paulo está adoentado II. Paulo está no hospital. a) O predicado é verbal em I e II b) O predicado é nominal em I e II c) O predicado é verbo-nominal em I e II d) O predicado é verbal em I e nominal em II e) O predicado é nominal em I e verbal em II

17. Examine as três frases abaixo:

I. As questões de física são difíceis II. O examinador deu uma entrevista ao repórter

do jornal. III. O candidato saiu do exame cansadíssimo.

Os predicados assinalados nas três frases são: a) respectivamente, verbo-nominal, nominal,

verbal. b) respectivamente, nominal, verbal, verbo-nominal c) todos nominais d) todos verbais e) todos verbo-nominais.

18.

I. Durante o carnaval, fico agitadíssimo.

(predicado verbal) II. Durante o carnaval, fico em casa (predicado

nominal) III. Durante o carnaval, fico vendo o movimento

das ruas. (predicado nominal) Assinale a certa: a) I e II b) II e III c) I e III d) Todas as alternativas estão certas. e) Todas as classificações estão erradas.

19. Assinale a alternativa em que aparece um

predicado verbo-nominal. a) Os viajantes chegaram cedo ao destino.

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 10

b) Demitiram o secretário da instituição. c) Nomearam as novas ruas da cidade. d) Compareceram todos atrasados à reunião e) Estava irritado com as brincadeiras.

20. Observar as seguintes orações:

I. Rosária continua preocupada com o preço da carne

II. Zoraíde andava, andava e andava pelas alamedas

III. Encontrei-a dormindo Respectivamente, os predicados são: a) Nominal, verbo-nominal, verbal. b) Nominal, verbal, verbo-nominal. c) Verbo-nominal, verbal, nominal. d) Verbo-nominal, nominal, verbal. e) Verbal, verbo-nominal, nominal.

21. Assinale a alternativa correta em relação à

classificação dos predicados das orações abaixo. 1. Todos nós consideramos a sua atitude

infantil. 2. A multidão caminhava pela estrada poeirenta. 3. A criançada continua emocionada.

a) 1 – predicado verbal, 2 – predicado nominal, 3

– predicado verbo-nominal b) 1 – predicado nominal, 2 – predicado verbal, 3

– predicado verbo-nominal c) 1 - verbo-nominal, 2 – predicado verbal, 3 –

predicado nominal. d) 1 – predicado verbo-nominal, 2 – predicado

nominal, 3 – predicado verbal e) 1 – predicado nominal, predicado verbal,

predicado verbo-nominal. 22. Classifique o predicado da oração abaixo,

justificando sua resposta: [“És precária e veloz] Felicidade”

Predicado .........................................................

Justificativa ......................................................

23. Assinale a alternativa que classifica corretamente, e pela ordem, os predicados das frases:

I. Os filhos consideram falsa a atitude da mãe. II. A atitude da mãe parecia falsa. III. Finalmente, os filhos consideraram a atitude

da mãe. a) Verbal, nominal, verbo-nominal b) Verbo-nominal, nominal, verbal c) Nominal, verbo-nominal, verbal d) Verbo-nominal, verbal, nominal e) Verbal, verbo-nominal, nominal.

24. Assinale a opção em que há predicado verbal

a) O prédio estava arruinado b) Todos regressam contentes c) Falam-se muito na constituinte d) O pássaro voou assustado

25. Na oração “O sol caía de ponta, brutal”, o

predicado é verbo-nominal porque: a) O verbo cair é intransitivo e brutal funciona

como predicativo do sujeito

b) O verbo cair é intransitivo e de ponta e brutal são adjuntos adverbiais de modo.

c) A oração não tem sujeito, pois sol, um ser

inanimado, não pode praticar a ação . d) O verbo cair é de ligação e de ponta e brutal

estão funcionando como predicativo do sujeito. e) Aparecem na oração um verbo (cair) e um

nome (o sol) 26. Nas opções abaixo, o verbo destacado faz

parte de um predicado verbal, exceto:

a) “Quando as pessoas chegavam, os donos da casa estavam à porta, à espera.”

b) “Não que fosse praxe. Simplesmente costume.”

c) “Mas se os donos ali não estivessem, as

conversas começavam na sala.” d) “Ficavam um pouco de pé, costurando uns

rabos de assuntos...“ e) “O café era servido à chegada e quase no

fim...” 27. É exemplo de predicado verbo nominal

a) “Cuspi no chão com um nojo desgraçado” b) “O corpo me doía todo.” c) “Estrela se sentou na cama assustada” d) “Ele saiu correndo com os pés descalços.”

28. Leia as seguintes frases:

“O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo.” “O sol brilhou um pouquinho pela manhã.” Pela ordem, os predicados acima classificam-se como: a) nominal – verbo-nominal b) verbal – nominal c) verbal – verbo nominal d) verbo-nominal – nominal e) verbo-nominal – verbal.

29. Classifique os predicados das orações

seguintes: a) Eu era criança.

................................................................... b) “...quando te falo dessas felicidades certas...”

...................................................................

30. Em “Sonhos que parecem os dias que acabam nesta madrugada”, classifique os dois predicados e explique a diferença entre eles. .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 11

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

COMPLEMENTOS VERBAIS

Os complementos verbais integram o sentido

dos verbos transitivos e ligam-se ao verbo: a) diretamente, sem o auxílio de preposição e,,

nesse caso, são chamados de objeto direto(OD);

b) indiretamente, com o auxílio de preposição e,, nesse caso, são chamados de objeto indireto (OI).

OBJETO DIRETO (OD)

Este complemento verbal integra o sentido de

verbo transitivo direto (VTD) ao qual se liga diretamente.

“Saúda o sol e a alegria de amar.” (Vinícius de

Moraes) Normalmente, o núcleo do objeto direto é

representado na oração por: um substantivo ou uma expressão substantivada, um numeral, um pronome substantivo, um pronome oblíquo ou uma oração introduzida por conjunção integrante (chamada de oração subordinada).

1. Substantivo

“Assaltantes fazem reféns e jogam dinheiro pela janela.” (Folha de S. Paulo) “O homem balança a cabeça devagar.” (Stanislaw Ponte

Preta) “Não há ladrões, eu te asseguro.” (Mário Quintana)

2. Expressão substantivada

Eu não sei mais o que dizer. “Chorais o que não se chora.” (Cecília Meireles)

3. Numeral

“Havia três tão juntinhas e quietas que pareciam estar dormindo.” (Luiz Vilela) Dos alunos da classe, eu levava doze. “Daria cinco ou seis, se pudesse, respondeu Rubião.”

(Machado de Assis)

4. Pronome substantivo

“Quando voltei ao seminário, contei tudo ao meu

amigo Escobar.” (Machado de Assis)

“Vamos providenciar isso.” (Paulo Mendes Campos)

“Os jornais nada publicaram.” (Carlos Drummond de

Andrade) “Não tenho nenhuma.” (José J. Veiga)

5. Pronome oblíquo

“Perdi quem me amava.” (Paulo Mendes Campos)

“Simão Bacamarte não o contrariou” (Machado de Assis)

“A turma aproveitou o movimento e fisgou-a.” (Carlos

Drummond de Andrade) “Virgínia remexeu-se na almofada.” (Lygia Fagundes Telles)

Observações

1. Os pronomes oblíquos o, a, os, as exercem, na

maioria dos casos, a função de objeto direto. “Era trágico vê-lo morto.” (Paulo Mendes Campos) “Tio Palha felicitou-a.” (Marcos Rey) 2. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser

objeto direto ou indireto, dependendo da transitividade do verbo.”

“Puxou-me para a escada.” (Marcos Rey)

“O homem estendeu-me a mão.” (Fernando Sabino)

“Ficaram nos olhando dentro de nossas casas.” (José

J. Veiga)

6. Oração introduzida por conjunção, geralmente a conjunção integrante:

“Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso.”

(Pixinguinha)

“E compreendo que nós continuaremos a viver à

maneira carioca.” (Rubem Braga) “Não queremos que nossas bombas dêem prejuízo a

ninguém.” (Carlos Drummond de Andrade)

Objeto direto preposicionado

Há casos em que o objeto direto pode aparecer

precedido de preposição. Neste caso, têm-se o objeto direto preposicionado (ODP).

Vejam, primeiro, os casos em que obrigatoriamente se deve usar a preposição antes do objeto direto:

1. Com pronome pessoal oblíquo tônico

“Não a ti Cristo, odeio ou menosprezo.” (Fernando

Pessoa)

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 12

Prejudiquei a ti naquele momento.

2. Com o pronome quem, desde que o antecedente esteja expresso

“A senhora a quem cumprimentara era a esposa do

tenente-coronel Veiga.” (Machado de Assis)

Ele tem uma filha a quem muito estima.

Agora, veja os casos em que o uso da

preposição antes do objeto direto pode ou não ocorrer.

1. Com nomes próprios ou comuns para evitar ambigüidade:

Judas, traiu a Cristo.

Na confusão, beijou o namorado ao pai na moça.

2. Com expressões de reciprocidade para garantir a clareza da frase:

Eles tinham um ao outro. Os parceiros do barão acusaram-se um ao outro.

(Machado de Assis)

3. Com o objeto direto anteposto ao verbo:

A esses, sim, âmago eu odeio do crente peito. (Fernando

Pessoa) Ao médico é que não enganam.

Objeto direto pleonástico

Para realçar uma idéia já expressa pelo objeto

direto este pode aparecer repetidamente, sob a forma de pronome pessoal, átono, sendo chamado de, então de objeto direto pleonástico .

Vendera muito as aparências, mas a realidade ,

guardava-a para poucos (Machado de Assis) Pleonasmo (do grego pleonasmos =

superabundância): trata-se de uma figura de estilo que consiste na repetição de palavras ou expressões com objetivo de reforçar uma idéia. O seu emprego em algumas situações, é considerado vicioso e deve ser evitado ; como em construções desse tipo:

Subir para cima

Sair para fora

Descer para baixo

Entrar para baixo

Encarar de frente

OBJETO INDIRETO (OI)

É o termo que completa o sentido do verbo

transitivo indireto (VTI) ao qual se liga com auxilio de uma preposição. Veja: Por que implicas tanto com tua sogra?

O núcleo do objeto indireto (OI) pode aparecer

na forma de: um substantivo, uma palavra ou expressão substantiva uma oração que equivale a um substantivo (oração subordinada substantiva), um

numeral um pronome. 1. Substantivo

“Foi um desconhecido que trouxe, precisava muito de

dinheiro.”(Ligia Fagundes Telles ) “Bolsas malas maletas, tudo isso o couro canguru dá

pra gente.” (Carlos Drummond de Andrade) “De repente me lembrei do convite.” (José J. da Veiga)

2. palavra ou expressão substantivada .

Assistimos ao entardecer.

Cansei-me do tamboriar monótono da chuva.

Ansiávamos pelo apagar das luzes no palco.

3. Oração que equivale a substantivo

Convenci-me, porém,

De que os dentes da bicha tinha ferido o estribo. Não me oponho a que viaje.

Entregaremos o prêmio a quem vencer.

4. Numeral

Refiro-me aos dois: Pedro e Paulo .

Desconfio de ambas, pois sempre dizem metiras

Preciso de um cento , não mais.

5. Pronome

“E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.” (Fernando Pessoa)

“Não gostaria de pelar o texugo,uma vez que devemos gostar dele.” (Carlos Drummond de Andrade)

“Pedira-me que o representasse.” (Fernando Sabino)

“Expliquei-lhe não era condômino.” (Fernando Sabino)

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 13

Objeto indireto pleonástico

Para realçar uma idéia já expressa pelo objeto

indireto este pode aparecer repetidamente, sob a forma de pronome oblíquo átono sendo chamado d, então de objeto indireto pleonástico.

A mim também pregava-me peças.(Murilo Rubião)

Que me importa isso a mim? (Fernando Pessoa)

COMPLEMENTO NOMINAL

Como os verbos, muitos nomes (substantivos

adjetivos e raramente advérbios) podem ter sentido incompleto e precisam de um complemento, um termo que os torne mais claro. A este termo damos o nome de complemento nominal, pois completa o sentido de um nome. O complemento nominal aparece sempre regido de uma preposição, mais não deve ser confundido com o objeto indireto que é complemento verbal.

Veja os exemplos:

“Todos são responsáveis pela vida da empresa.” (O

Estado de S. Paulo) “Devo me operar - confessa uma noite. Medo de doença ruim.” (Murilo Rubião)

Contrariamente aos meus princípios, vou falar sobre

o assunto. Observe que os complemento em destaque, nos

exemplos servem para completar o sentido de nomes e não de verbos compare as duas frases.

O menino é obediente ao pai.

O menino obedece ao pai.

Observação

Geralmente, o complemento nominal integra o

sentido de nomes que corresponde a um verbo transitivo de nomes radical. Veja:

Verbo transitivo Nomes

Odiar os burgueses o ódio aos burgueses Gostar da beleza o gosto da beleza Terminar o trabalho o término do trabalho Agitar as pessoas a agitação das pessoas Declarar o medo a declaração do medo Caluniar o vizinho a calúnia ao vizinho Comover a mãe a comoção da mãe

Em geral, o núcleo do complemento nominal

pode ser representado na oração por: um substantivo, uma palavra ou expressão substantivada, uma oração introduzida por conjunção integrante (oração subordinada), um pronome, um numeral.

1. Substantivo

“Ando à procura de espaço.” (Cecília Meireles)

“Eles têm direito à vida, como nós.” (Carlos D. de Andrade)

“Eu estava livre de imagens.” (Cecília Meireles)

2. Palavra ou expressão substantivada

Nosso país, infelizmente, vive na esperança do

amanhã. A compra de um lugar para morar é o que me leva

adiante. Tenho lembrança do voar de estampas humanas e de

cores do céu e da terra.

3. Oração introduzida por conjunção integrante

“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão

cedo.” (Graciliano Ramos) Sou favorável a que o prendam.

Estava convencido de que um dia lhe dariam razão.

4. Pronome

Nossa confiança em você é sem limites.

Ela tem vergonha de si mesma.

Os insensíveis não têm amor por nada.

5. Numeral

O amor é essencial para os dois.

O ciúme é próprio de ambos.

“A vida dele era necessária a ambas.” (Machado de Assis)

AGENTE DA PASSIVA

O termo que, na voz passiva, pratica ação do

verbo denomina-se agente da passiva. Em geral, vem acompanhado da preposição por ou, mais raramente, de.

Numa das viagens foi interpelado na cerca do

pasto por um homem alto.” (José J. Veiga)

“Agora a casa está cercada de leões de fogo.” (Cecília

Meireles) A carta foi entregue à moça pelo carteiro.

Nos exemplos, os agentes da passiva - por um

homem alto, de leões de fogo e pelo carteiro -

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 14

correspondem, na voz ativa, aos respectivos sujeitos das três orações.

Observe os esquemas da conversão das vozes:

Voz passiva: (Ele) foi interpelado por um homem alto.

Voz ativa: Um homem alto interpelou-o.

Voz passiva: A casa está cercada de leões de

fogo.

Voz ativa: Leões de fogo cercam a casa.

Voz passiva: A carta foi entregue à moça pelo

carteiro. Voz ativa: O carteiro entregou a carta à moça.

Apenas os verbos Transitivos Diretos e

Transitivos Diretos e Indiretos admitem a voz passiva, pois somente orações na voz ativa com objetivo direto podem ser transformadas em orações na passiva.

Observações

1. Tanto na oração de voz passiva quanto na de voz

ativa, o agente e o paciente continuam sendo os mesmo termos. Apenas a função sintática é diferente.

2. Os verbos transitivos indiretos, intransitivos e os de

ligação não admitem a voz passiva, apenas a voz ativa. Observe as frases:

O menino precisa de amor.

O homem saiu apressado.

Eu sou feliz.

Os verbos das frases acima estão na voz ativa e

não é possível passar tais frases para a voz passiva.

3. Nas construções mais modernas, o agente da passiva é freqüentemente omitido.

“Não passa um dia sem que essa idéia seja repetida

em todos os cantos.”

Normalmente, o núcleo do agente da passiva é representado por: um substantivo ou expressão substantivada, uma oração de agente da passiva, um numeral, um pronome.

1. Substantivo ou expressão substantivada

“Uma série de acordos internacionais determina que 40% de carga deve ser transportada, por armadores

brasileiros.” (Revista Veja)

“Por quase um século, Colombo foi menosprezado e ofuscado por outros explorados mais bem sucedidos.”

(Revista Veja)

O Congresso Nacional é sempre convocado pela

presidência do Senado.

2. Oração com função de agente da passiva.

A festa foi preparada por quem entende do assunto.

A obra foi apreciada por quem visitou o museu.

Seremos absorvidos ou condenados por quem nos

criou. 3. Numeral

A costureira foi visitada por ambas.

Ele é o primeiro-secretário, mas tudo será resolvido

pelo segundo. 4. Pronome

O fato foi previsto por nós.

As provas serão corrigidas por mim.

A casa foi construída por quem?

Ela não foi vista por ninguém.

EXERCÍCIOS E TESTES DE CONCURSOS

1. Classifique corretamente os termos integrantes

destacados. “Mulher que a dois ama, a ambos engana.”

a) Objeto direto preposicionado e objeto direto preposicionado.

b) Objeto indireto e objeto direto c) Objeto indireto pleonástico e complemento nominal d) Objeto direto e objeto direto preposicionado. e) Objeto direto preposicionado e objeto indireto. 2. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.

Transpondo a oração em destaque para voz passiva, temos a seguinte forma verbal:

a) tinha sido aprendido b) era aprendido c) fora aprendido d) tinha aprendido e) aprenderia 3.

“E agora, José? A festa acabou A luz apagou O povo sumiu A noite esfriou...” (Carlos Drummond de Andrade)

Em relação aos verbos destacados, pode-se afirmar que:

a) os verbos são todos transitivos diretos e estão no pretérito imperfeito.

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 15

b) os verbos são todos transitivos diretos, embora o objeto direto não esteja expresso; e o verbos estão no pretérito perfeito.

c) o primeiro e o segundo verbo são transitivos diretos e os últimos são transitivos indiretos e estão no pretérito mais-que-perfeito.

d) todos os verbos destacados são intransitivos e estão no pretérito perfeito.

4. Em relação a frase “Os gatos pretos pulam a

cerca.”, podemos afirmar que: a) o sujeito é composto b) o verbo é transitivo direto c) o objeto é indireto d) o predicado é nominal e) n.d.a. 5. “... e no fim declarou-me que eu tinha medo de

que você me esquecesse”,

as palavras destacadas têm respectivamente, funções sintáticas de:

a) objeto indireto, objeto direto, objeto direto. b) objeto direto, objeto direto, objeto direto c) objeto direto, predicativo do sujeito, objeto direto d) objeto indireto, objeto indireto, objeto indireto e) objeto direto, adjunto adverbial, objeto direto. 6. a) “Por que brilham teus olhos ardentes.”

..........................................................................

b) “Sou o sonho de tua esperança,”

........................................................................... Classifique, quanto à predicação, os verbos destacados dos fragmentos acima.

7. “Quando percebi que o doente expirava, recuei

aterrado, e dei um grito, mas ninguém me ouviu.” (Machado de Assis) A função sintática das palavras doente, grito, ninguém, me é respectivamente:

a) sujeito, objeto direto, objeto direto, objeto indireto. b) objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito. c) sujeito, objeto indireto, sujeito, objeto direto d) objeto indireto, objeto direto, sujeito, objeto direto e) sujeito, objeto direto, sujeito, objeto direto 8. Examinar as três frases abaixo e indicar onde

ocorre tanto objeto direto como objeto indireto. I. Míriam pediu dinheiro ao pai II. A cozinheira ofereceu torta de maçã à

doutora. III. O geneticista confessou tudo à psiquiatra. a) Em I e II apenas b) Em I e III apenas c) Em II e III apenas d) Em todas e) Em II apenas

9. “Sorvete kibon decora sua cozinha. E dá nome

às latas.” Os termos destacados são

respectivamente: a) sujeito, objeto direto, objeto indireto b) objeto direto, sujeito, objeto direto c) sujeito, objeto direto, objeto direto d) sujeito, sujeito, objeto indireto

e) objeto direto, sujeito, objeto direto 10. Observar as duas frases a seguir:

I. No ano passado, havia passas no meu pudim. II. No ano passado, existiam passas no meu

pudim Em I o verbo está no singular e em II está no plural porque, quando é sinônimo de existir, o verbo haver:

a) tem sujeito e é transitivo direto b) tem sujeito e é intransitivo c) não tem sujeito e é transitivo direto d) não tem sujeito e é intransitivo e) tem sujeito, mas não tem objeto. 11. Para classificar os verbos do trecho abaixo quanto

à sua predicação, preencha os parênteses, obedecendo à seguinte instrução:

a) intransitivo b) transitivo direto c) transitivo indireto d) transitivo direto e indireto “Viveras ( ) e para sempre, / na terra que aqui aforas ( ): e terás ( ) enfim tua roça.” A alternativa que contém s seqüência correta é: a) a, a, b. b) a, b, b. c) b, a, b. d) b, d, c. e) b, b, b.

12. Assinale a alternativa em que há agente da

passiva. a) Nós seremos julgados pelos nossos atos. b) “Olha esta terra toda que se habita dessa gente

sem lei, quase infinita.” c) Agradeço-lhe pelo livro. d) Ouvi a notícia pelo rádio e) Por mim, você pode ficar. 13. Em “O tempo estava de morte, de carnificina”, o

verbo é: a) de ligação b) transitivo indireto c) intransitivo d) transitivo direto e) transitivo direto e indireto.

14. Assinale a alternativa em que o verbo destacado

não é de ligação: a) A criança estava com fome. b) Pedro parece adoentado. c) Ele tem andado confuso. d) Ficou em casa o dia todo. e) A jovem continua sonhadora

15. Reescreva as orações abaixo, substituindo em

cada uma o pronome de 1ª pessoa pelo de 3ª a) “...às vezes me repreendia...”

................................................................................. b) “...porque me negara uma colher de doce...” ................................................................................

16. O termo destacado é objeto direto na alternativa:

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a) Meus amigos, viva o povo brasileiro! b) Quem te falou isso, menino? c) As casas, a enchente levou d) Quem não gosta de milho verde?

17. “O bom funcionário não soube resolvê-la, ninguém

na repartição o soube. Quanto aos pronomes deste período, para sermos exatos e completos, devemos afirmar que:

a) todos empregados como objetos diretos. b) um é objeto; outro, objeto indireto; ambos,

oblíquos. c) Um é sujeito, os outros, , objetos diretos d) Um é sujeito, o outro, objeto direto. e) Os três são objetos diretos dos verbos saber e

resolver.

18. Assinale a frase em que a palavra destacada

indica o agente. a) Por mim foram exagerados estes

documentos. b) De mim conseguires o que quiserdes. c) Falou-se de mim na reunião? d) Contra mim estavam todos eles. e) n.d.a.

19. Observe:

1. Queria muito aquele brinquedo. Queria muito ao amigo.

2. Dormi muito esta noite. Dormi um sono muito agradável. A partir desses exemplos, explique a seguinte afirmativa: “A análise da transitividade verbal é feita de acordo com o texto e não isoladamente”. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

20. Indique a frase que apresenta a palavra "se" como

pronome apassivador: a) "Se não chego a tempo..." b) "Afastou-se o diretor, pisando forte." c) Apagaram-se as luzes. d) Precisa-se de responsabilidade. e) Deu-se pressa em sair.

21. Em: "Chamou-se um eletricista para a instalação

dos fios" o termo destacado é: a) objeto direto b) sujeito c) objeto indireto d) agente da passiva e) predicativo do sujeito

22. No período: "Depois que aumentaram os preços,

muitos produtos voltaram ao mercado." I II 0-0) A primeira oração não apresenta sujeito, ou seja, é

um caso de sujeito inexistente. 1-1) A segunda oração tem ao mercado como objeto

indireto.

2-2) Existe ambigüidade na primeira oração. A forma verbal aumentaram pode ter preços como

sujeito, ou então o sujeito estaria indeterminado. 3-3) Na segunda oração, produtos vem como objeto

direto. 4-4) Na primeira oração, preços pode vir na função de

objeto direto. 23. Analise as proposições abaixo: I II 0-0) Em "Ensinou aos filhos a herança passada dos

seus pais", tem-se o termo em destaque na

função de agente da passiva. 1-1) "Amou a seu pai com a mais plena grandeza da

alma" - neste exemplo o termo em destaque vem como objeto indireto.

2-2) Em "Amou daquela vez como se fosse a última", o

termo em destaque funciona como objeto indireto. 3-3) Em "Filhos, melhor tê-los" o pronome destacado

ocupa a função de objeto pleonástico. 4-4) Em "Gosto muito de te ver leãozinho”, o pronome

destacado vem como objeto direto. 24. Em: "As águias e os astros amam esta região azul,

vivem nesta região azul, palpitam nesta região azul", temos:

I II 0-0) Na primeira oração, região ocupa a função de

objeto direto. 1-1) Na segunda oração, nesta região azul vem como

objeto direto. 2-2) Nesta mesma oração, o sujeito está elíptico (águias e astros). 3-3) Na terceira oração, o verbo palpitar vem como

intransitivo. Logo não existe complemento verbal. 4-4) Na primeira oração, águias e astros são objetos

diretos. 25. Ao analisarmos o período: "De todos que o

estimavam era conhecida a sua ousadia.", concluímos que:

I II 0-0) De todos vem na função de agente da passiva. 1-1) O pronome relativo que vem como sujeito da 2ª

oração. 2-2) Ousadia é o núcleo do sujeito da primeira oração. 3-3) O pronome oblíquo "o" é objeto do verbo 'estimar'.

4-4) Ambas as orações estão na voz passiva.

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 17

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que serve para determinar ou

caracterizar um substantivo, independentemente da função que este exerce na oração. Veja: “Na deserta rua tremem de medo os lampiões sombrios.” (Castro Alves)

Normalmente, o adjunto adnominal é

representado por: um artigo, um pronome adjetivo, um numeral, um adjetivo ou uma locução adjetiva, uma oração com a função de adjetivo (chamada de oração subordinada adjetiva).

1. Artigo

“O samba, a viola, a roseira Um dia a fogueira queimou.” (Chico Buarque)

2. Pronome adjetivo

“Júlio conversava com alguns colegas do portão.” (Lygia

Fagundes Telles) “Essas estampas, essas imagens são mentirosas.” (João Alphonsusf) “Papai tinha escrito em várias portas.” (Otto Lara Resende)

3. Numeral

À frente, escada de pau de quarenta degraus em dois

lanços levada ao espaço na varanda.” (Guimarães rosa) “Meses depois despontou a orelha de um segundo

namorado.” (Machado de Assis)

Dentro em pouco, dava a minha primeira lição.” (Lima

Barreto)

4. Adjetivo

“Título de uma antiga seção do velho Braga.” (Mario

Quintana) “O afiador de faca suspendeu o Silvo estridente com

que chamava a freguesia.” (Otta Lara Resende) “Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores.” (Ignácio de Loyola Brandão) “Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria

mais ir à escola.” (Ignácio de Loyola Brandão)

5. Locução adjetiva

“Entre essas patas de aço e nuvem, estão presos teus

campos e teus mares. Irás ao céu num selim de ouro.” (Cecília Meireles)

“Não houve bolo de chocolate com frutas.” (Carlos

Drummond de Andrade) “No primeiro dia fincamos as estacas da casa.” (José J.

Veiga)

6. Oração com valor de adjetivo

“Eu não tinha este coração que nem se mostra.” (Cecília

Meireles) “Olhou a caatinga amarela, que o poente avermelhava.” (Graciliamos Ramos)

“A dor que se dissimula dói mais.” (Machado de Assis)

Adjunto adnominal ou complemento nominal?

É preciso ter muito cuidado para não confundir o

adjunto adnominal com o complemento nominal, uma vez que, quando representado por locução adjetiva, o adjunto adnominal se apresenta com a mesma estrutura do complemento nominal: preposição + substantivo. Veja:

Água de torneira Medo de água

No primeiro exemplo, temos um adjunto

adnominal, pois a palavra água não necessita de complemento e o terno de água apenas especifica e

qualifica esse substantivo. No segundo, temos um complemento nominal,

pois a palavra medo exige um complemento para ter seu sentido completo e, no caso, de água, completa o

sentido desse substantivo.

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo que serve para modificar ou

intensificar o sentido do verbo, do adjetivo ou do próprio advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância. Observe: “Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede.” (Vinícius de Moraes)

“Sua temperatura é mais baixa que a nossa.” (Carlos

Eduardo Novaes) O tempo passa muito rapidamente.

Normalmente, o adjunto adverbial é

representado por: um advérbio, uma locução ou expressão adverbial, uma oração com valor de advérbio (chamada de oração subordinada adverbial).

1. Advérbio

“A polícia portuguesa acusou três dezenas de turistas brasileiros de pretenderem trabalhar clandestinamente no país.” (Revista Veja)

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 18

Volte amanhã.

A situação parece realmente perigosa.

2. Locução ou expressão adverbial

“Esta pequena ilha abundava de belas aves e em derredor pescava-se excelente peixe.” (Joaquim Manuel de

Macedo) “Na minha rua há um menininho doente.” (Mário Quintana)

Amanhece sem pressa.

Depois do almoço, ele passou muito mal.

3. Oração com valor de advérbio

“Enquanto muitos países enfrentam recessões,

existe um setor que não pára de crescer.” (Revista Exame) A mãe estava nervosa porque não recebera notícias do filho.

Observação

É preciso ter em mente que o adjunto adverbial

representa uma idéia acessória à mensagem. Ele não deve ser confundido com o objeto indireto nem com o complemento nominal, que são termos integrantes da frase, indispensáveis à compreensão da mensagem.

Observe:

As crianças necessitam de amor.

As crianças têm necessidade de amor.

As crianças necessitam desesperadamente de amor.

Portanto, em frases como:

Ele chegou de trem. Ele precisa de amor.

Os ternos em destaque - de trem e de amor -

não se confundem em construções sintáticas, pois, na primeira, o verbo chegar é intransitivo e de trem é adjunto adverbial. Na segunda frase, precisa é verbo transitivo indireto, e de amor é seu complemento, um

objeto indireto.

Classificação dos Adjuntos Adverbiais

São muitas as circunstâncias atribuídas ao

verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio pelo adjunto adverbial. Veja: O navio desliza velozmente.

Os homens são muito egoístas.

Ela falou mais claramente.

Perceba que o adjunto adverbial pode

desempenhar as mesmas funções exercidas pelos advérbios ou pelas locuções adverbiais.

Eis alguns exemplos de adjuntos adverbiais, classificados a partir das circunstâncias que exprimem.

1. Tempo

“Agora o asfalto anda em Tabatingüera.” (Mário de

Andrade) “Outro dia eu estava distraído...” (Rubem Braga)

2. Lugar

“Seringueiro brasileiro Na escureza da floresta

Seringueiro, dorme.” (Mário de Andrade)

“Aqui não tem nenhum Valdemar.” (Paulo Mendes Campos) “Um avião passa roncando por cima da casa.” (Érico

Veríssimo)

3. Modo

“Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu

rosto.” (Caetano Veloso) “Ela olhou para a plantinha e disse com convicção:

- Esse aqui não vai morrer.” (Rubem Braga) Desculpe, me esqueci completamente de trazer

trocado.” (Carlos Drummond de Andrade)

4. Negação

“Se tal coisa acontecesse eu jamais saberia.” (Rubem

Braga)

“Devemos amar os animais, e não maltratá-los de jeito nenhum.” (Carlos Drummond de Andrade)

5. Afirmação

“Sim eu poderia abrir as portas que dão para dentro.” (Caetano Veloso) Ele é, sem dúvida, um excepcional intérprete de

Beethoven.

6. Dúvida

“Um salmo preludia nos troncos, nas giestas; Se acaso solitário passo pelas picadas.” (Castro Alves)

“Talvez seja o encantador de serpentes. Talvez seja ele.” (Cecília Meireles)

7. Intensidade

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 19

Nos dias de hoje, quem está bem informado é

chamado valorizado. “Eu já chorei bastante.” (Stanislaw Ponte Preta)

8. Meio

Iremos de avião, o mais rápido possível.

Da Europa aos Estados Unidos, é mais romântico viajar de navio.

9. Causa

O pais ficará em ruínas com a inflação.

Todos trabalham por necessidade de sobrevivência.

Morreu de aneurisma cerebral.

10. Companhia

“Se eu pudesse fazer o sacrifício de passar as férias com eles seria um benefício para tio Baltazar.” (José J.

Veiga) "Saiu com os amigos a fim de conseguir um novo

emprego."

11. Instrumento

A criança estragou a parede com o martelo.

Monografias devem ser escritas à máquina.

12. Finalidade

“Suas lágrimas são guardadas para o inevitável.” (Stanislaw Ponte Preta) Haviam escrito um artigo novo para a edição da tarde.

13. Direção

Atirou para cima e não se preocupou com o povo.

APOSTO

É o termo que identifica, explica, desenvolve ou

resume um outro termo da oração, independentemente da função que este exerce. Veja: “E rodeavam-no as filhas, Paula, Germana e Lucíola.” (Guimarães Rosa)

No exemplo, as palavras em destaque são

aposto, pois estão identificando o substantivo as filhas.

O aposto geralmente é representado por substantivo ou expressões substantivadas, frases e até orações, sendo, em alguns casos, separado do termo que identifica por vírgulas, por dois-pontos e, ocasionalmente, por travessões.

1. Substantivo

“Falavam no nascimento de Jesus, em Pilatos e Herodes, na Virgem e em São José, era uma história, formosa história.” (Jorge Amado)

“O pessoal da casa (Gustavo, meu pai, Odete, minha mãe e Renatinho, o caçula) ficou meio assustado.” (Marcos Rey)

Mulher sofisticada, Maria Teresa bebericava seu

vinho branco.

2. Expressão substantivada

Leão, técnico da seleção, inicia hoje os treinos.

“Um rapaz moreno e franzino – um dos novos personagens desta história – apresentou-se junto

aos mineiros.” (Luiz Vilela)

“Os preços salgados não intimidam a estudante Ana Teresa, uma entusiasta da espécie.” (Revista Veja)

3. Oração com valor de substantivo

Já sabemos de uma coisa: ninguém vai entrar sem uniforme.

“Mas diga-me uma coisa, essa proposta traz algum motivo oculto?” (Machado de Assis)

Tenho um grande sonho: morar em casa própria.

Tipos de Aposto

O aposto pode ser classificado em :

especificador, resumidor ou recapitulativo e enumerativo.

Aposto especificador

É o aposto que aparece junto a um substantivo

de sentido genérico, sem pausa, para especificá-lo ou individualizá-lo. Observe: “Dentro do carro o pai, os dois irmãos mais velhos e o padrinho, seu Salomone.” (Alcântara Machado)

No exemplo, o aposto – seu Salomone – está

especificando o substantivo padrinho, esclarecendo a

quem o emissor se refere.

Observação

Este tipo de aposto pode vir, às vezes, precedido de preposição e não deve ser confundido com outro tipo de construção formalmente semelhante, como o adjunto adnominal. Veja: O Estado de São Paulo é altamente desenvolvido.

aposto O povo de São Paulo é generoso.

adjunto adnominal

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Aposto resumidor ou recapitulativo

É o aposto usado para resumir termos

anteriores e é expresso, geralmente, por um pronome indefinido. “Amigos, empregados, o administrador, gente da cidade, todos queriam conhecer a cabeluda fã de “O

luar do sertão...” (Orígenes Lessa)

Aposto Enumerativo

É usado para desenvolver idéias que foram

resumidas ou abreviadas num termo anterior. “Devo-te o modelo justo, sonho, dor, vitória e graça.” (Cecília Meireles)

VOCATIVO

O Vocativo é um termo independente da oração,

pois não se prende ao sujeito nem ao predicado, servindo apenas para interpelar ou chamar aquele com quem se fala. Observe: “Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?” (Castro

Alves)

O vocativo pode aparecer acompanhado de

vírgulas ou ponto-de-exclamação, precedido, também da interjeição "ó", como no exemplo dado

anteriormente. A função do vocativo pode ser exercida por: um

substantivo ou uma expressão substantivada, ou no pronome de tratamento.

1. Substantivo

“Malte importado, lúpulo importado, mestre cervejeiro importado. O que mais você quer, brasileiro.” (Revista Veja)

“Ali em frente... – Mário, põe a máscara!” (Mário de

Andrade)

2. Expressão substantivada

“Mas não mandei que você não dormisse no mato, criatura dos meus pecados.” (Graciliano Ramos) “Ôh grão pequeno do café, escuta o meu segredo.” (Mário de Andrade)

3. Pronome de Tratamento

“Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhava.” (Luiz Vilela) Deixe-me ajudá-lo, Excelência.

QUESTÕES E TESTES DE CONCURSOS 1. Nos enunciados abaixo, há adjuntos adnominais e

apenas um complemento nominal. Assinale a alternativa que contém o complemento nominal. a) faturamento das empresas b) ciclo de graves crises c) energia desta nação d) história do mundo e) distribuição de poderes e renda.

2. Indique a alternativa que apresenta,

respectivamente, as funções sintáticas das expressões destacadas nos versos: “Amo-te, ó rude e doloroso idioma” “És, a um tempo, esplendor e sepultura”

a) objeto direto e objeto direto b) sujeito, vocativo c) aposto, sujeito d) vocativo, predicativo do sujeito. e) Predicativo do objeto, predicativo do sujeito.

3. Observe os períodos abaixo e assinale a

alternativa em que lhe é adjunto adnominal.

a) “... anuncio-lhe: Filho, amanhã vai comigo. b) O peixe caiu-lhe na rede c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais. d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã. e) Sim, alguém lhe propôs emprego

4. “Continental 2001 Grand Prix II: nossa

homenagem ao bom gosto da mulher brasileira.” As expressões destacadas são,

respectivamente: a) sujeito, complemento nominal. b) complemento nominal, sujeito c) adjunto adnominal, objeto direto d) complemento nominal, complemento nominal. e) complemento nominal, adjunto adnominal.

5. “Três seres esquivos que compõem em torno à

mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. “O termo destacado é:

a) complemento nominal b) vocativo c) agente da passiva d) objeto direto e) aposto

6. O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.

Os termos em destaque no período acima são, respectivamente: a) vocativo e objeto direto b) predicativo do sujeito e objeto direto c) adjunto adnominal e complemento nominal. d) Adjunto adnominal e objeto direto e) Adjunto adverbial e predicativo do sujeito

7. Analise o termo em destaque: “Uniu-se à melhor

das noivas, a Igreja, e oxalá vocês se amam

tanto”. a) aposto b) adjunto adnominal c) adjunto adverbial

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Prof. Rodrigo Bezerra — Língua Portuguesa (Sintaxe de Oração) 21

d) predicativo do objeto e) vocativo

8. Dos termos destacados, só não é predicativo do

sujeito: a) “Os outros fingiam acreditar, desconfiados.” b) “Manarairema esperou impaciente.” c) ”... enquanto os homens andavam ativos...” d) “Se eles são soberbos, nós também...” e) “Ninguém almoçou direito, receando...”

9. Observe o termo destacado na seguinte frase:

“A porta do armazém fora encontrada aberta, sem o menor vestígio de violência, caixas com fazendas abertas e a gaveta que continha o dinheiro arrombada” (Domingos Olímpio)

Ele exerce a função sintática de: a) aposto b) predicativo c) adjunto adverbial d) adjunto adnominal

10. “As vezes as idéias não vêm, ou vêm muito

numerosas – e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera.” (Gracilano Ramos) A função sintática do vocábulo destacado é: a) adjunto adverbial de modo b) predicativo do sujeito c) adjunto adnominal d) objeto direto e) complemento nominal

11. Assinale correspondente ao período onde há

predicativo do sujeito: a) Como o povo anda tristonho! b) Agradou ao chefe o funcionário. c) Ele nos garantiu que viria. d) No Rio não faltam diversões. e) O aluno ficou sabendo hoje cedo de sua

aprovação

12. Em: “Ajeitou-lhe as cobertas”, o pronome lhe

exerce a mesma a mesma função que em: a) Cada vez que lhe negava uma resposta, o

bolo crescia. b) Luz sempre lhe afugenta o sono c) O irmão dizia-lhe para ser coisa séria d) Olhava para o irmão que lhe estava de costas e) Vinha-lhe, então, raiva e vontade de sair

correndo 13. Ocorre vocativo em:

a) “Então, senhora linha, ainda teima...” b) “A senhora não é alfinete, é agulha.” c) “Mas você é orgulhosa” d) Não falaram à senhora sobre o problema?

14. Em “... com as últimas chuvas, o verde rebentou

verdíssimo”, identifique as funções sintáticas dos

segmentos em destaque. ...................................................................................................................................................................................................................................................

15. Ainda que surgissem poucos recursos para o

projeto, todos mostravam-se satisfeitos com a boa vontade do chefe.

As palavras em destaque no período exercem, respectivamente, a função sintática de: a) objeto direto, complemento nominal b) sujeito, objeto indireto c) objeto direto, adjunto adnominal d) objeto direto, objeto indireto e) sujeito, adjunto adnominal.

GABARITOS — SINTAXE DE ORAÇÃO 1ª PARTE – TERMOS ESSENCIAIS

1. E 2. a) Toda a humanidade b) Oração sem

sujeito 3. B 4. E 5. A 6. B 7. C 8. E 9. B 10. D 11. D 12. C 13. D 14. C 15. C 16. E 17. B 18. E 19. D 20. B 21. C 22. Pred. Nominal (VL + Predicativo) 23. B 24. C 25. A 26. B 27. C 28. E 29. a) Pred. Nominal; b) Pred. Verbal 30. a) Pred. Nominal; b) Pred. Verbal

2ª PARTE — TERMOS INTEGRANTES

1. A 2. C 3. D 4. B 5. A 6. a) Intransitivo b) De ligação 7. E 8. D 9. A 10. C 11. A 12. A 13. A 14. D 15. a) o repreendia b) lhe negara 16. C 17. C

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18. A 19. — 20. C 21. B 22. FFVFV 23. VFFVV 24. VFVVF 25. VVVVF

3ª PARTE — TERMOS ACESSÓRIOS

1. E 2. D 3. B 4. E 5. E 6. D 7. A 8. E 9. B 10. B 11. A 12. B 13. A 14. Adj. Adv. Causa – sujeito – pred. Sujeito 15. E