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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE LTDA FACULDADE PIAUIENSE – FAP TERESINA COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE INTERNO. Hylca Oliveira Silva Teresina (PI), Julho de 2007.

01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

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Page 1: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE LTDA

FACULDADE PIAUIENSE – FAP TERESINA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA

EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE

INTERNO.

Hylca Oliveira Silva

Teresina (PI), Julho de 2007.

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HYLCA OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA

EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE

INTERNO.

Monografia apresentada a Faculdade

Piauiense, exigida como Trabalho de

Conclusão de Curso, requisito para a

obtenção do título de Bacharel em

Ciências Contábeis, sob a orientação do

Professor Domingos Sávio Jacinto e

Silva.

Teresina (PI), Julho de 2007.

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A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA

EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE

INTERNO.

Hylca Oliveira Silva

Aprovada em _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________

Profª. Amanda Raquel da Silva Rocha

Mestre em Políticas Públicas

Presidente

______________________________________________________

Profº. Domingos Sávio Jacinto e Silva

Mestre em Administração Financeira

Membro

______________________________________________________

Profª. Maria Valéria Santos Leal

Especialista em Contabilidade

Membro

Teresina (PI), Julho de 2007.

Page 4: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a

Deus, pois sem ele não estaria aqui, a

minha mãe e aos meus irmãos pelo

apoio concedido nas horas difíceis e ao

Josué, pela ajuda e incentivo a continuar

lutando por esse sonho.

Page 5: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Pai todo Poderoso, Senhor dos Senhores e de todas as coisas,

por me conceder a permissão de chegar até aqui.

A minha Mãe e aos meus irmãos por acreditarem em mim, em especial a

minha mãe e ao amado Josué pelo apoio dedicado quando pensei em desistir.

A todos os professores que participaram desta etapa da minha vida que

contribuíram para o meu crescimento como ser humano e como profissional.

Em destaque ao meu orientador Professor Domingos Sávio Jacinto e Silva,

pelas conversas e ajuda nesse difícil processo, mais que se tornou uma gostosa

realização.

Aos colegas de sala e a todos que estiveram presente nesta caminhada, em

especial as amigas com quem pude trocar idéias Kátia, Adriana, Alessandra, Joana,

enfim a todos os participantes à frente ou nos bastidores que me ajudaram a chegar

à realização desta graduação.

Page 6: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................................................... 07

ABSTRACT ................................................................................................................... 08

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 09

CAPÍTULO I: AUDITORIA ............................................................................................. 11

1.1. Estudo dos Aspectos Gerais da Auditoria .............................................................. 11

1.2. Órgãos relacionados com a Auditoria .................................................................... 15

1.2.1. CVM .................................................................................................................... 15

1.2.2. IBRACON ............................................................................................................ 16

1.2.3. CFC e CRC ......................................................................................................... 17

1.2.4. AUDIBRA ............................................................................................................ 17

1.2.5. CNAI .................................................................................................................... 18

1.3. Auditoria Interna X Auditoria Externa ..................................................................... 19

1.4. Auditoria de Sistemas Informatizados .................................................................... 25

CAPÍTULO II: AUDITORIA INTERNA E CONTROLES INTERNOS ............................. 27

2.1. Conceito e Aplicação da Auditoria Interna .............................................................. 27

2.2. Importância da Auditoria Interna ............................................................................ 29

2.3. Processo de atuação da Auditoria Interna .............................................................. 31

2.4. Sistema de Controle Interno ................................................................................... 32

2.5. Princípios Básicos do Controle Interno................................................................... 33

2.6. Importância do Controle Interno ............................................................................. 35

CAPÍTULO III: A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA TOMADA DE

DECISÃO DAS EMPRESAS ......................................................................................... 37

3.1. Auditoria Interna e o processo de tomada de decisão ........................................... 37

3.2. Pesquisa de Campo: Halley S.A Gráfica e Editora ................................................. 38

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3.2.1. Conhecendo a Empresa - Visão geral da Halley ................................................. 38

3.2.2. Análise das funções desenvolvidas pelos profissionais participantes do

Controle Interno ............................................................................................................. 40

3.2.3. Análise do Controle Interno da Empresa ............................................................. 42

3.2.4. Resultado encontrado sobre a Pesquisa de Campo ........................................... 43

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 46

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 48

ANEXOS ....................................................................................................................... 50

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RESUMO

A economia do nosso país passa por constantes transformações que afetam diretamente as empresas e a suas atividades, haja vista as mesmas precisam adaptar-se às condições do mercado competitivo, o que faz surgir a necessidade de um sistema que auxilie a administração no controle dessas atividades. O trabalho desenvolvido buscou verificar a importância da Auditoria Interna para o bom funcionamento da empresa e tomada de decisões, com enfoque no Controle Interno em uma empresa no ramo de Gráfica, com objetivo de avaliar de que forma a Auditoria Interna contribuí para o controle eficiente na gestão administrativa. Serviram como ferramentas para o trabalho a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, onde a Auditoria é abordada de uma forma geral, em seguida é dada uma atenção a Auditoria Interna e aos Controles Internos e no último momento é feita a verificação da importância da Auditoria Interna para tomada de decisão da empresa, com o resultado da pesquisa de campo desenvolvida com uma visita a empresa e auxílio de um questionário, onde mostra porque a empresa pesquisada possui destaque no mercado. Palavras-chaves: Auditoria Interna, Controle Interno, Eficiência.

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ABSTRACT

The economy of our country goes by constant transformations that affect the companies directly in all your activities, have seen that the same ones need to adapt to the conditions of the competitive market, for that it is that the urgent need of a system that aids the administration in the control of those activities appears. The developed work looked for to verify the importance of the Audit it Interns for the good operation of the company and electric outlet of decisions, with focus in the Internal Control in a company in the branch of Graph, with objective of evaluating that forms the Audit it Interns I contributed to the efficient control in the administrative administration. They served as tools for the work the bibliographical research and the field research, where the Audit is approached in a general way, soon after an attention is given the Audit it Interns and to the Internal Controls and in the last moment it is made the verification of the importance of the Audit it Interns for electric outlet of decision of the company with the result of the field research developed with a visit the company and aid of a questionnaire, where it shows because the researched company possesses prominence in the market. Key-Words: Audit Interns, Internal Control, Efficiency.

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INTRODUÇÃO

A escolha do tema teve como intuito, evidenciar que há uma urgente

necessidade de um maior controle interno dentro das empresas, ressaltando sua

importância, pois através deste controle é que se pode controlar o patrimônio e

assim, corrigir as falhas existentes nas áreas mais importantes da entidade, para

reduzir custos e poder aumentar os lucros.

A finalidade principal da pesquisa foi dizer que o objetivo da Auditoria

Interna não é buscar as irregularidades, mas através do processo detectá-las e

corrigi-las, pois é essa auditoria que dá a confirmação das informações fornecidas

pelas demonstrações contábeis e a credibilidade dessas informações a fim de

melhorar o funcionamento da empresa.

Além de ter apresentado a importância da Auditoria Interna para as

empresas atualmente, que é a busca de forma clara e específica como essa área tão

experiente pode ajudar a melhorar o andamento das atividades das mesmas e de

que maneira pode contribuir para o bom funcionamento da empresa e tomada de

decisões em meio a um mercado altamente exigente.

Procurou-se também mostrar a comprovação de como uma empresa pode

ser bem administrada em parceria com uma Auditoria Interna eficiente, ao tentar

identificar e perceber as necessidades dos clientes em um mercado competitivo com

a ajuda da mesma, com o objetivo de caracterizar como acontece o processo de

Auditoria Interna dentro da empresa investigada.

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Para atingir os objetivos propostos pelo trabalho foi necessário o

desenvolvimento de uma pesquisa de campo em uma empresa com o ramo de

atividade em Gráfica, antes disso foi fundamental a utilização de pesquisa

bibliográfica, que nada mais é que um conjunto de informações já publicadas em

livros e revistas, cujos autores buscaram solucionar a necessidade de fornecer

cuidados ao controle do patrimônio, e foi também utilizado material disponível na

Internet.

Surgiu inicialmente a necessidade de estudar no primeiro capítulo os

conceitos básicos a respeito de Auditoria, fazendo um apanhado dos seus aspectos

gerais e um breve entendimento dos órgãos que possuem relação com essa técnica,

tendo sido diferenciada a auditoria interna da externa, fazendo um relato sobre

auditoria de sistemas informatizados, meio de grande importância e auxílio aos

auditores da atualidade.

No segundo capítulo foi feito um enfoque na auditoria interna e controles

internos, conceituando e verificando a aplicação da auditoria interna e vendo sua

importância no processo de atuação da mesma. Analisando o sistema de controle

interno sendo seguido por todos os seus princípios básicos de acordo com a

importância desse controle para o bom desenvolvimento das atividades em todos os

setores da empresa.

Já no terceiro capítulo foram apresentadas a auditoria interna e o processo

de tomada de decisão. E em seguida, a pesquisa com uma breve explanação sobre

a empresa investigada, analisando as funções desenvolvidas pelos profissionais

participantes desse processo juntamente com o resultado encontrado com a

pesquisa.

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1 - AUDITORIA Neste capítulo será realizado um estudo sobre os aspectos gerais da

auditoria, abordando os órgãos relacionados com a área pesquisada, fazendo

distinção entre auditoria interna x auditoria externa, e procurando entender sobre a

auditoria de sistemas informatizados, meio utilizado e de grande importância para as

empresas na atualidade.

1.1. Estudo dos Aspectos Gerais da Auditoria

Existem inúmeros conceitos para Auditoria, vários autores já tentaram explicar

de forma clara e objetiva como funciona essa técnica, dentre eles, segundo Hilário

Franco e Ernesto Marra, pode-se definir auditoria como:

A técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações relacionadas com o controle do patrimônio de uma entidade objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. (FRANCO E MARRA, 2001, p.28).

De uma maneira bem simples auditoria é o levantamento de dados, ou seja,

documentos, livros, registros, informações em geral de uma empresa e avaliação

das transações da mesma em conformidade com princípios e normas contábeis,

pois se torna elemento de alta importância no sistema de informações, mensuração

de desempenho e prestação de contas da administração.

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Segundo William Attie (1998, p. 25): “A auditoria é uma especialização

contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado

com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

É realmente um grande método que o ser humano possui, dispor dessa

técnica para utilizar somente sobre fins de opinião para demonstrar as situações

patrimoniais das empresas.

Pode-se entender um pouco sobre o Desenvolvimento Histórico da Auditoria.

Entre as diversas áreas de atuação do contador, a auditoria vem

experimentando um excelente desenvolvimento. Segundo William Attie:

A profissão do auditor data do século XVIII, onde alguns profissionais se autonomeavam contadores públicos, executando, porém, um trabalho pouco mais aprofundado do que aquele efetuado pelos contadores comuns. No século XIX, aparece o denominado perito contador, cuja função básica era de descobrir erros e fraudes. A partir de 1900, a profissão do auditor tomou maior impulso através do desenvolvimento do capitalismo, tornando-se uma profissão propriamente dita. (ATTIE, 1984, p. 34).

Antônio Lopes de Sá (2002, p. 21) diz que: “A denominação auditor é antiga,

mas não se conhece ao certo sua origem nem a data precisa em que se consagrou,

admitindo-se que pudesse ter sido adotada por volta do século XIII, na Inglaterra, no

reinado de Eduardo I”.

O termo auditor, no latim como substantivo tinha o sentido apenas de

significar “aquele que ouve”, ou “ouvinte”, nada podendo configurar com o que viria

ser adotado para representar aquele que daria opinião sobre algo que comprovou

ser verdade ou não. A auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, que foi a

primeira a possuir as grandes companhias de comércio e a primeira a instituir a

taxação do Imposto de Renda, baseada nos lucros das empresas.

A confiança que na Inglaterra se depositava nos auditores era muito grande e

haveria mesmo de surgir um brilhante futuro, não fossem a displicência e a

incapacidade de muitos profissionais surgidos na época, que influíram

desastrosamente na carreira extraordinária traçada para tal rumo.

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Mesmo assim, sua importância é reconhecida há muitos anos desde a antiga

história. As provas constam em registros realizados entre a família real da Urukagina

de mais de 4.500 anos antes de Cristo, nessa época já existiam normas de auditoria

como textos, ou seja, havia relato de prática de auditoria.

Não se pode ser totalmente conhecedor da ciência contábil sem ter a

aprendizagem da auditoria contábil, pois essa prática vem sido exercida há muitos

anos, desde as primeiras necessidades humanas de se ter um controle mais amplo

de seus bens.

Na Idade Média várias foram às associações profissionais que, nos diversos

países da Europa, incumbiam-se de executar as funções de auditoria, destacando

entre elas os conselhos londrinos, em 1310 e o tribunal de contas em 1640 em paris.

No século XVIII já existiam novas diretrizes as técnicas contábeis, principalmente as

de auditoria. Para atender as necessidades das grandes empresas em 1845 pouco

depois da contabilidade penetrar nos domínios científicos o Railway Companie

Consolidation Aet, obrigava as verificações anuais dos balanços, que deveria ser

feita por auditores.

De acordo com a análise de Antônio Lopes de Sá:

No Brasil o movimento de arregimentação dos auditores iniciou-se em São Paulo, há cerca de 30 anos através do Instituto de Contadores Públicos do Brasil, mais tarde surgiram outras instituições, como o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes na Guanabara, assim como Instituições de Contadores no Rio Grande do Sul ( ICARGS).(LOPES DE SÀ, 2002, p.22).

A auditoria é uma atividade que vem crescendo no Brasil, com a evolução e

competitividade dos mercados, cada vez mais as empresas estão em busca de

novas tecnologias que permitam à administração ousar perspectivas futuras para

suas atividades empresariais. De acordo com o surgimento de temas famosos como

“just-in-time”, “benchmarking”, dando a impressão de que a administração está

sempre se formulando, mesmo que às vezes seja apenas uma roupagem nova a

auditoria possui uma filosofia bem antiga, que permite às organizações minimizar os

riscos, garantindo a perpetuação dos seus negócios.

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A atividade de auditoria é bastante dinâmica e está em permanente mutação,

o que requer maior atenção dos órgãos específicos ligados a essa área, no sentido

de padronizar e estabelecer os procedimentos, fortalecer o sistema de auditoria e

mercado de capitais, como conseqüência, darem maior segurança para os

investidores, notadamente, nas companhias de capital aberto. Essa atividade foi

estruturada, fundamentalmente, no inevitável fato que tinham os usuários da

informação contábil de contar com uma opinião que possui meio próprio de

subsistência e forma positiva que associasse qualidade e confiabilidade às

manifestações que a gerência faz, por meio das informações contábeis, sobre a

situação econômica e financeira da entidade.

Essa técnica vem ao longo do tempo desenvolvendo, cada vez mais um papel

de suprema importância para as empresas de um modo em geral, haja vista que,

tem como princípio básico a preservação do patrimônio das instituições, através da

aplicação de métodos e técnicas que buscam a redução da ineficiência, negligência,

incapacidade e improbidade dos colaboradores, bem como o controle dos bens,

direitos e obrigações que constituem o patrimônio. Tudo sendo por determinação,

tendo que ser elaborado sob a égide dos princípios da ética, de maneira que

possam estar moralmente fundamentados.

Legislação Brasileira Relacionada à Auditoria

De acordo com Hilário Franco e Ernesto Marra:

No Brasil, desde 1965 o Poder Público tem reconhecido a necessidade de intervenção do auditor independente em atividades públicas e particulares. A Lei n.º 4.728, de 14 de julho de 1965, é o texto legal pioneiro a mencionar a auditoria e o auditor independente. Essa lei institui, em bases consistentes, o chamado mercado de capitais. (FRANCO E MARRA, 2001, p.34).

Lei Nº. 4.728, de 14 de Julho de 1965.

“Art. 20. Compete ao Conselho Monetário Nacional expedir normas a serem

observadas pelas pessoas jurídicas referidas nesse artigo, e relativas à”:

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b) organização do balanço e das demonstrações de resultados, padrão de

organização contábil, relatórios e pareceres de auditores independentes registrados

no Banco Central “. (Grifos Nossos).

NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações

Contábeis com alterações e dá outras providencias.

1.2. Órgãos relacionados com a Auditoria

Os principais órgãos relacionados com a Auditoria são os seguintes:

• Comissão de Valores Mobiliários – CVM;

• Instituto Brasileiro de Contadores – Ibracon;

• Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade

– CFC e CRC;

• Instituto dos Auditores Internos do Brasil – Audibra;

• Cadastro Nacional de Auditores Independentes – CNAI.

1.2.1.Comissão de Valores Mobiliários – CVM A Lei Nº. 6.385 de sete de dezembro de 1976 criou a Comissão de Valores

Mobiliários e estabeleceu a disciplina e fiscalização para as atividades de auditoria

das companhias abertas, dando à referida Comissão atribuição de examinar a seu

critério os registros contábeis, livros ou documentos dos auditores independentes.

Segundo a referida lei, somente as empresas de auditoria contábil ou os auditores

contábeis independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários poderão

auditar as demonstrações financeiras de companhias abertas e das instituições,

sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de

valores mobiliários. Além disso, estabeleceu que as empresas de auditoria contábil

ou auditores contábeis independentes responderão, civilmente, pelos prejuízos que

causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício de suas funções.

Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida:

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela lei n.º 6.385/76 é uma entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona como órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. O auditor externo ou independente, para exercer atividades no mercado de valores mobiliários (companhias abertas e instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários), está sujeito a prévio registro na CVM. (CAVALCANTI, 2003, p.31).

1.2.2. Instituto Brasileiro de Contadores – Ibracon

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON tem a função

de discutir, desenvolver e aprimorar as questões éticas e técnicas da profissão de

auditor e de contador e, ao mesmo tempo, atuar como porta-voz dessas categorias

diante de organismos públicos e privados e da sociedade em geral.

Auxiliar da difusão e na correta interpretação das normas que regem a

profissão, possibilitando aos profissionais conhecê-la e aplicá-la de forma

aprimorada, também é parte de nossa missão. Dessa forma, contribuímos para a

criação e a manutenção de um mercado sadio, regido pela ética profissional.

Também é função do IBRACON atuar no conjunto das entidades de ensino

colaborando para o aprimoramento da formação profissional, por meio da divulgação

das atribuições, do campo de atuação e da importância do trabalho do auditor

independente em nossa sociedade.

Para isso, o IBRACON promove periodicamente, seminários, palestras, fóruns

de discussão e treinamentos conduzidos por profissionais altamente qualificados,

visando à capacitação e à atualização permanente de seus associados. Dispõe de

biblioteca com títulos técnicos, e outros assuntos de interesse, e edita mensalmente

um boletim com artigos sobre temas do momento enviando eletronicamente a todos

os associados.

O IBRACON tem sede nacional em São Paulo e tem sete seções regionais,

que cobrem todo o território nacional. Trabalha em parceria com outras entidades

nacionais e internacionais para garantir a excelência e a integridade da profissão.

De acordo com Marcelo Cavalcanti de Almeida:

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O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil ( Ibracon ), foi fundado em 13-12-1971. O Ibracon é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Os principais objetivos desse Instituto são os seguintes: fixar princípios de contabilidade; elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria ( externa e interna ) e perícias contábeis. (CAVALCANTI, 2003, p.31,32).

1.2.3. Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de

Contabilidade – CFC e CRC

Segunda a análise de Marcelo Cavalcanti, a saber: O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade ( CFC e CRC ) foram criados pelo Decreto-Lei n.º 9.295, de 27-5-1946. Esses Conselhos representam entidades de classe dos contadores, ou seja, é o local onde o aluno, após concluir o curso de ciências contábeis na Universidade, presta um exame de suficiência e registra-se na categoria de contador. (CAVALCANTI, 2003, p. 32,33).

A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização do

exercício da profissão de contabilista.

1.2.4. Instituto dos Auditores Internos do Brasil – AUDIBRA

Instituto de Auditores Internos do Brasil – Audibra, fundado em 20 de

novembro de 1960, é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de pessoas físicas

atuando em atividades de Auditoria Interna em qualquer modalidade. A Auditoria

Interna pela sua abrangência de atuação é uma Atividade Multidisciplinar que

compreende várias formações profissionais. Desde 1998 é filiado ao The Institute of

Internal Auditors – IIA, Instituto Internacional a partir de 2002, e desde o ano de

2000, vem estreitando e ampliando esse relacionamento extremamente necessário à

comunidade de Auditoria Interna e Controle no Brasil.

Como resultado, desde 2000 são aplicados no Brasil os exames para as

Certificações CIA-Certifield Internal Auditor e CCSA – Certification in Control Self-

Assessment-CONBRAI que em 2006 estará em sua 28ª edição. Desde 1991, em

convênio com Universidades, promove também cursos de Pós-graduação em

Auditoria Interna e atividades relacionadas.

Page 19: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

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O principal objetivo do Audibra é promover o desenvolvimento da auditoria

interna, mediante o intercâmbio de idéias, reuniões, conferências, intercâmbio com

outras instituições, congressos, publicações de livros e revistas e divulgação da

importância da auditoria interna junto a terceiros.

O Audibra tem como missão: estabelecer mediante intercâmbio de idéias, um

maior desenvolvimento técnico dos associados; Promover reuniões para o estudo de

matérias pertinentes a Auditoria e a realização de eventos técnico-culturais sobre

assuntos de Auditoria Interna; Desenvolver o espírito associativo dos Auditores

Internos, e difundir e promover o reconhecimento e a importância da função do

Auditor Interno no âmbito dos setores privado e público; Publicar bibliografia técnica

no campo da Auditoria Interna e de controle.

O valor do Audibra é a Entidade representativa da comunidade nacional de

auditores e dos profissionais de controle interno e externo, e que tem como bandeira

o fortalecimento destes profissionais, sua formação, capacitação permanente

atualização, tendo como lema: “Compromisso com a Excelência Profissional”.

A estrutura do AUDIBRA é constituída de:

• Assembléia Geral, órgão soberano do Instituto e é representado pela consulta

e por escrito a todos os associados, cujos votos são irrefutáveis;

• Conselho Deliberativo, órgão normativo, subordinado às diretrizes emanadas

da Assembléia Geral, constituído por Membros Natos e Membros Eleitos;

• Diretoria Executiva Nacional (integra as vice-presidências Regionais – Sul,

Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte).

1.2.5. Cadastro Nacional de Auditores Independentes - CNAI

O Conselho Federal de Contabilidade aprovou a resolução CFC nº. 1.019, de

18 de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o Cadastro Nacional de Auditores

Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Page 20: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

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Art. 1º - O Contador regularmente registrado no Conselho Regional de

Contabilidade (CRC), independente do tempo de inscrição, tendo sido aprovado no

Exame de Qualificação Técnica, terá direito ao registro no Cadastro Nacional de

Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Art. 2º - Comporão o Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI)

os Contadores com registro regular na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), até

10 de dezembro de 2003, na condição de Responsáveis Técnicos de empresa de

auditoria ou como pessoa física, independente de se submeterem ao Exame de

Qualificação Técnica.

Art. 3º - O Contador que for aprovado no Exame de Qualificação Técnica de

que tratam as resoluções do CFC sobre essa matéria, de posse da Certidão de

Aprovação, poderá requerer, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de

publicação do resultado no Diário Oficial da União, a sua inscrição no Cadastro

Nacional dos Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de

Contabilidade (CFC), sendo que, após esse prazo, o Contador deve se submeter a

novo Exame de Qualificação Técnica.

Art. 8º - O CNAI será mantido e monitorado pelo Conselho Federal de

Contabilidade (CFC), a quem caberá administrar e esclarecer toda a matéria

inerente ao mesmo.

Art. 9º - As Certidões de Registro serão emitidas pelos Conselhos Regionais

de Contabilidade (CRC’S), quando requeridas pelos cadastros ou obtidas por meio

eletrônico no site do CFC.

Art. 10 – Ao presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) caberá

resolver os casos omissos e as dúvidas resultantes da aplicação da presente

Resolução, dando ciência ao Plenário de suas decisões.

1.3. Auditoria Interna X Auditoria Externa

Page 21: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

20

A técnica de auditoria pode ser executada por duas vias, sendo a auditoria

interna e a auditoria externa.

A auditoria interna e a auditoria externa, embora operando em diferentes

graus de profundidade, têm interesse comum e daí à conexão existente no trabalho

de ambas. Os exames são efetuados geralmente pelos mesmos métodos,

diferenciando-se apenas quanto à sua extensão. Por esta razão o trabalho das duas

auditorias deve ser coordenado de tal modo que seus programas impeçam a

execução de tarefas repetitivas.

De acordo com Sérgio Jund:

A prática de auditoria, seja ela interna (exceto para áreas operacionais onde não estejam em análise as contas contábeis, seja externa, é de exercício exclusivo do contador). Para o exame de demonstrações contábeis de empresas de capital aberto, é necessário também o registro do profissional na Comissão de Valores Mobiliários, além do registro no Conselho Regional de Contabilidade. Esse assunto encontra-se regulamentado pela Resolução n.º 821/97, para auditores externos e Resolução n.º 781/95 para auditores internos, ambas aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade e ainda, a Instrução CVM n.º 308/99, para registro de auditores externos, Pessoa Física e Pessoa Jurídica, que atuem no âmbito do mercado de valores mobiliários. (SÉRGIO JUND, 2004,p.50).

A Auditoria Interna será exercida por um funcionário da própria empresa, com

caráter permanente. Mesmo sendo funcionário da empresa sua função deve ser

exercida com absoluta independência profissional, conforme CFC.

Conforme Conselho Federal de Contabilidade (2003, p.110,111):

NBC P3 – Normas Profissionais do Auditor Interno

3.1 – Competência técnico-profissional

3.1.1 – O contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de

competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de

Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da

legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da

legislação aplicável à Entidade.

Page 22: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

21

3.2 – Autonomia Profissional

3.2.1 - O auditor interno, não obstante sua posição funcional, deve preservar

sua autonomia profissional.

3.3 – Responsabilidade do Auditor Interno na Execução dos Trabalhos.

3.3.1 – O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo

na realização dos trabalhos e na exposição das conclusões.

3.3.2 – A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade

estão limitados à sua área de atuação.

3.3.3 – A utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que o

trabalho venha a ser executado por pessoas com capacitação profissional e

treinamento requeridos nas circunstâncias.

3.3.4 – Cabe também ao auditor interno, quando solicitado, prestar assessoria

ao Conselho Fiscal ou Órgãos equivalentes.

3.6 – Cooperação com o Auditor Independente

3.6.1 – O auditor interno, quando previamente estabelecido com a

administração da entidade em que atua, e, no âmbito de planejamento conjunto de

trabalho a realizar deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor

independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.

Por outro lado, há a Auditoria Externa exercida por um profissional liberal que

será obrigatoriamente um auditor independente, devidamente habilitado sem vínculo

empregatício à entidade auditada e que poderá ser contratado para auditoria

permanente ou eventual.

Page 23: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

22

NBC P1 – Normas Profissionais de Auditor Independente (CFC, 2003, p.

76,77):

1.1. Competência Técnico-Profissional

1.1.1 - O Contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível

de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios

Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das

Técnicas Contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à

profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica

aplicável à entidade auditada.

1.1.2 - O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das

demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada,

de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as

transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam

ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o

parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis.

1.1.3 - O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar

adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de

especialistas noutras áreas, em face de especialização requerida e dos objetivos do

contratante.

1.2 - Independência

1.2.1 - O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar

por fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou

afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência.

1.2.2 - Está impedido de executar trabalho de auditoria independente, o

auditor que tenha tido, por exemplo, relação de trabalho como empregado,

administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos

dois últimos anos e participação direta ou indireta como acionista ou sócio, no

Page 24: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

23

período a que se refere à auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação

à entidade, suas colegiadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo

grupo econômico.

1.3 - Responsabilidade do Auditor na execução dos trabalhos

1.3.1 - O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos

trabalhos e na exposição de suas conclusões.

1.3.3 - O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo

a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a

possibilidade de sua ocorrência.

1.3.4 - Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as

demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso

não tenha feito ressalva especificar em seu parecer, demonstrar, mediante,

inclusive, a exibição de seus papéis de trabalho às entidades referidas.

1.7 - Responsabilidade pela utilização do trabalho do Auditor Interno

1.7.1 – A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o

contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos.

Diferenças básicas entre a Auditoria Interna e a Auditoria Externa

De uma forma integral, o trabalho executado pela auditoria interna é

plenamente e perfeitamente igual àquele executado pela auditoria externa. Ambas

realizam seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria, tem sua

atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e

formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas e modificam a

extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos

sistemas contábeis e de controle interno existentes.

Page 25: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

24

Entretanto os trabalhos executados pelos auditores internos e externos têm

suas diferenças básicas:

Quadro 1: Auditoria Interna X Auditoria Externa

Auditoria Interna Auditoria Externa

A auditoria é realizada por um funcionário da

empresa.

A auditoria é realizada através da

contratação de um profissional independente.

O objetivo principal é atender as

necessidades da administração.

O objetivo principal é atender as

necessidades de terceiros que diz respeito a

fidedignidade das informações financeiras.

A revisão das operações e do controle

interno é principalmente realizado para

desenvolver aperfeiçoamento e para induzir

ao cumprimento de políticas e normas sem

estar restrito aos assuntos financeiros.

A revisão das operações e do controle

interno é principalmente realizada para

determinar a extensão do exame e a

fidedignidade das demonstrações

financeiras.

O trabalho é subdividido em relação às áreas

operacionais e às linhas de responsabilidade

administrativa.

O trabalho é subdividido em relação às

principais contas do balanço patrimonial e da

demonstração do resultado.

O auditor diretamente se preocupa com a

intercepção e prevenção de fraude.

O auditor incidentalmente se preocupa com a

intercepção e prevenção de fraude, a não ser

que haja possibilidade de substancialmente

afetar as demonstrações financeiras.

O auditor deve ser independente em relação

às pessoas cujo trabalho ele examina, porém

subordinado às necessidades e desejos da

alta administração.

O auditor deve ser independente em relação

à administração, de fato e de atitude mental.

A revisão das atividades da empresa é

contínua.

O exame das informações comprobatórias

das demonstrações financeiras e periódicas,

geralmente anual.

Fonte: William Attie, Auditoria: Conceitos e Aplicações (1984, p.55)

O trabalho do auditor externo não pode ser substituído pelo trabalho dos

auditores internos; entretanto, o auditor externo deve considerar os procedimentos

executados pelos auditores internos na determinação da natureza e extensão dos

procedimentos de auditoria a serem praticados no seu trabalho.

Page 26: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

25

1.4. Auditoria de Sistemas Informatizados

As empresas atualmente possuem as mesmas necessidades de operações e

controle de suas atividades, até pouco tempo essas operações eram feitas à mão,

mas de acordo com o constante crescimento dessas empresas se tornou necessário

o uso de máquinas, ou seja, computadores. Hoje existem muitos sistemas de

informática para o controle dessas atividades.

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São

Paulo. (1999, p. 43): À medida que os sistemas se tornam mais sofisticados, os procedimentos de auditoria manuais vão sendo substituídos por procedimentos eletrônicos, tendo em vista que o volume de lançamentos que passam a ser gerados por computador aumenta. Em decorrência da mudança que se verifica na natureza da existência da auditoria, as técnicas de auditoria que se beneficiam da tecnologia são com freqüência mais apropriadas do que as técnicas tradicionais. (CRCSP, 1999, p.43).

O processo de auditoria informatizado permite que a equipe da auditoria seja

eficiente e eficaz, incluindo benefícios: economia na auditoria; desempenho

consistente da auditoria; capacidade de analisar um grande número de transações

ou de dados que não seria possível manualmente; e redução ou eliminação de

tarefas mecânicas repetitivas. Por meios desses sistemas a auditoria pode ter:

• Eficiência: pode reduzir a quantidade de tempo necessário para conduzir uma

auditoria.

• Eficácia: permite que as equipes de auditoria dediquem mais tempo aos

resultados da aplicação em vez de somente executarem trabalho de

escritório.

• Independência: reduz a dependência da auditoria em relação ao pessoal de

sistemas do cliente.

• Consistência: os procedimentos podem ser realizados mais consistentemente

ano após ano.

Essa tecnologia é totalmente favorável à automação dos principais processos

de auditoria, visto que o auditor pode realizar seus trabalhos mais rapidamente,

Page 27: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

26

reduzindo riscos e aumentando a produtividade dos mesmos, tendo os benefícios

acima mencionados. A segurança é hoje um dos maiores problemas enfrentados

pelas empresas e cabe a elas assegurar a proteção dos bens e serviços existentes

em toda sua extensão, por isso a auditoria de sistemas avalia esse ambiente e faz

recomendações para correção e melhoria dos controles internos para diminuição de

riscos.

O Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (1999, p.92) afirma que:

“a auditoria de sistemas é uma atividade voltada à avaliação dos procedimentos e

segurança vinculados ao processamento eletrônico das informações”.

O computador é uma ferramenta que serve para resolver problemas e como

tal foi construído com esse poder de força para solucionar ou amenizar os

problemas que surgem dentro das empresas. Hoje, o computador se faz presente

em praticamente todos os tipos de atividades que se possa imaginar, se tornou

necessário porque possui grande velocidade de processamento de dados e alto grau

de confiabilidade, possibilitando a rapidez dessas informações processadas.

Dentro do trabalho da auditoria, o uso do computador é imprescindível, pois

facilita muito quando se tem de solucionar determinados tipos de registro para serem

auditados, o sistema de informações contábeis passou a utilizar amplamente dos

computadores para a transformação dos dados contábeis iniciais em informações

contábeis finais. Um programa de auditoria perfeitamente elaborado, que avalie os

pontos de controle existentes com as técnicas corretas, é consequentemente, de

importância vital para o sucesso da auditoria.

Page 28: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

2 - AUDITORIA INTERNA E CONTROLES INTERNOS

Neste capítulo será feito uma explanação sobre Auditoria Interna e Controles

Internos, o que leva a buscar informações sobre o conceito e aplicação dessas

áreas, e tentar explicar de forma clara e objetiva a importância das mesmas para as

empresas em sua administração.

2.1. Conceito e Aplicação da Auditoria Interna

A auditoria interna é uma atividade de grande importância para a

administração da empresa, principalmente se essa auditoria for eficiente, haja vista

que é considerado um ponto de extrema relevância para efeito do controle interno.

Essa atividade serve como meio de identificação para a empresa detectar se todos

os procedimentos internos definidos estão sendo efetivamente seguidos e se as

informações obtidas são necessariamente verdadeiras ou não.

De acordo com Sérgio Jund: A Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições e aos planos, às metas, aos objetivos e às políticas definidas para as mesmas. (JUND, 2004, p.26).

Formada por profissionais que, com a utilização de métodos próprios de

pesquisa, verificação e análise, aplicados de modo constante e com profundidade, a

auditoria interna colabora com a administração para um melhor desempenho geral

Page 29: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

28

em todas as áreas da organização. Por ser constituída de empregados da empresa,

com vínculo empregatício, esse órgão em geral, denomina-se auditoria interna e

seus elementos integrantes “auditores internos”.

Essa área tem por finalidade desenvolver um plano de verificação dos atos,

fatos e operações da empresa, é um controle, cuja função é medir e avaliar a

eficácia de outros controles. Tem por objetivo auxiliar a alta administração e

desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhe análises,

recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas.

Para que os trabalhos de auditoria interna tenham êxito, torna-se

absolutamente necessária a compreensão, o apoio e a colaboração de todos os

funcionários da empresa, os quais deverão entender a presença do auditor interno

em suas áreas de trabalho, antes da função de fiscalização, como preposto da

administração, cujo objetivo é orientar para obtenção de interesse comum. Tudo em

conforme com os padrões e normas contábeis, pois estabelecem regras de conduta

profissional e procedimentos técnicos a serem observados e seguidos.

Normas Brasileiras de Contabilidade T – 12 – Da Auditoria Interna

12.2.2 – Aplicação dos Procedimentos de Auditoria Interna

12.2.2.1 – O auditor interno deve obter, analisar, interpretar e documentar as

informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para dar suporte aos

resultados de seu trabalho.

12.2.2.2 – O processo de avaliação das informações contábeis compreende:

a) a obtenção de informações sobre todos os assuntos relacionados com os

objetivos e alcance da auditoria interna. As informações devem ser suficientes,

adequadas, relevantes e úteis no fornecimento de evidência às conclusões e

recomendações da auditoria interna:

Page 30: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

29

1. a informação suficiente é factual e convincente, de tal forma que uma

pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor

interno;

2. a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor

evidência alcançável através do uso apropriado das técnicas de auditoria interna;

3. a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e recomendações

da auditoria interna;

4. a informação útil é a que auxilia a Entidade a atingir suas metas.

b) a aplicação dos procedimentos de auditoria interna, incluindo os testes e

técnicas de amostragem, e, onde praticável, deve ser definida antecipadamente e

ampliada ou alterada se as circunstâncias assim o exigirem.

12.2.2.3 - O processo deve se supervisionado para alcançar razoável

segurança de que o objetivo do trabalho da auditoria interna está sendo atingido.

12.2.2.4 – O auditor interno deve adotar procedimentos adequados para

assegurar-se que todas as contingências ativas e passivas relevantes, decorrentes

de processos judiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de

tributos e contribuições em disputa, foram identificadas e são do conhecimento da

administração da Entidade.

12.2.2.5 – O auditor interno deve examinar a observância das legislações

tributárias, trabalhistas e societárias, bem como o cumprimento de normas

reguladoras a que estiver sujeita a Entidade.

2.2. Importância da Auditoria Interna

Com o passar dos anos, as empresas, em suas diversas atividades vêm

crescendo a passos largos e por isso tornou-se necessário um controle maior

dessas transações, vendo que o próprio administrador não poderia supervisionar

Page 31: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

30

pessoalmente todas as áreas da organização. Esse acompanhamento é feito pela

auditoria interna que serve para fiscalizar, como também para prestar informações

importantes para o administrador. Com uma empresa pequena com poucos

profissionais é mais fácil para o administrador controlar as atividades, mas com o

crescimento e o aumento do número de colaboradores, o proprietário deve delegar a

outras pessoas a função de cuidar de setores distintos como: recebimento,

pagamento, controle de produção, controles de compras e das vendas e assim por

diante.

Dessa forma, mesmo com essa segregação de função, o controle delegado a

terceiros terá de ser examinado para certificar-se de que o controle exercido pelo

próprio dono está sendo adequadamente cumprido pelos subordinados. Neste ponto

é que a auditoria interna toma sua forma, como meio fiscalizador de que todos os

procedimentos internos e rotinas de trabalho estão sendo executados de forma tão

boa quanto seria exercida pelo próprio proprietário.

Segundo Crepaldi (2004, Pág. 42):

Observa-se que a auditoria interna presta ajuda à administração, com

vistas à possibilidade de eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão. Por ser empregado da empresa, o auditor interno perde sua independência profissional. Pode ser muito zeloso e cumprir a ética, mas é evidente sua demasiada submissão aos administradores. Servindo à empresa, a auditoria interna não se presta para informações. (CREPALDI, 2004, p. 42).

Além disso, as informações contábeis necessárias para uma tomada de

decisão tornaram a contabilidade mais importante, isto porque, a auditoria interna

serve como meio de verificação e executa seu trabalho com o objetivo de constatar

se estas informações obtidas merecem confiança e expressam realmente a verdade

sobre a empresa. Visto que esses dados contábeis estão sujeitos a erros, quer por

ineficiência dos empregados ou por falta de conhecimento destes ou por dados

errôneos para encobrir fraudes, a auditoria interna mais uma vez tem sua

importância como aliada ao trabalho do administrador para a detecção desses erros

e suas possíveis soluções.

Page 32: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

31

A boa auditoria deve se centrar na atividade de prevenção do erro, da

omissão e da desonestidade, do que na “verificação” depois do fato já ter se

consumado. Por outro lado, a auditoria assim planejada torna-se mais útil e

construtiva, uma vez que permite ao auditor contribuir com melhoria das normas,

rotinas e procedimentos da empresa. Além disso, esse procedimento também

contribui para que a auditoria tenha uma melhor imagem dentro da empresa em que

presta seus serviços profissionais.

A auditoria interna é acessória da administração da empresa, e é de suma

importância para seu bom funcionamento, e para auxiliar todos os membros da

administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades. Não se

deve esquecer que, a auditoria deve ter em mente que a posição ocupada é

privilegiada, pois tem permissão de vislumbrar o universo da empresa, e que realiza

suas tarefas em todos os locais da empresa e a formação do pessoal varia de

acordo com as áreas de atuação dos elementos componentes da empresa.

2.3. Processo de Atuação da Auditoria Interna

Uma auditoria interna para ser eficiente e atuante deve possuir as

características de independência e de pessoal qualificado. Apesar de independência

ser um pouco difícil, já que essa área é subordinada à administração da empresa,

mas havendo segregação de funções entre a auditoria e os demais departamentos

da empresa, sendo vista diretamente pela administração e com total liberdade de

investigação ocorrerá um grau de alta qualidade de independência em auditoria

interna.

Havendo pessoal competente, com conhecimentos suficientes de

contabilidade e das técnicas de auditoria e usando-as adequadamente, a auditoria

interna não encontrará dificuldades no decorrer de seus trabalhos. Para atingir a

meta de pessoal qualificado o auditor deve ter suficiente formação educacional,

conhecendo o ramo de negócios desenvolvido pela empresa e ser adequadamente

treinado para possibilitar uma visão mais ampla e realista dos negócios realizados

pela empresa, buscando solucionar suas deficiências.

Page 33: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

32

O desempenho da atividade de auditoria interna tornou-se necessária para

atender a administração da empresa, por ser uma auditoria periódica, com maior

grau de profundidade e visando também a outras áreas não relacionadas com

contabilidade, como por exemplo: sistema de controle de qualidade, administração

de pessoal etc. Sua atuação interessa principalmente às seguintes pessoas e/ou

órgãos: executivos de empresas, que não podem fiscalizar todos os atos de seus

subordinados; investidores que não tomam parte ativa na administração de uma

sociedade; financiadores e fornecedores que desejam ver confirmada a

possibilidade de liquidação de seus créditos; o Fisco, que tem na auditoria uma

colaboração útil para orientação dos contribuintes e para evitar sonegação de

impostos.

Etapas do processo de atuação de Auditoria:

Auditor → planeja o trabalho → avalia os controles internos → analisa e

define os riscos → elabora o programa de auditoria → efetua a revisão analítica →

executa os demais procedimentos de auditoria previstos no programa → colhe e

avalia as evidências → organiza e fecha os papéis de trabalho → emite o relatório.

As responsabilidades de auditoria interna, na organização devem ser

claramente determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade correspondente

deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e

pessoal que possam vir a ter importância para o assunto em exame, e facilitar assim,

o processo de atuação da auditoria interna, pois esse departamento é essencial para

a entidade que não queira caminhar no escuro e não ser surpreendida

desprevenidamente por perdas irrecuperáveis.

2.4. Sistema de Controle Interno

O controle interno engloba todas as iniciativas e medidas tomadas pelos

empresários, no sentido de montar um mecanismo detector de erros, manipulação

de valores, atos lesivos, ou simplesmente desperdícios que afetam de forma direta

ou indireta o desenvolvimento e o progresso da empresa. Não se deve, todavia,

pensar em controle interno como uma forma única e irrestrita de evitar fraudes.

Page 34: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

33

Marcelo Cavalcanti Almeida (2003, p. 63) conceitua Controle Interno:

O controle interno representa em uma organização o conjunto de

procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa. (ALMEIDA, 2003, P. 63)

Na revisão do sistema de controle interno, a decisão de cada situação deve

ser baseada nas relações pertinentes pela forma que foram determinadas pelo

julgamento profissional do auditor. Assim, a extensão e a natureza do programa de

auditoria são substancialmente influenciadas pelo sistema de controle interno em

funcionamento da empresa.

Uma empresa deve possuir um bom sistema de controle interno que faça

parte de toda a organização e com todos os métodos coordenados, e também que

os deve examinar dentro das técnicas básicas e dar sua interpretação, função esta

que compete à auditoria. A revisão do controle interno tem como alvo verificar a

exatidão e o grau de confiança dos seus controles escriturais, para que possa

promover a eficiência operacional e definir os processos de auditoria que serão

utilizados e em qual extensão.

Para Crepaldi (2004, p. 249): “O controle interno gira em torno dos aspectos

administrativos, que tem influência direta sobre os aspectos contábeis. Por isso

precisa-se considerá-los, também conjuntamente, para efeito de determinação de

um aspecto adequado do sistema de controle interno”.

Se a avaliação geral do auditor acerca do sistema de controle interno

constatar ser este adequado, tal fato sugere que o sistema contém todos os

aspectos fundamentais, procedimentos e práticas compatíveis, de forma a

possibilitar alcançar os objetivos a que se propõe.

2.5. Princípios Básicos do Controle Interno

Page 35: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

34

A fim de tentar compreender o universo do controle interno existe a

necessidade de serem estudados os princípios básicos referentes a ele, pois

correspondem a medidas que devem ser adotadas em termos de política, sistemas e

organização. São eles: responsabilidade; rotinas internas; segregação de funções,

confronto dos ativos com os registros, amarrações do sistema; auditoria interna,

limitações do controle interno e custo do controle versus benefícios.

O princípio da responsabilidade diz respeito às atribuições dos funcionários

ou setores internos da empresa, que devem ser claramente definidas e limitadas, de

preferência por escrito, de acordo com esses manuais internos, e podem assim

assegurar que as tarefas sejam cumpridas pelos funcionários de acordo com suas

responsabilidades. A responsabilidade deve ser determinada, se não existe uma

delimitação exata da responsabilidade, o controle será ineficiente.

O princípio das rotinas internas são os meios utilizados pelos funcionários na

realização de suas atividades, esses procedimentos estão inclusos em manual de

organização denominada rotinas internas.

O princípio do acesso aos ativos, define que esse acesso deve ser limitado

aos funcionários, isto é, deve ser determinado quais funcionários que possam ter

acesso aos ativos, e deve ser feito um controle cuidadoso.

O princípio da segregação de funções define que um funcionário ou

departamento não deve ocupar uma posição em que tenha controle contábil, e ao

mesmo tempo, controle das operações que geram os lançamentos contábeis, isto é,

não deve ter mais de uma função, pois reduz as oportunidades para que se

cometam fraudes.

O confronto dos ativos com os registros define que devem se comprovar os

ativos com seus respectivos registros, essa comparação deve provar a exatidão dos

saldos detalhados sob responsabilidade de determinado funcionário com o objetivo

de detectar desfalque de bens ou registros errados.

Page 36: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

35

O princípio de amarrações do sistema diz que o sistema de controle interno

deve ser conhecido, de maneira que sejam registradas apenas as transações

autorizadas, por seus valores corretos e dentro do período de competência.

A auditoria interna é responsável pela credibilidade do controle interno, ou

seja, revisão e avaliação independente das normas, operações e registros da

empresa. Mesmo que haja um excelente controle interno é necessária à verificação

se as normas internas estão sendo seguidas e se há necessidade de implantação de

novas normas.

As limitações do controle interno são principalmente com relação a: conluio de

funcionários na apropriação de bens da empresa; instrução inadequada dos

funcionários com relação às normas internas; negligência dos funcionários na

execução de suas tarefas diárias.

Custo do controle versus benefícios consiste na minimização da probabilidade

de falhas e desvios quanto ao atendimento dos objetivos e metas. O custo do

controle interno não deve exceder aos benefícios que dele se espera obter.

2.6. Importância do Controle Interno

É a empresa que é responsável pelo estabelecimento do sistema de controle

interno e pela verificação do seu cumprimento. O exercício de um adequado controle

interno é de suma importância para o bom desenvolvimento das atividades em todos

os setores da empresa, na busca para atingir os resultados mais favoráveis com

menores desperdícios.

Para Attie (1984, p. 60): “Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado

em um controle interno eficiente é, até certo ponto, inútil, uma vez que não é

possível confiar nas informações contidas nos seus relatórios”.

Apesar do controle interno ser de uma importância inquestionável, algumas

empresas não acham esse método de controle tão importante assim, acham que ao

possuir funcionários de confiança a empresa está totalmente segura, mas o maior

Page 37: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

36

número de casos de irregularidades deve-se a esses funcionários que se

consideravam de confiança. Confiar nas pessoas não é errado, mas não controlá-las

torna algo de grande risco.

A estrutura organizacional da empresa é complexa, quanto maior a entidade,

mais complexa se torna essa estrutura e para ter o controle das operações

eficientemente, a administração necessita de relatórios e análises que reflitam a

realidade de como anda a empresa, pois essa mesma administração possui a

responsabilidade pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes. Por isso a

importância de um sistema de controle interno adequado é indispensável para a

execução correta dessa responsabilidade.

A melhor proteção para a empresa contra as fraquezas humanas é um

controle interno que funcione adequadamente, pois possibilita a redução de que

erros ou tentativas de fraudes permaneçam encobertas por muito tempo e dá mais

confiança à sua administração.

Pode-se entender a importância do controle interno a partir do momento em

que se verifica que ele pode garantir a continuidade do fluxo de operações com as

quais convive a empresa, pois esse controle tem por finalidade medir o desempenho

real e agir preventivamente, para assegurar que não ocorram erros potenciais,

causando prejuízos à entidade.

Page 38: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA TOMADA DE DECISÃO DAS

EMPRESAS.

Neste capítulo será feito um estudo que procura comprovar a importância da

auditoria interna para o processo de tomada de decisão nas empresas, sendo feito

uma pesquisa de campo em uma empresa que possui destaque no mercado,

tentando identificar seu diferencial, ou seja, analisar se a empresa pesquisada

possui um controle interno eficiente.

3.1. Auditoria Interna e o processo de tomada de decisão

Muitas empresas empregam auditores internos cuja função é examinar

transações detalhadas, revisarem procedimentos contábeis e operacionais da

empresa e determinar o sistema de controle interno mais adequado, assim como o

grau de observância das políticas estabelecidas pela administração.

Se for bem organizada e contar com pessoal competente, a função de

auditoria interna pode vir a ser um importante fato no desempenho do sistema de

controle interno, tornando-se fator preponderante para se originar todo o processo

de tomada de decisão em todos os setores da empresa.

A partir do momento em que a Auditoria Interna demonstra capacidade para

discutir aspectos do ponto de vista gerencial, a administração começa a se

interessar com mais intensidade pelo que o auditor pode fazer, quando ela encontra

problemas e consegue mostrar possíveis soluções a administração a trata como

Page 39: 01 - Monografia Hylca Oliveira Silva

38

uma área diferenciada, ou seja, uma área realmente de auxílio à tomada de

decisões.

Por se tratar de uma atividade que procura antever os problemas

organizacionais, atuando nas causas e não nos efeitos, desenvolvendo trabalhos

competentes, oferecendo oportunidades de melhorias e fortalecendo os controles

internos, a diretoria precisa de sua opinião, pois a mesma emite relatórios de

recomendações ou sugestões, possibilitando à administração analisar a melhor

decisão a ser tomada, a fim de melhorar o andamento das atividades da empresa. A

auditoria interna é o apoio de que necessita para obter eficiência e eficácia na

condução de seus negócios.

A auditoria interna pode ser considerada um instrumento de controle

gerencial para tomada de decisão, porque é um setor que tem como função, a

confirmação permanente de que os procedimentos adotados para o controle interno

estão sendo realizados com eficiência, bem como a verificação de que os registros

contábeis correspondem à realidade dos fatos ocorridos no patrimônio. Essa

verificação trás para a empresa certa tranqüilidade quanto a inibir a possibilidade de

ocorrência de fraudes, erros, desfalques, etc.

3.2. Pesquisa de Campo: Halley S.A. Gráfica e Editora

3.2.1. Conhecendo a Empresa – Visão geral da Halley

A Halley S.A. Gráfica e Editora, é uma sociedade anônima de capital

autorizado, tendo sido constituída no dia vinte e dois de outubro de 1985, através do

registro arquivado na Junta Comercial do Estado do Piauí - JUCEPI e rege-se por

um estatuto nos termos da Lei Nº. 6.404, de quinze de dezembro de 1997, inclusive

legislação especial de que trata o Artigo 299 da mencionada lei federal, atualizada

pela Lei Nº. 9.457, de cinco de maio de 1997 e pela AGO/AGE de vinte e sete de

abril de 2001, ciente do cumprimento dos seus deveres legais através do Decreto

Nº. 9.740, de vinte e sete de junho de 1997 referente a impressão de documentos

fiscais e ainda para a Lei Nº. 8.078, de onze de setembro de 1990 - Código de

Defesa do Consumidor.

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39

Firme na necessidade de se adequar às rápidas mudanças estruturais neste

mundo globalizado que se observa em todos os segmentos, insistem na busca da

excelência dos seus processos produtivos na aquisição de modernos equipamentos,

insumos eficazes aos seus serviços e na captação dos seus recursos humanos que

fazem a impressão da gráfica, visando continuamente em atender às necessidades

e expectativas de seus clientes com aprimoramento do sistema da qualidade Halley

implantado que possui elementos planejados, documentados e implementados

conforme os requisitos da norma NBR ISO 9001/2000- Sistema de Gestão da

Qualidade – requisitos, emitida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas -

ABNT. Na busca da satisfação de seus clientes fez-se menção ao código de

proteção ao consumidor.

A política ambiental da Halley busca a preservação de recursos naturais e o

uso racional de insumos como fontes de qualidade no trabalho e de economia. Essa

postura se manifesta na manutenção de um aprazível bosque circundando todas as

instalações e na implantação de programas de normas na reciclagem das sobras

industriais, no tratamento de afluentes e no combate ao desperdício.

A estrutura administrativa da empresa é composta da seguinte forma:

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Além de possuir uma elevada capacidade tecnológica, a estrutura de

atendimento adota procedimentos que possibilitam maior agilidade com clientes,

desde o orçamento, acompanhamento do trabalho, faturamento e entrega.

A Halley S.A. Gráfica e Editora é uma referência em impressão no mercado

brasileiro, por trás da qualidade dos impressos, não há somente máquinas de última

geração e tecnologia de ponta que colocam o parque industrial entre os mais

atualizados do país, a alta definição, a capacidade de produção, o esmerado

acabamento e a eficiência operacional são resultados também do contínuo

investimento em capacitação, em incentivo, reconhecimento, bem estar no ambiente

de trabalho, responsabilidade social e do respeito ao meio ambiente.

A Halley desenvolve um permanente programa de capacitação profissional

que envolve cursos, treinamentos, viagens e participação em congressos e feiras, os

funcionários são incentivados a ampliar a formação e a escolaridade, sendo

oferecidos convênios com instituições de 2º e 3º graus para facilitar o acesso a

escolas e universidades compatibilizando horários e atividades.

3.2.2. Análise das funções desenvolvidas pelos profissionais participantes do

controle interno.

Ao analisar as funções desenvolvidas pelos profissionais envolvidos

diretamente no bom funcionamento da empresa, a pesquisa observou que a

empresa se destaca desde a entrada, ou seja, desde a recepção que é uma sala

ampla, que causa uma boa impressão, logo em seguida possui salas de

atendimento aos clientes, são algumas salas separadas dos outros setores, como se

fossem pequenas salas de reunião para um melhor atendimento ao cliente.

A empresa possui um escritório no qual se encontram os setores de contas a

receber, onde um funcionário é responsável pelos recebimentos da empresa,

utilizando um programa interno para controle de contas; o setor de compras, onde

também um funcionário responde por esse setor, a qual os demais setores da

empresa solicitam através de minutas os produtos necessários para compra;

estando localizado ainda o setor de faturamento, sendo que dois funcionários

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manuseiam esse departamento, pois são responsáveis por ordens e serviços da

empresa e baixa dos trabalhos já faturados no sistema; o setor de contabilidade,

onde dois profissionais operam esse setor, sempre interligados com os outros

setores.

Ao observar o setor da tesouraria, que é uma área de extrema importância

para o controle da empresa, pois se trata dos numerários da mesma, ou seja, do

dinheiro, percebe-se que a empresa mantém uma única pessoa responsável por

esse setor em uma sala em separado que trata de todo o processo de pagamento

da empresa, incluindo a folha de pagamento de funcionários. Ao lado do escritório

existe ainda uma sala de reuniões para aproximadamente 20 pessoas e a sala da

diretoria.

Foram visitados outros setores da empresa como a pré-impressão que é

responsável por fazer a programação e tratamento do serviço, isto é, a porta de

entrada, que o recebe, o fecha e o trabalha de acordo com os processos da

empresa. O setor de produção, dividido em off-set e acabamento, que são

responsáveis pela transformação do produto, cortam o papel, colocam em máquinas

de alta qualidade tecnológica e o imprime. O departamento de cartonagem é

responsável pela confecção e montagem de caixas. O setor de empacotamento

fecha os trabalhos e cria os devidos pacotes de acordo com cada tamanho. A

expedição identifica, confere o serviço, fatura e entrega ao cliente, tudo feito com a

ajuda da máquina humana e do programa interno de controle.

O setor de estoque e almoxarifado são departamentos de grande

importância para empresa, a mesma os mantém sendo administrado por pessoas

que controlam o estoque por meio informatizado sendo dado a entrada no setor de

compras, indo direto para o seu sistema, há uma conciliação diária, tendo uma

ordem de serviço para a baixa o qual é interligado com o orçamento.

A empresa possui uma atividade terceirizada que é a aplicação de verniz e

possui um laboratório de desenvolvimento de tintas, tudo isso tendo a preocupação

com o seu capital intelectual que é sua equipe de colaboradores altamente

capacitados para o desenvolvimento de suas diversas atividades.

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3.2.3. Análise do Controle Interno da Empresa

Ao analisar o controle interno da empresa, pôde-se observar que a empresa

possui um bom controle, pois há a existência de segregação de funções, onde cada

funcionário é designado para determinada função, não ocupando outra.

Respondendo também ao princípio da responsabilidade, onde as atribuições dos

funcionários ou setores internos da empresa são claramente definidas e limitadas. A

empresa possui um manual interno, onde as rotinas internas são os meios utilizados

pelos funcionários na realização de suas atividades. O acesso aos ativos é limitado

e existe o confronto dos ativos com os registros, pois há uma conciliação diária,

enfim a empresa possui um bom controle interno, pois possui também um manual de

gestão da qualidade.

A empresa dispõe de colaboradores qualificados, para isso fazem-se

treinamentos e cursos de aprimoramento como: Cursos de inglês, de aplicação

técnica em máquinas, aprimoramento em programas e outros cursos específicos nos

diversos setores da empresa, para que sejam cada vez melhores e continuem com a

qualidade que possuem.

Pôde-se observar que a empresa cumpre os princípios do controle interno,

pois possui sistema informatizado que permite aos funcionários esse controle, fazer

o confronto dos ativos com registros, com o auxilio da informática, ferramenta

importante de ajuda às empresas em todas as suas atividades, pois permite a

redução de erros e possibilita a um setor controlar o outro.

As atribuições e responsabilidades dos funcionários, seções, divisões de

departamentos estão claramente definidos nos manuais internos da empresa, assim

como os procedimentos sobre as principais atividades da mesma. A empresa utiliza

um manual de contabilidade a fim de permitir o registro ordenado e consistente de

suas transações.

As transações e os controles estão sujeitos a uma verificação periódica por

parte de um setor de auditoria interna e possui um sistema orçamentário; receitas.

despesas, compras e bens do imobilizado, etc. É feito um estudo para concessão de

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crédito antes de ser processada a venda a prazo, pois existem controles que

assegurem que todas as vendas sejam imediatamente contabilizadas e enviada uma

cópia à contabilidade.

O controle da empresa assegura que sejam tomadas as providências para as

contas a receber em atraso, existindo garantias que os recebimentos de vendas a

prazo sejam imediatamente depositados na conta corrente da empresa, pois é

limitado o acesso dos funcionários aos recebimentos.

Por serem segregadas as funções de manuseio de recebimentos e registros

contábeis, são garantidas que essas operações sejam contabilizadas na época

devida e que sejam formalizadas apenas as compras previamente aprovadas e nas

melhores condições de mercado. Os setores internos da empresa emitem requisição

de bens ou serviços pré-numerada e devidamente aprovada e a remete ao setor de

compras.

É feita cotação de preços junto aos fornecedores, a fim de obter as melhores

condições comerciais, pois existe a segurança de que somente as compras

efetivamente recebidas e de acordo com seus instrumentos formalizadores sejam

liberadas para pagamento.

Por existir um setor de contas a pagar, cujo objetivo é habilitar notas fiscais

para pagamento, os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos

na época devida. As funções relativas às folhas de pagamento estão claramente

definidas e segregadas referentes a recrutamento e seleção, cargos e salários, cujas

informações e os cálculos da folha e de outros relatórios são conferidos. Mediante

todo esse controle, a empresa faz conciliações periódicas para todas as contas

bancárias e para outras contas, por tudo isso, pode-se concluir que a empresa

pesquisada possui um controle interno muito bom, ou melhor, um controle interno

eficiente.

3.2.4. Resultado encontrado sobre a Pesquisa de Campo

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A pesquisa de campo foi realizada na empresa Halley S.A. Gráfica e Editora,

com o objetivo de verificar e comprovar que o seu diferencial no mercado era possuir

um controle interno eficiente. A pesquisa foi viabilizada via questionário que foi

respondido pelo funcionário Paulo Henrique que executa o cargo de coordenador de

qualidade, com ajuda de cada chefe dos outros setores.

A pesquisadora não teve acesso ao manual interno da empresa, mas sabe-

se que este existe, pois é de grande importância para o funcionamento da empresa,

é nele que está contido o conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades e

objetivos que devem ser obedecidos e cumpridos por todos os participantes indireta

e diretamente envolvidos em todo o processo, porém teve acesso ao manual de

gestão da qualidade.

A empresa apresenta adequada divisão das funções em conformidade com

os princípios básicos do controle interno, a observação desses princípios,

juntamente com a aplicação de meios eletrônicos de processamento de dados, faz

com que a empresa apresente seu diferencial no mercado, mediante investimento

em tecnologia e também em seu capital humano.

Há a preocupação com as relações sociais, existe o reconhecimento público

de funcionários que se destacam em suas atividades, a Halley oferece o prêmio

assiduidade, uma recompensa em dinheiro a aqueles que não faltam ao trabalho

durante o ano, oferece também lazer e bem estar aos seus colaboradores, através

de passeios e confraternizações.

A responsabilidade social da empresa dá-se com a disposição de um centro

médico para a prevenção da saúde de seus funcionários e familiares, bem como um

restaurante industrial que oferece alimentação processada sob o acompanhamento

de uma nutricionista, disponibiliza material escolar aos filhos dos funcionários e

apóia inúmeros eventos, obras e manifestações nas áreas culturais.

Além de estar localizada dentro de um bosque a empresa preserva espécies

da flora e fauna regional, preocupa-se com o uso racional de recursos naturais e

desenvolve um programa de conservação de energia, reciclagem de material e

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resíduos industriais, e uma subestação de tratamento de esgoto, o que mostra sua

preocupação com o meio ambiente.

Possui instalações que oferecem conforto, segurança e funcionalidade

favorecendo o bem estar e a produtividade, quem visita a Halley se impressiona com

a limpeza dos ambientes, a organização e a harmonia no ambiente de trabalho.

Possui auxílio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA na

segurança, pois existe um baixo nível de ruídos e uma boa iluminação, com

refletores espelhados em todo o setor de produção.

De acordo com sua postura ética com clientes e fornecedores, seus

compromissos sociais com seus funcionários e a comunidade com distribuição de

cestas básicas e a contribuição com o desenvolvimento do mercado, mostram que a

Halley causa boa impressão não apenas com o resultado de seu trabalho, mas com

a maneira séria como trabalha.

Pode-se observar que a empresa em questão possui um programa de

atendimento por telefone, fax, on-line via site e por e-mail onde são efetuados os

atendimentos a clientes, para efeito comercial, para reclamações, dúvidas ou

sugestões. Possui uma capacidade de transferência via internet – FTP para

transporte de arquivos de clientes de outros estados.

A Halley possui um ótimo controle interno e um sistema eficiente de

atendimento que busca a satisfação de seus clientes sem esquecer a capacitação

adequada de seus colaboradores, tudo isso contribui para o bom funcionamento da

empresa e tomadas adequadas de decisões frente ao mercado altamente

competitivo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou a importância da Auditoria Interna para as

empresas, por acreditar que é uma importante ajuda para os administradores em

todas as suas atividades.

O objetivo deste trabalho foi verificar a importância da auditoria interna para

o bom funcionamento da empresa e tomada de decisões, através da pesquisa

realizada conseguiu-se afirmar que o controle interno representa uma fonte relevante

para informar e suportar todas as decisões dos administradores.

Foi possível verificar que o controle interno e sua base informativa

representam elementos necessários ao processo decisório e à continuidade

empresarial, pois com esse controle o administrador possui maior probabilidade de

acertar nas decisões e atingir a eficiência almejada.

Para comprovar essa importância foi necessário fazer uma breve

explanação sobre: auditoria; auditoria interna e controles internos e a importância da

auditoria interna para tomada de decisões das empresas. Ainda para conquistar

esse objetivo com a pesquisa realizada, foi de extrema importância analisar as

funções desenvolvidas pelos profissionais participantes desse controle, verificando

assim o controle interno da empresa.

Com o resultado obtido através da pesquisa de campo, pôde-se observar

que a empresa segue os princípios do controle interno, tendo ainda a preocupação

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com as relações sociais, responsabilidade social, ambiente de trabalho e ainda,

preocupa-se também com o meio ambiente. Tendo constatado que, diante de uma

auditoria interna eficiente, a empresa terá um melhor andamento de suas funções,

comprovando como uma empresa pode ser bem administrada em parceria com esse

controle.

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BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998. AUDIBRA, Quem Somos. Disponível em: http://www.audibra.org.br/quem_somos.htm. Acesso em: 20 de mar. 2007. CONHEÇA O IBRACON. Disponível em: http://www.ibracon.com.br/conheca/.htm. Acesso em: 20 de mar. 2007. CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Auditoria como instrumento de gestão. In: Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná – Ano 26 nº. 130. 2º Quadrimestre de 2001. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Auditoria por meios eletrônicos. – São Paulo: Atlas, 1999. “Organização: IBRACON”. FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil/ Hilário Franco, Ernesto Marra. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001. JUND, Sérgio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos: Teoria e 900 Questões. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

MARKETING, Halley S. A. Disponível em: http://halleysa.com.br.htm. Acesso em: 25 de abr. 2007. MQH-01, Manual de Gestão da Qualidade Halley de 09 de maio de 2005, Revisão/Atualização: 7. ed. – Alterações pós-auditoria de recertificação. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE DE AUDITORIA E PERÍCIA / Conselho Federal de Contabilidade. Brasília: CFC, 2003.

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SÀ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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ANEXOS

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O objetivo do presente questionário é entender como funciona o controle

interno da empresa e verificar a importância da auditoria interna para o bom

funcionamento da empresa e tomada de decisões.

Questionário sobre Controle Interno

Nome:__________________________

Cargo:___________________________

1- As atribuições e responsabilidades dos funcionários, seções, divisões,

departamentos, gerência e/ou filiais estão claramente definidas nos manuais

internos da empresa?

[ ] Sim [ ] Não

2- Os procedimentos sobre as principais atividades da empresa (vendas,

recebimentos, pagamentos, salários, registros contábeis etc.) estão também

definidos nos manuais internos?

[ ] Sim [ ] Não

3- A empresa utiliza um manual de contabilidade (estrutura de contas, quando cada

conta deve ser debitada e creditada, modelos padronizados das demonstrações

contábeis e relatórios gerenciais internos e as práticas contábeis utilizadas) a fim

de permitir o registro ordenado e consistente de suas transações?

[ ] Sim [ ] Não

4- A empresa usa um sistema orçamentário (receitas, despesas, compras de

matérias-primas e bens do imobilizado etc.)?

[ ] Sim [ ] Não

5- As transações e os controles estão sujeitos a uma verificação periódica por parte

de um setor de auditoria interna?

[ ] Sim [ ] Não

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6- É feito um estudo para concessão do crédito ao cliente antes de ser processada

a venda a prazo (a fim de minimizar as perdas de contas a receber com clientes

duvidosos) ?

[ ] Sim [ ] Não

7- Existem controles que assegurem que todas as vendas sejam imediatamente

contabilizadas? E enviada uma cópia da nota fiscal a contabilidade?

[ ] Sim [ ] Não

8- Os controles atuais asseguram que sejam tomadas providências para as contas

a receber em atraso (análise das contas em base mensal por idade de

vencimento) ?

[ ] Sim [ ] Não

9- Os controles existentes garantem que os recebimentos de vendas a prazo sejam

imediatamente depositado na conta corrente da empresa? É limitado o acesso

dos funcionários aos recebimentos?

[ ] Sim [ ] Não

10- São segregadas as funções de manuseio de recebimentos e registros contábeis,

garantindo que os recebimentos sejam contabilizados na época devida?

[ ] Sim [ ] Não

11- O sistema de controles assegura que sejam formalizadas apenas as compras

previamente aprovadas e nas melhores condições de mercado?

[ ] Sim [ ] Não

12- Os setores internos da empresa emitem requisição de bens ou serviços pré-

numerada e devidamente aprovada e a remete para o setor de compras?

[ ] Sim [ ] Não

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13- É feita cotação de preços junto aos fornecedores, a fim de obter as melhores

condições comerciais?

[ ] Sim [ ] Não

14- Existe segurança de que somente as compras efetivamente recebidas e de

acordo com seus instrumentos formalizadores são liberados para pagamento?

[ ] Sim [ ] Não

15- Existe um setor de contas a pagar, cujo objetivo é habilitar notas fiscais para

pagamento? Os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos

na época devida?

[ ] Sim [ ] Não

16- As funções relativas à folha de pagamento estão claramente definidas e

segregadas, referente a recrutamento e seleção, cargos e salários?

[ ] Sim [ ] Não

17- As informações e os cálculos das folhas de pagamentos e outros relatórios que

determinam as quantias a pagar aos funcionários são conferidos?

[ ] Sim [ ] Não

18- A empresa prepara periódicas conciliações para todas as contas bancárias e

para outras contas?

[ ] Sim [ ] Não

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