76
Rococó na Europa

Rococó e Setecentismo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Rococó e Setecentismo

Rococó na Europa

Page 2: Rococó e Setecentismo

• Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.

• Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal.

• Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.

Page 3: Rococó e Setecentismo

• O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizadas originariamente na decoração de grutas artificiais.

• Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.

Características gerais:

• Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. • Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, ¹ frivolidade e exuberante.

1 – Frivolidade: caracterizado por falta de seriedade ou sentido

Page 4: Rococó e Setecentismo

Arquitetura• A arquitetura rococó é marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição dos

ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e caprichoso. Essa manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes.

• Principal Artista:

* Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.

Page 5: Rococó e Setecentismo

Igreja de VierzehnheilingJohann Balthasar Neumann (XVIII)

Page 6: Rococó e Setecentismo

Igreja de VierzehnheilingJohann Balthasar Neumann (XVIII)

Page 7: Rococó e Setecentismo

Igreja de VierzehnheilingJohann Balthasar Neumann (XVIII)

Page 8: Rococó e Setecentismo

PINTURA• Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes

decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens.

Tem como principais características:• Cores claras• Tons pastéis e douramento• Representação da vida profana da aristocracia• Representação de Alegorias• Estilo decorativo

Page 9: Rococó e Setecentismo

Antoine Watteau

• Jean-Antoine Watteau, mais conhecido por Antoine Watteau ou simplesmente Watteau, (10 de Outubro de 1684, Valenciennes – 18 de Julho de 1721, Nogent-sur-Marne), foi um pintor francês do movimento rococó. Tendo sido uma das principais figuras deste período artístico, destacou-se pelas suas pinturas de temas galantes e pastorais inspirados na Commedia Dell’Arte.

• As suas paisagens campestres bucólicas são palco de festas, encontros e representações teatrais onde a sua pincelada liberta representa os prazeres quotidianos da sociedade burguesa associados a uma grande variedade de trajes que fizeram moda.

Auto Retrato

Page 10: Rococó e Setecentismo

La Gamme d'Amour, c. 1710-20, Londres.

Page 11: Rococó e Setecentismo

A Halt During the Chase - 1720

Page 12: Rococó e Setecentismo

Fêtes Vénitiennes - 1718-19

Page 13: Rococó e Setecentismo

Italian Comedians - 1720

Page 14: Rococó e Setecentismo

Merry Company in the Open Air - 1716-19

Page 15: Rococó e Setecentismo

Jean-Honoré Fragonard

• Jean Honoré Fragonard (Grasse, 5 de abril de 1732 - Paris, 22 de agosto de 1806) foi um pintor francês, cujo seu estilo Rococó foi distinguido por uma forma notável de facilidade, exuberância e hedonismo. Um dos mais prolíficos artistas ativos nas últimas décadas do Antigo Regime, Fragonard produziu mais de 550 pinturas (sem contar com desenho e água-forte), dos quais apenas cinco estão datadas. Entre suas obras mais populares são as pinturas de gênero que conseguiram transmitir a atmosfera da intimidade e do erotismo.

Inspiração (Auto-Retrato), 1769, Louvre, Paris.

Page 16: Rococó e Setecentismo

Le verrou, 1780

Page 17: Rococó e Setecentismo

L'aurore

Page 18: Rococó e Setecentismo

La visite à la nourrice

Page 19: Rococó e Setecentismo

ESCULTURA• Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura,

não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente.

• Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.

• Principais Artistas:

* Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.

* Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".

Page 20: Rococó e Setecentismo

Ignaz Günther

• Ignaz Günther (nasceu em 22 de novembro de 1725 em Altmannstein, Alemanha; morreu em 27 de junho de 1775 em Munique).

• Estudou sobre o baptist Straub de Johann de 1743 a 1750 e sobre Paul Egell em Mannheim de 1751 a 1752. Em 1753, trabalhou na Academia de Viena de artes finas. Em 1754, abriu sua própria loja em Munique. Gravura em pedra de Ignaz

Günther

Page 21: Rococó e Setecentismo

Setecentismo

Page 22: Rococó e Setecentismo

Neoclassicismo

• Movimento cultural do fim do século XVIII, o Neoclassicismo está identificado com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao estilo barroco. No entanto, o Neoclassicismo propõe a discussão dos valores clássicos, em contraposição ao Classicismo renacentista, que apenas replicava os princípios antigos sem críticas aprofundadas. A concepção de um ideal de beleza eterno e imutável não se sustenta mais. Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser adaptados à realidade moderna.

Page 23: Rococó e Setecentismo

Literatura• Os textos empregam linguagem clara, sintética, gramaticalmente

correcta e nobre. A forma liberta-se um pouco do rigor do classicismo anterior. A principal expressão do movimento na literatura é o arcadismo, manifestado na Itália, em Portugal e no Brasil.

• Na França, os novos ideais iluministas são a base dos textos. Os principais autores são Montesquieu (1689-1755) e Voltaire. O primeiro é autor, entre outras, da obra Do Espírito das Leis. Voltaire experimenta vários gêneros: tragédia (A Morte de César), poesia (Discurso sobre o Homem), contos fantásticos (Zadig) e romance de fundo moral (Cândido). No final do século, uma visão crítica da aristocracia é dada por Choderlos de Laclos (1741-1803), em As Relações Perigosas, e pelos romances eróticos do Marquês de Sade (1740-1814) e de Restif de la Bretonne (1734-1806). Na Inglaterra destacam-se Robinson Crusoe, de Daniel Defoe (1660-1731), e As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift (1667-1731).

Page 24: Rococó e Setecentismo

• A sua principal expressão na literatura , o Arcadismo foi um movimento literário que buscava basicamente a simplicidade, oposto a confusão e do retrocedimento barroco. Retrata a vida pastoril e harmônica do campo. As referencias clássicas voltam, e as obras são recheadas de seres da mitologia grega. Porém se observa que a mitologia, que era um acervo cultural concreto de Grécia, Roma e mesmo do Renascimento, agora se converte apenas num recurso poético de valor duvidoso. Também se destaca Éclogas de Virgílio e dos Idílios de Teócrito, obras clássicas que retratam a natureza harmônica, e por isso são os dois autores mais imitados pelos árcades.

• Os árcades, ao contrario do barroco, preferiam uma visão equilibrada do mundo. Sem exageros, sem conflitos, apenas a simplicidade.

Literatura

Page 25: Rococó e Setecentismo

Artes

• A arte neoclássica busca inspiração no equilíbrio e na simplicidade, bases da criação na Antiguidade. As características marcantes são o caráter ilustrativo e literário, marcados pelo formalismo e pela linearidade, poses escultóricas, com anatomia correta e exatidão nos contornos, temas "dignos" e clareza.

Page 26: Rococó e Setecentismo

Pintura• Pintura do neoclassicismo desenvolve-se durante o final do século XVIII a partir

de França, como reação aos excessos do barroco e do rococó, no contexto cultural do Iluminismo e da influência da Antiguidade Clássica, impulsionada pelas escavações das cidades da Roma Antiga, Pompéia e Herculano.

• As alterações políticas da época, nomeadamente o término do absolutismo e a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma Antiga), temas do quotidiano e ainda mitológicos.

Page 27: Rococó e Setecentismo

Jacques-Louis David• Jacques-Louis David pintor francês

nascido em (30 de agosto de 1748 em Paris – 29 de dezembro de 1825) em Bruxelas, foi o mais característico representante do neoclassicismo. Este pintor francês controlou durante anos a atividade artística francesa, e européia, sendo o pintor oficial da Corte Francesa.

• Entre seus quadros mais famosos estão o retrato de Napoleão, a morte de Sócrates e O juramento dos Horácios.

Auto Retrato

Page 28: Rococó e Setecentismo

Napoleão cruzando Saint-Bernard (1800)

Page 29: Rococó e Setecentismo

Sócrates no leito de morte, 1787

Page 30: Rococó e Setecentismo

O Rapto das sabinas

Page 31: Rococó e Setecentismo

O Juramento dos Horácios, por Jacques-Louis David, 1784, óleo sobre tela, 330 × 425 cm, Louvre, Paris.

Nesta obra de temática inspirada na história da Roma Antiga, os valores estéticos da Antiguidade servem de veículo condutor a uma mensagem atual: cidadãos (homens livres), agarram em armas, ou seja, tomam nas suas mãos o poder sobre o futuro da nação. A obra fez furor no Salão de Paris em 1784.

Page 32: Rococó e Setecentismo

Jean Auguste Dominique Ingres• Jean Auguste Dominique Ingres, mais conhecido simplesmente por

Ingres, (29 de Agosto de 1780, Montauban – 14 de Janeiro de 1867, Paris) foi um pintor francês do neoclassicismo.

• Foi um discípulo de David e um notável desenhador. Das suas obras ressalta a mestria no tratamento do nu feminino, em composições inspiradas nas pinturas e nos baixos-relevos antigos, aos quais não é alheia a sua estada em Itália. As formas, de contornos nítidos e concisos, são de uma beleza e serenidade de desenho verdadeiramente incomparáveis.

• A sua pintura está longe de tudo quanto é dramático revelando a atenção do autor em relação a tudo o que é escultórico e imutável. A delicadeza do desenho foi reforçada pela suavidade cromática com a utilização de cores claras e luminosas, onde os brancos não são frios nem agressivos, mas se combinam, magistralmente, com os tons da carnação dos seus nus. O negro foi utilizado puro e empregue propositadamente com o objectivo de conseguir contrastes e reforçar a modelação. O pintor Jean Auguste Domingues Ingres foi um desenhista nato, aluno de Jacques Louis David, que foi um pintor oficial da Corte Francesa. Jean Auguste foi indiciado uma espoca por ser gay, pois preferia desenhar homens nus do que mulheres, mas é a mais pura mentira. Ele se dedicava bastante no desenho do nu feminino, onde era especialista.

• Da temática utilizada por Ingres destaca-se, na sua fase final, o gosto pelo exótico, de que são exemplo A Odalisca e o Banho Turco. No entanto, foi como desenhador retratista de figuras públicas e da sociedade que alcançou notoriedade. Mais raramente, foi paisagista e pintor histórico. Ingres foi casado com Madeleine Chapelle em 1813.

Auto-retrato com 24 anos

1804, França.

Page 33: Rococó e Setecentismo

The Valpincon Bather1808

Page 34: Rococó e Setecentismo

Rüdiger Freeing Angelica

Page 35: Rococó e Setecentismo

The Apotheosis of Homer, 1827

Page 36: Rococó e Setecentismo

1828 - The entry of the future Charles V into Paris, 1358

Page 37: Rococó e Setecentismo

The Grand Odalisque

Page 38: Rococó e Setecentismo

The source, 1830

Page 39: Rococó e Setecentismo

• Na escultura, o movimento do neoclassicismo buscava inspiração no passado. A estatuária grega foi o modelo favorito pela harmonia das proporções, regularidade das formas e serenidade da expressão. Apesar disso, não atingiram a amplitude nem o espírito da escultura grega. Também foi menos ousada que a pintura e arquitectura de seu tempo. Entre os principais escultores destaca-se o italiano Antonio Canova (1757-1822), que retrata personagens contemporâneos como divindades mitológicas como Pauline Bonaparte Borghese como Vênus (1808); Psiché reanimada pelo beijo do amor.

Escultura

Page 40: Rococó e Setecentismo

Características Gerais• Temas: históricos, literários, alegóricos e mitológicos. Serviram de base para a representação de figuras

humanas com poses semelhantes às dos Deuses gregos e romanos.

• Estatuária: representou figuras de corpo inteiro ou bustos e relevos pouco pessoais glorificando e fazendo publicidade a políticos ou figuras importantes das cidades (praças, casas de nobres e burgueses ou cemitérios).

• Relevos: têm o mesmo sentido honorífico e alegórico da estatuária e revestem as frontarias de edifícios públicos ou de palácios.

• Formas de Representação: de inspiração clássica foram representados com toda a minúcia, os corpos eram nus ou semi-nus, formas reais, serenas e de composição simples. Rostos individualizados (da pessoas que queriam representar), mas com pouca expressividade. Seguiram os cânones da escultura clássica, sem qualquer liberdade criativa.

• Técnica: são obras perfeitamente conseguidas, onde a sua concepção se baseia em maquetas de barro ou gesso para um primeiro estudo. Acabamentos rigorosos e relevos de pouca profundidade.

• Materiais: mármore branco que representava a pureza, limpidez e brilho o bronze, mas em menor quantidade.

Page 41: Rococó e Setecentismo

Antonio Canova• Escultor e pintor italiano, Antonio

Canova, nasceu em Possagno a 1º de novembro de 1757 e morreu em Veneza a 13 de outrubro de 1821. Órfão, foi criado pelo avô, que o colocou, ainda criança, como aprendiz numa marmoraria. Seus pendores para a escultura cedo se revelaram e Canova aos 16 anos já recebia as primeiras encomendas. Até a morte gozou sempre de enorme prestígio nos meios aristocráticos, artísticos e intelectuais, sendo considerado o maior escultor de seu tempo.

Page 42: Rococó e Setecentismo

Cupid - Late 18th century

Page 43: Rococó e Setecentismo

Cupid and Psyche - 1808

Page 44: Rococó e Setecentismo

Dancer - 1812

Page 45: Rococó e Setecentismo

Orpheus - 1770

Page 46: Rococó e Setecentismo

The Three Graces

Page 47: Rococó e Setecentismo

Paris - Early 19th century

Page 48: Rococó e Setecentismo

Arquitetura• A Arquitetura neoclássica foi produto da reação antibarroco e anti-rococó, levada a cabo pelos novos

artistas-intelectuaisdo século XVIII. Os Arquitetos formados no clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da Arqueologia e da História.

• Algumas características deste movimento artístico na arquitectura são

* Materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras) * Processos técnicos avançados * Sistemas construtivos simples * Esquemas mais complexos, a par das linhas ortogonais * Formas regulares, geométricas e simétricas * Volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos * Uso de abóbodas de berço ou de aresta * Uso de cúpulas, com frequência marcadas pela monumentalidade * Espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais de grande racionalidade * Pórticos colunados * Entablamentos direitos * Frontões triangulares * A decoração recorreu a elementos estruturais com formas clássicas, à pintura rural e ao relevo em estuque * Valorizou a intimidade e o conforto nas mansões familiares * Decoração de carácter estrutural

Page 49: Rococó e Setecentismo

Igreja de Madeleine

Page 50: Rococó e Setecentismo

Place de La Concorde - Igreja de Madeleine

Page 51: Rococó e Setecentismo

Igreja de Madeleine

Page 52: Rococó e Setecentismo

Igreja de Madeleine

Page 53: Rococó e Setecentismo

Interior Igreja de Madeleine

Page 54: Rococó e Setecentismo

Interior Igreja de Madeleine

Page 55: Rococó e Setecentismo

Interior Igreja de Madeleine

Page 56: Rococó e Setecentismo

Interior Igreja de Madeleine

Page 57: Rococó e Setecentismo

Igreja de Santa Genoveva, hoje Panthéon

Page 58: Rococó e Setecentismo

Interior da igreja de Santa Genoveva, hoje Panthéon

Page 59: Rococó e Setecentismo

Interior da igreja de Santa Genoveva, hoje Panthéon

Page 60: Rococó e Setecentismo

O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées.

Page 61: Rococó e Setecentismo
Page 62: Rococó e Setecentismo
Page 63: Rococó e Setecentismo
Page 64: Rococó e Setecentismo

Arco do Triunfo ( Detalhe )

Page 65: Rococó e Setecentismo

Arco do Triunfo ( Detalhe )

Page 66: Rococó e Setecentismo

Neoclassicismo no Brasil

• Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios. Nela está, entre outros, o pintor Jean-Baptiste Debret, que retrata com charme e humor costumes e personagens da época. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas-Artes, futura Academia Nacional, que adota o gosto neoclássico europeu e atrai outros pintores estrangeiros de porte, como Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Pintores brasileiros desse período são Manuel de Araújo Porto-Alegre e Rafael Mendes Carvalho, entre outros.

• No país, a tendência torna-se visível na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de Montigny (1776-1850), que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, adaptam a estética neoclássica ao clima tropical. Mesmo que sua fundamentação fosse de uma sociedade agrário-escravocrata e com um comércio relativamente atrasado, tendo um governo monárquico.

Page 67: Rococó e Setecentismo

• Na pintura, a influência neoclássica está submetida ao romantismo. A composição e o desenho seguem os padrões de sobriedade e equilíbrio, mas o colorido reflete a dramaticidade romântica. Um exemplo é Flagelação de Cristo, de Vítor Meirelles (1832-1903).

• Na literatura, a principal expressão é o arcadismo, caracterizado por um estilo mais simples e objetivo e pela temática voltada para a natureza. Os seus principais poetas encontram-se em Vila Rica, centro cultural do Brasil na época. A vida no campo é também abordada , mas os pastores europeus são substituídos pelos vaqueiros brasileiros. Cláudio Manuel Costa (1729 - 1789), Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e Silva Alvarenga (1749-1814) são os principais poetas do movimento no Brasil.

Page 68: Rococó e Setecentismo

Jean-Baptiste Debret• Jean-Baptiste Debret (Paris, 18 de abril de 1768 —

Paris, 28 de junho de 1848) foi um pintor e desenhista francês. Integrou a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura.

• De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX.

• Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da atual bandeira republicana, adotada em 19 de novembro de 1889.

Jean-Baptiste Debret: auto-retrato publicado em Voyage pittoresque et historique au

Brésil (1834).

Page 69: Rococó e Setecentismo

Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo.

Page 70: Rococó e Setecentismo

Jean-Baptiste Debret (1768-1848), Rideau de scène du Théâtre de la Cour à l’occasion du couronnement de D. Pedro I er.

Page 71: Rococó e Setecentismo

Viagem da família real portuguesa para o Brasil

• Em 1806, com a declaração do Bloqueio Continental por Napoleão Bonaparte, Portugal se viu diante de um dilema insolúvel. O decreto exigia que as nações européias deixassem de comerciar com a Inglaterra, fechando seus portos aos navios ingleses. Com isso Napoleão pretendia quebrar o poderio econômico de seu principal inimigo e exercer total domínio sobre a Europa.

• Portugal e Inglaterra eram velhos parceiros comerciais. Acatar o bloqueio imposto por Napoleão significava para Lisboa expor o reino e suas colônias às represálias inglesas. Não acatá-lo, porém, seria uma afronta a Napoleão, e o país correria o risco de uma invasão. Durante quase dois anos, a diplomacia portuguesa procurou ganhar tempo, dilatando as negociações. Foi ao extremo de fingir uma guerra contra os ingleses para enganar a França. Esses esforços, no entanto, não surtiram efeito.

• Em agosto de 1807, com a paciência esgotada, Napoleão ordenou a invasão de Portugal. Comandadas pelo general Junot, as tropas invasoras chegaram às portas de Lisboa em novembro de 1807. No dia 29 desse mês, dom João e sua corte bateram em retirada, embarcando para a colônia portuguesa na América.

• A princesa Carlota Joaquina nunca gostou da idéia e relutou terminantemente contra o embarque até o último minuto. Queria ficar e enfrentar Napoleão. "Está para nascer o homem que me fará ir para aquela terra de ninguém! Naquele quinto dos infernos, não colocarei meus pés jamais!", teria dito. Porém, seus argumentos não surtiram efeito e a fuga da corte portuguesa se transformou em um fato.

Page 72: Rococó e Setecentismo

• Os membros da Família Real saíram de Lisboa na madrugada do dia 27 de novembro de 1807. Já na madrugada do dia 29 de novembro um vento favorável permitiu que a esquadra rumasse ao Brasil. O General Junot entrou em Lisboa às 9 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo a sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa que se rendeu e se pôs às suas ordens. Enquanto isso, os navios das esquadras portuguesa e inglesa se dispersaram devida a uma forte tempestade ocorrida. Em 5 de dezembro de 1807 os navios conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a Ilha da Madeira.

• Chegaram à costa da Bahia no dia 18 de janeiro de 1808 e no dia 22 os habitantes da Cidade de Salvador já puderam observar os primeiros navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, depois de todos os navios da esquadra estarem fundeados, o Conde da Ponte (governador da Bahia na época) foi a bordo do navio Príncipe Real. Já no próximo dia os membros da Câmara foram a bordo do mesmo navio.

• A comitiva real só desembarcou na Bahia às cinco horas da tarde do dia 24, com uma imensa solenidade. Então embarcaram rumo a cidade de Rio de Janeiro, aonde chegaram no dia 8 de março, no cais do Largo do Paço, na atual Praça XV em Rio de Janeiro.

• A família real então foi alojada em três prédios no centro da cidade, logo após colocar na rua o vice-rei Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, e todas as internas de um convento de carmelitas. Os demais agregados se espalharam pela cidade, em residências confiscadas da população. Esta era a famosa política chamada de “Ponha-se na Rua”, cujo nome foi dado pelos cariocas, inspirando-se nas iniciais “PR”, vindas de “Príncipe Regente” ou de “Prédio Roubado” como os mais irônicos diziam. Estas iniciais eram marcadas nas portas das casas que eram requisitadas para os nobres vindos de Portugal.

Page 73: Rococó e Setecentismo

Um novo Brasil• A presença da família real em terras coloniais era um fato inusitado e acabou

provocando muitas transformações no Brasil. Em 10 de setembro de 1808, por exemplo, começou a circular o primeiro jornal editado no Brasil. Era a Gazeta do Rio de Janeiro, impresso na tipografia da Imprensa Régia. Com apenas quatro páginas, a publicação se limitava a divulgar notícias oficiais e de interesse da família real. Mas a partir daí surgiram tipografias em diversas regiões do país e outros jornais passaram a ser publicados.

• Mais significativa, no entanto, foi a publicação, entre 1808 e 1822, do Correio Brasiliense, editado em Londres por Hipólito José da Costa, um brasileiro que estudara na Universidade de Coimbra e se filiara ao movimento liberal. Trazido clandestinamente ao Brasil por comerciantes ingleses, o jornal de oposição ao governo joanino contribuiu para incluir na elite brasileira as idéias liberais que formaram a ideologia do movimento de independência.

Page 74: Rococó e Setecentismo

Primeiro bilhete de banco, precursor das cédulas atuais, foi lançado pelo Banco do Brasil, em 1810.

Page 75: Rococó e Setecentismo

Mudanças ocorridas• Algumas mudanças que ocorreram com a vinda da Família Real para o Brasil:

* A fundação do Banco do Brasil, em 1808; * A criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e

para a publicação de jornais também em 1808; * A abertura de algumas escolas, entre as quais duas de medicina – uma na Bahia e

outra no Rio de Janeiro; * A instalação de uma fábrica de pólvora e de industrias de ferro em Minas Gerais e em

São Paulo; * A vinda da ‘’Missão Artística Francesa’’, em 1816, e a fundação da Academia de Belas-

Artes; * A mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar

‘’capitanias’’ e passaram a denominar-se ‘’províncias’’ (1821); * A criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) e do Museu Real

(1818), mais tarde Museu Nacional.

Page 76: Rococó e Setecentismo

Bruno Conti

• Trabalho História da Arte• 1º Semestre• UNAR