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Página 2 Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 O GLOBO SPORTIVQ

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Caxambú saiu do arco e de munhecaço evitou a cabeçada de Baltazar u c Baltazar salta com Pedro e cabeceia violentamente para o arco

S. PAULO, fevereiro — (De P.Frank, especial para O GLOBO SPOR-T1VO) — A Portuguesa de Desportosviu-!he fugir a última chance de vencero torneio interclubes ao ser derrotadapelo Corintians na tarde de sábado. Am-bas as equipes atuando com grande en-tusiasmo, desprezando qualquer padrão

técnico que, aliás, era impossível exibirem virtude do estado do gramado, pro-porcionaram aos torcedores que acorre-ram ao Estádio Municipal uma das me-lhores partidas do "Rio-São Paulo". Pe-leja disputada de igual para igual, doporcionaram aos torcedores que acorre-leja disputada de igual para igual, do

primeiro ao último minuto, foi rica em meza na retaguarda c agressnmovimentação e emotividade, prendendo ataque. Na partida contra a Pe arrebatando a torcida em todo o seu o pivot gaúcho teve u >transcorrer. Lusos e corintianos deramtudo para laurear-se vencedor, sem me-dir sacrifícios ou poupar energias. Lutade gigantes, justo reflexo da posição dosdois quadros na tabela de classificação»do certame interestadual, que terminou Ires avantes disputaram unia partida de

a vitoria do Corintians, melhor gala, pondo em constante polvorosa a

ividade noPortuguesa

atuação por-feita, o que levou a equipe corinliana,sem dúvida, a ter mais presença nc gra-mado. Baltazar, Cláudio e Luizint o se-guiram Touguinha de perto, eerlrali-zando as atenções dos torcedorei. Üs

linha de avantescomcoordenado e com sualevando nítida vantagem sobre a reta-guarda adversaria. Nos primeiros vinteminutos de jogo o Corintians desenhoua vitoria, mercê da destacada atuaçãodc seu quinteto avançado e do desem-

coc«fr*$

penho sempre completo do centro-me- empregando-se com o ldio Touguinha, a melhor figura do gra- tusiasmo. Na Portugumado. Nesse período da luta coube â Brandãozinho, NininhoPortuguesa .resistir de qualquer maneira,sem outra preocupação que a dc afãs-tar para longe de sua arca as cargas doadversário, procurando alimentar seuataque, sem lograr êxito no entanto, emface da firmeza da retaguarda alvinc-gra. Somente depois de estar inferiori-zada no placard por dois tentos a zerolançou-se a equipe lusa ao ataque, commais coordenação, provocando momen-tos de pânico em frente à meta de Bino,e assinalando o seu primeiro tento. Nafase final, igualou o marcador e quandose esperava um declínio do Corintians,seus jogadores lançaram-se à luta comgrande vigor e voltaram a marcar. Nãose entregou a Portuguesa diante do fei-to corintiano, e, queimando seus últimoscartuchos, venceram mais uma vez a vi-gilancia de Bino, estabelecendo novoempate. Daí em diante a peleja assu-miu proporções gigantescas, lutando oscontendores por obter a liderança nomarcador. Finalmente, o Corintians,por intermédio de Baltazar em oportunacabeçada, desempatou a peleja, elevan-do a contagem para cinco já nos instan-tes finais. Partida igual, ardorosamentedisputada, e vencida pela equipe queteve mais senso de coordenação c cwjosavantes melhor aproveitaram as oportu-nidades surgidas. Com essa vitoria oCorintians deu um passo quase decisivopara a conquista da taça JORNAL DOSSPORTS. pois hasta-lhe um empatefrente ao Botafogo, seu último adversa-rio, para sagrar-sc vencedor do Tor-neio.

OS MELHORES NAS DUAS EQUIPESNa equipe corinüana destacou-se o

trabalho do centro-medio Tougniftha,elemento que vem melhorando de jogoa jogo c danda ao seu quadro mais fir-

retaguarda lusa. Coube, a Baltazar assi-nalar dois tentos magníficos, ambos decabeça, e a Cláudio um outro, de ótimafeitura. Os demais, atuaram dentro dascaracterísticas que vêm mantendo, jo-gando com grande senso de conjunto e

máximo de en-esa brilharame Pinga I, por-

tando-se os demais com discreção.

Contra _ CASPA IMQUEDA DOS CA^ÍI^^

Não tem sübstitutol" w» 8USE E NÃO MUDE||_|||

y

MARCADORES

Para o Corintians marcaram; pela or-dem, Baltazar, Noronha, Cláudio, Balta-zar e Cláudio < Penal cometido por San-tos em Baltazar).

Nininho (2) e Pinga I marcaram ostentos da Portuguesa.

Santos cobrou uma penalidade máxi-ma contra o Corintians, mandando i>pelota para fora.

QUADROS, JUIZ E RENDA

O Corintians atuou com a seguinteconstituição: Bino; Nilton e Belfare;Idario, Touguinha e Hélio; Cláudio. Lui-zinho, Baltazar, Nelsinho (Edelcio) eNoronha.

A Portuguesa alinhou: Caxambú;Nino e Pedro; Santos. Brandãozinho eZinho (Hélio); Elisio, Renato (Pinga H)>Nininho, Pinga 1 e Valter (Renato).

O árbitro da peleja, foi o Sr. Rowley,que se conduziu a contento.

A renda atingiu a 255.647,00, apesardo mau tempo reinante.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 Página 3

M A R j O FILHO

0 TORCEDOR DE RADIODA PRIMEIRA FILA

icreve-me um "leitor assíduo" de Porto

Novo, cidadezinha de Minas, achando mu.to

interessante o "carinho" que eu dedico à per-

sonalidade do torcedor. E êle, que se assina A. H.

Oliveira, pede. entre outras coisas, que eu con-

tinue a bater-me pela concessão de uma cartein-

Jha dando livre ingresso em todos os campos a

amão, a Guimarães, a Chechéu. a Baiano. Eu -

acrescenta o "leitor assíduo" — não falo movido por

nenhum interesse. Aqui, em Porto Novo. eu não

Dreciso de carteirinha. Tenho um rádio. E ai esta;

o senhor bem que podia falar sobre os torcedores.

como eu. os que vivem a não sei quantos quilôme-

tros de S. Januário, da Gávea, de Álvaro Chaves e

de General Severiano. De Porto Novo ao Rio ha

uma distância exata, segundo os cálculos de estra-

da de ferro, de cento e noventa e do^ quilômetros.

A gente vê o jogo pela vos do "speaUer".

Antigamente não havia o torcedor do rádio.

Havia, porém, o torcedor dos recortes de jor-nais. Dos telegramas. O torcedor que tinha

de contentar-se com o laconismo dos sinais de Mor-

3e Ari Barroso foi assim. Êle ia cedo. toda segun-

da-feira. ã estaçãozinha de Ubá. para saber se o

Fluminense vencera. Porque antes de ser Flamen-

go, Ari Barroso foi Fluminense. E um Fluminense

fanático, colecionador de fotografias, de crônicas, de

escudos. Um dia um amigo rabiscou-lhe uma carta

avisando que tinha visto uma fotografia de Marcos,

uniformizado, sem a fitinha roxa. "Eu acho — es-

clnrecia o missivista — que se trata de uma curió-

s :ade histórica. Marcos de Mendonça chegou atra-

sado ao campo ou se esqueceu de enrolar, em vol-

ta da cintura, a fitinha roza. A explicação, aliás,

pouco importa. O certo é que, por cinco mil réis, es-tou disposto a desfazer-me de tal preciosidade fo-

tográfica". Ari Barroso não teve dúvida. Mandou,

pela volta do corrêa. uma nota de cinco mil réis em-brulhada em papel de seda. E quando chegou a fo-tografia de jornal, de Marcos sem a fitinha roxa, êle

a andou mostrando a todo mundo. Com um orgu-lho intimo. Profundo.

O

torcedor do rádio é um produto da civili-zação. Do Progresso. Com P grande. AmadorSantos, o primeiro

"speaker" esportivo, an-

dou preparando o caminho para Gagliano Neto e AriBarroso. Eu sei, todos sabem o que é torcer pelorádio. Quem não andou torcendo pelo rádio por oca-

sião do campeonato do mundo? Gente que nunca se

preocupara com futebol descobriu, de um momento

para outro, uma vocação irresistível de torcedor. Uma

senhora — eu não preciso dizer o nome dela —• mecontou que. quando o Brasil enfrentou a Polônia,ela estava de cama, com febre e calefrios, embru-

lhada em cobertores. Uma semana depois o Brasilenfrentou a Tchecoslovaquia. Zezé Procopio sai decampo. Machado é expulso. Ela. já boa. não teve

dúvida. Mateu-se na cama, embrulhou-se em co -

Lertores. Para dar sorte.

Aqui,

em Porto Novo — estou lendo a cartado "leitor assíduo" — também temos um Ale-mão, um Guimarães, um Chechéu. Mas de rá-

dio, já se vè. Um deles se chama Alcides e outro se

chama Tampinha. Alcides torce pelo Fluminense eTampinha pelo América. Ambos são humildes ope-

rãrios e trabalham nas oficinas da Leopoldina Rail-way. Tampinha, certa ocasião, morava a doze qui-lõmetros da cidade. Eu ia dizer: a doze quilômetrosdo rádio, pois onde êle morava não havia nem luz.Foi num dia em que o Flamengo jogava com o Amé-rica. O América não podia aspirar ao título. A par-tida, porém, despertava interesse aqui. Se o Fia-

meng» perdesse, a tabela sofreria uma modificaçãoíêria. Amanheceu chovendo. Uma chuva de cidadedo interior. Cheia de lama. Eu vi Tampinha chegarmolhado até à alma. Todo enlameado. E o vi, tam-¦¦ém, ficaar ao lado do rádio, sem pensar em maisnada, a não ser em futebol e no América".

sistir a jogos do Fluminense. Com uma antecedên-cia de vários meses o Alcides fica consultando a ta-bela. Escolhendo urna partida com cuidado meti-culoso. Dizendo: "esta não vale a pena". Ele semprese resolve por um Fla-Flu. E quando toma o tremo último olhar dele é para o Tampinha, que nãodeixa de ir ã estação, cheio de inveja, remoendo-se

por dentro, porque não teve força de vontade bas-tante (jara juntar dinheiro".

-O—

fi  carta que eu recebi conta outra do Alcides:fS "A senhora do Alcides estava para ter cri-

anca. Uns três meses antes êle anunciou aosamigos que, "se fosse homem, o menino receberiao nome de Batataes". Os entendidos daqui cairamem cima do Alcides. Batataes era um apelido. O no-

me de Batataes sendo Algisto. "Eu sei que Batataesse chama Algisto — disse o Alcides, com a cara mais

grave deste mundo — Mas Algisto não é nome de jjogador de rutebol". Então os amigos de Alcides vie-ram com a historia de que "talvez" a criança não jfosse menino, e sim menina. Até agora a senhora do jAlcides só teve meninas. "Pois menino ou menina— o Alcides acalorou-se — menino ou menina "êle"

se chamará Batataes. E eu "o" levarei ao Rio, apro- jveitando as vésperas de um Fla-Flu, naturalmente,

para que Batataes seja o padrinho". De uma cajada-da só êle mataria dois coelhos: assistiria ao Fla-Flue batizaria o filho".

"O Alcides — ainda continua a carta do "lei-

f) tor assíduo" A. H. de Oliveira — é mais tor-cedor do que o Tampinha. Êle junta dinheiro,

«pertando o cinto, fazendo economia de tostão, pa-ra òõdèr ir, uma ou duas vezes por ano, ao Rio, as-

Automobilismo

A ATRAÇÃODA VELOCIDADE

Recordes insiiocrados desde 1920- A maneira mais econômica de co-nhecer terras estranhas - As corri-das e os acidentes.

0Embora os psicólogos não o tenham definido .existe sem dú-

vida um instinto fundamental que impele a certos jovens de ume de outro sexo a dedicar-se ao esporte do motociclismo. Paraaqueles que não sentem atração ou entusiasmo para esta classede esporte, a motocicleta parece um mecanismo diabólico, incô-modo o mortífero. Mas para o aficionado, todos os demais meiosde locomoção carecem de atrativo.

Corno todos os que têm alguma predileção esportiva, os mo-toeicli.Hl.ns entusiastas são amigos de organizar-se em clubes ondepossam reunir-se e comparar notas e fazer planos para futuras

! competições. Nos Estados Unidos, o maior número de amantesdo esporte de mQjfcociclismõ se encontra talvez nos Estados doOeste e no Meio-Oeste. onde o ciclismo é mais propicio e as es-tradas mais retas. Os membros desses clubes usam freqüente-mente uniformes, distintivos ou insígnias, e não é raro viajaremem grupos de 20 a 30. Durante as ferias de verão, as excursõesem motocicletas se estendem a outros Estados e através daimensidão e da beleza dos parques nacionais.

As viagens de um lado a outro do país são bastante comuns,e alguns dos mais intrépidos motociclistas se aventuraram àsregiões do noroeste até Alasca, na direção do sul, através dafronteira mexicana, até alguns paises da América Central e ainda

j da América do Sul. Embora um turista que viaje de motocicleta

A *arta fala, também, em torcedores de rã

7 dio superticiosos. Eu contei o caso daquela se-nhora que, tendo o Brasil vencido o jogo com

a Polônia com ela debaixo dos cobertores, se sen-tiu na obrigação de meter-se debaixo dos coberto-res quando as coisas ficaram pretas durante o en-

contro Brasil e Tchecoslovaquia. O "leitor assíduo"

refere-se a torcedores que, tendo rádio em casa,

acham que o ládio do vizinho é o que dá sorte. Em

dia de jogo eles vão fazer visita, chegando logo de-

pois do almoço, para que não se pense que a inten-

ção foi outra. A de filar a comida, por exemplo.

Aliás o vizinho conhece a verdade. E experimenta

uma satisfação danada em possuir um rádio "porte-

bonheur".

Donga,

o autor do "Bambo de bambu", tam-bém é um torcedor de rádio. Ele, em dia de

jogo do Fluminense, fica mexendo com o"dial". Se o Fluminense está vencendo, tudo vai bem.

Donga gruda o ouvido ao alto-falante. Querendo ou-

vir mais de perto para "ver" melhor. Quando o Flu-

minense está perdendo Donga fecha o rádio. Mas

não se afasta do aparelho, que emudeceu. Êle, ape-

nas, espera um pouco. F. depois, de novo, liga o con-

trole de volume, de vagar, com a paciência de um

jogador do pôquer que "chora" uma carta pedida

de meio. A voz aparece de novo. Clara. Tim passa

para Carreiro. Carreiro para Tim. E com que an-

siedade êle ouve o "speaker" anunciar o score! Don-

ga fechara o rádio para dar tempo a que o Flumi-

nense fizesse um goal. Um goal de varinha de con-

dão. Que tivesse ido parar no placard sem ninguémsaber comi/.

¦ m¦ ¦¦¦ -v'SjS

Heitor

Luz, um benemérito do América, es-tava de cama, à morte. E manda um recado

para Ari Barroso. Dizendo que, como êle sou-bera que nenhum "speaker" ia irradiar o jogo Amé-

rica e Vasco — era em 39 — e como êle talvez nun-

ca mais assistisse a uma partida de futebol, Ari

Barroso lhe poderia fazer um grande favor. "Irra-

die o match América e Vasco. Para eu escutar". Ari

Barroso atendeu ao apelo. Foi para Campos Sales,

E Heitor Luz ficou em casa, com o rádio ligado pa-

ra a Cruzeiro do Sul, pois Ari Barroso ainda anda-

va pela estação da Cinelândia. A voz de Ari Barro-

so anunciou a saida de Plácido de campo. E, de re-

pente, grita: "Plácido volta! Com o brafro enfai-

(Conclue na pagr. 12)

! possa cobrir mais de mil quilômetros num dia, uma jornada me-i nos pesada e mais comum cobre somente uns 700 quilômetros.; A maioria das motocicletas fabricadas nos Estados Unidos são; capazes de levar dois passageiros e, podendo viajar mais de 25i quilômetros com um quarto de galão de gasolina, a motocicletai prove um meio muito econômico de transportes.

Há muitas modalidades de competições no esporte do moto-ciclismo. As corridas têm lugar geralmente em pistas circularesque se usam nas ferias campestres para corridas de cavalos.As mais espetaculares são as corridas de obstáculo, as corridasde campo atravessado e as de costa acima. As corridas sobrepistas assoalhadas, que outrora foram muito populares, foramsuspensas ultimamente por terem sido consideradas demasiadoperigosas. Quase todas as corridas são realizadas sob o patro-cinio da Associação Americana de Motociclistas. Num só ano aAssociação autorizou até mil diferentes carreiras, nas quais par-ticiparam mais de 30.000 concorrentes. A Associação publica asua própria revista com noticias de interesse para os sócios eadeptos. As pistas de corrida mais famosas da nação se achamsituadas nas firmes praias de Daytona Beach, Flórida, em Lang-horne. Estado de Pensilvania, e em Springfield. Estado de Illi-nois. A mais importante prova anual que tem lugar em Dayto-na Bsach é feita sobre uma pLsta de 200 milhas (320 quilômetros)e atrai ao local milhares de espectadores de todas as partes dosEstados Unidos.

Alguns dos mais destacados motociclistas estabeleceram re-cords que datam desde 1920 e que por muitos anos não foramsuperados. Os mais antigos corredores, especialmente Ralph Hep-burn e Jchnny Seymour, foram homens dotados de extraordi-naria perícia e que desprezavam o perigo. Hepburn correu sobreuma pista de terra de uma milha (1. 81 quilômetro em 39 segun-dos e 35 centésimos de segundo — um record que só foi supe-rado uma vez, sobre uma pista mais rápida e mais segura, e comuma máquina mais moderna. Seymour manejava as máquinascom o acelerador completamente aberto, reduzindo apenas ligei-ramente a velocidade nas curvas. Oito dos records estabelecidaspor ele entre 1920 e 1925 não foram ainda superados, emboradezenas de milhares de corredores, com máquinas modernas ecorrendo sobre pistas melhores, o tenham procurado.

Apesar do arrojo dos concorrentes às grandes provas, os aci-dentes não são mais numerosos que os oue acontecem numapartida de football. Corredores experimentados são vistos depoisde uma queda, motivada por uma derrapada enquanto correma uma velocidade de 160 ou maLs quilômetros a hora, se levan-tarem e saido da pista andando como se nada lhes houvesseacontecido. O fato de que se presencie muito poucos acidentesgraves, se deve principalmente aos regulamentos e ao sistemade classificação dos concorrentes, estabelecidos pela Associaçãode Motociclista* O- clubes concorrem para a segurança dos par-

(Conclue na pag:, 15)

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Página 4 Sexfa-fe/ra, IO de fevereiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

HISTÓRIA DO CAMPEOJMATO RR ASILE IRQ ( V )

Ve CARLOS ÁREAS

TEAM DO VASCO, EN-TADO DE MUNDINHO,

GARANTIU A CLASSIFI-CAÇÃO DERROTANDO OSMINEIROS NOS DOIS JO-GOS SEMI-FINAIS -EA RE-VELAÇÃO MANECO GA-R.ANTIU O TÍTULO MÁXl-MONA FINALISSIMA COMOS PAULISTAS - OS NÚ-í\ ÍEROS GERAIS DO CER-\ã

Finalmente chegamos ao último cios cam-peonafcos brasileiros disputados, o 19-", queteve 6'cu inicio em 1946, desenvolvendo-senes.e mesmo ano até as semi-finais em de-üembio. Nessa altura, devido á imperiosa ne-uessidade em que íicou a Federação Metro-politana de prolongar a sua temporada de-vido; ao empate entre o Fluminense, o Fia-mengo, o Botafogo e o América, o que tornouobrigatório um super-campeonato que tcrmi-nou com a vitoria dos tricolores, o Campeo-nato Brasileiro foi suspenso com o acordo dospauústas, ficando a competição finalista parao mês de março de 1947. Um detalhe inte-réssáhte, com relação à participação dos ca-riocas no último certame, foi o desdobramen-to da sua representação. Para os jogos semi-finais com os mineiros, devido à situação docampeonato carioca, a F.M.F. resolveu nãoconvocar para o scratch os jogadores dos qua-tro grandes clubes que estavam habilitadospara o- título de campeão — e que acabaramempatando como frisamos acima — entregan-do ao team do Vasco, então quinto colocadorio certame da cidade, a representação dofootbali carioca. Apenas como o zagueiro Ra-fanelli era estrangeiro, não podendo assim in-tegrar o scratch carioca, entrou em seu lugarMundinho, do São Cristóvão.UMA VITORIA FÁCIL NO PRIMEIRO JOGO

O primeiro jogo dos cariocas no campeo-nato de 1946 teve lugar no campo do Botafogono dia 1.° de dezembro, contra os mineiros.Marcaram então os cariocas uma vitoria fácil,por 8x3. Na primeira fase o placard ficou em3x2 apenas, goals de Isaias, Djalma, Ismael(Minas), Jair e Paulo (Minas). Na fase final,porem, os cariocas decidiram em poucos mi-nutos a partida, elevando o placard para 7x2,com goals de Djalma, Jair e Chico (dois se-guidos). Cecy marcou o terceiro tento dosmineiros e Lelé encerrou a contagem domatch. Os teams formaram assim:

CARIOCAS — Barbosa; Augusto e Mun-dinho; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Lele,Isaias, Jair e Chico.

MINEIROS -— Kafunga: Pescoço e Canho-to; Mexicano, Calango <? Silva; Lucas, Ismael.Cecy, Paulo e Nivio.

"DURO" O SEGUNDO JOGOO segundo encontro foi disputado em

1

Luiz Borracha saí do areo para a de fgía, frustrando a investida de Cláudio

campo neutro, em São Paulo, e decorreu bemdiferente do primeiro. -Os cariocas voltarama vencer, não há dúvida, mas apenas por 2x1.O primeiro tempo terminou com a vantagemdos metropolitanos por 1x0, goal de Chico.Na segunda fase Jair aumentou para 2x0, masCecy acabou reduzindo a diferença para ofinal de 2x1.

O team carioca formou assim: Barbosa —Augusto e Mundinho -- Ely, Danilo e Jorge —Djalma, Lelé, Dimas, Jair e Chico.

O quadro mineiro foi este: Mão de Onça—. Pescoço e Bibi — Adelino, Didi e Silva —Lucas, Ismael, Cecy, Paulo e Nivio.

Com essas duas vitorias sobre os minei-ros, os vascainos de 1946, com o enxerto deMundinho, garantiram a classificação da Fe-deração Metropolitana para a tradicional eom-petição finalista com os paulistas.OS PAULISTAS PRECISARAM DA PRORRO-GAÇÃO PARA ELIMINAREM OS GAÚCHOS

Embora podendo apresentar desde logo osseus melhores jogadores, os paulistas acaba-ram vivendo um drama mais forte que os ca-riocas na semi-final com os gaúchos. Assimé que a primeira peleja, disputada no Pa-caembú foi também fácil para os bandeiran-tes. Três a zero no primeiro tempo e cincoa-zero ao final, com goals de Lima (2). Tei-xeirinha, Pinga e Nininho. Os teams foramestes:

PAULISTAS — Gijo; Piolim e Sapoleo;Ruy, Bauer e Noronha; Cláudio, Lima, Nini-nho, Pinga e Teixeirinha.

GAÚCHOS — Júlio; Joni e Nena; Laert,Touguinha e Abigail; Tesourinha, Cabano,Adãozinho, Saladura e Carlitos.

No segundo jogo, porem, aqui no Rio, noestádio de São Januário, a coisa mudou mui-to. Chovia intensamente no dia do jogo (8 dedezembro de 1946) e os gaúchos começarammandando no jogo de forma a marcarem logoa vantagem de 3x0, com goals de Adãozinho,Tesourihha e Hugo. Reduziram os paulistasa diferença com dois goals de Cláudio e Pingae o primeiro tempo terminou com o score de3x2 para os gaúchos. Na segunda etapa Hugofez 4x2 para os gaúchos, e Noronha e Pingaempataram para os paulistas. Mas Adãozinhomarcou o 5.° goal dos sulinos e o tempo re-gulamentar terminou com a Vitoria dos gau-

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Qberáan defende num salto espetacular assediado por Ma"'co (a revelação da finalissima de março de 47) e Chico

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 Página 5

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111

ehos por 5x4- Vel° a P^ros^ã0 P9** a de~

cisão do encontro e então Teixeirinha mas-

C0U o tento final dos paulistas, que garantiu-

mes a classificação para as finais de março

com os cariocas. Os teams formaram assim

nesse prélio:PAULISTAS — Gijo; Piolim e Sapoleo;

ruv, Bauer e Noronha; Cláudio, Lima, Nini-

nho. Pinga e Teixeirinha.GAÚCHOS — Júlio; nena e Joni; Laertc.

Touguinha e Abigail; Luizinho. Tesourinha,

Adãozinho, Hugo e Margarida.

VENCEDORES OS PAULISTAS NA PRIMEIRAPARTIDA FINALISTA

Suspenso o certame durante os meses de

janeiro e fevereiro de 1947, a competição fi-

nalista entre paulistas e cariocas teve a sua

Sprimeira partida da -melhor de três" tra-

dicional, disputada no dia 8 de marco, no Pa-

caembú, O.s paulistas levaram então a melhor

pela ampla contagem do 5x2. GobIs de Ser-

vilio. Heleno, Servilio, Norival (contra). Clau-

dio. Ademir e Servilio. João Etzel foi o juiz

e os teams formaram assim:PAULISTAS — Oberdan: Caieira e Do-

mingos; Ruy, Bauer e Noronha; Cláudio, Li-

ma. Servilio, Remo c Teixeirinha.CARIOCAS — Luiz; Norival e Augusto;

Biguã,. Danilo e Jaime: Pedro Amorim, Ade-

mir, Heleno. Orlando e Rodrigues

TRÊS A DOIS PARA OS CARIOCAS NA SE-GUNDA PARTIDA - A REVELAÇÃO

MANECO

Quatro dias depois, no dia 12, voltaram a

medir forças as dois grandes rivais e desta

vez aqui no Rio, em São Januário. Os pau-

listas apresentaram o mesmo team que havia

vencido no Pacaembú, ou seja: Oberdan

Caieira e Domingos - - Ruy. Bauer e Noronha- Cláudio, Lima, Servilio, Remo e Teixeiri-

nha. E òs cariocas surgiram alterados, com a

substituição de Norival, Biguã, Jaime, Orlando

t Rodrigues. O quadro formou assim: Luiz —

Augusto e Haroldo — Ely, Danilo e Jorge —

Amorim, Maneco, Heleno, Ademir e Chico.

Mario Vianna foi o juiz e o primeiro tempo

terminou igual em 2x2. Ademir abriu o score,

Teixeirinha igualou e Lima marcou o segundo

dos paulistas. Mas o novo empate não demo-

rou em um goal de Maneco, o endiabrado

meia do América, que se destacou sensacio-nalmente nessa peleja. No inicio do segundo

tempo Oberdan defendeu -sensacionalmente

um penalty de Noronha em Amorim, que foi

cobrado por Heleno. Mas coube ainda a Ma-

neco marcar o terceiro tento dos cariocas, queseria o da vitoria por 3x2.TRT-CAMPEÕES OS CARIOCAS - ¦ QUATRO

A UM NA PELEJA FTNALÍ9SIMANo dia 1G de março, novamente em Sao

Januário, indicado por sorteio, os cariocas vol-taram a vencer e desta feita por um escoremais amplo; 4x1. João Etzel foi o dirigenteda pugna, e os quadros formaram assim:

CARIOCAS — Luiz; Augusto e Haroldo;Ely, Danilo e Jorge; Pedro Amorim. Maneco.Heleno, Ademir e Chico.

PAULISTAS — Oberdan; Caieira e Do-

mingos: Og Moreira, Ruy e Noronha; Clau-

dio, Lima, Servilio, Remo è Teixeirinha.Na primeira fase os cariocas marcaram a

vantagem de 1x0, com um goal de Chico. Nosegundo período Servilio empatou em^ lxl.Mas logo Maneco, em outro dia de atuação es-

petacular, marcou três tentos para os cario-cas, construindo assim o placard final de 4x1,

que deu aos cariocas o tátulq de campeõesde 1947-. Assim sendo, os cariocas conquista-

¦janww*—aamianaiii» mi mmmmmmmmmawmm miinni~miiTni-rmnrrmrrr~~ rrr~~~~~~~T. "'" "Il""""1""" "

1 éaã10) — Uma

visão grandio-| sa de São Ja-

nuario na fi-

nalíssima de

1947. Oberdan,Heleno, Ma-

neco, Caieira,

Og e Noronha,alem do juizJoão Etzel,aparecem emação, enioldu-rados pelamultião com-pacta que vi-brou cora oespetacular 4

I !al dos cario-Si í

! cas inales-cas.

ram nessa ocasião o seu segundo tri-campeo-nato brasileiro, repetindo o feito de 1938-1939-1940.

OS PLACARDS DO CERTAMEForam estes os placards gerais do Cam-

peonato Brasileiro de 1946-1947:Amazonas x Guaporé — 1.° jogo: Ama-

zonas, 5x0; 2.° jogo: Amazonas, 9x0.Maranhão x Piauí — 1.° jogo: Maranhão,

4x2; 2.° jogo: Maranhão, 5x1.Rio Grande do Norte x Paraíba — Io jogo:

Paraíba, 3x1; "2.°

jogo: Rio Grande do Norte,6x0. Prorrogação: Rio Grande do Norte. 1x0.

Alagoas x Sergipe - 1° jogo: Sergipe,1x0: 2.° jogo: Alagoas, 1x0. Prorrogação:Alagoas, 1x0. , _ .

Espírito Santo x Estado do Rio — 1.° jogo:Estado do Rio, 2x0; 2..° jogo: Espirito Santo,

2x1 Prorrogação: J2spírito Santo, 1x0.Paraná x Santa Catarina -- 1.° jogo: Em-

pate, 2x2; 2..° jogo: paraná W.O.Mato Grosso x Goiaz - 1.° jogo: Mato

Grosso, 3x0; 2.° jogo: Empate, lxl.Pará x Amazonas — 1. jogo: Pará. 3x0;

2-° jogo: Amazonas. 2x1. Prorrogação: Pa-

rá, 2x1.Maranhão x Ceará -- 1.° jogo: Maranhão,

4x3; 2.° jogo: Ceará, 3x1. Prorrogação: Ma-

ranhão, 1x0.Pernambuco x Rio Grande do Norte —

1° jogo: Pernambuco, 5x1; 2.° jogo; peruam-

buco, 6x3.Baia x Alagoas — 1.° Jogo: Baia, 5x2;

2.° jogo: Baía, 1x0.Rio Grande do Sul x Paraná — 1.° jogo:

Paraná, 4x2; 2.°^ jogo: Rio Grande do Sul.

5x0. Prorrogação: Rio Grande do Sul, 3x2.Minas Gerais x Mato Grosso — 1° jogo:

Minas, 10x1; 2.° jogo: Minas, 6x0.Maranhão x Pará - 1° Jogo: Maranhão,

2x0; 2.* jogo.: Pará, 2x1. Prorrogação: Mara-

nhão, 1x0.Baía x Pernambuco — 1.° jogo: Pernam-

buco, 2x1; 2.u jogo: Baía, 2x1. Prorrogação:

Baia, 1x0.Minas x Espírito Santo - 1.° jogo: Minas.

4x2; 2.° jogo: EJspírito Santo, 2x1. Prorroga-

ção: Minas, 1x0.Rio Granée do Sul x Baia — l.° jogo:

Rio Grande do Sul, 2x0; 2.° jogo; Rio Grande

do Sul, 4x0.Minas x Maranhão - 1.-°. jogo: Minas,

6x4; 2.° jogo: Maranhão, 7x3. Prorrogação:

Mlna- 3X0' (Conclue na pag. dupla)

—*

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\ seleção carioca campeã de 1946. De pé estão Johnson(massagista), Luiz, Ely. Augusto, Jorge, Danilo e Haroldo.Abaixados: Pedro Amorim, Maneco, Heleno, Ademir, Chico

e Mario Américo (massagista)

BHk-4Sffi.lH.I.HHHaBR^a«tSl^^B<y ^^ísc-Sí^ff S^S^^mmWÊÊm^SêêêSsSp^-

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Kafunga, o "keeper" mineiro .afasta de soco a bola, numa en-fIirada do falecido Isaias, comandante do scratch carioca ^j

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Página 6 Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1951i ¦ __••¦_—»—"———— ___——_¦

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GEKNHARDT — o homem do.,'sete instrumentos" do Rapid, deViena — num desenho do leitorEurípedes Carlos da Silva, de be-•"aba, Minas.

FREITAS CABRAL — ESTA-JAO DE MAGALHÃES BASTOS_ PIO — 1) — Dos cracks italia-nos do Torino que atuaram em SãoPaulo não escapou nenhum no trá-gico desastre de Superga. — 2) —O quadro do River na sua tempo-rada de dezembro de 1946 em SãoPaulo foi este: Soriano — Vaghi eRodriguez (Kelly) — Ynoono —Ongaro e Ferrari (Ramos) — Mu-aoz — Moreno (Baez) — Di Ste-fano (Martinez e Pederneiras) —Labruna (Coll) e Lostou. — 3) —O do Boca na sua temporada de ja-neiro de 1947, também em São Pau-Io. foi este: Vacca — Marante e DeSorzi (Perccinio) — Sosa (Vilano-va) — Lazzati e Pescia — Boyé (Oli-vero) — Corcuera — Sarlanga —Vasquez (Lorenzo e Ferrari) e Pin.— 4) — Os jogos do Aguada, cam-oeão uruguaio: de basquete, nesta.apitai, em março de 1949, oferece-•am estes placardes: Io — Aguadail x Tijuca 48; 2o — Aguada 30 x.tlética Grajaú 24; e 3o — Flamen-o 50 x Aguada 37. — 5) — ínfè-emente não podemos auxiliá-lo

ias fotografias.

JOSÉ EURiCO RUSCHI — VI-TÓRIA — ESP. SANTO — 1) —Não houve esse casamento a que osenhor se referiu. — 2) — O Bo-tafogo nos jogos com o Fluminensetem 24 vitórias contra 37 dos tri-colores e 24 empates. Nos jogos como Vasco o Botafogo tem 12 vitóriascontra 22 dos cruzmaltinos e 19 em-pates. Nos jogos com o Flamengo oBotafogo tem 27 vitórias contra 29dos rubro-negros e 17 empates.

AOS LEITORES EM GERAL —O leitor Ailton Pinto Alves tem pa- ¦ra vender a quem interessar umacoleção encadernada de O GLOBOSPORTIVO (em cinco volumes)desde o número um até o primeirode janeiro deste ano de 1950. O en-derêço é rua dos Pinheiros, 116 —apartamento 5. São Paulo — Capi-tal ou, a partir do dia 12 de feve-reiro: rua Moros, 852 — Alto de Pi-nheiros — São Paulo — Capital.

EDUARDO DE SOUZA —UBERLÂNDIA — MINAS — 1) —Job Rodrigues de Souza é o nomepor extenso do zagueiro flamengo.Tem apenas 22 anos. — 2) — Ober-dan Cattani, o arqueiro que vemde reaparecer no Palmeiras tem 30anos e nasceu em Sorocaba. — 3)— Antônio Cordeiro é pernarnbu-cano e Ari Barroso, mineiro deUbá. — 4) — Jogadores mineirosem São Paulo, são: Remo e Mauro,no São Paulo F. C: Nilton, no Co-rintians; Mexicano e Abelardo, noPalmeiras. No Rico número é

DO LEITORCARLOS ARÊAS

maior, pois, temos Bigode, no Fia-mengo; Geninho, Juvenal, Gerson,Baiana e Braguinha, no Botafogo;Dimas, no América; Luís Borracha,Pinguela e Ismael, no Bangu; Hele-no, no Vasco. etc. — 5) — Rejeita-do o seu desenho do falecido trei-ridòr do São Paulo, Joreca-

—o—

PAULO HENRIQUE CAVAL-CAJMTI — TIJUCA — RIO — 1)— O arqueiro Robertinho que foido Fluminense está no Santos; Si-mões está no Bangu; Leonidas noSão Paulo; e Batatais abandonou ofutebol cor enfermidade. — 2) —

Oo tem 30 vitórias, o Flu-.__e 28 e registavam-se 30 em-

pates, nos Fla-Flu de campeonatosdesde 1912. — 3) — As idades pe-didas são: Castilho 22 — Píndaro24 — Carlyle 23 — Orlando 26 eRodrigues 24. — 4) — Rejeitados

CASTILHO — o arqueiro do Flu-minense — num desenho do leitorJúlio Sintas Pinto, desta capital.

os seus desenhos de Orlando e Bi-gode.

—o-

JOE1 CAB — ESTAÇÃO MAGA-LHÃES BASTOS — RIO — 1) —Os nomes pedidos são: José Gonçal-ves da Silva (China) — Remo Jan-nuzi (Remo) — Savério Romano(Savério) — Elísio Santos Teixei-ra (Teixeirinha) — Rui Campos —Alfredo Eduardo Noronha — Pe-dro Simão — Mário José Murilo(Murilinho) — Alfredo Moura (Me-xicano) — Geraldo dos Santos (Lê-ro) — Antônio Starling (Tonho) —José Furtado do Monte (Zé do Mon-te). — 2) — O torneio do Atlãnti-co não foi mais disputado desde 1947quando estiveram em Montevidéu, oVasco e o Palmeiras. — 3) — Nãosenhor. Fora da "Roca" e da "Rio

Branco" o Brasil não disputa com-petições regulares com outros pai-ses. Esteve em cogitações a taça"Presidente Vargas" com o Paraguai,mas não foi avante porque o "bal-xlnho" foi deposto pouco depois dosprimeiros entendimentos.

—o—

ALFREDO OTO — NITERÓI —ESTADO DO RIO — 1) — Deve teracontecido com o seu desenho aeBiguá o seguinte. Nós sempre pro-curamos facilitar aos leitores a pu-blicação dos bonecos e daí o separar-mos às vezes desenhos que intima-mente reconhecemos não estaremmuito bons, mas apenas passáveis.Depois, porém, quando a fila dos"separados" cresce muito, nós faze-mos uma revisão com maior rigor eaí.os que não são considerados emcondições "sobram". O seu Biguádeve ter sido rejeitado, depois da

primeira aceitação, nesse segundoexame. — 2) — Argemiro emborativesse passe livre do Vasco não vol-tou mais jogar por nenhum clubeoficial. Maracaí esteve por últimono Santos F. C. e depois não maissoubemos dele. Quanto a Alarcon eColeta, também, depois que retor-naram a Buenos Aires, não tivemosmais informações sobre os mesmos.

3) — As colocações do Canto doRio nos campeonatos de profissio-nais da cidade têm sido estas: 1941

7o, junto com o América e àfrente do São Cristóvão e do Bon-sucesso; 1942 — 8°, à frente do Ban-gu e do Bonsucesso; 1943 — 9°, àfrente apenas- do Bonsucesso; 1944

6°, à frente do Madureira — Ban-gu — São Cristóvão e Bonsucesso;]945 — 70. à frente do Bangú, Bon-sucesso e Tv.adureira; 1946 — 7", àfrente do Bangu, Madureira e Bon-sucesso; 1947 — 8°, à frente do Ban-gu, São Cristóvão e Bonsucesso;1948 — 7o, à frente do Bonsucesso,Olaria e Madureira; e, 1949 --- 11°,(lanterna). — 4) — Rejeitado o seudesenho de Juvenal, mas o de Jairficou na fila para publicação opor-tunamente.

—o—ALFREDO LUNKMOSS UET —

CURITIBA — PARANÁ — 1) — Oquadro brasileiro que venceu a Co-pa Rio Branco de 1932 formou as-sim: Vitor — Domingos e Itália —Agrícola — Martim e Ivan — Vál-ter — Paulinho — Gradim — Leô-nidas e Jarbas. — 2) — O primei-ro campeonato brasileiro oficial foidisputado em 1923, tendo como cam-peões os paulistas, com este time: —Primo — Clodoaldo e Bartô — Sér-gio — Amilcar e Artur — Neco —

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H em*HEuANO — o cenfer-foruia/d

vascaino — num desenho do leitorReincido Maurício Rocha, de Pira-porá, MinasHeitor — Friedenreich — Tatu eFeitiço. — 3) — Não temos as re-lações completas como o senhor pe-de dos jogos do Vasco com todos osclubes do Rio e da Portuguesa deDesportos com todos os clubes deSão Paulo. — 4) — Não dispomosde números atrasados.

DINIZ BONILAURI -- CURITI-BA — PARANÁ — As caricaturas deLeonidas e Lorico foram rejeitadas.O desenho de Chico Landi, porém,será aproveitado.

ELIZARDO LEUTPRECHT —JARAGUA DO SUL — SANTA CA-TARINA — 1) — Os endereços pe-didos são estes: Jabaquara, de San-tos, rua general Câmara, 8; BocaJuniors (de Buenos Aires), a l m I-rante Brown 967; River Plate (deBuenos Aires) — Sulpacha 574.

O GLOBO SPORTIVO

HELVÉCIO A. FAUSTIN1 — VI-TÓRIA — ESP. SANTO — Rejei-tados os seus desenhos de Jair —Barbosa — Biguá — Gringo — Ada-mir e Jaime. Aproveitados apenasos de Mirim e Orlando, do Flumi-nense, que ficaram na fila para pu-blicação oportuna.

SÉRGIO DIAS — RIO DE J.,„NEIRO — Rejeitados os seus dese-nhos do zagueiro Rafaneli. do Ban-gu, do ponteiro Paraguaio, do Bo-tafogo e do veterano médio Filiola.

FLAVIO VIERO — ERECHIM— R. G. SUL — Na fila para publi-cação o seu desenho do qenter Grin-go, do Flamengo

—o-

JORGE WASHINGTON DE OLI-VEIRA FILHOCONQUISTA —Fluminense tem19 do Vasco e 9jogos oficiais de

—- VITORIA DABAÍA — 1) — O25 vitõriss contraempates, nos seuscampeonato desde

1923. que foi quando o Vasco su-biu à Primeira Divisão. — 2) — Osnomes dos jogadores atuais do Flu-minense são: Carlos José CASTI-LHO — PÍNDARO Possidente Mar-coni — João Batista Carlos PINHEI-RO — VALDIR Silva — EMILSONPessanha — MÁRIO Faria — FLÁ-VIO Monteiro — Antônio Machn-do de Oliveira (PÉ DE VALSA) —Vâlter Goulart da Silveira (SANTOCRISTO) — Valdir Pereira (DIDI)

CARLYLE Guimarães CardosoORLANDO Azevedo Viana —

Francisco RODRIGUES — AmadeoVegani (SILAS) — José Pereira daSilva (109). — 3) — O Sãc Paulofoi campeão bandeirante nos anosde 1931 — 1943 — 1945 — 1946

1948 e agora em 1949. — 41 —Santos foi campeão apenas uma vez,em 1935-

O—

RAMON DA SILVA — NITE-RÓI — E. DO RIO — O Vasco daGama foi campeão da cidade nosanos de 1923 — 1924 — 1934 —1936 —- 1945 (invicto) — 1947 (in-victo) e 1949 (invicto).

SÉRGIO DIAS — DISTRITOFEDERAL — 1) — Os "scores" doBrasil no campeonato Sul-America-no de 1919 foram estes: Brasil 6 xChile 0 — Blasil 3 x Argentina 1— Brasil 2 x Uruguai 2 e Brasil 1x Uruguai 0 (match desempate dotitulo) — 2) — O "scratch" cam-peão foi este: Marcos — Ptndaro eBianco — Sérgio — Amilcar e For-tes — Milon — Neco — Frieden-reich — Heitor e Arnaldo,

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ORLANDO — o meia esquerdatricolor — num desenho do leitorDauro Bricio, de Vitoria, EspiritoSanto

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 Página 7

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00 METROS -..99. -"3

E' talvez, a prova dos 400 metros com

barreira a que tem a historia mais curta nos

anais do atletismo. Se bem que o primeiro"record" mundial data de 1900, em troca, sô

se praticava essa prova nas olimpíadas. Não

chegou à popularidade com a rapidez das de-

mais e muito lentamente os vários paises em

que se praticava o atletismo a adotaram

como uma das suas provas nos campeonatos

internos ou internacionais. No que diz res-,

peito ao "record" mundial, tem melhorado em

muito, embora de tempo em tempo, e de 57"G

que foi a primeira marca conseguida porTewskury, deu um extraordinário salto para50"6, por intermédio de Glenm Harding cm

1934.

No que toca á curva evolutiva dos resul-tados nas diferentes olimpíadas, podemosafirmar que também é um das curvas queapresentam mais quebras, o que deixa entre-

ver a diferença que existiu entre os cultoresdessa prova.

Quanto aos ganhadores podemos obsec-var õue desde as Olimpíadas de Paris, eraMM we íoi a primeira vez que se disputouessa inova, ate a de Berlim, cm 193G, so em

ciuís oportunidades os representantes dos E,s-tados Unidos não foram os vencedores: enl

19Í8 oas Olimpíadas de Amsterdam, e em

S, nís Olimpíadas de Los Angeles ondeo irlandês S. Tiisdal correu a distancia com^stiulo no tempo de 5V% que constituedesde então um novo "retorci" olímpico e quefoi nesse ano um "record" mundial.

Os 40U metros com barreiras loram cor-ridos peia primeira vez, com caráter oficial,nSs Olimpíadas de Paris em 1900, e ganhou-ao representante dos Estados Unidos J \\Tewskbury. com o tempo de 57* (i. Esta marcaé a que devem considerar, também, como a

primeira marca mundial. Sem maiores va-riantes, já pelos fatores antes expostos, naose melhorava o "record" do mundo, e chega-mos ás Olimpíadas de São Luiz, em 1904 cnela, como no caso anterior, triunfam os hs-tados Unidos; por intermédio de H. L. nu -

mau. com o tempo de 53", um novo recordmundial e olímpico.

Em igual situação se chega aos JogosOlímpicos de Londres, em 1908, e e C. J.Bacon, dos Estados Unidos, quem com o tem-po de 55" obtém o titulo de campeão olímpico,mas sem conseguir melhorar a marca de ÍUU-man, obtida em São Luiz em 1904. E clie-gamos aos jogos olímpicos de "Amberes , em1920. e neles, como nos casos anteriores,triunfa novamente um norte-americano, A1.F. Loomis, com o tempo de 54". Tampoucoconstituía este tempo uma nova marca mun-dial c olímpica.

Estamos em 1924. Este ano presenciariauma nova olimpíada, e novamente em Pa-ris. F. M Tavlor ganha com o tempo de52"6 e ratifica mais uma vez a superioridadedos vankees nesta prova, como na maioria dasprovas atléticas. Esta marca era superior aestabelecida por Hillman, mas nao podia va-ler como 'record': olímpico nem mundial, porter Taylor derrubado um dos obstáculos, enaquela época o regulamento exigia que asmarcas fossem obtidas sem por por terra ne-nhum obstáculo, — diferente de agora, emque isso não teria maior importância, porqueo mesmo regulamento estabelece que a bar-reira oficial tem que ser uma que o derruba-lo só prejudica ao próprio atleta, porque o seu

!, .„-, „„ rvoh.cão SI O, metros com barreiras, vendo como tem me,- *. a m.-. *°* "™T 1

peso por exemplo, necessita de uma força que diminuiria a ^loci^dc^cqm ^r, ^^^^^^^^Em iS os iSSdos Unidos considera entre

provas dos campeonatos nacu,

^ «"^

de HiU.Isso resulta na melhora da marca ^^A-^^^^%i^T^nSLnio, Taylor continuava se preparando, porqueman, R Giboson surgiria para supera-la com o tempo de Mi. *™\

à-'áo t{e ser em 1934 nos Jogos de Paris, onada lhe havia agradado o fato de que: o regu^ento lhJ

^»e ^J^-^ge para as Olimpíadas de Amsterdam,"recordman" olímpico e mundial, c nos pri™™s ™^fde

J^3 d» r* lamento um novo "record" para o mundo,corre a distancia no tempo de 52 . «avia estabeleciüo «* j

primeira vez triunfa um atleta que sg*

„r t^^o^^^"^^^^^^^^0^ °tcmpo "c 53"4, tempo mas qapresentava um novo "record" olímpico nem mnndia

Dcsde ^ em quc estabel

nesta nova oportunidade um «record" que ha 28 anos

vinham detendo.Fm 1934, os norte-americanos põem para correr

os 400 metros o magnífico atleta dos 400 rasos, Gleen

Harding, e este devolve á sua pátria o titulo mun-

dial cobrindo os 400 metros com obstáculos no tempo

de 50"8, para mais tarde, no mesmo ano, melhora-lo

em dois décimos mais, levando o "record" a 50"6, que

é o atual "record" mundial.

Mas dois anos depois se efetuavam os últimos

Jogos Olímpicos de Berlim, e como Harding conti-

nuava sendo o melhor desta prova, os norte-amert-

cano acreditaram chegado o momento de recuperar

também o "record" olímpico, já que pensavam que

seu representante não tinha praticamente competi-

dores, e sendo um bom corredor de 400 metros rasos,

e tendo demonstrado a sua capacidade ao bater o"record" mundial nesta prova, e melhorado-o de-

pois, não podiam pensar outra coisa. Mas, se bem que

conquistou o título de campeão olímpico, foi impôs-

siveL em troca, superar a marca do irlandês.

VFATCEDORES DOS 400 MTS. COM BARREIRAS NAS DIFERENTES OLIMPÍADAS

1900 — Paris — J. W, Tewskbury..1904 — San Luis — H. L. Hillman.1908 — Londres — C. J. Bacon1920 — Amberes — F. 1 Loon:1924 — Paris — F. M

EE.EE.EE.EE.

Tavlor EE

UU.uu.UU.uu.uu.

57 "653"55"54"52"6

1928 — Amsterdam — L. Burghlcy1932 — Los Angeles — S. Tüsdal...1936 — Berlim — G. Harding1948 — Londres

Gra - Bretanha 53 "4

Irlanda 51"sEE. UU 52"4EE. UU

(R. C

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Outra defesa de Osvaldo, acossado pelo cruzmaltino Al varo, enquanto Lima e Marinho apenas assistem ao lance

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Não esteve muito seguro o arqueiro1no nrimeiro goal. criando depois varipânico. No flagrante acima. Rubinhoi

salvar

, y .-.:..::y\..,,:..yy ¦¦¦:.;:-¦.::-. :.:; - r' : r {.$ ¦'. '''^^^^f .

Manc.„ foi a grande figura dos cruzmaltinoá. Marcou u "' s°al sensacional, após driblar quatro adversários

O Torneio Rio-São Paulo atingiu eracheio as suas finalidades. Na parte dasrendas, afora alguns jogos de menor ex-,

pressão financeira, bons foram os resul-|lados, inclusive a arrecadação superior a'

oitocentos mil cruzeiros do match Corin-ii

tians x Va^co. Por outro lado, o rendimen-to técnico foi dos mais apreciáveis. Bomnúmero de partidas de football de primei-ra foi riado ao público assistir.

Ainda domingo, Vasco e Botafogo rea-lizaram uma partida a que o qualificativode empolgante não será exagerado. O Bo-i

tafogo. a despeito da'má campanha ini-

ciai e conseqüente desloeação no certame,;experimentou um progresso sensível nosj

dois últimos compromissos. O Palmeiras,|foi vencido insofismavelmente pelo alvi-j

negro. E" bem verdade que frente aos vas-.

cainos, o Botafogo foi dominado em quasejtodo o segundo tempo, mas jogou muito na,

primeira parte do match. Alem disso. \W&o íse pode deixar ae revelar a grande atua-j

ção dos cruzmaltinos que, até ao final, cora

dez homens, lançaram muito de seus re*cursos técnicos.

Mas a parte a atuação de uma ou outra|equipe, em conjunto, a partida agradou.j

. durante os seus noventa minutos. O Pu*jblico vibrou com goals sensacionais. Qu \custaram a definir a partida, as perfor-mances de Tesourmha, e Cliico, e P*^1

'¦&¦:-,.:¦:..

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1 S iiIS ' mm

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I"

decisões discutidas do árbitro,Ias habituais exaltações.

BO PERDEU O BOTAFOGO

os referencia à reação que -vem

o na equipe botafoguense De-ierrotas iniciais- em que ficou

fogo teve bons jogadores em Santos, Juve-

nal, Hamilton e Zezinho.

O GOAL DE MANECA DECIDIU SENSA-

CIONALMENTE A LUTA

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laal

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jo-jli-]ne,tos•as.

[vi-as-asejna

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jtrajdou;pú-

for-1aaraí

em direção a Chico. O ponteiro shootou,»-

Oswaldo defendeu a bola, largando, do que jse aproveitou o crac_ eruzmaltino para no-

vo shoot, desta feita positivo. Aos quinze

minutos, Tesourinha mandou pelo alto um

penalty de Rubinho em Ipojucan. Afinal,

Nada menos de cinco goals foram assl- j uma jogada sensacional de Jvlaneca decidiu

, o estado lastimável do team, naladc* no -clássico". Coube ao Vasco a partida aOS vinte e oito minutos. O meia

resso foi conseguido. Já contra inaugurar a contagem, com o tento dos direita recebeu de Danilo, driblou Santos,

Botafogo foi um adversário di- 15 minutos, de Ipojucan. Danile adiantou Marinho, Juvenal e Rubinho, acabando por

H° a partida com a defesa bas- , um passe a Tesourinha. que centrou sobre , atirar de forma espetacular, enganando

, o a.vi-negrc rez um bom pri- I a arca. I_ «taya Ipojucan oue, saltaudo 0swal[l0 quant0 à dlrccã„ do _oot. O _oal. | ^

Distruo Federal ^Sao

Pauio-- LJJgj

ipo Não se deixou impressionar ! com Marinho, levou a melhor, cobrindo Os- pela sua feitura, eletrizou a torcida cruz- | 3x2; -0

jogo. Distrito Federal, 4x1. ,fltf

Uscah-o de abertura e em duas j waldo que sairá imprudentemente do arco. , maitina. tanto mais que foi o goal da vi- i CAR10CAS 12, PAULISTAS 6 E BAIANOS í]

Les. «rmou a sua vantagem no O Botafogo empatou aos trinta minutos. ^.• T7m centro alto de Juvenal não foi alcan-

(empo. isto sem contar, pratica- um cenuu tULU uc

A EXIBIÇÃO DO VASCO

HISTORl/iDO CAMPEONATO

BRASILEIRO__(Conclusão tia pag. 5) «1

São Paulo x Rio Grande do Sul — 3.° jo-Jgo: São Paulo, 5x0; 2.° jogo: Rio Grande doSul, 5x4. Prorrogação: São panlo, 1x0. ..\

D.vrito Federal x Minai. -- l.*"jogo: Dis-trito Federal, 8x3; 2.° jogo: Distrito pederai;2 a 1.

Re.apitulando a serie de reportagens quedivulgamos sobre o Campeonato Brasileiro de,.N*Football, verificamos que os números linaisjdos certames são estes: Campeonatos rlispu-,tados — 19; Cariocas — 12 títulos; paulistas— 6 e Baianos —1 -'*

iue, diante da violenta reaçãoia, os cracks de General Severia-am-sp a fim de manter a vanta-marcador. Dessa forma, não maiscontrolar as ações, sofreram o

1.° campeonato — 1923 — São Paulo (APEA);

_ r-nrio nor Wilson ficando a bola para Ze-m Paraguaio, que iá entrou em j Çaao por »^".

,. , \ -inhn o center botafoguense avançou,entindo-se de uma contusão, lo- > zinno. o c.ni_ & .

s aniicrm um dribline de corpo a Barbosa-se com dificuldade. { V* cou um

Q Vasco fe- uua grande exibição, que ~0 campeonato - .924 - D. Federal (Aiado o match, com a salda de ] e colocou a bola nas reoes _. ;

earantiU uma situação de expectativa 3." campeonato - 1925 - D. Federal (AM-KA). ... .-•¦«.- mM Habilidide Aos quarenta e um minutos .lhe garantiu uma s u<u, 4.°

Campeonato — 1926 - Sao Paulo iaFEA).handicap do Botafogo aumen- -habilidade, aos Rntafoe0

O para decidir o Torneio Rio-São Paulo. Jo- ; „ Cam£eonato _ i927 - D. Federal (AMEA)eravelmente Entretanto nada nova oportunidade para o Botafogo, u » _ ^. camoeonato -1928 - D. Federal (AMEA).raveimente. Entretanto, .^aa

Aristocilio Rocha, que já assi- gando bem completo, lançou todos os es- Cam-peonato _ 1929 _ são Paulo (APEA)na lógico prever-se, foi positi- bandeinnha Anstocm k

expulsão de Ade- 8.° Campeonato - 1931 - D. Federal (AMEAnalara vários off-sides indevidamente, de:- ¦ forços quanao so j- __

Campeonato - 1934 - Baia ;<l£gT>• r*r „m real de Hamilton; em imir. A defesa apresentou bom rendimento, Campeonato - 1935 - D. Federal (FMD

1^^- - arco,:eom Bar.osa, «. ny e Oan.o e_ £ C^peopato _ - -^

gconseque destacado. Maneca, Tesourinha e ; 13 0 Campeonato __. 1939 - D. Federa -FRT)p desvencilhando-se de Allrecio e -jbu Campeonato — 1940 — D. Federal íLFRJ)

bos! conseguiu shootar, marcando o se- Chico, que entrou depms, foram as figuras | J^

«^ ,FPF)

_ ,1 no oeríodo final, o Vasco em- 1 do ataque. Ademir, extremamente irritado,W força do esforço defensivo. > goai. rec.amou

que acabou expulso peloaos oito minutos, um n«no_ ut t_«- ,

ea foi cobrado, por üpoju.can.i ^bitrq .Gama Malcher. •;o o team entrou a sofrer os resul- patouPreparo físico deficiente. O Bota- * tos juntt

16.» Campeonato - - 1942 -- Sao Paulo (FPP)17.° Campeonato - 1943 - D- Federal (FMF)18.° Campeonato - 1944 - D. Federa (FMFJ

i 19- Campecn^ -. 1046 - D. Federal (FMF).

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JL .-W^^w-ip^

Página 10 Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

COMO BOM AMULETO ELE VAI ESPANTANDO OS FANTASMAS

Yt

¦ I ¦ IJoltou Reacen sperançasDE JANUÁRIO CARNEIRO

^.i ~ - ~ „..•..„„:,.„ w» mi» n América convoca Yuslrich para suas fileiras num instante deBELO HORIZONTE janeiro -Esta nao c.j^^^^\0\f^S íapeai%epois de vê-lo se apagar como pivô, um con-

atrozes dificuldades Tenho perdido as esperança, eni' "-«?n«a» ^" v"rde os seus melhores adeptos em ação, na busca de um treina-

dutor da equipe como orientador técnico ^ed^tf"r

» ^^Hd ades do clube. Em suma, u mensaiador bom e barato...

d0f Fo^m^tauaíís Sl^noíS^ época Alair Couto - - depois consagrado com o

melhor dirigente que já teve o football das montanhas - acabou descobrindoSrich Adepto do América, dele se tornou associado e fervoroso admirador,freqüentando o clube constantemente, tendo chegado ate a ser um dos valo-res da segunda divisão de basketball da "Academia". A sua época de crackconviveu com os maiores técnicos e os mais famosos ases Fez o curso da EscolaNacional de Educação Física. E não deixou nunca de observar no football, o*homens, as técnicas e as táticas. . ,..„,,,„

Vlem d.* mais, dono de idéias firmes senhor de pontos de vista definidos,tinha inclinação natural e visível para criar e manter a

^«Phna^ Naquele

difícil principio de 1948, Yustrich se afigurou ao presidente Alair Couto comov um precioso "achado..."

A DESCOBERTA SENSACIONALOompromctendo-se como amador, assumiu a direção dos teams de football

do América. Prestando valiosa cooperação na gigantesca campanha de remo-delação do estádio do América, Yustrich voltou-se de corpo e alma a uma outraremodelação, também extremamente difícil, que lhe cabia executar: a do De-parlamento de Football do clube.

Exnés seus oontos de vista, seu método de trabalho, suas exigências, suasconcessões, seu programa. Estabeleceu um principio rigido e inflexível: a dis-ciplina a qualquer preço. E foi cultivando-a c mantendo-a que viveu todos osseus dias no América. Dias difíceis, decerto. Mas vitoriosos. EsmagarioramenteVitoriosos. - .

Campeão da cidade, campeão de dois triangulares noturnos, campeão do

Quadrangular Interestadual, vitorioso em varias partes do Estado e do pais,colaborou decisivamente para que o ano de 1948 fosse o mais feliz de toda ahistoria, longa e gloriosa — é bom que se diga — do America F. C.

Um ano de tantas luzes, quantas foram as sombras da temporada seguinte.EI-LO QUE VOLTA, "AINDA MAIS INTRANSIGENTE"

Saindo Alair Couto, que recusou a reeleição, coube ao Sr. Rui GervastoAvelar dirigir o América. Esteve apenas 45 dias, muito embora tivesse tudopara se tornar um digno sucessor do "presidente dos presidentes". Todavia,muitas coisas tenebrosas ocorreram no América naqueles dias de abril e maiode 1949. O Sr. Osvaldo Nobre e uns poucos mais, ansiosos por conseguir o co-mando de um clube que ostentava uma posição de solidez e prestigio como ne-nhum outro, moveram ao novo mandatário uma campanha de "golpes baixos"que ficou na historia como alguma coisa do que de mais indigno até agora poraqui se registou.

Homem de brio, Rui Gervasio afastou-se, temendo o contato de um gru-pinho pouco recomendável. Deu-se então o esperado: eles — os inimigos donovo presidente — assumiram o poder e a devastação total foi iniciada, parasó terminar agora, faz pouco hmpo, deixando o América na condição de "terra

arrasada". Yustrich saiu antes que eles chegassem. Iniciou-s(, a partir dai, apolítica dos contratos fabulosos e impossíveis, o regime da balburdia, da irres-ponsabilidade e de indisciplina.

Ao final da temporada de 49, todavia, eles deixaram o America, largandolí-mhranea amar-ra Com o rastro e a lembrança, ódio e rancores. ... ,,.,;;„

frSoVSíS; • campeonato, o prestigio, «-quadro social, a evidencia, a situação financeira, iniciou-se • ^g^g^

Das mãos de uma Janta Governativa, o América passo» ã direção do Sr. Henrique D.niz. E coube a «'^fazer ^H*J?™

ao "deca" Não só como um preito de reconhecimento; mas também, c especialmente, como uma necessidade, O picp.uador con

sagrado retomou sua posição dizendo: "Agora, como profissional, serei ainda mais intransigente que em l.Hí> .'

Prova de que segue sendo o disciplinador enérgico, por vezes violento, da jornada anterior.O RENASCIMENTO DAS ESPERANÇAS

Certo é. contudo, que na Alameda outros ja são os sistemas de trabalho c, com eles. as esperanças de um futuro mais risonho

sem a tormenta dos disparates disciplinares e das aberrações te, nicas. Defensor do conforto e da prosperidade dos jogadores, com

eles providenciou um ajuste nos contratos afastando as vantagens extraordinárias, de cumprimento impossível, a firo de permitaniií os salinos c as luvas seiam pagos à risca, conforme rezam o s compromissos. . - .

Quando se re^ra L ma s puro no estádio "Otacilio Negrão d e Lima", é justo que os americanos preve-am a rep.t.çao dos ex -

tos forS^isqíe Yustrich anteriormente alcançou. A promoção dos valores moços «lo clube já foi Iniciada. Ases da se^ç..-, do

interior como o pivot Edson, como o back Mareio, como o coman • daute Darci estão sendoa renovação como mediria de precaução contra a saida dos joga dores caros e contra o o

E- assim que Yustrich, como bom amuleto, vai espantando os fantasmas que alguns

Alameda m,

Um Prêmio LiterárioDE F0IITII1

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¦ííw«í íMBB'* vis**.. í Ip*^ 1WÊÈÊÊm WÊʧ - ' > * 1Í3!§S«$__e£& ¦$®ÊSZSB&Ji ¦ ' ¦ <i B___Wm ^f -

Yustrich volta a., cartaz, retornando aAmérica

à sua retaguarda um rastro de destruição, uma

Dar-se-áprocurados para engajamentocaso dos atletas idosos."bruxos" convocaram e espalharam

.mu mum in ni K *"-|

V: • ¦ v .-1 / | ¦'-'¦ ' â- : ' •-:¦. *JÍ '¦'¦¦: -¦¦¦¦:¦"¦¦¦¦':¦* H / f . \ I j • - f é

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r>rt« feitos de Yustrich n<» América: a conquista do campeonato mineiro e do quadrangular. com a derrota iitv™ n-uiDeJÁo dos campeões sul-americanos, por 4x2. No flagrante, Barbosa batido pela cabeçada de Valsechi

'"• ÍTTTt sr ;'entrando Petrónio "que levanta os braço-

Por Mareei BERGER, presidente da Asso-ciação dos Escritores Esportivos

(Copyright do Serviço Francês de Informa-ção, especial para O GLOBO SPORTIVO»

O esporte c como a lingua de Esopo: amelhor das coisas e... a pior. A pior quan-do ele leva aos excessos fisiológicos oi"chauvinistas"; a melhor quando reveste taspecto de uma filosofia do equilíbrio entrtas virtudes humanas. Jâ. assim, importanteque intelectuais e moralistas o controlemde qualquer modo. o que na França se temcompreendido bem.

Entre os prêmios literários que na Françase concedem neste período de principio doano, um dos mais originais é. decerto, oPrêmio Literário de Football.

Há agora vinte e dois anos que, impres-

Isipnado pelo interesse que parte da elite li-

teraria francesa consagrava ao football, ni(coube a mim a honra de sugerir aos diri.gentes da Federação de Football da Françaa idéia de um Prêmio Literário, idéia quefoi imediatamente adotada com entusiasmopela sente elo espolie, que demonstra assimum espírito mais amplo e mais livre quegeralmente se supunha. A cabeça daquelaFederação estava então um homem eminen-te, organizador de envergadura, homem le-irado r- diplomata, já rnm rcsnonsibilida-des internacionais em sm domínio, e cuiflnome é popular em todo o globo, nue elepercorre constantemente, apesar de suaidade: .Tules Rimèt. presidente há perto detrinta anos da Federação Internacional deFootball.

A oue espécie de produção literária se des-finaria esse prêmio? Exigir um livro com-pl~to era talvez ambicioso. Mas tim eontovinha à maravilha. E* um gênero rápido,brilhante, sugestivo para todos os públicos,e onde os franceses, justamente, estãn de-monstrando há meio século um ineompara-vel talento. (Basta recordar, entre os con-temporantos, os nomes de Birabeau. JosenhRerin"d. Henri Duvernols. sem falar dagrande Colette). Seria, pois, um conto de 208linhas, que tratasse simplesmente de foot-bali. o que nos competia então premiar.

E o júri a constituir? Seria fácil a alguémdo meu conhecimento, e que tratava entãode organizar a "Associação dos EscritoresEsportivos da França", arregimentar uni-ramente como juizes alguns nomes ilustre;da literatura francesa, entre os que mani-testavam Interessar-se pelo football. M;tsera necessário, antes de tudo. contar comalguns desses jornalistas esportivos — ('ealta envergadura e cultura — de que podeorgulhar-se, a justo título n imprensa es-pecializnda deste país. Destacavara-se três.Iodos eles antigos "internacionais": MauricePefferkom, Gabriel Ilanot e EmmanuelC.ambardelle — hoje sucessor de .Tules Ri*met na nossa presidência nacional.

Juntou-se a eles Pierre Bost, iá roman-cista notório, que foi mais tarde um dosnossos cenaristas e autores de diálogos maiscetndos ("A Sinfonia Pastoral", etc.) e Jo*s-.ph Jolinon, o autor já clássico do "Joga-

dor de Bola" .Foi para mim uma grande alegria levar

a assumir o pape) de presidente do júridcliberador um amigo de juventude, ntfl"atleta", com quem eu tantas vezes tinhajogado (o rugby) e corrido os 400 metros, eque já era no mundo um dos melhores re-presíníantcs da nova geração literária ffan*cesa: Jean Giraudoux.

Júri encantador onde a alegria, a cama-radagem, ao lado da seriedade e cia com-potência sempre se afirmaram ao longo ul,súltimos quatro lustros. Logo no primeiroano, o sucesso excedeu todas as nossas ex*peciativas. Primeiro, o número de candi-daios que logo foi de 300 para atingir niaü»tarde a cifra de 675; 675 contos sobre o hw"bali, ou pelo menos, onde este representavaa parte principal. |E" claro que não se tra-tava, como pensam ainda alguns neofitos,de nos narrar uma parte, mesmo atraente,do jogo em si, mas de procurar associao interesse — jâ preponderante — de ui'grande esporte a todos os motivos das P""ocupações humanas desde os negócios aligião, desde o patriotismo ao amor).

Lembro-me de nosso primeiro laureado,autor de um relato interessantíssimo •!---".desenrolava no cenário de uma enferma'!dos "castigados" na Legião Estrangeira.Ouço ainda Jean Giraudoux dizer-nos, a"'"nando a cabeça: "Trata-s- decerto de «nvelho esportista!". s!

Era a obra de uma mulher, ex-enfer-"I va dos legionarios, Hélene Rouvier.

tConclue na pag. W>

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 Página 11

VITORIA DO PEOF

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_. 'PAULO, fevereiro (De P. Jfcank. especialpara O GLOBO SPORTIVO) — Partida fraca ilispu-taram Palmeiras e Fluminense, perante público re-d li/.! ti o e debaixo de uma chuva constante. Semoutros atrativos que a exibição dos "brotinhos" dotricolor e uma nova formação do quadro bandei-rante, a peleja, pela posição dos dois quadros natabela dc classificações, não despertou interesse etalvez por isso não correspondeu em momento ai-gum ao renome dos quadros que se encontravamem campo. Tanto Palmeiras como Fluminense mui-to deixaram a desejar; o Palmeiras, muito emboramais agressivo, não se completou, pois faltou har-monia entre a defesa e o ataque, enquanto o Flu-minenvi exibiu-se fracamente, surpreendendo osque o viram atuar frente ao São Paulo e a portu-guesa, quando evidenciou grandes méritos. Venceuo Palmeiras pela maior hnpetüoàidade e melhor en-tendimento de seus avantes, com Jair atuando bemc Lima reve»suido-se na extrema direita, o que exi-jtiu da retaguarda tricolor muito esforço, nem sem-pre bem sucedido, o maior erro do Fluminense re-sidiu, sem dúvida, em insistir na troca de passesrasteiros o miúdos, o que não era de forma algu-ma aconselhável em virtude do estado do campo,um autêntico lamaçal. Dai a superioridade pai-meirense, com seus integrantes efetuando jogo deprimeira, sem muitos driblings, procurando chegaro mais rapidamente possível à meta confiada a Cas-tilho. O piacard final refletiu o andamento da pug-na, pois o quadro local foi o mais completo em to-dos os instantes.

COMO SE COMPORTARAM OS JOGADORES

Obcrdan foi pouco empenhado, aparando comfirmeza as bolas que foram endereçadas ao seuarco. Na zaga, Sarno e Palante estiveram na mes-

ma plana, com um bom desempenho. Túlio e Ma-noelito foram os melhores da Unha media, muito

batalhadores, com Salvador em plano secundário.

Na linha de ataq\s sobressaiu-se o trabalho de Jair,

, construindo com perfeição, de Lima e Aquiles. Ca-

nhotinho e Washington, regulares Na equipe tricô-

lor Castilho foi o melhor homem, atuando com«

grande firmeza. Lafaiete e Flavio disputaram exce-

, lente partida, desfazendo as tramas perigosas da

linha alvi-verde. Cento e Nove e Valter, que fina-

lizaram a partida na xaga, não comprometeram.

Valdir foi o mais trabalhador dos médios, desta-

cando-se também a atuação de Emüson e Pé de

Valsa. Na linha de avantes, Didi e Rodrigues es-

forçaram-se bastante, seguidos de Miltinho, que

substituiu Carlyle, que vinha atuando mal. Cento

e Nove regular.

OS MARCADORES

Aquiles (2). sendo um de penal, e Washingtt/n,

marcaram para o Palmeiras e Miltinho para o Fiu-

minense,

QUADROS, JUIZ, RENL

O ralmeiras atuou com: Oberdan - Sarno •

Palante - Túlio, Manuellto e Salvador - Uma,

Aquiles, Washington, Jair^e Canhotinbo (Roverio).

O Fluminense com: Gatilho - Lafaiete (Cen-

to e Nove) e Flavio (Valter); Valdir, Emüson e Pe

de Valsa - Cento e Nove, Didi, Carlile (Miltinho),

Orlando e Rodrigues.

O juiz foi o Sr- Antônio Musitano, regular, mas

excessivamente rigoroso n» expulsão de Lafaiete.

A renda foi de Crf 108-730,00.

'¦í -•* "L. ' - * '•¦• ": r'„ ""¦ '¦¦'*•> ^^»a*SSS8S3^i^^lo^S¦'••*'¦ ¦ '».:' iii»,niiii|lMMMmWP''''

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- < ^ * í ^ aHHfe 9ES9K^íat':^M^^IfÍ:l^^^^Í^^^Íp^í^ .. .";::. ¦-' ' : .'"•

Aquiles escapou mas Castilho abandonou o arco e lançou-se a seu»pés, sem conseguir todavia segurar a pelota, que sobrou para Wasn-

ington, à esquerda, finalizar, abrindo a contagem-¦ i. i him ¦¦ - -~- — ¦ ¦ ' ¦*_-¦,-- -.- - c, -..^..••¦^^.¦-nmmmmmmmi** - «whí»™.»"*"^"- — — - x:-a-. .<.-..-.¦ *. s. •- IfSSbi "" '¦>*;-¦ X&

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W^hington, centro-avante do Palmeiras tentou finalizar mas chegou pantes da bola, que foi afastada da área tricolor

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Página 12 Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 ..?^L?.^^_^^ I '

4)_f ti E IP Cl/ EA CtGATA ^ .\. .y^.,.^-¦ -»l^ sJif

Revestiu-se de sensacional brilhantismo, excedendo Í| swww—->. mi ¦ .1. .j^J9\'-iam a todas as previsões, a regata cie veleiros realizada en- J| ,•;,

y I

| tre Buenos Aires e o Rio de Janeiro. Durante dez dias || . vos que acompanharam com inlerísssc a grande prova || J

(disputada

por barcos brasileiros, argentinos, higienes | | jalemães, viveram em ambiente da mais intensa ansie- l|

! dade e expectativa, procurando conhecer o desenrolar *| /¦."'. da regata e os acontecimentos que porventura se regis- / ,"YL-

taram durante a longa travessia, mostrando-se bastan- ' j 1 / '

te animados com as noticias que davam o iate brasi- (''k leiro "Vcndaval" como o primeiro que deveria chegar &**¦ ''¦¦.jfi^Mk

'1 à etapa final. Era a segunda vez que a regata se rea- mMJ&f*

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O "Fjord IU anworauo na enseada do late Clube

1

leiro "Vcndaval" como o primeiro que deveria chegarà etapa final. Era a segunda vez que a regata se rea-lizava, e como na primeira, disputada em 47, se anun-ciava a vitoria do "Vendayal" como o barco veleiro maisveloz do Atlântico Sul, merecendo, por isso, a honra degalardoar-se com a "fita azul". Náo seria, entretanto,o "Vendavai" o vencedor, dado que, pelo "Iiandicap

estabelecido, não alcançaria ele a distancia necessáriapára aproximar-se da meta dentro do tempo previsto.Nem assim, porem, deixou o povo de reconhecer os me-ritos do iate nacional e dos seus arrojados tripulantes,proporcionando-lhes os seus aplausos incentivadorestão logo surgiu na baía de Guanabara. O "Vcndaval

chegara em primeiro lugar, mas o triunfo pertencia aobarco argentino "Fjord III", que cumpriu lambem per-formance magnífica e era favorecido pelo handicap omesmo se verificando com respeito ao "Joannc", outroiate argentino, classificado em segundo lugar.

A CLASSIFICAÇÃO FINAL

E* a seguinte a classificação oficial dos concorren-tes à II Regata Buenos Aires-Rio:

1.° lugar — "Fjord III" — 9 dias, 13 horas. 55 mi-nutos e 24 segundos; 2* lugar — "Joanne" — 10 dias,55 minutos e 50 segundos; 3.» lugar — "Vcndaval —10 dias 5 horas, 21 minutos e 32 segundos; 4 lugar —"Errante" — 10 dias, 13 horas, 49 minutos c 25 segun-dos; 5.° lugar — "Cangrejo" _ 11 dias, 15 horas 9 mi-mitos e 17 segundos; 6.° lugar — "Ondina" — 11 dias,18 horas, 4G minutos e 29 segundos; 7." lugar — lru-cha" — 11 dias, 19 horas, 58 minutos e 50 segundos;8.° lugar — "Alfard" — 11 dias, 22 horas, 17 minutose 26 segundos; 9.° lugar — "Majoy" — 12 dias, 2 horas,45 minutos e 21 segundos; 10° lugar — "Turdemal" —12 dias, 3 horas, 30 minutos c 2 segundos; 11.' lugar —"Magclan" — 12 dias, 4 horas, 48 minutos e 3 segundos;12.° lugar — "Lady Suzan" — 12 dias, 7 horas, 13 mi-nutos e 15 segundos; 14.° — "Mariandik" — 12 dias, 7horas, 29 minutos e 10 segundos; 15° lugar — "Blue

Disa" — 12 dias, 10 horas, 12 minutos e 5 segundos;lfi." lugar — "Maracaibo" — 12 dias, 14 horas, 33 mi-nutos c 4 segundos; 17.° lugar — "César", ainda semo tempo oficial conhecido; 18.° lugar — "Opa", tambémdesconhecido o tempo oficial.

O iate "Halcon Negro", que deveria figurar como o19.° colocado na grande prova de oceano, não completouo percurso, vitimado por um incêndio, na attura da ilhaGrande, defronte ao farol de Castelhanos. O acidente jteve trágicas proporções, pois seu comandante, o yacht-mau argentino José Pedro Contessa, faleceu em conse- -cassasquencia da gravidade das queimaduras recebidas. Nove-leiro portenho viajava a única mulher competidora na ^ "Venuaval

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Os preparativos são completados para que o "Veu-daval" se encaminhe para o encourado

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regata Buenos Aires-Rio. Tratava-se da Sra. Vitoriade Contessa. esposa do comandante do barco.

R. ja imtuMau na en.-n.Miiu do late Clube

O iate argentino "Fjord III" quando auontava rbaía de Guanabara

OS QUE DESISTIRAM

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TBfy^^^i \ y. _^i___x_igii_tt_M!'Pi1!^ '

Os iates "Aracati", "Alsabik", "Peter IV" e "Siro co" desistiram u« .k,s«v». v« iates ~atrevida". "i»s-trai", "Lorna", "Hualun", "Iseo" e "White Dove" não sairam de Buenos Aires, no momento ã:\ partida-tendo sido desclassificados.

Os iates "Albatroz" e "Fortune" acompanharam os participantes, tripulados respectivamente pelos alu-nos da Escola Naval, do Rio de Janeiro e de Buenos Aires, prestando importantes serviços de escolta, ades-trando-se ao mesmo tempo ,na rota de navegação entre as duas grandes capitais sul-aniericanas.

DA PRIMEIRA FILA

Um detalhe do "Vcndaval", quando se nreparavapara seguir para a enseada

(Conclusão da pag. 3)xado. Plácido está com a bola. Os adversários íogem dele. Goal do América!". Heitor Luz, comovi-do, escutou. O rádio baixinho, por ordem médica."O barulho talvez o excite". E, dias depois, êle mo?-reu. Levando como última recordação do futeboluma vitória do América.

Eu estou com a carta do "leitor assíduo" A.Ill H. de Oliveira diante de mim. Leio outra re-"- ferência a Alcides, o torcedor do Fluminen-

se, de Porto Novo. Há uma linha que diz: "Alei-des comprou um rádio e todo mundo acha que orádio não vai durar muito, porque Alcides é *um

torcedor violento, que gosta de quebrar as coisas.Não há chapéu de palha dele que resista a um Fia-Flu. Goal do Fluminense? Alcides joga o chape"no chão e pisa-o. Exibindo-o, depois, como um tro-féu". E eu me recordo de José Lins do Rego. JoseLins do Rego não quebrou chapéu de palha nenhuEm primeiro lugar porque não o usa. Quem e "usa. hoje em dia, chapéu de palha? Mas José Ldo Rego disse-me que conhecia um torcedor que e^ra um tiro no rádio, sim, que sacara do revolverdera um tiro no rádio quando a Itália marcou °gundo goal contra o Brasil. Qualquer um destes aeu vou perguntar o nome dele a José Lins do nSó por curiosidade.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de fevereiro a* 1950 Página 13 . J

Pa __n A A **_rN_*n_m a' _r^***vemmmmrkammmMm-smrmmmmmmmmeavmm^

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VIBAO OS ITALIANOS

o conselho Federal da •• Federazioneitaliana Giuoco Cálcio" confirmou, emí™ reunião do último .sábado, que a

Sia W-campeã mundial (1934 e 1938)

virá defender seu titulo em junho pró-

àmb Não podia ser de outro modo.

Há apenas em Roma e em Milão uma

polêmica a respeito do meio de trans-

porte - avião ou navio — que deverá

ser usado pelos 22 jogadores da "squa-

dra azzurra". Os principais expoentes

das duas teses opostas não são outros

senão o próprio presidente da Federa-

ção Italiana, o Dr Ottorino Barassi,

partidário da viagem de avião, e o vice-

presidente da mesma, o Sr. Giovanni

Mauro, membro dó Comitê Executivo da

FIFA e da Comissão Organizadora daCopa do Mundo, que prefere o navio,O campeonato italiano de football sóterminará a 28 de maio. Viajando porvia marítima, o Selecionado de Romachegaria, portanto, no Rio, uns diasapenas antes dos primeiros jogos, e oSr. Barassi, que demorou no Brasil va-rias semanas, estima que quinze ou vin-te dias de adaptação ao clima tropicalsão imprescindíveis para os jogadoresitalianos acharem a •condição física"desejável. Só viajando de avião logodepois do último jogo do campeonato,a coisa se tornará possível. Mas a lem-branca da catástrofe de' Superga aindanão fugiu da mente das famílias e dosdirigentes dos futuras membros da•squadra azzura" ... Não há outro pro-blema e acho pessoalmente que tnun-fará a tese do Sr. Barassi.

Entrementes, o selecionado italiano,que já demonstrou, recentemente, emLondres, contra os ingleses, que seugrande valor não sumiu com o trágicofim dos astros do Torino, vai jogaroutro match internacional de preparono domingo 5 de março próximo, contraa Bélgica, em Milão lou talvez numaoutra grande cidade da Península i. Dc-pois disso, os futuros 22 titulares e re-

|ff_-$if$ f ¥0% ér&tth jffc/f&ff-l #ff_9£ .#*_niffleça-

rão a chegar as delegações

quinzedelegações dos

!*6e Albe>U JÍGeHSiewtce.

Vamos indo, caminhando, correndo, para os dias históricos do IV Cam-peonato Mundial de Football ou melhor, e para respeitar os rótulos oficiais,da IV "Copa Jules Rimei" (Copa do Mundo).

Daqui a pouco mais de cem dias, chegarão no Rio as primeiras "dele--ações" dos 15 concorrentes do Brasil na conquista do titulo supremo, be-rão os partidários de uma estada demorada de "aclimação" no pais orga-nizador do certame antes dos primeiros jogos. Outros — e entre eles,uns "bie" — têm um parecer completamente diferente em que chz respeitoao delicado assunto e virão ao Rio só na véspera da cerimonia dc aberturada Copa. Mas todos já estão se preparando com o maior cuidado para a

grand? competição, e vamos passar em revista mais uma vez os vanos cai-riidatos ao título mundial para acompanhar de mais perto o que estão fa-zendo em vistn dc chegar "fit and well" nesta capital.

„¦ -nt. *o T.irin -iró ^om rena- rie de compromissos no estrangeiro donovas condições de vida, ate sem repa. nc ~7 ,x 5- ... t-, /-%„ i^^,,,,^ to,.ínrar, porque terão o espirito fixaao sobre-a necessidade de vencer".

Não insistiremos sobre o plano de pre-paro dos ingleses (jogo contra a Esço-cia em lõ de abril e matches do Sele-cionado B em 22 de fevereiro e variasdatas de março, abril e maio), ja quetratamos do assunto no último número

d'0 GLOBO SPORTIVO.Os escoceses, apesar de já qualifica-

dos oficialmente, só virão ao Rio se

vencerem ou empatarem no jogo de 15; dc abril contra a Inglaterra, em Hamp-

den Park (Glasgow). Mas é conhecido

que já os dirigentes escoceses compra-

be

ts-ia.

ii-ís-

¦", "

| ram as passagens de navio para o Bra-servas do Torneio do Rio serão reunidos 0eSpirito de "economia" dos ho-uma ou duas vezes por mes, apesar cias \ Glasgow e de Edimburg é prodificuldades criadas pela continuação '

de um campeonato muito duro, até ofim de maio, como ja foi dito acima.Mas de qualquer modo podemos asse-

seu Selecionado B. Os jogadores serãorequisitados e concentrados a partir do20 de março.

A Suiça acaba de "escolher" nada me-nos de 70 jogadores para um preparoespecial e "segredo" para o Campeona-to Mundial. A derrota em Sheffield pa-ra o Scratch B da Inglaterra não desa-nimou os dirigentes helvéticos, pois foiuma ••expedição" improvisada no últi-mo momento para prestar serviço aosingleses que se achavam sem adversa-rios depois das desistências sucessivasda Finlândia e da Holanda. Sérios eteimosos, os suíços são certos de raan-dar ao Rio um quadro , nacional quesaberá se fazer respeitar. Vamos ver

tores já conhecem as declarações doSr. Dutta. Roy, secretario geral da "AU

índia Football Association". A Federa-cão da índia quer vir ao Rio. Em marçopróximo serão designados os 22 joga-dores do selecionado nacional que em-preenderá uma "tournée", passando pe-ia Suécia, a Suiça, a Itália e a Ingla-terra. Assim os footballers indianos sefamiliarizarão melhor com o jogo doseuropeus, mas desde já, o nosso con-frade sueco Wolf Lyberg, que acompa-nhou o quadro de Helsingborg n* suarecente viagem ao Extremo Oriente,afirma que a índia fez enormes pro-gressos desde o Torneio dos JogosOlímpicos de Londres. Escrevia recen-temente, aliás, no diário esportivo deParis, "L'Equipe", as linhas seguintes:

"Apesar de admirador e torcedor^dp^football francês, devo afirmar clara ealtamente que a índia merece, indis-cutivelmente, ser representada na gran-de competição mundial. Os jogadores•atuais são superiores de cem por centoaos que vi jogar em Londres no Tor-neio dos Jogos Olímpicos. Todos temtécnica excelente e os jogadores suecosacham também que não há quadro naEuropa continental com uma técnicasuperior a dos footballers de Calcutta.Sua habilidade é extraordinária no do-rniiiio da bola e o meia Ahmed Khané superior a Ben Barek, que considera-va até hoje como o maior jogador defootball que nunca vi na minha carrei-ra de jornalista. Sem dúvida a índianão será campeã do mundo. Mas achoseus jogadores nitidamente superioresaos dos Estados Unidos e têm uma boachance contra selecionados como os doMéxico, da Suiça e da minha pátria, aSuécia".

No outro lado do planeta, os EstadosUnidos trabalham também para não-fazer feio- no Torneio do Rio. Terão,antes do Campeonato Mundial, a visitade muitos grandes quadros

* europeus eesperam aprender bastante nestas oca-siões.

verbial. E acho, como muito gente, que i Entrementes, a Suiça treinara domingo

i paredros e os jogadores escoses nao

vão perder uma quantia tão importante

como o valor de mais ou menos 30 pas-gurar que o preparo técnico, tático, íi- ^ a 0 Rio. 0 Campeonato esco-sico e sobretudo moral dos detentores '

gm ftns de abril Qs planosdo titulo mundial será perfeito. E ositalianos terão sua chance de consagrar-se como tri-campeões.

INGLESES E ESCOCESES OU SÓINGLESES

E' curioso notar quanto o parecer dosdirigentes ingleses é diferente do Dr.Barassi. o selecionado inglês viajará

da Federação escocesa para maio e ju-nho ainda são misteriosos e o problemaé para ela o mesmo que para os ingle-

ses- manter 22 jogadores "em forma"

durante os meses que eles costumam,

aproveitar para passear e descansar.

NA EUROPA INTEIRA

Espanhóis e portugueses marcaram

12 de fevereiro contra o excelente qua-drão de clube do Dínamo de Zagreb(Iugoslávia), em Laudanna.

A Turquia está com propósitos idên-ticos e conta com o trabalho de exce-lentes técnicos ingleses e italianos paracaprichar a "condição" do seu selecio-nado que já tem o mérito <.«* ter espan-tado a Áustria.

Na Suécia e na Iugoslávia, não se pode

Será primeiro o famoso HamburgerSport Vertia alemão que jogará seis ve-zes em Nova York. Depois virão o Man-chester United, vencedor da "Taça daInglaterra" de 1948 e grande favor *do atual campeonato inglês, o excelenteSampdoriz de Gênova, da Primeira Di-visão italiana, o Malmoe sueco, o Bra-tislava, campeão da Tchecoslovaquia,etc. Esta serie de matches sensacionaisconstituirá a melhor preparação para.os jogadores norte-americanos que de-fenderão as cores dos Estados Unidos noBrasil.

No México, também, tudo será feito

jogar football na atual estação. Não há para conseguir no Rio melhores resul

tsarassi. O selecionado inglês viajou i ^>^ , . üde avião só no dia 19 de junho, M. é,; ^^.^Z^orZ ei e^en-quatro dias antes do seu primeiro jogo j para seusj<* i

££££Jg£ uma--concentração" dos'seus . n_pssario dteer aQul 0 que está se fa

no Brasil. Os paredros ingleses acham, | tual W»_« £?%*£ de coniun- maiores jogadores, de 27 de março ate ^^^ &JSLTq„i <* diri_ente

dúvida, contudo, que.os homens de Titoterão todas as facilidades possíveis parachegar ao Rio com todos os trunfos noseu jogo.

Os suecos, muito desiludidos com adesastrosa "tournée" do Malmoe, já

tados do que as terríveis derrotas re-

centemente sofridas na Espanha. E jáos resultados dos jogos contra o RiverPlate argentino são mais animadores.

No mundo inteiro, portanto, pois, não

.pertencia, cue. sobretudo no, mês. Já ™"£££??££*£_ses de clima quente, seus jogadores não to do ^-^f/^He

Buenos Aires.**» de fiear esperando, durante:

^ ^/tavoXtndieut.vels, estl-muitos dias e em terra estrangeira, para | Osi"^™™\ dos

seus maiores clu-um match importante. Dizem que os mamJue °S

£^rgentinos já adiantaramfootballers do scratch de Albion pode- *¦«»**£"ÇS? - p opóslto de io- ,

1.° de abril, no Instituto Nacional dosEsportes* de Bosoen. Durante estes trêsdias de trabalho, os peritos suecos ten-tarão tirar as lições da Infei?„ experien-cia do Malmoe e elaborar um plano ra-cional de preparo para o selecionado na- (ckmal durante os meses de abril, maio 1

zendo na América do Sul. os dirigentese jogadores, os jornalistas e torcedores,todos estão com os olhos voltados parao maior certame internacional na his-

toria do football.E daquA há pouco mais de cem dias,

mi «na^em ' muito as coisas. Tem o propósito de 1» de junh0 primeiras delegações. Gran-rao sobreviver" a chave semi-fma. sem n^ internacionais em Ma- | NA IN^TA E NOS ESTADOS UNIDOS! "* itvesquecWi 5^ em perspe^aclimação" e que acharão automática- gar üosn Portugal) e Mas não é apenas na Europa qw se des e m^uecJ^ f* dQ B fl^ente a "forma" com estes primeiros 30-1 âr\^emTà,%^Te^.95 com uma se- I pensa na Copa do Mundo. Nosso* lei- ! vas para os desportistas do Biast

«os, adaptando-se progressivamente às de ' formar

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Sexta-feira, 10 de fevereiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

OMPETIÇO3>r- Geá,a>t, Sea/ia

Exercem os dois maiores centros foo&-ballisticos do país — Distrito Federal e SãoPaulo _ verdadeira ditadura sobre todas asatividades relacionadas à matéria, que sedesenrolam pelo interior. E, indo mais alem.

podemos até afirmar que no Brasil, em ma-teria de football, tudo se passa de acordocom os interesses dos grandes clubes profis-,sionalistas da Capital da República, queapenas se dignam a fazer algumas conces-soes aos paulistas, quando entram em cho-

que pontos cie vista dos dois patrões destaenorme fazenda que é o "soccer" patricio.A p.ivneira vista hão de parecer exageradas-facciosas tais assertivas. Poderíamos, en-trétanto, amontoar inúmeros argumentos,

om que elos se apoiam, não nos bastasseapenas citar o ocorrido com o CampeonatoBrasileiro de Football. cuja extinção gra-ditai foi decretada por uns poucos paredrosde clubes cariocas e desde logo posta emexecução movida por forças incoerciveis.

# » *

E de anual que era a grande festa do foot-bali brasileiro, passou a ser disputada acada dois anos, assim mesmo sob a maisabsoluta má vontade e ate sabotagem doshomshs de mentalidade de "chaciinha" quegovernam os todo-poderosos clubes da Me-trbpòle. Clubes, é bem de notar, e não en-

tidades. que estas têm sempre Interesse emmanifestações como soem ser os Campeo-natos brasileiros e outras de representaçõespor unidades federativas. A ConfederaçãoBrasileira de Desportos, principalmente, temseu potencial financeiro vitalmente ligadoao Campeonato Brasileiro de Football, queé a única fonte de renda com que contapara o custeio das demais atividades espor-tivas a que se dedica, já que as subvençõesgovernamentais são até ridículas em rela-ção ás necessidades orçamentarias da su-prema dirigente do esporte nacional.

* * *

Argumentam muitos, todavia, que não temo football pii.issional obrigação de susten-tar esportes amadoristas tais que remo, na-tação, tennis, tennis de mesa, ciclismo etc,dos quais tem a C.B.D. filiação interna-cional e que, como tal, superintende no país.Razoável nté certo ponto tal argumentação,pois que somos de pensar que cada esportedeve viver por si próprio, sob direção cempor cento especializada. Atente-se nosexemplos do basketball, do pugilismo, do tiro,vela e motor, cujas relações nacionais e in-ternacionais são diretas, vivendo assim legale administrativamente autônomos, emboracom certas dificuldades. Alegam os da C.B. D. a seu turno, que se cortarem os cor-

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1 famlán num insiank

CORTA osRES.FRÍfttíui$

does umbelicais dos esportes que lhe saofiliados, não terão estes capacidade para vi-ver por sua própria conta e que como tal,não querem eles ser responsabilizados pelaperda de tão ponderável patrimônio comoo são alguns dos principais esportes cha-mados' amadoristas.* * *

Não é esta, porem, a questão que quere-,mos objetivar. Somos partidários extrema-dos da disputa anual do Campeonato Bra-sileiro de Football, do que demos mostra naúltima assembléia geral realizada na C. B.D., quando, representando a Federação Me-tropolitana de Remo, propusemos que a casase manifestasse favoravelmente em tal sen-tido, dando assim força à diretoria da en-tidade, para poder enfrentar as pretensõescontrarias dos grandes clubes cariocas paraextinção gradual do Campeonato Brasileiro,liderados nesse movimento pelo FluminenseF. C. E o Campeonato Brasileiro de Foot-bali ai está, embora os golpes que continuama lhe ser vibrados pelas forças tremenda-mente poderosas que integram a ditadurado nosso football.

• » •

Não representa isto, todavia, uma vitoria,mas tão só uma "pausa para meditação" en-tre duas correntes formadas como decorren-cia da estreita visão e apoucados conheci-mentos administrativos dos que grovernan.a vida de uns poucos clubes desta iiossí.deliciosa São Sebastião do Rio de Janeiro.Assim, com exceção do C. R. Vasco iGama, cujos diretores são os únicos a oom-preendêr que football profissional e preconceitos sociais não se misturam, os demaiclubes vivem em perenes dificuldades fina»ceiras por não disporem de quadros soeie praças de esportes capazes de lhes propi-ciar receitas à altura de suas necessidadesorçamentarias. Isto por náo permitirem oingresso em seus quadros sociais de gentede camadas mais humildes, como é o casodo Flamengo, que podendo ter no mínimouns 20 mil sócios pagantes, não chega a con-tar nem 5 mil, dadas as inúmeras propostasque rejeita, o que não acontece com oVasco.

A obsoleta programação das competiçõesfootballisticas, entretanto, pode ser respon-sabilizada pela exiguidade do potencial fi-nanceiro dos clubes profissionalistas do Rioe São Paulo. Numa época em que o aviãoreduziu o tempo das viagens, é absurdo queainda sejam mantidos nas principais divi-soes clubes de nulas possibilidades técnicas,que nos campeonatos locais representamapenas papel de figurantes e como tal, pesosmortos a serem carregados pelos demais, hno Rio mais grave ainda e o problema emvista de se manter em circulo fechado adivisão principal, a qual nenhum clube podeter acesso ou ser rebaixado, embora aindaexistam duas vagas para completar o nú-mero de competidores ao Campeonato Ca-rioca de Football. Já em São Paulo, como maquinismo de acesso funcionando, dointerior estão surgindo clubes, como o XVde Novembro de Piracicaba e agora o Gua-rani, de Campinas, que estão desbancandoas associações da Capital bandelraute naprimeira divisão.

» • »Mais do que quaisquer outras vantagens,

o Campeonato Mundial de Football que te-remos este ano nos está trazendo as demelhor conhecermos as organizações foot-ballísticas dos mais adiantados centros, so-bre as quais cronistas nacionais e estran-geiros vêm diariamente tecendo considera-ções. E na velha Grã-Bretanha poderemoscolher excelentes ensinamentos para a mo-

dificação do nosso calendário footballistlco,o qual, da maneira por que se acha orgaitl-zado, não mais será capaz de atender à_necessidades do nosso público e dos clubesdas principais capitais. Com o avião, con-forme já acima dissemos, não há mais oproblema das distancias em nosso paus, em-bora a sua descomunal vestidão. Por que en.tão não se traçar novos roteiros, que incluamentre as competições ordinárias, clubes da_nossas principais cidades, hoje praticandoquase tão bom football quanto os do Rio eSão Paulo? Ai está, como ponderável pre-núncio, o êxito do Torneio Rio-São Paulo,o qual, se ampliado para uma grande com-petição aberta a todos os grandes clube,das demais capitais que estiverem capaci-tados para tal. constituirá empreendimentocie remareaveis fatores financeiros e cultu-rais. Veja-se o exemplo da Grã-Bretanha,a qual. a par do campeonato normal dasquatro divisões que realiza anualmente en--tre clubes c faz ainda

' disp1'**'" a Copa da

Inglaterra, aberta a todos os clubes regular-mente funcionando na entidade, e que con-ta este ano com 64 concorrentes, cuja sele-ção é feita por sistema eliminatório.

Não diremos, pois. que de logo se decretoa extinção dos campeonatos regionais con-forme se vem fazendo, onnio tampouco a docampeonato brasileiro. Ainda na Grã-Breta-nha temos o exemplo do sucesso que obtémeles com o campeonato das Ilhas Britânicas,no qual intervém representações da Escócia,Irlanda do Sul e do Norte e Pais de Gales.Tampouco preconizar para o nosso país aaplicação do que ali se pratica, sem se le-var em conta ns profundas diferenciaçõesfréo-politicas que existem entre nós e eles,será rematada tolice. Atualizar, porem onosso calendário, exoerlmentindo a amplia-cão do Rio-São Paulo para uma comnetiçãoaberta a clubes .de outras capitais nãn nosparece debater mi teria inviável, de vez ouea rotina que timbram por manter os res-nons^vels oelos destinos do nosso football éque se encontra absolutamente obsoleta eneentlva.

Um Prêmio LiterárioDE FOOTBALL

(Conclusão da pag. 10)Desde então, os anos se passaram, trazen-

do-nos. cada outono, o seu contingente decontos. a maior parte "fraquinhos", mas ai-gans deles bem feitos, interessantes, trági-cos, humorísticos, que saiam às vezes dapena de um escritor já no limiar de umabrilhante carreira. Uni dos outros cenarls-tas mais cotabos no nof | me $ Io, PierreLaroche (Les Visiteurs » Soln, etc. tevecomo o Prendo de Foótt^h um de seus pn-meiros sucessos. Um dos nossos .recentes"Prêmio Caoncourt" — critico dramático eravoga — diretor atual da Universidade dos"Annales". Francls Ambriere, foi um dosnossos laureados de 1935.

Com efeito, a qualidade das obras premia-das ao louco de vinte e um anos é tal, quea Federação se viu este ano obrigada. P31"-1satisfazer freqüentes pedidos, a reuni-las emum volume sob o título de "30 Shoots auBut".

Ao ler esse livro, admira-se o talento e avariedade do talento manifestado por des-conhecidos, que não tinha, em geral, no co-ração senão o amor por um belo jogo e pela

-boa literatura. André Maurois. que substi-I tuli» depois no júri Jean Giraudoux. diss?j recentemente num artigo sobre "30 Shoots! au But". publicado no jornal "Opera". »l«ej algumas das novelas premiadas eram dignas

de Mérimês e de Rudyard Kiuling.Acaba de ser proclamado há alguns dias

jo laureado de 1949. K*. por certo, uma nni-lher, Myriam Champigny. que nos deu "tusugestivo "monólogo interior", o de "'«aneófita levada pelo marido a um primeiromatch de football. Esse conto figurara, de-certo, numa reedicSo. que s« anuncia parabreve, de "30 Shoots au But".

Entretanto, essa coletânea, de que todosos dias chegam pedidos à FederaçãoFoot-hall para bibliotecas estrangeiras, con-tribui a projetar no mundo moderno esseduplo gosto dos franceses pelo esporte e p? »cultura, cuja aliança nos leva aos belos tem-pos ateniense?

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 70 de fevereiro cie Í950 Página 15

ADEMIU.EXPULSIUma fotografia rara, o atacante Ademir

deixando o eampo, punido pelo juiz. Ademir,

que era tão calmo como meia ou ponteiro, no

comando da ofensiva revelou-se temperamen-tal, reclamando contra quase todas as deci-

soes do juiz. Contra o Flamengo esteve amea-

çado de expulsão, o que se concretizou no

match com o Botafogo. E aos 43 minutos do

primeiro tempo o Vasco deixou de contar com

o concurso do seu valor mais alto da ofensiva.

E os chilenos não vieram mesmo... Não vieram e ninguém se sentiu com cora--em para recriminar e profligar a decisão tomada pelos dirigentes da entidade andina,

forque os argumentos apresentados foram de molde a não deixar duvidas sobre a sm-

ceridade dos motivos alegados. Essa sinceridade «a^e^use^r^a^todtde o inicio quando duas correntes trabalharam em sentido oposto com respmtoa

vinda ou não do selecionado que disputaria duas partidas ™?*™ ~^V> ^^fos

brasileiro. Até mesmo a corrente que se opunha a execursao agiu dentro dos P»»«Plosmais corteses e respeitosos para com os dirigentes e o pubheo ^P^wo

bras ^m,'

porque não esconderam as suas verdadeiras razoes e nao se esqueceram ^e confessar

?Ta excursão redundaria num grande fracasso técnico e íinancmro o qua! acabar*

traduzindo uma autentica burla ao público que acorreria a assistir as duas exibições

mogramadas A outra corrente, aquela que trabalhou para quem o selecionado an-

díno vSse de qiLquer maneha, também teve uma atitude extremamente elogios^dino viesse ae qu chilenos sabem ir a extremos paraque se mamtestou pela certoa'^ *°j! . p^ t ê ou tro vezes discutida a ma-saidar os seus «™P™™

£?££££"ufse formara dentro da Federação Chi-teria pelos »^grantes das du*> ™™™^<*

outra c(mt a]egando motivos muitolona, uma f«™' ¦.^^eridí

nos deixaram a nítida impressão da sinceri-respeitáveis, as alternativas o«««««** estavam

agindo — sinceridade essa

^e»XT ".ÍÍE^mTdèc^^a?ts'termos dasSatisfações pienas dadas

Í= oraP^^^õcs f ami

f ^^^^Z2 SSkta^ «ãfinnatloáos cXm,s ô nosso apreço e o nosso afeto. Os entendi-

mentost proce™ a"^então dentro do ambiente de cordialidade ,ue sempre presi-mentos se PJoc^va T fl resoivido, aguardou-se, em seguida, a datadm as relações entre

^<£is £»os' A^

J„ lecionado chileno, o qual estrearia a

.rdoTo^t0: ™

ra^u^AutãrS enfrentando, em prciio-trein. amistoso, ooito do correme nu r*j _lirfiPÍU

0 Drimeiro impasse, por uma questão de some-«scratch" «.m^^su^u °0prtécnic0 BoPifi Wak sido substituído pelo

nos, de caráter estnt^nente ^™-

«J * )U uma crise mterna que redundou na re-

húngaro Platko e tal ,s»b^"^°.fda kfcisão de Honra. Mas, ò assunto não foinuneia do Sr. Poncea, da 1^'* ™»'

f . discutido sob outro prisma, tfecidindo-se

&5ff*&-SE5*3g?^ permitindo-se assim oue o Sr. Poncea

retirasse o seu pedido de demissão. do nova dccisSo ^^ a Federa-Tudo parecia ja¥^r^5Te&*: não era possível a vinda do seleeio-

ção Chilena, decisão agorajom cara^ „ ^3^, Curso deturpando a verdade

nado. Imediatamente, anteque os 00 ^ dific„idades e em situação dúbia,

dos fatos, para colocar os «^i.gtn . ¦ esClarccendo as verdadeiras razões pelas quais

iim telegrama foi passado a ^

»;, _•' G tcle,rrama: «Com enorme sentimento,era impossível a vinda do scratch ¦

^ clirsào pv0ííramada para os dias 8 e 12 dodevemos comunicar o

^"^^^ira do selecionado pudemos verificar o deplorável es-con ente. Ao alterar a direção

^™* ™£loms

convocados por excesso de treina-tado físico em que se encontram os 30«au ^j^ dc a excursao> realizadamento e atividade ininterrupta,

jhe ^ndo ,* iyo e uma blir,a ao respritavel públicoagora, constituiria um grandeJ^assoump di utada na noite de hoje confirmoubrasileiro. O desastroso ^^^JffiSèo dos jogadores, razão pela qual nos vimosas informações teenicas sobre o esJ*^*^

Quefcremos r0gar-lhes se sirvam com-obrigados a pedir o ^^^^/^^éaimmiaaçm^ tanto mais doloroso quantopreender o nosso sentimento ante tsw c

B D Pe«imos-lhes aceitar asmaior é o apreço e a amizade que nutrm os^

causados ,os ffastos tó<-w<nossas escusas e comunicar-nos <»»p^e ^

^ Cfiníraproducentc para 0 foot.Mesmo vencedora em

^^5es™°™ corrente que por tal se ha tia dar amplas ebali chileno a vinda do scraicn sou

^ brasi|eiro> reve|ando a sinceridade da de-plenas satisfações aos dirigentes a un

os chiicnos Com elegância c educação,cisão que acabava de ser tomaua^ lin0 ainda nao souberamrevelando qualidades que °*

^^^nimento.demonstrar com a mesma virtude e distt ^

I UTOMOBILiSMOtConclusão da pag. 3)

tiripantes das provas, tremando-os com métodos mais seguros demanejo das máquinas. m^ü^Am » notencia de seus

Os motociclistas sáo classificados seguudo a ^Svimentomotores, e a potência se determina fsundo

o de..tmv<e seus cilindros. De maneira çue um m^*° °L °StóèS

en-Pode ter um desenvolvimento de 123 g^5!fí2Li t«ra» de-quanto que um motor pesado de dois cüindi^ podet^mm ae«envolvimento de mais 1.200 centimeum cúbicos. As^™_Ções importantes que ocorrem na íabncaca^ d* «oloucietaí^odc o íim da guerra rreultaxam no tremendo aumento da populaiitlade dos modelos levei-. . ^yia nos gs-Em J946. último ano sobre que se tem danos, navitade« unidos cerca de 300.000 motodeletosje ^^ % ^

fe«"«Ín%S^ do ÍSarT^S não somente seu

uú iustos c razoáveis os motivosVale a penas acentuar que, e^*/\ a decisão'da Federação Chilena provocou

sentados, logo aceitos pelos brasUeiro^icia trabalhou para

r>> oiTio Dais como também c- paísespa

Ci: vizinhos.

apnoutra crise em seu seio, ocor.»- -«- - -

; com a C. B" D. Amiíí0 do Brasil, cujasque fosse cumprido o compromisso assumiu

Vajenzilcla presidente da Federação,. . v tuntas vezes nos tem dado, ow. *¦pi ovas lan^<l^ *c*<=a ooi^iftiiíifiA chileno viesse competir em nosso pais.Chilena, tudo fez para que ° J*g^*™^ e Com o prestigio inegável de que des-Por duas vezes, com a sua

^^1^^en as criscs surgidas no seio da entidade,fruta em seu pais-, o Sr.

^"^"^ ™

stâo para que a Federação Chilena aten-conseguindo que fosse aprovada a^suasuge^

^^ ^ entidade andína em sua

S«ria° reconheceram o estado precário d*s condições físicas dos jogadores chilenosmaioria, retomitxt.»«t .... í„-*««f.io que o selecionado nao deveria vir. Em con-e decidiram, então, em «"^^SSSoS^ O conhecido desportista sul-americano

fundamentou a sua ouwü rrfarfíes nternacionais devido a uma deficiente regu-

grandes golpes em ^™**j£^°^xmQmo^ me«lidas para manfer o seu pres-lamentação, que impede adequadas e nar i

tiírio internacional."Por tais fatos *e pode avaliar da sinceridade com que agiram os chilenos. IS ao se

nnde farer um paralelo entre estes e os argentinos, que usaram de ma fe desde o

Spinalu Sni-Amcricauo do ano passado, aproveHando-se de ^*>«'»»^;

textos inconcebíveis, para faltar com os seus compromissos. Os chilenos souberam

escíarecer devidamente o caso e dar as mais amplas satisfações, confessando

diretamente, sem sofísmas, os motivos que o impediam, a contragosto, de excursionar

ao Brasil para enfrentar o selecionado brasileiro.

rsafe.

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