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Gerenci@l A Responsabilidade Socioambiental no Maranhão

Revista gerenci@l de outubro de 2017

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Page 1: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Ger

enci

@l

A ResponsabilidadeSocioambiental no

Maranhão

E N T R E V I S T A M O S MA R C E L O C O E L H O

S E C R E T A R I O D O M E I O AM B I E N T E E

R E C U R S O S N A T U R A I S D O E S T A D O D O

M A R A N H Ã O  

REFLEXÃO

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GESTÃO

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Page 2: Revista gerenci@l de outubro de 2017

EditorialUnidos pelo amor ao planeta!

Somente recentemente, após longos anos dedicados

profissionalmente à gestão pública, ora como líder

organizacional, gestora em nível tático, palestrante e

instrutora; ora como coordenadora estadual no

Maranhão e consultora ad hoc do Programa da

Qualidade no Serviço Público e do  Programa

Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, 

passei a atuar, também, na área da gestão da

responsabilidade socioambiental e foi amor à

primeira vista!  Embora a mesma estivesse presente

nos instrumentos de diagnóstico nunca percebi ser

este um valor estratégico para as organizações e

pessoas que se propunham a implantar os programas.

As ações eram sempre muito similares à caridade, à

obrigação, descontínuas, sem que um planejamento

contextualizasse as ações à situação do planeta.

Sustentabilidade precisa tornar-se valor

defendido pela geração que está vivendo

sobre a Terra e pelas futuras  gerações se

desejarem possuir um planeta para viver.

PÁGINA 01 PULSANDO LOAEDITORIAL 

Rosa Graça Lima Barreto Domingues Coordenadora do NEP-MARANHÃO

A partir de tudo o que tenho lido e pesquisado passei a acreditar com a força de um guerreiro acuado que

a importância da responsabilidade socioambiental será reconhecida pelos ocupantes da alta gestão 

pública, e planejada nos processos gerenciais. Se

assim não o for, com a licença do genial Caetano,

talvez...

"...somente talvez, tenhamos que

esperar pela ajuda de uma força que virá numa

"Interestelar canoa" de um quasar pulsante loa."

[Rosa Domingues]

Page 3: Revista gerenci@l de outubro de 2017

CONTEÚDO

02EDITORIAL...somente talvez, tenhamos que esperarpela ajuda de uma força que chegaránuma "Interestelar canoa", de umquasar pulsante loa."

09EDUCAÇÃO AMBIENTALÉ O PRIMEIRO PASSO.O secretário destacou a importância da educação ambiental e do Plano Estadual de Educação Ambiental

03ENTREVISTA DO MÊSEntrevistamos Marcelo Coelho, Secretário do Meio Ambiente  e RecursosNaturais do Estado do Maranhão.

15O PROGRAMAMARANHÃO VERDEO programa visa o envolvimento da comunidade da restauração de áreas degradadas e a contrapartida será  uma bolsa de R$300,00 paga a cada dois meses.

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SOBRE O SECRETÁRIO

Marcelo Coelho possui pós-graduação em Gestão

Pública e Gestão Pública Contemporânea pela

Fundação Dom Cabral. É graduado em

Comunicação Social (UFPI) e graduando em

Direito. Habilitado pelo Empretec, é facilitador de

palestras do programa nas áreas de

empreendedorismo e cooperativismo. No

histórico profissional, Marcelo Coelho traz

experiências na Assessoria da Assembleia

Legislativa de Pernambuco, como coordenador

Executivo do Terminal Rodoviário de Teresina e

na Secretaria de Comunicação e Eventos do

Município de Codó. Foi Secretário Municipal de

Agricultura, Pesca e Abastecimento do Município

de São Luís e, atualmente, é Secretário de Estado

de Meio Ambiente e Recursos Naturais do

Maranhão.

PAGINA 03 ENTREVISTA SUSTENTABILIDADE

Entrevista do Mês

ENTREVISTAMOS O SECRETÁRIO DEMEIO AMBIENTE E RECURSOSNATURAIS DO MARANHÃO, MARCELOCOELHO.

Page 5: Revista gerenci@l de outubro de 2017

ResponsabilidadeSocioambiental

A POL I T ICA DE GERENC IAMENTO DERES ÍDUOS SÓL IDOS NO ÂMBITO DO

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

NEP-MA:  Sr. Secretário, nos interessa conhecer a

política e as ações voltadas para o gerenciamento

dos resíduos sólidos no Maranhão e como o

governo atua  para estimular, no âmbito das

organizações públicas estaduais, a gestão dos

resíduos sólidos. Existe uma política de

gerenciamento dos resíduos  que envolva os

municípios? O Estado possui alguma forma de

apoio, de ajuda aos municípios na compreensão do

papel de gerenciar bem os resíduos sólidos?

Marcelo Coelho:: Sabemos que  a gestão dos

resíduos sólidos está definida em Lei , que os

municípios têm que cumprir e o Estado tem a

obrigação de fazer esse acompanhamento. É um

desafio muito grande porque poucas cidades do

Brasil e do Maranhão têm implementado os planos

de resíduos ou sequer têm planos. A nossa

preocupação no momento é fazer com que

primeiramente os municípios se introjetem na

preocupação de fazer funcionar seus municípios em

torno de algumas ações relacionadas aos resíduos

para que eles e os munícipes comecem a entender a

importância disso. É muito importante o

envolvimento da população, é importante que ela

tenha isso com ela. 

A gente tem acompanhado muitos municípios, feito

uma politica de fortalecimento das secretarias

municipais de meio ambiente. Realizamos

seminários regionais, encerrados em agosto em São

Luís. Durante os seminários ouvimos boa parte dos

municípios e lançamos um desafio aos que

participaram dos eventos. Propusemos que eles

implementassem em seus municípios pelo menos

duas ações sendo que uma delas seria a separação

pela população de, no mínimo, dois tipos de

resíduos. O objetivo é que começassem a seleção e 

facilitassem a destinação desses resíduos. Essa

seleção teria como objetivo final a geração de renda

para a população. 

O Secretário do Meio Ambiente e Recursos

Naturais do Estado do Maranhão, Marcelo

Coelho detalhou os desafios enfrentados

na implementação  do Plano de Resíduos

Sólidos nos municípios do Maranhão.  

PÁGINA 04 ENTREVISTASOCIOAMBIENTAL

Page 6: Revista gerenci@l de outubro de 2017

A separação poderia incluir dois dos seguintes tipos

de resíduos capazes de gerar renda para a economia

para os municípios: plástico; papelão; latas de

bebidas; resíduos de alimento dentre outros.  .

Esse é um trabalho inicial porque, para cumprir a lei

relacionada aos aterros nós temos observado que os

municípios não têm recursos e o estado não tem a

obrigação de fazê-lo, então o que a gente faz é a

parceria. Além de fazer esse trabalho para adiantar

um pouco  e fazer com que a população participe na

seleção dos resíduos nós também solicitamos que os

municípios  fizessem uma relação dos catadores de

materiais recicláveis e os ajudassem na organização

em cooperativas ou associações, naquilo que eles

considerassem o melhor, porque a reciclagem vai

gerar renda para eles.

Nos seminários regionais, nos quais a gente trata

com os secretários e também com vários outros 

membros do governo do município a gente leva 

representantes do pessoal que já está organizado 

em São Luís para proferir palestras, mostrar como é

que funciona a atividade de reciclagem,  como uma

forma "benchmark", para eles sentirem que a

atividade pode funcionar e constatarem, vendo a

prática, que dá retorno econômico e social.

Você imagina pessoas no meio do sol quente

separando resíduos? É uma atividade realmente

penosa. Entendo que essas  pessoas têm que ter a

força do poder público como forma de orientação e

de ordenamento e, já que existe a Lei, que os

municípios  se adequem enquanto o governo federal

não disponibiliza algum recurso, uma linha de

crédito ou alguma forma de  facilitar a vida dos

municípios na execução do plano municipal de

resíduos, por que nós do governo estadual no que

podemos ajudar nós ajudamos, que é na orientação

sobre o plano. A gente orienta a elaboração, apoia

no acompanhamento  dos municípios. Fornecemos

a orientação necessária sempre que nos procuram.

PÁGINA 05 ENTREVISTARESPONSABILIDADE

Page 7: Revista gerenci@l de outubro de 2017

NEP-MA: Secretário, a definição de quais materiais

vão ser separados por tipo  é de cada município ou

foi estabelecido um padrão a ser seguido por todos

os municípios? 

Marcelo Coelho:: Eles escolherão os materiais que

eles entenderem que possuem maior valor

econômico pra eles, aqueles que serão capazes de

gerar um crédito econômico para essas famílias, que

é o objetivo da atividade. Eles fazem a coleta de

materiais recicláveis é para ter com que sobreviver

porque não têm emprego ou porque não têm outra

opção de renda. Quando a única opção que eles vêm

é essa, pelo menos que o façam de forma

organizada, com ajuda do município.

NEP-MA:  Secretário, existe algum projeto da

secretaria de meio ambiente para ajudá-los nesse

trajeto, orientando-os, educando-os?

Marcelo Coelho:: A gente tem feito as coisas tudo

embrionariamente porque não existia nenhum tipo 

de ação. A gente não pode chegar começando de

cima para baixo. O que a gente quer primeiro é

orientar e preparar os gestores por que é de lá que

vão sair as políticas. Não adianta a gente chegar para

o pessoal que trabalha nos pontos de descarte e

fazer se depois eles vão ficar sem nenhum tipo de

apoio pra dar prosseguimento. Não vai ter como

executar porque essa execução vem do poder e o

município é que tem a responsabilidade de gestão.

A gente tem que ir pelos caminhos certos, afinal de

contas em nosso estado temos 217 municípios, e

somente uns poucos possuem aterro sanitário.

Quantas pessoas estão pulverizadas nesses locais de

descarte, trabalhando? Como alcançar isso que não

seja através da gestão do município, que tem a

obrigação legal de fazê-lo? Então o caminho ele tem

que ser da parte central da gestão, pra que os braços

possam alcançar o seu objetivo. Não adianta a gente

achar que vai poder resolver isso sozinho que não

vai, até porque tem a legitimidade da força do

município que é a prefeitura. A gente não  pode

chegar e resolver o problema ou achar que pode.  

PÁGINA 06 ENTREVISTASUSTENTABILIADE

Page 8: Revista gerenci@l de outubro de 2017

" O desafio é muito grande porque poucas cidades do Brasil, principalmente do Maranhão, têm implementado o plano de resíduos ou sequer têm planos."

MARCELO COELHO

PÁGINA 07 PARA REFLETIRPENSAMENTO VERDE

Page 9: Revista gerenci@l de outubro de 2017

PÁGINA 08 ENTREVISTAA REALIDADE

É um desafio muito grande, por isso que a gente tem

feito esse trabalho de fortalecimento na gestão dos

municípios. Temos procurado fortalecer e preparar

muito a gestão municipal com relação à questão

ambiental, não somente nos resíduos, mas nós temos

problemas crônicos no Estado além do resíduo, que é

apenas um deles.

Fazemos parte do projeto da FUNASA que está

financiando e ajudando em parceria com a

universidade Fluminense o objetivo de apoiar os

planos de resíduos dos municípios com até 50 mil

habitantes, que é a maior parte dos municípios no

Maranhão. O poder econômico desses municípios, os

recursos que eles dispõem pra investir nessa politica

pública é zero. Os municípios precisam cuidar da

educação, tem caído muito o repasse e muitos estão

com salário de professor atrasado. Outra situação, a

saúde, que nunca empatou o recurso mandado com a

necessidade. Nem com a ajuda do estado e do

governo federal o município consegue oferecer o

atendimento á saúde de uma forma objetiva e que

dê o resultado que a população precisa e as políticas

sociais do próprio município que a gente sabe

que existem pessoas carentes, famílias passando

fome, desemprego grande, então, quando o dinheiro

chega para o gestor ele vai pensar:

-  O que é mais grave agora?

Nunca vai ser a política de resíduos. Vejo que a gestão

de resíduos tem que sair da utopia, ela tem que vir

para a realidade, não tem que ser só uma Lei, tem que

ser um programa que tenha início, meio e fim. Só tem

a obrigação por enquanto, só tem a obrigação, não

existe uma contrapartida, nada, zero! Não adianta

você fazer Lei e jogar de cima para baixo, pro

município, onde o prefeito não está conseguindo

pagar o combustível de ambulância. Como é que vai

ser isso? Ele vai preso mas não consegue realizar.

Então é uma questão que não pode ser utópica. A

conta não fecha, não tem como.

Page 10: Revista gerenci@l de outubro de 2017

NEP-MA: Secretário, é mais importante o município que

mais resíduos recolhe descartados pela população,

mantendo a cidade sempre limpa ou o município onde

menos é descartado pela população? Se o senhor tivesse

que fechar essa conta, como faria sabendo que não há

dinheiro para tudo?

Marcelo Coelho: Educação ambiental, educação

ambiental. No início de nossa gestão priorizamos fazer o

Plano Estadual de Educação Ambiental porque é básico,

sem educação, sem as nossas crianças receberem uma

educação relacionada ao meio ambiente nós não vamos

chegar a lugar nenhum, nós vamos ficar rodando em círculo.

Então, no Plano Estadual de Educação Ambiental do nosso

estado a Secretária de Educação está incluída como parte

importante para o seu sucesso. Passamos dois anos ouvindo

a população; a sociedade civil organizada; os povos

indígenas; os quilombolas, os extrativistas, como as

quebradeiras de cocos e outros. Contemplou-se nesse plano

toda uma população do município. Por quê nós fizemos

regionalizadas? Por núcleos? porque as 18 regionais do

estado são as mesmas da educação. Foram ouvidas porque

o estado é muito grande. Uma área é cerrado; outra área é

cocal; outra área é baixada, é pesca; outra área é indígena e

a gente tem que contemplar todos esses extremos do nosso

estado. A gente não poderia pensar em fazer um Plano

Estadual que não contemplasse todas essas áreas, todos

eles foram ouvidos e o resultado disso é um plano que a

gente tem certeza que vai atender à todos esses municípios,

à todas essas áreas distintas. O Plano vai se tornar Lei. Não

vai ser apenas mais um papel. Temos a informação de que é

o primeiro plano do Brasil.

PÁGINA 09 EDUCAÇÃO AMBIENTALRESPONSABILIDADESOCIOAMBIENTAL

Educação ambiental é o primeiro passo.

Page 11: Revista gerenci@l de outubro de 2017

É necessário que sejam feitas

algumas mudanças. Existe um

programa do Ministério do Meio

Ambiente relacionado ao cerrado

mas esse programa ainda não

chegou a ser executado. É preciso

que a gente pense em algumas

mudanças, por exemplo, como é o

caso da área que deve ser

destinada à reserva legal, ela tem

que ter a mesma qualidade da área

desmatada porque não adianta

você deixar só topo de morro, você

tem que deixar uma área que tenha

o mesmo valor, que vá se manter

melhor, que  traga um retorno

ambiental melhor. 

O C E R R A D O   E O D E S M A T A M E N T O  

NEP-MA: Como convergir em um plano

políticas tão distintas considerando a

diversidade dos biomas maranhenses, tais

como, cerrados, cocais, baixada, etc?

Marcelo Coelho: Em relação a esses biomas

diferentes, a esses comportamentos que

existem  diferentes em cada um dos nossos

biomas, a gente realmente tem um desafio

grande, porque imagina você conter

desmatamento numa região do cerrado que é

a fronteira econômica do país. Existe o

discurso de que o cerrado é que tem mantido

o PIB do Brasil, o PIB do Maranhão. Não

podemos fazer como Estados Unidos, que não

estão preocupados com o meio ambiente,

temos que ter essa preocupação. Temos

licenciado esses empreendimentos, mas

naquilo que a lei nos permite. Eu gostaria que

no cerrado tivesse uma certa mudança, uma

maior mitigação do que está acontecendo,

mas o empreendedor tem o direito e se ele

compra mil hectares de terra, se ele tem que

deixar 20%, ele vai deixar os 20%.

P Á G I N A   |   1 0

A biodiversidade maranhense

Page 12: Revista gerenci@l de outubro de 2017

"Uma área mais elevadanunca vai ter a mesma

qualidade de retenção deágua, de evaporação, de

qualidade de vida dosanimais."

MARCELO COELHO

PÁGINA 11 PARA REFLETIRPENSAMENTO VERDE

Page 13: Revista gerenci@l de outubro de 2017

 NEP-MA: Como a secretaria atua para agregar as

organizações públicas estaduais em torno de uma

política única de responsabilidade socioambiental?

Existe uma politica de gestão dos resíduos resultantes

da atuação do governo ou somente ações isoladas

ainda?

PÁGINA 12 DESAFIOSRESÍDUOS SÓLIDOS

Gestão integrada de resíduos sólidosNAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DO

GOVERNO DO MARANHÃO

Marcelo Coelho: São ainda ações isoladas. Podemos afirmar que

já existe um comportamento geral das secretarias . Em algumas

secretarias ainda é muito difícil se restringir o uso de papel por

causa de processos que ainda não são eletrônicos. Se a gente

não tivesse com o nosso processo no modo eletrônico teríamos

que ampliar nossos depósitos para guardar

processos. Atualmente é o mínimo o que a gente utiliza aqui.

Grande parte das secretarias utilizam politicas de economia e de

mitigação relacionadas ao meio ambiente. Se formos em todas

as secretarias veremos que nelas já existe um programa em

andamento. Não que a gente tenha unificado mas as ações

relacionadas à gestão acabam sendo as mesmas ou muito

semelhantes no Estado, no Tribunal Regional Eleitoral, no

governo federal que aplica a A3P, a Agenda Ambiental na

Administração Pública.

A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações. (Portal Suapesquisa.com)

Page 14: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Segundo dados de 2008divulgados pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, pormeio da Pesquisa

Nacional de SaneamentoBásico - PNSB 3,79% dosmunicípios têm unidade

de compostagem deresíduos orgânicos;

11,56% têm unidade detriagem de resíduos

recicláveis; e 0,61% têmunidade de tratamento

por incineração.PORTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

PÁGINA 13 DESAFIOS ESTATÍSTICA VERDE

Page 15: Revista gerenci@l de outubro de 2017

AgendaAmbientalADOTAR UMA AGENDA AMBIENTAL NOS

ÓRGÃOS PÚBL ICOS É UMA EX IGÊNC IA DOSTEMPOS MODERNOS .

NEP-MA: A Agenda Ambiental na Administração

Pública poderia tornar-se uma boa estratégia no

convencimento das secretarias para uma ação

integrada na gestão dos resíduos sólidos?

Haveria um ganho ambiental?

Marcelo Coelho: Teria um um ganho, inclusive um

ganho econômico, seria muito bom, mas a nossa

política ambiental estava tão abandonada que a

gente está focando naquilo que é mais urgente para

o estado. Hoje nós temos politicas de gestão

de recursos hídricos. Quando a gente chegou

praticamente não existia politica. Se colocarmos o

hídrico, o florestal ou qualquer outra politica

relacionada ao meio ambiente, todas são urgentes e 

o resultado é sempre maior.

NEP-MA: Secretário, qual é a posição atual  do

estado do Maranhão em relação ao País no que se

refere à responsabilidade socioambiental? Como

nos encontramos? Estamos bem? Qual é a nossa

posição nesse ranqueamento, se ele existe?

Marcelo Coelho:  Não estamos ruim não. Nós temos

avançado . O nosso programa Atitude Consciente

tem alcançado bons resultados bem.

Ele não é a nossa política principal mas temos

agregado muita força e estamos realizando um

trabalho de expansão do programa Atitude

Consciente. Já realizamos várias ações e temos

alcançado bons resultados. É um programa que

permeia os meandros das politicas de

responsabilidade socioambiental. 

A Agenda Ambiental na Administração

Pública (A3P) é um programa do Ministério do

Meio Ambiente que objetiva estimular os

órgãos públicos do País a implementarem

práticas de sustentabilidade. A adoção da

A3P demonstra a preocupação do órgão em

obter eficiência na atividade pública

enquanto promove a preservação do meio

ambiente.

PÁGINA 14 A3PAGENDA AMBIENTAL

Page 16: Revista gerenci@l de outubro de 2017

O programa Maranhão VerdeMarcelo Coelho:  O programa Atitude Consciente

já teve suas ações realizadas ele em várias

ocasiões, nas praias, por exemplo, a ação que nós

fizemos levando a comunidade, coletamos mais

de 4 toneladas de lixo que foram retirados das

praias. Realizamos visitas aos empreendedores

da praia, todos eles,  marisqueiros, os donos de

bares, restaurantes, já executamos várias ações

relacionadas aos locais em que há maior impacto

quanto à balneabilidade das praias. A gente

trabalhou muito até chegarmos à liberação das

praias quanto à balneabilidade. Atualmente 98%

das praias estão liberadas para uso. 

Lançamos há três meses o programa Maranhão

Verde que consegue agregar muito a força das

pessoas, foi tornado lei e a gente já está

trabalhando para envolver os moradores de áreas

que precisam ser reflorestadas. A primeira parte

a ser lançada será a de Mirador, onde temos uma

unidade de conservação de mais de 740 mil

hectares.

Nessa região estão localizadas as nascentes dos

rios Itapecuru e Alpercatas, que é um afluente do

Itapecuru. Colocamos a comunidade para

participar porque além de ser um fator social,

trazemos a sociedade para dentro do programa, 

colocamos também a parte da economia que é

uma bolsa para as famílias que estão abaixo da

linha de pobreza, fizemos o levantamento e

vimos essa necessidade. A bolsa é somente para

quem participar do programa Maranhão Verde.

O programa seleciona as famílias e não as

pessoas. Abrimos um edital, as famílias se

inscrevem e após a seleção eles vão passar por

um treinamento. Depois do treinamento para

saber como é que se colhe uma semente da

própria área degradada pra não levar espécies

diferentes, já podemos fazer o lançamento do

programa na região. Eles receberão, além do

treinamento, os recursos materiais necessários

para a realização do trabalho de coleta..  A bolsa

terá um período de manutenção de dois anos.

PÁGINA 15 O PROGRAMAMARANHÃO VERDE

Page 17: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Segundo dados de 2008divulgados pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, pormeio da Pesquisa

Nacional de SaneamentoBásico - PNSB, 99,96% dos

municípios brasileirostêm serviços de manejo de

Resíduos Sólidos, mas50,75% deles dispõem

seus resíduos emvazadouros; 22,54% em

aterros controlados;27,68% em aterros

sanitários.PORTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

PÁGINA 16 DESAFIOSESTATÍSTICA VERDE

Page 18: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Marcelo Coelho: A coleta de sementes será

realizada no próprio local degrado pra manter as

características  originais do bioma e as famílias

selecionadas vão receber, além da orientação, o

material que vão precisar para o trabalho. Haverá

acompanhamento em visitas que vão ser realizadas

por meio da equipe da biodiversidade da SEMA

que é composta por biólogos da própria secretaria. 

O valor da bolsa será de R$ 300,00 (trezentos reais)

pagos de dois em dois meses e no meio desse

período teremos a emissão de relatórios por nosso

pessoal que vai pra lá, reúne com eles, conversa,

acompanha o que foi feito. O controle será ainda

mais eficaz porque faremos uma concorrência para

a contratação de instituições que realizarão o

controle e o acompanhamento conosco.

NEP-MA: Haverá possibilidade real de

controle com locais distantes e em grande

número para visitar, considerando a

existência de um número limitado de

pessoas da secretaria?

Marcelo Coelho: Tem, tem sim porque

faremos uma concorrência para contratação

de instituições que participarão do projeto.

Faremos a capacitação e eles vão realizar o

acompanhamento junto conosco. Para você

ter uma ideia, na região de Mirador já tivemos

esse ano a ocorrência de várias queimadas e é

muito difícil controlar queimadas. Fizemos

uma parceria com o Corpo de Bombeiros para

o treinamento dos brigadistas civis dos

municípios no ano passado e conseguimos

diminuir em 39% o número de focos de

incêndios.  A partir do mês de agosto, quando

as chuvas se aproximam eles fazem o aceiro, esem nenhum tipo de controle, sem buscar nenhum tipo de orientação, queimam a mata

e é crime!

Na região de Mirador já tivemos esse ano a ocorrência de várias

queimadas e é muito difícil controlar queimadas.

Como será o Controle?

PÁGINA 17 O CONTROLEQUEIMADAS

Page 19: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Marcelo Coelho: Estamos preparando uma

portaria para publicar, proibindo qualquer tipo de queimada no período de agosto a

outubro por que é o período mais seco.

Nem pedindo autorização, porque

algumas empresas, as que tem plantio de

cana-de-açúcar, por exemplo, elas fazem a

queimada para depois colher a cana.

O maior problema é a falta de

conhecimento de alguns  produtores, ou

eles conhecem e mesmo assim eles correm

o risco, põem fogo fora de horário, porque

tem horário para isso, eles põem fogo na

roça na posição errada, porque tem a

questão do vento, existe todo um conjunto

de orientações que eles têm que ter para

fazer uma queimada controlada. 

 .  PÁGINA 18  DESAFIOSO FUTURO

Eles não consideram nada.O que for mais fácil para eles

é o que eles fazem.Na execução do aceiro eles

não consideram os 3 metrosobrigatórios.

Aonde o fogo vai, eles vão.É uma grande dificuldade masestamos dispostos a enfrentar

e superar os problemas.[Marcelo Coelho]

Page 20: Revista gerenci@l de outubro de 2017

Agradecemos a formagentil e acolhedora como

fomos recebidos eatendidos na Secretaria

de Meio Ambiente eRecursos Naturais do

Maranhão por seu titulare colaboradores, antes,

durante e depois daentrevista.

ROSA GRAÇA LIMA BARRETO DOMINGUES COORDENADORA DO GT/PT/140/2017 COORDENADORA DO NEP-MARANHÃO

PÁGINA 19 REFERÊNCIASAGRADECIMENTOS

Em São Luís, Maranhão Redação, Administração e Correspondência: Gerência Executiva do INSS em São Luís,

Av. dos Holandeses, 32, Alto do Calhau, São Luís, MA, 65071-380

Produção: Núcleo da Excelência Pública no Maranhão / NEP-MA

Entrevista, edição e revisão: Rosa Graça Lima Barreto Domingues

Transcrição dos áudios e digitação da entrevista: Lucilene da Silva

Portal - https://nepmaranhao.jimdo.com e Telefone - (98) 3231-7660

Todas as imagens usadas estão disponíveis na internet para livre download