261
i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE MODELAGEM EMPRESARIAL USANDO A SEMIÓTICA ORGANIZACIONAL: ABSTRAINDO UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO PRÓ- ATIVO João Soares Sobrinho Orientador: Prof. Dr. Fernando Celso de Campos Santa Bárbara D’Oeste 2004 Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Engenharia da Produção, da Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep, como requisito para obtenção do Titulo de Doutor em Engenharia de Produção.

 · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

i

Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo.

Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção

PROPOSTA DE MODELAGEM EMPRESARIAL USANDO A SEMIÓTICA

ORGANIZACIONAL: ABSTRAINDO UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO PRÓ-ATIVO

João Soares Sobrinho

Orientador: Prof. Dr. Fernando Celso de Campos

Santa Bárbara D’Oeste

2004

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, da Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep, como requisito para obtenção do Titulo de Doutor em Engenharia de Produção.

Page 2:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

ii

À minha esposa, Maria Luiza e filhos Ana Paula, Ana Claudia que sempre me

apoiaram em todos os degraus desta escalada e finalmente aos meus colegas de

trabalho pelo incentivo dado nas horas difíceis.

Dedicatória

Page 3:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

iii

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Dr. Fernando Celso Campos, orientador desta Tese, pelo apoio, direcionamento e paciência, sem os quais esta Tese não teria sido realizado. Aos meus familiares, amigos, professores, colegas de profissão e a

todos aqueles que contribuíram para a minha formação. À direção da FAE – Faculdades Associadas de Ensino pela confiança e crédito depositado em minha pessoa. Aos professores da Pós-graduação em Produção da Unimep –

Campos de SOB, pelos conselhos e otimismo transmitidos. À banca examinadora da Defesa desta Tese: Profa Dra Elizabeth Regina Jesumary Gonsalves – Metodista São Paulo, Prof Dr. Waldomiro P. D. C. Loyolla – Unimep Piracicaba, Prof. Dr. Marcolino Fernandes Neto PUC

Poços de Caldas, Profa Dra Rosangela Maria Vanalle – Unimep de Santa Bárbara D`Oeste. Agradecimento especial ao Prof Dr. Waldomiro, que foi meu orientador do Mestrado e agora está novamente contribuindo por mais esta Tese de

Doutorado, que foi fundamentada nos princípios da monografia do Mestrado. Aos funcionários da secretaria da Pós-graduação em Engenharia da Produção do Campus da Unimep de Santa Bárbara D´Oeste, pelo apoio dado nesta minha permanência naquela instituição.

Aos Profs Mestres João Sergio e Larte Antonio pela leitura e correção desta Tese. Acima de tudo a Deus pela força que me concedeu para vencer mais este desafio.

Page 4:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

iv

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS-------------------------------------------------------- II LISTA DE TABELAS------------------------------------------------------- III

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS------------------------------- IV RESUMO---------------------------------------------------------------------- V

ABSTRACT------------------------------------------------------------------- VI 1 Introdução 12

1.1 Organizações e os Sistemas de Informações Legados 12

1.2 O Problema da Pesquisa 16 1.3 Objetivos da Pesquisa 18 1.4 Abordagem do Trabalho 20 1.5 Contribuições deste Trabalho 28

2 Considerações sobre Agentes Inteligentes 31 2.1 O que é um Agente? 31 2.2 Arquitetura de Agentes 32 2.3 Tipologia de Agentes 33

2.4 Linguagens de Agentes 35 2.5 Objetos e Agentes 35 2.6 Redes de Agentes 36

3 Semiótica Organizacional: Informática sem Computador? 39

3.1 O Problema da Agenda 43 3.2 O Relacionamento Corrente Inadequado da Terminologia com a

Informação 45

3.3 Uma Ciência Deve Ligar a Linguagem e Outros Signos Tal como as Matemáticas para a Realidade 46

Page 5:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

v

3.4 A Ciência Depende de Comandos Ativos e da Teoria para a Examinação Crítica 49

3.5 Bons Conceitos Primitivos para Permitir a Ponte Entre a Linguagem e a Realidade 51

3.6 Informações e outras propriedades dos signos 53 3.7 ‘Informação’ – O que Ela Significa? 57

3.8 O Significado de ‘Significado’ e a ‘Comunicação’ 60 3.9 Significado do ‘Significado’ 64 3.10 Uma Lógica de Normas e Repertório de Comportamentos 69 3.11 Dependência Ontológica 72

3.12 Sociedade, Signos, Tempo e Responsabilidade 75 3.13 Signos, Atitudes, Normas e Conhecimento 80 3.14 Campos de Informação versus o Fluxo de Informações: Um

Estudo de Caso de uma Biblioteca 84

3.15 Implementando o Sistema 92 3.16 Considerações Finais deste Capítulo 93

4 Uma Metodologia Semiótica para a Distinção de Responsabilidades em Sistemas Baseados em Agentes 98

4.1 Antecedentes 99 4.2 Semiótica Organizacional 106 4.3 Avaliação 111 4.4 Considerações Finais deste Capítulo 112

5 Uma Metodologia Semiótica para as Regras de Modelagem Organizacional para Agentes Inteligentes 114

5.1 Integração dos Sistemas de Informação Organizacionais 117 5.2 A Semiótica e a Modelagem de Processos de Negócios 120

5.3 Ontologia para o Compartilhamento de Conhecimento 122 5.4 Conhecimento Normativo 123 5.5 Regras Organizacionais 131 5.6 A Estrutura das Regras 132 5.7 Considerações Finais deste Capítulo 133

Page 6:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

vi

6 Linguagem de modelagem gráfica UML 135 6.1 Básico sobre a UML 135

6.2 Linguagem de Modelagem Unificada 136 6.3 Notações 137

7 Propostas 140 7.1 Modelagem Semiótica dos Negócios da Organização 143

7.2 Modelagem Estratégica e Operacional dos Negócios da Organização 160

7.3 Modelagem Estratégica e Operacional dos Sistemas de Informação 162

7.4 Detalhamento das Modelagens 163 7.5 Conclusão deste Capítulo 217

8 Conclusões 220 9 Trabalhos Futuros 225 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 227

Page 7:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

vii

LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 Visão Contemporânea dos Sistemas de Informação página 28

Figura 2.1 Exemplos de modelagem do problema página 38 Figura 3.1 A escada da semiótica página 54 Figura 3.2 Muitos significados operacionais, precisos página 61 Figura 3.3 Esquema simples ontológico página 74

Figura 3.4 Um fragmento da realidade social sendo construída página 77 Figura 3.5 A fábrica social e processos de interação entre normas e sígnos página 83 Figura 3.6 Campos de informações – sub-estruturas

com normas compartilhadas página 84 Figura 3.7 Carta ontológica para alguns elementos no domínio da Biblioteca página 86

Figura 3.8 Uma adição de repertório de comportamentos Invariantes página 89 Figura 4.1 Um modelo semântico página 107 Figura 4.2 Normas capturadas página 110

Figura 5.1 A estrutura Semiótica página 115 Figura 5.2 O modelo da “cebola” de uma organização página 118 Figura 5.3 Transações de Negócios página 129 Figura 5.4 Decomposição de transações de negócio

básica em agentes máquinas de estado finita pagina 130 Figura 6.1 Notação UML página 139 Figura 7.1 Interdependência entre os sistemas de informações E a organização página 142

Figura 7.2 Um contexto da segurança e a inteligência e as Necessidades de informações dadas por um agente página 145 Figura 7.3 Estrutura de um agente inteligente condutor página 146 Figura 7.4 Segurança de um sistema de informação na Perspectiva semiótica página 147

Page 8:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

viii

Figura 7.5 Detalhamento do sistema de informação na visão Semiótica página 147

Figura 7.6 Detalhamento dos processos dos ciclos Operacionais na visão semiótica página 148 Figura 7.7 Auditoria como meta contabilização e segurança, Confiabilidade e inteligência como meta relatórios página 151

Figura 7.8 Modelos e resultados dos modelos como signos página 154 Figura 7.9 Uso dos CSF´s para a Modelagem Empresarial página 164 Figura 7.10 Um Modelo Semântico página 166

Figura 7.11 Modelo de Classe de uma Empresa Industrial página 169 Figura 7.12 Exemplo de diagrama de caso de uso dos atores página 170 Figura 7.13 Diagrama de caso de uso página 170 Figura 7.14 Exemplo de caso de uso realizado página 171

Figura 7.15 Exemplo de diagrama de objetos página 172 Figura 7.16 Exemplo de trabalhadores do negócio página 172 Figura 7.17 Exemplo de participação de entidades de negócio página 173 Figura 7.18 Exemplo de unidades da organização página 174

Figura 7.19 Unidades Organizacionais página 175 Figura 7.20 Atores e regras página 176 Figura 7.21 Componentes do propósito página 177 Figura 7.22 Hierarquia de propósitos página 178

Figura 7.23 Exemplo da aplicação do modelo de propósito página 178 Figura 7.24 Exemplo de planejamento da produção página 179 Figura 7.25 Meta modelo do negócio da organização página 180 Figura 7.26 Planejamento da produção página 181

Figura 7.27 Gerenciamento do estoque página 182 Figura 7.28 Contrato genérico página 183 Figura 7.29 Gerenciador de contatos página 184 Figura 7.30 Interação para a requisição de contrato entre os objetos página 184

Page 9:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

ix

Figura 7.31 Interação entre os objetos da resposta do contrato página 185 Figura 7.32 Gerenciador de processos página 186

Figura 7.33 Interação entre os objetos no instanciamento de Processos página 186 Figura 7.34 Gerenciador de mensagens página 187 Figura 7.35 Interação entre os objetivos para o envio de

Mensagens página 188 Figura 7.36 Processo genérico página 189 Figura 7.37 Exemplo do processo de vendas página 189 Figura 7.38 Processo e contato página 190

Figura 7.39 Exemplo de processo de vendas a vista página 191 Figura 7.40 Exemplo de processo de compras página 192 Figura 7.41 Exemplo de passos do processo de vendas página 193 Figura 7.42 Exemplo de passos do processo de Produção página 194

Figura 7.43 Exemplo de processos com adição de valor página 195 Figura 7.44 Trabalho em processos página 196 Figura 7.45 Regras e valores página 197 Figura 7.46 Regras dos parceiros e os valores página 198

Figura 7.47 Exemplo de um parceiro maquina página 199 Figura 7.48 Exemplo de valores de contabilização página 200 Figura 7.49 Exemplo de recursos de máquina página 201 Figura 7.50 Exemplo de passos dos processos página 202

Figura 7.51 Data warehouse para planejamento corporativo página 204 Figura 7.52 Processo de Drill Down página 205 Figura 7.53 Modelo do alinhamento estratégico página 209 Figura 7.54 Exemplo de diagrama de análise robusta página 213

Figura 7.55 Exemplo de caso de uso completo página 214 Figura 7.56 Exemplo de gráfico de interação entre os objetos página 215 Figura 7.57 Exemplo de diagrama de estado página 216 Figura 7.58 Exemplo de diagrama de colaboração página 217 Figura 7.59 Modelo da Integração proposta página 225

Page 10:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

x

LISTA DE TABELAS Tabela 4.1 Disposições reveladas pelas normas página 110

Tabela 7.1 Disposições reveladas pelas normas página 167 Tabela 7.2 Exemplo das normas levantadas pela análise Do gráfico 7.10 página 168

Page 11:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACL - Linguagem de Comunicação de Agentes

BDI - Belief Desire Intention BPR - Business Process Requeriment ERP - Planejamento dos recursos empresariais BSC - Balanced Score Card

CSF - Fatores Críticos de Sucesso C/O - Construção e operações orientadas CobiT - Control Objectives for Information and Related Technology DAÍ - Inteligência Artificial Distribuída

DSS - Sistemas de Suporte à Decisão ESS - Sistemas de Suporte à Decisão F/B - Funções e Comportamentos GCSAS – Gerenciamento do Conhecimento Semiótico e a Administração

GUI - Interface Gráfica do Usuário MIS - Sistema de Informação Gerencial MMI - Capability Maturity Model Integration OCL - Object Constraint Language

OMG - Object Management Group RRAD – Rational Rapid Application Development SGC - Sistema de Gerenciamento do Conhecimento SISP - Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação

SI - Sistema de Informação TI - Tecnologia da Informação UML - Unified Modeling Language XDE - Extrem Development Enterprise

WBS - Working Breakdown Structure WIP - Working in Process WWW - World Wide Web

Page 12:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

12

RESUMO

Esta tese propõe um modelo de objetos organizacional baseados na

combinação de várias áreas do conhecimento suportadas pela semiótica

organizacional, pela estrutura contábil do negócio e pela modelagem estratégica e

operacional do negócio, baseados na teoria de objetos, e desenvolvida em UML.

Foi definido um modelo normativo de alinhamento estratégico baseado em uma

classificação social-psicológica de normas que permitem descrever um objeto em

termos de suas atitudes epistêmicas (critérios que condicionam a validade dos

nossos conhecimentos), deôntica (princípios, fundamentos e sistemas de moral) e

axiológica (teoria dos valores). Isto é a base para a tricotomia do signo. Este

modelo pode ser usado na modelagem de normas de objetos humanos e artificiais

(virtuais), propositadamente não considerando objetivos relacionados com a

criatividade ou com a habilidade na manipulação de exceções inesperadas pelos

objetos humanos. As organizações são modeladas com regras baseadas nas

estruturas normativas e nas relações contábeis dos negócios, onde regras são

especificadas em termos de descrições normativas de ações das atividades, que

compõem os processos, autorizações e obrigações do negócio da empresa.

Baseando-se nesta modelagem se abstrai um sistema de informação pró-ativo

que venha de encontro com estas expectativas dos negócios da empresa.

Palavras chaves: Semiótica organizacional, Modelagem estratégica, Sistemas de

Informação pró-ativos, Objetos.

Page 13:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

13

SUMMARY

This thesis proposes a model of objects organizational based on the combination

of several areas of the knowledge supported by the semiotic organizational, for the

accounting structure of the business and for the strategic and operational modeling

of the business, based on the theory of objects, and developed in UML. It was

defined a normative model of strategic alignment based on a social-psychological

classification of norms that you/they allow to describe an object in terms of its

attitudes epistemic (approaches that condition the validity of our knowledge),

deontic (beginnings, foundations and morals systems) and axiology (theory of the

values). This is a base for tricotomy of the signal. This model can be used in the

modeling of norms of human and artificial objects (virtual), willfully not considering

objectives related with the creativity or with the ability in the manipulation of

unexpected exceptions for the human objects. The organizations are modeled with

rules based on the normative structures and in the accounting relationships of the

business, where you rule they are specified in terms of normative descriptions of

actions of the activities that compose the processes, authorizations and obligations

of the business of the company. Basing on this modeling will be abstracting a pro-

active system of information that comes from encounter with these expectations of

the business of the company.

Key words: Semiotic organizational, strategic Modeling, pro-active Information

Systems, Objects.

Page 14:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

14

1. INTRODUÇÃO

O planejamento estratégico das necessidades das organizações tem que

lidar com diferentes informações de diferentes sistemas e como conseqüência tem

que integrar estas informações de modo a poder tomar suas decisões.

Entretanto, quando se considera a interconexão das informações isoladas

de diferentes fontes, se depara com vários problemas na definição objetiva destas

informações compartilhadas. A dificuldade de integração destas informações

sugere que a verdade objetiva deva ser revisada em relação às interações sociais

e talvez várias verdades diferentes, mas igualmente necessárias na definição de

sistemas em rede, dependendo do contexto social.

1.1 Organizações e os Sistemas de Informações Legados

Muitas organizações são sistemas burocráticos onde os sistemas

departamentais tornam-se legados e proliferados. Entretanto, a dinâmica de

adaptação dos negócios requer que as modernas organizações integrem seus

sistemas de informações em um modelo corporativo em rede e os usa ativamente

na coordenação de todas as atividades da organização, de modo a manter ou

adquirir competitividade.

No contexto da reorganização dos sistemas de informação organizacionais

computadorizado existem duas abordagens distintas:

Eliminar todos os sistemas legados e selecionar um novo sistema de

informação integrado, com suas funcionalidades bem definidas em

termos das necessidades da organização que forneça a maioria das

funcionalidades necessárias.

Adaptar os sistemas velhos, mesmo estando eles fragmentados –

compostos de vários sistemas independentes – isolados como

Page 15:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

15

subsistemas, não compatíveis uns com os outros, com respeito ao

hardware, software ou ambos. Uma nova regra de funcionamento dos

software’s deve ser editada de tal modo que os subsistemas possam

interagir entre si e terem acesso aos dados compartilhados sem

problemas de semântica.

Embora a primeira opção parece ser, à primeira vista, sempre a mais

atrativa e que tem sido posta em prática por muitas organizações, existe os custos

– tanto custos financeiros e os não declarados (tal como os custos de retenção

dos funcionários) – os quais inibem esta opção. Por outro lado, existe também a

tendência em muitas organizações ativas em adotar novas tecnologias tanto

quanto possíveis, mesmo que estas não se tornem um padrão. Entretanto, uma

total renovação dos sistemas de hardware e software não é sempre desejável.

Novas tecnologias, embora necessárias e bem vindas, tem colocado

algumas mudanças reais para uma implementação organizacional. Quando este

tipo de reorganização ocorre, a existência de sistemas legados, independentes um

do outro, baseados em diferentes plataformas e desenhados para resolver as

necessidades locais do negócio ao invés das necessidades corporativas, torna o

acesso a informações vitais difíceis.

Isto está relacionado a vários problemas: i) a massa de informações

armazenadas em vários formatos, que causa o chamado “problema de aquisição

de dados legados”; ii) a necessidade de programas de aplicação que são usados

para acessar dados antigos e que não podem ser convertidos para o novo

ambiente computacional sem perder a transparência e o acesso procedural aos

dados críticos remanescentes no ambiente legado JENNINGS, (1995); iii) a

dificuldade de se obter informações detalhadas acerca da implementação de

vários bancos de dados que são necessários para serem acessados; iv) a

distância conceptual entre vários grupos, em diferentes localizações, usando

diferentes sistemas, algumas vezes usando diferentes significados para o mesmo

termo LIU (1993); v) o conflito de semântica que acontece pelo fato do

compartilhamento de conhecimento através de vários sistemas isolados; vi) a

dificuldade de se expressar o significado da corporação, tal como as obrigações,

Page 16:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

16

proibições, permissões relacionadas a diferentes atividades do negócio, em um

sistema integrado.

Os negócios da organização estão interessados em manejar este problema,

algumas vezes fazendo altos investimentos na modelagem do negócio

corporativo, como reportado em FRASER & TATE (1995).

Métodos e teorias dos sistemas de informação tradicionais falham ao dar

uma clara consideração dos fenômenos presentes nas organizações: virtualidade

e organizações virtuais, estruturas de organizações horizontais (baseadas em

redes) e formas de gerenciamento e representações múltiplas ativas.

Primeiramente, os sistemas de informações são partes de um mundo virtual e de

organizações virtuais. Sistemas de informações não são tão bem entendidos

quando usam a idéia de uma representação passiva, por que os sistemas de

informação não somente representam alguma coisa em um mundo real, mas

também agem de acordo com aquele mundo real, criando um domínio virtual.

Segundo, as organizações virtuais e os sistemas de informação não têm tido uma

estrutura e uma forma de gerenciamento que possa ser bem entendida, que faça

uso de teorias das tomadas de decisões centralizadas e do desenho top-down.

Estruturas e formas de gerenciamento são primariamente horizontais e tem uma

rede de personagens. Terceiro, o uso de estruturas de símbolos pelas entidades

(semi) inteligentes não podem ser bem entendidas com o processamento central

de dados bem estruturados. Isto tem sido visto como uma coleção de processos

de várias representações ativas da mesma empresa.

1.2 O Problema da Pesquisa

O problema da pesquisa com os sistemas legados apresenta duas faces:

primeira, seu comportamento técnico incluindo uma ou mais características

indesejáveis tal como, ser centralizado, monolítico, isolado e inflexível, que o torna

difícil a sua ligação aos sistemas modernos, integrados e abertos; segundo, a

Page 17:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

17

metodologia dos sistemas desenvolvidos, que requerem modificações na cultura

das organizações, que foi desenvolvida ao longo de vários anos ou décadas,

criando novos procedimentos e eventualmente novos vocabulários que não são

compartilhados através da organização, ao invés de se adaptar às necessidades

da organização dentro de sua cultura e dos ditames das boas práticas da gestão

empresarial.

1.2.1 O Vazio entre a Tecnologia da Informação e os Sistemas de Informação

Tecnologicamente se vê um paradigma de deslocamento, especialmente

desde 1990, que mostra uma tendência incrível de se ver uma estrutura

organizacional mais flexível, descentralizada como também os sistemas de

informação que a suportam, DIETZ (1999). Esta evolução traz uma nova

perspectiva sobre os sistemas de informação, com especial ênfase sobre o

comportamento cooperativo facilitado entre os objetos organizacionais – qualquer

coisa que pertence à organização, incluindo tanto os objetos humanos e quanto os

artificiais. Entretanto, os problemas ontológicos e metodológicos permanecem

difíceis e as soluções parecem também caminharem lentamente.

Um aspecto chave é a identificação das necessidades organizacionais e o

desenho de um modelo estratégico organizacional que permita a melhora de todas

as atividades do negócio. Para se conseguir isto será necessário entender o que

as organizações necessitam, como elas estão estruturadas e como funcionam. A

tecnologia, embora um fator importante, não é suficiente para controlar estes

problemas.

1.2.2 A Necessidade dos Modelos Organizacionais

Page 18:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

18

Uma das principais dificuldades com a engenharia de sistemas de

informação corrente é o vazio entre a sofisticação da Tecnologia da Informação

(TI) e a falta de modelos organizacionais adequados para permitir e guiar o uso

adequado das disponibilidades da tecnologia. Um modelo é sempre uma

simplificação da realidade. Entretanto, quando esta simplificação não respeita os

aspectos essenciais da realidade e a não coerência entre o modelo organizacional

alinhado com as especificações do sistema de informação e a organização real,

causa falhas da aplicação da TI nos negócios.

Deve-se sustentar que as organizações sejam suportadas ou não por

tecnologia computacional, podendo ser vistas como sistemas de informação,

porque a geração, manipulação e comunicação de informação são aspectos

essenciais para as modernas organizações coordenar suas atividades. Contudo,

modelos adequados de organizações são requeridos em paralelo com a

tecnologia de sistemas abertos, de modo a garantir o sucesso da aplicação dos

sistemas de informação na organização. Os modelos deverão estar aptos para

incluírem os aspectos normativos e comunicativos da estrutura organizacional e

comportamental suportando a coordenação. Adicionalmente, se vê tipicamente

uma organização como uma entidade complexa composta de vários agentes que

trabalham conjuntamente visando os mesmos objetivos. Isto nos leva de forma

natural a usarmos a metáfora dos sistemas multi-objetos como um modelo

organizacional. Usando-se o mesmo modelo tanto para os aspectos do nível mais

alto (humano) de uma organização como para sua estrutura técnica, estaremos

contribuindo para a redução do vazio entre o modelo organizacional e o suporte da

tecnologia da informação.

1.3 Objetivos da Pesquisa

Os objetivos desta tese estão principalmente relacionados com a abstração

de um sistema de informação baseado na modelagem estratégica e operacional

Page 19:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

19

da organização com a UML, na sua estrutura contábil como parte do modelo

semântico da organização.

Qualquer organismo vivo deve continuamente ser auto-regenerador,

recolocando seus próprios componentes e se adaptando ao ambiente em que

vive, sendo um processo que foi denominado de autopoiese. Nesta tese, a

hipótese que foi considerada é que uma organização é essencialmente um

organismo autopoético, baseado na geração contínua, a comunicação e uso dos

signos, assim, constituindo um sistema de informação ideal, com ou sem o

computador como suporte.

Além disso, observa-se que uma organização típica é um sistema social

coordenado de forma não abrangente, ou seja, cuidando somente do lado

econômico e financeiro, envolvendo múltiplos objetos humanos e ou artificiais,

incluídos e interagindo entre si em um ambiente que suporta uma parte crítica do

comportamento social em uma organização. Os membros individuais desta

empresa necessitam entender e usar estes objetos de modo a coordenar

eficientemente suas ações. Este ambiente normativo evolui continuamente tanto

quanto a organização se adapta às novas situações, novas visões e modificações.

Acima de um certo nível de complexidade de uma estrutura organizacional

normativa forma a efetivação de uma organização típica a requerer o suporte de

uma base computacional e um sistema que se adaptarão às necessidades da

organização e provêem um alto grau de flexibilidade permitindo modificações

incrementais do conhecimento organizacional.

O tipo de sistema que é postulado requer um modelo organizacional que

contempla a natureza social da organização, consistindo de um sistema multi-

atores incorporando dois mecanismos de coordenação: um mecanismo baseado

em regras estruturais e normativas, na estrutura contábil do negocio e um

mecanismo de comunicação de alto nível, onde uma inteligência é obtida do

relacionamento entre os atores em qualquer nível. Neste modelo, cada objeto é

representado como uma entidade comunicativa pró-ativo, sendo humano ou

artificial, baseado em um modelo cognitivo inspirado por uma taxonomia psíquico-

social de normas (incluindo as normas contábeis). Normas permitem o formalismo

Page 20:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

20

de atitudes básicas de atores, incluindo atitudes epistêmicas, deônticas e

axiológicas, que é a base para o comportamento social dos atores e são

pragmaticamente alteradas durante as interações entre os atores. Atores

artificiais, entretanto, exibindo comportamento autônomo de modo que

encapsulam seus mecanismos de decisão, são sempre subordinados por algum

ator humano que assume a responsabilidade necessária que é requerida para

gerenciar exceções.

1.4 Abordagem do Trabalho

Como descrito por DIETZ & MULDER (1998), existem basicamente duas

principais abordagens para o estudo de sistemas organizacionais: a construção e

operações orientadas por instâncias (instância C/O) e funções e comportamentos

orientados por instâncias (instância F/B).

A instancia F/B é a mais freqüentemente usada nos estudos de sistemas de

negócios, sendo dominante em todas as ciências sociais e naturais. Considerando

a instância F/B para conduzi-la como um modelo de caixa preta do sistema em

questão. Conhecimento é adquirido por meio da decomposição do sistema. Esta

instância é tipicamente usada para responder as questões acerca do

comportamento de um sistema, situado em um ambiente, em termos de variáveis

e fluxos de entradas e saídas.

Considerando a instância C/O e conduzi-la como um modelo de caixa

branca para o sistema em consideração, mostrando a estrutura do sistema –

assim, permitindo o entendimento das razões pela observação dos

comportamentos. De modo a se obter detalhes e melhorar o entendimento global,

ou seja, encapsular partes do sistema em entidades compostas. Isto é chamado

de composição construcional e é típico das ciências técnicas e engenharia.

A consideração aqui é que nem um nem outro modelo é suficiente para os

propósitos de analisar e melhorar as organizações usando-se da aplicação da TI.

Page 21:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

21

Embora sejam considerados, para os objetivos deste trabalho os atributos da

instância C/O, deve-se entender a necessidade de se começar pela aplicação da

instância F/B. Freqüentemente, a instância C/O será usada se aplicar-se a

engenharia em uma organização, baseando-se em uma análise simplista dos

aspectos formais organizacionais, assim, forçando uma organização a mudar suas

atividades de modo a se adaptar ao sistema de TI. Estes fatos são notórios na

atualidade com as implantações dos já conhecidos ERP’s (Planejamento dos

Recursos Empresariais).

Portanto, antes de se aplicar a engenharia organizacional, será importante

ministrar algum método usado nas ciências sociais, de modo a se conseguir um

claro entendimento dos aspectos sociais envolvidos nas atividades

organizacionais. Desde que as atividades organizacionais consistem

essencialmente em comportamentos multi-objetos coordenados, realizados por

meio do uso de informações, um aspecto fundamental é o entendimento de qual é

a informação e como ela se relaciona com a organização, levando-se em

consideração a natureza distribuída deste tipo de sistema.

A hipótese central deste trabalho é uma adaptação do princípio econômico

de Adam Smith conhecido como “a mão invisível”: “a economia funciona como se

existisse uma mão invisível que orquestra as atividades de todos os agentes.

Assim, em geral, estes agentes são autônomos e fazem o que eles necessitam

fazer baseando-se em suas ações individuais e considerando as suas atitudes

intencionais e a otimização de suas próprias ações”.

Assim, abstraindo-se do exposto acima, serão considerados, nesta tese, os

eventos contábeis que representam as transformações de valores, baseados nas

transações dos processos da organização, baseados nas normas, onde é definida

uma estrutura de relações das transformações contábeis e das atividades que

compõem o negócio.

1.4.1 A Instância da Pesquisa

Page 22:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

22

A Instância de pesquisa que é adotada nesta tese é principalmente a

semiótica organizacional. Semiótica, a ciência dos signos, postula que o signo é a

entidade atômica da qual a informação é derivada. Estendendo a estrutura

proposta por Morris, Stamper e Gazendam que mostrou que os signos podem ser

analisados em seis diferentes níveis, variando do nível mais baixo técnico ao nível

mais alto: o das funções humanas. A semiótica organizacional vê a análise

organizacional como uma tarefa de múltiplas partes, colocando uma ênfase

particular no nível das funções humanas, incluindo a análise semântica e os

aspectos normativos, ou seja, análise das estruturas relacionais dos eventos

contábeis – relações horizontais e as verticais - da estrutura e das atividades da

organização, a análise pragmática das intenções participantes e também dos

efeitos sociais. Os métodos semióticos para a análise da organização focam sobre

a concretização de uma ontologia comum que tanto é relativamente estável e

totalmente compartilhada através de toda a organização. O conhecimento

normativo, como um mecanismo de padronização, prega uma importante regra

nesta perspectiva, sendo implicitamente considerado um dos principais

coordenadores do mecanismo das atividades da organização.

Na teoria organizacional, está claro que este mecanismo de coordenação,

que é de maior importância na mais alta estrutura organizacional, deve ser

complementada pela comunicação básica do mecanismo de coordenação dentre

os vários agentes organizacionais, incluindo tanto os humanos como os artificiais.

Para formalizar a comunicação entre os atores tem que ser usada a teoria “speed

act” como um ponto de partida, embora, o impacto social desta teoria é

principalmente o resultado de conversação. A estrutura de comunicação está

baseada na teoria da ação de comunicação de Habermas, que enfatiza a

importância da validade que se sustenta em quase todos os ambientes não

autoritários, onde atividades são guiadas pelas normas sociais, incluindo as

relações contábeis. Tais normas (relações) que permitem prescrever,

comportamentos requeridos e persistentes, são freqüentemente encontradas em

agrupamentos complexos STAMPER (1996).

Page 23:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

23

De modo a tornar-se possível representar as normas sociais e outros tipos

de conhecimentos compartilhados sociais será adotado, neste trabalho, a

ontologia construtivista ao invés da ontologia objetivista adotada por várias

ciências. Ao invés de um simples objetivo completo, será necessário representar e

manipular potencialmente muitas diferentes realidades inter-subjetivas, onde

diferentes significados podem ser usados, em diferentes espaços sociais.

1.4.2 Questões da Pesquisa

Tendo-se estabelecido a instância da pesquisa, agora as principais

questões deste trabalho podem ser formuladas:

Como pode uma perspectiva normativa inspirada pela semiótica

organizacional contribuir para a análise, especificação e desenho de um

sistema de informação organizacional melhor?

Pode-se desenvolver uma técnica de especificação formal para

modelagem de objetos organizacionais normativos e interativos

baseados em modelos psíquico-sociais realísticos e ajustar a modelos

teoricamente organizacionais?

Como poderia uma arquitetura de sistema multi-objetos, incluindo tanto

agentes humanos como agentes artificiais, promover uma alta eficácia e

eficiência em uma organização colaborativa?

Pode-se prover um método de desenho e uma ferramenta de software

de suporte, para criar modelos organizacionais, incluindo tanto aspectos

estruturais como os funcionais, baseados nas especificações formais de

um sistema multi-objetos?

1.4.3 Método da Pesquisa

Page 24:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

24

Uma abordagem interdisciplinar é considerada, procurando suporte teórico

de várias áreas do conhecimento, de modo a resolver as questões expostas

anteriormente. Usando-se a contribuição de cada área será possível desenvolver

alguns modelos teóricos, que vem de encontro a algumas deficiências, encontrado

em outros modelos similares e será também proposto um método para se

implementar este modelo na prática.

Usando-se como base a ontologia semiótica organizacional, que provê uma

formulação compartilhada do domínio da ontologia baseado nas normas

perceptivas construídas e aceitas socialmente, ela foi hipotetizada como sendo

possível usá-la para identificar os objetos organizacionais, seus relacionamentos e

suas características. Na estrutura semiótica organizacional esta análise cobre a

análise antológica (semântica) da organização. Acredita-se que para se alcançar

um modelo operacional de uma organização deverá considerar-se a especificação

de outros componentes normativos psicológicos e sociais, incluindo-se normas

cognitivas – aquisição de conhecimento –, comportamentais e evolutivas, que

transladam para as características individuais dos objetos, como os componentes

normativos epistêmico, deôntico e axiológico. Foi desenvolvida uma análise formal

para cada um destes componentes e proposta uma arquitetura especifica interna,

a qual estará baseada nos componentes: Epistêmico, Deôntico e Axiológico para

modelar cada objeto organizacional. Este modelo será usado para a construção de

blocos básicos para a modelagem de multi-objetos organizacionais.

A combinação da semiótica, lógica deôntica, lógica da ação e a inteligência

artificial se provê o desenho da solução para a arquitetura de um sistema multi-

objetos distribuído, aberto, normativo e comunicativo que foi proposto nesta tese.

Um método de desenho foi também proposto, integrando-se as diferentes técnicas

– uso da modelagem de negócios usando-se a UML e a técnica de redes de

objetos, contendo dentro dos objetos a inteligência necessária para se

compatibilizar com os conceitos de uma rede de Agentes. Sua aplicabilidade foi

proposta através da simulação da modelagem e implantação de um negócio.

Page 25:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

25

1.4.4 Escopo da Pesquisa

Esta pesquisa é de natureza interdisciplinar, mas embora aparentemente

muito diversa, todas as disciplinas nas quais será apoiado este trabalho estão

hoje relacionadas.

A semiótica organizacional é a principal guia para este trabalho por ela

unificar diferentes visões da “informação” usando o conceito de “signo” como um

elemento atômico e mostrar como os diferentes tipos de signos provêem

diferentes visões para a “informação”. Para se sobrepor às falhas gerais da

informática computacional atual, na tentativa de se construir conceitos primitivos

que são atualmente compartilhados por todos os usuários de todas essas

aplicações, a semiótica adota uma ontologia que está baseada na notação do

significado da construção social, reconhecendo que a percepção e a concepção

são de natureza individual. Esta instância filosófica rejeita a posição comum da

ontologia positivista que caracteriza as ciências naturais e a lógica.

Seguindo o esforço de Whitehead & Russel em tentar derivar toda a

matemática da lógica, posteriormente foi mostrado que o programa proposto de

reducionismo era inapropriado. Assim, eles também restringiram seus focos para o

assim chamado mundo objetivo e excludente de se observar o assunto. O

behaviorismo e o reducionismo eram dois movimentos filosóficos relacionados que

tentaram reduzir os conceitos sociais a conceitos físicos e comportamentais. Mais

tarde, Chomsky e outros tiveram uma forte influência na visão de que o estado da

psicologia não poderia reduzir as propriedades comportamentais, mas ao invés

requeria um estado mental funcional, dando ascensão à ciência cognitiva.

A ciência cognitiva tentou tomar a forma do processamento de informações

da ciência da computação e aplicá-la diretamente ao processo mental humano. O

problema com a ciência cognitiva é que ela é fundamentalmente anti-social: ela

está focada no processamento da informação mental e individual. Similarmente, o

Page 26:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

26

campo relacionado da inteligência artificial também estava focado no paradigma

do individualismo do processamento mental da informação. Com algumas

exceções, este campo ignorou as ciências sociais. Atualmente, está sendo bem

mais aceito que o paradigma do processamento da informação, que não é

adequado para a modelagem do comportamento humano por ter justamente

pouco conhecimento das atividades mentais e por não poder considerar mais

sobre as atividades mentais e sociais.

Alguns paradigmas relativamente novos, desenvolvidos na área do

Dynamic Artificial Intelligence (DAI) (Inteligência Artificial Dinâmica), é um sistema

multi-objetos. Este paradigma estuda não somente o mundo físico, nem agentes

isoladamente, mas o agente como uma parte social do espaço de outros agentes

WERNER (1996).

O paradigma do processamento da informação tenta tratar os ‘signos’ nos

níveis empírico ou sintático, que o paradigma multi-agentes coloca a comunicação

e a informação social no centro, incluindo informações acerca de intenções,

valores e estratégias tão bem como informações acerca do estado da palavra,

incluindo os outros agentes. Bratman estabeleceu uma consideração filosófica de

intenções e COHEN & LEVESQUE (1990) tentaram formalizar a notação de

intenções em uma estrutura de sistema colaborativo de multi-agentes.

A comunicação é uma das mais importantes atividades sociais, sendo

essencial para muitas atividades coordenadas. Foi mostrado que a comunicação é

um ato, estabelecendo as bases para o “Speech Act Theory”, a qual foi

desenvolvida e formalizada por alguns de seus seguidores. A “Speech Act Theory”

é uma teoria da linguagem, a qual é baseada na semiótica desenvolvida por

Pierce & Morris, os quais postularam a distinção da sintaxe, semântica e o

pragmatismo. Para esclarecer algumas das limitações da “Speed Act Theory” foi

desenvolvido uma teoria da ação da comunicação, baseada na idéia de que atos

de comunicação são suportados pela reivindicação da validade e seus sucessos

requeridos não somente da intenção do agente que pronuncia uma proposição,

mas também sua aceitação pelo agente ouvinte.

Page 27:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

27

A estrutura da modelagem proposta, baseada em uma rede de objetos com

uma inteligência própria e escrita em UML, que representa uma tentativa de se

integrar vários aspectos positivos das teorias mencionadas anteriormente usando

essencialmente uma instância da organização semiótica, provê, uma base

adequada para compatibilizar as teorias organizacionais e o modelo das

atividades organizacionais, sendo ou não as atividades automatizadas.

Organizações são sistemas de informações compostos simultaneamente de sub-

sistemas informais e sub-sistemas formais porque seus processos de negócios

são formalizados parcialmente como burocracias. Além disso, somente alguns dos

sub-sistemas formalizados são atualmente automatizados usando algum tipo de

tecnologia da informação. Mintzberg descreveu várias estruturas organizacionais,

que são associadas com diferentes graus de automação de negócios e processos

de decisão, apontando os relacionamentos entre (informação) tecnologia e as

estruturas do negócio. Como foi indicado anteriormente, a TI tem mostrado várias

limitações ontológicas que devem ser resolvidas no futuro de modo a prover

melhores sistemas de informação organizacionais. Entretanto, nos últimos 40

anos, tem se observado uma grande evolução da TI, não somente em hardware,

mas também nas metodologias de modelagem de sistemas. Das estruturas de

dados iniciais ao banco de dados, a orientação a objetos e mais recentemente a

orientação a agentes, o campo da TI tem tentado se mover tanto quanto possível

na direção da máxima eficiência. O problema é que a eficácia do ponto de vista da

organização ainda é insatisfatório.

Mesmo que parcialmente, o interesse corrente da perspectiva social para

problemas em várias áreas, variando da psicologia, ao DAI e a TI, o conceito de

“agente” social e noções incluindo responsabilidade, autoridade, autonomia e

outras noções sociais relacionadas às intenções mútuas, compromissos e

obrigações têm recebido incríveis atenções dos pesquisadores. Pesquisadores

que estão trabalhando no campo da lógica matemática, por exemplo, têm sido

particularmente ativos nos estudos de algum tipo de lógica modal, tal como, lógica

deôntica – fundamentos e sistemas da moral – e lógica da ação, na tentativa de

formalizar noções que têm sido tratadas principalmente de forma empírica.

Page 28:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

28

Entretanto, esta tarefa tem provado dificuldade real e todo o formalismo proposto

baseado nestes tipos de lógica tem problemas severos quando confrontados com

a representação da situação real do mundo.

Embora mostrada uma pequena visão de todas estas áreas nesta tese, a

perspectiva semiótica provê o mais promissor mecanismo de unificação de modo

a se conseguir um claro entendimento dos aspectos sociais e psicológicos

envolvidos nas atividades organizacionais como uma base para o

desenvolvimento de sistemas de informações técnicos para suportar os negócios

da organização. Estes sistemas devem considerar os aspectos gerenciais, a

tecnologia da informação, a pesquisa operacional do lado técnico e do lado

comportamental, a psicologia das pessoas que interagem com este sistema, o

lado econômico dos negócios e o lado sociológico do grupo de pessoas que

congregam a empresa em questão, como mostrado na figura 1.1.

Figura 1.1 – Visão Contemporânea dos Sistemas de Informação, LAUDON & LAUDON

(2001).

1.5 Contribuições deste Trabalho

Este trabalho tem cinco contribuições principais:

MIS

Psicologia Economia

Sociologia

P. Operacional Tec. Inform.

C. Gerencial

Lado Técnico

Lado Comportamental

Page 29:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

29

Uma nova forma de modelagem de sistemas de informação baseada

em rede de objetos, inspirada pelas Normas psicológicas sociais para

representar os componentes do estado mental dos objetos individuais;

Uma metodologia de modelagem estratégica e operacional dos

negócios da organização, coordenada por uma estrutura multi-objetos,

baseada na UML, em um ambiente de comunicação baseado tanto nas

mensagens diretas e um protocolo orientado a serviços entre os

objetos;

Uma nova forma de se usar a Estrutura Contábil, como elemento

participante das Normas que regem os negócios da organização,

permitindo que os sistemas de informação, oriundo desta modelagem,

sejam pró-ativos.

Aplicação de um software para engenharia e desenho de sistemas

multi-objetos, sendo que cada objeto tenha uma inteligência própria,

orientado a objetos normativos organizacionais baseados na

modelagem de organizações fundamentada na UML;

A validação do modelo e do método proposto, usando a modelagem

organizacional em UML, que facilitará a implementação do sistema

multi-objetos, com características de Agentes, baseado em um caso

real simulado de uma empresa.

O modelo proposto usa os resultados da análise semântica, como proposto

por STAMPER (1999) e posteriormente por LIU et al. (1999), focando sobre os

níveis da organização semiótica social e pragmática, provendo uma perspectiva

distribuída e normativa para desenvolver um sistema de informação organizacional

em termos de interações sociais individuais dos agentes concernentes.

Vários modelos de agentes têm sido desenvolvidos, especialmente no

escopo de desenvolvimento no campo da DAI, que pode parecer com este modelo

proposto. Entretanto, isto é somente aparente por que estes modelos não são

suportados pela abordagem construtivista para a ontologia organizacional e, além

disso, eles não são modelos socialmente centrados. O mais conhecido exemplo –

Page 30:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

30

o modelo Belief-Desire-Intention (BDI)– é dedicado para a modelagem de agentes

simples, centrado nas noções do funcionamento da mente e sobre os processos

de decisões internas. Por outro lado, o modelo proposto é um modelo normativo,

onde as normas sociais têm influência essencial na determinação do

comportamento dos objetos. Neste modelo, objetivos individuais dos objetos são

representados como uma extensão dos compromissos sociais (ou seja, objetivos

individuais são vistos como compromissos em direção de si próprio) e a

coordenação social adotam a perspectiva da linguagem de ação, onde o modelo

de comunicação estão inspirados na “Speed Act Teory” e formalizada usando a

combinação da lógica deôntica – princípios, fundamentos e sistema de moral e

esquemas de translação direcionada pela sintaxe.

Page 31:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

31

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AGENTES

Será descrita a seguir uma introdução ao conceito de agentes, suas

propriedades, como também uma comparação entre os agentes e os objetos.

Finalmente, será dado um pequeno exemplo comparando uma rede de objetos

com uma rede agentes.

2.1 O que é um Agente?

O maior problema na definição do termo agente é que o mesmo é um

vocábulo extensamente usado por muitas pessoas que trabalham em áreas

estreitamente relacionadas. Wdooldridge e Jennings [WOOLDRIDGE 95]

consideram um desafio tentar produzir uma definição simples e universal que seja

aceita. Eles colocam que pode-se distinguir duas noções gerais para o termo

agente. A primeira delas, também chamada de noção fraca, é relativamente

menos discutida. A segunda, chamada de noção forte, é normalmente mais

discutida entre os pesquisadores da área.

2.1.1 Uma noção fraca para agentes

Segundo Wooldridge e Jennings [WOOLDRIDGE 95], uma noção do termo

agente é aquela que o utiliza para denotar qualquer hardware ou sistema de

computação baseado em software, que representa as seguintes propriedades:

Autonomia: os agentes operam sem a intervenção direta dos humanos ou

outros agentes, além de ter algum tipo de controle de suas ações e estados

internos;

Habilidade social: os agentes interagem com outros agentes (e

possivelmente com humanos) através de algum tipo de linguagem de

comunicação de agentes (ACL);

Reatividade: os agentes percebem seu ambiente, o qual pode ser o mudo

real, um usuário via uma interface gráfica de usuário (GUI), uma coleção de

Page 32:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

32

outros agentes, a INETRNET, ou talvez a combinação de alguns destes ou

de todos, respondendo de forma oportuna às mudanças que ocorrem neste

ambiente;

Pró-atividade: os agentes não simplesmente reagem em resposta ao

ambiente, mas têm a capacidade de exibir condutas baseadas em metas,

tomando a iniciativa em relação a suas próprias ações.

2.1.2 Uma noção forte para agentes

Para alguns pesquisadores, particularmente aqueles que trabalham na área

da Inteligência Artificial, o termo agente devem ter um significado mais específico

que o adotado pela noção fraca. Em sentido geral, estes pesquisadores

descrevem um agente como um sistema de computação que, além de apresentar

as propriedades identificadas na outra noção fraca, deve ser definido ou

implementado, utilizando-se conceitos que usualmente são aplicáveis aos seres

humanos. Por exemplo, é bastante comum na Inteligência Artificial caracterizar os

agentes usando noções aplicáveis à mente humana, tais como conhecimento,

crenças, intenções e obrigações.

2.2. Arquitetura de Agentes

Um tópico importante relacionado à tecnologia de agentes diz respeito às

diferentes arquiteturas que podem ser idealizadas para a implementação de

agentes. Entende-se por uma arquitetura de agentes como o conjunto de

especificações e técnicas utilizadas para a definição funcional dos agentes. Segue

duas definições extraídas do trabalho de Wooldridge e Jennings [Wooldridge 95].

Maes define uma arquitetura de agentes como:

“Uma metodologia particular para a construção de agentes. Especifica

como os agentes podem ser decompostos na construção de um conjunto de

módulos (componentes) e como estes módulos podem interagir entre si. O

conjunto total de módulos e suas interações devem especificar como os dados dos

Page 33:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

33

sensores e o estado interno do agente serão utilizados para determinar as ações

realizadas pelo agente e seu futuro estado interno. Uma arquitetura envolve

técnicas e algoritmos que suportem esta metodologia”.

Kaelbling considera uma arquitetura de agentes como:

“Uma coleção específica de módulos de software (ou hardware),

tipicamente designados por caixa com setas que indicam os dados e o fluxo de

controle entre os módulos. Uma caixa mais abstrata de uma arquitetura é uma

metodologia geral para projetar a decomposição em módulos particulares,

direcionados a tarefas particulares”.

2.3. Tipologia de Agentes

Existem diferentes critérios para a classificação de agentes. Por exemplo,

os agentes podem ser classificados por sua mobilidade, ou seja, sua habilidade

em mover-se por diferentes nós de uma rede. Segundo este conceito, os agentes

podem ser classificados como agentes estáticos ou agentes móveis. Outra

possível classificação pode ser feita segundo sua arquitetura. Assim, eles

poderiam ser deliberativos ou reativos (também conhecidos na literatura como

reflexivos).

Aqueles também podem ser classificados segundo os diferentes atributos

que possam idealmente exibir. Neste sentido, Hyacinth Nwana [Nwana 96af,

Nwana96b, Ndumu 97, Nwana 98], em seus trabalhos, descreve uma classificação

prática dos agentes (baseado em alguns casos que são os agentes, e em outros,

no papel que eles executam), resultando na seguinte classificação:

Agentes colaborativos: agentes geralmente estáticos, grandes e de

“granulo grosso”, sobre os quais há ênfase na autonomia e cooperação

com outros agentes para executar tarefas em prol de seus proprietários,

em ambientes multi-agentes abertos ou de tempo limitado. Eles podem

ter aprendizado, mas este atributo não é geralmente de maior

importância em sua operação. Para coordenar suas atividades, eles

Page 34:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

34

podem realizar algum tipo de negociação para alcançar acordos

mutuamente aceitáveis. [Nwana 96a].

Agentes de interface: suportam e fornecem uma ajuda própria,

geralmente para um usuário utilizando um programa de aplicação

complexo. Este tipo de agente enfatiza sua autonomia e capacidade de

aprendizado para executar as tarefas em nome de seus proprietários.

Uma metáfora usada para definir os agentes de interface, são os

ASSISTENTES PESSOAIS, os quais estão colaborando com o usuário

no mesmo ambiente de trabalho. Sua cooperação com outros agentes,

se existir, é tipicamente limitada para responder às consultas. [MÃES

94, LASHKARI 94, KODA 96].

Agentes móveis: processos de software com capacidade de

movimentar-se através das redes de longo alcance, como é o caso da

WWW (World Wide Web), interagindo com hosts externos, executando

tarefas em nome de seus proprietários e retornando a sua origem com o

resultado das tarefas executadas. Estas tarefas ou obrigações podem

ser as mais diversas possíveis, desde fazer uma reserva de vôo até

manipular uma rede de telecomunicações.

Agentes de informação: administradores de informação WWW pró-

ativos, dinâmicos, adaptativos e cooperativos que executam o papel de

administradores, manipuladores ou coletores de informação de qualquer

recurso distribuído. [PETRIE 96].

Agentes reativos ou reflexivos: agentes que não possuem

internamente modelos simbólicos de seus ambientes, embora responda

de maneira “estímulo-resposta” ao estado atual do ambiente no qual são

colocados.

Sistemas de agentes heterogêneos: algum software baseado em

agentes que combinem dois ou mais agentes das categorias descritas

acima.

Page 35:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

35

2.4. Linguagens de agentes

Com o desenvolvimento da tecnologia de agentes, uma grande variedade

de ferramentas de software encontra-se disponíveis para o design e construção de

sistemas baseados em agentes. O número emergente de protótipos de linguagens

de agentes é um sinal de que a tecnologia de agentes está sendo desenvolvida.

Woolderige e Jennings [Wooldrige 95] escreveram a respeito:

“Por uma linguagem de agente, entendemos um sistema que nos permita

programar hardware ou software de sistemas de computação em termos de

alguns dos conceitos desenvolvidos pelos teóricos de agentes. Como mínimo,

esperamos que tal linguagem inclua alguma estrutura correspondente a um

agente.”

Como a questão “O que é um agente?” É muito polêmica e não existe um

consenso (e provavelmente nunca exista) com respeito a esta questão, alguns

pesquisadores consideram uma linguagem como linguagem de agentes e outros

podem não considerá-la da mesma maneira. O que é certo é que elas prestam-se

em diferentes graus para diferentes tipos de definições e aplicações de agentes.

2.5 Objetos e Agentes

A engenharia de software baseada em agentes é com freqüência

comparada à programação orientada a objetos, em que os agentes, assim como

os objetos, compartilham algumas propriedades, tais como: encapsulamento,

herança (com certa freqüência) e fornecem uma interface baseada em mensagens

para suas estruturas de dados internos e seus métodos (ou algoritmos). Embora

exista uma distinção importante: na programação orientada a objetos, o significado

de uma mensagem pode ser diferente de um objeto para outro (princípio do

polimorfismo), na engenharia de software baseada em agentes, os agentes

utilizam uma linguagem comum, que tem uma semântica independente dos

Page 36:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

36

agentes, ou seja, os agentes devem ter uma linguagem de comunicação (ACL)

comum de modo que todos possam se entender.

Outra diferença entre objetos e agentes é que um objeto tem uma postura

passiva diante do mundo. Ou seja, um objeto é uma entidade do mundo que

somente recebe mensagens, efetuando um comportamento em resposta a elas.

Por outro lado, um agente tem uma postura ativa, ou seja, é uma entidade do

mundo que possui um ciclo de vida e que durante esse ciclo de vida estará

adquirindo continuamente informações do mundo, através da busca ativa por

mensagens que se encontrarem no ambiente em que está inserido.

As semelhanças que têm os objetos e os agentes possibilitam que algumas

linguagens orientadas a objetos, tais como, Smaltalk, C++ ou Java, se prestem

para a construção de sistemas de agentes.

2.6 Redes de Agentes

Uma rede de agentes é um tipo especial de rede de objetos, na qual são

colocadas restrições concernentes à definição da função de seleção. O que

caracteriza uma rede de agentes frente a uma rede de objetos é que, ao contrário

da rede de objetos, que não institui nenhuma política para a função de seleção, na

rede de agentes tem-se uma política de função de seleção única e distribuída ao

longo da rede. Esta política padroniza o mecanismo de seleção, exigindo do

usuário somente uma função de utilidade que discrimine entre os objetos

disponíveis para consumo, qual seria o mais útil.

Para ilustrar a diferença entre uma rede de agentes e uma rede de objetos,

será dado um exemplo, a seguir, onde pode-se perceber esta diferença. Imagine-

se que queremos modelar o comportamento na tomada de decisão em uma

faculdade para dois departamentos (D1 e D2), quanto ao uso de suas verbas. VE1

representa a verba especifica do departamento D1, VE2 a verba específica do

departamento D2 e VG a verba global disponível da faculdade para a compra de

computadores. Suponha que o departamento D1 já tenha utilizado toda sua verba

específica, possuindo agora somente disponível a verba global da faculdade, que

Page 37:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

37

tanto pode ser utilizada para um departamento como para o outro, mas não por

ambos. Como seria simulado este problema?

Para que uma rede de objetos simule de forma correta esta situação, faz-se

necessária uma política de seleção, que permita decidir como serão consumidas

estas verbas pelos departamentos na compra dos computadores. A definição

desta política é necessária, pois diferentes políticas levarão a diferentes estados

finais para o sistema. Caso a verba global VG seja alocada para D1, tanto D1

quanto D2 poderá comprar computadores. Caso ela seja alocada para D2,

somente D2 comprará novos computadores. Portanto, poderia parecer mais justo

que a verba fosse alocada para D1. Entretanto, suponha que D1 seja um

departamento mal administrado, e já tenha gasto sua Verba específica de maneira

pouco planejada. Neste caso, seria inadequado privilegiar um departamento

nestas condições, favorecendo o imediatismo na tomada de decisões. Uma das

formas possíveis de resolver esse dilema é avaliar as produções científicas (PC1,

produção científica do departamento D1 e PC2, produção científica do

departamento D2) de cada departamento e tomar este valor como critério de

seleção na hora de decidir qual departamento utilizaria a verba global da

faculdade.

A figura 2.1 mostra esse problema sendo resolvido por uma rede de objetos

e por uma rede de agentes. No caso (a), o critério de seleção não aparece

explicitamente na estrutura da rede, exigindo um algoritmo externo que viabilize

sua implementação. Na rede de agentes (b), não há a necessidade de um

algoritmo externo para a função de seleção, visto que existe um mecanismo que

determina a função de seleção de forma única para qualquer problema a ser

modelado. As produções científicas aparecerem então como parâmetros do

modelo e nenhum critério de decisão externo é necessário.

Esse exemplo ilustra as principais características de ambos os modelos. Na

rede de objetos, tem-se maior flexibilidade, permitindo-se que a função de seleção

seja qualquer. Entretanto, o preço a se pagar é a possível ausência de elementos

importantes (o critério de seleção) colocados explicitamente no modelo

desenvolvido, exigindo mecanismos complementares. Na rede de agentes, todas

Page 38:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

38

as informações importantes devem ser incluídas e explicitadas. A desvantagem é

que nenhum mecanismo adicional necessita ser incorporado, ou seja, a rede é

auto-contida em seu funcionamento. Vale sempre a pena relembrar que uma rede

de agentes é uma especialização de uma rede de objetos, ou seja, ela não deixa

de ser uma rede de objetos. Uma rede de agentes pode, entretanto, ser

automatizada.

(a) (b) Figura 2.1 – Exemplos de modelagem do problema. (a) Modelagem através de rede de

objetos. b) Modelagem através de rede de agentes, GUDWIN (1999).

VE1

D1

CC

D2

VE2

VG

VE1

PC1

D1

CC

PC2

D2

VE2

VG

Page 39:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

39

3. Organização Semiótica: Informática sem Computador?

STAMPER (1976) escreveu um artigo intitulado “Informatic without the

Computer” como um resultado de seu trabalho no desenvolvimento do mundo.

Naquele tempo, Stamper esqueceu que a mensagem era insignificante para o alto

desenvolvimento econômico. Mas agora está-se sofrendo de um excesso de

tecnologia sem uma alta qualidade de informações possíveis. Sem um bom vinho,

qual o ponto forte de todas as garrafas com lindos rótulos?

Infelizmente, a informação não irá ter precedência sobre a tecnologia até

que exista um grande entendimento de sua natureza e importância. Esta mudança

na virá com facilidade. Existem grandes corporações produzindo e vendendo

tecnologia da informação. Instituições educacionais dão proeminência para a

tecnologia e seu uso industrial enquanto todos os outros aspectos da informação

vivem em cantos não coordenados dos departamentos Cinderela. Não se podem

mensurar as coisas que somente a informação pode produzir – atenção,

conhecimento, entendimento mutuo, compromisso, valores – assim, os controles

governamentais nos dirige para uma mensuração fácil dos objetivos do

investimento da tecnologia que significam pouco em relação aos benefícios não

materiais da informação.

Organizações semióticas se relacionam com informações e sistemas de

informações de um modo balanceado, levando em consideração tanto as

questões tecnológicas e os aspectos humanos e sociais dos recursos de

informações, produtos e funções, STAMPER (1998). Esta disciplina tem uma regra

central para ser considerada no futuro. A riqueza do campo pode agradar qualquer

um com uma curiosidade, criatividade e um compromisso para a construção de

uma nova ciência. Em relação ao problema do domínio, alguém pode escolher

dentre muitos, diversas metodologias para o problema do domínio.

Page 40:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

40

Este capítulo apresenta uma metodologia primeiramente relativa aos

métodos e ferramentas para o trabalho sobre a semiótica organizacional, ou a

informática vista pelo ângulo social. Existem duas visões. De um lado, será

apresentado um método de entender-se os sistemas de informação de um modo

abrangente de forma que as pessoas obtêm maior valor dela tornando-as mais

significativas e tornando a organização mais efetiva enquanto, ao mesmo tempo,

melhorando o uso da tecnologia – o problema da eficiência.

Vive-se em dois mundos, proximamente ortogonais. Um é o mundo

material. A engenharia difere do artesanato pelo seu crescimento da virtude sobre

a ciência, um corpo do conhecimento e teorias acerca da natureza do mundo e

como ela funciona. Necessita-se ainda muita habilidade da arte, mas sem o

entendimento científico o intervalo entre ferreiro e a engenharia espacial não se

ligam. O crescimento rápido em nossa prosperidade resulta do aumento do

comando sobre os recursos materiais. Mas necessita-se mais da vida do que

objetos e seus simbolismos: dinheiro.

Vive-se também em um mundo não material. Ou seja, o mundo tem

instituições ao invés de construções. Movimenta-se entre relações com os outros,

conversando com os outros e o relacionamento com cada um através da música,

poesia, história, ciências e ficção nas palavras e imagens. Para estas formas da

prosperidade, a revolução da informação adiciona novos deleites como o

ciberespaço e a realidade artificial. O não material deverá florescer e florescer

como nunca antes na era pós-industrial.

A partir da informação constrói-se um mundo não material: um mundo

fornecido com coisas que usualmente tem-se sem a existência de material. A

informação é um recurso paradoxal: não se pode comê-la, não se pode viver nela,

não se pode trafegar sobre ela, mas as pessoas a desejam. Dinheiro é um bom

exemplo, pensando-se excepcionalmente. Dinheiro é justamente um signo que

auxilia alguém para interagir com outras pessoas em um mercado (o qual é um

Page 41:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

41

importante tipo de sistema de informação). Mas dinheiro é de preferência peculiar,

sendo um abstrato substituto para coisas materiais. Muitos dos signos ou

informações que trocamos com pessoas tem um pouco de valor material, mas eles

sempre impõem uma regra na criação (ou ofuscando) o entendimento e fazendo

(ou mudando) relações. Sem importância em quanto materialista uma pessoa é,

sem bons relacionamentos com outras pessoas e vivendo atentamente o mundo

acerca da pessoa, a vida poderá ser vivida dificilmente. Um grande professor

espiritual desde os tempos imemoriais tem demonstrado isto em sua vida

desconsiderando suas possessões materiais e abstraindo de todos a parte física

essencial. Não existe a necessidade de adotar suas soluções extremas para

descobrir que a abundância material e a não material são diferentes.

Os formadores de controles na era pós-industrial levaram isto em

consideração. O pensamento da era industrial tem o valor material como seu

lema. Eles se entusiasmaram sobre a tecnologia da informação como um meio de

gerar ainda mais material em abundância. Eles viram a tecnologia da informação

como um projétil de prata para resolver todos os tipos de problemas

organizacionais que realmente eles não puderam tocar. Eles falaram da

“economia leve”, “vivendo sobre o ar leve”. Eles mesmos recomendaram como

modelos de pequenos empresários o bom consenso para aqueles que tem

conjurado abundância pela Internet sob o titulo de uma tendência louca de ‘south-

sea-tulip’! Eles devem reconhecer o quase desmaterializado caracter da

informação e sua propriedade completamente diferente, em particular, os

materiais são limitados enquanto a informação é virtualmente ilimitada.

Material abundante é alguma coisa que ou você pode ou não se ter. Nosso

relacionamento que não só valorizamos, o produto de nosso consumo, nós

somente temos se nós os possuímos. A apreciação que se deriva do nosso

entendimento do mundo vem do trabalho dos outros que têm informado a nossa

comunidade. Compartilhando que o entendimento adiciona mais do que deprecia

seu valor. Algumas pessoas possuem informação que dá uma vantagem sobre os

Page 42:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

42

outros, mas tais informações sempre nos beneficiam porque elas permite

aumentar o grande compartilhamento da prosperidade de material limitado. Tem-

se algum tipo de informação de preferência igualmente a bons materiais: papéis

moeda e papéis eletrônicos e a propriedade intelectual são os exemplos óbvios.

Talvez as leis, formuladas na era industrial para conferir propriedade quase

material sobre alguma informação, são devidas a um exame se elas não estejam

produzindo os efeitos sociais corretos. Direitos autorais, inventado para assegurar

que os criadores de idéias possam ser encorajados pela recompensa quando

vender suas idéias para os canais de comunicação, o que por outro lado vem

sufocar a criatividade. Adotando-se uma grande visão dos recursos da informação

irá colocar tais questões em uma agenda.

A era industrial vê a informação como outra commodity e a preocupação

com a tecnologia da informação desvia a atenção dos aspectos não técnicos da

informação. Necessita-se uma disciplina de engenharia adequada para manipular

o ‘conteúdo’ humano essencial da informação, talvez teremos então que dar a ela

uma atenção que elas requerem para formular prudentemente para a era da

informação.

Informação, pensada sempre como dependente da parte material, nunca

necessita de grandes e caros recursos. Traduzir os caracteres sobre os tabletes

de argila em registro eletrônicos e a conexão entre o sinal físico e a informação

vem encolher o seu conteúdo a quase nada. A nova mídia totalmente

transformada da realidade dos sinais do signo que são usados e a eficiência com

a qual os processa, mas somente remotamente e gradualmente os faz alterarem

seus conteúdos de informação. Com as tecnologias antigas (discurso, escrita), as

pessoas usam a informação todo dia em modos sofisticados. A nova tecnologia

que tem cortado a conexão entre o mundo material e o não material a um

infinitésimo. As propriedades do não material da informação, por sua grande

invariância, aumento do razoável para uma conjuntura que difere dos tipos de

Page 43:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

43

conhecimentos são necessários para entendê-los. A informação especialista falha

neste ponto se continuar a colocar um foco muito pequeno sobre a tecnologia.

3.1 O Problema da Agenda

Agora serão discutidos os seguintes pontos. Ele começa expondo algumas

deficiências óbvias no tratamento da informação e conceitos relacionados. Ele

revela a natureza da disciplina do sistema de informação e pergunta se deve

encontrar as bases científicas para o estudo da informação e os novos tipos de

engenharia que serão necessárias.

A semiótica, uma doutrina antiga dos signos, nos leva a um maior

entendimento da informação por várias propriedades dos signos. Mas, é

considerada a semiótica um passo além do estudo de como se usa os signos e

sinais para se comunicar com os outros. Também se estuda seus produtos: o

conhecimento compartilhado, a concordância mútua e a instituição que fornece a

parte não material do mundo. Isto adiciona grandemente para a explicação do

poder da semiótica.

A mente industrial vê a informação e a tecnologia da informação como

justamente um modo para “vender mais sabão”. Mas um não contido dirigente

para a eficiência traz downsizing, crescimento disparado da prosperidade,

especialmente entre as nações, a instabilidade global, comércio especulativo, a

violação dos recursos naturais, destruição das culturas tradicionais e outros efeitos

que estão pelo menos dando o alarme. A obsessão com a produção material e o

consumo não irá moderar-se enquanto não forem liberadas as pessoas dos

hábitos da mente do século 19 industrial.

Page 44:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

44

A informação somente contribui para a produção de material

indiretamente. Ela cria o entendimento e relacionamentos pelas quais a

organização e comunidades são construídas. A informação é o ‘material’ de nosso

mundo social. Ela é a matéria prima e o produto. Construindo formas efetivas de

organizações podem melhorar o material com prosperidade, mas a tecnologia da

informação usada para a finalização pode danificar a fábrica social. A

globalização, conduzida possivelmente pela tecnologia da informação, é dirigida

pelas teorias econômicas que nasceram no século 18, maturada no século 19 e

20, mas agora considerada velha para esta era pós-industrial, do século 21:

poderá ser discutida sua adequação. No início, a mão invisível que dirigiu a

economia nos dias de Adam Smith tem crescido instável, largamente porque a

informação pode não mais ser tomada como privilegiada. A ideologia que o

mercado é o instrumento perfeito para a regulação de todos os aspectos da

sociedade ganhou supremacia na década de 80. Mas que a crença vem

incrivelmente sendo atacada na década de 90. A semiótica organizacional trata o

mercado como justamente um, pensando em um importante tipo de sistema de

informação e, como uma de suas responsabilidades de contribuir para o desenho

do mercado usando as novas tecnologias. Isto é justamente uma tarefa para os

engenheiros e arquitetos da informação da era pós-industrial construindo a nova

sociedade baseada na informação.

Falando-se do novo tipo de ‘engenharia’ sugere-se a necessidade de um

modo preciso para tratar a informação e os conceitos relacionados. Isto na

verdade é o que a metodologia da semiótica provê. Será mostrado como isto pode

ser feito. Entretanto, a tentativa levanta um a número fundamental de questões

que podem aparecer justamente como trocadilho filosófico. Será mostrado neste

capítulo, como assumir uma tarefa filosófica e relacioná-las a conceitos, teorias e

métodos com o potencial de considerar o rigor que se está acostumado nas

ciências naturais para o entendimento da informação no domínio social. Isto

acredita-se, justifica o tratamento da semiótica organizacional como “informática

sem computador”.

Page 45:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

45

Este assunto permitirá a alguém analisar e projetar sistemas de informação

inteiramente em termos de três funções de informações humanas: significado da

expressão, intenção da comunicação e a criação do conhecimento. O resultado da

aplicação destes três métodos permite ao sistema de computador ser gerado

automaticamente, pelo menos em forma padrão.

3.2 O Relacionamento Corrente Inadequado da Terminologia com a Informação

Será checado como a “informação” e os termos relacionados estão sendo

usados hoje em dia. Começar com “informação” por si própria. Uma hora em uma

biblioteca, olhando como vários autores a tem definida é justamente alarmante.

Muitos a tratam como um tipo de substância mística, “o sangue vital” da

organização,” produzida pela ‘destilação dos dados’, tipicamente usando o

computador. Isto também reflete o paradigma do ‘encanamento’ ou da ‘engenharia

química’, que expressa muitos quadros mentais do sistema de informação atual.

Metáforas não definem. Mas autores que oferecem definições usualmente falham

porque eles fazem uso destes termos como “significado”, “decisão”,

“conhecimento”, que são mais difíceis de se cumprir do que explicar.

Por que estas definições são importantes? A resposta vem da parte

principal da ciência. Se a linguagem que se usa não permite os comandos,

hipóteses e teorias para serem transladadas em ações ou observações que irão

testá-las, então não estará certamente engajado nos discursos científicos. Será

necessária uma cadeia de definições que se relacionam ultimamente ao ponto

onde a linguagem é então clara e viável que se pode tornar o consenso empírico

de toda a construção.

Page 46:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

46

Mas palavras sozinhas não serão suficientes. Para escapar da circularidade

verbal das definições, será necessário conceito significante que possam ensinar

pela demonstração, que é, pela definição ‘ostensiva’. Isto é como se atravessa à

ponte entre a linguagem e a realidade.

3.3 Uma Ciência Deve Ligar a Linguagem e Outros Signos Tal como as Matemáticas para a Realidade

Notar que já se deparou com um problema chave da informação: das

ligações dos signos lingüísticos para a realidade que está-se falando a respeito. A

filosofia expressa este problema como o da epistemologia. Ela é uma questão

central fora do escopo da informática no computador. Ela se relaciona com outro

problema profundo filosófico, que é o da ontologia.

A posição epistemológica da comunidade informática de computação está

ilustrada pela estrutura de Conceitos dos Sistemas de Informação publicado por

IFIP WG 5.1, Task Group, FRISCO. Este trabalho desenvolvido para prover a

profissão com bases cientificas para o trabalho sobre os sistemas de informação.

Se for lido, atente para o conceito na estrutura da ligação para a realidade em uma

maneira que possa explorá-lo para o teste empírico. Sem uma solução adequada

para este problema, comandos e teorias expressadas em uma estrutura conceitual

não provêem nenhum conhecimento justificado do conhecimento do mundo. Para

estabelecer esta ligação com a realidade, a definição formará uma estrutura de

árvore (sem circularidade) encontrando-se para baixo com os conceitos centrais

que podem ser manipulados com a realidade empírica.

O relatório da FRISCO contém material adequado nos inícios e fins dos

capítulos relacionando-se nesta direção, mas os “capítulos principais” contêm um

sistema de definições que falham em encontrar este critério epistemológico. Ele

Page 47:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

47

contém circularidade (termo definido em termos de si próprio) e quando ele

escapa desta circularidade ele chega em dois termos principais: “percepção” e

“concepções” suportando a construção toda conceitual. Por exemplo, o termo que

se examina agora:

“Informação é o conhecimento incrementado trazido à tona de por uma

ação de recebimento em uma mensagem de transferência, ou seja, a diferença

entre a concepção interpretada de uma mensagem recebida e o conhecimento

antes do recebimento da ação.” E

“Conhecimento é um conjunto consistente suficientemente e relativamente

estável de concepções processadas por atores humanos simples”.

O problema com a percepção e concepção é que elas são primitivas para o

indivíduo e que pode ocorrer na mente. Cada pessoa tem percepção e concepção,

mas não se pode mostrá-las com suas propriedades para outra pessoa. Elas não

provêem uma ponte direta entre a linguagem e nossa realidade compartilhada.

Mesmo os psicólogos, para os quais estes tópicos são legítimos de investigação,

tratam a percepção e concepção com circunspeção. No extremo, POPPER (1963)

desenhou uma afiada linha de demarcação entre a ciência e outros tipos de

conhecimento e colocou as teorias psico-analíticas sobre o exterior porque “elas

simplesmente não estão testadas, de forma irrefutável. Não existe comportamento

humano concebível que pode contradizê-lo”. No outro pólo, CHOMSKY (1957)

expôs o perigo da aplicação do método ultra-empírico do comportalismo de

Skinner para o comportamento verbal. Em algum lugar entre, a manipulação da

percepção pela psicologia e a concepção com grande cuidado como a construção

teórica inferida do comportamento dos objetos experimentais, justamente como a

física trata as partículas elementares. Como a física pode transladá-la por

comandos acerca de elétrons invisíveis em operações sobre objetos em um

laboratório, assim, poderemos tomar os cuidados para transladar dos nossos

objetos “invisíveis” em operações em um domínio empírico da informática.

Page 48:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

48

Portanto, é argüido ter-se mesmo menos necessidade para percepção e

concepção, como noção primitiva, do que na psicologia.

Isto não é considerado pelos cientistas que trabalham dentro da ciência

formal. Nada previne a percepção e a concepção e todas as noções construídas

sobre elas a partir da montagem em um sistema formal. No simbolismo do

conjunto de teorias e lógica proposicional, os cientistas são levados como

observador causal. Mas a matemática e a lógica não são ciências empíricas. E a

informática computacional se relaciona somente com abstratos, estruturas

simbólicas ou com máquinas para armazenar, transmitir e manipular a informação.

Entretanto, é de suma importância para aqueles que trabalham com os

sistemas de informação, com ou sem computadores, que executam funções no

mundo das organizações, sociedade e afazeres ordinários das pessoas humanas.

O conceito FRISCO não reconhece distinção essencial entre, de um lado, jogos de

computadores de crianças e, do outro lado, software’s para os controles da

potência nuclear ou a administração de sistemas de seguridade social. A

informática computacional não tem nada para dizer acerca da maneira de inserir

seus projetos em fábricas da sociedade.

Os jogos matemáticos e lógicos são ficções nas quais ninguém tem alguma

responsabilidade. Mas quando a vida e o bem-estar das pessoas estão

envolvidos, necessita-se conhecer quem é responsável. Jogos pertencem a

domínios da imaginação e são irrelevantes seus dados e programas e resulta sua

decisão ligada à realidade. O servomecanismo que ajusta as hastes em um reator

deverá estar ligado por processos de observação e pela epistemologia justificada

por equações matemáticas, não pela lógica abstrata. O pagamento da seguridade

social deverá ter a autoridade do governo ao lado dela: uma ligação que a lógica

não pode fazer. Você pode jogar o mesmo jogo repetidamente; você pode

escrever todos estes tópicos (pelo menos em teoria) como uma estrutura fixa, no

tempo: o sistema formal não pode distinguir entre o passado e o futuro. No

Page 49:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

49

negócio prático, que é impossível: em uma organização semiótica ou informática

sem um computador, está se relacionando com mudança ligado ao

comportamento humano, escolhido ou experimentado. A verdade empírica,

responsabilidade, autoridade, tempo nas ações das pessoas humanas, justificação

moral, por exemplo, não tem lugar na informática computacional.

Uma estrutura do sistema de informação se adapta para os profissionais

escreverem jogos de computadores e não serem usados por aqueles que

trabalham em potência nuclear e seguridade social. Eles necessitam adotar outros

padrões a mais. A ciência formal que satisfaz a escola da informática

computacional formal é inadequada, por si só. Usada indevidamente, a informática

computacional pode ser um perigo para a sociedade.

O computador não contribui muito mais para se justificar o conhecimento do

que a tecnologia do lápis e o papel. A mera capacidade de armazenar e processar

grandes quantidades de dados (signos) a uma velocidade e baixo custo não

garante sua qualidade. Na verdade, o contrário pode ser o caso. A tecnologia do

papel e do lápis tem sido exposta como frágil de modo a permitir fraudes. Por

outro lado, a coleta de dados armazenado em grandes data warehouse, as

fraudes podem ser expostas – e isto é raro – onde os dados são livres de erro. O

fator tecnológico não provê as respostas. A informática de computadores

convencional é danosa porque é conceitualmente a memória para algumas

questões centrais. Uma delas é confiabilidade da ligação entre os dados e a

realidade. Outra, que se tem encontrado, é a questão da responsabilidade,

definida não como um conceito matemático.

3.4 A Ciência Depende de Comandos Ativos e da Teoria para a Examinação Crítica

Page 50:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

50

O modo com que a ciência forja ligações reais entre a teoria e a realidade é

um dos trunfos da tecnologia da informação. A ciência moderna estava

impossibilitada até que surgiu a tecnologia da informação e um padrão de

organização tal que pode ser usada apropriadamente. A impressão correta de

textos, fórmulas, tabelas e diagramas permitiram uma comunidade

suficientemente grande de leitores qualificados, organizados em sociedades, para

submeter à análise crítica tanto da teoria como do trabalho empírico reportado.

Este retorno, estabelecido sobre o trabalho empírico, transformado em uma

tradição de interesse de especulação em um corpo de conhecimento científico

apto e crescente o qual garante qualidade admitida hoje em dia.

Note que a qualidade da ligação entre a realidade e a linguagem, as

fórmulas, tabelas e diagramas, fazem as diferenças entre a ciência e uma tradição

útil do interesse da especulação. Sem aquela conexão assegurada, outras

pessoas não teriam disponibilidade para prover convencimento, corroboração

empírica ou refutação de um documento. É de se notar também a regra da

responsabilidade pessoal em abrir uma discussão. A comunidade cientifica

poderia imediatamente banir qualquer membro que produziu evidência e uma

ligação corrupta entre suas informações e a realidade. Embora uma estrutura de

informática computacional pode permitir a alguém testar a consistência lógica

interna, que provê a ponte para a realidade.

Daqui para frente este campo de estudo deve começar a estabelecer uma

estrutura de conceitos que suportam a escrutinação crítica do sistema de

informação inserido dentro da fábrica da sociedade. Deve-se construir uma

comunidade acostumada a usar a terminologia de forma precisa, uma

terminologia, além disso, que cobre todas as noções relevantes. A comunidade

deve formular teorias capazes de testes empíricos. Deve-se ter moral justificada

para o desenho que se produz. A comunidade deve ser aberta para todos,

construindo um corpo de conhecimento que seja público, não proprietário,

conhecimento que cresce pelo acréscimo de incrementos devidamente testados.

Page 51:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

51

Nunca se deve sufocar a crítica mas responder a ela seriamente. O conhecimento

formado deste modo merece ser acreditado.

A semiótica não é acreditada por alguns. Outros não se conformam com os

padrões de cientistas escritores honrados. Certos autores que freqüentemente

escrevem acerca da semiótica são de significância especial para a comunidade

porque seu trabalho é popular dentre os grupos de pesquisadores trabalhando nos

aspectos dos sistemas de informação da organização e social. Seus trabalhos

pertencem ao tradicional interesse da especulação que não é inteiramente sem

valor, mas deverá, todavia ser tratado com cautela. Seu ambiente é a escola dos

intelectuais da França que não estão certamente devotados para esclarecer a

precisão que permite críticas de seus argumentos lógicos e testes empíricos de

seus conteúdos.

3.5 Bons Conceitos Primitivos para Permitir a Ponte Entre a Linguagem e a Realidade

Onde a estrutura estabelecida no centro da informática computacional está

errada? Acredita-se que o problema vem de uma falha na construção dos

conceitos primitivos que podem ser definidos ostensivamente. “Informação” não irá

servir como um princípio; ela é um termo vago que tem muitos significados

diferentes. Foi tentado definir “informação” dentro de vários contextos, mas

nenhum satisfatório. O problema somente foi resolvido quando foi descoberto a

literatura sobre a semiótica.

A semiótica, a qual Locke chamou “a doutrina dos signos”, foi imaginada

pelos filósofos Stoic e tem evoluído desde os tempos clássicos no corpo das

idéias para se fazer consenso da sociedade baseada na informação. Ela tem sido

a grande virtude da construção ostensiva do conceito primitivo: a noção do signo.

Page 52:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

52

Considerando que a percepção e concepção irão sempre ser de ordem

pessoal e misteriosa, os signos são por outro lado simples e fáceis de se

relacionar com o domínio inter-subjetivo. Se se desejar explicar o significado de

“signo”, pode-se demonstrá-lo para um número de pessoas, se necessário com

centenas de exemplos concretos. Tudo o que é necessário são as instâncias de

uma coisa posicionada em relação à outra. Estes exemplos de signos podem

incluir palavras e sentenças, luzes de trafego, diagramas, uma válvula na mão ou

uma expressão facial: na verdade qualquer coisa usada para significar alguma

coisa a mais. Isto pertence ao local onde se deseja ver algo e onde se pode

observar o comportamento das pessoas que interpretá-os. O mistério se evapora.

Pode-se então testar que as pessoas podem usar o termo naturalmente. Este

estilo ostensivo da definição assegura que uma linguagem comunitária pode

adequadamente atravessar a ponte entre signos (palavras, quadros, gestos) e a

realidade (as pessoas estão observando coisas). Sobre esta ponte pode-se entrar

com o domínio da ciência genuína.

Tem-se argüido em favor da percepção e da concepção como uma noção

primitiva de que mesmo os físicos fazem uso. Será falado sobre elas quando for

falado sobre as idéias proposta neste texto. Estes termos pertencem à meta-

linguagem de todo dia na qual fala-se acerca de comunicação com outra pessoa.

Elas não pertencem à linguagem objeto da física ou qualquer outro aspecto,

exceto talvez para a psicologia. Mas mesmo os psicólogos, como foi expresso

acima, e todos os cientistas que possam usar estes termos o fazem com muita

cautela. Fora da psicologia, eles certamente não são parte dos objetos principais

das outras ciências, muito especificamente a física. O objeto linguagem da física

permite se falar acerca de corpos físicos e propriedades físicas de corpos e

eventos e as propriedades dos corpos e eventos. Mas os físicos e outros cientistas

naturalistas não estudam são as próprias informações dos processos enquanto

fazem seu trabalho em seus domínios de trabalho. Eles pregam que eles podem

usar informações de todos os modos, tal como fazer e reportar predições e

Page 53:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

53

observações. Quando eles questionam a confiabilidade do aparato e do contexto

físico no qual a observação é realizada, eles estão se relacionando com questões

da ciência natural. Quando eles estão checando a confiabilidade e honestidade

das pessoas armazenando registros ou quando eles pesquisam banco de dados

para resultados de outros experimentos, eles não estão fazendo física, embora

estejam agindo em regras de bem, criticamente pensada pelos cientistas. Quando

eles inserem os dados empíricos em modelos teóricos e resolvem equações

diferenciais, eles provavelmente concordam que estão fazendo matemática.

Discussões acerca do princípio refutacional de Popper, por exemplo, pertence à

filosofia da ciência, não para a ciência em si própria. Fazendo física não significa

observação introspectiva, desse modo a percepção e a concepção não têm lugar

na linguagem-objeto da física. Ninguém, estudando informática nunca deverá

confundir linguagem-objeto com a meta-linguagem.

Quando os especialistas de informática olham para o trabalho dos físicos, a

linguagem-objeto permite se falar acerca do processo de armazenar observações,

os registros de si próprio ou as coisas feitas pelos cientistas com tais informações,

tal como estabelecendo e comunicando os significados dos termos que eles usam.

Eles estudam os signos e os processos dos signos empregados na comunidade

cientifica. Eles podem desenhar modos de armazenar e recuperar dados

experimentais ou do processo de suporte da argumentação sobre a Internet. Estas

investigações sobre os signos (informação) que as pessoas usam em seus

trabalhos podem ser conduzidas sem a introspecção. Pode-se ainda usar

“percepção” e “concepção” nesta vaga metalinguagem para se falar de

comunicação entre pessoas, mas estes termos não têm mais reivindicação para

ser colocada na linguagem-objeto da informática ou semiótica organizacional, do

que se tem na física.

3.6 Informações e outras propriedades dos signos

Page 54:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

54

Valor Social – compartilhar entendimento HUMANO Pragmático – intenção Semântica – significado dos tipos de signos

Sintática – formas dos tipos de signos e manipulações sobre eles TÉCNICO Empírico – estatísticas do conjunto de sinais de signos em uso Material – físico e econômico do fenômeno que pode servir para concluir signos

Custo

Justamente como os físicos pesquisam acerca de várias propriedades dos

corpos, a semiótica pesquisa acerca de várias propriedades dos signos.

Afortunadamente pode-se separar os estudos das propriedades dos corpos como

estática, dinâmica, elétrica, magnética, ótica, térmica. Em cada caso pergunta-se

por vários tipos de questões e uso de diferentes técnicas de observação e

experimentação.

Bem, pode-se fazer o mesmo com os signos. A estrutura abaixo identifica

seis braços da semiótica. Cada um deles se relaciona com um conjunto limitado

de questões. O arranjo em forma de escada expressa a idéia de que se tem é

construir um nível com os elementos do nível inferior até que se chegue em nível

onde os signos possam expressar seus valiosos significados.

As propriedades mais básicas dos signos são as físicas. Todo signo tem

uma forma física e gera custos para seu armazenamento, transmissão e

processamento, se por máquina ou por pessoa. Este é o nível onde os custos

acontecem. O problema aqui é o equipamento onde os sinais dos signos possam

ser construídos para servir às pessoas usando vários equipamentos.

Figura 3.1 – A escada da semiótica, STAMPER (1999).

Page 55:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

55

Justamente tendo um fenômeno físico, a exploração não é suficiente. Tem-

se a habilidade de usá-los para a construção de tipos e padrões reutilizáveis. Por

exemplo, usam-se a tinta para se escrever no papel para formar caracteres

alfabéticos ou códigos de barras ou tonalidades de cinzas para formar figuras;

usa-se as turbulências do ar para formar notas musicais ou fonemas, etc. Uma vez

tendo-se estes tipos de signos pode-se examinar os equipamentos que geram

estas cadeias de signos que são reconhecidas pelos seus tipos e pode-se

começar a investigar suas propriedades empíricas no segundo nível. Neste nível

não interessa o signo simplesmente, mas somente no conjunto deles no uso

repetitivo. Qual a chance de se esquecer o tipo de um sinal? Quantos se pode

transmitir por segundo e qual o risco de erro? Tais questões levam à questão de

como otimizar o uso de canais, por exemplo. Neste nível, o problema central é

como desenhar os esquemas de códigos que tornam mais eficiente o uso dos

recursos físicos que estão à disposição. A engenharia da comunicação e, para

alguma medida, os psicologistas experimentais trabalham principalmente neste

nível. O intervalo da engenharia de controle chamada cibernética pertence a este

nível de análise porque ela se relaciona com ciclos de sinais de signos; por

exemplo, a mensuração da performance de uma máquina é passada para uma

máquina que decide como controlá-la, a máquina então reconhece e aplica esta

outra cadeia de sinais. Mas deve-se ser cuidadoso: empírico e cibernético aplica-

se a máquinas, organismo e sociedade, mas somente quando puder relacionar-se

com cadeias de signos de signos repetitivos.

Sintática, semântica e pragmatismo (assim chamado por Charles Morris)

são os braços da semiótica. Tentando-se entender informação na organização,

reconhece-se a necessidade de estender a estrutura de Morris para uma visão

ilustrada pela figura 3.1 para considerar o custo e o valor da informação. Os

custos vêm do material e energia consumidas para fazer e processar os sinais dos

signos e seu uso eficiente podem ser empregados para a solução de problemas

de codificação. Os aspectos físicos e empíricos dos signos certamente pertencem

Page 56:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

56

a uma estrutura para a organização semiótica, embora eles são de interesse

marginal para os lingüistas e os filósofos.

Sintática é o terceiro nível. Ela se relaciona com os aspectos dos signos

considerados somente como estruturas para ser designadas, construídas,

desmontadas e manipuladas. Ele mostra as propriedades de tipos de signos, não

sinais de signos e as regras de governança de suas formações e transformações.

O computador é pré-eminentemente o instrumento para mecanizar as funções dos

signos neste nível. Este é o domínio de programadores e analistas de dados,

desenhando a lógica e a matemática. A idéia fundamental vem da ciência formal

interessada com a forma de estruturação e manipulação, especialmente a da

lingüística.

Um dos pontos chaves expressados pela escada da semiótica é de

interesse na divisão entre a função do signo e um tipo técnico e aqueles

essencialmente de uma pessoa humana ou caractere social. A atenção será

focada sobre o técnico tendendo-se a negligenciar os outros três níveis. Acredita-

se que estes fatos causam muitas das numerosas e dispendiosas falhas de

sistemas no desenvolvimento econômico e, em qualquer lugar, ela despoja os

investimentos de TI. A seguir será dada uma atenção aos aspectos humanos e

sociais. Signos da mais alta qualidade técnica podem ser sem efeito, sem

propósitos e incapazes de produzir alguma coisa de valor. Para se adicionar

qualidades aos signos deve-se adequá-los aos três níveis semióticos.

Semântica se relaciona com a capacidade dos tipos de signos suportarem

outras coisas. Aqui se investiga o significado, mas o “significado”, por si só, tem

muitos significados. As conexões entre palavras, números e outros signos e o que

se chama ‘realidade’ confere o poder para usar a informação para se chegar aos

objetivos. As máquinas não podem produzir significados; e somente em um

consenso trivial os indivíduos podem criar significado. Eles são essencialmente

sociais em personagens. Todavia, as escolas exerceram muita influência sobre a

Page 57:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

57

semiótica no domínio da informática computacional tentando evadir a semântica

pela redução dela ao braço da sintática e evadindo o problema da desordem da

‘realidade’.

Pragmática se relaciona ao uso de sinais de signos para influenciar as

ações e pensamentos e outras pessoas. Neste nível foca-se sobre as intenções

além daqueles atos de comunicação e sobre as funções da linguagem. A teoria

dos atos do discurso direciona para o estudo da conversação que cria um

entendimento mútuo ou concordância, pelo menos quando ele tem sucesso.

Novamente as máquinas não podem prover o ingrediente essencial: a intenção

dos agentes humanos.

Pode-se dizer muito do interesse acerca dos signos (informação) dentro

daquela limitação, ou seja, falhas de interpretação, mas finalmente alguém pode

perguntar: “so what?”, porque não se falou acerca do valor gerado pelos produtos

da informação. No próximo parágrafo será falado sobre o domínio da organização

semiótica.

No nível social será examinado o que a informação faz. Ao ouvir ou ler o

significado intencional dos signos, uma pessoa o interpreta, resultando em sua

mudança ou confirmação de algum de seus conhecimentos. Conhecimento, como

se define, consiste de atitudes particulares e as normas de um personagem

universal que governa a conduta, direta ou indiretamente. Ele simplifica o assunto

para reconhecer que atitudes são justamente coisas simples de normas. Os

signos não produzem valor até que eles afetam as normas de um grupo ou a

atitude de indivíduos. A semiótica que exclui normas e atitudes como formas de

informação poderia ser igual à física com o conceito de energia, mas sem o

conceito de massa!

3.7 ‘Informação’ – O que Ela Significa?

Page 58:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

58

Quando na década de 60, foi necessário encontrar uma definição precisa

de ‘informação’, para melhor desenhar sistemas de informação, existia dois tipos

de literatura sobre o assunto. As pessoas no campo do sistema de informação

baseado em computador usaram o termo de uma maneira que foi criticada. Por

outro lado poucos autores produziram uma variedade de definições rigorosas. Um

braço da literatura na USSR, estava bem relacionada à teoria da informação,

apesar de ser pequena, embora importante preocupação com as estatísticas das

propriedades das cadeias de sinais. Foi escolhido chamá-la de ‘empírica’ dos

signos como a mais apropriada para delinear seu escopo. Mas mais importante,

os autores sobre semiótica emergiram como os únicos com uma estrutura

unificadora satisfatória para a investigação sobre a definição da informação.

A mais elementar idéia acerca da semântica dos números aplica-se ao

problema do significado da ‘informação’. Claramente, porque se pensa acerca de

quantidades de informação, trata-se dela intuitivamente como alguma coisa que se

pode mensurar. A teoria da mensuração distinguiu entre o fundamental e a

mensuração apontada. Para mensurar propriedades de um modo fundamental,

deve-se, a) de forma não equivocada identificar a classe de coisas que se deseja

mensurar, b) encontrar procedimentos operacionais para relacionar os membros

da classe uns com os outros e c) mapear os resultados na forma de uma estrutura

relacional dentro de um sistema numérico isomórfico. As propriedades dos

números que se obtém espelha as propriedades da mensuração vistas como uma

estrutura relacionando as coisas que se deseja mensurar. Por exemplo, os pares

de objetos sólidos portáveis podem ser comparados operacionalmente colocando-

os sobre uma balança para encontrar qual deles é mais pesado (aos objetos mais

pesados são dados números mais altos para espelhar a ordem relacional). Alguns

objetos têm o mesmo peso como revelado pela balança dando números iguais

para ambos. Podem-se adicionar objetos compostos, os quais podem exatamente

ser pesado como objetos simples. Questão: pode-se encontrar mensuração

fundamental de informação ou talvez mensuração derivada, a qual é justamente

Page 59:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

59

um passo aritmético da mensuração fundamental (ou seja: massa/volume =

densidade)?

Pode-se, de fato, mensurar probabilidade em vários modos fundamentais

diferentes e de cada um derivar uma mensuração distinta de informação.

Intuitivamente, elas estão conectando idéias: assim uma mensagem banal

(conjugue, em um retorno para casa: “existe uma xícara de chá sobre a mesa...”)

expressa muito mais informação do que a própria mensagem (“.... e o primeiro

ministro está esperando para falar com você.”) Assim, existe um prospecto de

probabilidade de mensuração de vários modos e de cada um derivar uma

mensuração diferente de informação.

Em cada caso, primeiro, encontra-se precisamente o que se deseja

mensurar – diferentes conjuntos de coisas sobre cada nível semiótico. Então tem-

se que definir os procedimentos operacionais para compará-los. Sobre o nível

físico mensura-se os sinais dos signos, sobre o nível empírico, ordenam em

cadeia os sinais, sobre o nível sintático, tipos de signos em linguagem formal.

Assim, torna-se claro que a ‘informação’ serve somente como um identificador

vago para um conjunto distinto, preciso de propriedades. Isto, de forma não

equivocada, regula a formação de informação como um conceito primitivo para a

ciência.

Têm-se feito importantes investigações desde então, por exemplo, DEVLIN

(1991). Assim, agora tem-se a disposição pelo menos um conjunto preciso de

tipos de mensuração de informação (= significado de ‘informação’). Na opinião

geral existe a esperança de construção da ciência da informação grande o

suficiente para o entendimento organizado do comportamento até que se

rotineiramente distingui estes significados. Esta introspecção sozinha deverá

elevar a semiótica a uma posição central estratégica para o estudo dos sistemas

de informação e eliminar as tecnologias perdidas que estão bloqueando o

progresso.

Page 60:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

60

3.8 O Significado de ‘Significado’ e a ‘Comunicação’

Deve-se continuar na arrumação de nosso vocabulário. Dois objetivos são:

“significado” e “comunicação”. A explicação destes dois termos deve começar com

qualquer noção intuitiva que se tem, entretanto vaga. Constrói-se então

operacionalmente o significado preciso. Diferentes operações sobre diferentes

coisas levam a uma variedade de significados. Em cada caso, tem-se que ser

realmente claro quanto às coisas que está se operando e exatamente qual

operação está se executando. Isto previne a formação de uma falha comum ao se

perguntar “O que é o significado de X?” E assim embarcar sobre o filosófico caso

do ganso selvagem na procura de um único significado que não existe. Ao invés

pergunta-se “O que faz as pessoas pensarem quando elas usam o termo X?”.

Vamos começar a analisar estes fatos na figura 3.2. A primeira linha

identifica os diferentes significados de ‘informação’, ‘comunicação’e ‘significado’.

No nível físico, os signos são distinguíveis por sinais físicos e pode-se mensurar

quanta informação tem-se contida nele. Freqüentemente se diz: “existe uma

grande quantidade de informação – dois terabytes!” Estas medidas eletrônicas,

magnéticas ou óticas chamam-se de ‘bytes’. A segunda coluna se relaciona com

‘comunicação’. Certamente, fala-se se quartos ‘comunicando-se fisicamente’ um

com o outro. Fala-se de comunicação no campo da informática pode ser acerca de

equipamentos fisicamente ligados de vários modos. Por exemplo, um veículo

carregando um computador comunicando sua vibração para uma impressora

levantando o problema de como isolar o carro desse barulho mecânico.

Similarmente, o sol fisicamente se comunica com as pessoas que estão ouvindo

um programa de radio em canal de radio AM. Um equipamento comunica com

outro no nível físico quando uma cadeia causal de fenômeno físico liga-os entre si.

Indo para a terceira coluna da figura, pode-se definir o significado como o atual

Page 61:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

61

INFORMAÇÃO COMUNICAÇÃO SIGNIFICADO Significado Tokens Conexão entre Efeito físico causado equipamentos pelo outro Empírico entropia informação mútua resolução do sinal da equivalência do do código Sintático inf e cont cadeia de inferência implicações Semântica ? ? ?

efeito causado no nível físico. Isto se encaixa ao uso comum: “pressionando a

chave significa que a luz se acende”. Pressupõe-se a comunicação entre

equipamentos, mas o significado físico se refere ao tipo de signo. Reescrevendo-

se o circuito, a operação de chaveamento poderá dar um significado ligeiramente

diferente.

Note que fica claro que estas definições não são somente as verdadeiras.

Em muitos casos examinados aqui existirão muitas outras possibilidades.

Figura 3.2 – Muitos significados operacionais, precisos e diferentes, STAMPER (1999).

A seguir: o nível empírico supre um mais preciso, bem estabelecido

significado operacional, todos se aplicam ao conjunto de sinais de signos de um

conjunto fixo de tipos e signos. Assim, mensura-se somente as fontes de

Informação que mostra as cadeias de caracteres alfabéticos com a probabilidade

de que sejam estáveis em intervalos longos suficientemente. Entropia, o resultado

da mensuração da informação, é demasiadamente familiar para se discutir aqui.

Uma fonte X comunica-se com a fonte Y se, observando-se um deles, pode-se

fazer pensar no comportamento do outro não somente adivinhado; a estática

chamada de ‘informação mutua’ mensura isto. Considerando as cadeias de sinais

Page 62:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

62

físicos, existe sempre um problema de resolução. Lendo-se a carta ótica pode-se

decidir se a próxima letra será um D, um O ou um Q. O significado do que você vê

é fixado pela sua escolha. Outro significado de ‘significado’ sobre este nível é

encontrar-se o livro de código que mostra as equivalências entre os tipos de

signos. A primeira destas definições pode pertencer ao físico e a segunda ao

semântico, mas não será levada adiante esta discussão.

As definições sobre o nível sintático todas se aplicam aos tipos de signos e

suas estruturas formais. Foi introduzido as mensurações inf e cont. chamadas de

mensurações de ‘informação semântica’ mas, por causa da operação envolve

conexão de tipos de signos no mundo real, somente para outras estruturas

formais.

Como sempre, o ponto inicial é uma classe definida precisamente de coisas

para ser mensurada, neste caso, fórmulas bem formadas a partir de uma

linguagem formal com um vocabulário finito, tal como uma lógica simples. Esta

linguagem formal permite um grande, mas finito número de comandos

elementares para serem usados. (Se os termos da linguagem tem significado,

estes deveriam ser comandos acerca do mundo real, mas a conexão é irrelevante

para esta mensuração.) Dado uma mensagem, que pode ser complexa, irá ser

consistente com alguns daqueles comandos elementares e inconsistentes com os

outros. Pode-se gora inventar qualquer número de mensurações diferentes da

probabilidade lógica pelo assinalamento de uma probabilidade para cada sentença

elementar. Então uma alta mensagem provavelmente irá ser consistente com

muitos comandos elementares. Então, adicionar estas probabilidades para se

encontrar a probabilidade da mensagem. Assim, uma mensagem que regula a

verdade de muitas outras possíveis expressões nesta linguagem formal, irá ter

uma alta mensuração de informação comparada com uma mensagem que deixa

muitas outras possibilidades inalteradas. Foi construídos dois conjuntos diferentes

de mensuração de informação derivados da lógica probabilística, o conjunto inf e

Page 63:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

63

cont que captura, de preferência, diferentes aspectos intuitivos de todas as noções

de informação.

Para se explicar ‘comunicação’ sobre o nível sintático, note que operações

lógicas válidas sobre a estrutura sintática transformam uma expressão em outras.

Duas expressões diretamente ligadas comunicam-se sintaticamente. Certamente

fala-se acerca de comandos sendo logicamente conectados. Uma definição

folgada terá duas expressões comunicando-se se elas implicam uma terceira

expressão não trivial. Para se conhecer totalmente o que uma expressão significa

sintaticamente, deve-se conhecer todas as suas implicações. Elas podem

constituir um conjunto infinito – uma solução enrascada! Algumas linguagens têm

formas canônicas, então, o que se pode definir o significado de uma expressão

como a forma canônica particular dentro da qual ela pode ser transformada. Por

exemplo, muita expressão na lógica proposicional pode ser reduzida para sua

forma normal disjuntiva, a qual é uma cadeia de comandos elementares juntados

por “ou”. Todas estas definições sintáticas podem ser aplicadas para expressões

de um modo isolado ou relativo a um ‘banco de dados’ de conhecimentos prévios.

Note que estas definições não tem nada com a representação física ou

propriedades estatísticas ou o que os tipos de signos referem-se ao mundo real ou

como alguém os usa.

Definindo ‘informação’ e ‘comunicação’ se tem mais dificuldade no nível

sintático e acima: onde se tem o ponto de interrogação. Para se completar a figura

3.2, deve-se relacionar o significado de ‘significado’ sobre o nível semântico, então

pode-se sugerir definições operacionais sobre os níveis semântico, pragmático e

social.

Todavia, pode-se já começar a ver a importância da terminologia precisa

para o estudo da informação na organização e sociedade. Existe uma analogia

fechada entre esta disciplina emergente, apresentada neste tópico, e a física do

período médio. Nos dias antes da ciência moderna, pesquisadores usaram a

Page 64:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

64

noção de uma ‘força vital’ para considerar as propriedades dinâmicas dos corpos

físicos. Mas, gradualmente, sobre os últimos duzentos anos, esta idéia intuitiva era

explicada como um fardo de propriedades com significado operacionalmente

preciso: energia cinética, energia potencial, momentum linear, momentum angular

e inércia. Imagine fazendo física sem estes conceitos! Nivelando para o pior,

considere somente sendo possível se falar do tamanho do objeto, sem distinguir

seu comprimento, volume, peso, massa, área etc. O que é exatamente para onde

caminha este campo da informação. Para o ‘objeto’ substituir o ‘signo’ e para o

‘tamanho’ substituir a ‘informação’ e para ‘comprimento’, ‘volume’, ‘peso’, ‘massa’

e ‘área’ etc. A ‘informação’ não esta mais aparelhada para construir as teorias

informáticas do que ‘tamanho’ na formulação das teorias na física!

3.9 O Significado do ‘Significado’

Computadores não operam com significados. As pessoas sim. A semiótica

organizacional não terá progresso sem um tratamento preciso deste conceito.

‘significado’, como já se viu, tem potencialmente muitos significados diferentes. No

nível da semântica eles têm vários. Intuitivamente, cada um deles é um

relacionamento entre um signo e o que ele representa.

Signo --------------------------- SIGNIFICADO ---------------------------- Coisa (representação) (ligação) (realidade)

Então, primeiro de tudo, deve-se tornar claro o que são os signos e as

coisas de que estamos falando. Aquilo que se parece um simples passo leva-se

imediatamente para dentro de uma profunda questão filosófica: a questão do que

constitui ‘realidade’, sobre do lado direito da figura.

Page 65:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

65

Uma concordância sobre esta questão metafísica é chamada uma

‘ontologia’. Uma escolha da ontologia então determina a linha ao longo da qual

alguém está pensando, portanto pode atravessá-la. Diferentes rastros servem

diferentes linhas de pensamento. Para a organização semiótica deve-se tomar a

decisão cuidadosamente. Infelizmente, as opções normais são todas impróprias.

Os pesquisadores da área de informática de computador consideram as

seguintes concordâncias:

Coisas – são sempre outros signos

Signos – estes podem ser qualquer tipo que os computadores pode

armazenar e manipular.

Estas limitações simplificam seu trabalho. O significado computacional de

uma expressão formal pode ser o que ele pode mapear dentro de um outro

formalismo. Uma ontologia deste tipo auxilia a pensar na manipulação da cadeia

de caracteres ou a interpretação matemática dos processos computacionais

(denotação semântica). Como a computação se considera contida em um mundo

de signos, chama-se isto de uma ontologia normalista.

Os matemáticos confessam em adotar uma ontologia do realismo platônico

onde:

Coisas – são abstrações em um mundo de objetos matemáticos que a

mente percebe diretamente.

Signos – são expressões matemáticas.

As linhas paralelas, círculos e triângulos podem ser visto não mais como

figuras sobre o quadro, péssimas imitações das linhas paralelas, círculos e

triângulos que a mente pode ver (para parafrasear a famosa metáfora de Platô).

Page 66:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

66

Esta ontologia relalística auxilia quando se está provando um teorema

matemático.

Os lingüistas comumente usam outra ontologia:

Coisas – conceitos na mente do orador e os ouvintes.

Signos – expressões lingüísticas no contexto onde as pessoas as usam.

Isto parece adequado para muitas discussões ordinárias da linguagem. Um

bom nome para esta ontologia é conceitualismo.

Os cientistas naturalistas pensam usando computadores e matemática,

empregam uma quarta ontologia na qual:

Coisas – são objetos que existem todos por si próprio, independentemente

de qualquer observador.

Signos – são qualquer palavras, números, diagramas ou outro equipamento

para a construção de modelos.

Assim, eles podem ver-se como construindo modelos e teorias que

descreve estes objetivos da realidade que podem ter existido por todos os tempos.

Eles têm garantido que a linguagem e outros signos que usam em uma janela

transparente sobre o mundo que os interessa. Esta ontologia foi favorecida pelo

positivismo lógico. Chamando de objetivismo.

Para a semiótica organizacional nenhuma destas quatro opções não serve.

Nominalismo está fora porque somente concerne o mundo auto contido dos signos

e o problema envolve, por exemplo, os biscoitos e as pessoas que os comem e

contratos para vendê-los. O conceitualismo e o realismo estão fora: ambos

explanam o significado em termos de objetos inacessíveis para o estudo empírico

e tem-se que se convencer às pessoas para o negócio prático acerca dos

Page 67:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

67

significados. O objetivismo parece ser possível até que algo noticia que ele não

pode se relacionar com as coisas que não mais existem (eventos passados) ou

pode nunca ter existido (planos). Que não é problema quando se está trabalhando

com as teorias cientificas relacionadas com um conjunto de tempo de leis, as

quais podem sempre ser testada no presente. O negócio prático (pagamento de

taxa, retirando a hipoteca) relaciona o passado com o futuro da realidade e

quando eles fazem o modelo dos eventos do passado e futuro, os cientistas

adotam o realismo como sua ontologia e o pensam como os matemáticos pensam.

Pode alguém conceber para outro, uma ontologia completamente diferente?

Esta questão gradualmente força por si própria a um agrupamento de

pesquisadores em um programa de pesquisa que começou em 1971. Esta

pesquisa moveu-se com dificuldade até que se encontrou a resposta. A teoria de

repertório de comportamento de James Gibson, um psicológico perceptivo

encontrou o caminho. Ele argumentou que nenhuma criatura pode justamente

olhar e ver uma realidade objetiva existente. Ao contrário, ele constrói seu mundo

tomando sentido dos estímulos – visual, auditivo, do olfato, térmico, tácito –

bombardeando-o do nada e sentir algo de dentro – anestésico, hormonal e apetite

– que se comportam de vários modos. Deve-se aprender o repertório do

comportamento que auxilia na sobrevivência. Um coelho deve descobrir quando a

providência do mundo permite-o esconder, correr rapidamente, escavar, comer e

assim em diante. O coelho não simplesmente abre seus olhos para ver o mundo

real. Em uma vasta confusão de estímulos ele deve encontrar estruturas

invariantes para tomar senso de seu comportamento. Estes são repertórios de

comportamentos que ele pode empregá-lo repetidamente. Para as coisas

humanas também, estas disponibilidades, repertórios de comportamentos

invariantes constitui somente a realidade percebível. No nível físico aprende-se

sobre eles muito na infância e considera-os como grandes pedaços de uma

realidade objetiva. Mas então adiciona-se incrementalmente invariantes sociais – o

Page 68:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

68

repertório de comportamento torna-se disponível para as pessoas humanas pela

cultura da qual as pessoas são membros. Assim, tem-se como:

Coisas – repertórios invariantes de comportamento, ou substantivo

repertório de comportamento ou normas sociais.

Signos – qualquer coisa, mesmo totalmente arbitrária, que pode suportar

outras coisas.

Esta ontologia trata a realidade como uma configuração de

comportamentos invariantes. Estes não têm existência independente (sem

objetivo) que pode ser demonstrado ostensivamente (sem conceitos) incluindo

coisas que não são signos (não justamente nome) e são sempre concretamente

instanciada (não em uma realidade abstrata).

Um repertório de comportamento substantivo aparece de uma junção de

funcionamento do organismo e seu ambiente. O organismo e o ambiente não

podem ser separados exceto arbitrariamente. Assim, o ar que respiramos é

indispensável para nossa sobrevivência e nossa saúde. Um repertório de

comportamento social aparece das normas compartilhadas com as outras pessoas

do mesmo domínio. Estes repertórios de comportamentos são aqueles que tornam

as pessoas humanas e não animal. O conjunto rico de repertório de

comportamento que se adquiri através do engajamento na sociedade, através das

gerações, o comportamento usual e a percepção que seus membros tem

descoberto.

Foi proposta nominar esta ontologia de realismo. O nome enfatiza a) que,

para todos os intentos e propósitos, sem um ator não existe realidade, b) para se

conhecer o mundo o ator deve agir, c) que somente a realidade existe aqui-e-

agora, o mundo atual e d) o agente que tem que detectar os invariantes que deve

Page 69:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

69

ter a responsabilidade para si. Esta ontologia implica um novo tipo de lógica

realmente.

3.10 Uma Lógica de Normas e Repertório de Comportamentos

Adotando-se qualquer ontologia tem-se grande efeito. Normalmente noticia-

se profundamente esta concordância metafísica adotando-se tacitamente a

ontologia que serve o trabalho (matemática, física, computação, lingüística,.......).

A ontologia real vincula um profundo deslocamento no modo que se fala do

mundo. Considerando-se a comparação feita, o objetivismo tem tido um maior

desenvolvimento de uma linguagem formal para representar as coisas no mundo

(como considerado em maneira objetivista!).

O objetivista usa a lógica do predicado com várias extensões. Este trata o

mundo como composto de indivíduos nominais (João, Jose e XYZ etc). Todas as

suas propriedades e relacionamentos são justamente conjuntos de indivíduos

(crianças = {João, Jose}) ou conjuntos de pares ordenados (amor = {[Jack, Maria],

[Maria, Jack]}). Assim, eles constroem modelos de seus objetivos,

independentemente de alguém no mundo.

Se somente a realidade conhecida consiste de repertório de

comportamento – aqueles repertórios invariantes de comportamentos que os

agentes atuais podem reconhecer e aceitar a responsabilidade para – então algum

comando acerca do mundo deve indicar o agente que faz o conhecimento e o

padrão de comportamento que ele envolve. A sintaxe de uma sentença acerca do

mundo deve incluir estes dois elementos:

Comportamento agente

Page 70:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

70

Por exemplo:

João levantou-se

Se desejar conhecer se isto é um fato, deve-se conhecer quem endereçou

este fato, João, porque alguém registrou quando ele iniciou levantar-se e quando o

fato se concretizou. O que distingue levantar-se, de alguma coisa mais no mundo

é que ele abriu um repositório de comportamento que não está disponível, por

exemplo, alguém estava sentado. Quando alguém se levanta, permanece um

agente, mas alguma coisa foi modificada neste agente:

(João levantou-se)

É a expressão para aquele agente modificado, que está apto para apreciar

outro repertório de comportamentos:

(João levantou-se) e andou

Por exemplo. Esta sintaxe simples – comportamento do agente – é aplicada

recursivamente.

Isto entalha um comando conceitual que as pessoas freqüentemente

encontram dificuldade para aceitar. Alguém deve tratar alguma coisa como um

repertório invariante de comportamento. Este paradigma é essencial. Por exemplo:

está-se acostumado a pensar que uma xícara como um objeto construído para

que permaneça sobre uma bandeja em uma cadeira alta de criança que está

começando a andar, um pensamento que a Emilia pode perceber justamente

abrindo seus olhos para olhá-la. Mas na ontologia real a Emilia tem que descobrir

a xícara como um significante, repertório invariante de comportamento. Ela faz isto

fazendo coisas. Ela bate a xícara, nota que o objeto pula, agarra-o, levanta-o, bate

ele na cadeira, inclina-o, coloca leite nele, derrama o seu conteúdo, toma o seu

Page 71:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

71

conteúdo, arremessa-o em seu papai. Mais tarde, ela irá aprender outros

repertórios de comportamentos, o som ‘xícara’ e conecta-o a este fato de beber

com este objeto em um suporte para um relacionamento. Então, não se tem

encontrado uma exceção para a regra que todo significado do mundo é usado

como uma identificação para um repertório invariante de comportamento.

Considerando uma extensão desta idéia. Algumas vezes uma combinação

de repertório de comportamento abre novas possibilidades:

João lapis e João papel

Juntos fazem sentido de repertório de comportamento

João (lápis enquanto papel)

Para criar-se o agente modificado

(João (lápis enquanto papel))

Apto para apreciar o repositório adicional do comportamento

João (lápis enquanto papel) desenha

Notar que o agente deve sempre ser algo particular. Um agente nunca é

justamente uma instância especificada de algo universal como uma pessoa. Sem

aquela restrição alguém não pode checar o fato consultando o agente responsável

por ela. Esta posição defere daquela de um objetivista que não relaciona o mundo

“out there” como a responsabilidade de alguém. O realismo insiste que algum

agente suporte a responsabilidade por qualquer característica do mundo, como se

conhece.

Page 72:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

72

Está-se construindo a sintaxe de um formalismo com algumas propriedades

novas. Chama-se ela de pró-lógica porque ela promete, com mais investigação,

tornar-se a linguagem na qual pode-se fazer inferência. Mesmo em sua forma

inicial ela permite fazerem-se modelos simbólicos do mundo baseado na ontologia

realista. Chama-se ela de “Norma”, uma linguagem de normas e repertório de

comportamento.

3.11 Dependência Ontológica

A Norma introduz uma nova propriedade lógica, que é a dependência

ontológica. Ela torna explícita que alguns repertórios de comportamento podem

somente existir durante a coexistência de outros. Esta simples noção traz dentro

da lógica um instrumento para capturar os componentes mais estáveis da

estrutura semântica.

Serão considerados alguns exemplos. Já foi visto que um repertório de

comportamento chamado de progressão, depende para sua existência, do correto

repertório também existente. O desenho do repertório depende da junção do

repertório tendo o lápis enquanto tem-se o papel. Estes são repertórios de

comportamentos e os outros são inequívocos sociais. Por exemplo, um casamento

é certamente um repertório de comportamento que não pode existir sem as duas

pessoas existentes e uma separação legal somente pode existir quando o

casamento existir. Nestes exemplos sociais, a sociedade ocupa as regras das

particularidades, agente responsável, embora as regras não atuam pela

sociedade, a qual delega-as para os cartórios, as responsabilidades e julgamento

de permitir ou terminar os casamentos e separações.

Em todos os casos, a Norma força seus usuários a reconhecer que estas

invariantes comecem e terminem sua existência e de uma maneira governada por

Page 73:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

73

suas dependências ontológica. Para representar as estruturas de dependências

ontológicas pode-se convenientemente usar um gráfico aonde as linhas sólidas

indo de um ponto à esquerda para um ponto à direita de um antecedente

ontologicamente para um ontologicamente dependente. Antecedentes juntados

são possíveis. A figura 3.3 representa o exemplo descrito acima. Diagramas tal

como este permite a captura de uma forma genérica condensada das semânticas

principais de um domínio. Eles sempre, de forma inteira, representam os

universais. Para se ler o diagrama, imagine que cada universal é a cabeça de uma

lista de qualquer número de participantes. Se estiver interessado em banco de

dados, então este diagrama ontológico ou o esquema das semânticas

representam modelos análogos ao modelo de dados. As dependências

ontológicas são representadas por linhas sólidas; elas obedecem a restrições

estritas que não podem ser mais do que dois antecedentes de qualquer elemento.

Pode ser útil, como na figura 3.3, para indicar os agentes ou potenciais

agentes marcando-os ou tornar os seus nomes itálicos. Esta habilidade é para

marcar as responsabilidades e determinar quando as coisas existem. Máquinas

nunca são agentes neste sentido. A raiz de cada estrutura é o agente principal.

Entre alguns repertórios de comportamentos e a raiz existe uma treliça chamada

de talo. Para uma instância de alguma coisa existir, deve existir instância

apropriada de alguma coisa que ele a detenha.

Notar que não foram usados todos os particulares. Somente dois de todos,

ou seja, João e Sociedade e com letra maiúsculas para indicar isto, seguindo a

convenção normal na escrita em Português. As letras minúsculas dos repertórios

de comportamentos são universais. Uma reta pontilhada apontada de um

particular (João) pode indicar seu universal (pessoa), se necessário.

Page 74:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

74

Figura 3.3 – Esquema simples ontológico, STAMPER (1999)

Usando-se computadores, esta estrutura translada diretamente para um

esquema para um dado tipo de banco de dados. Chama-se isto uma Semântica

Temporal DataBase (STDB). O STBD considera o esquema para o domínio social

a ser organizado e gera um sistema para computador diretamente.

levantar-se andar lápis João desenhar papel pessoa casada separação Sociedade Legenda palavras com letras maiúsculas = um particular (de um outro modo um universal) abcd wzyz = uma instância de wzyz (dependência antológica) pode somente existir quando uma instância apropriada de abcd (antecedente ontológico) existir. Stuvw efghi = Stuvw é um particular do universal efghi.

Page 75:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

75

3.12 Sociedade, Signos, Tempo e Responsabilidade

Para apreciar o impacto que a ontologia realista pode ter usando o

pensamento via o formalismo da Norma, compara-se ela com a ontologia

objetivista usando o predicado lógico para modelar a realidade.

Em princípio, alguém pode falar a respeito da Sociedade, signos, tempo e

responsabilidades na lógica de predicados. Mas alguém está livre para omitir

estas noções porque na Sociedade e pessoas objetivistas exercerem regras

especiais. Ninguém tem qualquer responsabilidade a menos que imposta por

alguma razão especial. O tempo consiste meramente de indivíduos especiais em

uma classe de instantes ou intervalos, os quais não são diferentes de qualquer

outro componente do mundo. Signos não têm um estado especial. Mas na Norma,

como foi explicado, pode-se ou não omitir Sociedade ou o tempo ou a

responsabilidade e o signo tem seu lugar especial próprio.

A Sociedade será sempre um agente principal, pelo menos para o

conhecimento e o comportamento humano. Na Norma, qualquer coisa tem um

início e um fim e o tempo pode ser introduzido da mesma forma. Qualquer coisa

que exista define seu próprio período, seu período de existência. Algumas vezes,

criam-se intervalos para o gerenciamento do tempo, tal como os anos

acadêmicos; estes também têm seu próprio tempo de início e fim. A

responsabilidade aparte da autoridade está associada com vários inícios e fins;

isto provê as ligações entre os sistemas de informação e seus contextos sociais

embutidos. O tempo que se conhece deve ser construído pelo agente observando

ou trazendo em razão de mudanças. A única realidade que se conhece

diretamente consiste de aqui-e-agora e é composto do atual e executável

repositório de comportamentos. O passado e o futuro não existem naquele

sentido. Mas, aqui e agora, o passado e o futuro devem ser construídos pelo uso

Page 76:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

76

dos signos para representá-los. Assim, os signos têm uma regra especial nesta

lógica.

A Sociedade também tem uma regra especial como um agente. Aprendeu-

se pouco sobre o mundo por meras interações físicas individuais com ele. Ganha-

se muito com nosso conhecimento que se percebe acerca do meio ambiente em

que se está inserido. A criança sentada na cadeira alta aprendendo a perceber a

xícara já está engajada na cultura porque a xícara e a cadeira alta são artefatos

culturais. A Sociedade manipula o repositório de comportamentos que ele

descobre e as normas que ele desenvolve de geração em geração. Não há

necessidade de se conhecer outro mundo além deste que é bastante composto

destes repositórios de comportamentos acumulados mais alguma adição que se

pode acrescentar. É claro, inovações individuais suprem as adições para a cultura,

mas elas não sobrevivem individualmente a menos que a cultura os incorpora. A

Norma força a atenção sobre a regra central da Sociedade na qual a capacidade

das pessoas para usar os signos para transformar os animais individuais em

humanos.

Normalmente, pensa-se sobre a realidade incluindo, não somente o

presente, mas tudo aquilo que se relaciona com o passado, o futuro ou sobre o

horizonte. A idéia de se restringir à realidade para algo como agui-e-agora parece

um impedimento para o pensamento. Entretanto, para uma disciplina cientifica

devotada para o entendimento da informação, sua natureza e função, este

pequeno foco de atenção libera as pessoas do hábito mental do engano.

Admitindo que somente a realidade substantiva é o aqui-e-agora libera as

pessoas, na verdade força as pessoas a examinar em detalhes a regra que os

signos usam na construção de outras partes da realidade que se considera para

ser melhorada. Um exemplo irá ilustrar como isto auxilia as pessoas a verem em

detalhes o que está acontecendo. Considere-se o casamento, por exemplo, na

figura 3.4.

Page 77:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

77

Figura 3.4 – Um fragmento da realidade social sendo construída, STAMPER (1999).

Casamento significa coisas diferentes para comunidades diferentes. Esta

figura reconhece dois tipos de comunidade que tem suas normas próprias de

casamento. Todo casamento terá um início e um fim sob a autoridade de normas

de alguma comunidade. Embora muitos casamentos têm a mesma localização na

estrutura ontológica, o significado de cada um depende da comunidade na qual

ela foi criada e na qual o lado social determina o repertório de comportamento

relacionado como aceitável. Isto ilustra a maneira na qual a Sociedade, como ela

é, transfere sua responsabilidade para localizar agentes, as comunidades neste

caso refinando o significado de casamento para os seus propósitos. Ademais, a

delegação de responsabilidade toma lugar para cada casamento particular porque

a comunidade irá ter normas que permitirá pessoas qualificadas como juizes ou

padres ou rabinos para executar os atos que começam e termina-os. No

Pessoa casamento Sociedade proposta comunidade Legenda abcd --------- wxyzx = uma dependência ontológica sobre um signo que significa abcd, não abcd refletindo efgh Caixas contendo formas especificas do efgh genérico

Religião Civil

Page 78:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

78

formalismo da Norma, o agente ou norma necessária para cada elemento é citado

em sua expressão autoritária.

Alguém pode ter a expectativa de ver uma conexão entre a comunidade e o

casamento. Pelo menos uma ligação existe, de fato, mas como uma autoridade

para o início do casamento. Isto não está incluso no esquema porque ele não é

uma dependência ontológica. A razão é como segue. Suponha o agente que era o

responsável da autoridade para começar um casamento particular entre um casal

de jovens acontecendo em uma igreja com o padre. Considere o que poderia

acontecer com a morte do padre. O casamento poderia terminar se ele depender

de sua existência (ontológica dependência) sobre a autoridade inicial! Alguém

deve tomar o cuidado para pensar em termos de existência quando encontrar as

dependências ontológicas e evitar muito estritamente a tentativa de desenhar

linhas sugestionando dependências casuais.

O leitor pode achar que ele auxilia na imaginação da representação desta

informação no banco de dados da semântica temporal. Atrás de cada elemento do

esquema encontra-se um arquivo de registros – toda pessoa no domínio e todo

casamento, por exemplo. Nestes registros todos têm a mesma estrutura uniforme.

Isto incluem o tempo de início e o fim e a autoridade inicial e final. Para tipos de

casamentos, a autoridade poderia ser a comunidade; para casamentos

particulares, eles seriam as pessoas oficiando na cerimônia. O começo de um

casamento particular poderia ser quando a união se realiza. O início de um

universal ou um tipo de casamento pode ser ao invés de vago no caso de

comunidades religiosas, mas civil no último conceito introduzido por um ato da

legislação em cada nação. A mesma estrutura de armazenamento se aplica para o

universal tão bem como para os particulares.

A análise começa por mostrar em detalhes como foi construído o mundo

social de camadas de repositório de comportamentos (repertórios invariantes de

comportamentos) que depende um do outro para sua existência. Pode também

Page 79:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

79

incluir a construção dos processos no esquema. Muda-se o mundo social através

da comunicação envolvida. Um casamento não irá acontecer por acidente.

Primeiro alguém deve propô-lo que o resultado irá agrupar as atitudes que as

pessoas adotam relacionado a futuros casamentos. O instrumento para a criação

desta atitude irá ser chamado de ‘proposta’. Fala-se das atitudes resultantes como

uma ‘proposta’, mas deve-se distinguir entre elas. O ato de comunicação, quando

o juiz de paz ou o escrevente expressa uma intenção, pode ocorrer somente em

um momento. O resultado da atitude que exercita uma influência continuada sobre

o comportamento pode durar um longo tempo. Alguém pode propor um possível

casamento! Mas a natureza da proposta e seu resultado dependem crucialmente

de quem ‘fala’ e seu relacionamento com os outros atores. A diversidade do

possível significado tem que ser exposto. A sugestão leviana pelo seu amigo que

se junta para se casar, tem um significado diferente de uma outra oferta de

casamento por alguém de potencial companheirismo ou pelos seus parentes. O

significado deve levar em consideração os relacionamentos sociais entre os atores

e sua potencial relação entre um ao outro, na sua cultura e contexto legal. Pode-

se afirmar que a Norma tem instrumentos para a análise semântica detalhada para

todos estes conceitos.

Para o momento, olha-se para um ponto importante: as regras de interação

da informação e o tempo. Usando-se do formalismo da Norma, todos os poderes

universais e particulares têm seu início e fim para os quais algum agente carrega a

responsabilidade. A realidade acessível para os agentes consiste de

comportamento invariantes disponível aqui e agora. O casamento futuro não

existe a menos que se crie um signo para representá-lo. O signo é claro, existe

aqui e agora. A proposta tem dois antecedentes ontológicos: a pessoa fazendo-o e

o instrumento semiológico, o signo, representando o futuro proposto do estado

marital pode ser escrito ou memorizado. A linha divisória atrás do casamento

significa uma referência para um signo de um casamento que não existe, ao invés

de um casamento atual. Admitindo-se somente o contexto de que o aqui-e-agora

Page 80:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

80

é real, força-se às pessoas para contabilizar a manufatura do tempo futuro através

do uso da informação.

Note que todo início e fim devem encontrar-se ou no passado ou no futuro.

No mesmo instante tem-se um destes eventos chegado indo para o passado e

antes então ele encontrava-se no futuro. Daqui estes elementos deste modelo

devem também ser signos. Se desejar examinar o processo de mudança, tem-se

que relacionar-se com os padrões de comportamento que podem ser

experimentados em um intervalo. A Norma distingue estes processos de iniciando

e finalizando de eventos de início e fim. Esta observação pode levar a uma

exploração de toda a informação da causalidade e do aprendizado.

3.13 Signos, Atitudes, Normas e Conhecimento

A análise anterior permitiu o desenvolvimento de um tratamento preciso e

formal de outros conceitos centrais para o entendimento do comportamento

organizacional. O método da análise semântica, introduzida acima, desenha a

atenção dos agentes os quais suportam a responsabilidade pela construção do

entendimento do mundo. Armazena-se isto em uma abertura da autoridade de

vários repertórios de comportamento. A disciplina da tentativa de se construir um

formalismo, tal como a Norma, permite se perguntar quais os elementos serão

emitido na abertura de autoridade?

Considerando o conceito do casamento, por exemplo. O significado de

casamento depende de uma coleção de normas acerca do comportamento

envolvendo o tempo por uma comunidade civil ou religiosa. Freqüentemente eles

desenvolvem informalmente como uma parte da cultura, um governo ou um

conselho religioso, que irá decretar as normas. Eles irão também determinar como

julgar os vários padrões de comportamento em um casamento. As bases para

Page 81:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

81

estas normas irão incluir um conhecimento das conseqüências de vários atos,

muito obviamente a reprodução de crianças, neste caso. Assim, uma comunidade

constrói seus conhecimentos do que fazer (normas comportamentais), como as

coisas deverão ser julgadas (normas de avaliação), como as coisas acontecem

(normas cognitivas) mas também o que existe em nosso mundo (normas das

percepções). Todos os conhecimentos se encaixam em uma destas categorias

estabelecidas.

Define-se ‘conhecimento’ de um tipo universal como as normas que são

compartilhadas. Se isto se parece demasiadamente restrito à definição, será

discutida a exceção. De tal maneira, tomando-se consentimentos precisos pode-

se melhorar para se atingir o padrão da discussão e aumentar a chance de se

fazer progresso. A literatura sobre o conhecimento e seu gerenciamento tem

abundante terminologia confusa. Necessita-se melhorá-la e uma precisão formal

vem auxiliar. Então faz-se a concordância de todas as normas para ter esta forma:

SE alguma condição é encontrada ENTÃO um agente ADOTA uma atitude

EM DIRECAO A uma condição ou alguma outra coisa.

Por exemplo, uma norma cognitiva comum:

SE o par é de sexo opostos, maiores de 16 anos, não tem parentesco

e o casamento tem sido oferecido e aceito

ENTÃO alguém os conhece

ADOTA a expectativa que com a probabilidade p, considerado o período t.

EM DIREÇÃO a seu casamento.

Um pequeno comentário sobre o exposto pode ajudar. A condição pode

estar em qualquer estado de modo que pode ser reconhecido. Igualmente a

qualquer coisa ele terá um início e um fim e pode-se basear em alguma autoridade

para estabelecer a verdade de que ele existe (por exemplo, o comando de

Page 82:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

82

juramento antes do tabelionato). O agente deve ser uma pessoa humana –

individual ou um grupo como em um comitê – nunca uma máquina. O teste que

está relacionado a um agente é para perguntar se ele toma consenso para acusar

ou repreender, punir ou recompensar o suposto agente; somente uma pessoa

louca trataria máquinas deste modo! A atitude que o agente adota irá concernir

suas:

Cognição: crença, descrença, expectativa,….

Comportamento: obrigações, permissões, proibições, liberdades

Avaliações: igualdades, desigualdades, esperança, temor,…..

Percepções: reconhecimento, julgamento,.....

Estas atitudes não causam ações em um meio mecânico, mas influência as

ações.

Normas por si própria são repertórios de comportamentos com início e fim e

uma autoridade apropriada. Normas também têm seu lugar no esquema

semântico. O aprendizado é o processo de finalizar uma norma velha e criarem

novas. Ele varia em seu grau de explicitação a partir das normas tácitas que as

pessoas aprendem, mas não podem possivelmente articular, através de normas

que eles possam estabelecer, algumas na forma legal, até as normas mais

extremamente formais que pode-se colocar em computadores.

Considerando a norma ilustrativa acima, é um universal que se aplica

genericamente, ele produz uma atitude particular. Atitudes são iguais a normas

sem condições. Subordinar atitudes como justamente um subconjunto especial de

normas, auxilia para simplificar o quadro. Normas podem também invocar outras

normas como suas subseqüentes. Assim, uma petição de divórcio pode fazer com

que as partes se subjuguem às leis do divórcio com suas numerosas obrigações,

proibições, permissões e vários outras atitudes que governam o comportamento.

Através de cadeias destas normas um simples ato de comunicação pode trazer a

Page 83:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

83

existência de atitudes diferentes. Elas trazem novas construções sociais da

existência (casamento) ou removê-las (divórcio), expõem as pessoas a agirem de

vários modos elaborados, para sustentar a si própria nos eventos esperados e

governar como a sociedade irá julgar os resultados.

O modelo que emerge da ontologia realista via o formalismo da Norma trata

a sociedade como um processo contínuo de interações entre normas e signos.

Todos os conhecimentos consistem de normas e atitudes, suas formas

particulares e incondicionais. As normas produzem atitudes, as quais podem levar

ações no ambiente ou, mais freqüentemente, meramente a expressões destas

atitudes para os outros (mais informações e signos). Estes signos, para ter valor

para todos, devem ser interpretados pelas suas interações com as outras normas,

completando o ciclo autopoético que mantém e ajusta a estrutura das

normas/conhecimento. As atitudes se relacionam com alguma ação direcionada

ao ambiente, e, via as normas de percepção estimulando as observações, o

sistema responde ao meio ambiente externo.

Figura 3.5 – A fábrica social e processos de interação entre normas e signos, STAMPER (1999).

Assim, tem-se construído uma notação na qual se pode modelar as

semânticas, o pragmatismo (o idioma dos atos e seus produtos) e a fábrica social

NORMAS

SIGNOS

AMBIENTE

AÇÃO

OBSERVAÇÃO

EXPRESSÃO INTERPRETAÇÃO

Page 84:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

84

de normas e atitudes instanciada pelos agentes responsáveis. Tudo parece

abstrato, mas, de fato, ela permite um instrumento poderoso e prático para a

análise e projeto de sistemas de informações. No próximo tópico segue um

exemplo.

3.14 Campos de Informação versus o Fluxo de Informações: Um Estudo de Caso de uma Biblioteca

O estudo de caso da biblioteca que aparece é apresentado como base para

a formulação deste tópico. Uma análise de suas principais características está na

figura 3.6. Em comparação com muitos métodos em uso hoje em dia, esta análise

não segue os ‘fluxo’ normal da informação através do sistema. Ele mostra a

estrutura ontológica das normas perceptivas que foram construídas socialmente

para se criar o sistema de biblioteca, veja figura 3.5.

Figura 3.6 – Campos de informações – sub-estruturas com normas compartilhadas,

STAMPER (1999).

Ao invés de se usar a metáfora do fluxo de informações entre funções, tal

como o envio de um livro para empréstimo e o seu retorno à estante, pensa-se

acerca de sub-culturas como grupos de pessoas sujeitas a compartilhar normas

Page 85:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

85

que as permite se comportarem em uma organização moderna. Dentro de cada

grupo, as pessoas irão trocar informações (o signo da figura 3.5) quando da

operação de acordo com suas normas.

Através dos grupos, existirá uma estrutura ontológica compartilhada, mas

as normas comportamentais, cognitivas e avaliativas podem ser diferentes de

grupo a grupo. O paradigma do fluxo pressupõe um sistema simples e uniforme.

Ele não diz nada sobre a semântica, pragmatismo e níveis sociais do sistema de

informação. Na verdade, ele não representa uma situação com inter-operações

variantes de significado e intenções e significado compartilhado.

A figura 3.7 representa somente a estrutura ontológica compartilhada pelas

pessoas que se relacionam com o domínio da biblioteca. Se isto não for mantidos

juntos, as pessoas de grupos diferentes terão grandes dificuldades em formar um

consenso de cada um. Todas as atividades usuais são cobertas: tornar a

biblioteca uma unidade comum, livros estrangeiros, fazendo pagamentos,

classificação de livros.

Page 86:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

86

Figura 3.7 – Carta ontológica para alguns elementos no domínio da Biblioteca, SAMPER (1999).

Considerando novamente a estrutura Semiótica. Primeiro, um lado

interessante: note que agora se tem um meio de representar os conceitos usados

no domínio do problema. Os nodos não representam conceitos na mente de

qualquer um, mas socialmente compartilhados, repertórios de comportamentos

invariantes sociais. Através da figura 3.7 as palavras identificam-nos, pode-se

também prover nomes adequados em qualquer outra linguagem.

transferência #quantidade moeda de proprietário pagamento soma #quantidade debito pessoa requisição membro Sociedade Aceito Biblioteca

tem empréstimo requisição instituição ítem atraso trabalho instanciar conceder sujeito trato

Page 87:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

87

Retornando ao problema em estudo, evidênciam-se algumas características

interessante desta análise. Pode-se checar que não existe para cada elemento

mais do que dois elementos antecedente. Esta restrição sempre é importante e

permite que se faça uma análise completa. Alguém que não puder aplicar as

restrições apresentada pode produzir uma análise de sitema semântica

sentimental, com o uso de outros métodos. Entretanto, os outros métodos

provêem pouco ou nenhum guia para expressar as regras para uma solução. As

restrições que tem que ser seguidas na construção deste tipo de estrutura

antológica das dependências permitem a alguém fazer o diagnóstico da análise

dos defeitos e corrigí-los. Este esquema, em efeito, são hipoteses que são

refutáveis no consenso de Popper. Daqui em diante eles incorporam novos efeitos

para ir na mesma direção através de críticas contínuas permitindo a evolução da

solução para melhorar a qualidade.

A informática sem o computador tem o potencial para produzir melhoras

massivas não somente na efetividade da organização em geral, mas também na

eficiência da aplicação da TI. Embora todos os tipos de estruturas sintáticas

arbritráiras podem produzir melhorias da eficiência nos processos de

computadores, as pessoas na comunidade usando a informação necessitam de

uniformidade de significado que eles estabeleceram ao longo dos períodos de

trabalhos conjuntos. Significados arbritários fazem um entendimentos mútuo

dificil. É interessante que muitos engenheiros de software os quais escrevem

acerca de incompatibilidade ‘legada’ dos sistemas de computadores não tem

noticiado esta causa principal do problema! Restrições rigorosas da semântica

produz uma Semântica de Forma Normal, então pode-se re-usar os esquemas e

mesmo re-usar seus elementos individuais. Estes métodos, grandes por causa da

Semântica de Forma Normal, têm encontrado reduções massivas nos custos dos

sistemas: empresa de porte pequeno e médio poderão se beneficiar,

especialmente onde a melhoria da eficiência dos investimentos em TI poderá

acelerar seu desenvolvimento econômico.

Page 88:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

88

A análise semântica é muito fácil . qualquer pessoa pode produzir um

diagrama que se parece com a figura 3.7 se eles não tiverem que satisfazer as

restrições rigorosas essenciais. Mas, alguém pode justificar o esforco envolvido

não somente porque o resultado são de re-uso, mas também porque a análise

rigorosa revela problemas escondidos. Deve-se olhar para alguns dos problemas

da semântica que aparecem durante a análise.

O ponto inicial do lado esquerdo da figura se relaciona com a o problema da

classificação. Note que se distingui os volumes que estão colocados nas estantes

do trabalho que eles exigem. O trabalho trata um número de sujeitos que

governam suas classificações no catálogo e em muitos casos o arranjo fisico dos

volumes. O que entendemos por sujeito? Veja de onde ele vem e quem suporta as

responsabilidades deles. Várias instituições criam e mantém sujeitos de

classificação (e muitas outras padronizam também) frequentemente a despesa

públlica, então pode-se empregar um vocabulário com significado padronizado. O

esquema tem sido simplificado nesta área pela omissão do estado da noção sob

qual instituição (e outros tais como a biblioteca e o dinheiro em uso) depende de

sua existência. De fato, seria melhor incluir a nação como um dos elementos. O

custo trivial de fazer isto então pode-se eliminar algum custo de manutenção

massivo posterior.

Ainda neste canto, vê-se que um ítem instância um trabalho. Os períodos

da existência de cada destes elementos podem diferenciar um do outro. (pode-se

argüir que estes termos não são os melhores para se escolher. Entretanto, os

seus significados depende de suas posições na rede, então que a escolha da

terminologia é um refinamento valioso ao invés de uma questão crítica.) a solução

usual poderia tomar o livro como uma entidade, com o seu titulo como uma

propriedade para representar o trabalho e o instanciamento poderia não aparecer

porque todo mundo assume que o livro não irá se alterar. Mas o que acontece

quando a biblioteca começa a guardar livros com folhas soltas ou suas versões

equivalentes eletrônicas? A classificação usual do modelo de dados poderia

Page 89:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

89

desfalecer e o custo da manutenção em sistemas de computador baseado nele

poderia ser bastante alto.

Muitos analistas não iriam se preocupar em incluir a nação como um

elemento no esquema como na figura 3.8 e não hesitariam em adotar qualquer

conjunto óbvio de entidades, atributos e relacionamentos para o modelo de dados.

Os métodos baseados no paradigma do fluxo permitem a alguém fazer isto e eles

certamente compelem os analistas a pensar mais profundamente acerca do

problema. Neste campo de estudo deste paradigma força alguém a ser rigoroso

ao encontrar a autoridade para o início e o fim da biblioteca, instituição e a moeda

e forçará o reconhecimento de que cada um tem uma nação como um

antecedente. O modelo típico do fluxo contém grandes números de tais

suposições arbitrárias, as quais usualmente passa não ser noticiada como modos

de ‘consenso comum’ de ‘simplificar’ a implementação do sistema, assim, as

escolhas técnicas entra como disfarce com necessidades do negócio. Embora não

noticiado inicialmente, eles podem custear tremendamente a soma para removê-

los posteriormente no ciclo de vida do projeto. Os métodos introduzidos para criar

a Forma Normal Semântica têm reduzido os custos de manutenção quase

dramaticamente na prática, um benefício explanado pela profundidade da análise

e o término do modelo do negócio.

. Figura 3.8 – Uma adição de repertório de comportamentos invariantes, STAMPER (1999).

Moeda Sociedade nação biblioteca Instituição

Page 90:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

90

Movendo-se no sentido anti-horário em relação ao centro da figura,

encontra-se a rotina de transação do ajuntamento da biblioteca e o empréstimo de

livros. Ao invés de descrever o fluxo da mensagem e a seqüência das transações,

ela mostra a construção social que a transação construiu e desmanchou quando

se cria e termina os membros ou empresta e recebe o retorno de livros. Não se

deseja se relacionar com um documento chamado de ‘uma requisição’, mas com

uma atitude social que uma pessoa pode criar falando ou escrevendo palavras. As

regras da biblioteca (não incluso na figura) poderiam então determinar em que

ponto, após receber uma requisição, o membro poderia começar e em que

condições. Outras regras ilustram um importante ponto prático.

Suponha que se deseje terceirizar o processamento de dados para este

modelo de biblioteca. Um simples campo do modelo poderia definir a exata

necessidade do usuário. Isto permite ao fornecedor selecionar, dos diferentes

fluxos do modelo, um deles que produza maior lucratividade no contrato, enquanto

estará fazendo exatamente o que a organização deseja. Entretanto, a prática

corrente permite uma insatisfatória alternativa para o fluxo do modelo sobre o qual

se baseia um contrato de terceirização. Infelizmente, como explicado acima, os

modelos dos fluxos misturam necessidades do negócio com as opções técnicas.

Isto leva o cliente à pressa por um fornecedor corporativo. Um campo completo de

modelagem de necessidades do negócio tende a permanecer estável por um

longo período de tempo. O cliente pode somente pagar pela sua mudança, mas

não por ajustes técnicos do fluxo de informações. Quando o campo de negócio

não pode ser separado no contrato do fluxo de informação, o fornecedor pode

facilmente e de forma continuada encontrar justificativas caras para o re-trabalho

do sistema e a mudança do cliente.

Outro ponto fica claro no caso da biblioteca. O esquema da semântica,

como foi indicado, poderia servir vários grupos com diferentes normas de

preferência. Diferentes normas implicam diferentes significados. Alguém poderia

esperar que um sistema de biblioteca operasse de uma forma uniforme para todos

os que desejam usá-la. A alternativa poderia resultar em confusão. Entretanto,

Page 91:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

91

durante as fases de análise e projeto, seria apropriado se descobrir o “senso

comum” das normas da comunidade de usuários. Respondendo, por exemplo,

quais regras eles pensam que deveriam governar os membros ou sobre os

atrasos de entrega de livros etc. Assim, alguém poderia assegurar que o novo

sistema não provoque problemas no seu processamento para atender

expectativas maiores. Esta metodologia pode ajudar as pessoas a entenderem

como não transferir um sistema de uma cultura para outra. O desenho

expressado em modelos de fluxo sempre tem as características embutidas neles,

mas o modelo de fluxo não auxilia as pessoas a encontrá-las. O campo de

modelos armazena a cultura específica de componentes explicitamente. O sistema

construído para a cultura A pode ser testado contra o senso comum dos usuários

na cultura B.

Finalmente, mover no sentido dos ponteiros do relógio novamente para o

topo da figura onde se relaciona com a parte de pagamento e dinheiro. Aqui as

questões semânticas parecem intratável e o modelo de fluxo oferece uma via de

escape. Ele relaciona com uma simples transação de caixa. Grandes dificuldades

vêm com os serviços financeiros, onde enormes e fascinantes programas de

pesquisas são esperados. Uma moeda começa e finaliza com a autoridade de

uma nação. Do ponto de vista comportamental ele parece-se uma substância.

Substâncias tem persistentemente quebra cabeças semânticos. Não se pode levar

em consideração dada molécula da manteiga, átomos do aço ou uma moeda e

para os propósitos de todo dia não se deseja levar em consideração o número

serial das notas. A noção de uma substância sobrepõe este problema pela

separação do repertório de comportamento de qualquer quantidade razoável que

ele permite – justamente pensando nas coisas que se pode fazer com a manteiga,

o aço e as moedas. Entretanto, alguém não pode transacionar o negócio com

alguma coisa, mas juntar substancias identificável. Por esta razão introduz-se uma

soma como um coletor identificável de algumas moedas. O coletor pode ser uma

carteira ou mesmo justamente alguma coisa guardando o caixa. Enquanto

relaciornar-se com a mesma carteira ou alguma coisa que manipula o dinheiro, a

Page 92:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

92

quantidade pode mudar, daqui será tratada a quantidade como um poder

separado. A relação proprietária muda quando o dinheiro é retirado. Todavia

estritamente acurado, ninguém usaria o computador para armazenar estes

eventos de uma conta de biblioteca, embora ela pode ser manipulada em uma

conta externa em banco onde os movimentos de caixa poderiam ser

armazenados. A transferência de propriedade como representada aqui simplifica

grandemente todo o processo, o qual envolve a expressão de intenção pelo

pagante como para o recebedor, um oferecendo a propriedade e outro recebendo-

a. A transferência existe somente por um momento quando o primeiro proprietário

termina e o novo inicia. Benefícios são dados para a biblioteca, mas muitas

transferências de dinheiro tomam espaço para pagar débitos. O débito somente

existe por uma razão e, neste exemplo, a regra do membro provê a razão para os

débitos relevantes. O resto do problema de pagamentos que não exatamente se

relaciona com o débito, que chama um conhecimento dedicado da parte legal.

3.15 Implementando o Sistema

Afim de que o leitor forme a opinião de que este campo de métodos de

informação tem somente uma significância teórica, onde será mostrada a

relevância prática. Tem-se aplicado em uma grande variedade de organizações,

freqüentemente gerando soluções de valores imediatos porque ele serve para

identificar e resolver problemas no domínio do negócio sem a necessidade da

introdução de computadores. Onde, em poucos casos, a aplicação de

computadores se seguiu, com a redução de grandes custos como resultados,

(LIU, ADES & STAMPER (1992); LIU, BOEKKOOI-TIMMINGA & SUM (1990)).

Este processo de análise rigorosa do significado de todos os conceitos,

discursos de atos, normas e atitudes custam grandes esforços. Isto inverte a

prática normal da informática em computadores da colocação junta de uma

Page 93:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

93

definição dos requerimentos tão rápido quanto possível de modo a construir o

sistema de computador. Esta estratégia não serve as necessidades dos clientes

muito bem. Provavelmente acima de 50% destes sistemas de computadores

tecnicamente bons, falham em atender a organização e são abandonados. Dos

custos totais do ciclo de vida destes sistemas, suporte e manutenção gastam 60%

e muito deste valor está no ajuste do sistema para atender as mudanças de

necessidades dos clientes. A experiência do mercado mostra que estes custos

diminuíram uma pequena fração, se as necessidades dos negócios forem obtidas

pelo método descrito aqui, LIU, ADES & STAMPER (1992); LIU, BOEKKOOI-

TIMMINGA & SUM (1990). Muitas das alterações no negócio não requerem

mudanças nas estruturas da semântica, simplesmente a adoção de facilidades já

incorporadas no esquema.

Além disso, o risco do não atendimento das necessidades dos usuários

deverá ser virtualmente eliminado. Os usuários checam as especificações a partir

do esquema e através da prototipação rápida já nos primeiros estágios. Os

usuários têm se descoberto, encontram no esquema semântico muita facilidade de

entender, de fato, do que baseado na documentação do paradigma do fluxo.

3.16 Considerações Finais deste Capítulo

A era industrial foi corada com problemas de produtividade – como

aumentar a saída de produtos e serviços dada uma entrada. Duas estratégias

foram colocadas como regras chaves. O comum foi privatizado e a privação

movida nas fábricas. Houve a ‘divisão do trabalho’, elogiada por ADAM SMITH

(1776), elegido a mente do ser humano para um melhor gerenciamento das ‘mãos’

empregadas. Aqueles avanços materiais prejudicaram a fábrica social, como a

história da revolução industrial testemunhou. Todavia, a necessidade para

conservação e melhoria da comunidade foi tomada para o crescimento, mesmo

Page 94:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

94

pelo Adam Smith como ele comentou as virtudes da ‘mão escondida’ do mercado

para a utilização da ganância pessoal para o benefício da sociedade como um

todo. Todavia, muito das empresas individuais do século XVIII e XIX derivou muita

satisfação pessoal pelo reconhecimento como benfeitores sociais. No século XX,

aquelas empresas individuais com pessoas responsáveis pelas suas firmas, têm

sido trocadas pelo gerenciamento anônimo em empresas anônimas, possuídas

por instituições legalmente compelidas para o julgamento da performance por

meio de critérios financeiros.

Se o sistema econômico que se tem desenvolvido permite uma maior

prosperidade material, sem um estrago ecológico e sem estragos para as

comunidades, todos podem aprovar estas tendências. Mas se aumentar a

prosperidade material no curto prazo somente no custo de longo prazo será

afetado para o meio ambiente e a comunidade, então necessita-se mudar as

regras do mercado para trazer seus benefícios admiráveis no balanço com os

outros objetivos. A ideologia, que poderia permitir vários benefícios pelo

estabelecimento de um mercado para este propósito, tem-se que admitir, pelo

menos, que o mecanismo do mercado não gera suas próprias regras. O mercado

é somente um sistema de informação de um tipo especial, admirável para seus

propósitos quando bem regulado. Estas regras do mercado não vêm do mercado,

mas de setores fora do mercado da sociedade; os governos explicitamente

impõem regras onde a cultura não pode implicitamente sujeitar o excesso de

tendências do mercado. Indevidamente, a globalização anda com ferraduras sobre

as culturas indígenas e conjuntos de governos contra governos. Ela divide e

conquista somente as instituições que podem utilizar a energia do setor do

mercado para os grandes benefícios da sociedade.

Pelos pontos de vista expressados, pode-se correr o risco de ser acusado

de ser muito avançado justamente por estar criando uma nova ideologia. A menos

que se tome uma ‘ideologia’ para significar mais ou menos o conjunto de

princípios guiados. Acredita-se que se podem evitar reclamações. Considera-se o

Page 95:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

95

mercado justamente um, de um conjunto de sistemas de informação, que

necessita-se para produzir um balanço do material e não material do planeta.

Portanto, coloca-se na agenda da organização semiótica a investigação destas

instituições de modo que pode-se desenhar uma sociedade pós-industrial que seja

mais do que uma sociedade industrial velha empurrada para um conclusão louca e

lógica. O advento do e_commerce torna esta tarefa mais urgente.

Existe uma grande objeção para a informática através do computador em

melhorar as falhas na questão das regras da TI na sociedade. A TI se amarra nos

sistemas organizacionais considerando não mais do que regras mecânicas na

melhoria da eficiência, porque ela afeta o bem estar, segurança e a saúde dos

indivíduos e a qualidade das comunidades e as culturas. A engenharia de

software, como conduzida hoje em dia, não apresenta questão a respeito dos

propósitos sociais do sistema, ou suportem a responsabilidade para a função que

eles executam. Seus métodos de engenharia de requisitos não tem nada dizer

acerca do significado de qualquer informação ou qual a intenção que prevalece e

eles não tem relacionamento com qualquer produto social. Eles somente olham

para o fluxo de informações com o objetivo de cortar custos internos ou segurar as

vantagens de mercado. Por todos os meios, usam os métodos familiares da

engenharia de software. Mas será colocada no contexto uma outra grande visão

do problema.

Teme-se que as mudanças não irão vir acerca deste problema, sem alguma

concordância tácita da filosofia. Mesmo uma escolha da ontologia pode ter

nascido atrás de uma ideologia política. Acreditando-se que a realidade existe

quase independentemente das camadas da sociedade deixa-se os dogmas

fundamentais do mercado econômico, a luz guiando a globalização, sem desafios.

Por exemplo, o mercado supostamente opera como um mecanismo estável no

qual os compradores e os vendedores chegam a uma concordância para comprar

e vender, com outras interações sociais não fazendo parte deste comportamento.

Estas concordâncias limpas guardam a matemática simples, mas não refletem a

Page 96:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

96

realidade. Algumas pessoas de negócio tratam esta teoria não real como coisas

sem consenso palpáveis, mesmo nos mercados da moeda e financeiro que se

relacionam mais facilmente com este modelo teórico. O objetivismo auxilia o

aumento do mito do comportamento do mercado como um fenômeno natural no

qual não se pode interferir. Mas todos os conceitos sobre que o mercado está

baseado e as atividades ao redor dele são construções sociais, grandemente

guardados em loco por leis por setores que não do mercado e que as formulam.

Considere vários exemplos. 1. Conseqüências ecológicas de decisões de mercado

feitas por indivíduos: como pode-se promover as escolhas da saúde? 2. A idéia de

seguirmos os líderes, interações sociais no sistema financeiro global torna-as

instáveis: como se pode intervir? 3. a marca de produtos manufaturados produz

outro tipo de distorção que segue o líder para o mercado: quais relações serão

necessárias? 4. o Software pode ter valores limitados até que a comunidade

encontre meios de fazer o trabalho: porque deve o proprietário da patente ter

sempre lucro, em detrimento dos esforços de alguém? Para a era da informação,

a macro economia da era industrial necessita de questionamento e pode

necessitar de revisão. A diferença provavelmente recai nas regras da emergência

da informação como o recurso chave econômico após 250 anos de não

consideração. Deste ponto em diante, a semiótica organizacional tem uma

contribuição para auxiliar na esfera macro econômico e social das políticas e das

teorias.

Adotando-se uma ontologia realista não diminui a importância do material

mas não desenha outra forma de prosperidade dentro do quadro. Ele reconhece o

conhecimento e a informação. Ele trata o mecanismo do mercado e do capital

como mecanismos de construções de informações sociais que necessitam reparos

e adaptações periódicas. Um tratamento rigoroso dos recursos de informações tal

como foi desenvolvido através da semiótica organizacional pode contribuir com a

teoria e métodos para se considerar o maquinário econômico e monetário em

ordem para bons trabalhos. A teoria do mercado trata preços como somente

informação para alguma relevância do comportamento econômico. Aquela visão

Page 97:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

97

simplificada servida na era industrial não se casa muito com nossa economia

complexa e baseada na informação. Acima de tudo, deve-se tratar a informação

como um recurso para a construção daquelas coisas para as quais a economia

clássica não tem mensurado: entendimento, relacionamento comunidade e

sociedade. Eles irão continuar a não considerar pelas políticas de mercado até

que mensure-os e preparem os engenheiros de sistemas para os utilizarem.

Page 98:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

98

4. UMA METODOLOGIA SEMIÓTICA PARA A DISTINÇÃO DAS RESPONSABILIDADES EM SISTEMAS BASEADOS EM AGENTES

A tecnologia dos agentes de software é um importante avanço no

gerenciamento dos sistemas de informação, que tem trazido muito mais potencial

de melhorias da eficiência e efetividade dos sistemas de negócio. O acesso à

informação correta e segura no tempo devido é importante em muitas atividades

pessoais e de negócio. Agentes estão também melhorando a necessidade de

inter-operação entre diferentes aplicações nos processos de negócio. Muitos

pesquisadores têm enfatizado a agência mental, na qual é uma suposição que os

agentes de software deveriam entender primeiramente os termos dos conceitos

mentais e comportamentos tais como crença e intenções, SINGH (1998); CHONG

& LIU (1999). Os agentes de software são grandemente vistos como um auxiliar

pessoal das pessoas humanas nas tarefas do gerenciamento da informação,

processamento da informação, roteamento da informação, dentre muitas outras

tarefas. Para os agentes de software oferecer em bons serviços, várias

características devem existir. Uma destas características é que os usuários

humanos deleguem suas funções.

Os agentes de sistemas são muito mais complexos do que os sistemas de

software porque eles têm suas características únicas sociais. Estas características

incluem as regras que eles têm, as quais são dependentes de suas funções de

trabalho, tal como as regras de compartilhamento do conhecimento e informações,

interações e cooperação com os outros agentes para preencher suas

responsabilidades delegadas pelos usuários humanos. Sem estas características,

de um agente não se pode esperar que ele trabalhe de acordo com as

necessidades do seres humanos.

Os métodos de análise de sistemas de software convencionais não podem

ser comparados com as características dos sistemas de agentes. Muitas

Page 99:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

99

pesquisas das teorias e métodos do desenvolvimento de tais sistemas são

necessárias para se colher os benefícios destes sistemas em larga escala. Este

trabalho é uma introdução à metodologia da organização semiótica para o

desenho de tais sistemas. O forte desta metodologia recai na sua habilidade de

distinguir entre as autoridades dos seres humanos para delegar deveres (com os

usuários retendo as responsabilidades) e as regras que os agentes executam

quando recebem estas delegações.

4.1 Antecedentes

A noção de agentes de software é similar ao conceito de agentes humanos

trabalhando colaborativamente em uma organização social. Agentes humanos em

uma organização social irão comportar-se e agir de acordo com normas

societárias e organizacionais. Similarmente, as normas podem também servir para

direcionar o comportamento dos agentes de software, CHONG & LIU (1999). A

única diferença é quando deveres e trabalhos funcionais são delegados para os

agentes humanos, eles irão ser responsáveis e podem ser mantidos responsáveis

por suas ações. Estes princípios não se aplicam para software de agência.

Usuários humanos poderão somente delegar seus deveres para um agente de

software, sem transferir suas responsabilidades. Quando os usuários abandonam

alguns de seus deveres para os agentes de software, como podem assegurar que

somente autoridades limitadas estão sendo transferidas para eles? Um agente de

software, ao qual foi delegado algum dever, não pode ser mantido responsável por

este situação. Ao invés disso, o usuário humano que tem o poder de delegar os

deveres tem que ter as responsabilidades.

4.1.1 Teoria da Agência

Page 100:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

100

A teoria da agência está relacionada com a construção do formalismo da

razão acerca dos agentes e as propriedades de agentes expressadas, usando-se

estes formalismos, WOOLDRIDGE & JENNINGS (1995). Em geral, um agente é

usualmente visto como uma pessoa que age sobre o comportamento de outra

pessoa e realiza tarefas que um ser humano pode concretizar se lhe for dado

tempo suficiente. Na organização semiótica, o termo agente denota alguém em

um sistema social que pode tomar as responsabilidades e executar ações,

STAMPER (1980); STAMPER & LIU (1994). Características tais como autonomia,

habilidade social, habilidade para ser reativo e pró-ativo são pensados como

fundamentais, WOOLDRIGE & JENNINGS (1995). Uma definição mais forçada é

que um agente pode ser especificado e implementado, usando-se os conceitos

que são usualmente para o entendimento humano.

Estes conceitos incluem noções mentalista, racionalidade, veracidade e

aprendizado. Pesquisadores têm também argüido que os agentes podem também

possuir mentalidade explícita ou qualidades emocionais, SHOHAM (1997). Foi

forjado o termo sistema intencional para denotar tais sistemas. Estes sistemas são

concebidos para ter o significado de exibir uma instância intencional, tal como o

conhecimento, crença, desejo, intenção, obrigação, comprometimento, escolha e

assim sucessivamente. SINGH (1994) listou várias razões pragmáticas e técnicas

para se ter a visão de sistemas de agentes como sistemas intencionais:

Eles são naturais para as pessoas humanas, como projetistas e analistas;

Auxiliam as pessoas humanas no entendimento e explanação do

comportamento de sistemas complexos;

Auxiliam as pessoas humanas no entendimento de certos padrões e

regularidades de ações que são independentes da implementação física do

agente em um sistema, e;

Podem ser usados por outros agentes no entendimento acerca de outros

agentes.

Page 101:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

101

Como reportado por AYLETT et al. (1998), agentes podem ser usados em

aplicações que requerem tanto a distribuição e inteligência. Um sistema baseado

em agentes poderia ser aplicado a problemas “que são inerentes (fisicamente ou

geograficamente) distribuídos e onde os processos independentes possam ser

claramente distinguidos”. Tais problemas incluem, mas não são limitados a, redes

de sensores distribuídos, sistemas de suporte a decisão, explorando grandes

espaços de pesquisa, tráfego aéreo e assim sucessivamente.

Neste texto, foi definido um agente como uma entidade de software para a

qual foram delegados deveres com responsabilidades limitadas, dadas por

alguém, que toma consenso em um ambiente e tem a habilidade para reagir a

este ambiente ou cooperar com outros agentes para executar ações, baseadas

em seu estado interno.

4.1.2 Responsabilidades Humanas e Regras dos Agentes

As tecnologias baseadas em agentes não são justamente “fadas passando”

– elas estão aqui para ficar, NORMAM (1994). Contudo, à parte de questões

técnicas, existem muita dificuldade e questões éticas. Como NORMAN (1994)

escreveu “.... a principal dificuldade que se tem é a social, não técnica”. As

questões técnicas que os pesquisadores necessitam analisar incluem:

Responsabilidade: Como decidir qual usuário humano tem o direito para

delegar deveres para os agentes de software, enquanto distingui entre a

responsabilidade que deverá ser guardada pelo usuário humano e as ações

do agente?;

Page 102:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

102

Regras e autoridades: Quais são as regras e autoridades dos agentes de

software, quando está sendo delegado com deveres por um ser humano e

quando estiver fazendo trabalhos ao lado deles?;

Questões legais: seguindo em frente, a partir das questões de

responsabilidades, se um agente que é um ser humano comprou de uma

prateleira ofertas de alguns conjuntos de equipamentos que foram

customizados com problemas que resultam em responsabilidades, quem

deverá ser responsabilizado?, NWANA (1996). O ser humano que o

customizou? A empresa que o montou? Ou ambos?;

Questões éticas: a ética dos agentes tem levantado alguns pensamentos

dentre alguns pesquisadores. EICHMANN (1994), por exemplo, tem

proposto uma etiqueta de agentes quando provendo seus serviços na Web,

que obriga os agentes a:

o Identificar a si próprios;

o Moderar o andamento e freqüência de suas requisições para algum

servidor;

o Limitar as pesquisas a apropriados servidores;

o Compartilhar informações com os outros;

o Respeitar as proibições impostas sobre ele pelos administradores

dos servidores;

o Prover serviços adequados e em dia.

ETZIONI & WELD (1994) propuseram que uma etiqueta de agente deve

obrigá-los a:

o Não alterar destrutivamente o mundo;

o Deixar o mundo na forma de como foi encontrado;

o Limitar o consumo de recursos escassos;

o Prevenir as ações dos clientes, os quais poderiam produzir

resultados antecipados.

Page 103:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

103

Em todas as indicações, nova legislação deverá ser necessária a ser

desenvolvida para relacionar-se com as questões éticas e legais em relação aos

agentes. Embora a questão da responsabilidade, regras e autoridades necessitem

estar relacionada com o nível de projeto para assegurar que um agente haja

dentro de limites apropriados, enquanto seus usuários humanos retenham a

responsabilidade.

4.1.3 Normas

Para se entender questões tais como as responsabilidades e habilidades

dos usuários humanos, regras e autoridades de agentes, é essencial se entender

os conceitos básicos de normas. Estas questões têm sido consideradas de forma

secundária nas outras questões, tal como métodos de formalização para

representar crenças, desejos e intenções, usando lógica modal, temporal e assim

por diante, RAO (1995).

Uma norma é definida como um “guia para condução ou ação que

geralmente está de acordo com os membros de uma sociedade”, ULLMAN-

MAGALIT (1997). Normas e signos são inseparáveis. Signos, através de normas,

são usados para se obter coisas realizadas. O estudo de normas é um conceito

crescente no campo da Inteligência Artificial (AI), MOSES & TENNENHOTZ

(1992); SHOHAM & TENNENHOLTZ (1992). Normas são geralmente

consideradas como receitas, direções ou comandos que governam o

comportamento de agentes.

Cinco tipos de normas podem ser identificados, cada qual governa o

comportamento humano por diferentes aspectos, STAMPER et al. (2000). Normas

perceptivas estão relacionadas com a forma com que os sinais de um ambiente

são percebidos pelas pessoas, através de seu consenso, tal como visão, som e

Page 104:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

104

tato. Normas evolutivas se relacionam com o fato de as pessoas adotarem certas

crenças, valores e objetivos. Normas cognitivas se relacionam com o fato de como

alguém incorpora crenças e conhecimento existentes para interpretar o que é

percebido de modo a ganhar um entendimento. Norma comportamental governa o

comportamento das pessoas, dentro de padrões reguladores. Finalmente, normas

denotativas explicam o uso de certos signos para a simplificação de coisas. Este

uso de signos é dependente da cultura, por exemplo, o uso de ícones na interface

de computadores para significar certas ações.

De modo a fazer com que um agente de software se comporte de um modo

apropriado, a norma comportamental do usuário poderia formalizar o modo que o

agente poderia ser instruído de como se comportar em um modo similar e sob

circunstâncias apropriada. Outros tipos de normas, tal como perceptiva, cognitiva

e evolutiva, poderiam ser especificadas para melhorar a habilidade dos agentes na

aprendizagem e as normas denotativas poderiam ser usadas para o desenho de

interações entre os agentes de sistemas e os usuários STAMPER (2000).

4.1.4 Normas e Sistemas Baseados em Agentes

Embora as normas sejam essenciais para implementação efetiva de

sistemas baseados em agentes, o tratamento existente de normas é ainda não

satisfatório em termos de aplicação de normas neste tipo de contexto de projeto.

Normas em um sistema social são tipicamente fenômenos sociais. Em um sistema

baseado em agentes, as normas que governam o comportamento do agente são

determinadas de uma sociedade de agentes de software. Normas têm a função de

governar, coordenar e controlar as ações dentro de uma sociedade de agente, LIU

(2000). Normas em um sistema de agente usualmente têm as seguintes

características:

Page 105:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

105

Envolvem mais do que um agente; elas usualmente se relacionam a um

grupo de agentes individuais;

Intuitivavemente, elas expressam algumas regras de agentes;

A circulação social de normas envolve caracteristicas sociais, diferentes

das características dos agentes. Em cada um, as normas podem ser

prescritivas, as quais então determinam as regras dos agentes.

As normas têm as regras para a governança do comportamento dos agentes e

suas ações. Isto implica algumas representações internas da norma e algumas

tomadas de decisão normativas, ou seja, uma decisão para concordar com a

norma ou tornar-se livre dela. Quando um agente decide perseguir um objetivo,

ele irá adotar a norma associada com aquele objetivo. Isto resulta em uma

expectativa da regra que ele poderia executar. A regra se relaciona a uma crença

da expectativa do curso de ação, ou seja, para controlar sua ocorrência e reagir se

ela não for executada, CONNTE & CASTELFRANCHI (1995). Por exemplo, uma

promessa de um agente de comprar um livro conduz para que o agente tenha a

regra de compra. Esta regra cria uma expectativa na mente do agente comprador,

de que ele irá definitivamente receber o livro não mais do que em três dias, a partir

da data do pagamento. Se o livro não for recebido do agente vendedor, após o

período estipulado, o agente comprador irá reagir de acordo. A adoção de normas

também cria obrigações sociais e concordâncias que governam o comportamento

do agente. Por exemplo, o agente comprador é incitado a fazer o pagamento uma

vez a transação ter sido negociada e acordada. Deste ponto de vista, as normas

são objetos sociais participantes das regras dos agentes e concordâncias e cursos

de ações esperadas. Este argumento então leva as seguintes questões:

Como pode-se especificar normas?

Quais as implicações para uma norma ser um objeto social que

estabelece as regras dos agentes?

Que relacionamentos fazem as normas suportarem o comportamento do

agente, ações, autoridade e regras?

Page 106:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

106

4.2 Semiótica Organizacional

Atividades, se de negócios ou pessoais, é a obtenção de coisas em

execução pelo uso da informação. Todas as informações são ‘conduzidas’ pelos

signos de um tipo ou por outro. Por exemplo, em uma organização, os signos são

criados, processados e consumidos pelos propósitos econômicos ou sociais, LIU

E DIX (1997). A semiótica organizacional oferece uma teoria de entendimento

organizacional como um sistema onde os signos são criados e usados para a

comunicação e propósitos de negócio, LIU et al. (1998). Ela se concentra sobre o

significado dos signos, o uso dos signos para comunicar intenções e os efeitos

sociais, através do uso dos signos em organizações de negócios. Diferente dos

métodos tradicionais de modelagem, a semiótica organizacional está relacionada

com a modelagem semântica. Ela modela o comportamento de objetos do

sistema ao invés do fluxo de dados. Dois métodos são essenciais no

entendimento da semiótica organizacional: a Análise Semântica e a Análise da

Norma.

4.2.1 Análise Semântica

A análise semântica está relacionada como a pergunta sobre o problema

dos proprietários, precisamente o que significa em termos que falam acerca de

seus problemas e políticas relevantes. É o processo de se encontrar o significado

do problema a um nível de negócio e expressá-los em uma forma gráfica chamada

de carta ontológica ou modelo semântico. Na medida em que os sistemas

baseados em agentes estejam relacionados, oferecem um processo rigoroso e um

conjunto de notações concisas para a captura de regras, autoridades e ações dos

agentes. A ligação entre regras e comportamentos está em duas direções. Em

Page 107:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

107

uma direção, as regras que um agente executa determinam seus

comportamentos. Estas regras irão permitir que ele haja dentro de limites de sua

autoridade. Por outro lado, o comportamento exibido por um agente manifesta

suas regras. Estas duas direções trabalham ao mesmo tempo, ou seja, uma regra

de um agente diz a ele o que fazer e o que ele faz manifesta sua regra. A

necessidade da metodologia da análise semântica traz a tona a representação de

sistemas baseados em agentes pelo estudo deste tipo de padrões de

comportamentos. A figura 4.1 mostra um exemplo de um modelo de análise

semântica de um domínio.

Empregado #Id usuário #senha comprador usuário compra produtos uso assinalado à empregos proprietário possui vende vendedor contabiliza

.

BAS Figura 4.1 – Um modelo semântico, CHONG & LIU.

Os atores (em círculos) são usuários normalmente humanos ou

organizações que podem delegar funções de trabalho para um agente. Uma regra

de um agente é mostrada dentro de um semi-círculo. As pessoas atores, por

exemplo, pode delegar seus deveres para um agente comprador para comprar um

produto para ele. Este modelo é útil para identificar os atores humanos, os quais

têm o direito para delegar deveres enquanto retém a responsabilidade. Uma maior

representação detalhada da ação, que os agentes são autorizados para fazer

enquanto sua regra é especificada, usando o método de análise da Norma. (por

sociedade

pessoa

Organização o

Page 108:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

108

exemplo, está o agente autorizado para fazer o pagamento ao lado do usuário

humano?).

Outro aspecto útil do modelo semântico, que vale a pena mencionar, é que

ele provê uma base para a captura compartilhada de significados, que são

necessários em qualquer comunicação agente-a-agente. A comunicação é vista

como cooperação entre agentes. Agentes, entretanto, necessitam compartilhar um

vocabulário comum de termos para sua comunicação ser efetiva. Por exemplo,

nos negócios, muitos produtos são referenciados por sua abreviação. Então o

termo CPU pode significar Unidade Central de Processamento na industria de

computação. Entretanto, o mesmo termo pode significar outra coisa em outras

indústrias. Quando um agente comprador deseja colocar uma ordem de 10

unidades de CPU, como o agente vendedor irá entender o quê o agente

comprador deseja? Isto é resolvido pelo desenvolvimento de um vocabulário

comum, conhecido como ontologia, que é compartilhada pela comunicação entre

os agentes. Neste modelo, compartilhar significa poder ser capturado, por

exemplo, BAS significa Business Accounting System e isto deve ser claramente

entendido por todos os agentes envolvidos. À medida que os sistemas baseados

em agentes estão relacionados, tais significados de compartilhamentos podem ser

melhores desenvolvidos como ontologias, usando-se ferramentas tais como a

Ontolingua, GRUBER (1991) e ZEUS COLLIS & LEE (1998); COLLIS et al. (1998).

CHONG & LIU (1999) provém um maior detalhamento relacionado com esta

questão.

4.2.2 Análise Norma

O entendimento das Normas e os padrões do comportamento dos agentes

é uma fundamentação para o desenho efetivo de sistemas baseados em agentes.

A análise por Normas é usada para o estudo do sistema, a partir da perspectiva do

Page 109:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

109

comportamento de agentes, que são governados pelas Normas, LIU (2000), e é

conduzido baseado no resultado da análise semântica, o modelo semântico. Em

geral, a seguinte estrutura é considerada viável para a especificação de normas

comportamentais, STAMPER (1998).

IF condição THEN atitude conseqüente do agente

Adotando-se esta estrutura, os projetistas podem determinar que as normas

sociais governarão as ações dos agentes. Quando uma condição é encontrada,

ela irá conduzir o agente a adotar uma certa atitude em direção a alguma

conseqüência (uma referência a alguma coisa ou um estado de um negócio). Uma

atitude reflete a estrutura mental do agente em direção a uma conseqüência, a

qual está refletida em um discurso ou uma situação. Desde que as Normas são

objetos sociais, a estrutura mental de um agente irá também ser antecipada por

outro agente, o qual cria a possibilidade para predizer o comportamento dos

padrões de outros agentes.

Em um sistema baseado em agentes, as normas são importantes, porque

especificam as condições e restrições de certos eventos e ações, CHONG & LIU

(1999). Agentes que são envolvidos nestes eventos respondem com atitudes

diferentes, as quais resultam em uma disposição no estado interno do agente do

mundo. Uma disposição determina o caractere que o agente deverá ter. A tabela

4.1 mostra os diferentes tipos de disposições que podem ser reveladas, quando

pode-se identificar as atitudes dos agentes através das normas.

Para efeito de ilustração, considere as normas da tabela 4.2, que foram

capturadas do modelo semântico apresentado pela figura 4.1.

Da primeira à quarta norma, sugere-se que o agente irá adotar a disposição

dos “Atos”, que incluem os três operadores deônticos, chamados: “obrigado”, “é

permitido” e “proibidos”. A primeira e a segunda norma determinam que os

Page 110:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

110

Tabela 4.1 Disposições reveladas pelas Normas.

Atitudes Disposição

Conhecer, expectativa, imaginar, supor, assumir,

acreditar, convencer, concluir,.......

Crença

Auxiliar a, planejar para, intencionar para, significar

para, persuadir, desejar para,.....

Intenções

Gostar, deplorar, esperança de, desejar, desgostar,

odiar, enjoar......

Valores

Ser obrigado a, estar permitido para, estar proibido

de, estar endividado, ser formado para, intitulado

para,........

Atos

Conhecimento, julgar, reconhecer, admitir, declarar,

proclamar,..........

Percepção

Figura 4.2 – Normas capturadas da figura 4.1.

agentes têm que executar certas ações quando uma especificada condição tenha

ocorrido. O usuário humano claramente conhece que ele não pode se evadir de

1. IF usuário agente deseja usar o BAS, THEN usuário agente é obrigado a ter uma ID e Password.

2. IF agente vendedor faz um comprometimento para vender um produto a um preço, THEN agente vendedor é obrigado a vender o produto a um preço.

3. IF agente comprador compra um produto AND o preço é menor do que R$100, THEN o agente comprador está permitido a fazer o pagamento através do cartão de crédito.

4. IF comprador compra um produto AND o preço é maior do que R$100, THEN o agente está proibido de fazer o pagamento.

5. IF o agente comprador decidir comprar um produto, THEN o agente comprador irá esperar uma cotação.

Page 111:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

111

alguma responsabilidade desde que o agente não escolhe, mas executa aquela

ação. A terceira norma determina que o agente comprador tem a autoridade para

fazer o pagamento sob a orientação do usuário humano, enquanto o usuário

humano suporta a responsabilidade de determinar o crédito do cartão de crédito.

O agente pode somente exercitar esta autoridade sob a limitação da condição

especificada. A quarta norma determina que o agente comprador não está

autorizado a fazer o pagamento ao lado do usuário humano sob certas condições.

Em outras palavras, o usuário humano poderia desejar que o agente comprador o

consultasse antes de tomar a atitude responsável de fazer o pagamento. Cuidados

devem ter ao programar o agente para comportar na maneira prescrita de tal

modo que o usuário humano não tenha nenhuma responsabilidade desnecessária!

A quinta norma determina que o agente comprador irá adotar uma “intenção”

disposta. A identificação da disposição dos “atos” torna-se útil no estabelecimento

dos limites, nos quais o agente deverá se comportar, a disposição da “intenção”,

“crença”, “valor” e “Percepção” podem ser embutidos nos agentes para melhorar

suas capacidades para executar muita das atividades regulares. Por exemplo, um

agente, que tem uma intenção de comprar o produto pelo menor preço, pode

também ter a habilidade para comparar os preços e determinar o melhor preço.

4.3 Avaliação

Os dois métodos semióticos organizacionais provêem um poderoso método

para o desenho de sistemas baseados em agentes. A análise semântica manifesta

o uso dos signos no nível social. As Normas que governam o uso dos signos de

uma maneira coordenada podem ser identificadas. A análise de sistemas

convencional tem ignorado este nível social dos signos.

O modelo semântico resultante da análise semântica incorpora os tipos

fundamentais de relacionamento, que pode levar a um sistema baseado em

Page 112:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

112

agentes típico. Ele permite que o projetista tenha uma clara visão dos

relacionamentos complexos entre agentes, sem se envolver em detalhes de

implementação, assim eles podem também ser usado para comunicar com os

usuários não técnicos. É apropriado se mencionar que o modelo semântico tem o

potencial e habilidade para capturar os vocabulários compartilhados, que são

usados pelos agentes durante as comunicações.

O método da análise Norma provê uma rigorosa metodologia para

identificar as normas que governam o comportamentos dos agentes. O conceito

de análise de normas (por exemplo, autoridade, obrigação, proibição, permissão)

podem ser transladadas de normas específicas, em uma linguagem executável

para os agentes, de modo a se comportar dentro de restrições de suas

autoridades limitadas, de tal modo que os usuários humanos não irão ter

responsabilidades desnecessárias.

Uma área de problema na análise de normas é que a especificação

resultante é descrita em uma linguagem natural, por exemplo, o Português.

Projetistas diferentes podem dar significados diferentes para conceitos diferentes

nas especificações. Isto cria confusão e desentendimento quando a especificação

é de um projetista para outro e necessita passar para o desenvolvedor, assim o

próximo desenvolvedor não entende completamente o significado das

especificações.

4.4 Considerações Finais deste Capítulo

Em uma organização, os agentes de software são desenvolvidos para

assistir os usuários humanos na execução de muitas das atividades regulares. Os

usuários humanos estão aptos para delegar suas funções de trabalho ou

Page 113:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

113

obrigações para seus agentes pessoais, enquanto retém a responsabilidade.

Entretanto, esta linha de distinção entre deveres e responsabilidade é usualmente

não muito clara para os projetistas dos agentes. Como um resultado, os agentes

são subseqüentemente programados para executar tarefas para as quais os seres

humanos não desejam ter a responsabilidade. Entretanto, a confusão como

levantar quem terá a responsabilidade ocorre quando um agente executa uma

ação inesperada que resulta em um problema.

A metodologia da Semiótica Organizacional tem sido proposta para o

tratamento deste problema no desenho de sistemas de agentes. Os agentes de

software geram, processam e consomem signos das atividades dos negócios. A

análise semântica oferece um modo sistemático para o estudo de todos estes

aspectos dos signos em sistemas baseados em agentes. O método é um

processo rigoroso, que permite o projetista capturar os signos que são gerados

pela organização. O projetista pode, então, identificar as regras dos agentes,

dependendo das obrigações delegadas pelos seres humanos e o grupo de atores

humanos, os quais podem delegar obrigações, enquanto mantém as

responsabilidades sobre estas obrigações.

Enquanto o modelo semiótico pode se usado para estabelecer as regras

que um agente pode se comprometer, uma expressão mais detalhada de

autoridades que acompanham estas regras pode ser compreendida, usando-se o

método de análise Norma. Os agentes usam signos de um modo ordenado e

coordenado. Para se conseguir esta coordenação e ordem, as normas formam

uma importante regra na governança do comportamento dos agentes. A

disposição dos “Atos” necessita ser capturada pelas normas de modo a assegurar

que os agentes haja dentro dos limites de autoridade que acompanham suas

regras. As outras disposições podem ser programadas nos agentes de tal modo

que eles possam ser envolvidos em relacionamentos sociais mais complexos.

Page 114:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

114

5. A METODOLOGIA SEMIÓTICA PARA AS REGRAS DE MODELAGEM ORGANIZACIONAL POR AGENTES INTELIGENTES

Uma regra organizacional é definida como um conjunto de funções com

suas obrigações e autorizações. O agente humano ou artificial pode controlar

várias regras. É também possível que vários agentes sejam designados para

controlar uma dada regra. De fato, nas modernas organizações é comum

encontrar-se muitos agentes executando várias regras diferentes

simultaneamente. Isto pode causar conflitos éticos e deônticos quando o mesmo

agente deve controlar regras conflitantes. Nestes casos, o agente deve usar algum

critério para resolver os conflitos internos. A seguir será proposta uma metodologia

para este tipo de problema, mantendo a autonomia essencial do agente.

Os agentes organizacionais, humanos e máquinas, devem ser modelados,

usando-se um modelo social. Esta visão é concebida pela comunidade semiótica,

onde seis camadas forma definidas, incluindo duas grandes áreas: a plataforma

da tecnologia da informação, que consiste de três camadas (físico, mundo,

empírico e sintático) e o as funções da informação humana, que consiste também

em três camadas (semântica, pragmática e mundo social). Esta estrutura em

camadas semióticas é mostrada na figura 5.1.

A semiótica pode ser definida como uma doutrina formal dos signos.

Atualmente, o modelo em camadas mencionado mostra como a assim chamada

informação pode ser vista como um aspecto diferente dos signos – o componente

atômico da informação – em diferentes níveis abstratos. Cada nível analisa um

aspecto diferente do signo e neste caso pode-se estar particularmente interessado

no nível superior, onde os efeitos do uso dos signos em grupos de agentes é

estudado.

Page 115:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

115

Figura 5.1 – A estrutura Semiótica, STAMPER (1999).

Para se entender as organizações, é muito importante se ter o significado

de vários aspectos dela claramente definido e se ter as dependências conceituais

também bem definidas. Esta análise semântica pode ser graficamente desenhada

como uma carta ontológica da organização, incluindo todos os agentes, regras,

recursos e suas dependências ontológicas.

Quando uma ontologia clara organizacional não está disponível, onde todas

as regras são descritas e todos os aspectos normativos tais como autoridade e

relacionamentos de poderes estejam claros, pode não ser possível entender e

predizer o comportamento dos agentes. As normas irão ser formalmente definidas

a seguir, mas informalmente elas são vistas como regras sociais, que um agente

tem que seguir, a menos que circunstâncias excepcionais apareçam, tais como

situações de conflitos ou entre normas diferentes ou entre normas e os objetivos

dos agentes.

No modelo organizacional, pode-se imaginar que todos os agentes sejam

autônomos, ou seja, são opacos no sentido de que ninguém possa ler suas

mentes (conhecimento encapsulado) e eles são livres para gerenciar suas

MUNDO SOCIAL – crenças, expectativas, Funções das Informações Humanas concordâncias, contratos, leis, cultura,..... PRAGMATISMO – intenções, comunicações, conversações, negociações,........ SEMÂNTICA – significado, proposições, validade, verdade, significação, denotação,....... Plataforma TI SINTATICA – estrutura formal, linguagem, lógica, dados, registros, dedução, software, arquivos,.................. EMPÍRICA – padrões, variedades, barulho, entropia, capacidade de canais, redundância, Eficiência, códigos,........ MUNDO FISICO – sinais, traços, distancias físicas, hardware, densidade dos componentes, velocidade, economia,......

Page 116:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

116

agendas, ou seja, decidir quais objetivos desejam e quais descartam, incluindo

objetivos sociais, tais como normas. Portanto, é um aspecto essencial para o

modelo que os agentes possam decidir automaticamente para fazer ou não suas

obrigações. Entretanto, algumas estruturas sociais devem existir para se fazer os

agentes cooperarem.

Agentes artificiais são agentes inteligentes, que são desenhados para

executar tarefas rotineiras, os quais requerem habilidades moderadas da razão. Estes agentes são construídos usando-se conceitos de software muito abstrato. É

usual descrevê-los usando atitudes mentais, tal como modelo de arquitetura BDI,

que é baseada na combinação de Crenças, Desejos e Intenções, RAO &

GEORGEFF (1992). Este modelo atribui atitudes para os agentes de modo a

tornar fácil a discussão e especificação e análise de agentes inteligentes, pelo uso

de nível abstrato adequado de discussão. Desde que esteja interessado no

desenho de agentes cooperativos, outro aspecto importante destes agentes em

suas capacidades de comunicação, em um nível conversacional, de modo a

prover os meios para a solução de problemas cooperativos.

Este trabalho propõe uma estrutura na qual os agentes autônomos

organizacionais cooperam pelo compartilhamento de uma ontologia comum da

organização e estão atentos para as funções e obrigações (regras). Apesar de o

fato de que os agentes organizacionais são ainda agentes autônomos e,

entretanto, podem escolher violar obrigações, o modelo proposto permite aos

agentes organizacionais cooperarem de forma responsável e eficiente, dando a

eles uma tabela de valores que guia suas ações eticamente. Acredita-se que um

modelo organizacional adequado deve contabilizar tanto para os aspectos

racionais do agente individual e para os aspectos normativos, que são tipicamente

da sociedade. Portanto, ao lado da contabilização para a representação da

estrutura organizacional, é necessário transladar estes aspectos sociais na mente

dos agentes e representá-los, usando-se construções mentais, tal como crenças e

objetivos. O maior aspecto é que a tabela de valores deverá ser usada, em

Page 117:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

117

qualquer lugar que haja conflitos, para avaliar a utilidade de uma decisão: uma

norma deverá ser violada somente se o custo desta for menor do que os

benefícios resultantes de uma violação da norma.

No escopo deste texto, foi considerado que, dado o fato que uma grande

parte do conhecimento formal e estrutural da organização é normativo, a lógica

deôntica (a lógica de obrigações) dever ser adequada para o paradigma da

representação do conhecimento. Entretanto, não existe uma simples lógica

deôntica: existem várias lógicas deônticas. MEYER & WIERINGA (1993) mostram

um número de membros desta família. A lógica deôntica, que será usada, é uma

extensão da lógica deôntica dinâmica, a qual não somente identifica a existência

de uma norma de violação, mas contabiliza os diferentes tipos de violação e

também contabiliza os aspectos do tempo.

5.1 Integração dos Sistemas de Informação Organizacionais

Neste tópico, está-se interessado na exploração de um aspecto da

modelagem da organização e do gerenciamento do seu conhecimento, que é a

possibilidade do uso de agentes artificiais para substituir ou assistir os agentes

humanos nas tarefas do negócio. Portanto, existem alguns aspectos da

modelagem organizacional que não estarão sendo considerados. O modelo da

“cebola organizacional”, de STAMPER (1992), para o entendimento das regras de

limitações dos sistemas técnicos em uma organização, é mostrado na figura 5.2.

Page 118:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

118

Figura 5.2 – O modelo da “cebola” de uma organização, (baseado em STAMPER(1992)).

A parte informal da organização inclui todos os aspectos que estão

relacionados com ou sem normas e procedimentos escritos explicitamente

definidos. É uma sub-cultura onde os significados são estabelecidos, intenções

são entendidas, crenças são formadas e concordadas com responsabilidades que

são feita e o conhecimento devidamente gerenciado. A parte formal constitui os

sub-sistemas burocráticos da organização, onde a forma e as regras

(conhecimento) substituem o significado e as intenções. Será considerada

somente a parte formal da organização, porque é somente a parte onde os

agentes artificiais são mais úteis, para auxiliar as pessoas em tarefas repetitivas,

mecânicas e do conhecimento.

Desde que haja interesse pela implementação destes agentes artificiais,

será necessário usar sistemas de computadores. Assim será necessário restringir

o modelo organizacional na parte técnica da organização, ou seja, a plataforma da

TI. Entretanto, diferente da visão típica da TI da organização, não se focará na

parte principal da TI. O foco será principalmente sobre a parte formal. Busca-se

Informal

Formal

Técnico

Page 119:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

119

entender o aspecto formal, assim o lado mecanicista dos processos do negócio.

Além disso, diferente dos objetivos naturais da área da Inteligência Artificial (AI),

não será tentado desenvolver uma máquina melhor para um trabalho: está-se

tentando entender como se construir máquinas que têm um comportamento social

e assim estarem aptas em integrar grupos sociais e gerenciar seus conhecimentos

(uma organização) não somente com outros agentes artificiais, mas com agentes

humanos também. O foco deste trabalho é, entretanto, no compartilhamento e

gerenciamento do conhecimento e a modelagem da organização. As

organizações de sucesso devem criar uma infra-estrutura de compartilhamento do

conhecimento para suportar e coordenar seus negócios e seu conhecimento. Os

sistemas de informações organizacionais baseados em departamentos isolados

do passado estão mudando para ambientes mais integrados. Esta mudança é

dirigida principalmente pela TI.

Uma estrutura em camadas contém três componentes principais que

podem modelar as tarefas de integração: permitindo as tecnologias, integrando as

arquiteturas e integrando a globalização. Permitindo as tecnologias são os pré-

requisitos para a integração dos sistemas e incluírem os conceitos de engenharia

de software, o uso de banco de dados em diferentes formas de aplicações e o

subsistema adequado de redes de computadores. A integração de arquiteturas

descreve a interconexões e uso dos blocos de construções que formam o sistema.

A integração global endereça a coordenação e o ajuste fino do sistema a interface

do usuário e ao nível semântico.

Esta metodologia foca sobre o problema da modelagem dos processos de

negócio, não somente pelo estabelecimento de um modo para integrar as

diferentes fontes de informação, mas pela identificação e modelagem dos agentes

que tomam parte no processo e as regra(s) que este agente executa.

Os agentes são entidades dirigidas para os objetivos que atuam ao lado de

alguém. Embora o agente é um conceito que não é facilmente definido,

WOOLDRIDGE & JENNINGS (1995), a metáfora do agente pode ser usada com

Page 120:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

120

quase qualquer coisa. Aqui será requerido somente que um agente guarde a

propriedade básica: autonomia. Isto significa que o agente é opaco: não é possível

diretamente controlar suas crenças ou objetivos. Somente respeitando esta

característica podem-se distinguir agentes de simples objetos. Isto é a autonomia

do agente que permite o assinalamento de responsabilidades. Este muito

importante aspecto é mesmo mais relevante quando usado em sistemas

altamente distribuídos, ou seja, a Internet pode ser considerada.

A estrutura da semiótica provê uma instância ideal para analisar a estrutura

conceitual e os processos do negócio que existe em uma organização. A

informação é um conceito fuzzy, que toma fachadas diferentes em níveis

diferentes, no modelo organizacional. Entretanto, é muito difícil clarear o uso desta

palavra sem se ter a definição de seu significado. Considerando uma entidade

atômica – o “signo” – a organização semiótica estabelece uma visão da

organização que pode compreender todos os níveis necessários para este

propósito como foi visto na figura 5.1.

A comunicação, cooperação e outras atividades do nível social entre os

sistemas de informação, dentro da organização, requer a manipulação de

informação em vários níveis semióticos, incluindo não somente os níveis da

plataforma de TI, mas especialmente em níveis mais abstratos: entendimento da

semântica do negócio, incluindo a integração e unificação do conceito de

diferentes fontes de informação; entendimento de agentes de processos

intercolaborativos incluindo o gerenciamento da conversação e os aspectos

pragmáticos, tais como a intenção de apuração e representação; e o nível social

do conhecimento incluindo a estrutura social, poder e relações de

responsabilidade, normas, concordância e outros aspectos.

5.2 A Semiótica e a Modelagem de Processos de Negócios

Page 121:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

121

A semiótica foi fundada como uma teoria formal dos signos por Pierce, o

qual estabeleceu três campos distintos da semiótica: sintaxe, semântica e

pragmatismo. Foram adicionados mais níveis na teoria de Stamper, criando uma

estrutura demonstrada na figura 5.1. ANDERSEN (1990) definiu a semiótica

computacional como “um braço da semiótica, que estuda a natureza especial dos

sinais baseados em computadores e como eles funcionam em uso.” A

metodologia da semiótica da computação enfatiza a importância da integração dos

computadores na realidade social. É muito importante fazer os sistemas

baseados em computadores se encaixar em uma organização de negócios e

integrar a tecnologia da informação com os aspectos sociais que permitem o

sucesso em satisfazer os objetivos do negócio. Algumas vezes é um risco a

aplicação da alta tecnologia sem um claro entendimento do circuito da informação

e os sistemas de informações já existentes na empresa.

Usando a estrutura da semiótica para cobrir os estágios principais do ciclo

de vida dos sistemas, uma coleção de métodos tem sido definida, os quais podem

ser aplicados para todas as atividades do desenvolvimento dos sistemas ao longo

do ciclo de vida de desenvolvimento dos sistemas. As normas representam as

regras dos negócios, objetivos sociais, restrições e outros aspectos estruturais da

organização e são essenciais para a definição das regras de um agente, incluindo

a especificação de suas funções e obrigações.

A metodologia adotada mostra um processo de negócio como uma rede de

processos orientados de agentes autônomos. Agentes podem representar coisas

individuais ou coleções, incluindo parceiros externos como clientes, reguladores

ou fornecedores e entidades internas tais como um estafe, departamentos ou

sistemas. A sintaxe e a semântica adotadas para a representação do

conhecimento dentro da mente dos agentes está baseada em uma proposta feita

por GUDWIN (1999). No nível social o conhecimento normativo adquire a regra

mais providente. As normas são a fonte das concordâncias e contratos que os

agentes celebram um com os outros. Entretanto, nós devemos lembrar que os

Page 122:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

122

agentes são autônomos, entretanto, eles são livres para adotar ou não um

comportamento normativo. As obrigações sociais e os objetivos sociais são,

entretanto, diferentes dos objetivos individuais, embora a sua adoção dependa do

agente, existem os custos sociais envolvidos se eles não forem considerados.

5.3 Ontologia para o Compartilhamento de Conhecimento

Desde que agentes diferentes necessitam para se comunicar e resolver

problemas, da semântica definida em sua base de conhecimento, a qual pode

incluir conceitos conflitantes, necessita-se usar uma carta ontológica para integrar

modelos de diferentes domínios em uma estrutura coerente. Adicionalmente, a

ontologia é usada como parte da base de conhecimento do agente, para definir as

regras do agente.

Ontologia é a área da Filosofia que está relacionada com a “Pessoa”: ela

estuda o que existe e os relacionamentos entre os conceitos existentes. Desde

que esta área da filosofia requer a identificação e definição conceitual de cada

pessoa, Ontologia é também um termo usado para referir o compartilhado

entendimento de algum domínio de interesse, o qual pode ser usado como uma

estrutura de unificação conceitual. Atualmente não existe uma definição comum do

significado do termo, o qual pode ser usado como um vocabulário de um nível de

metalinguagem de uma teoria lógica.

A palavra ontologia é algumas vezes usada para se referenciar a uma

conceitualização implícita. Entretanto, o mais prático uso é que a ontologia é uma

contabilização ou representação explícita de uma conceituação. Conceitualização

compartilhada inclui estruturas conceituais para a modelagem de domínios do

conhecimento; protocolos de conteúdo específico para a comunicação entre

agentes inter-operacionais; ou concordâncias acerca de representações de teorias

Page 123:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

123

de domínios particulares. Uma ontologia é especificada, usando-se um método

chamado de “carta ontológica”.

5.4 Conhecimento Normativo

A metodologia adotada para a especificação da ontologia está baseada em

uma linguagem baseada em regras, a qual provê a semântica operacional para os

conceitos, relacionamentos e regras definidas em uma carta ontológica e permitir

o processamento automático. Em adição ao conceito de modelagem provido pela

ontologia, é necessário prover o agente com um conhecimento normativo acerca

do processo e restrições envolvidas no planejamento de cada de suas regras.

Estes aspectos, que são relacionados a autoridades, delegação e

responsabilidades, podem ser definidos como lógica deôntica.

5.4.1 Lógica Deôntica

A lógica deôntica é a lógica das obrigações. Ela estuda o uso normativo da

linguagem e é muito útil para as razões acerca do normativo versus o

comportamento não normativo. Algumas das distinções entre normativo e o

comportamento atual não está claro nas especificações dos sistemas. Isto impede

a especificação de que algum comportamento é ilegal, mas nunca possível.

Entretanto, em certas circunstâncias, é muito importante para especificar o que

poderia acontecer se tal é ilegal, mas possível o comportamento ocorrer. Isto é

facilitado pelo uso da lógica deôntica.

O axioma usual da Lógica Deôntica deriva da Lógica Tarskian, onde as

estruturas de Kripe são superimpostas. A lógica resultante é chamada de sistema

Page 124:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

124

padrão de lógica deôntica, KD. Este nome refere-se a uma classificação do

sistema de lógica modal, definido por Brian Chekkas. Atualmente isto é uma lógica

modal com possíveis palavras semânticas, onde um operador modal de

Obrigações (O) é definido. Este sistema de lógica deôntica está inclinado a certos

tipos paradoxos quando existir obrigações contrárias envolvidas (obrigações que

referem a situações sub-ideiais). Entretanto, muitos destes paradoxos podem ser

eliminados se o conceito de “obrigações padrões” é introduzido, junto com os

conceitos relacionados de viabilidade, que se relacionam com o ofuscamento ou

cancelamento de certas obrigações quando outras são impostas. Isto requer a

combinação da lógica deôntica com lógica padrão.

A diferença fundamental entre a lógica deôntica e a lógica para raciocínio

defensável, considerando-se o operador modal de obrigação “O” o dual do

operador modal da necessidade, é que ~p ^ Op não é consistente. Ou seja, a

razão porque ela é usual para representar o operador O como um operador modal

com possíveis palavras semânticas, para fazer verdade que tanto as obrigações e

suas violações poderiam ser verdade ao mesmo tempo. Isto é o que é chamado

de ofuscamento de uma obrigação: ela está ainda com força, mas não pode mais

funcionar.

Como uma solução prática, MEYER (1993) propôs uma lógica deôntica

que também incorpora a lógica de ação e pode ser usada para se pensar acerca

de situações onde normas são violadas, pela introdução de uma constante de

violação (Vi), indexada pela obrigação que tem que ser violada e reduzindo a

lógica Deôntica padrão para a Lógica de Predicado, a qual foi chamada de lógica

Deôntica dinâmica.

5.4.2 Estrutura das Normas

Page 125:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

125

A representação formal das normas pode ser também feita, usando-se

diferentes paradigmas da representação do conhecimento. Por exemplo, NORMA,

LIU (1993), é uma linguagem de representação inspirada em enquadramento de

sistemas e usando-se uma metodologia específica e notação para a

representação de normas, a qual foi desenvolvida no escopo do projeto MEASUR.

Na NORMA, a norma tem a estrutura básica:

<norma> ::= If <condição> then <D> <Agente> <Ação>,

onde D é um operador Deôntico (obrigação, permissão ou proibição),

Agente é uma entidade responsável e Ação é o que o agente faz se a norma é

adotada.

Além disso, os aspectos do tempo (disparos e prazos) e indicações,

relacionando o domínio objeto da norma são especificados na NORMA, usando

enquadramento da norma. O enquadramento da norma é estruturas compostas

por várias ranhuras, representando as características seguintes das normas: ter

recursos, o agente responsável, a norma próton, o disparo e a especificação da

norma. A existência de recursos é um comportamento de regularidade; a norma

próton define os tipos de informações necessárias para a descrição da condição

da norma de aplicabilidade; os disparos referem-se aos aspectos do tempo

relacionados com o início e o fim da existência da norma.

Na NORMA, uma norma controlando o comportamento de um agente no

nível social, isto é, uma norma de ação, é vista tendo uma restrição. Acredita-se

sendo isto uma visão reducionista da regra da norma no mundo social, causado

pela consideração da norma do ponto de vista da perspectiva da sociedade.

Entretanto, quando se olha de dentro da mente de um agente, é possível se ver

que as normas são mais do que restrições, ou seja, as normas podem agir como

um mecanismo de, geração de objetivos. As normas podem ser vistas como uma

ferramenta de auxilio para a manipulação da formação da racionalidade: o aparato

Page 126:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

126

obtém melhor e mais comportamentos consistentes do que o cálculo probabilístico

pode dar.

Desde que os agentes são autônomos, a adoção de normas é uma forma

de concordância. Ela é uma concordância para se chegar a um objetivo de

reconhecimento social. Isto é diferente da concordância coletiva e também da

concordância individual. Não é uma concordância individual compartilhada por

muitos indivíduos: pelo contrário, ele se refere a um processo pelo qual um

número de agentes concordam entre si um ao outro. A questão permanece: como

uma concordância social é criada? Acredita-se que, em adição a uma norma

existente na sociedade em si, ela deve ser reconhecida pela mente do agente e

processada lá antes de ser adotada. CONTE & CASTELFRANCHI (1995)

argumentam que um agente X é socialmente concordado a uma ação A antes do

agente Y (o concordante), quando as seguintes condições ocorrerem:

1. X tem uma concordância interna para A e Y a conhece (adoção do objetivo:

condição necessária, mas não suficiente);

2. Y tem direito a:

a. Ter certeza de que X faz o que ele prometeu;

b. Exigir de que ele faça-o;

c. Queixar-se para X se ele não fizer A;

d. Eventualmente requisitar compensação de suas perdas, se X não

fizer A.

3. Y deve concordar com X, fazendo A e X deve conhecer que tais

concordâncias ocorreram.

5.4.3 Concordâncias e Conversações

Page 127:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

127

Esta questão aparece a partir da relação da norma com a noção de

compromisso. Assume-se que as agentes podem ser individuais ou em grupos,

que podem ser recursivamente compostos em grupos. CASTELFRANCHI (1993)

propôs que os compromissos são estabelecidos na presença de uma testemunha,

que age igualmente como juiz e pode forçar um compromisso ou fazer o agente

compromissado compensar o agente comprometido se a norma for violada.

SINGH (1996) estendeu esta noção e propósitos, ao invés de, a noção de

contexto, que representa um grupo que contém os agentes participantes e inclui

as normas que aplicam naquela dada sociedade, tão bem como a situação

naquele instante que foi instanciada.

Tipicamente, um agente age de acordo com seu compromisso e tenta ter

sucesso em satisfazê-lo. Compromissos de agentes são desconsiderados quando

a condição desejada é obtida. Entretanto, se os compromisso não podem ser

desconsiderados ou, desde que os agentes sejam autônomos, o agente

comprometido não deseja desconsiderá-lo neste caso, o contexto do

cancelamento deve ser considerado. O cancelamento pode tomar a forma de uma

realização explícita pelo contexto do grupo.

Formalmente, um compromisso é uma entidade de primeira classe, que

pode ser referenciada e manipulada e tem a seguinte estrutura:

<concordância>::= <Condição> then <D> <Agente comprometido>

<Objetivo> <Agente consignado> <Política de Cancelamento>

Nesta definição, o agente comprometido é o agente responsável para

atingir o objetivo. Também inclui uma referência para o agente, antes que o

agente responsável é consignado e um predicado que define como um

compromisso que não pode ser preenchido pode ser cancelado. Um modo típico

de como os compromissos sociais são criados é o curso das conversações, ou

seja, seqüências de atos de discurso bem formados. Por exemplo, quando um

Page 128:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

128

agente faz uma promessa, ele está comprometido para atendê-lo. Transações de

negócio tipicamente incluem “promessas” e têm fases. Entretanto, desde que os

processos de negócio são seqüências de transações de negócio, faz sentido se

ver os processos como sequência de compromissos entre indivíduos responsáveis

e autorizados socialmente, REIJSWOUD & DIETZ (1999).

Algumas intuições relativas a estrutura de conversação foram apresentadas por

WINOGRAD & FLORES (1987), que estabeleceram as bases para o que é agora

chamado de “Linguagem de Perspectiva de Ação”. Em linha com esta escola de

pensamento, JAN DIETZ (1992) desenvolveu uma metodologia chamada de

DEMO (Modelagem Essencial Dinâmica de Organizações) para a análise e

representação de processos de negócios. Na DEMO, o padrão básico de uma

transação de negócio é composta das três fases seguintes:

1. Uma fase inicial, durante a qual um agente cliente requisita um fato de um

agente fornecedor (eventualmente o fato pode ser para executar uma certa

ação). Esta fase pode envolver uma negociação. Se ela suceder, o

fornecedor irá prometer ao cliente que irá tentar concluir o fato requisitado

(executar a ação acordada);

2. A execução da ação (uma responsabilidade interna do agente fornecedor)

que, se tiver sucesso, irá gerar o fato requisitado;

3. Uma fase final, durante a qual o fornecedor reporta ao cliente o resultado

de sua ação e, se tiver sucesso, conduz o cliente a aceitar os resultados

apresentados.

Page 129:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

129

O-FASE E-FASE R-FASE A1: A2: A2: A1: Figura 5.3 – Transações de Negócios, BARJIS (1999)

As transações básicas podem ser combinadas para atender transações

complexas. A metodologia DEMO para a modelagem de transações dá ao analista

um bom entendimento dos processos do negócio em andamento na organização,

tão bem como os agentes envolvidos neles. Entretanto, a metodologia DEMO não

é muito clara acerca dos aspectos pragmáticos da transação, chamada de

estrutura de conversação e as intenções geradas na mente de cada agente. Uma

transação é tipicamente apresentada com um gráfico em que, em cada nó, estão

os estados de uma conversação entre dois agentes, mas nada é dito acerca de

como os agentes individuais interpretam a conversação. Desde que acredita-se

que cada agente deveria ser autônomo e, entretanto, deveria ser possível se

decidir, de acordo com a função interna de avaliação, para conformar-se ou não

com as normas, a visão externa apresentada pela DEMO, torna-se difícil modelar

agentes autônomos.

5.4.4 Planos de Conversão

ISW Requisição Promessa Estado Aceite Ação Objetivo Fato Original OW

0 1 2

3

4 5

f

Page 130:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

130

Embora acredita-se que o modelo de transação definido por Dietz tem

muitas propriedades interessantes, necessita-se “decompor” o modelo de

transação em um plano de conversações individuais, que podem ser gerenciadas

por cada agente autônomo. Cada plano de conversação pode ser formalizado

como uma máquina de estado finito (FSM) e implementado, usando-se um método

declarativo tal como um sistema baseado em regras ou baseado em

enquadramento, de modo a permitir modificações em tempo real (aprendizado).

Abaixo está apresentado um exemplo do tipo de decomposição projetado (figura

5.4). Os nodos representam os estados da mente dos agentes. Transações entre

os estados são mostradas como arcos, onde os nomes têm a sintaxe

<entrada>/<saída>.

Agente Iniciador FSM:

-/Req

Prom./

Req/Prom Rep/Contabilização

-/Rep

Ac./-

Figura 5.4 – Decomposição de transações de negócio básica em agentes máquinas de estado

finita.

Uma transação complexa de negócios típicos não é linear. Vários planos de

conversação são normalmente disponíveis, para cada agente participante. Nestes

casos, cada agente individual seleciona o melhor plano de conversação de acordo

Início

Requisição

Espera

Fim

Início

Requisicao

Espera

fim

Page 131:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

131

com seus objetivos e a tabela de valores. Avaliação de intenções de outras partes

da conversação tornam-se um aspecto importante, em que cada agente deve se

relacionar para selecionar um plano de conversação adequada.

A seleção do plano de conversação é baseado na intenção da

determinação é um aspecto que está correntemente sob pesquisa. Se um agente

é um membro de uma organização, é fácil selecionar o plano adequado de

conversação, porque os agentes satisfazem regras, assim a pesquisa para um

plano é altamente constrangedora. A decisão de um agente organizacional para

selecionar um plano de conversação é estabelecido em sua percepção da regra

organizacional que ele executa. Isto pode ser entendido como um caso de

racionalidade formada socialmente, igual ao conhecimento heurístico de ser útil

como um modo de circundar as limitações do mesmo comportamento em agentes

artificiais, SIMON (1996). Entretanto, para simular o mesmo comportamento e

agentes artificiais, é muito importante para representar e pensar acerca de

conhecimento relacionados a regras da organização.

5.5 Regras Organizacionais

Uma regra organizacional específica um conjunto de funções, obrigações e

direitos associados com uma posição de trabalho. Neste contexto, regras são

estruturas conceituais que descrevem o comportamento de agentes

organizacionais. Isto inclui as especificações da ontologia relevante: as entidades

relevantes e seus relacionamentos, o conjunto de ações de agentes disponíveis

que podem fazer e suas especificações em alguma linguagem formal executável.

Regras são genéricas, independentes de agentes específicos que

satisfazem-nos em um certo período de tempo. Regras são estruturas abstratas,

que juntas definem uma organização. Não é necessário que um agente execute

Page 132:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

132

uma simples regra. Considere-se um agente humano organizacional. Tal como um

agente pode ser uma pessoa específica, departamento ou outra unidade

organizacional. É usual o caso de que o agente, em sua descrição de trabalho,

seja assinalado a mais do uma regra. Isto significa que este agente humano deve

decidir, em cada circunstância, em qual regra estará atuando. Este modelo é

similar ao sistema estruturado proposto por Marvin Minsky, uma das maiores

representações do conhecimento na Inteligência Artificial. MINSKY (1975) sugeriu

que a mente de uma pessoa poderia estar apta para entender o meio ambiente

ajustando uma estrutura mental correta para tal, ou seja, usando um conjunto de

conceitos ajustados para uma situação real do mundo, onde estas propriedades

destes conceitos são identificadas principalmente usando a percepção do agente,

mas eles são freqüentemente completados com as propriedades padrões. Isto é

vital para a solução de qualquer tipo de problema. Quando um agente tem que

resolver um problema específico, eventualmente co-operativamente, ele deve

primeiro determinar sua estrutura na mente, de modo a claramente entender o

problema e estar apto a aplicar o conhecimento adequado, de modo a resolver o

problema.

Na seção anterior, foi argüido que as ações sociais não podem ser

entendidas sem a contabilização das normas, tanto no nível social como no nível

individual. Foi mostrado que um dos mais comuns modos de compromissos

sociais, ou seja, a adoção da norma pelo agente, está em curso da conversação

do agente. Acredita-se que a seleção da estrutura adequada da mente pode ser

consumada pela modelagem da regra.

5.6 A Estrutura das Regras

A estrutura da regra proposta aqui é um primeiro passo no desenho de um

agente organizacional, onde os agentes interagem automaticamente no modo

Page 133:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

133

descrito anteriormente. De acordo com o que foi dito, as regras são estruturadas

em duas partes:

1. Uma parte normativa que enumera todas as obrigações e direitos aplicáveis

à regra, as quais são especificadas como uma lista de regras lógicas

Deônticas;

2. Uma parte funcional, onde as ações que podem ser executadas no escopo

da regra são definidas. Esta parte enumera todos os planos de

conversação que o agente usa para escolher a regra para usar.

Ambas as partes são descritas principalmente declarativamente. O uso de

um paradigma declarativo para a descrição de ações é menos eficiente do que o

paradigma procedural, mas tem a vantagem de prover flexibilidade, permitindo se

adaptar suas ações em “tempo real”, mesmo quando eles encontram situações

inesperadas.

A estrutura organizacional define relações poderosas que influenciam as

autorizações e obrigações de cada regra. Se uma regra está em linha de

dependência direta sobre um outro então, a regra superior tem o direito para

requisitar ou comandar a regra subordinada e ela é obrigada a obedecer à

requisição ou comandos da regra superior, dentro do escopo da sua função.

5.7 Considerações Finais deste Capítulo

A metodologia enfatiza a importância das estruturas normativas e as

concordâncias na razão social. Regras incluem o conhecimento normativo, tal

como as obrigações e autorizações e um conjunto de serviços que definem as

capacidades associadas com as regras organizacionais. As interações são

modeladas baseadas na teoria de atos rápidos onde as conversações são vistas

como seqüências de atos rápidos. Um agente organizacional pode executar mais

Page 134:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

134

de uma regra, entretanto, antes de o agente começar uma conversação ele deve

terminar a regra sobre ela. Isto inclui a seleção de um conjunto adequado de

planos adequados de conversação, os quais o agente ira instanciá-los como uma

conversação.

A visão é que os sistemas de informação organizacional são sistemas de

informação distribuídos, entretanto, foi estabelecida uma arquitetura de agentes

descrita anteriormente com algumas características em mente:

Agentes podem ser heterogêneos: eles podem ser processados em

diferentes plataformas de hardware´s e software´s;

Agentes deverão ser autônomos: pelo fato de terem um comportamento

baseado nas normas, eles deverão ter a opção de poder adotá-las ou não;

Agentes devem usar uma função de utilidade para decidir acerca de suas

ações, considerando fatores externos, tal como as normas sociais e

concordâncias obtidas de outros agentes, tal como suas crenças e

intenções.

Page 135:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

135

6. RESUMO DA UML

A linguagem unificada de modelagem (UML) foi criada por Grady Booch,

James Rumbaugh e Ivar Jacobson e mais tarde padronizada pelo Object

Management Group (OMG), em 1997. Desde então, muitas pessoas e empresas

têm contribuído para tornar a UML a linguagem para a modelagem de Sistemas de

Software.

A UML tornou-se um dos mais importantes tópicos de discussão nos

círculos da moderna engenharia de software; e ela se tornou de interesse para o

gerenciamento de empresas de consultorias, analistas de negócio, analistas de

sistemas, desenvolvedores de software e programadores, como também pra

pessoas que trabalham com as especificações de requisitos. Em resumo, a UML

tem tido e continua tendo um tremendo impacto.Muitas empresas têm decidido

que todos os softwares’s deverão ser modelados pela UML e milhares de pessoas

têm feito cursos sobre a linguagem. Muitos livros foram editados acerca da UML e

muitas ferramentas de software têm dado suporte a ela. Todo este progresso e a

importância da UML como uma linguagem de modelagem está ainda em sua

infância; seu uso é esperado crescer substancialmente nos próximos anos.

6.1 Básico sobre a UML

Uma linguagem de modelagem tem uma notação – os símbolos usados nos

modelos – e um conjunto de regras que governam a linguagem. As regras são

sintática, semântica e pragmática. A regra sintática diz como os símbolos deverão

ser desenhados e como eles podem ser combinados. A regra de sintaxe pode ser

comparada às palavras em uma linguagem natural; como em uma linguagem

natural, ela é importante para se conhecer como soletrá-la e como combiná-la

para formar sentenças. As regras semânticas dizem o que cada símbolo significa

e como eles deverão ser interpretados por si próprios ou em contexto com outros

Page 136:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

136

símbolos. Estas regras podem ser comparadas com a definição de palavras na

linguagem natural (o que cada palavra representa). As regras pragmáticas

explanam como usar a linguagem. Elas podem ser comparadas ao guia de como

se escrever na linguagem natural. Elas definem as intenções dos símbolos,

através dos quais os propósitos do modelo são conseguidos e tornam entendíveis

pelas pessoas.

Na UML os símbolos são geométricos, tal como retângulo, círculo e linha.

Eles têm um conjunto de regras sintáticas e semânticas que definem o que os

símbolos significam e como eles podem ser combinados. Mas a UML não tem

regras pragmáticas, ou seja, um guia específico de como usá-los.

6.2 Linguagem de Modelagem Unificada

A UML tem nove diagramas predefinidos:

Diagrama de Classe. Descreve a estrutura do sistema. As estruturas são

construídas de classes e relacionamentos. A classe pode representar e estruturar

informações, produtos, documentos ou organizações.

Diagrama de Objeto. Expressa a possibilidade de combinações de objetos

de um diagrama de classe específica. É tipicamente usada para exemplificar um

diagrama de classe.

Diagrama de Estado. Expressa os possíveis estados de uma classe (ou

um sistema).

Diagrama de Atividade. Descreve as atividades e ações tomadas em um

sistema.

Page 137:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

137

Diagrama de Seqüência. Mostra um ou mais seqüências de mensagens

enviadas entre um conjunto de objetos.

Diagrama de Colaboração. Descreve uma colaboração completa dentre

um conjunto de objetos.

Diagrama de Caso de Uso. Ilustra os relacionamentos entre casos de uso.

Cada caso de uso, tipicamente definido no texto, descreve uma parte da

funcionalidade total de um sistema.

Diagrama de Componentes. Um caso especial de diagrama de classe

usado para descrever componentes dentro de um sistema de software.

Diagrama de implantação. Um caso especial de diagrama de classe

usado para descrever o hardware dentro de um sistema de software.

Estes diagramas capturam os três aspectos importantes: estrutura,

comportamento e funcionalidade. Por causa da capacidade única da UML de se

adaptar e se estender, é possível se adicionar novos diagramas e elementos na

UML, tornando-a uma linguagem flexível que pode ser usada em muitas situações.

6.3 Notações

No passado, todo o esforço do projeto do sistema de informação tem sido

focado somente no aspecto técnico do banco de dados, fluxo de processos,

desenho da interface como o usuário e assim sucessivamente. Enquanto

importante, este trabalho é significativo se ele for dirigido diretamente para as

necessidades do negócio. A tecnologia de objetos tem sido usada para simular

sistemas complexos de engenharia por muitas décadas e recentemente tem sido

usada na modelagem de negócios. A Unified Modeling Language (UML)

(Linguagem Unificada de Modelagem) é usada para ilustrar como estes conceitos

Page 138:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

138

podem ser aplicados para os negócios, mantendo os diagramas de forma bem

visíveis e muito simples. Os relacionamentos organizacionais entre os conceitos

do negócio e as coisas são de particular importância.

Os negócios são grandemente representados por relacionamentos entre

entidades e o diagrama de classes da UML são ideais para esta representação de

relacionamentos. Um relacionamento de herança mostra como uma classe é

estendida para satisfazer as necessidades mais especializadas, indicada por uma

flecha apontando para uma classe mais geral. Uma associação é um

relacionamento estático entre instâncias de duas classes, representadas por uma

linha entre classes. Uma classe associada estende uma associação incluindo

atributos e comportamentos pertencente a ela. Uma agregação descreve como

partes se relacionam com o todo. Um componente pode pertencer a mais de uma

agregação ao mesmo tempo, seus relacionamentos podem variar com o tempo e

ela tem uma identificação que é independentemente de seus agregados. Uma

agregação tipicamente identifica seus componentes pela referência, indicada por

um diamante vazio na ponta da linha de ligação.

Uma composição é uma forma forte de agregação, que requer que um

componente seja incluído em não mais do que uma composição no tempo,

embora seu proprietário possa mudar ao longo do tempo. Um componente

tipicamente não tem uma identificação independente, mas deve ser referenciada

por meios de seu objeto mãe. Por exemplo, os itens de uma ordem são acessíveis

somente através da ordem na qual eles pertencem. Uma composição implica que

seus comportamentos são propagados para seus componentes – por exemplo, se

a composição é copiada ou apagada, seus componentes são também copiados ou

apagados. Restrições por valor implicam composição, assim os atributos de um

objeto, nos quais estão contidos os valores, são instâncias da composição.

Restrições por valor são indicadas por um diamante preenchido na ponta da linha

de ligação.

Page 139:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

139

Sumário adornado Nome da classe Atributos Operações Generalização Associação Agregação Composição Navegação Figura 6.1 Notação UML

Nome Classe Nome da Classe

Atributo: tipo = valor inicial Operações()

Supertipo Um Pai Todo Para

Subtipo Outro Filho Parte De

Page 140:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

140

7. PROPOSTAS

A proposição desta tese é que os novos sistemas de informações

pró-ativos sejam modelados, analisados e projetados baseando-se em três

principais paradigmas: 1) esteja baseado na semiótica organizacional, permitindo

que as regras, que representam as políticas do negócio – Normas Semânticas,

contemplem todas as condições que cercam as operações do negócio da

empresa, sejam estas regras técnicas ou comportamentais; 2) sua estrutura

funcional esteja baseada na estrutura contábil que representa os negócios da

empresa, ou seja, os eventos contábeis que ocorrem nos negócios e que façam

parte das normas do negócio levantadas pelo modelo semântico, permitindo que

os objetos tenham conhecimento dos objetivos dos controladores do negócio e

assim possam tomar atitudes de modo a evitar eventos que não condizem com a

realidade do negócio (pró-atividade). 3) estejam baseados na modelagem dos

planejamentos estratégicos e operacionais dos negócios, via UML, e que estes

planejamentos estratégicos (Financeiros, Operacionais, Recursos Humanos, etc.)

sejam propagados para os níveis inferiores da estrutura de modo que os agentes

operacionais tenham este conhecimento e possam controlar as ocorrências

danosas para os negócios de forma pró-ativa. Com estas proposições os sistemas

resultantes serão sistemas de informações com inteligência, baseados em redes

de objetos (pró-ativos), pois estarão atendendo tanto o lado tecnológico como

também o lado comportamental destas empresas, necessários para dar suporte

aos negócios da empresa. A seguir será justificado e explanado como estes

paradigmas serão utilizados para atender a proposição desta tese.

Pelo fato de os sistemas de informações atuais terem sido concebidos na

década de 90 – sistemas de Informação Integrados (ERP), foram concebidos com

o uso da metodologia de desenvolvimento estruturada, que é totalmente centrada

na estrutura de dados e nos processos que compõem os negócios das empresas.

Esta metodologia não considera as outras variáveis que também influenciam na

estrutura dos negócios das empresas. Em face disto, os sistemas resultantes são

meramente passivos não contemplando o lado das relações humanas e outras

Page 141:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

141

existentes, que necessitam serem consideradas para a elaboração de sistemas de

informação pró-ativos.

Múltiplas perspectivas sobre os sistemas de informações mostram que o

estudo destes sistemas é um campo multidisciplinar; não uma simples disciplina

que o domina. A figura 1.1 ilustra as maiores disciplinas que contribuem com os

problemas, questões e soluções no estudo dos sistemas de informação. Em geral,

o campo pode ser dividido em visão técnica e comportamental. Os sistemas de

informação são sistemas técnico-sociais. Eles são compostos de máquinas,

equipamentos, tecnologia física “hard” e requerem questões de investimentos no

social, organizacional e intelectual para fazê-los trabalhar adequadamente e vir ao

encontro com as reais necessidades dos negócios da organização e serem

também inteligentes (pró-ativos).

Os sistemas de informação não podem ser ignorados pelos gerentes

porque eles atuam como regras críticas nas organizações contemporâneas. A

tecnologia digital está transformando os negócios das organizações. Os sistemas

de informação atuais afetam diretamente como os gerentes decidem, como os

diretores planejam e em muitos casos que produtos e serviços deverão ser feitos

(e como). As responsabilidades dos sistemas de informação não podem ser

delegadas apenas para o pessoal técnico da área de TI.

A figura 7.1 ilustra os novos relacionamentos entre a organização e os

sistemas de informação. Existe um inter-relacionamento crescente entre as

estratégias do negócio, regras e procedimentos de um lado e os sistemas de

informação, software´s, hardware´s, banco de dados e telecomunicações por outro

lado. Uma mudança em qualquer um destes componentes freqüentemente requer

mudanças em outros componentes. Este relacionamento torna-se crítico quando

os gerentes planejam o futuro. O que um negócio pretende fazer em futuro

próximo é altamente dependente do que os seus sistemas de informação possam

fazer. Por exemplo, para aumentar o market share, tornando-se um produtor de

alta qualidade e baixo custo, desenvolvendo novos produtos e aumentando a

Page 142:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

142

produtividade da mão-de-obra, depende muito mais dos tipos e qualidades dos

sistemas de informação da organização do que qualquer outra coisa.

Figura 7.1 – Interdependências entre os sistemas de informação e a organização, LAUDON &

LAUDON (2001). Tendo em vista que as interdependências entre os sistemas de informações

e a organização devem ser efetivas em todos os níveis, deve-se cuidar para que

as estratégias traçadas pela direção se propaguem para os demais níveis

inferiores de modo que toda a organização esteja ciente de todas as estratégias

do negócio para o horizonte de planejamento. Para tanto, será necessário que se

defina uma metodologia para que se possa fazer a propagação dos valores

planejados no nível estratégico para os níveis gerencial e operacional.

Os maiores escândalos que tem ocorrido no mundo do uso da informação

para a tomada de decisões gerenciais de forma errada e com as informações

imprecisas, têm dirigido as diversas áreas da organização à procura por métodos

Estratégias Negócio Regras Procedimentos

Software

Hardware

Banco Dados

Telecomunicações

Organização Sistema Informação

Interdependências

Page 143:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

143

mais rigorosos para explicar e possivelmente regulamentar estas informações e

permitir um controle mais efetivo. Isto tornará os sistemas mais pró-ativos,

oferecendo uma gama maior de serviços para a organização. Para se garantir

uma qualidade e efetividade da informação, as pessoas que trabalham nas

organizações estão atualmente se confrontando com um vácuo na credibilidade da

informação estratégica. Nesta tese, o crescimento da demanda na segurança

sobre as técnicas de alinhamento estratégico entre a TI e a estrutura dos negócios

e suas garantias, é discutido sob o ponto de vista da semiótica, tendo como

suporte para a sua implementação uma rede de objetos pró-ativos. Para aumentar

o domínio das aplicações confiáveis, será necessária uma metodologia de

modelagem da semiótica organizacional que ofereça segurança sustentável.

Baseado nas revisões das técnicas de modelagem atuais, uma extensão será

sugerida para suportar os objetivos na adoção da semiótica organizacional nas

áreas onde serão aplicados o alinhamento estratégico da estrutura organizacional

e a estrutura da TI.

7.1 Modelagem Semiótica dos Negócios da Organização

Ao redor do mundo está se baseando em sistemas envolvendo a interação

entre as empresas e o computador em uma escala de complexidade sem

precedentes. O moderno ambiente é uma coleção interconectada de grandes

grupos de empresas se interagindo com sistemas de computadores e também se

interagindo com uma variedade de sistemas físicos para se manterem em

condições satisfatórias de sobrevivência neste ambiente. A vasta complexidade e

quantidade de informações envolvidas tornam-se necessário diminuir o vácuo

existente entre a estrutura dos negócios deste ambiente e o uso adequado e

seguro da TI.

Para se sobrepor o vácuo metodológico com respeito à segurança e pró-

atividade é sugerido que se atente em ligar a contabilização, segurança, auditoria,

governança, sistemas de informação e o conhecimento de uma forma cognitiva,

Page 144:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

144

epistemológica, ontológica e tecnológica – Normas semânticas do negócio – de

um modo elegante, próprio e metodologicamente consistente e sustentável.

A segurança e a pró-atividade são necessárias, suficientes e evidentes de

modo que a informação (ou sistema de informação) encontre seus beneficiários

(ou seus usuários), conhecimento (ou crença, confiança ou confidência) e

necessidades no suporte de ações racionais em um ou mais contextos.

A necessidade por segurança vem de um fenômeno semiótico

(representado por objetos pró-ativos) no e através de vários níveis ontológicos e

representacionais da habilidade de usar os signos de forma contextual como

ilustrado na figura 7.2 e 7.3 – o contexto da segurança e as necessidades de

informações dadas por um objeto e a estrutura de um objeto inteligente condutor,

respectivamente. Os sistemas de informação atuais, que vem atendendo as

necessidades de informações das organizações, estão estruturados para atender

somente até o nível da ‘informação’, tanto as metas-informações como no

contexto, mas deixam a desejar no que diz respeito aos outros níveis do

‘conhecimento’ e do ‘entendimento’. Não existirá nenhuma necessidade de

observação e da análise dos aspectos dos dados relevantes do mundo “real” sem

um dado problema, POPPER (1994). Os dados coletados devem se encontrar em

um modelo apropriado no contexto descrevendo o problema; entretanto, a

informação gerada pode não representar o conhecimento entendido como “uma

crença certificada”, FETZER (1990, 2000, 2003). Além disso, o que é considerado

conhecimento pode mesmo ser falso na ação de contexto do usuário (corrente,

próxima ou prévia), WILL (2003).

Por exemplo, a tricotomia da semiótica entre um signo e seus usuários, o

significado do signo, e a interpretação do usuário, auxiliam para superar as

limitações conceituais do modelo convencional, simplista de dicotomia “entrada,

processo, saída” usada tradicionalmente para “explicar” dados, modelos,

informação e sistemas de informação. Isto é ilustrado nas figuras 7.5, 7.6 e 7.7:

Page 145:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

145

segurança dos sistemas de informação na perspectiva semiótica; um

detalhamento do sistema de informação; e um detalhamento dos processos do

negócio na visão semiótica. Estes diagramas mostram os relacionamentos entre

os sistemas de informações (entendimento como signos); os eventos relevantes,

objetos ou sujeitos e seus respectivos estados internos que a informação

representa (protegida); e a interpretação da respectiva situação recebida tanto

pelos objetos da informação (ou seja, em termos de racionalmente respeitando os

princípios e suas crenças sistêmicas) em um contexto de governança

(entendimento como seus conhecimentos de contexto comuns). Tanto os agentes

e os controladores estão expondo seus próprios “problemas com o resto do

mundo” em seus esforços pessoais para ter sucesso e sobreviver; entretanto, o

objeto está mais encaixado nos contextos dos conhecimentos comuns e está,

portanto, menos livre para agir fora de si do que os controladores.

Para qualificar como “conhecimento”, FETZER (1990, 2000, 2003),

eletronicamente gerado ou comunicado através de um sistema de informação

(signos), tem que ser adequado, acreditado, relevante, seguro, inteligente e

verdadeiro para a racionalidade estendida, justificável ou certificada em algum

(tipo de) conhecimento do usuário ou um contexto de ação.

Figura 7.2 - Um contexto da segurança e a inteligência e as necessidades de Informações dadas por um Objeto, adaptado de WILL et al. (2003).

NORMAS

SIGNOS

AMBIENTE

AÇÃO

OBSERVAÇÃO

EXPRESSÃO INTERPR

ETAÇÃO

O B J E T O

Page 146:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

146

Figura 7.3 - Estrutura de um objeto inteligente condutor, adaptado de WILL et al. (2003).

Dados

Informação

Entendimento

Conhecimento

Observação do Mundo Baseados nos Signos

Realidade

Ações no Mundo Baseados nas Normas

Contexto Dado

Modelagem

Contexto Modelo

Determinação

Princípios

Realidade

Contexto Conhecimento

Contexto Entendimento

Meta Dados (signos)

Meta Informação

Meta Conhecimento

Meta Entendimento

R E P R E S E N T A Ç Õ E S

Sintetiza e visualiza-o para formar modelos mentais

Avalia, integra e analisa-o para encontrar seu significado

Formata, sumariza, mostra, correlaciona e translada os dados

Aumenta a atenção e o discernimento dentro de uma situação

Aumenta o entendimento da informação

Permite ao usuário entender os dados em formato familiar

Contexto da Ação Externa (Problemas com o resto do Mundo)

Page 147:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

147

Figura 7.4 – Segurança de um Sistema de Informação na Perspectiva Semiótica, adaptado de

WILL et al. (2003). Figura 7.5 – Detalhamento do Sistema de Informação na visão da Semiótica.

Aplicando-se estes atributos a informação dos sistemas de informações

estabelece critério suficiente para a segurança ser obtida – não como “segurança”,

Controladores

Objetos

Eventos Objetos Entidades Estados Sujeitos

Sistemas de

Informações inteligentes

Confidencial

Respeito

Confiança

Auditoria

> Adequado? > Confiável? > Relevante? > Seguro? > Verdadeiro?

Contexto Conhecimento

Comum

Ciclo De Processos Receita O

Ciclo de

Despesas

Ciclo Financeiro

Ciclo de

Transformação

Ciclo Recursos Humanos

Ciclo Relações de Contábeis Controla ‘Normas’ doria O

Controladores

O

Estratégias Propósitos Resultados

O que fazer

O que fez

Normas

Signo

Interpretante Processos/Entidade

Page 148:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

148

mas como “relativamente ou suficientemente certa” certificação para o

conhecimento, entendimento como crença certificada, FETZER (1990).

Como se pode notar que na figura 7.5 fica bem claro também a existência

da tricotomia dos signos, ou seja, os controladores serão os interpretantes, a

controladoria, através do plano contábil dos negócios, serão os signos,

representando as necessidades de informações necessárias para garantir

segurança, credibilidade e pró-atividade às informações necessárias aos

controladores para se sentirem satisfeitos com as realizações dos seus negócios e

os sistemas de informações dos ciclos operacionais e gerenciais. As entidades

executoras dos dados necessários para a geração das informações necessárias

de forma que os signos façam as devidas interpretações para os interpretantes.

Um maior detalhamento dos conceitos de entidade como elemento

participante dos processos do negócio, está mostrado na figura 7.6.

Figura 7.6 – Detalhamento dos processos dos ciclos operacionais na visão semiótica, adaptado de

MARSHALL (2000). Por exemplo, sem algum tipo de evidência explicita que e por que as

informações contabilizadas pelos agentes são adequadas, acreditadas, não falsas,

necessárias, protegidas e suficientes em um contexto específico, um controlador

pode ter, de modo difícil, uma confidência com um objeto e relacionar-se com a

Decide

Processos do

Negócio

Informações

Entidades

Resultado Propósitos

Page 149:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

149

ação desse objeto como um comissário próprio. Confidências são, portanto,

racionalmente relacionada a contabilização da informação provida pelas

facilidades da auditoria e dos testes de um e possivelmente todos sistemas de

informações, para adequação, credibilidade, integridade, proteção, relevância e

para a apropriada concepção da verdade. Por exemplo, a segurança como “uma

declaração positiva intencionada para ser segura, certa, confidente, garantida”,

Aurélio, pode referir a tipos específicos e instâncias da contabilização em um

ponto específico no tempo e para a contabilização para tipos específicos de

performance sobre o período de tempo, mas ela será sempre dependente do

tempo e deve ser contextual para ser significante para alguém (ao invés de

qualquer um).

A condição necessária para a segurança, confiabilidade e inteligência é “ser

auditável” para os sistemas de informações: a habilidade para se aplicar testes

sérios de vários critérios suficientes aplicados para produzir ou prover informações

(para sistemas ativos) em vários níveis e com uma intensidade variada requerida

para o acesso conveniente para todos os conhecimentos necessários e relevantes

(em objetos e uma meta-linguagem) em qualquer sistema de informação moderno,

que é usado para os propósitos de atender as necessidades dos negócios da

organização. A segurança, confiabilidade e inteligência podem ser obtidas

independentemente e meta-linguisticamente sem qualquer possibilidade de

alteração dos dados e meta-dados, informações e meta-informações, os modelos

e avaliações de risco, WILL (2000, 2003). Com um ponto de posicionamento no

tempo do crescimento rápido, do mundo interconectando com fio ou sem fio, a

segurança e confiabilidade é positiva se tiver que ser concorrente (ou quase

simultaneamente) com o processamento da informação original (objeto) – se isto

for desejável e possivelmente na velocidade da eletrônica.

Mesmo se vários tipos de segurança, confiabilidade e inteligência

certificadas (ou seja, auditorias sérias e procedimentos de testes e avaliações de

seus resultados) poderiam ser automatizadas como parte dos métodos dos

Page 150:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

150

processos de controle, modelos e procedimentos, os comandos e segurança,

confiabilidade e inteligência poderiam ser perfeitas e poderiam servir como

garantia somente se todas as causalidades relevantes mudarem, ou

permanecerem no estado, o e_world (como seu representante real do mundo)

poderia ser constantemente monitorado em vários níveis no específico

conhecimento e ação do contexto. Entretanto, então um comando de segurança,

confiabilidade e inteligência poderiam ser desnecessários, porque somente umas

indicações de segurança, confiabilidade e inteligência negativa poderiam fazer

sentidas. Poderia ser uma necessidade ética em notificar alguém imediatamente

sobre a falha de certificação para a crença no “próprio” (ou esperado)

funcionamento do mundo se os procedimentos da auditoria (interna) de controle

indicar erros, desinformação, Fetzer (2002), falhas, fraude, falta de informação ou

omissão. Portanto, uma indefinida (ou impropriamente definida) “capacidade

automática de auditoria”, Rezaee, Sharbatoghlie, Elam & McMickle (2002), sem

uma metodologia consistente e real e uma referência para um contexto do

conhecimento específico (e um contexto de ação relacionado) pode nunca resultar

em uma segurança, confiabilidade e inteligência efetiva.

Uma segurança, confiabilidade e inteligência no nível cognitivo requer

usuários das informações com uma mentalidade crítica com o ajuntamento de um

suporte cognitivo e meta-linguístico, o qual pode ou não questionar e acessar a

qualidade das informações de sua propriedade ou fazê-la ao interesse de outro

usuário. A segurança, confiabilidade e inteligência pode resultar em uma

declaração negativa ao invés de positiva (meta-relatórios – razões) dos

controladores para os executores da informação original objeto (trabalhadores).

Isto é ilustrado na figura 7.7: auditoria como meta-contabilização e segurança,

confiabilidade como Meta-relatórios para os objetos responsáveis (auditores); para

os controladores (gerentes) como os legítimos receptores das informações

contábeis (que representam as transações ocorridas) para ser assegurada

(lançadores); e para os auditores como os controladores os quais devem estar

Page 151:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

151

aptos para auditar todas as informações geradas pelos sistemas de informação

(entendido como meta-contabilização por meio de meta-linguagem).

Os auditores, trabalhadores, controladores e gerentes podem cada qual ser

considerado como agentes complexos (humanos, pessoa-máquina e

possivelmente mesmo máquina-máquina) de acordo com a teoria da agência ou

como mentes (de acordo com a teoria semiótica) com várias habilidades,

capacidades, éticas, motivações e oportunidades percebidas, FETZER (1990).

Sem estas mentes seria limitado para as pessoas ou extensões para máquinas

permanecerem em aberto, mas a questão muito relevante, porque se máquinas

“cuidadosas”, WHOBREY (2000, 2001, 2002), podem ser desenhadas, então elas

podem ser bem usadas para os propósitos da segurança, confiabilidade e

inteligência.

Contexto da ação externa (problemas com o resto do Mundo) Figura 7.7 – Auditoria como Meta Contabilização e Segurança, Confiabilidade e Inteligência como

Meta Relatórios, adaptado de WILL et al. (2003).

Agentes (auditores)

(contas contábeis)

Controladores Trabalhadores

Auditores / Gerentes

Contabilidade (Contabilização e

relatórios) Auditoria

(Meta-contabilização)

Segurança/ Confiabilidade/

Inteligência (Meta

Relatórios)

Contexto Do

conhecimento

Page 152:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

152

Não deveria existir a necessidade de segurança, auditoria e proteção se os

princípios pudessem ser garantidos pelos seus agentes. Princípios confiáveis

poderiam simplesmente garantir a contabilização da informação provida pelos

objetos, porque a lealdade ou respeito dos objetos poderia proibir abusos

deliberados causados por vontade própria ou por acidente, desinformação e

fraude, embora erros (inocentes) e falta de informação poderia ainda ser possível

sem um controle apropriado. Algum ou todos os conhecimentos extraídos da

informação pelo objeto por meios do pensamento crítico e da razão lógica poderá

ser compartilhado com os controladores (acionistas e gerentes). Entretanto, como

pode a informação ou o sistema de informação ser “confiável”, WILL (1992) ou

acreditado no mundo globalizado se eles podem ser monitorados de forma

insuficientes e protegidos contra os ataques e vulnerabilidades e se alguém não

pode estar “seguro” acerca da efetividade e eficiência de tais proteções sem uma

determinação do próprio risco? Uma das mais importantes questões neste mundo

dominado pela informação é: Como bem monitorar e proteger os devidos usos de

vários objetos do conhecimento?

É, entretanto, importante distinguir duas categorias de contabilização

(ocorrências contábeis): a primeira relativa ao significado ou conteúdo do dado,

informação ou conhecimento e a segunda, relativa a proteção e integridade do

significado do dado, informação ou conhecimento. Ambos os tipos de

contabilização podem sofrer abuso, mas a falta de proteção do conhecimento

(dados, informação) pode facilitar o abuso, desinformação, fraude, perda e

integridade e falta de informação, especialmente no mundo globalizado. Os

usuários das informações contabilizadas, todos os usuários do negócio,

necessitam ter segurança contra as violações (ou mau uso) em todos os tipos de

contabilizações, ou seja, registro de suas ações com os sistemas de informação,

WILL (2000b, 2002a, 2002b). De fato, a atenção a estes problemas permite-se

estabelecer critérios para um desenho e uso adequados dos sistemas de

informação e para o desenho e uso apropriado da auditoria e segurança de

metodologia de processos de suporte, WILL (2003). A proposta desta tese é fazer

Page 153:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

153

estas implementações através de uma rede objetos pró-ativos, as quais tem sua

fundamentação na semiótica.

Enquanto a conceituação inicial para um paradigma de segurança,

confiabilidade e inteligência dos sistemas de informação que vem das questões

das práticas correntes da contabilização e auditoria na industria quando vista pelo

lado das perspectivas dos sistemas de informação, WILL (1974), a comunidade da

organização semiótica tem finalmente encontrado o problema pelo

reconhecimento da necessidade de metodologias de segurança, confiabilidade e

inteligência, processos, técnicas, ferramentas e sistemas inteligentes.

Com o surgimento da semiótica orientando os processos do negócio no

redesenho das práticas de Business Process Requirement (BPR) e sua conversão

em processos de desenho de sistemas, um sistema de informação da organização

irá se tornar mais amigável para a segurança, confiabilidade e inteligência

baseadas no paradigma da semiótica no contexto das ações e conhecimentos

específicos.

7.1.1 Necessidades para a Segurança, Confiabilidade e Inteligência na Modelagem

Modelos são conceitos e construções: “conceitos tem as propriedades de

hábitos da mente (no estímulo do processamento informacional) em relação aos

hábitos das ações (na produção de respostas apropriadas)”, FETZER (2000).

Como modelos de construções são criados ou por arte ou com um propósito

especial da mente, mas em ambos os casos com uma variedade de significados

em variados modos. Ou como conceitos ou como construções, os modelos

representam alguns aspectos da imaginação do criador ou algum aspecto do

mundo que é do interesse do criador e para algum usuário do modelo. Em outras

Page 154:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

154

palavras, os modelos são signos no senso semiótico como ilustrado na figura 7.8:

Modelos e Resultados de Modelos como signos. Especialmente no mundo

globalizado, seus usuários requerem segurança, confiabilidade e inteligência que

sejam adequados, acreditados, protegidos, relevantes e verdadeiros de acordo

com o conhecimento das ações do contexto dos usuários – ou como jogos ou

ferramentas de suporte a decisões para as tarefas destes usuários junto aos

sistemas de informações. Indiferentemente, é importante se distinguir entre as três

dimensões do modelo quando eles são considerados como signos para seus

usuários:

Figura 7.8: Modelos e Resultados dos Modelos como signos, adaptado de WILL et al. (2003). M1 – Sintática. Os modelos tornam os usuários sintaticamente informados de

alguma coisa ou eles representam

somente “barulhos”?

Pessoas (modelo do usuário) Conhecimento

Contexto-n

COISAS (evento/objeto/es

tado/sujeito) SIGNO

(modelo e resultado do

modelo)

Interpretação (interpretante) [Pragmatismo] Propósitos

Percepção (causação) [sintaxe] Atenção

Cognição no Contexto

Reconhecimento

(solo)

[Semântica] Correspondência

Contexto do Conhecimento 1

Entendimento

Contexto da Ação

Page 155:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

155

M2 – Semântica. Os modelos representam alguma coisa “real” para os usuários

tal como os específicos (tipos de) eventos, objetos ou estados

do mundo? M3 – Pragmática. Os usuários interpretam os modelos (como os signos sintáticos

correspondem semanticamente a alguma coisa a mais do que eles representam)

como sendo pragmaticamente apropriado em seus respectivos conhecimento e

ações do contexto?

Todos os três aspectos semióticos representam segurança e inteligência

aos problemas dos usuários:

A1 – Como podem os usuários estar seguros de que um modelo particular permite

(signos) que eles se tornam atento a um ponto específico no tempo e a uma

localização específica seja relevante para eles e não meramente ruído em seus

respectivos conhecimentos e ações no contexto?

A2 – Como pode o usuário estar seguro ou confiante que o modelo resultante

(signos) verdadeiramente representa alguma coisa “real” (objetivo, observável e

inferível) ao invés de alguma coisa “irreal” (altamente subjetivo ou puramente

teórico) em seus respectivos conhecimento e ações do contexto?

A3 – Como pode os usuários estar seguros ou confiantes que o modelo resultante

(signos) servem seus propósitos em seus respectivos conhecimentos e ações de

contexto?

Enquanto o modelo dimensional M1, M2 e M3 requerem avaliação mental,

aquele descrito em A1, A2 e A3 requerem uma reavaliação crítica.

Page 156:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

156

7.1.2 Dimensões da Modelagem Semiótica

As três dimensões semióticas (M1, M2, M3) para a modelagem, modelos e

modelo resultante (entendimento dos signos) aplicam independentemente tanto a

implementação tecnológica do modelo; como eles se ajustam no contexto

tecnológico do usuário; e como eles relatam os conhecimento e ações do

contexto; entretanto, eles fazem referência ao modelo objeto, considerando que

A1, A2 e A3 se refere ao meta-modelo. Note que tratando modelos como signos,

implica que, primeiramente, o modelo ou o modelo resultante tem que ser

perceptível e percebido por um usuário que é sensível (no sentido semiótico) e

disponível para o usuário ou qualquer de seus consensos. Por exemplo, uma

pessoa cega não pode perceber o modelo e seus resultados visualmente, mas

pode sentir algo acusticamente ou tacitamente. Segundo, eles devem ser

reconhecidos como representando alguma coisa a mais no consenso semiótico;

entretanto, isto não significa que o que eles representam é observável por meio

dos mesmos consensos como no modelo. Por exemplo, uma pessoa cega que

não pode ver um objeto, mas pode estar apta para sentir um modelo

reconhecendo seu significado. Finalmente, a interpretação do usuário do modelo

em um contexto pragmático completa o processo cognitivo, mas ele não garante

que o mesmo modelo irá também ser adequado, acreditável, relevante, inteligente

e verdadeiro em um contexto diferente. Será discutidos a seguir os três elementos

semióticos, pertencentes à escala semiótica proposta por Stamper (1999), ou seja,

sintático – (estrutura formal, linguagem, lógica, dados, registros, dedução,

software, arquivos, etc.), semântico – (significado, proposições, validade, verdade,

significado, detonação, etc.) e o pragmatismo – (intenções, comunicações,

conversações, negociações, etc.), que afetam a modelagem dos negócios e

conseqüentemente a dos sistemas de informações.

Page 157:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

157

7.1.2.1 Critérios de Modelagem Sintática: Sensibilidade de Modelos ou Modelo Resultante

Na figura 7.8, a relação sintática entre o signo (modelo e modelo resultante)

e alguém (observador ou usuário) correspondem a uma estrutura representacional

da maneira conceitual na qual o signo é percebido. A partir disto ele o segue a

menos que a estrutura de um modelo por si só (ou seu comportamento ou

resultado computacional) possa ser percebido e compreendido com os consensos,

ele irá meramente representar ruídos sintáticos. Isto significa que pelo menos a

parte acústica, tática e a apresentação visual dos modelos e resultados da

modelagem em várias formas são importantes dimensões para tornar os usuários

atentos. Por exemplo, os signos modelados acusticamente e tacitamente tal como

as vibrações de várias freqüências tão bem como os gráficos dinâmicos e

estáticos, formatos numéricos ou textuais em várias cores, são importantes

dimensões para a modelagem a partir de um ponto de vista sintático.

7.1.2.2 Critérios de Modelagem Semântica: Correspondência

A correspondência da semântica na dimensão do modelo pode ser visto

diferentemente dependendo do tipo de signos produzidos: Icônico, Indexical e

Simbólico (Pierce & Fetzer).

Os modelos representam alguma coisa se eles mostrarem o que eles

representam como ícones tal como fotografias de objetos ou pessoas, filmes de

eventos, imagens de estados internos de sistema. O resultado de modelos pode

indicar causas e efeitos se eles representam causas, efeitos ou ambos de um

certo modo como índices. Modelos descritivos representam importantes

componentes estruturais e seus acoplamentos comportamentalmente relevante de

Page 158:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

158

interesse para os usuários por meio de símbolos no consenso Perciano. Eles

recaem em associações mentais tal como denotações, diagramas, metáforas ou

sinônimos e as (várias) convenções lingüísticas de tais diferentes linguagens

naturais como Árabe, Chinês, etc ou linguagens artificiais com a Unified Modeling

Language (UML) com seus estereótipos.

Os modelos descritivos podem ser usados por propósitos explorativos ou

preditivos. Explanação consiste de uma explicação e de um contexto formulado

dentro de uma estrutura de linguagem de acordo com os requerimentos da

especificação máxima se eles são para se adequar e os requerimentos de uma

especificação máxima específica se eles são para ser verdade, como definido por

FETZER (1990). As predições são igualmente baseadas em modelos descritivos;

entretanto:

Quando ou a) as leis dos [das entidades modeladas] sistemas.....não são

conhecidos ou b) as descrições disponíveis para aquele sistema não está

completa [isto é, não foi descrito de forma máxima especificamente].....então

precisamente como aquele sistema se comportará no intervalo correspondente de

tempo ... não pode ser precedido com – invariável ou probabilisticamente –

confidência, porque faltam informações essências desconhecidas. Mesmo quando

as leis dos sistemas daquele tipo são conhecidas, além disso, que o conhecimento

poderia ser incompleto quando não existe um fim para o número de fatores que as

presenças ou faltas faz a diferença para a ocorrência de um resultado de

interesse, FETZER (1990).

Pode um comportamento individual, comportamento social humano e o

comportamento organizacional (sempre) ser suficientemente descrito em modelos

semióticos complexos para facilitar as “confiantes” predições? Pode ter predições

acerca de comportamentos sistêmicos complexos que são descritos por meios de

(integrado) modelos sintáticos, semânticos e pragmáticos serem feitos sem

Page 159:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

159

simulações, replicações ou emulações de comportamentos esperados em um alto

nível?

7.1.2.3 Critérios da Modelagem Pragmática: Monitoração e Regulamentação

Critérios pragmáticos para a modelagem e o uso apropriado dos resultados

do modelo são dependentes do fato de que alguém deseja usá-los para o

monitoramento do sistema sob observação ou para regulá-lo. Enquanto ocorre a

“monitoração da caixa preta” pelos relacionamentos de entrada e saída pode

convocar os trabalhadores com as entradas, o monitoramento propriamente dita

requer entendimento do contexto (ou seja, cultura, ambiente e sistemas),

determinando o comportamento esperado e significa a descoberta da falta de

comportamento (ou seja, condições de exceção perigosas).

Para corrigir um sistema significa alterá-lo estruturalmente de tal modo que

ele não possa portar-se erradamente e permaneça atendendo as necessidades

para que foi projetado. Como pode existir segurança, confiabilidade e inteligência

acerca do comportamento apropriado do sistema sem informações adequadas,

acreditadas, relevantes e verdadeiras acerca da falta (possível ou potencial) do

seu comportamento sobre (passado) o tempo e acerca de suas disposições em

qualquer ponto do tempo?

Considere a seguinte assertiva acerca de segurança, confiabilidade e

inteligência entendendo como “auditoria continua”, ou seja, o sistema ser dotado

de objetos inteligentes (auditores) capazes de estarem constantemente checando

se as ocorrências contábeis estejam ocorrendo dentro das normas especificadas

pelos controladores do negócio.

Page 160:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

160

Uma auditoria continua é um processo eletrônico, por meio de objetos pró-

ativos auditores, que permite aos auditores, agentes pessoais humanos

conferir que os princípios contábeis, normas, previamente estabelecidos,

estejam ocorrendo corretamente e de forma continua, evidenciando os fatos

que porventura possam ocorrer, através de relatórios de exceção.

Como ilustrado na figura 7.2, os modelos semióticos são contextualmente

relevantes para os propósitos de segurança, confiabilidade e inteligência nos

diferentes níveis e com diferentes efeitos. Note que sintaticamente correto ou

integral e proteção não implica semântica correta ou integridade e proteção e a

semântica correta não garante o pragmatismo correto ou integridade e proteção. A

aplicabilidade e a usabilidade dos modelos podem também depender da sua

implementação tecnológica.

7.2 Modelagem Estratégica e Operacional dos Negócios da Organização

Segue a metodologia, do Planejamento do negócio da organização. Esta

metodologia deveria ser suportada por uma linguagem de modelagem de sistemas

baseados em redes de agentes, de modo que se tenha como resultado um

sistema de informação inteligente (pró-ativo), mas pelo fato de ainda não existir,

comercialmente falando, uma linguagem deste tipo disponível no mercado, será

usada uma rede de objetos. Nesta rede de objetos foram feitas as devidas

adaptações para que ela se comporte o mais adequadamente possível para

atender tudo o que foi explanado nos capítulos anteriores. Desse modo, é

colocado em cada objeto toda a estrutura de inteligência e independência que os

agentes tem por si próprios. Como exemplo, cite-se a função de seleção de

demanda na entrada dos objetos, que tem por finalidade atender às solicitações

externas no sentido dele atender ou não uma dada demanda de prestação de

serviços. Em uma rede de objetos quando um objeto necessita de um serviço de

Page 161:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

161

um outro objeto, este envia uma mensagem de solicitação para o objeto pai deste

para que ele crie uma instância de seu objeto filho, autorizando a aceitação e

execução do pedido, de modo a atender esta solicitação. Segue a estrutura das

modelagens Estratégicas e Operacionais dos negócios de uma empresa:

Modelagem Estratégica:

o Tópico 1 – Análise empresarial;

o Tópico 2 – Análise Semântica;

o Tópico 3 – Levantamento das normas que regem os negócios;

o Tópico 4 – Modelagem estratégica dos negócios da empresa;

o Tópico 5 – Modelagem de casos e uso (Somente Atores);

o Tópico 6 – Modelagem do gráfico de caso de uso;

o Tópico 7 – Modelagem do gráfico de caso de uso realizado;

o Tópico 8 – Modelagem do diagrama de objetos;

o Tópico 9 – Modelagem dos trabalhadores do negócio;

o Tópico 10 – Modelagem das entidades do negócio;

o Tópico 11 – Levantamento das unidades do negócio;

o Tópico 12 – Levantamento das regras da organização;

o Tópico 13 – Levantamento dos propósitos do negócio da empresa;

o Tópico 14 – Determinação dos componentes dos propósitos;

o Tópico 15 – Concepção do meta-modelo da empresa;

o Tópico 16 – Levantamento dos propósitos e planejamento (objetivos);

o Tópico 17 – Levantamento dos propósitos e as políticas;

o Tópico 18 – Levantamento dos propósitos e os contratos.

Modelagem Operacional:

o Tópico 1 – Modelagem do gerenciamento de contratos;

o Tópico 2 – Modelagem do gerenciador de processos;

o Tópico 3 – Modelagem do gerenciador de mensagens;

o Tópico 4 – Levantamento dos componentes dos processos;

o Tópico 5 – Levantamento das classes básicas dos processos;

Page 162:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

162

o Tópico 6 – Levantamento dos processos como múltiplos itens;

o Tópico 7 – Levantamento dos processos que adicionam valores;

o Tópico 8 – Levantamento dos trabalhos em processo;

o Tópico 9 – Levantamento das entidades, regras e valores;

o Tópico 10 – Levantamento das regras dos parceiros;

o Tópico 11 – Levantamento dos valores das entidades;

o Tópico 12 – Levantamento dos recursos consumíveis;

o Tópico 13 – Levantamento dos passos dos processos versus valores

das entidades;

o Tópico 14 – Modelagem da propagação dos valores planejados para

os níveis inferiores até o nível operacional da estrutura

da organização.

7.3 Modelagem Estratégica e Operacional dos Sistemas de Informação

Alinhamento Estratégico: o Tópico 1 – Alinhamento estratégico entre a estrutura da Organização

e a TI

Análise robusta do sistema:

o Tópico 1 – Análise completa dos diagramas de objetos do projeto;

o Tópico 2 – Análise dos casos de uso do sistema

Projeto do sistema

o Tópico 1 – Definição da modelagem de interação;

o Tópico 2 – Definição dos modelos de estado e colaboração.

A cada fase será dada uma breve introdução dos seus objetivos e os

gráficos da UML que darão um suporte para o seu melhor entendimento:

Page 163:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

163

7.4 Detalhamento das Modelagens

7.4.1 Modelagem Estratégica do Negócio

1) Análise empresarial – Planejamento dos sistemas do negócio.

A análise empresarial argumenta de que as necessidades de

informações podem ser somente entendidas olhando-se a empresa como um

todo em termos de unidades organizacionais, funções e elementos de dados. A

análise da empresa pode auxiliar a identificar as entidades chaves e os

atributos de dados da organização.

O método central usado na metodologia de análise da empresa é fazer

reuniões com os gerentes executivos e perguntar a eles como usam as

informações, onde as obtém, qual é o seu meio ambiente, quais são seus

objetivos, como eles tomam decisões e quais os dados que usam para tal.

O lado ruim da análise empresarial é que ela produz uma enorme

quantidade de dados e muito difícil de se coletar e analisar. Muitas entrevistas

são conduzidas com os diretores ou os gerentes executivos, com pouco

esforço na coleta de informações dos trabalhadores reais os supervisores de

linha. Entretanto, as questões freqüentemente focam não sobre os objetivos

críticos do gerenciamento e onde estas informações são necessárias, mas por

outro lado, sobre quais informações existem e onde são usadas. O resultado é

uma tendência para automatizar o obvio – o que existe. Mas, em muitas

instâncias, novas metodologias inteiras de como os negócios são conduzidos

são necessárias e estas necessidades não são consideradas.

Para contornar estes problemas é sugerido nesta tese que se use a

Análise Estratégica – Fatores Críticos de Sucesso. Esta metodologia

argumenta que as necessidades de informação de uma organização são

determinadas por um número pequeno de Fatores Críticos de Sucesso

Page 164:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

164

(CSF) dos gerentes executivos. Se estes objetivos podem ser obtidos, o

sucesso desta empresa será garantido. Os CSF´s são formados pelas

empresas, seus gerentes e pelo meio ambiente como um todo. Uma

importante premissa da metodologia da análise estratégica é que existe um

pequeno número de objetivos que os gerentes podem facilmente identificar e

sobre eles pode-se já começar a formar uma idéia dos sistemas de informação.

O principal método usado pela análise do CSF são entrevistas pessoais

– três ou quatro – com um número de diretores ou os gerentes executivos para

identificar seus objetivos e os CSF resultantes. Estes CSF´s pessoais são

agregados para se desenvolver um quadro dos CSF´s da empresa. Então os

sistemas já podem ser pré-modelados de modo que atendam estes CSF´s, de

modo que possamos ter uma visão geral – meta-modelo empresarial, figura

7.9.

Figura 7.9 – Uso dos CSF´s para a Modelagem Empresarial, adaptado de LAUDON & LAUDON (2001).

CSF Gerente

A

CSF Gerente

B

CSF Gerente

C

CSF Gerente

D

Agregação e Análise CSF individuais

Desenvolver dos

CSF na Empresa

Definir os CSF da empresa

Definir Diagrama Classes

Usar os CSF para priorizar os Sistemas

Page 165:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

165

A força do método CSF é que ele produz um conjunto pequeno de dados para

análise em relação ao método de análise empresarial. Somente os diretores e

gerentes são entrevistados e as questões focam sobre um pequeno número de

CSF´s ao invés de grandes inquisições dentro de onde as informações são

usadas ou necessárias. Ele é especialmente voltado para os gerentes seniores

e para o desenvolvimento de sistemas do tipo Sistemas de Suporte a Decisão

(DSS) e Sistemas de Suporte Estratégicos (ESS). Diferentemente da análise

empresarial, o método CSF foca a atenção organizacional sobre como a

informação deveria ser manipulada.

A fraqueza primária do método é que o processo de agregação e análise

dos dados é uma forma de arte. Não existe um modo particularmente rigoroso

no qual os CSF´s possam ser agregados de um padrão claro da empresa.

Segundo, existe uma confusão freqüente entre os entrevistadores e os

entrevistados e entre os CFS´s individuais e os organizacionais. Eles não

necessariamente são os mesmos. O que pode ser crítico para os gerentes

pode não ser importante para a organização. Além disso, este método é

claramente tendencioso para os diretores porque eles são os entrevistados

(geralmente os únicos entrevistados). Finalmente, deverá ser notado que este

método não necessariamente supera o impacto de uma mudança no ambiente

ou mudanças no gerenciamento. O ambiente e o gerenciamento mudam

rapidamente e os sistemas de informação devem se ajustar rapidamente de

acordo. O uso de CSF´s para desenvolver sistemas não abranda estes fatores.

O objetivo desta tese é propor uma metodologia que venha dar continuidade a

este processo, propondo os passos seguintes para se completar a metodologia

de desenvolver sistemas de informações baseados na modelagem de

negócios.

2) Análise Semântica.

Page 166:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

166

A análise semântica está relacionada como a pergunta sobre o problema

dos proprietários, precisamente o que significa em termos que falam acerca de

seus problemas e políticas relevantes. É o processo de se encontrar o

significado do problema a um nível de negócio e expressá-los em uma forma

gráfica chamada de carta ontológica ou modelo semântico. Na medida em que

os sistemas baseados em objetos estejam relacionados, oferecem um

processo rigoroso e um conjunto de notações concisas para a captura de

regras, autoridades e ações dos objetos. A ligação entre regras e

comportamentos está em duas direções. Em uma direção, as regras que um

objeto executa determinam seus comportamentos. Estas regras irão permitir

que ele haja dentro de limites de sua autoridade. Por outro lado, o

comportamento exibido por um objeto manifesta suas regras. Estas duas

direções trabalham ao mesmo tempo, ou seja, uma regra de um objeto diz a

ele o que fazer e o que ele faz manifesta sua regra. A necessidade da

metodologia da análise semântica traz a tona a representação de sistemas

baseados em objetos pelo estudo deste tipo de padrões de comportamentos. A

figura 7.10 mostra um exemplo de um modelo de análise semântica de um

domínio.

Empregado #Id usuário #senha comprador usuário compra produtos uso assinalado à empregos proprietário possui vende vendedor contabiliza

.

Sistema Contábil Figura 7.10 Um modelo semântico.

sociedade

pessoa

Organização o

Page 167:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

167

3) Levantamento das Normas que regem os negócios da empresa.

Para se entender questões tais como as responsabilidades e

habilidades dos usuários humanos, regras e autoridades de agentes, é

essencial se entender os conceitos básicos de normas. Estas questões têm

sido consideradas de forma secundária nas outras questões tal como métodos

de formalização para representar crenças, desejos e intenções usando lógica

modal, temporal e assim em diante.

Uma norma é definida como um “guia para condução ou ação que

geralmente está de acordo com os membros de uma sociedade”, ULLMAN-

MAGALIT (1997). Normas e signos são inseparáveis. Signos, através de

normas, são usados para se obter coisas realizadas. Normas são geralmente

consideradas como receitas, direções ou comandos que governam o

comportamento de agentes.

A seguir as tabelas 7.1 e 7.2 e o gráfico antológico, figura 7.10, para

demonstrar o processo de captura de elementos para a formação das Normas.

Estas normas serão usadas como regras para a modelagem dos sistemas de

informações, nos passos seguintes.

Tabela 7.1 Disposições reveladas pelas Normas.

Atitudes Disposição Conhecer, expectativa, imaginar, supor, assumir, acreditar, convencer, concluir,.......

Crença

Auxiliar a, planejar para, intencionar para, significar para, persuadir, desejar para,.....

Intenções

Gostar, deplorar, esperança de, desejar, desgostar, odiar, enjoar......

Valores

Ser obrigado a, estar permitido para, estar proibido de, estar endividado, ser formado para, intitulado para,........

Atos

Conhecimento, julgar, reconhecer, admitir, declarar, proclamar,..........

Percepção

Page 168:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

168

Tabela 7.2 Exemplo das Normas levantadas pela análise do gráfico 7.21. 4) Modelagem estratégica dos negócios da empresa. É usado o gráfico de

classes, de uma forma mais estratégica, para representar esta fase. O

diagrama de classes mostra como as entidades principais (regras), que foram

levantadas na fase anterior e classes processos estão relacionadas para

formar uma cadeia de valor ligando as atividades de vendas, produção,

compras, pagamento, recursos humanos e finanças.

6. IF usuário agente deseja usar o BAS, THEN usuário agente é obrigado a ter uma ID e Password.

7. IF agente vendedor faz um comprometimento para vender um produto a um preço, THEN agente vendedor é obrigado a vender o produto a um preço.

8. IF agente comprador compra um produto AND o preço é menor do que R$100, THEN o agente comprador está permitido a fazer o pagamento através do cartão de crédito.

9. IF comprador compra um produto AND o preço é maior do que R$100, THEN o agente está proibido de fazer o pagamento.

10. IF o agente comprador decidir comprar um produto, THEN o agente comprador irá esperar uma cotação.

Page 169:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

169

Regras Fornecedor Processos Folha Pagamento

Processo Pagamento

Regras Empregados

Processos Compras

Regras do Dinheiro

Recursos Humanos Recursos de Máquinas

Regras Materiais

Processos Financeiros

Processo Producao

Regras Cliente

Regras Produto

Regras Engenharia Produto Processos Vendas

Figura 7.11 – Modelo de Classe de uma Empresa Industrial

5) Definição do Modelo de Caso de Uso (Somente atores). O modelo de Caso de

Uso é um modelo das funções dos sistemas e seu ambiente e serve como um

contrato entre os clientes (usuários) e os desenvolvedores. O modelo de caso

de uso é usado como uma entrada essencial para as atividades de Análise,

Projeto e Teste.

Page 170:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

170

Assistente Comércio

Entrada Comércio Compra

Sistema Back Office

Figura 7.12 – Exemplo de Diagrama de Caso de uso dos Atores. 6) Definição do Gráfico de Caso de Uso. O Modelo de Caso de Uso do Negócio é

um modelo das funções do negócio. Ele é usado como uma entrada principal

para se identificar as regras e políticas na organização.

Assistente de Comércio

Executar Ajuste Comércio

Definir Investimento

Entrar Comércio de Venda

Executa Entrada Pedido

Chama

Prescede

Entrar Comércio Compraprescede

Figura 7.13 – Diagrama de Caso Uso. 7) Definição do Gráfico de Caso de Uso Realizado. Descreve como um caso de

uso do negócio é realizado dentro do modelo do negócio, em termos de

Page 171:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

171

colaboração entre os objetos (instâncias dos trabalhadores e das entidades do

negócio).

Assistente de Comércio

Executar Ajuste Comércio

Definir Investimento

Entrar Comércio de Venda

Executa Entrada Pedido

Chama

Prescede

Entrar Comércio Compraprescede

Figura 7.14 – Exemplo de Caso de Uso Realizado. 8) Definição do Diagrama de Objetos. O modelo de objetos do negócio é um

modelo de objeto descrevendo as realizações dos casos e uso do negócio.

Page 172:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

172

Assistente comércio

Pedido

Submeter Comércio

Enfileirar Comércio Sistema BAck OfficeEvidenciar Erros

Obter Valres Comércio

Comércio

botão SubmissãoValidar Data Comércio

Criar Pedido

Janela Entrada Contrato Comércio

Figura 7.15 – Exemplo de Diagrama de Objetos. 9) Definição dos trabalhadores do negócio. Um Trabalhador do Negócio é uma

classe que representa uma abstração de uma pessoa humana que age dentro

do sistema. Um trabalhador interage com outros trabalhadores e manipula as

entidades do negócio enquanto participam na realização do caso de uso.

Clientes por Vendedores

Clientes por Telefone

Cliente

Clientes Online

Figura 7.16 – Exemplo de Trabalhadores do Negócio.

Page 173:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

173

10) Definição das Entidades do Negócio. Uma Entidade de Negócio é uma

classe que é passiva, ou seja, ela não inicia interações sobre si própria. Um

objeto entidade do negócio pode participar em muitos diferentes casos de uso

de realização do negócio e usualmente sobrevive a qualquer interação simples.

Na modelagem de negócio, as entidades do negócio representam objetos que

os trabalhadores do negócio acessam, inspecionam, manipulam, produzem e

assim sucessivamente. Entidades do negócio provêm as bases para o

compartilhamento entre os trabalhadores do negócio participando em

diferentes realizações dos casos de uso do negócio.

Sistema Back Office

Enfileirar Comércio

Submeter Comércio

Validar Data Comérciobotão Submissão

ENTIDADE PEDIDO

Assistente comércio

Evidenciar Erros

Obter Valres Comércio

ENTIDADE COMÉRCIO

Janela Entrada Contrato Comércio

Criar Pedido

Figura 7.17 – Exemplo da participação de Entidades de Negócios. 11) Levantamento das Unidades da Organização. Uma unidade da organização é

um componente primário, provendo um contexto para seu gerenciamento. A

estrutura organizacional uma unidade pai com suas subsidiarias em uma

hierarquia e cada unidade é responsável pela coleção de outros componentes

do negócio. Uma unidade que tem um status legal é uma parte, porque ela

Page 174:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

174

está apta para contratar com outras partes para se chegar aos seus propósitos.

Interações entre unidades são governadas por contratos, os quais são

administrados por um gerente de contrato. O trabalho é realizado por meios de

processos que são instanciados ou por atores ou por requisições feitos por

outras partes em termos destes contratos. O fluxo de trabalho entre os atores é

gerenciado dentro de uma unidade por um processo gerenciador e entre as

unidades por um gerenciador de mensagens. O processo gerencial dirige o

trabalho para o autor de acordo com suas regras organizacionais, enquanto o

gerente de mensagens comunica as requisições e as respostas para as outras

partes, veja figura 7.18. Finalmente, uma entidade gerencial localiza e aloca as

entidades afetadas pelos processos do negócio, veja figura 7.19.

Ciclo de Receita

Ciclo de Despesas

Ciclo FinanceiroCiclo de

TransformaçãoCiclo de Recurso

Humanos

Ciclo de Controladoria

Controladores

FornecedorClientes

Bancos

(from Atores do Negócio)

Pessoas

Figura 7.18 – Exemplo de Unidades da Organização.

Page 175:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

175

Propósitos Artefatos Instâncias de ProcessosObjeto Pai

Atores

Definições

Objetos Negócio

Definições de processos é iniciada pelas instâncias de processos

Unidade

gerencia

Parceiros

Figura 7.19 – Unidades Organizacionais. 12) Definições das Regras Organizacionais. Uma regra da organização é o meio

pelo qual instância de processos de negócio são assinaladas para os atores e

vice e versa. Um sistema de “push” aloca um passo de processo para um ator

quando ele inicia, enquanto um sistema de “pull” aloca-o a um ator com a regra

apropriada quando o ator requisita trabalho. Em um sistema de “pull”, o ator

deve conhecer quais regras ele pode executar, enquanto um sistema “push”

requer que uma regra organizacional conheça seus atores. Um sistema “pull” é

tipicamente implementado por um conjunto de itens de trabalho (instâncias de

passos de processos) para cada regra, do qual os atores requisitam o trabalho.

Um sistema “push” é implementado por uma lista de trabalho para cada ator,

dentro do qual os itens de trabalho são programados.

Page 176:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

176

Unidade Organizacional

Instâncias de Processos

AtorRegras

Coleção de Trabalho

Lista Trabalho

pull

push

Figura 7.20 – Atores e Regras. 13) Levantamento dos Propósitos do negócio da empresa. O propósito de uma

organização é definir porque ela existe em termos de valores e o que ele pode

oferecer. A hierarquia dos propósitos relaciona a visão estratégica estática e a

missão estática para os objetivos operacionais dinâmicos e os objetivos. As

medidas do propósito quantificam as metas e os resultados do negócio para

permitir o planejamento e o reporte. O planejamento centralizado está sendo

suplantado pelas redes de contratos para definir os propósitos em sistemas de

negócio distribuídos. Nesta fase também será usado o gráfico de classes da

UML para a sua representação, mas de um modo mais efetivo.

Page 177:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

177

Valor

Propósitos

Resultados

armazena

Objetivos

planeja

atinge

Figura 7.21 – Componentes do Propósito.

14) Determinação dos Componentes dos Propósitos. Os componentes do

propósito contrata, planeja e mensura os valores de uma empresa e suas

entidades. Cada uma deve executar a função básica de estabelecer e

quantificar propósitos e então deve monitorar os resultados e senti-los para dar

suporte as decisões. A hierarquia dos propósitos mostrada na figura 7.22 é um

componente genérico do qual esquemas específicos são derivados. Cada

propósito pode ter sub-propósitos que formam uma hierarquia, um propósito

folha tipicamente torna-se o valor de uma entidade. Um objetivo é um valor

planejado que deve ser concluído por um prazo. O prazo pode ser uma data,

mas é mais tipicamente um período de contabilização, ciclo de planejamento,

ou base de projeto, cada qual definido de alguma forma de calendário. Os

resultados armazenam a conclusão (ou a não conclusão) do objetivo. Note que

vários resultados podem contribuir para um objetivo, tal como os valores de

faturas que são acumulados em vendas durante um período de contabilização.

Valores podem ser agregados de diferentes modos, o mais comum é a

sumarização dos valores componentes em seus parentes na hierarquia dos

propósitos. Eles podem também ser componente de medias, ou calculados por

outras funções nos propostos de seus parentes, veja figura 7.22 e 7.23 e como

um exemplo a figura 7.24.

Page 178:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

178

Valor

Visão Missão Metas

Propósito Genêrico

Propósito

Resultados Objetivos

concretiza

Prazo Entrega

devido

Calendário Anual

<<composicao>>

Figura 7.22 – Hierarquia de Propósitos.

Conta Lançamento

debito()credito()orcadoXreal()

Fixoorcamento

Sumário Conta

rollup()drillDown()

Derivadoporcao

Contanome

Saldo()

derivado de

Razão

relatorio de contasPeríodo Contabilorcamentoatualajuste

Ponderado

Período RazãodataFinal

estaAberto()

Ponderarfator

Propagação

Figura 7.23 Exemplo da Aplicação do Modelo de Propósito.

Page 179:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

179

LotenumeroLotequantidade

DespachoinicioTempoDuração

Item Estoqueprevisao

demanda()

Item Pedidopedidos

demanda()

Item Produção

demanda()suprimento()disponivel()possofazer()

Item Sumário

explore()rollUp()drillDown()

PeríododataFinal

durante

Cicloduração

identidade()

no

Objetivo

PlanodemandaHorizonteprevisaoHorizontefornecimentoHorizonteplanoHorizonte

programação()

Propagação

Figura 7.24 – Exemplo de Planejamento da Produção. 15) Concepção do meta-modelo da empresa. O conceito final requerido para se

modelar uma corporação é o conceito de grupo, a entidade legal que contrata

outros grupos, atores diretos e artefatos de gerenciamento. Como um ator,

uma entidade é responsável pela concretização dos objetivos executando os

passos dos processos do negócio, tipicamente de acordo com as regras que

estejam habilitadas para serem consideradas. Notar que uma entidade pode

ter mais do que uma regra por ator e assim pode ser possível agregar um

grande intervalo de passos de processos. Uma entidade é afetada pelos

processos do negócio através de seus artefatos de regras. Um artefato que

tenha uma capacidade útil que pode tornar-se indisponível sendo alocado ou

consumido é conhecido como um recurso.

Page 180:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

180

Passos

Processos Produtivos

**

guia

Valoresmodifica

Obrigações causadas pela situação

Objetivos determina

alcancar

Políticas

obriga

Atorassinala

Situaçãoaplica

Partes

Produto

**

contém

contrata

gerencia

direciona

Figura 7.25 – Meta Modelo do Negócio da Organização. 16) Levantamento dos Propósitos e do Planejamento (0bjetivos). O planejamento

operacional é requerido quando o orçamento financeiro e os relatórios de

análise são inadequados para a tomada de decisão. Enquanto um plano de

negócio preparado pelo gerente sênior para projetar o retorno e lucratividade

pode ser expressa em termos puramente financeiros, ele não é adequado para

o planejamento de compras, produção e vendas de itens individuais. Isto é

resolvido pela progressiva explosão do plano de negócio na hierarquia das

vendas e o planejamento da produção e a capacidade detalhada e os planos

de estoques. Reciprocamente, os resultados operacionais detalhados são

balanceados para o plano do negócio.

Page 181:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

181

LotenumeroLotequantidade

DespachoinicioTempoDuração

Item Estoqueprevisao

demanda()

Item Pedidopedidos

demanda()

Item Produção

demanda()suprimento()disponivel()

Item Sumário

explore()rollUp()drillDown()

PeríododataFinal

durante

Cicloduração

identidade()

no

Objetivo

PlanodemandaHorizonteprevisaoHorizontefornecimentoHorizonteplanoHorizonte

programação()

Figura 7.26 – Planejamento da Produção.

17) Levantamento dos Propósitos e as Políticas. Muitas situações que pode ou

não ocorrer regularmente nos negócios pode ser manipuladas pelo

estabelecimento de políticas que definem as ações a serem tomadas quando elas

ocorrem. A política é definida como um conjunto de regras relacionadas a uma

particular situação e uma regra pode ser uma obrigação ou uma autorização, na

qual ou é uma proibição ou uma permissão. Uma obrigação é ativada pela

condição que a torna ativa e tem condições que indicam quando ela é completada,

cancelada ou violada.

Page 182:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

182

Propósito

Política

Situação

Reabastecer

<Mínimo

preenchido

Gerência Estoque

baixo

Desconto Escrever por Extenso

>Máximo

alto

preenchido Violacao

Figura 7.27 – Gerenciamento do Estoque. 18) Levantamento dos Propósitos e Contratos. Contratos são comandos com o

intento de regular o comportamento entre organizações e suas partes e indivíduos,

criando condições para a oferta verbal e a aceitação entre as pessoas. Um

contrato é instanciado com um conjunto de obrigações entre suas partes que são

preenchidas, canceladas ou violadas. Um bom contrato define os direitos e

obrigações em todo caso possível, incluindo cancelamento e violação. Um

contrato é, entretanto, um comando de propósito que define a performance

esperada, tempo de espera e prazos, períodos de validade e outras condições que

satisfaçam obrigações incorridas em termos destas clausulas.

Page 183:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

183

Propósito

Obriga

Autoriza

Preenchido

Cancela

Violacao

Cliente

Executor

Permite

Proibe

Política

Situação

Contrato

Partes

Figura 7.28 – Contrato Genérico. 7.4.2 Modelagem Operacional do Negócio 1) Definição do Gerenciamento de Contratos. O gerente de contratos tem duas

responsabilidades fundamentais – primeira, como cliente e a segunda como

executor – no preenchimento do propósito do contrato. As regras do cliente

recomendam partes apropriadas dado um propósito – por exemplo,

fornecedores que estão aptos a enviar um produto particular ou serviço -

tipicamente em resposta a uma requisição de um gerenciador de processos.

Se existir uma parte apropriada, a requisição é comunicada a parte pelo

Page 184:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

184

gerenciador de mensagens. Se existir mais do que uma parte potencialmente

apta para satisfazer a requisição, várias podem responder.

Propósitos

Contrato Gerenciador

requisição()resposta()

Política

Obrigações

deve responder

satisfeito por

Permissão

pode requisitar

Parceiros

executor potencial

Figura 7.29 – Gerenciador de Contratos.

Processo Gerenciador : Gerenciador

Contrato Gerenciador : Gerenciador

Permissão Mensagem Gerenciador : Gerenciador

1: requisicao()2: obterParte()

3: enviar()

4: rejeitar()

5: completar()

Figura 7.30 – Interação para a Requisição de Contrato entre os Objetos.

Page 185:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

185

Gerenciador Mensagens : Gerenciador

Gerenciador Contrato : Gerência Estoque

Obrigações : Obrigações

Gerenciador Processos : Gerenciador

1:requisicao()2: obterPolitica()

3: programacao()

4: rejeitar()

Nao OK

esta OK

5:completar()6: completar()

Figura 7.31 – Interação entre os Objetos da Resposta do Contrato. 2) Definição do Gerenciador de Processos. Um gerenciador de processos

responde as requisições de trabalho pela criação de uma instância do

processo apropriado e o adiciona ao conjunto de regras apropriadas

organizacionais. Um passo de processo que requer uma interação humana é

alocado a uma regra apropriada a ser executada pela pessoa que foi

assinalada a ela. Quando completado, o passo do processo é transferido para

uma lista de processos completados, os quais é uma trilha de auditoria dos

trabalhos completados. O gerenciador de processos também armazena a

média de ciclos de tempo – a duração desde a criação ao término – de cada

tipo de processo.

Page 186:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

186

RegraUnidade Organizacional

Instâncias de Processos

conjunto trabalho

Definições

capacidade

Gerenciador Processos

criar()completar()arquivar()

trilha auditoriadecretar

Figura 7.32 – Gerenciador de Processos.

Unidade Organizacional

Gerenciador Processos : Processo

Definição de Processos : Processo

Regras Organizacionais : Processo

1:requisicao()

2:obterProcesso()

3:obterRegra()

4:criarInstancia()

5:adicionarInstancia()

Figura 7.33 – Interação entre os Objetos no Instanciamento de Processos. 3) Definição do Gerenciador de Mensagens. Uma unidade da organização troca

mensagens com seus parceiros e outras partes tal como clientes,

fornecedores, financeiros e instituições regulamentadoras. Tais mensagens

são baseadas no ato da fala, usando padrões de vocabulários para permitir a

interação com outros negócios. Uma cabeça de uma mensagem tipicamente

identifica o padrão “ato da fala” por uma combinação de verbo/substantivo tal

Page 187:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

187

como “POSTO DE JORNAL”, o número da versão da mensagem, um

transporte e um endereço de destino, se e por um conhecimento for requerido

e o vocabulário (ou léxica ou ontologia) usado para decodificar o conteúdo da

mensagem. Os conteúdos da mensagem são tipicamente em XML.

é mapeado para...

Conteúdo Mensagem

Unidade Organizacional

Gerenciador Mesagens

Cabeça Mesagem

novaenviar esperando recebendo

Mapa Processo

Definição

Figura 7.34 – Gerenciador de Mensagens.

Page 188:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

188

Gerenciador Mensagem : Gerenciador

Parte : Gerenciador

Mapa Processos : Gerenciador

Cabeça Mensagem : Gerenciador

Processos : Processo

Conteudo Mensagem : Gerenciador

1: obterEndereco()

2: obterVerboSubstantivoVersao()

3: criarCabecalho()

4: obterEstaoProcesso()

5: criarConteudo()

6: adicionaaSaida()

Figura 7.35 – Interação entre os Objetos para o Envio de Mensagens. 4) Levantamento dos Componentes dos Processos. É implementada por um

processo genérico – uma classe abstrata – da qual os processos específicos

do negócio são herdados. Um processo de negócio, tendo sub-processos

contidos, em seu mais baixo nível, passos discretos de processos.

Um processo principal é um caso especial que é criado para dar início de um

processo para gerenciar os aspectos compartilhados por todo o conjunto dos

processos. Por exemplo, o processo principal conhece suas metas dos

propósitos, que são as obrigações para que seja decretado e que se completa

quando se finaliza completamente. É também conhecidas as obrigações que

são criadas quando ele viola as regras dos contratos de governança. As

precondições são metas que devem ser seguidas antes que os processos se

iniciem, que são fortemente atreladas aos marcos do ambiente do projeto. Eles

Page 189:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

189

relacionam-se a alguma situação na qual os propósitos são compartilhados e

são particularmente úteis em uma cadeia de valores distribuídas.

Passo Processo

Processo Genericoreferenciadata iniciodata efetivanome

Processo Pai

PropósitoProcesso Principal

Figura 7.36 - Processo Genérico.

Processo Genericoreferenciadata iniciodata efetivanome

Processo Vendas

Requisitado Cotado Vendido Faturado

Figura 7.37 – Exemplo do Processo de Vendas. 5) Levantamento das Classes Básicas dos Processos. A classe básica de um

processo armazena informações sobre atividades simples que envolve poucas,

se existir alguma, entidade. Por exemplo, um processo para planejar e manter

Page 190:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

190

um contrato entre uma venda do representante e um cliente prospectivo

necessita somente armazenar o representante, o cliente, a data e o horário e

uma descrição do encontro. Muitas destas informações são comuns para todos

os processos e então é definida na classe genérica do processo. A referência é

um código opcional pelo qual o processo é identificado. Note que a data de

início sobre a qual o processo é entrado no sistema não é necessariamente a

mesma da data efetiva, a qual representa quando o processo tem o início

propriamente dito. A regra identifica a regra da organização que e responsável

pelo processo e o ator é a pessoa atual ou outra entidade para o qual ele é

assinalado. Estes atributos são estendidos pelo processo de contato para

incluir as referências para o representante e o cliente específico que o envolve

e uma descrição do encontro.

Representação Cliente

Processo Contato

RegraProcesso Genêricoreferenciadata iniciodata efetivanome

lista trabalhos

AtorLista Trabalhadores

Figura 7.38 – Processo de Contato.

Page 191:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

191

Processo Genêricoreferenciadata iniciodata efetivanome

Produto

recebimento()envio()

Conta Banco

deposito()retirada()

Venda Dinheiroquantidadepreco

precondicao()completar() <<metodo>>

Produto.envio(quantidade)Conta Banco.deposito(preco)

<<metodo>>Product <> nullConta Banco <> nullquantidade > 0

Figura 7.39 – Exemplo de Processo de Vendas a Vista. 6) Levantamento dos Processos com Múltiplos Itens. Um processo mais típico

envolve interações com mais de uma entidade em um passo simples, cada

qual é armazenada em uma lista de itens de linha contida no processo. O

exemplo do processo de uma ordem de compra é uma troca entre um

fornecedor e o estoque, na qual o fornecedor é creditado com o valor da

entrada do estoque. A valor do produto é sumarizado a partir do valor de cada

linha de itens pelo método totalPrice() e é creditado para o fornecedor por meio

do método buy(). Cada linha de produto altera o produto objeto apropriado

pelo seu método receive(), o qual é chamado pelo método complete() no

processo de compras, figura 7.40. Notar que os métodos precondition() e o

complete() no processo invoca seus métodos equivalentes para cada linha de

item. No método precondição() é feita a seleção do método adequado para

satisfazer as solicitações de serviços externos vindos de outros processos e a

serem realizados pelos passos pertencentes a este processo.

Page 192:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

192

Processo Genêricoreferenciadata iniciodata efetivanome

Produto

recebimento()envio()

Fornecedor

comprar()pagar()

Linha Item Venda

quantidade preco

precondicao()completar()

Processo Venda

precoTotal()precondicao()completar()requisitado()

<<metodo>>Fornecedor <> null

<<metodo>>fornecedor.comprar(totalPreco)

<<metodo>>Produto <> nullquantidade >. 0 and preco > 0

<<metodo>>Produto.recebimento(quantidade)

Figura 7.40 Exemplo de Processo e Compras. Passos dos processos manipulam diferentes valores e tempos tanto na

entrada como nas saídas.

Page 193:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

193

Contacao

precondicao()completar()

Pedido Compra

precondicao()completar()

Recebimento

precondicao()completar()

Faturamento

precondicao()completar()

<<metodo>>custo = Produto.recebimento(quantidade)this.credito(custo)

<<metodo>>Fornecedor.compra(precoTotal())this.debito(precoTotal())

Fornecedor

comprar()pagar()

Processo Venda

precoTotal()precondicao()completar()requisitado()

Produto

recebimento()envio()

Linha Item Vendaquantidade preco

precondicao()completar()

Figura 7.41 Exemplo de Passos do Processo de Vendas.

Page 194:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

194

Estruturauso : String

Estoquealocado : Longrecebido : Longenviado : Longdisponivel : Long

alocar ()recebido()enviado()disponivel()

Envio Material

precondicao()completar()

Recebimento Produto

precondicao()completar()

Regras Produto

Regras Material

descricao()preco()estoque()conta custos()

Conta Custo Dep. Produçãovalor orcado : Long

debito()credito()precondicao()

Planejamento Capacidade

Uso Capacidade Recursos de

Máquina

Monopolizadoalocada : Booleandisponivel : Booleanonde usada : Stringdata l iberacao : Date

alocado ()disponivel()uso()

Recursos Humanos

Podem ser colocados outros sub-processo que forem necessários como, por exemplo, controle de perdas, etc.

Processos Produção

precondição()planejamento capacidade()emissao material()uso capacidade()recebimento material()completar()

Lista Serviços

Figura 7.42 – Exemplo de Passos do Processo de Produção. 7) Levantamento dos Processos que Adicionam Valores. Uma situação similar

existe em processos de vendas, onde os custos dos produtos vendidos é

menor do que o preço a ser faturado. No exemplo mostrado na figura 7.43, o

processo de vendas tem passos para o armazenamento quando os produtos

são cotados, vendidos, despachados e faturados. O processo de

Page 195:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

195

contabilização é debitado com os custos do produto quando despachado e

creditado com os valores de vendas quando faturado. A diferença é o lucro

bruto da venda, a qual é também (indiscutivelmente) o valor adicionado pelo

processo. Esta técnica pode ser usada para determinar onde o valor é

adicionado por algum processo na cadeia de valores e para monitorar os

valores atuais contra os valores padrões, os quais por seu lado a base da

atividade do custeamento base.

Contacao

precondicao()completar()

Pedido Compra

precondicao()completar()

Recebimento

precondicao()completar()

Faturamento

precondicao()completar()

<<metodo>>custo = Produto.envio(quantidade)this.debito(custo)

<<metodo>>Cliente.compra(precoTotal())this.credito(precoTotal())

Produto

recebimento()envio()

Linha Item Vendaquantidade preco

precondicao()completar()

Cliente

comprar()pagamento()

Processo Venda

precoTotal()precondicao()completar()requisitado()

Figura 7.43 – Exemplo de Processos com Adição de Valores. 8) Levantamento dos Trabalhos em Processos. Muitos processos são de

relativamente longa duração, particularmente na engenharia, manufatura e

projetos de ambientes. As atividades durante o intervalo entre o início e o

término de tais processos é conhecido como trabalho em processo (WIP). Um

processo que tem uma duração finita tipicamente tem um ou mais passos de

processos subsidiários para o armazenamento de suas atividades de seu WIP.

Por causa do WIP ter efeito em modelos de longa duração, ele requer um

conjunto de passos de processos atômicos que planejam e armazenam

eventos significantes em seus processos; de outra maneira, o estado das

entidades afetadas pelo processo terá que ser locada para preservar sua

Page 196:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

196

integridade. Isto não é possível para os recursos que são compartilhados entre

muitos processos, o que é típico nos negócios das empresas. Muitos sistemas

operacionais organizacionais têm passos de processos que armazenam a

questão de materiais e partes, o recebimento dos produtos e o uso de mão de

obra, equipamento e ferramentas. Sistemas sofisticados também têm

processos para o armazenamento por produtos, perdas, perda de tempo,

quebras e outras ocorrências que afetam o WIP.

WIP para custo e planejamento

Processos para transferir valores

Material

ennvio()

Pessoa

uso()

Envio Material

completar()

Livro Trabalho

completar()

Trabalho em Processo

dataIniciodataFinalvalor

comeco()completar()obterDuracao()planejamento()

Produto

recebimento()envio()

Recebimento Produto

completar()

Figura 7.44 – Trabalho em Processos. 9) Levantamento das Entidades, Regras e Valores. A metodologia adotada usa

aspectos destes padrões, estendido para permitir o maior possível re-uso de

componentes objetos. A entidade principal tem somente sua identidade e seus

propósitos que são para ligar suas regras, as quais modelam sua interface

externa, para outras regras e para valorizar o objeto, o qual modela seu

Page 197:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

197

comportamento e seu estado. Uma entidade regra é desenhada para um

particular contexto, a qual por seu lado é definida pelo processo no qual ela é

definida para servir. Isto não diz que todo processo é servido por uma regra

diferente, mas que cada regra serve as necessidades de um conjunto de

processos similares. Pelo fato de uma entidade ser uma composição de suas

propriedades, quando ela for apagada, suas propriedades são também

apagadas, figura 7.45.

Produtos

Valor

pode ter

Regra

<<agregacao>>

tem

Regra Pai

<<agregacao>>

Hierarquia de regras para auxiliar a localizacao da entidade

Figura 7.45 – Regras e Valores. 10) Levantamento das Regras dos Parceiros. Uma entidade é modelada por uma

ou mais regras, cada qual representa-a em um particular contexto

organizacional e de processos. Regras dependem de como uma empresa é

organizada e assim variar entre os domínios e empresas. O “real”

comportamento de uma entidade é delegado aos seus valores, os quais

tendem a ser reutilizado tanto dentro como entre domínios. A primeira

justificação de uma regra é que ela controla a complexidade pelo

particionamento do conhecimento de uma entidade em domínios separados e

permitindo que o conhecimento seja mudado ao longo do tempo. Uma regra

pode ser pensada como uma fachada pela qual se identifica e localiza uma

entidade e atrás da qual se obtém seus valores. Os conceitos são ilustrados

nesta seção por uma típica seleção de regras de entidades comuns.

Page 198:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

198

Uma parte é uma entidade que faz o negócio com os outros, também

conhecida como uma entidade legal e uma parte legal, tipicamente um

indivíduo ou uma organização que tem a capacidade para entra em contratos.

Exemplos nos negócios incluem clientes e fornecedores, empregados e

empregadores, consultores e clientes, pagantes de impostos e governo e os

provedores e recebedores de serviços. Não é coincidência que estas partes

são acopladas, porque um contrato freqüentemente define a relação entre

duas (ou mais) partes. Por exemplo, um contrato de empregado define o

relacionamento entre empregado e empregador e um acordo de fornecimento

envolve tanto o cliente como o fornecedor.

Fornecedor

Empregado

Empregador

Valores das Entidades

Cliente

Facilidade Endereço

Parceiros

Contrato Regras das Entidades

Tem um

Figura 7.46 – Regras dos Parceiros e os Valores.

Page 199:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

199

Instalação

Operação

Manutenção

Habilidade

Capacidade

Descrição

Custo

Máquinas

Figura 7.47 – Exemplo de um Parceiro Máquina. 11) Levantamento dos Valores das Entidades. Uma entidade pode ser modelada

por uma coleção de propriedades compreendendo suas regras, as quais

identificam-nas em vários contextos e seus valores, os quais são intrínsecos

para uma entidade. Serão descritos alguns valores comumente usados das

entidades, incluindo contabilização, endereço, aspectos, capacidade, descrição

e preço. Muitos outros valores são necessários para a construção de um

modelo de empresa compreensiva. São muito poucos os componentes tais

como aqueles acima citados que são úteis, principalmente porque seus

significados são bem entendidos e porque nenhuma vantagem será ganha na

alteração dos mesmos. Sendo reutilizáveis, eles são bons candidatos para a

padronização como componentes de negócio e de software.

Por exemplo, Uma conta mensura o valor financeiro de uma entidade,

modelada por uma sub-conta no razão financeiro ou por uma propriedade da

entidade. A contabilização centralizada favorece os valores contábeis descritos

nesta seção. A figura 7.48 mostra uma conta na qual uma lista de itens de

valores armazenados abertos de um período contábil que referência itens que

acorreram durante cada período. Um item armazena o processo que o criou e

o valor financeiro com o qual a contabilidade debita ou credita. Itens abertos

são periodicamente reconciliados e fechados em lotes pelo casamento de

processos, então movendo-os da posição aberta para a fechada.

Page 200:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

200

Diferença

Depreciação

Despesas

Pagamentos

Contanome

Saldo()

LotenumeroLotequantidade

PeríododataFinal

Processo

Item

Figura 7.48 – Exemplo de Valores de Contabilização. 12) Levantamento dos Recursos Consumíveis. Os recursos que um negócio

possa ter, nada mais são do que entidades que se diferenciam das outras pelo

fato destas serem recursos consumíveis. Uma entidade é criada e destruída

pelos processos do negócio e é modelada pelas regras que ela contém com

respeito àqueles processos. Uma regra depende do contexto na qual ele é

usado, mas seus valores são independentes do contexto. Ele tem um conjunto

de regras para interagir com os processos e um conjunto de valores para

modelar seu estado. Regras são re-usadas entre os processos e os valores

são re-usados dentre as entidades e organização. Nesta fase será usado o

gráfico de classes para ser modelada. Por exemplo, um recurso de máquina é

modelada pelas suas descrições, habilidades e capacidades. Desde que uma

máquina esteja apta para trabalhar somente um pedaço do tempo disponível,

sua capacidade é também do tipo monopolizada. Isto permite tanto os recursos

Page 201:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

201

humanos e de máquina se comportarem do mesmo modo com respeito às

capacidades requeridas.

Regra Geralidentidade

Instalaçãodata instalacao : Datedescricao : String

Operaçãoinstrucoes : String

Manutençãoinstrucoes : String

Descriçãonome : Stringdescricao : Stringunidade : Stringlocal : Stringupc : Stringcodigo : String

descricaoInsert()descricaoUpdate()

Habilidades

e capaz de()

Monopolizadoalocada : Booleandisponivel : Booleanonde usada : Stringdata liberacao : Date

alocado ()disponivel()uso()

Custovalor : Longdata atualiazacao : Datedata ultima atualizacao : Date

Capacidadehoras disponiveis : Long

Recursos de Máquinas

Figura 7.49 – Exemplo de Recurso de Máquina. 13) Levantamento dos Passos dos Processos Versus Valores das Entidades.

Cada processo pode ter um conjunto de passos. Estes passos têm por função

executar as transformações necessárias para a execução das tarefas deste

processo. Estes passos têm como responsabilidade conhecer quais valores

das entidades pode proceder às alterações.

Page 202:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

202

Produtos

Propriedade

**

pode ter

Regrasde

tem

Passos do Processomuda

Processoencontra

**

Figura 7.50 – Exemplo de Passos dos Processos. 14) Propagação dos valores planejados para os níveis inferiores até o nível

operacional da estrutura da organização. Como foi exposto no começo desta

proposta de tese, de que a estrutura básica desta é justamente permitir de que

os valores orçados no nível estratégico do negócio da empresa sejam

propagados para os níveis inferiores da estrutura. Para tanto, é apresentado a

seguir um modelo de propagação para esta finalidade. No nível operacional,

onde ocorre o registro das ocorrências dos fatos que transformam o equilíbrio

econômico e financeiro do negócio da empresa, será colocada a inteligência

nos objetos de tal forma que eles tenham a capacidade de comparar o que irá

ocorrer com os valores orçados e impedir as ocorrências que viriam ocorrer em

desacordo com o equilíbrio orçado.

Esta propagação de valores permite que os objetos do nível operacional

tenham em mente os objetivos que foram traçados e façam com que os

eventos que irão ocorrer o façam dentro do orçado. Esta propagação permite

que se confirme a proposição desta tese de que deve haver uma

interdependência direta e continua entre as ocorrências do nível operacional e

os vários níveis da estrutura da organização, Gerencial e Estratégico.

A metodologia desta tese está calcada no princípio de que a estrutura

contábil da empresa não somente registre os eventos contábeis para efeitos

financeiros, mas também sirva de suporte para o controle efetivo do ocorrido

versus o orçado, de modo que, se garanta a integridade, confiabilidade,

inteligência dos negócios, através desta rede de objetos interagindo entre si

Page 203:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

203

em cada nível e entre os níveis superiores da estrutura, mantendo uma

integridade e confiabilidade entre as informações de todos estes níveis da

organização.

A inteligência desta rede de objetos está nos métodos que compõem a

estrutura interna de cada objetos de modo que cada um faça seu papel neste

contexto, por exemplo, um dado objeto conta contábil, sabendo das

possibilidades das possíveis ocorrências nos eventos contábeis que possam

ocorrer sob seu domínio, viria impedir que um dado evento ocorra se ele vier

ferir o que foi planejado.

Registros contábeis são somente valores financeiros e assim são

insuficientes para muitas das necessidades operacionais e estratégicas de

uma organização. Razões financeiros podem ser suplementados por dada

warehouses mais gerais, que são bem adequados para a natureza

multidimensionais dos propósitos dos negócios (figura 7.51). Enquanto um data

warehouse é usualmente pensado como um artifício técnico para o

gerenciamento de grandes quantidades de dados, ele também pode ser visto

como uma ferramenta de negócios para o suporte executivo na tomada de

decisões – que é importante para os propósitos de uma organização. Cada

aspecto independente da empresa é representado por uma dimensão, ou eixo,

de um data warehouse: um eixo de valor registra propósitos; um eixo de

processos classifica as atividades por projeto ou centro de trabalho; outro eixo

categoriza as entidades; o eixo organizacional separa as unidades do negócio;

e o eixo do tempo agrega períodos discretos.

Por exemplo:

Valor: vendas, custos, lucratividade, patrimônio, responsabilidades;

Processo: fundos, programa, projeto, centro de trabalho;

Organização: grupos, empresa, divisão, grupo de trabalho;

Tempo: acumulativo, ano, trimestre, mês, semana, dia, hora.

Page 204:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

204

As coordenadas são classificadas em valores, qualificadores e os pais

coordenam a hierarquia de sumários. Um qualificador pode definir a

localização no tempo ou espaço, ou especificar outro aspecto da empresa. A

coordenada tempo é tipicamente determinada pelo calendário para identificar o

intervalo dentro do qual ele ocorre. Valores podem ser agregados

(consolidados) para o nível superior na hierarquia em cada eixo, refletindo a

estrutura e outros aspectos da empresa. Informações executivas e os sistemas

de apoio à decisão registram e apresentam informações para o gerenciamento

e para o entendimento e ações. Eles necessitam navegar rapidamente de uma

informação sumarizada para os seus detalhes. Um data warehouse torna isto

possível para um usuário poder navegar rapidamente de um nível mais alto

para os mais baixos em um eixo usando a técnica drill down. O drill down

congela todos os eixos que estão transversais e os eixos podem ser alterados

em qualquer tempo. Por exemplo, o caminho do drill down ilustrado na figura

7.62 resulta em “vendas na região sul para 3 de janeiro de 1998”.

Valor Qualificador

Espaçoarea

TempoIntervalo

Célula Dadosplanosresultado

Data Warehouse

lancamento()

novo lançamentocaminho drill down

Dimensãonomes

aspecto

Item Sumário

explore()rollUp()drillDown()

Coordenação

na intercesão

folha

Figura 7.51 – Data Warehouse para planejamento corporativo.

Page 205:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

205

Figura 7.52 – Processo de Drill Down. 7.4.3 Modelagem Estratégica e Operacional dos Sistemas de Informação 7.4.3.1 Alinhamento Estratégico No passado, os investimentos feitos em SI/TI não atingiram seus reais

objetivos, ou seja, não "agregaram valores" ou qualquer outra contribuição direta

para se alcançar os objetivos do negócio. Pelo contrário, a falta de uma estratégia

coerente para os investimentos em SI/TI, produziu muitos problemas. Claramente

a estratégia de SI/TI é um componente das estratégias de negócio. A métrica do

alinhamento estratégico enfatiza que as decisões necessitam serem coordenadas

para se agregar valores. As decisões das estratégias de negócio determinam a

direção da empresa baseada no entendimento de recursos da empresa,

posicionamento dos competidores, e as necessidades de mercado. A estratégia

do SI/TI deve ser entendida pelos gerentes do negócio e adquirida por eles se

quiser que sejam implementados efetivamente. Qualquer estratégia deve

identificar, quanto mais longo possível, "onde a organização deseja estar" no

futuro, e também ter ciência clara "onde está atualmente" de modo a poder decidir

VALOR ORGANIZAÇÃO TEMPO

Lucro Líquido ABC Grupo 1998

Lucro Bruto

Vendas

Empresa A

Divisão B

Sul

1998 Q1

Jan 1998

3 Jan 1998

Page 206:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

206

"como melhor chegar lá" avaliando opções alternativas e recursos que se farão

necessários.

Aplicando-se conceitos tais como: competência principal, fatores críticos de

sucesso, cinco forças, forças de direção, intuito estratégico, análise de cenário,

benchmark, e análise de cadeia de valores, entre outros, ao nosso planejamento

estratégico, estaremos mais habilitados a manipular os recursos de modo a

obtermos um máximo de influência no objetivo principal, de ser um dos pilares de

planejamento de negócio.

O planejamento estratégico provê um ponto comum de referência; que

torna-se ponto de partida de direção a ser tomada como também de objetivos a

serem atingidos.

Em se tratando de desafio para negócio, um modelo ajuda os executivos a

avaliar as implicações das decisões do TI. Bem freqüentemente, a linguagem e as

apresentações das proposições do TI tem ofuscado a avaliação de um objetivo em

seus méritos ou deméritos. Um modelo provê um modo sistemático de descrever

uma estratégia ou uma escolha de negócio com opções de TI.

Eventualmente, um competidor encontrará um modo de copiar ou

improvisar um novo sistema de informação parecido. Ao final, as últimas

vantagens serão derivadas somente com o uso de TI em conjugação com

mudanças operacionais de negócio para adicionar valores à empresa. Em muitas

situações os valores virão somente de uma concordância de contínuas mudanças

usando-se TI.

A incerteza tem-se tornada um modo de vida; companhias estão tendo

dificuldade de predizer mudanças em seu ambiente competitivo. Clientes se

tornando competidores, competidores se tornando parceiros, e uma concorrência

não convencional aparecendo. Os negócios deverão ser conduzidos a despeito

dos ambientes potencialmente dramáticos que atualmente não são bem

entendidos. Os investimentos em TI, como outros, devem continuar neste

ambiente incerto: Como se fazer investimentos neste ambiente incerto?

O investimento em flexibilidade nem sempre é a maneira de se conviver

com as incertezas. Tipicamente, sistemas com alta flexibilidade terão alto custo. O

Page 207:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

207

tempo gasto para se construir estes sistemas pode significar que a flexibilidade

almejada não oferecerá mudanças competitivas necessárias em meses ou até

anos após a aprovação dos investimentos. Um modelo de alinhamento ajuda aos

executivos entenderem como transformar flexibilidade em valores operacionais.

No entendimento de clientes/consumidores os objetivos serão entender

profundamente suas necessidades e transformá-las em comandos de adição de

valores ao negócio. Não é fácil balancear o nível de serviços e qualidade para

clientes com custo associado. Imagina-se que a maioria das organizações terá

lucros e valores de mercado vindos de partes das empresas que construíram a

partir de informações de negócio. Como indicador de novos meios de interfacear

com clientes é o crescimento vertiginoso dos negócios via internet.

Analisando a realidade após as transformações, concluímos que os

executivos deverão entender que apesar de cuidadosos planos de alinhamento,

podem afundar por causa das culturas existentes nas organizações que não foram

consideradas. A cultura, ou conjunto de idéias, de tais executivos não é

naturalmente disposto para absorver as tecnologias. Na prática, os líderes de

mercado investem pesadamente em sistemas de apoio à tomada de decisões.

Alinham as tomadas de decisões operacionais com as novas informações

disponíveis para conseguir pequenas melhorias em centenas de tomadas de

decisões diárias. O resultado líquido é uma significante melhora global. Outros

membros deste jogo investem nos mesmos sistemas sem entenderem como

devem ser usados para agregarem valores. Os processos de tomada de decisões

não foram devidamente alinhados com as novas tecnologias, resultando em

confusão, ressentimentos, e uma performance financeira não adequada. Outro

problema que as companhias enfrentam perante a decisão de fazer as

transformações são simplesmente batalhas fatigantes. As apresentações e

introduções dos conceitos deverão ser manipulados com considerável cuidado e

reflexão pelo fato de serem rejeitados pelos empregados insatisfeitos.

As metas relativas aos investimentos em TI são com freqüência fatalmente

obscurecidas pela falta de comunicação entre negociantes e tomadores de

decisões na área de TI. É a área fértil para mitos relacionamentos com o que pode

Page 208:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

208

ou não pode ser alterado e quais alterações significativas para futuros

investimentos e estratégias de negócio. Em face disto consideraremos dois pontos

importantes como desafios chaves do TI: Flexibilidade - muitas empresas, uma

vez iniciado o processo de realizar o potencial verdadeiro de TI, considerar a

máxima flexibilidade e manter suas opções em aberto durante o processo.

Entretanto, para que isto se torne estratégia de sucesso, deverá haver

entendimento pragmático das implicações com o negócio das flexibilidades

necessárias. Em muitos negócios faz-se necessário que alguém conheça as

diretrizes deste e as transmita aos tomadores de decisões dentro dos negócios e

também à organização de TI. Ambos os executivos precisam conhecer as

questões para questionarem entre si e conhecerem os processos de tomadas de

decisões de cada um e concordarem sobre as estratégias informadas acerca das

futuras flexibilidades de TI; Gerenciamento de mudanças e integração de sistemas

- o andamento das mudanças tecnológicas e inovações são realmente fantásticas.

A taxa sobre a qual essas novas tecnologias estão sendo disponibilizadas é muito

alta. O andamento tecnológico continuará a crescer e ser consolidado com novas

tecnologias de rede, programação em objetos, e oportunidades de sistemas

abertos. Integrar tecnologias com as já existentes será das mais complicadas

mudanças que as organizações podem ter. A dificuldade de empresas

esforçarem-se para um bom alinhamento é de longe maior do que sobrepor-se as

incompatibilidades técnicas de sistemas. Entretanto, em tentativa árdua de

determinar suas metas de infra-estrutura de TI, executivos de TI talvez

subestimem o que poderiam fazer com suas capacidades. Tal meta de

alinhamento vai muito alem do que as possibilidades da organização IT e reflete

perspectivas estratégicas de negócio. Tais empresas tornam-se líderes de

mercado porque sugerem novos produtos e serviços para clientes, mais do que

simplesmente satisfazerem suas necessidades de mercado. Infra-estruturas de

TI são recursos chaves que muitas empresas deveriam considerar.

Page 209:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

209

Ambiente Empresa Ambiente TI Estratégias do Negócio Estratégia do TI Ambiente Externo ADAPTAÇÃO ESTRATÉGICA Ambiente Interno Infra-estrutura Organizacional e Infra-estrutura do TI e processos Processos Ambiente do Negócio Ambiente do IT

INTEGRAÇÃO FUNCIONAL

Figura 7.53 Modelo do Alinhamento Estratégico

Perspectiva 1: Execução estratégica

Esta perspectiva reflete a noção que a estratégia do negócio é o dirigente

tanto para o projeto organizacional como para a escolha da infra-estrutura do TI.

Nesta perspectiva, os objetivos estratégicos são avaliados em termos de como os

Escopo do Negócio

Competências Distintas

Regras Negócio

Escopo Tecnológico

Competência Sistêmica

Políticas do IT

Infra-estrutura Administrativa

Processos

Conhecimento

Arquiteturas

Processos

Conhecimento

Page 210:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

210

processos críticos afetam as necessidades subseqüentes dos produtos e serviços

do SI. Isto é bem entendido como uma perspectiva de alinhamento, refletindo a

clássica visão hierárquica do gerenciamento estratégico. Várias metodologias

estão disponíveis para operacionalizar esta perspectiva, incluindo o método dos

fatores críticos de sucesso.

Mais recentemente, esta perspectiva têm sido expandida para satisfazer o

gerenciamento e tornar possíveis mudanças radicais em processos (redesenho de

processos) de modo que poderia permitir melhorias nas estratégias do negócio. A

regra para a gerência geral nesta perspectiva é a formulação de estratégias – ou

seja, articular a lógica e as escolhas pertinentes para as estratégias do negócio. A

regra para o gerente do SI é a implementação das estratégias – ou seja, para

efetivamente e eficientemente projetar e implementar os produtos de SI

necessários para suportar as estratégias do negócio. Os critérios de performance

nesta perspectiva são baseados em ganhos financeiros e/ou o aumento da

eficiência dos processos do negócio.

Perspectiva 2: Potencial Tecnológico

Esta perspectiva de alinhamento envolve o desenvolvimento de uma

estratégia de TI em resposta à estratégia do negócio e usando a correspondente

escolha para definir a requerida infra-estrutura e processos do SI. Em contraste à

lógica de execução da estratégia, esta perspectiva não usa a estratégia do

negócio para explorar e definir a estrutura organizacional. Por outro lado, procura

identificar a melhor competência possível de TI através do posicionamento

apropriado no mercado. Entretanto, a escolha para o posicionamento da empresa

com respeito às tecnologias chaves e alianças, deve ser adequadamente refletida

no projeto da infra-estrutura interna do SI.

O alinhamento para esta perspectiva requer que os executivos entendam os

impactos das estratégias do negócio sobre as estratégias do TI e as

correspondentes implicações para a infra-estrutura e processos do SI. O time dos

gerentes executivos provê a visão tecnológica para articular a lógica, as escolhas

Page 211:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

211

do TI e que melhor suportará a escolhas das estratégias do negócio. O gerente do

IS deverá ser o arquiteto da tecnologia, projetar e implantar eficientemente e

efetivamente a infra-estrutura requerida do SI, ou seja, consistente com os

componentes externos das estratégias do TI (escopo, competência e políticas). Os

critérios nesta perspectiva são baseados nas lideranças tecnológicas, com

qualidade, mas com discernimento das medidas de referência sobre um conjunto

crítico de medidas de modo a se posicionar no mercado de TI.

Perspectiva 3: Potencial Competitivo

Esta perspectiva de alinhamento está relacionada à expectativa do

crescimento da capacidade do TI para impactar novos produtos e serviços (isto é,

escopo do negócio), influenciar os atributos chaves da estratégia (características

de competência), bem como desenvolver novas formas de relacionamento (isto é,

gerenciamento do negócio). Diferente das duas perspectivas anteriores, que

consideraram as estratégias do negócio como conhecidas, ela permite a

modificação da estratégia do negócio via a melhoria das capacidades do TI.

Começando com as três dimensões da estratégia do TI, esta perspectiva procura

identificar o melhor conjunto de opções para o negócio e o conjunto

correspondente de decisões pertencentes à infra-estrutura e processos da

organização.

As regras específicas para a gerência geral fazer desta perspectiva um

sucesso, é tornar o negócio visionário, ou seja, essas regras, venham articular

como emergir as funcionalidades e efetividades de TI, como também, as políticas

do modelo de mudanças do TI, impactarão as estratégias do negócio. As regras

para o gerente do SI são de ser um catalisador, o qual ajuda a identificar e

interpretar as tendências no ambiente de TI, de modo que os gerentes do negócio

passem a entender sobre as oportunidades potenciais e fraquezas do TI. Os

critérios de performance nesta perspectiva são baseados sobre a liderança, com

mediadas qualitativas e quantitativas pertencentes à liderança do mercado do

produto (market share, crescimento, introdução de novos produtos/serviços, etc.).

Page 212:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

212

Perspectiva 4: Nível de Serviços

Esta perspectiva de alinhamento foca sobre a necessidade de se construir

uma classe geral de serviços de SI na organização. Este nível de serviços está

ancorado nas escolhas que definiram as dimensões externas da estratégia do TI.

Como as outras perspectivas, as implicações das dimensões da “adaptação

estratégica” são refletidas em termos dos produtos e serviços providos para a

organização – isto é, em suporte aos processos do negócio. Esta perspectiva é

freqüentemente vista como necessária, mas, não suficiente para assegurar o

efetivo uso dos recursos do TI neste mundo globalizado. Metodologias que

refletem esta perspectiva requerem uma sistemática análise do mercado, tão bem

como métodos que focam sobre os serviços aos clientes internos. O uso do

gerenciamento da qualidade total, pelos executivos de SI, reflete um modo de se

implementar esta perspectiva.

A regra específica para a gerência geral a fazer desta perspectiva um

sucesso, é a pessoa que dá prioridades, o qual articula como melhor locar os

escassos recursos tanto os internos como os externos e no ambiente do TI. As

regras do gerente do SI é de liderança, com as tarefas específicas de fazer a

organização interna do SI ter sucesso dentro das regras operacionais ditadas pela

gerência geral. Os critérios de performance nesta perspectiva são baseados na

satisfação dos clientes, com medidas quantitativas e qualitativas através de

comparações tanto internas como externas.

7.4.3.2 Análise Robusta do Sistema

1) Análise Completa dos Diagramas de Objetos do Sistema;

Ela envolve a análise do texto narrativo de cada caso de uso e identifica

o primeiro conjunto de objetos que irá participar nos casos de uso, então

classifica-os nos três tipos:

Page 213:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

213

Objetos Limitantes – que são os atores usados para se

comunicar com o sistema;

Objetos entidades – são os objetos do modelo do domínio;

Objetos de Controle – que servem como um elemento de

união entre os objetos limitantes e os objetos entidades.

Janela Entrada novo Numero Ticket Lista Comércio

PedidoCriar Pedido

Obter Numero Ticket

Checa por Duplicata

Janela Entrada Pedido

Lista Investimentos

Lista Investimentos

Obter Lista

Assistente Comércio

Janela Definição investimento

Definir Investimentos

Especificar Tipo Comércio

Entrar Comérco Vendas

botão Submissão

Entrar Comércio Compra

Figura 7.54 – Exemplo de Diagrama de Análise Robusta.

2) Análise dos Casos de uso do Sistema. A essência deste modelo é capturar as necessidades dos usuários para o novo sistema, se está sendo desenvolvido de um sistema atual ou de uma reengenharia de um sistema existente, detalhando todos os cenários que os usuários irão executar.

Page 214:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

214

Executar Ajuste Comércio

Assistente de Comércio

Definir Investimento

Entrar Comércio de Venda

Entrar Comércio Compra

Executa Entrada Pedido

Chama

Prescede

prescede

Figura 7.55 – Exemplo de Caso de Uso completo. 7.4.3.3 Projeto do Sistema

1) Definição da Modelagem de Interação. Quando se terminar com a

modelagem do domínio do negócio e a análise robusta, você cobriu quase

todos os seus problemas de espaço dos objetos e assinalou alguns

atributos a eles. Você definiu os relacionamentos estáticos entre os objetos

em seu diagrama de classe e poucos relacionamentos sobre os seus

diagramas robustos. Agora é hora de projetar como o seu sistema

realmente irá trabalhar (em outras palavras, para definir a solução do seu

problema). A modelagem de interação é a fase na qual você constrói os

threads que compõem seus objetos juntos e permite-se começar a ver

como seu novo sistema irá executar um comportamento útil.

Page 215:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

215

Produção : Processos Produção

LIsta Serviços : Produção

Regras do Produto : Regras Produto

Estrutura do Produto : Estrutura

Regras do Material : Regras Material

Estoque : Estoque

Estoque:Conta Custo : Estoque

Produção WIP:Conta Custo : Produção

1:obterEstrutura()

2:obterMateriais()

3:obterEstoque() se Orçado OK

4:Saldo()

6:liberaProduto()

5:montagemProduto()

Produção

existeServiço()

se não OK?Pré-condição

1:liberaProduto()2:envio()

4:debito()

Envio3:crédito()

Se Orçado não OK()

Figura 7.56 – Exemplo de gráfico de Interação entre os Objetos.

Deve-se observar que o gráfico de seqüência pode ser elaborado um para

cada componente do processo central ou colocar todos os passos de cada

componente em um único gráfico de seqüência, como mostrado na figura 7.66.

Deve-se observar também que todos os gráficos de seqüência do processo

mestre deve conter um componente, precondição, de modo a verificar se o serviço

solicitado por um objeto externo existe e pode ser executado por um objeto

componente do processos, como também mostrada na figura 7.66, com o nome

de precondição.

2) Definição dos Modelos de Estado e Colaboração. Pode-se usar os diagramas

de colaboração e de estado da UML conjuntamente com o diagrama de seqüência

para modelar aspectos adicionais do comportamento dinâmico do sistema em

questão. Tipicamente, o diagrama de colaboração e o diagrama de estado são

Page 216:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

216

mais úteis no projeto do sistema do tipo tempo real ou quando se necessite

explicar os aspectos de tempo real em sistemas cliente/servidor ou outros

sistemas distribuídos.

O digrama de estado captura o ciclo de vida de um ou mais objetos. Este

ciclo é expresso em termos de diferentes estados que os objetos possam assumir

e os eventos que causa mudanças no estado.

Criado

Processando

Ativo

Completado

Suspenso

Terminado

inicio

ativado

completadorestaurado

suspenso

terminado

arquivoarquivo

Figura 7.57 – Exemplo de diagrama de estado. O diagrama de colaboração mostra como os objetos associados com um

caso de uso colaboram para executar os pedaços críticos do comportamento do

caso de uso.

Embora o diagrama de colaboração e o de seqüência mostram os detalhes

das interações entre os objetos, na forma de mensagens entre eles, um diagrama

de colaboração foca a visão de somente as transações chaves dentro do cenário –

Page 217:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

217

em outras palavras, o diagrama de colaboração enfatiza a organização – enquanto

o diagrama de seqüência segue o fluxo normal do caso de uso por inteiro.

:Janela de Registro Comércio

:Janela Figurativa Comércio

:Janela Reconciliação Comércio :ComercioLivros

:Confirmação

1: registra()

2: Figurar()3: Novo

4: Novo

Figura 7.58 – Exemplo de diagrama de Colaboração. 7.5 Conclusão deste Capítulo

A organização controla a complexidade dividindo uma empresa em

unidades gerenciáveis e regras. Os processos de negócio fluem tanto dentro da

organização como entre elas. O estudo da complexidade indica que a forma de

comando e controles tradicionais de tais processos irão ser substituídos por

sistemas de comunicação e coordenação. Uma organização também provê uma

estrutura de modelagem e gerenciamento de seus propósitos, processos e

entidades.

As organizações têm se tornado a forma dominante de instituição em nossa

sociedade e elas impactam quase todos os aspectos de nossa vida. Muitos

negócios são conduzidos por organizações comerciais; nós somos governados

Page 218:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

218

por organizações locais, regionais, nacionais e globais; e nossa educação, saúde

e seguridade são providas por diversos tipos de organizações de serviços. Nós

consideramos clubes e sociedades para a nossa recreação, boletins da Internet e

listas de nossas explicações e as comunidades em que nós vivemos.

Organizações têm tradicionalmente sido fortemente influenciadas pela localização,

mas estão agora se adaptando para uma forma de rede que remove restrições

geográficas. A corporação virtual é um dos desenvolvimentos em andamento.

“uma organização é uma entidade social coordenada conscientemente, com

um limite relativamente identificado, que funciona sobre uma base relativamente

contínua para alcançar um objetivo comum ou conjunto de objetivos” Robbins

(1990).

“uma estrutura de organização é um conjunto definido de regras de

relacionamentos as quais implicitamente ou explicitamente, determina limites de

comportamentos e ações e, assim, implica liberdade de comportamento dentro

destes limites. Permanecendo dentro destes limites assegura uma interação

tranqüila entre as regras; conflitos vêm quando se tenta atravessar este limites.”

Howard (1996).

Ambigüidade permeia a teoria da organização.

Estas duas diferentes definições de organização ilustram a ambigüidade

que permeia a teoria da organização, particularmente agora que muitas destas

aceitações sobre as quais estão baseadas estão sendo separados em questões

pela tecnologia. A primeira definição é a de uma organização racional que tem um

propósito claramente definido e suportado pelo seu gerenciamento. A segunda

define uma organização social com propósitos estando direcionado para os

indivíduos os quais ela emprega. Na realidade, uma organização tem tanto

aspectos racionais e sociais que influenciam seu comportamento.

Page 219:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

219

A metodologia apresentada nesta tese tem por objetivo vir para poder enquadrar as empresas existentes, e as novas, dentro destes novos

conceitos.

Page 220:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

220

8. CONCLUSÕES

O grande dilema atual vem a ser a grande dependência que as empresas

estão passando junto aos seus fornecedores de ERP’s. No passado chegaram à

conclusão que era mais produtivo e lucrativo comprar um sistema de informação

do que construí-los internamente. Este fato tem sido adotado em grande escala

atualmente, mas, por outro lado, está-se criando esta grande dependência

tecnológica junto aos fornecedores de sistemas de informação. A opinião mais

conservadora é de que ainda os melhores e bem mais adaptáveis sistemas, não

os mais baratos, são os sistemas de informação desenvolvidos com equipes de

desenvolvimento internas. No passado, além de mais custosos, estes sistemas

desenvolvidos internamente eram difíceis de desenvolvê-los devido ao fato de que

não existia metodologia de desenvolvimento adequada à grande evolução e

aumento da complexidade dos negócios das empresas. Hoje em dia, estas

metodologias não evoluíram adequadamente com a mesma velocidade das

mudanças dos negócios das empresas. Atualmente, com o advento e

consolidação do uso da metodologia da orientação a objetos, com mais presteza e

um melhor entendimento da estrutura do negócio baseados em objetos, tem-se

tornado factível a construção de sistemas de informação mais adaptáveis,

consolidados, confiáveis, inteligentes e pró-ativos e de acordo com as reais

necessidades dos negócios e seus usuários. Isto permite este fato tornar-se uma

ferramenta de apoio ideal para a tomada de decisões adequadas aos negócios da

empresa. Este fato também a torna mais competitiva, mais ágil, flexível e

conseqüentemente mais lucrativa. Isto tudo está acontecendo pelo fato de que a

estrutura das nossas grades curriculares das faculdades, que formam os nossos

especialistas, não estarem atentas para estas demandas deste mundo moderno e

globalizado. Como resultado disto, temos no mercado profissionais mal formados

e mal adequados às novas metodologias existentes.

Equipes de TI, incluindo seu CIO, estão passando por um problema de

“como encarar os gigantes detentores de ERP’s”, ou seja, não é exagero dizer que

Page 221:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

221

os CIOS’s correm o risco de se tornarem reféns dos grandes fornecedores se não

buscarem soluções de baixo custo e mais adaptáveis às suas necessidades.

Conseqüentemente, isto levará a um baixo custo de manutenção, com os

desenvolvimentos internos, que podem ser conseguidos a custo mais acessível,

desde que se valham destas novas metodologias orientadas a objetos. Será

utilizando para a sua modelagem a linguagem de modelagem UML e das suítes de

desenvolvimentos disponíveis no mercado, totalmente orientadas a objetos, como

por exemplo, a RRAD – Rational Rapid Application Development da IBM. Outra

suíte de desenvolvimento que pode ser usada é XDE, também da IBM. Ainda que

não gostem da tecnologia ou dos contratos de manutenção e suporte dos grandes

fornecedores de TI, os CIOS’s estão sendo empurrados para uma situação em

que tendem a se tornar reféns de alguns gigantes, que dominarão um mercado

cada vez mais consolidado. Se essa tendência se intensificar, a competição deve

diminuir e os preços ficarão mais altos. Mais uma vez se consolida a necessidade

do desenvolvimento interno. A hiper-consolidação também reduzirá as opções

estratégicas, tornando os CIO’s mais parecidos com gerentes dos fornecedores,

por incrível que pareça. Como o diretor de TI pode fugir dessa situação? O desafio

será buscar alternativas – no código aberto, no desenvolvimento, projeto e

implantação de sistemas internamente, por exemplo – que permitam desenvolver

soluções de baixo custo a pacotes de software de gestão. O que vai diferenciar os

principais CIO’s é ter seu enfoque em uma arquitetura neutra e livre do

cronograma de atualizações de software de um fornecedor. Para tanto é

necessário começar a usar as metodologias orientadas a objetos (mais

futuramente orientadas a agentes) desde a modelagem de negócios, análise,

projeto e implantação dos sistemas de informação, como demonstrado nesta tese.

Um outro fator importante de se analisar neste contexto é que no

desenvolvimento de sistemas, o calcanhar de Aquiles das técnicas de análise de

sistemas estruturada é o fato de que existe uma desconexão básica entre seu

modelo do negócio, modelo de análise e o modelo do projeto desse mesmo

sistema. falhar na solução desta ponte, causará se ter um modelo de análise do

Page 222:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

222

sistema proposto diferente do modelo do projeto do sistema a ser implantado,

desalinhado, divergindo ao longo de sua vida útil. Em sistemas orientados a

objetos, é possível se conectar todas as visões independentes de um sistema em

uma única semântica, desde que baseada na análise do negócio baseadas em

seus termos de suas normas de sua constituição.

O andamento das mudanças no mundo moderno requer que se encontrem

modos de se gerenciar a complexidade dos sistemas de negócios enquanto se

abraça a oportunidade que é criada – em particular mudanças tecnológicas. O

pensamento sistêmico provê uma estrutura para modelos de negócios sofisticados

e a tecnologia de objetos é o meio pelo qual eles são implementados através da

rede global, sempre usando como apoio ao desenvolvimento e projeto baseados

na modelagem visual em UML. Para modelarmos estes princípios gerais básicos

de uma empresa moderna, vamos utilizar a metodologia de desenvolvimento de

sistemas baseados em redes de objetos, com algumas características especiais

de tal modo que esta rede se torne inteligente.

Mais recentemente já começa se expandir a discussão do uso de novas

técnicas sobre a teoria de sistemas adaptáveis para entender de que modo as

empresas podem evoluir automaticamente em resposta à volatilidade econômica.

Portanto, poderia se perguntar sobre as implicações do amadurecimento de TI e

do surgimento da chamada empresa adaptável? Será preciso mirar o mais alto

possível na cadeia de valor. Se for de TI que a pessoa gosta, ela deve observar o

mundo dos agentes autônomos, do reconhecimento de modelos, dos sistemas e

decisão globalmente distribuída, que são de onde as próximas “aplicações

matadoras” poderão vir.

Outro ponto que poderia se discutir é o uso de algoritmos genéticos, como o

faz a IBM e General Eletric, pelos quais as regras em sistemas evoluem

espontaneamente, gerando soluções cada vez melhores. Poderia se perguntar

qual a importância desse conceito? É o primeiro passo para grandes realizações.

Page 223:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

223

Algoritmos genéticos são uma dentre muitas técnicas sob a categoria de

programação não determinística, cujo objetivo não é criar código que nunca tem

um bug e lhe dá a mesma resposta toda vez, mas resolver problemas que, em

alguns casos, talvez se mostrem impossíveis de entender porque eles não são

lineares, nem determinísticos. Em alguns casos, se for executado duas vezes, não

receberá a mesma resposta, mas poderá obter respostas igualmente boas. A

aplicação de algoritmos genéticos é uma habilidade muito rara.

E quanto à simulação baseada em agentes, outra técnica de computação

não determinística que, segundo as pesquisas, é usada pela Marinha dos EUA, a

Southwest Airlines, Walt Disney e outras organizações, mesmo tentando fazer o

uso desta técnica na área de sistemas de informação? Até o presente momento, a

simulação baseada em agentes está sendo utilizada por um pequeno número de

pessoas, de muitas maneiras customizadas. Mas ela terá um impacto profundo

sobre as ciências sociais. É a maneira certa de modelar sistemas de pessoas, de

comportamentos de consumidor, por exemplo, entre outras possibilidades. A

técnica é pioneira hoje, mas boa o suficiente para merecer investigação, porque é

um gasto pequeno para algo que pode gerar novas visões e percepções da TI.

Qual seria o uso destas técnicas em futuro próximo? Pelas pesquisas pode-

se verificar que a i2 Technologies e SAP têm trabalhado em algumas dessas

idéias. Uma das frentes de batalha dessa empresas será tornar pacotes de

aplicações mais adaptáveis às condições de operação em tempo real. Em supply

chain, as coisas levam alguns dias para ir de um lugar a outro e durante esse

tempo algo pode ter mudado. Poderia se perguntar: “Como, então, incorporar ao

gerenciamento de recursos essa capacidade de perceber e reagir em tempo real?”

É a otimização de supply chain.

Então, que desafios isso implica para a TI? Se for levados em conta os

princípios de percepção e resposta, e aprender e adaptar seriamente terá de usar

Page 224:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

224

tecnologias que lidam com grandes fluxos de dados. Para muitas organizações,

será um novo desafio.

Page 225:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

225

9. TRABALHOS FUTUROS

1. Um trabalho que pode ser desenvolvido é a metodologia de desenvolvimento

de sistemas de informações conjugando as metodologias do Balanced

Scorecard com esta metodologia de desenvolvimento de sistemas inteligentes

proposta neste trabalho.

2. O desenvolvimento de uma melhor ligação entre os aspectos sociais das

regras organizacionais e os modelos mentais nos objetos. Em particular, seria

interessante desenvolver uma metodologia para as intenções dos atos rápidos

das conversações e o uso daquela informação para selecionar o plano de

conversação adequado.

3. Estudar os problemas relativos à interferência das conversações entre os

objetos. Isto está essencialmente relacionada à identificação, cerceamento

e/ou processamento de conflitos entre as concordâncias de diferentes

conversações.

4. Desenvolvimento de uma Linguagem de Modelagem de Redes de Agentes.

5. Agregar a esta metodologia, além do alinhamento estratégico da TI com a

organização, o alinhamento das estruturas da organização, da estrutura de TI

com a estrutura da Control Objetives for Information and Related Technology

(CobiT) e com a Capability Maturity Model Integration (CMMI)

Page 226:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

226

Figura 7.59 Modelo da Integração proposta

CobiT CMMI

Organização TI

Page 227:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

227

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ADES, Y. 1999, ‘Semantic Normal Form: Compliance.’, 2nd’ Workshop on

Organisational Semiotics, 12-14 October 1999, Almelo.

ANDERSEN, P. BOGH, 1997. A Theory of Computer Semiotics, 2nd edition,

Cambridge University Press.

ALLES, M.G., KOGAN, A., VASARHELYI, M., 2002. Feasibility and economics of

continuous assurance. Auditing: A Journal of Practice and Theory. 21(1): 125-

138.

ANDERSEN, P., 1990. A theory of Computer Semiotics: Semiotic approaches to

Construction and Assessment of Computer Systems. Cambridge University

Press, Cambridge, Mass.

ANDERSEN, P.B. 1999, Personal communication.

ANDERSEN, P.B., NIELSEN, M. AND LAND, M. 1999, ‘The Present Past’, 2°

Workshop on Organizational Semiotics, 12.14 October 1999, Almerlo.

ANTHONY, R.N. 1965, Planning and Control Systems: A Framework for Analysis

Graduate School of Business Administration, Harvard University, Boston,

Mass.

AQUINAS, THOMAS 1266-1273, Summa Theologiae, 1, Pt. 1, qu. 14, a. 1. Quoted

in: A.J.Ayer and Jane O’Grady. A Dictionary of Philosophical Quotations.

Blackwell, Oxford, 1992, p.13.

AYLETT, R., BRAZIER, F., JENNINGS, N., LUCK, M., NWANA, H. and PREIST,

C., 1998. “Agent Systems and Applications”, The Knowledge Engineering

Review, 13 (3), pp. 30-308.

BACON, J., FITZGERALD, B., 2001. A Systematic framework for the field of

information systems. Data Base, Vol. 32 No. 2.

BAETS, W., 1992. Aligning information systems with business strategy. Journal of

Strategic Information Systems.

BARJIS, J., 1999. Business Process Modeling and Analysis using GERT

Networks, Proceeding of the 1st Int´1 conference on Enterprise Information

Systems (ICEIS`99). Setubal, Portugal.

Page 228:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

228

BOERSMA, S.K.Th., 1995. Kennisaagement: even creative onderneming.

Groningen.

BOISOT, M., 1995. information space. A framework of learning in organizations,

institutions and culture. London: Routledge.

BOOCH, 6., RUMBAUGH, J. and JACOHSSON, 1. 1999, The Unsffied Modeling

Language Cuide, Addison-Wesley, Reading MA.

BORITZ, E., 2002. Information systems assurance. In, Researching Accounting as

an Information Systems Discipline. Eds. V. Arnold, S. G. Sutton. Sarasota,

FL.: Americam Accountig Association, 231-255.

BRAF, E., GOLDKUHL, G., RöSTLINGER, A., 2001. Organization as pratice

systems – integrating knowledge, signs, artifacts and action. IFIP 8.1 Working

Conference on Organizational Semiotics: evolving a science of information

systems, July 23-25.

BROCKWAY, G.P., 1995. The End of Economic Man, W.W. Norton, New York and

London.

BROEK, H. VAN DEN, and GAZENDAM, H.W.M. 1997, ‘Organizational Actors and

the Need for a Flexible World Representation.’, in: Conte, R. (ed.), Simulating

Social Phenomena, Springer, Berlin, pp. 303-309.

BRUNSSON, N., 1990. Deciding for responsibility and legitimation. Accounting,

Organization and Society, 15(1), 47-59.

BRIMSON, J. A., 1991. Activity Accounting: an Activity-Based Costing Approach.

John Willey & Sons, inc.

BÜHLER, K., 1934. Sprachtheorie. Die Darstellungsfunktion der Sprache. Stuttgart

& new York: Fischer., 1982.

CALE, T. and ELDRED, J. 1996, Getting Results with the Object-Oriented

Enterprise Model, SIGS, New York.

CASTELFRANCHI, C., 1993. Commitments: From Individual Intentions to Groups

and Organizations. In Working Notes of AAI`93 Workshop on AI and Theory

of Groups and Organizations: conceptual and Empirical Research,

Washington D.C.

CASTELLS, M. 1996, The Rise of the Network Society, Blackwell, Oxford.

Page 229:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

229

CHECKLAND, P. and HOLWELL, S. 1998. Information, Systems, and Information

Systems, Wiley, Chichester.

CHONG, S. & LIU, K., 1999. “A semiotic Approach to the Design of Agente-

mediated E-commerce Systems”, Proceedings of IFIP WG 8.1 International

Working Conference ISCO-4, pp. 95-114.

CHOO, C.W., 1998. The knowing organization. How organization use information

to construct meaning, create knowledge and made decisions. New York:

Oxford UP.

CIBORRA, C., 1994. The grassroots of IT and strategy. In Ceborra, C. and Jelassi,

T. (eds) Strategic Information Systems: a European perspective, Chichester:

Jhon Wiley.

CIBORRA, C. U., 1997. De profunds? Deconstructing the concept of strategic

aligments unpublished paper.

CLARKE, R.J. 1999, ‘Towards a Systemic Semiotic Approach to Multimidia

Interface Design.’, 2nd Workshop on Organization Semiotics, 12-14 October

1999, Almelo.

CLARK, R.J., 2000. “An Information System in its Organization Context: A

Systematic Semiotic Longitudinal Case Study” University of Wollongong,

Departament of Information Systems, Unpublished PhD Dissertation.

COAD, P. and YOURDON, E. 1991a. Object-oriented analysis, Prentice-Hall,

Englewood Cliffs NJ.

COAD, P. and YOURDON, E. 1991b. Object-oriented design, Prentice-Hall,

Englewood Cliffs NJ.

COHEN, S.S., 1977. Modern capitalist planning: the French model. Berkeley:

University of California Press.

COHEN, P. and H. LEVESQUE, 1990. Intention is Choice with Commintment.

Artificial Intelligence, 42:213-261.

COLLINS, 1987. Collins COBUILD English Language Dictionary, Collins, London.

COLLIS, J.C. & LEE, L.C., 1998. “Building Electronic Marketplaces with the ZEUS

Agent Toolkit”, Proceedings of the Agent-Mediated Eletronic Trading (AMET0

WORKCHOP, May, pp. 17-32.

Page 230:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

230

COLLIS, J.C., NDUMU, D.T., NWANA, .S. & LEE, L.C., 1998. “The ZEUS Agent

Building Toolkit” BT Technology Journal, 16(3), pp. 60-68.

CONNTE, R. & CASTELFRANCHI, C., 1995. “Cognitive and Social Action”, UCL

Press Limited.

CROWTHER, D., CARTER, C. and COOPER, S. 1999. Appearing Quetzalcoatl:

accounting for ritual sacrifice; Critical Perspectives on Accounting Conference

New York.

CSIKSZENTMIHALYI, M., 1996. Creativity. Flow and the psychology of invention.

New York: Harper.

DEVLIN, K., 1991. Logic and Information, Cambridge University Press.

DE CESARE, S., LYCETTT, M., PATEL, D., 2002. Business modelling with UML:

distilling directions for future research. 4th International Conference on

Enterprise Information Systems, 3-6 April Ciudad Real, Spain.

HUTTON, WILL, 1995, The State We’re ln, Jonathan Cape, London

DE MOOR, A., 2002. Language / Action meets organizational semiotic: situating

conversations with norms. Information Systems Frontiers. 4:3, pp. 257-272.

DE MOOR, A., 2003. Whitworth, B. Legitimate by design: Toward trusted virtual

community environments. Behaviour & Information Technology. 22:1, pp. 31-

51.

.DIETZ, J., and J. MURDER, 1998. Organizational Transformation Requires

Constructional Knowledge of Business Systems. Proceedings of HICSS-

98,HW, USA.

DIETZ, J.L.G. 1992, Leerboek Informatiekundige Analyse, Kluwer

Bedrijfswetenschappen, Deventer.

DIETZ, J.L.G. 1996, Introductie tot DEMO: Van informatietechnologie naar

organisatietechnologie, Samsom, Alphen a/d Rijn.

DIETZ, J., 1992; Modelling Communiction in Organizations. In R. Diet and R.

Meersman (Eds) Proceedings of Linguistic Instruments in Knowledge

Engineering. Elsevier Science Publishers, North Holland.

Page 231:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

231

DIETZ, J.L.G., 1999. Understanding and modeling business processes with

DEMO. Proc. 18th International Conference on Conceptula MOdelling

(ER´99), Paris.

DIETZ, J.L.G. 1992, Leerbek Informatiekundige Analyse, Kluwer

Bedrijfswetenschappen, Deventer.

DIETZ, J.L.G. 1996, Introductie tot DEMO: Van informatietechnologie naar

organisatietechnologie, Samsom, Alphen a/d Rijn.

DIETZ, J., 1999. The OER paradigm. Challenging the OER paradigm, pre-

proceedings of the symposium held at Delf University of Techonology, The

Netherlands.

DONALD, M., 1991. Origins of the modern mind. Three stages in the evolution of

culture and cognition. Cambridge, Mass.: Harvard UP.

DORTA, T.V. 1999, ‘Entendiento la realidad virtual.’, Arquitectura Digital, no 7,

Septiembre de 1999, pp. 50-53.

DOUTHWAIT, RICHARD, 1992, The Growth Illusion, Council Oak Books, Tulsa,

Oklahoma.

D’SOUZA, D.F. and WILLS, A.C. 1999, Objects, Components, and Frameworks

with UML: The Catalysis Approach, Addison-Wesley, Reading MA.

DUBOIS, E., 1993. Use of Deontic Logic in the Requirements Engineering of

Composite Systems. In Deontic Logic in Computer Science, J. Meyer and

Wieringa (Eds). J. Wiley&Sons.

EARL. M.J., 1993. Experiences in Strategic Information Systems Planning. MIS

Quarterly.

EGGINS, SUZANNE, 1994, An Introduction to Systemic Functional Linguistics, London, Pinter

ELLIOTT, R.K., 2002. Twenty-first century assurance. Auditing: A Journal of

Pratice and Theory 21 (1): 139-146.

EICHMANN, D., 1994. Ethical Web Agents, Proceedings of the Second World

Wide Web Conference `94: Mosaic and the Web, Chicago, Illinois, USA,

October 17-20.

Page 232:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

232

ETZIONI, O. & D. Weld., 1994. A Softbot-Based Interface to the Internet,

communications of the ACM, 37(7), PP. 72-76.

FETZER, J.H., 1990. Artificial Intelligence: its scope and limits. Kluwer Academic

Publishers.

FETZER, J.H., 1998. People are not computers. J. Experimental & Theorical AI.

Vol 10, 371-391.

FETZER, J.H., 2000. Information and representation. Proceedings SCI´2000,

Volume X: Concepts and Applications of Systemcs, Cybernetics and

Informatics, 472-477, Orlando: International Institute of Informatics and

Systemics, July 23-26.

FETZER, J.H., 2001. Computers and Cognition: Why Minds are not Machines.

Dordrecht: Kluver.

FETZER, J.H., 2003. The Evolution of Intelligence. Chicago, II,: Open Court,

forthcoming: Kluver.

FILIPE, J., LIU, K., SHARP, B., 1999. Organization Simulation Based on Normative

Knowledge and Role Modelling. American Association for Artificial

Intelligence.

FILIPE, J., 2002. A Normative and intentional agent model for organization

modeling. ESAW02, Third International Workshop, Engineering Societies in

the Agents World.

FININ, T.D. MCKAY, R. FRITZON & R. MAENTIRE, 1994. KQML: an Information

and Knowledge Exchange Protocol. In K. Fuchi and T. Yooi (Eds) Knowledge

Building and Knowledge Sharing. Ohmsha and IOS Press.

FRASER, J. and A. TATE, 1995. The Enterprise Tool Set – An Open Enterprise

Architecture. Proceedings of the Workshop on Intelligent Manufacturing

Systems (IMS), International Joint Conference on Artificial Intelligence.

FOWLER, M. 1997. Analysis Patterns: Reusable Object Models, Addison-Wesley,

Menlo Park CA.

GAMMA, E., HELM, R., JOHNSSON, R. and VLISSIDES, J. 1995, Design

Patterns: Elements of Reusable Object-Oriented Software, Addison-Wesiey,

Reading MA.

Page 233:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

233

GARVIN, D. A., 1993. Building a learning organization. In: Harvard Business

Review on knowledge management. Boston: Harvard Business Press, 47-80.

GAZENDAM, H.W.M. 1993, Variety Controls Variety: On the Use of Organization

Theories in Information Management, Wolters-Noordhoff, Groningen.

GAZENDAM, H.W.M. 1997, Voorbij de dwang van de techniek: Naar een

pluriforme bestuurlzjke informatiekunde, Rede uitgesproken bij de

aanvaarding van het ambt van hoogieraar Bestuurlijke Informatiekunde voor

de Pubiieke Sector, in het bijzonder Financiële Informatiesystemen, 16

oktober 1997. Universiteit Twente, Enschede.

GAZENDAM, H.W.M., 1998. ‘The concept of equilibrium in organization theory.’,

The Journal of Management and Economics, [Electronic], vol. 2, no. 2,

November 1998, 16 pp, University of Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.

Gazendam, H.W.M., 1999a. ‘lnformation System Metaphors.’, The Journal of

Management and Economics, [Electronic], voi. 3, no. 2, November 1999, 20

pp, University of Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.

GAZENDAM, H.W.M. 1999b, ‘Financiêle informatiesystemen’, Bjdrage aan

Handboek Financieel Management voar Overheid en Non-Profit Instellingen,

Samsom, Alphen a/d Rijn. 23 pp.

GAZENDAM, H.W.M. and HOMBURG, V.M.F. 1996, ‘Emergence of Multi-Actor

Systems: Aspects of Coordination, Legitimacy and Information Management.’,

Proceedings of the COST A3 Conference ‘Management and New

Technologies Madrid, June 12-14, 1996. Office for Official Publications of the

European Communities, Luxembourg, pp. 323-327.

GAZENDAM, H.W.M. and Homburg, V.M.F. 1999, ‘Efficiëntie en verzelfstandiging:

Economische en politieke efficiëntie als verklaring voor verzelfstandigingen.’,

Bestuurskunde vol. 8, no. 1, pp. 19-27.

GAZENDAM, H.W.M. and JORNA, R.J., 1993. ‘Theories about architecture and

performance of muiti-agent systems.’, Paper presented at the III European

Congress of Psychology, Tampere, Finland, July 4-9.

GAZENDAM, H.W.M. and Jorna, R.J.. 1998, ‘Semiotics, multi-agent systems and

organizations.’, Proceedings of the Joint Conference on the Science and

Page 234:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

234

Technology of Intelligent Systems, September 14-17, 1998, Gaithersburg,

MD, USA. IEEE, Piscataway NJ, pp. 84-89.

GAZENDAM, H.W.M., Jorna, R.J. and Blochowiak, K.R., 1991. ‘The Mind

Metaphor for Decision Support Systems.’, In: Verrijn-Stuart, A.A., Sol, H.G.

and Hammersley, P. (eds.), Support Functionality in the Office Environment,

Elsevier (North -Holland) / IFIP, Amsterdam, pp. 203-223.

GAZENDAM, H.W.M. and Sibum, S., 1999. Rapid Application Development, 6e

Editie.’, Syllabus, Faculteit Bedrtjfskunde, Groningen, nr. 993502006/7 140

pp.

GAZENDAM, H.W.M. and Simons, J.L.1999a, ‘An analysis of the concept of

equilibrium in organization theory.’, Camputational and Mathematical

Organization Theory, (submitted 2 1-4-1999).

GAZENDAM, I-I.W.M. and Simons, J.L. 1999b, ‘How to preserve the richness of

interpretation frames and reasoning mechanisms in formalizing organization

theory?’ Computational and Mathematical Organization Theory Workshop,

Cincinnati, OH, May 1st and 2nd 1999 pp. 45 -47.

GAZENDAM, H.W.M. 1993, Variety Controls Variety: On the Use of Organization

Theory in Information Management, Wolters-Noordhoff, Groningen.

GAZENDAM, H., 1993. Variety controls variety: on the use o organization theories

in information management. Groningen: Wolters.

GAZENDAM, H. W. M. and JORNA, R. J. 1993. “Theories about architecture and

performance of multi-agents systems.”, Paper presented at the III European

Congress of Psychology. Tampere, Finland.

GAZENDAM, H.W.M. and JORNA, R.J. 1998, “Semiotics, multi-agents systems

and organizations. “, Proceedings of the Joint Conference on the Science and

Technology of Intelligent Systems, September 14.17, 1998, Gaithersburg,

MD, USA. IEEE, Piscataway NJ.

GAZENDAM, H.W.M. and HOMBURG, V.M.F. 1996, ‘Emergence of Multi-actor

Systems: Aspect of Coordenation, legitimacy and Information Management.’,

Proceedings of the COST A3 Conference ‘Management and New

Page 235:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

235

Tecnologies’, Madrid, June 12-14, 1996. Office for Official Publications of the

European Communities, Luxemburg.

GAZENDAM, H.W.M. and SIBUM, S. 1999, ´Rapid Application Development, 6e

Editie.´ Syllabus, Faculteit Bedrijfskunde, Groningen, nr. 993502006/7.

140pp.

GIBSON, J., 1996. The senses considered as perceptual systems. Boston:

Houghton Miffin.

GLUBER, T. A., 1991. “Ontolingua: A Mechanism to Support Portable Ontologies”,

KLS-99-66, Stanford University Knowledge Systems Laboratory.

GOGUEM, J., LIN, K., ROSU, G., 2002. Conditional circular conductive rewriting

with case analysis. 16th Workshop on Algebric Development Techniques.

Frauinchiemsee, Germany, 24-27 September.

GONSALVES, R., GUDWIN, R.R., 2002. Semiotic oriented autonomous intelligent

systems engineering. Proceedings of ISAS´98, Intelligent Systems and

Semiotics, International Conference.14-18 September, Gaithersburg, USA.

Pp. 700-705.

GREENSTEIN, M. & m. VASARHELYI, 2002. Electronic Commerce – Security,

Risk Management and Control, McGraw-Hill Irwin.

GUDWIN, R. R. 1999. From Semiotics to Computational Semiotics – DCA-FEEC-

UNICAMP.

GUDWIN, R. R., & GOMIDE F., 1998, 1999. Introdução à teoria de agentes, São

Paulo: Unicamp.

HACKING, I., 1999. The Social Construction of What?, Harvard University Press,

Cambridge MA.

HAUSMAN, C.R., 1993. Charles S. Peirce ‘s Evolutionary Philosophy, Cambridge

University Press, Cambridge.

HEISKANEN, A. and NEWMAN, M., 1997. Bridging the gap between information

systems research and practice: the reflective practitioner as researcher. Proc.

ofthe I8th ICIS, Atlanta, Georgia, 15-17 December.

HEISKANEN, A. and NEWMAN, M.,1998. The reflective IS practitioner as a

researcher. Unpublished paper. University of Helsinki.

Page 236:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

236

HENDERSON, J.C., THOMAS, J. B. and VENKATRAMAN, N., 1992. Making

sense of IT: strategic alignment and organizational context. Massachusetts:

MIT Press.

HENG, M. S.H., TRAUTH, E. M. and Icher, S. J., 1999. Organizational champions

of IT innovation Accounting, Management and Information Technologies.

HEUSDEN, B. VAN, 1999. The emergence of difference: some notes on the

evolution of human semiosis. In: Semiotica 127 (1-4), 631-646.

HEUSDEN, B. VAN and JORN, R., 1998. Toard organizational semiotics. In:

Semiotic Review of Books 10 (1), 2-4.

HEUSDEN, B. and JORNA, R., 1999. “Second International Workshop on

Organisational Semiotics”, 12 ti he 14th of October, Almelo, The Netherlands.

HOLLAND, J.H., 1995. Hidden 0rder: How Adaptation Builds Complexity, Addison-

Wesley, Reading MA.

HOMBURG, V.M.F. 1999, The Political Economy of Information Management: A

Theoretical and Empirical Analysis of Decision Making regarding

lnterorganizational Information Systems, Labyrinth, Capelle a/d lJssel.

HRONSKY, J.J.F., 1998. Signs, codes and communication: the semiotics of audit

reports. APIRA98. Second Asian-Pacific Interdisciplinary Reserch in

Accounting Conference. Osaka.

HUYSMAN, M.H., FICHER, S.J. and HENG, M.S.H., 1994. An organizational

learning perspective on information systems planning. Journal of Strategic

Information Systems. HUTTON, WILL, 1995, The State We’re ln, Jonathan Cape, London JACOBSSON, I., BOOCH, G. and RUMBAUGH, 1. 1999, The Unified Software

Development Process, Addison-Wesley, Reading MA.

JACOBSON, I., ERICSSON, M. and JACOBSON, A. 1994, The Object Advantage:

Business Process Reengineering with Object Technology, Addison-Wesley,

Wokingham England.

JENNINGS, N. 1995. Controlling Cooperative Problem solving in Industrial Multi-

agent systems Joint Intentions. Artificial Intelligence.

Page 237:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

237

JHONSON, T.H., and KAPLAN, R.S. 1991. Relevance lost: the rise and fall of

management accounting. Boston, Mass.: Harvard Business School Press.

JONG, W.M. de, and GAZENDAM, H.W.M., 1991. ‘Blauwdruk of

bestemmingsplan: Hoe ver moet informatieplanning reiken?’, Informatie, vol. 33,

pp. 141-220.

JORNA, R.J., GAZENDAM, H.W.M., HEESEN, H.C. and WEZEL, W.M.C. VAN,

1996. Plannen en roosteren: Taakgericht analyseren, ontwerpen en

ondersteunen, Lansa Publishing, Leiderdorp, 195 pp.

JORNA, R.J., 1990. Knowledge Representation and Symbols in the Mid. Tübingen:

Stauffenberg Verlag.

JORNA, R.J. and HEUSDEN, B. VAN., 1998. Semiotics and information

psychology. A case for semio-psychology, In: Theory and Psychology, 8(6):

755-782.

JOSLYN, C., 1998. Models, controls and levels of semiotic autonomy. In, Proc. 198

Conference on Intellingent Systems. Ed. J. Albus, A. Meystel. Pp. 747-752.

IEEE, Gaithersburg, Maryland.

JOSLYN, C., ROCHA, L., 2000. Towards semiotic agent-based of socio-technical

organizations. In, Proc. AI, Simulation and Planning in High Autonomy

Systems. Ed. H.S. SArjoughian et al. pp. 70-79.

KAPLAN, R.S. and NORTON, D.P., 1992. The Balanced scorecard – Measures

that drive performance. Havard business Review, January/February, 71-79.

KAPLAN, R.S. and NORTON, D.P., 1996a. The balanced scorecard: translating

strategy into action. Harvard Business School Press, Boston.

KAPLAN, R.S. and NORTON, D.P., 1996b. Using the Balanced scorecard as a

strategic management system. Harvard Business Review, January/February

75-85.

KATZEMSTEIN, G., LERCH, F.J., 2000. Beneath he surface of organizational

processes: A social representation framework for business process redesign.

ACM Transaction on Information Systems, Vol. 18, No,. 4, pp. 383-422.

KIELEMA, J., 1995. Metalogue: why ask questions? Kybernetes, 24(5), 58-62.

Page 238:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

238

KIELEMA, J., 1999. Creating the Organization though performance measurements.

“Second International Workshop on Organizational Semiotics, 12 to the 14th

of October, Almelo, The Netherlands”.

LATOUR, B., 1994 We zijn nooit modern geweest. Pleidooi voor een symtrische

antropologie. Amsterdam: van Gennep.

LAW, J., 1994. Organizing modernity. Oxford: Blackwell.

LAUDON, K. C. and LAUDON J. P., 2001. Management Information Systems –

Organization and Technology in the Networked Enterprise. Prentice Hall, 5ª

Edição.

LEVESQUE, H., P. Cohen and J. Nunes, 1990. On Acting Together. Proceedings

of the 8 National Conference on Artificial Intelligence.

LIAO, s., WAN, H., MYLOPOULOS, J., 2002. Intelligent agents and financial risk

monitoring systems. Communication of the ACM. Vol. 45, No. 3.

LIU, K, Y. ADES AND R. STAMPER, 1992, “Simplicity, uniformity and quality —

the role of semantic analysis in systems development” in M. Ross et al. (eds.)

Software Quality Management II: Building Quality into Software,

Southampton, Computational Mechanics Publications.

LIU, K., 1993. Semiotics Applied to Information Systems Development. PhD

Thesis, Twente University, Holland.

LIU, K., Boekkooi-Timninga, L. Sun, 1990, “Systems Analysis of a Computerized

Test Construction System (CONTEST)”, Working paper, Enschede

LIU, K., SUN, L., 2000. Capturing temporality and intentionality in information

systems, In: Perspective of the Fifth International Workshop on the

Language-Action Perspective on Communication Modelling (LAP 2000). Eds.

M. Schoop, c. Quix.

LIU, K., ALDERSON, A., SHAH, B., SHARP, B. & DIX, A., 1998. “Appluing Semioic

Methods to Requirements Recovery”, Proceedings of the BCS 6th

international Conference on Information Systems Methodologies, University

of Salford, Salford.

LIU, K. & DIX, A., 1997. “Norm Governed Agents in CSCW”, 1st International

Workshop on Conventational Semiotics, University of De Vince, Paris.

Page 239:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

239

LIU, K. 1993. Semiotics Applied to Information Systems Development. Ph. D.

thesis, Twente Unversity, The Netherlands.

LIU, K., 2000. “Semiotics in information Systems Development”, Cambridge

University Press.

LIU, KECHENG, 2000, Semiotics in Information Systems Engineering Cambridge

University Press, Cambridge.

MARSHALL, C., 2000. Enterprise Modeling with UML – Designing successful

software through business analysis

MEYER, J. & WIERINGA, 1993. Deontic Logic: a Concise Overview. In: J. Meyer

and r. Wieringa (Eds) Deontic Logic in Computer Science. Jhon Wiley abd

Sons, UK.

MEYSTEL, A. 1995, Semiotic Modeling and Situation Analysis: An Introduction.

AdRem Bala Cynwyd PA.

METZ, T., 1999. Accounting and Embeddedness: Why Accounting cannot produce

Accountability. Critical Perspective in Accounting Conference 1999 submitted.

MICKHAIL, G., 1996. Meaning: A niche or a necessity for audit judgement. CPA96.

The 4th Critical Perspectives on Accounting Symposium. Harcourt Brace Inc.

MINTZBERG, H., 1993. The pitfalls of strategic planning. New York: Free Press.

MOSES,Y. & TENNENHOLTZ, M., 1992. “On Computational Aspects of Artificial

Social Systems”, Technical Report CS91-01, Weismann Institute.

MOURITSEN, J., 1994. Rationality, institutions and decision making: reflections on

March and Olsen´s Rediscovering Institutions. Accounting, Organization and

Society, 19 (2), 193-211.

MOWSHOWITZ, A. 1994, ‘Virtual Organization: A vision of management in the

information age.’, The Information Society, vol. 10, no. 4, pp. 267-288.

MURPHEY, M.G. 1967, ‘Charles Sanders Peirce.’, ln: Edwards, P. (ed.), The

Encyclopedia of Philosophy, Volume Six, Macmillan/ The Free Press, New

York, pp. 70-78.

NEWELL, A. 1990, Unified Theories of Cognition: The William James Lectures,

1987, Harvard University Press, Cambridge MA.

Page 240:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

240

NONAKA, T. AND TAKEUCHI, H., 1995. The knowledge-creating company. New

York: Oxford UP.

NOOTEBOM, B., 1996. Towards a congnitive theory of the firm issues and a logic

of change. Paper presented at the EIASM conference on organizational

cognition. Stockholm.

NORMAM, D., 1994. How Might People Interact with Agents? Communications of

the ACM, 37 (7), pp. 68-76.

NÖTH, W., 1990. Handbook of Semiotics, Bloomington, Lndian University Press

NUTT, P.C., 1984. A strategic planning network for non-profit organizations.

Strategic Management Journal.

NWANA, H. & WOOLDRIDGE, M. 1996. “Software Agent Technologies”, BT

Technology Journal, 14(4), pp. 68-78.

ORMOROD, PAUL, 1998, Butterfly Economics, Faber and Faber, London.

ORTONY, A., 1979. Metaphor and Thought, Cambridge, Cambridge University

Press.

O´LEARY, D.E., 2002. Knowledge Management in Accounting and Professional

Services. In, Researching Accounting as an Information Systems Discipline.

Eds. V.Arnold, S. G. Sutton. Sarasota, F1.: American Accounting Association.

pp. 31-51.

OTLEY, D., BROADBAND, J. end Berry, A., 1995. Research in Management

Control: An Overview of its Development. British Journal of Management, 6,

S31 – S44.

OULD, M., 1995. Business Process: Modelling and Analysis for Re-engineering

and Improving. Willey.

PIERSON, P., 1994. Dismantling the Welfare State? (Reagan. Thatcher, and the

Politics of Retrenchment), Cambridge University Press, Cambridge.

POPPER, K.R. 1994. Alles Leben ist Problemlösen: Über Erkenntnis, Geschichte

und Politik. München Zürich: Piper.

RAO. A.S., 1995. “Decision Procedures for Propositional Linear-Time Belief-

Desore-Intention Logics”, in Wooldridge, M. Muller, J.P. and Tambe, M. (Eds),

Intelligent Agents II, Springer.

Page 241:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

241

RAZAEE, Z., SHARBATOGHLIE, A., ELAM, R., MCMICKLE, P.L., 2002.

Continuous auditing: building automated auditing capability. Auditing: A

Journal of Practice and Theory. 21(1): 147-163.

REIJSWOUD, V., 1997. The Structure of Business Communication: Theory, Model

and Application. Ph.D. Thesis, Delft University of Technology, The

Netherlands.

REIJSWOUD,V. and J. DIETZ, 1999 DEMO Modelling Handbook vol. 1, Technical

Report, Delft University of Technology, The Netherlands.

ROCHA, L., 1999. Review of agent models: Encounters, strategies, learning and

evolution. Los Alamos National Laboratory Internal Report. (LAUR 99-5475).

ROCHART, J.F., 1990. “Executive Support Systems and the Nature of Work.”

Working Paper: Management in the 1990s. Sloan School of Management.

ROSLENDER R., 1996. Management Accounting on the promise of management

accounting. Unpublished paper.

RUMBAUGH, J., BOOCH, G. and JACOBSSON, I., 1999. The Unified Modeling

Language Reference Manual, Addison-Wesley, Reading MA.

SANTOS, F. and J. CARMO, 1996. Indirect Action, Influence and Responsibility. In

Deontic Logic, Agency and Normative Systems, M. Broen and J. Carmo

(Eds), Springre-Verlag.

SEBEOK, T.A., 1994. Signs: An Introduction to Semiotics, University of Toronto

Press, Toronto.

SCHÄL, T. and ZELLER, B., 1991. ‘Design Principies for Cooperative Office

Support Systems in Distributed Process management.’, In: Verrijn-Stuart,

A.A., Sol, H.G. and Hammersley, P. (eds.), Support Functionality in the Office

Environment, North-Holland, Amsterdam.

SCHMIDT, K., 1991. ‘Cooperative Work: A Conceptual Framework.´, ln:

Rasmussen, J., Brehmer, B., Leplat, J. (eds.), Distributed Decision Making:

Cognitive Models for Cooperative Work, John Wiley and Sons, Chicester, pp.

75-17.

Page 242:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

242

SCAPENS R. W., 1998. Management Accounting and Strategic Control:

Implication for Management Accounting Research. Bedrifskunde, 70(1), 11-

17.

SCHAEFER, W., 1991. Kennis in uitvoering. Doctoral Thesis. Technical University

of Eindhoven.

SCHANK, R. and R. ABELSON, 1977. Scripts, Plans, Gols and Understanding.

Lawrence Erlbaum Associates, Hillsdale, NJ.

SCHON, D.A., 1990. The reflective practitioner: how professionals think in action.

Aldershot: Avebury.

SCHON, D., 1983. The reflective practitioner, how professionals think in

action. New York: Basic Books.

SEARLY, J., 1995. The construction of social reality. New York: Free Press.

SEGARS, A. H. and Grover, V., 1998. Strategic Information Systems Planning

Success. MIS Quarterly, 22 (2), 139-163.

SENNETT, R., 1998. The corrosion of character: the personal consequences of

work in the new capitalism. New York: Norton.

SHOHAM, Y., 1997. “An overview if Agent-Oriented Programming”, in Bradshaw,

J.M. (Ed) Software Agents, AAAI Press, pp. 271-290.

SHOHAM, Y. & TENNENHOLDLTZ, M., 1992. “On the Synthesis of Useful Social

Laws in Artificial Societies”, Proceedings of the 10th National Conference on

Artificial Intelligence, Kaufmann, pp. 276-282.

SIMON, H., 1996. The Sciences of the Artificial (3rd Edition). MIT Press, USA.

SINGH, M.P., 1994. “A theoretical Framework for Intentions”, Know-How, and

Communications, Berlim:Springer-Verlag.

SINGH, M., 1996. Multiagent Systems as Spheres of Commitment. In Proceedings

of the Int´l Conventions. Kyoto, Japan.

SINGH, M. P., 1998. “Agent communication Language: Rethinking the Principles”,

Computer: innovative Technology for Computer Professionals, December, pp.

40-47.

SOKAL, ALAN and J. BRICMONT, 1998, Intellectual Impostures, Profile Books,

London.

Page 243:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

243

SOROS, GEORGE, 1998. The Crisis of Global Economics: open society

endangered, Little, Brown and Co., London.

SPARROW, J., 1998. Knowledge in organizations. Access to thinking at work.

London: Sage.

SPERBER, D., 1996. Explaining culture: a naturalistic approach. Oxford: Blackwell.

STAMPER, R., K. LIU, M. KOLKMAN, P. KLARENBERG, F. VAN SLOOTEN, Y.

ADES, AND C. VAN SLOOTEN, 1991. From Database lo Normbase,

International Journal of Information Management, 11(67-84).

STAMPER, R.K. AND K. LIU, 1995. “Generating Information Systems as a By-

Product of the Legislative Process”, in Proc. Conf. Towards a Global Expert

System in Law, Instituto per la Documentazione Giuridica, Italy, in C.Ciampi,

F. Socci Natali, G. Taddei Elmi (eds) Verso un Sistema Esperto Giuridico

Integrale Tomo 1, pp 307-331, CEDAM, Padova.

STAMPER, R.K.; Liu, K.; KOLKMAN, M.; KLARENBERG, P., SLOOTEN, F. Van,

ADES, Y. and SLOOTEN, C. van 1991. From dabase to normbase.

International Journal of Information Management, 11, 67-84.

STAMPER, R., 1992. Language and Computer in Organised Behaviour. In Riet, R.

and R. Meersman (Eds), Linguistic Instruments in Knowledge Engineering.

Elsevier Science Publishers, North-Holland..

STAMPER, R. & LIU, K., 1994. “Organization dynamics, Social Norms and

Information Systems”, Proceedings of the 27th Hawaii International

Conference on System Sciences, pp. IV645-654, Hawaii.

STAMPER, R., 1996. Signs, Information, Norms and Systems. In Holmqvist et al

(Eds), Signs of Work, Semiosis and Information Procesing in Organizations,

Walter de Gruyter,Berlin, New York.

STAMPER, R.K. 1998, “Extending Semiotics for the Study of Organisations” in

Proc Conference on Semiotics and the Jnformation Sciences, October,

University of Toronto, Department of Semiotics.

STAMPER, R., 1998. “Extending Semiotics for the Study of Organizations”

Preceedings of Semiotics and the Information Sciences, University of

Toronto.

Page 244:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

244

STAMPER, R. 1999, ‘A Science of Information systems and Organization.’, 2°

Workshop on Organizational Semiotics 12-14 October 1999, Almelo.

STAMPER, R.K. 2000, “Information Systems as a Social Science: An Alternative to

the FRISCO Formalism”, in Verrijn-Stuart et al. (eds) Information Systems

Concepts: An lntegrated Discipline Emerging (prov. title), Kluwer, Amsterdam.

STAMPER, R., 2000, New Direction for Systems Analysis and Design. In J. Filipe

(Ed.), Enterprise Information Systems, Kluwer Academic Publishers,

Dordrecht.

STAMPER, R., LIU, K., HAFKAMP, M. & ADES, Y., 2000. “Understanding the Role

of Signs and Norms in Organizations – A Semiotic Approach to Information

System Design”, Behaviour and Information Technology (to appear).

STAMPER, R., K. Liu, M. HAFKAMP and Y. ADES, 2000. Understanding the Roles

of Signs and Norms in Organization – A semiotic Approach to Information

Systems Design, Behaviour and Information Technology.

STRASSMAN, P., 1997. The Squandered Computer. Information Exonomics

Press, Oxford, United Kingdon.

STARREVELD, R.W., MARE, H.B. de, and JOËLS, E.J., 1996. Bestuurlijke

informatieverzorging, Deel 2: Typologie van de toepassingen, Derde druk.

Samsom, Alphen a/d Rijn.

SVEIBY, K. E., 1997. The Balanced scorecard and the Intangible Assets Monitor

Unpublished Paper.

SVEIBY, K.E., 1999. The Balanced Scorecard and the Intangible Assets Monitor

Umpublished Paper.

UEXKÜLL, T. VON, 1998. ‘Jakob von Uexkülls Umweltlehre.’, In: Posner, R.,

Robering, K., Sebeok, T.A. (eds.), Semiotics: A Handbook on the Sign-

Theoretic Foundations of nature and Culture: Volume 2, Walter de Gruyter,

Berlin, pp. 2l83-2191.

UIJTTENBROEK, A.A., TAN, D.S. and JONG, W. de, 1999. Information

Infrastructure Management, Lansa Punblishing, Leiderdorp.

VAN HEUSDEN,B.P., JORNA, .J., 2000. Toward a semiotic theory of cognitive

dynamics in organizations. Second workshop on Organization Semiotics in

Page 245:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

245

Almelo (NL), October 1999. In, Organizational Semiotics. Ed. Kecheng Liu. (in

Press).

VAN HEUSDEN, B.P., JORNA R.J., 2001. Reconsidering the Standard: A seimiotic

model of organization(s). 3rd International Workshop on Organizational

Semiotics. July 4th 2000, Stafford, UK. In, Semiotics in Organizational Theory.

Ed. Kecheng Liu. Amsterdam: Kluwer (In press).

VASARHEKYI, M., 2002. Concepts in continuous assurance. In, Research

Accountig as an Information Systems Discipline. Eds. V. Arnold, S. G. Suton.

Pp. 257-271. Sarasota, F1.: American Accounting Association.

VERYARD, RICHARD, 1992. Information Modelling: practical guidance, New York

and London, Prentice Hall.

WAEMA, T.M. and WALSHAM, G. 1990. Information systems strategy formulation.

Information and Management.

WALSH, J. P., 1995. Managerial and organizational cognition: notes from a trip

down memory lane.In: Organization Science 6(3):280-321.

WARD, M., 1999. Virtual Organisms, London, Macmillan.

WASTELL, D.G., 1996. The fetish of technique: methodology as a social defense.

Information Systems Journal.

WEGGENAM, M., 1997. Kennismanafement. Inrichting en besturing van

Kennisintensieve organisaties. Schiedam, Scriptum.

WEST, M.A. AND FARR, J.J., eds. 1990. Innovation and creativity at work.

Chichester: Wiley.

WEICK, K., 1995. Sensemaking in organization. London: Sage.

WHEELER, S. C., 1995. Deconstruction. In Robert Audi (ed.): The Cambridge

dictionary of philosophy. Cambridge University Press.

WERNER, E., 1996. Logical Foundation of distributed Artificial Intelligence. In

O´Hare and Jennings (Eds) Foundations of Distributed Artificial Intelligence,

Wiley-Interscience, New York.

WILL, H.J., 1990. From computer assisted audit techniques to computer-aided

audit thought support. Invited Lecture, Proceedings th Asia Pacific

Information Control Conference, Kuala Lumpur, September 9-13.

Page 246:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

246

WILL, H.J., 1992. Why we cannot trust computers – and what this means for the

I.S. auditor, Keynote Address. Proceedings of the Annual EDP Auditors

Conference of Australia. Adelaide, South Australia, May 20-22.

WILL, H.J.(b), 1995. The new CAATS: shifting the paradigm. EDPACS, xxii, (11):

1-14.

WILL, H.J.(c), 1995. Accountability, controllership and auditability: A Knowledge-

based framework, Proceedings of the Fifth Biannual Conference of CIGAR

(Comparative International Governmental Accounting Research(, Paris, May

4-5.

WILL, H.J.(a), 2000. Auditability vs. security on the Internet. Unpublished Guest

Lecture, Bell Labs, New Jersey, February 21.

WILL, H.J.(b), 2000. Auditability and controllership: extracting knoeledgr form

accounting information. Proceedings SCI´2000, Volume X: Concepts and

Applications of Systemics, Cybernetics and Informatics, 483-488, Orlando:

International Institute of Informatics and Systemics, July 23-26.

WILL, H.J., 2001. Prüfung nah KonTraG:Rechtliches Gebot als Wissensproblem.

Festschrift Professor Dr. Günter Minz edited by G. Geib. Köln: KPMG

Deutsche Treuhand-Gesellschaft AG.

WILL, H.J., 2003. The Assurance Paradigm. Unpublished Manuscript.

WOBREY, D.J.R., 1999. Aspect of Qualitative Consciousness: A Computer

Science Perspective. PhD Thesis. Dept. of Computer Science. City

University, London.

WOBREY, D.J.R., 2001. Machine mentally and the nature of the ground relation.

Minds and Machines. 11(3): 307-346.

WOBREY, D.J.R., 2000. Developing mindful machines requires more than

information. In, Proceedings SCI´2000, Volume X: Concepts and Applications

of Systemics, Cybernetics and Informatics, pp. 489-494, Orlando:

International Institute of Informatics and Systemics, July 23-26.

WOOLDRIGGE, M. & JENNINGS, N.R., 1995. “Intelligent Agents: Theory and

Pratice” The Knowledge Engineering Review, 10(2), pp. 115-152.

Page 247:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

247

WOOLDRIGGE, M. & JENNINGS, N.R., 1995. Agent Theory, Architectures and

Language: a Survey, In M. Wooldridge and N. Jennings (Eds) Intelligent

Agents, Springer-Verlag.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPLEMENTARES

ADES, Y.M. et al., 1989. Namat User Manual, Doha, Qatar. (mainly in Arabic).

AICPA – SCAS. Assurance. http://www.aicpa.org/assurance/about/index.htm.

2000.

ANDERSON, J.R. 1983, The Architecture of Cognition, Harvard University Press,

Cambridge MA.

Page 248:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

2

ALBERT, C., 2002. Process Model for Diverse Stakholders Goals. Workshop on

Goal-Oriented Business Process Modelling (GBPM´02), London. Department

Enterprise Integration, Cranfield University, Cranfield, Bedfordshire, MK43 0AL, UK

ALEXANDER I. Modelling the interplay of Conflicting Goals with Use and Misuse

Cases. Interplay of Confliting Goals. Paper for GBPM´02. London.

[email protected]

ARBIB, M., 1964. Brains, Machines and Mathematics. New York: McGraw-Hill.

ASHBY, W.R., 1956. An Introduction to Cybernetics, London, Chapman and Hall.

AUSTIN, J., 1962. How To Do Things with Words. Oxford University Press: Oxford,

England.

BALASUBRAMANIAN, S. and NORRIE, D.H. A Multi-Agent Intellingent Dsegn

System Integrating Manufacturing And Shop-Floor Control. Division of

Manufacturing Engineering, Department of Mechanical Engineering,

University of Calgary, Calgary, AB, Canada T2N IN4

BAKER, J. Modeling Industrial thresholds: Waste at the confluence of social and

ecological turbulence. http://eserver.org/cultronix/baker

BARWISE, J AND J. PERRY, 1983. Situation and Attitudes, Cambridge Mass, MIT

Press.

BATESON, G., 1979. An Introduction to Cybernetics, London: Chapman & Hall.

BEER, S., 1979. The Heart of enterprise. Chichester: Jhon Wiley.

BERGER, P. and LUCKMANN, T., 1967. The social construction of reality. New

York: Anchor Books.

BIRNBEG, J.G., TUROPOLEC, L. and YOUNG S.M., 1983. The Organizational

context of accounting; Acconting, Organizations & Society, 8 (2/3), 111-129.

BITITCI, U., 1994. Measuring your way to profit. Management Decision, 32 (6), 16-

24.

BLUMENTHAL, S.C., 1969. Management of information systems. Englewood

Cliffs: Wiley.

BOERSMA, S.K.Th. 1989. Beslissingsondersteunende systemen: Een

praktijkgerichte ontwikkelingsmethode. (Decision support systems: A practice-

Page 249:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

3

oriented development method.), Ph.D. Thesis University ofCroningen,

Academic Service, Schoonhoven.

BASTOS, R. & OLIVEIRA, F.M. & OLIVEIRA J. P. M., 1998. Modelagem do

processo de tomada de decisão para alocação de recursos. Revista de

Administração, São Paulo v.33, n.3, p.73-82, julho/setembro 1998

BRATMAN, M., 1987. Intentions, Plans and Pratical Reasoning. Harvard University

Press, USA.

BELLINGER, G. Knowledge Management – Emerging Perspectives. Knowledge

Management

BIDER, I., 1992. Organizing Systems – a Tool for Process-Oriented Management.

http://www.ibissoft.se/goal.htm

BIDER, I. and KHOMYAKOV, M. one Practical Object-Oriented Model of Business

Processes, http://www.ibissoft.se/goal.htm

BIDER, I. and KHOMYAKOV. One OO Approach to Business Modeling

http://www.ibissoft.se/goal.htm

BIDER I. et al. Towards a Formal Definition of Patterns for Loosely-Structured

Business Processes. Department of Computer and Systems Sciences,

Stockholm University Institute of Technology, Electrum 230, 164 40 Kista,

Sweden. {pajo, perjons}@dsv.su.se

BOTOMÉ, S.P. Processos comportamentais básicos em metodologia de pesquisa:

Da delimitação do problema à coleta de dados.

CARD, S.K.; MORAN, T.P. and A. NEWELL, 1983. The Psychology of Human-

Computer Interaction, Lawrence Erlbaum Associates, Publishers Hillsdale,

New Jersey.

CARNP, RUDOLF, 1952. The Continuum of Inductive Methodos, University of

Chicago Press.

CARNAP, RUDOLF and Y. BAR-HILLEL, 1953. “Semiotic Information”, Brit. J.

Phil Sc., 4, 47-157.

CASH, J. I., MCFARLAN, F.W.and MCKENNEY, J. L., 1988. Corporate information

systems management, 2nd ed. Homewood, ILL: Irwin.

Page 250:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

4

CASSIRER, E., 1923-1929. The philosophy of symbolic forms. Volume 2: Mythical

thought; Volume 3: The phenomenology of knowledge, translate by R.

Manheim. New Haven & London: Yale UP., 1980.

CASSIER, E. 1944. An essay on man. An introduction to a philosophy of human

culture. New Haven & London: Yale UP.

CHELLAS, B.F., 1980. Modal Logic-An Introduction. Cambridge University Press,

Cambridge, M.A.

CHERRY, COLIN, 1957. On Human Communication, Cambridge Mass, MIT Press.

CHELLAS, B.F., 1980. Modal Logic-An Introduction. Cambridge University Press,

Cambridge, M.A.

CHERRY, COLIN, 1957. On Human Communication, Cambridge Mass, MIT Press.

COHEN, M.D., and MARCH, J.G.,1976. Decisions, presidents and status. In

March, J.G. and Olsen, J.P. (eds.). Ambiguity and choice ia organizations.

Bergen, Norway: Universitetsforlaget.

COOPER, D. and BATLLE, S. Goal oriented service management.

[email protected], [email protected]

DALY, HERMAN and JB. COBB, 1989. For the Comon Good, Merlin Press,

London.

DAVIS, C.B., and OLSON, M.H. 1985, Mana gement Information Systems:

Conceptual Foundations, Structure, and Development, Second Edition,

McGrawHilI, New York.

DAVID, A. T. Engenharia de Negócios com Tecnologia de Objetos

DENNETT, D.C., 1987. “The Intentional Stance”, MIT Press.

DENNETT, D.C., 1978. Brainstorms: philosophical essays on mind and

psychology. Bradford Books, Harvester Press.

DIETZ, J. et al., 1999. A Conceptual Framework for he Continuous Alignment of

Business and ICT. Delft University of Technology

DIMITROV, V. Decision Emergence Out of Complexity and Chaos Semiotics and

Complexity. http://www.zulenet.com/VlademirDimitrov/pages/decison.html

DIMITROV, V. and FELL, l. Autopoiesis In Organizations. University of Westrn

Sydiney – Hawkesbury, Richmond, NSW, Australia and NSW Agricultute,

Page 251:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

5

University of New Egland, Armidale, NSW, Australia.

http://www.pnc.com.au/~lfell

DOUGLAS, M., 1986. How institutison Think. Syracuse, NY: Syracuse UP.

DOWNS, D. and LUNN, K. Analysis and Design for Process Support Systems

using Goal-oriented Business Process Modelling. School of Computting &

Mathematics, University of Hunddersfield, England

DRETSKE, F.I., 1981. Knowledge and the Flow of Information, Oxford, Blackwell.

ECO, U., 1976. A theory of semiotics. Bloomington: Indiana UP.

ECO, U., 1979, A Theory of Semiotics, Bloomington, Indiana University Press. FAYOL, H. 1916/1956, ‘Administration, industrielle et générale.’, Extrait du Bulletin

de la Société de l’Industie Minérale, 3e Iivraison de 1916. Quarantième Mille,

Dunod, Paris, 1956.

FETZER, J.H., 1981. Scientific knowledge. Dordrecht; Reidel.

FETZER, J.H., 1988. Aspect of Artificial Intelligence. Ed. Dordrecht: Kluver.

FELIPE, J. A normative and Intencional Agent Model for Organization Modelling.

Escola Superior de Tecnologia do Institute Politecnico de Setubal Rua vale

de Chaves, Estefanilha, 2910 Setubal, Portugal. [email protected]

FELIPE, J. et al. Organization Simulation Base don Normative Knowledge and

Role Modeling. Escola Superior de Tecnologia do Institute Politecnico de

Setubal Rua vale de Chaves, Estefanilha, 2910 Setubal, Portugal.

[email protected]

FREENY, D. and IVES, B., 1989. Search of sustainability – reaping long term

advantage from investiments in information technology. Journal of

Management Information Systems, 7(1), 27-46.

GAZENDAM H.W.M. and JORNA, R., 1998. Semiotics, multi-agent systems and

organizations. Faculty of Management & Organization: Proceedings of the

Joint Conference on the Scinece and Technology of Intelligent Systems,

September 14-17, University of Groningen, Groningen; Netherlands

GENOSKO, G. Communication and Cultural Studies

[email protected]

GEERTZ, C., 1973. The interpretation of cultures. New York: Harper Collins.

Page 252:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

6

GIBSON, J. and GIBSON E., 1955. Perceptual Learning: Definition or Enrichment?

Psychological Review, 32.

GIBSON, J., 1979. The ecological approach to visual perception. New York:

Lawrence Erlbaum.

GIDDENS, A., 1984, The constitution of Society, University of California Press,

Berkeley CA.

GIMPL, M.L. and DAKIN S.R., 1984. Management and Magic. California

Management Review, 27(1), 125-136.

GIUIIANO, V.E., 1982. ‘The Mechanization of Office Work.’, Scientific American,

vol. 247, no. 3, September 1982, pp. 125-134.

GOLDKUHL, G. et al. 2001. Organizations as Pratice Systems – Integrating

Knowledge, Signs, Artefacts and Action. Accepted to the IFIP8.1 Working

Conference Organizational Semiotics: evolving a science of information

systems, july 23-25, 2001, Montreal, Canada

GOIDBERG, A.. and ROBSON, D. 1983, Smalltalk-80: The Ianguage and its

implementation, Addison-Wesley, Reading MA.

GOLDBERG, DE. 1989, Genetic Algorithms in Search, Optimization, and Machine

Learning, Addison-Wesley, Reading MA.

GOODMAN, N., 1968. Languages of art. Indianapolis: Bobbs-Merrill.

GUDWIN, R. and GONSALVES, R. Semiotic Oriented Autonomous Intelligent

Systems Engineering. [email protected]

GUDWIN, R.R. and GOMIDE, F. An Approach to Computational Semiotics. DCA-

FEEC-UNICAMP [email protected]

GUDWIN, R.R. From Semiotics to Computational Semiotics. DCA-FEEC-

UNICAMP [email protected]

GUDWIN, R.R. Semiotics Synthesis and Semiotic Netwoeks. DCA-FEEC-

UNICAMP [email protected]

GUERRERO J.A.S. et.al., 1999. A Computational Tool to Model Intelligent

Systems. DCA-FEEC-UNICAMP, Caixa Postal 6101-1.083-970 – Campinas,

SP-Brasil, {jasg,asrgomes,gudwin}@dca.fee.unicamp.br

Page 253:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

7

HAAK, SUSAN, (1978), Philosophy of Logics, Cambridge, Cambridge University

Press.

HABERMAS, J. 1984. The theory of Communicative Action: Reason and

Rationalization of Society. Polity Press. Cambridge.

HÄGERSTRAND, T. 1975, ‘Space, time, and human conditions.’, in: Karlqvist, A.,

Dynamic Allocation in Urban Space. Saxon House, Farnborough.

HALLIDAY, M.A.K., 1978, Language as Social Semiotic, London, Edward Arnold

HARTSHORNE, C., P. WEISS & A. BURKS (Eds.)., 1958. Collected Papers o

Charles Sanders Peirce. Boston: Harvard University Press.

HEUSDEN, B.V. and JORNA, R.J. Reconsidering the Standard: A Semiotic Model

of Organization(s), Faculty of Management and Organization, University of

Groningen P.O. Box 800 NL-9700 AV Groningen, The Netherlands

HINTIKKA, JAAKKO AND PATRICK SUPPES (eds), 1970, lnformation and

Inference, Dordrecht, Reidel.

HJELMSLEV, L., 1961. (1943). Translated by F.J. Whifield, Madison: The

University of Wisconsin Press.

HOFSTEDE, G., 1980. Cultural consequences, international differences in work-

related practices. London: Sage.

HOFSTEDE, G., 1968. The Game of Budget Control. London: Tavistock.

HOLMQVIST, B., P.B. ANDERSEN, H. KLEIN, R. POSNER, 1996, Signs of Work,

Berlin, de Gruyter.

HOLLAND, J.H., HOLYOAK, K.J., NISBETT, R.E. and THAGARD, P.R. 1986,

Induction: Processes of inference, learning, and discovery, The MIT Press,

Cambridge MA.

HOMANS, G.C., 1950. The Human Group. New York, Harcourt, Brace.

JACOBS, JANE, 1984, Cities and the Wealth of Nations, Harmondsworth, Penguin

Books.

IBM Corporation, 1981. Information Systems Planning Cuide, Business Systems

Planning. 3nd ed.

IBM, 1984. ‘Business Systems Planning.’, Unpublished Method Handbook.

Page 254:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

8

JACKSON, M. 1983, System Development, Prentice-HaII, Englewood Cliffs NJ.

JACKSON, P.C. 1985, Introduction to Artificial Intelligence, Dover Publications,

New York.

JORNA, R.J., 1988. A comparation of presentation and representation: Linguistic

and pictorial. In: G.C. v.d. Verr & G. Mulder (eds). Human-Computer

Interaction – Psychonomic Aspects. Berlin: Springer Verlag.

JOSLYN, C., 1996. Semiotic Aspects of Control and Modeling Relations in

Complex Systems. Computer an Information Research Group, Los Alamos

National Laboratory. MS B265, LANL Los Alamos. [email protected],

http://gwis2.circ.gwu.edu/~joslyn

JOSLYN, C., 1999. Semiotic Agent Models for Simulating Socio-Technical

Organization. Computer an Information Research Group, Los Alamos

National Laboratory. MS B265, LANL Los Alamos. [email protected],

http://gwis2.circ.gwu.edu/~joslyn

JOSLYN, C., 196. Levels of Control and Closure in Complex Semiotic Systems.

Computer an Information Research Group, Los Alamos National Laboratory.

MS B265, LANL Los Alamos. [email protected],

http://gwis2.circ.gwu.edu/~joslyn

KAPLAN, A., 1964. The conduct of inquiry: methodology for behavioural science.

Scranton, P.A.: Chandler Publishing.

KRANZBERG, M., 1985. The information age. In Guile, 13. R., (ed.) Information

technologies and social transformation. Washington: National Academy

Press.

KASTELEIN, J., 1985. Modulair organiseren doorgelicht, (A review of modular

organization.), Wolters- Noordhoff, Groningen. KHINCHIN, A.I. 1957, Mathematical Foundations of Information Theory, Dover

Publications, New York, (English translation)

KRANZBERG, M., 1985. The information age. In Guile, B.R., (ed) Information

technologies and social transformation. Washington: National Academy

Press.

Page 255:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

9

KUHN, T.S., 1970. The Structure of Scientific Revolution. 2nd. Edition. Chicago:

University of Chicago Press.

KUIPERS, B., 1986. Qualitative simulation. Artificial Intelligence. Vol. 29, pp. 289-

338.

LAKOFF, G., 1986. Women, Fire and Dangerous Things, Chicago, University of

Chicago Press. LANGLEY, P. et al., 1987. Scientific discovery: computational explorations of the

creative process. Cambridge,Mass.: MIT Press.

LEDERER, A. L. and SETHI, V. 1988. The implementation of strategic information

systems planning methodologies. MIS Quarterly, 12, (3), 445461.

LOCKE, JOHN, 1690/1959, Essay Concerning Human Understanding, unabridged

edtion 1959, Dover, New York.

LUCAS, H.C. 1986, Information Systems Concepts for Management, Third Edition,

McGrawHill, New York.

LUNDEBERG, M., GOLDKÜHL, G. and NILSSON, A. 1982, De ISAC-methodiek:

systeemontwikkeling volgens ISAC, (The ISAC method: System development

according to ISAC.), Samsom, Alphen a/d Rijn.

MARCH, J. G., 1971. The technology of foolishness. ln March, J.G.: Decisions and

Organisations. Oxford: Blackwell.

MALIK, F., 1986. Strategic des Managements Komplexer Systeme. Berne: Paul

Haupt.

MARCH, J. G., 1971. The technology of foolishness. In March, J.G.: Decisions and

Organizations. Oxford: Blackwll.

MARTIN, J., 1982. Strategic data planning methodologies, Prentice HaII,

Englewood Cliffs NJ.

MARTIN, J., 1983. Managing the Data Base Environment, Prentice Hall,

Englewood Cliffs NJ.

MATURANA, H. and F. VARELA, 1980. Autopoesis and Cognition: The Realization

of the Living. Reidel, Dordrech.

MCCAWLEY, JAMES D. 1981, Everything that Linguists have always Wanted to

Know about Logic — but were ashamed to ask, Oxford, Blackwell.

Page 256:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

10

MCLEAN, Z.R. and SODEN, J.V. 1977. Strategic Planning for MIS. New York:

Wiley.

MINSK, M., 1975. A Framework for Representing Knowledge. In P. Weis (Ed.) The

Psychology of Computer Vision. MacGraw-Hill, N.Y.

MINSKY, m., 1986. The society of Mind. Simon and Schuster, New York.

MINSTZBERG, H., 1979.The Structuring of Organizations: Prentice-Hall,

Englewood Cliffs, N. J., USA.

MERLEAU-PONTY, M., 1960. Signes. Paris: Gallmard.

MEYER, J. and ROWAN, B., 1977. Institutionalized organizations: formal structure

as myth and ceremony. American Journal of Sociology.

MEYSTEL, A.M., 1996. Intelligent Systems: A semiotic perspective. International

Journal of Intelligent Control Systems, Vol. 1, No 1 p. 31-57

MONEIRO, E. and ELLINGSEN, G., Mechanisms for producing a working

knowledge: Enacting, orchestrating and organizing. Department of Computer

and Information Science, Norwegian University of Science and Technology,

N-74-91 Trondheim, Norway. www.elsevier.com/lacate/infoandorg

NAUTA, DOEDA, 1972. The Meaning of Information, The Hague, Mouton.

NEWELL, A. and SIMON, H.A. 1972, Human Problem Solving, Prentice-Hall,

Englewood Cliffs NJ.

MORGAN, G. 1986, Images of Organization, SAGE, Beverly Hills.

MORRIS C., (1946), Signs, Language and Behaviour, New York, Prentice Hall -

Braziller.

MORENSTEIN, D. 1997. Ranking: um sistema de apoio a decisões multicritérios.

Revista de Administração, São Paulo v.32, p. 67-76, outubro/dezembro 1997

MOOR, A., 2002. Language/Action Meets Organization Semiotics: Situating

Conversations With Norms. Information Systems Frontier 4:3, 257-272

NEWELL A., 1982. The Knowledge Level. Department of Computer Science.

Carnegie University. Pittsburg, PA 15213. USA

PAGLIANI, P. Knowledge Management: a position paper. Research Group on

Knowledge and Communication madels. http://surf.it/logic/Km.htm

Page 257:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

11

PÄIVÄRINTA, T. The concept of genre within the critical approach to information

systems development. Department of Computer Science and Information

Systems, University of Jyväskylä, PO box 35, 40351.

www.elsevier.com/locate/infoandorg

PIERCE, C.S., 1877. The fixation of belief. In: Fish, M. et al., eds. Writings of

Charles Sanders Peirce: A chronological edition, 3: 1872-1878, ed. By C.J.W.

Kloesel. Boomington: Indiana UP., 1986.

PEIRCE, C.S. 1904/1958, ‘Letters to Lady Welby.’, Reprinted in: Charles S.Peirce.

Selected Writings: Values in a Universe of Chance, Edited by Wiener, P.P.,

Dover Publications, New York, 1958.

PIERCE, C., 1931-1958. Collect papers of CH. S. Pierce (8 vols.), C. Hatshorne

and P. Weiss (Eds). Cambridge, Harvard University Press.

PIERCE, C., 1960. Collected Papers of Ch. S. Pierce, C. Hartshorne and P. Weiss

(Eds). Cambridge, Mass.

POLANYI, M., 1966. The tacit dimension, London: Routledge.

POPPER, 1963. Conjectures and Refutations, London, Routledge and Kegan Paul.

POPPER, K.R., 1972. Objective knowledge: an evolutionary approach. Oxford:

Clarendon Press.

PUVIANI, A., 1903/1960. Die Illusionen in der öffentlichen Finanzwirtschaft. (Teoria

dell’Illusione Finanziara), Duncker and Humblot, Berlin.

QUINN, J.B., 1985. Management innovation: controlled chaos. Harvard Business

Review.

RAO, A., 1968. “Directives and Norms”, Routledge and Kegan Paul.

RAO, A. and M. GEORGEFF, 1992. An Abstract Architecture for Rational Agents.

In C. Rich, W. Swartout and B. Nebel (Eds) Proceedings of the 3nd Int´l

Conference on Principles of Knowledge Representation and Reasoning.

Morgan Kaufman Publishrers, San Mateo, CA.

RAMAPRASAD, A. and RAI, A., 1996. Envisioning Management of Information.

Omega, Inst. Mgmt Sci. vol 24,No 2, pp. 170-193

REGEV, G. and WEGMANN, A. Regulation Based Linking of Strategic Goals and

Business Processes. School of Computer and Communication Sciences

Page 258:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

12

(I&C), Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), CH-1015

Lausanne, Switzerland, http://lamswww.epfl.ch

RESCHER, NICHOLAS, 1966. The Logic of Commands, London, Routledge and

Kegan Paul.

ROSS, A., 1968. Directives and Norms. Routledge and Kegan Paul, London,

United Kingdom.

RUNGE, D. and EARL, M.J., 1988. Gaining competitive advantage from

telecommunications. In Earl, M.J. (ed.): Information Management. Oxford:

Clarendon Press.

SAUSSURE, F. DE, 1915. Cours de linguistique générale. Publié par Ch. Bally et

A. Sechehaye. Édition prepare par Tulio de Mauro. Paris: Pauit: Payot,

(1972). 1985.

SCHAAP, D. Defining a Goal Reached, Energy Used value-pair as the basis of

business process measures. Faculty of Management ad Organization,

University of Groningen P.O.Box 800 9700 AV Groningen, The Netherlands.

www.bdk.rug.nl/english/faculty/staff

SCHWARZ, G.M., Organizational hierarchy adaptation and information technology.

Department of Management, University of Wollongong, NSW 2522, Australia.

[email protected]

SCHUTZ, A., 1970. On phenomenology and social relations. Chicago: University of

Chicago Press.

SEARLY, J., 1969. Speech Acts: An essay in the Philosophy of Language.

Cambridge University Press.

SEARLY, J.R., 1984. Minds, brains and science: the 1984 Reith lectures. BBC

publication.

SHANNON, C. 1948, A mathematical theory of communication, BelI System Tech.

J. 27, 379-423, 623-656.

SHANNON, C. and W. WEAVER, 1949. The Mathematical Theory of

Communication. MIT Press, Cambridge, MA.

SKINNER, B.F., 1957, Verbal Behaviour, New York, Appleton-Century-Crofts.

SKINNER, B.F., 1974, About Behaviourism, London, Jonathan Cape.

Page 259:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

13

SIMON, H. A., 1945. Administrative behaviour, 2nd ed. New York: Free Press.

SIMON, H.A., 1962. ‘The Architecture of Complexity.’, Proceedings of the

American Philosophical Society, vol. 106, pp. 467-482.

SMITH, ADAM, (1776) 197. An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of

Nations, London, Dent.

SMITH, ADAM, (1759) 1976, The Theory of Moral Sentiments, Oxford, OUP.

SIMON, H.A., 1945. Administrative behaviour, 2nd ed. New York: Free Press.

SMITH, S., 197. The Wealth of Nations. Dent, London.

SILVA, M.E.S. AND GUDWIN, R.R. Um Tutorial em Controle Situacional

Semiotico, DCA-FEEC-UNICAMP [email protected],

[email protected]

SPERBER, D. & WILSON, D., 1986. Relevance: communication and cognition.

Oxford: Blacckwell, 1995.

SPRAGUE, R.H. and Mcnurlin, B.C., 1986. Information Systems Management in

Practice, Prentice Hall, Englewood Cliffs NJ.

STAMPER, R., 1971. Some Ways of Measuring lnformation’, Computer Bulletin,

Vol.15, ppA32-6.

STAMPER, R. 1973, Information in Business and Administrative Systems, Wiley,

New York.

STAMPER, R.K. 1973, Information, Batsford, London and Wiley, New York, (2nd

edn in preparation for Blackwell, Oxford).

STAMPER, R., 1973, Information in Business and Administration Systems. John

Wiley & Sons.

STAMPER, R.K. 1976, “Informatics without the Computer”, Proc. CAFRAD

Conference, Algiers.

STAMPER, R., 1980 “LEGOL: Modeling Legal Rules by Computer, in Niblett, B.

(Ed.), Computer Science and Law, Cambridge University Press, Cambridge.

STAMPER, R., 1987. Semantics. In, Critical Issues in Information systems

Research. Eds. R.J. Boland, R.A. Hirscheim, pp. 43-78.

STAMPER, R., K. ALTHAUS and BACKHOUSE, 1988. MEASUR: Method for

Eliciting, Analysing and Specifying User Requeriments. In Computerised

Page 260:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

14

Assistance during the Information Systems Life Cycle, Olle, Verrijn-Stuart

and Bhabuts (Eds). Elsevier-Science Publishers, Holland.

TARSKI, A., 1956. Logic, Semantics and Mathematics. Oxford Universiy Press,

Oxford, United Kingdom.

THEEUWES, J.A.M., 1986. ‘Voorzien van informatie: Modellen voor

informatiebeleidsvorming en informatieplanning.’, (Providing information:

Models for information policy development and information planning.),

Unpublished PhD Thesis, Technische Hogeschool Eindhoven, Eindhoven.

THEEUWES, J.A.M., 1987. Informatieplanning (Information planning). Deventer,

Holland: Kluwer.

THREEUWES, J.A.M., 1988. Informatieplanning (Information planning). Deventer,

Holland: Kluwer.

THRONGATE, W., 1976. “In general” vs. “it depends”: some comments on the

Gergen-Schlenker debate. Personality and Social Psychology Bulletin, 2,

404-47.

TWINING, WILLIAM. and D.M.MYERS, 1976. How to Do Things with Rales,

London, Weidenfeld and Nicolson.

TILLQUIST, J. Rules of the Game: constructing norms of influence, subordination

and constraint in IT planning. [email protected]

UEXKÜLL, T. VON, 1920. Theoretische Biologie. Frankfurt am Main: Suhrkamp.,

1973.

UEXKÜLL, 1. von, and KRISZAT, G. 1936, Streifzüge durch die Umwelten von

Tieren und Menschen, Springer, Berlin, Neuausgabe: Fischer, Frankfurt,

1970.

UEXKÜLL, T. VON and KRISZAT, G., 1940. Streifzüge durch die Umwelte von

menschen und Tieren. Bedeutungslehre. Frankfurt am Main: Fischer, 1970.

UEXKÜLL, T. VON, and KRISZAT, G. 1936, Streifzϋge durch die Umwelten von

Tieren un Menschen, Springer, Berlin, Nuausgabe: Fischer, Frankfurt, 1970.

ULLMAN-MARGALIT, E., 1977. “The Emergence of Norms”, Clarendon Press,

Oxford.

Page 261:  · i Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Programa De Pós Graduação Em Engenharia De Produção PROPOSTA DE

15

WIENER, NORBERT, 1948, Cybernetics – or control and communication in the

animal and the machine, Cambridge Mass, MIT Press.

WILL, H.J., 1974. Auditing in systems perspective. The Accounting Review, XLIX

(4): 460-706.

WILL, H.J.(a), 1975. Model management systems. Proceedings of 1973

International Symposium, Organizational Structure and the Structure of

Informational Systems, Cologne, (invited paper reprinted in Information

Systems and Organizational Structure, Eds. E. Grochla, N. Szyperski, 467-

483. De Gruyter:Berlin and New York.

WILL, H.J.(b), 1975. Audit Command Language. INFOR, 13,1: 99-11.

WILL, H.J., 1983. ACL: A Language Specific for Auditors. Communication of the

ACM, 26(5): 358-361.

WILL, H. and WHOBREY, D., 2003. The Assurance Paradigm & Organizational

Semiotics: A New Application Domain. The Assurance Paradigm &

Organization Semiotcs, IWOS

WINCH, P., 1958 The idea of a social science: and its relations to philosophy.

London.

WINOGRAD, T. and C. FLORES, 1986. Understanding Computers and Cognition.

Addison Wesley Publishing Company.

WINOGRAD, T., 1972. Understand Natural Language, Academic Press, New York.

WINOGRAD,T. and F. FLORES 1986. Understanding Computers and Cognition.

Addison Wesley Publishing Company.

WRIGHT, GEORG HENRIK VON, 1963, Norm and Action, London, Routledge and

Kegan Paul.

YOUNG, L.F. 1987, ‘The metaphor machine: A database method for creativity

support.’, Decision Support Systems, vol. 3, pp. 309-3 17.