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Trabalho apresentado como tarefa final da disciplina Cultura Religiosa III, ministrada pelo professor Pierre, na instituição Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia - FFSD - Nova Friburgo, RJ.
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SatanismoFrancielle Eller Sangy
Isabel Folly Ferreira
John Ervilha Mello
Renata ?
Willian Klein Estevão
Faculdade de Filosofia Santa DorotéiaJunho de 2012
Satã- Etimologia:
• Em hebraico o termo quer dizer “adversário”, “opositor”, “se
opondo”, “aquele que planeja contra outro”.
• O termo Satã originou-se do Judaísmo e se expandiu entre
cristãos e seguidores do Islamismo, chegando desse modo a
disseminar-se entre diferentes culturas. O termo Satanismo
foi utilizado pelas religiões abraâmicas para designar
práticas religiosas que consideravam estar em oposição
direta ao Deus abraâmico (o Deus de Abraão).
As Origens Mitológicas de SatãSatã na Bíblia:
• Em Gênesis (capítulo 3) Satã
aparece sob a forma de serpente,
habitando o paraíso ao lado de
Adão e Eva. Sua presença junto à
Árvore do Conhecimento do Bem e
do Mal é simbolicamente
importante e, até certo ponto,
esclarecedora. Sua oferta à
humanidade então nascente de
fazê-la despertar e tornar-se, por
assim dizer, divina, mostrou-se
irresistível.
As Origens Mitológicas de SatãSatã na Bíblia:
• Em I Crônicas 21:1 aparece
instigando Davi a fazer um censo
de Israel: “Então Satanás se
levantou contra Israel, e incitou
Davi a numerar Israel.”
• Apareceu para Jesus, quando
este estava no deserto: “E esteve
no deserto quarenta dias sentado
tentado por Satanás; estava entre
as feras, e os anjos o serviam.”
(Marcos 1:13)
As Origens Mitológicas de SatãSatã na Bíblia:
• Em Apocalipse 12:9: “E foi
precipitado o grande dragão, a
antiga serpente, que se chama o
Diabo e Satanás, que engana todo
o mundo; foi precipitado na terra,
e os seus anjos foram
precipitados com ele.”
• Dentre diversas outras aparições,
em diferentes conotações, em
Ezequiel, Jó, Zacarias, Mateus,
Tiago, Marcos, 1 Pedro, etc.
Satã e (é?) Lúcifer:• Em latim, o nome Lucifer,
“Portador de Luz” era dado à
Estrela d'Alva ou Estrela da Manhã,
o planeta Vênus em suas aparições
matinais. Na Vulgata, versão
canônica da Bíblia para o latim ao
longo da maior parte da existência
da Igreja Católica, essa palavra é
usada nesse sentido por duas
vezes:
Isaías ,14:12-15
II Pedro, 1:19
Satã e (é?) Lúcifer:• Em Isaías cap. 14, aparece como
tradução do hebraicoהילל (Hêlēl)
que também significa “Estrela
d'Alva”, ou mais precisamente הילל
Estrela“ ,(Hêlēl ben Shahár) בן־ׁשSחר
d'Alva, filho da Manhã”, vertido na
Vulgata como Lucifer qui mane
oriebaris (literalmente, "Estrela
d'Alva que nascia da Manhã").
Nessa passagem, como o próprio
profeta deixa claro, o nome é dado
ao rei da Babilônia, cuja tirania
haveria de cair.
Satã e (é?) Lúcifer:
• Na Segunda Epístola de Pedro, 1:19,
traduz o grego Φωσφόρος,
Phosphoros, que tem exatamente o
mesmo sentido literal de “Portador
de Luz" do latim e neste caso é uma
metáfora para Cristo ou o
cristianismo.
Satã e (é?) Lúcifer:
• A palavra Lucifer também aparece
duas vezes na versão da Vulgata do
livro de Jó, com outros sentidos.
Uma vez, como tradução da palavra
,em Jó 11:17. Outra (”manhã“) בקר
como tradução de מזרות
(“constelações”) em 38:32. Aparece
ainda no Salmo 109 (numeração
católica) como tradução de חרSׁש
(Shahar, “manhã”).
Satã e (é?) Lúcifer:• A identificação com Satã aparece pela primeira
vez na Vida de Adão e Eva e no primeiro Livro de
Enoc, escritos no século I a.C. Neste, Satã – ou
Sataniel – é descrito como tendo sido um dos
arcanjos. Porque ele planejou "erigir seu trono
acima das nuvens mais altas e se assemelhar a
'Meu poder' no alto", Satanás-Sataniel foi lançado
abaixo, com suas hostes de anjos, e desde então
ele tem voado no ar sobre o abismo.
• Os autores cristãos Tertuliano, Orígines e outros
também identificaram Lúcifer com Satã, que no
Evangelho de Lucas (10:18) e no Apocalipse
(12:7-10) também foi descrito como tendo sido
“arrojado dos céus”. O próprio Jerônimo, tradutor
da Vulgata, pensava que essa passagem aludia a
Satã.
Satã e (é?) Lúcifer:
• Várias traduções tradicionais e influentes
da Bíblia, inclusive a inglesa do Rei James,
mantiveram o nome de “Lúcifer” em Isaías,
em vez de vertê-lo da forma adequada em
vernáculo (Morning Star, em inglês),
reforçando a identificação errônea. Assim,
Satã veio a ser conhecido como Lúcifer
também em obras literárias como A Divina
Comédia de Dante Aleghieri e O Paraíso
Perdido de John Milton.
As Origens Mitológicas de SatãPrometeu
• Segundo a Mitologia Grega, o titã
Prometeu roubou o “fogo” dos
deuses para dar aos homens e, em
consequência de seu crime, foi
punido severamente por Zeus: foi
acorrentado numa montanha, onde
sofre continuadamente o ataque de
uma águia que devora seu fígado,
que se reconstrói continuadamente
também, para novamente ser
devorado.
As Origens Mitológicas de Satã
• Equivalente ao deus romano
Plutão, seu nome era usado
frequentemente para designar
tanto o deus quanto o reino que
governa, nos subterrâneos da
Terra. Como o Senhor
implacável e invencível da
morte, é Hades o deus mais
odiado pelos mortais, como
registrou Homero na Ilíada.
Hades
As Origens Mitológicas de Satã
• O Deus Pã, também conhecido como
Fauno e Silvano era uma divindade
dos campos, bosques, pastores e da
profecia. Sua fisionomia serviu de
inspiração para a concepção, no
imaginário cristão, da figura de Satã,
assim como de Baphomet. Este
último não é exatamente uma
entidade, mas sim um símbolo de
Força, Sabedoria e Fertilidade (dentre
outras conotações) utilizado por
algumas Tradições Místicas. Foi
concebido pelo Ocultista Eliphas Levi.
Pan
As Origens Mitológicas de SatãDjinn
• Oriundos da Mitologia Árabe pré-
islâmica, os Djinn (Gênios) são
tidos como entes espirituais ou
imateriais, que estão
constantemente interagindo com
os seres humanos e com a
realidade material, de uma forma
geral. O Alcorão informa que
Satanás é um Djinn malévolo e
traiçoeiro, que se afastou de
Deus.
As Origens Mitológicas de Satã
• Surgido no século VII a.C.,
através das pregações do
profeta Zarathustra (ou
Zoroastro) na antiga Pérsia, o
Masdeísmo foi a primeira
religião a celebrar a extrema
dicotomia entre o Bem e o
Mal, representados por Ahura
Mazda e por Ahriman,
respectivamente.
Masdeísmo
Satanás na Idade Média
• “Exercidas pelos representantes do cristianismo oficial, as
variadas práticas rituais de mediação com o sobrenatural
reforçaram a crença na possibilidade de intervenção mágica
de Deus, dos santos, seus intermediários, mas também dos
demônios, na vida dos homens. Para além do seu papel
devocional, a Igreja cristã afirmou-se, assim, como um
repositório de poderes sobrenaturais que ela buscou impor –
e, não raras vezes, sobrepor – aos ritos e às fórmulas
mágicas pré-existentes, mesmo sobre aqueles não
claramente religiosos.”
• “Entre os escritores dos primeiros séculos de cristianismo é evidente uma
generalizada crença nos atos mágicos. Entretanto, já na Alta Idade Média,
começa atransparecer, nos textos eclesiásticos, uma atitude de dúvida –
tendendo para a negação – em relação à eficácia desses atos. Esta
tendência ao ceticismo encontra-se já em Santo Agostinho. Para o bispo de
Hipona, não há que se crer nestas ‘coisas falsas e extraordinárias’,
representações de imagens, transformações aparentes, ocorridas durante
os sonhos sob influência direta do demônio.”
• “A partir de Agostinho, os teólogos vão
desenvolver dois princípios essenciais,
claramente refletidos nos cânones,
penitenciais, concílios e decretais: um
primeiro, o princípio da irrealidade dos atos
mágicos, relega os poderes dos magos e o
resultado de suas ações à categoria de
miragens ou ilusões; o segundo, afirma a
presença demoníaca nas ações dos magos.
Os fenômenos mágicos não passariam de
ilusões e prestígios diabólicos e Satã,
onipotente e irresistível, na sua luta
incessante contra o poder divino, figura
como protagonista de toda magia.”
• “Irrealidade dos atos mágicos e ilusão demoníaca foram,
portanto, as idéias que nortearam a postura oficial da Igreja
frente às práticas e crenças relacionadas à magia, pelo
menos até o início do século XII, quando vários movimentos
religiosos dissidentes começaram a tomar corpo no
Ocidente. Sobre essas idéias se apoiaram as leis, os
documentos e os textos que serviram de justificativa para
os primeiros atos de repressão e os primeiros processos
contra os magos, mas também contra os simples crentes na
magia.”
• “Na passagem do século XII para o
XIII, novas idéias passaram a orientar
a abordagem eclesiástica sobre as
atividades mágicas e seus agentes.
Particularmente no XIII, século dos
grandes debates teológicos
envolvendo princípios filosóficos,
ordens e tendências religiosas, a
Igreja reafirmou a participação no
plano do demoníaco de toda crença e
de toda ação que, alheia ao seu
controle, aspirasse a qualquer contato
com o sobrenatural. (...) O demônio
passa, pouco a pouco, a ocupar um
papel na vida dos homens tão
importante quanto o próprio Cristo.”
• “Tomás de Aquino, por exemplo,
preocupado com a participação dos
demônios na vida dos homens, denunciou,
em inúmeras passagens da sua Summa
Teológica, os praticantes da superstição,
vício que, por excesso, é contrário à religião
(vitium religioni contrarium). Embora não
tivesse utilizado a palavra magia na sua
classificação dos fatos entendidos como
supersticiosos, Aquino revelou uma
particular preocupação com as
adivinhações (superstitionem
divinationum). Para ele, as práticas
divinatórias demandavam,
necessariamente, consultas aos demônios e
eram atendidas mediante pactos tácitos ou
expressos - quae daemones consulit per
aliqua pacta cum eis inita, tacita vel
expressa. Através da invocação dos
demônios, argumenta Aquino, os indivíduos
manifestam sua predisposição ao
rompimento com Deus.”
• “Satã, assim como Deus o era
para os agentes do bem, tornou-
se senhor de todos aqueles
indivíduos associados às
crenças e práticas, que, no
momento anterior, a Igreja
tratara como frutos da ilusão
demoníaca. Elaborada sob o
papa Gregório IX, a bula Vox in
Rama, reflete a obsessão do
diabo que, desde então,
começou a se impor à sociedade
a partir das estruturas de poder
eclesiástico.”
• “Os novos processos transformaram, paulatinamente, o perfil dos acusados: de
indivíduos isolados, dedicados a práticas de intervenção sobre a vida pessoal,
eles tornaram-se membros de uma seita satânica, cuidadosamente estruturada,
com seus ritos e sua hierarquia. Por outro lado, procedeu-se a uma progressiva
assimilação entre as práticas de magia e os vários movimentos divergentes
que, desde o século XII, afrontavam a hegemonia da Igreja. Essa assimilação
entre magia e heresia, cujos primeiros rumores aparecem ainda nos séculos XII
e XIII, em resposta aos primeiros grandes movimentos divergentes, foi objeto
de renovadas discussões que culminaram com a elaboração, sob João XXIII, da
bula Super Illius Specula, em 1326.”
• “As técnicas de repressão foram precisadas e aperfeiçoadas. Com a anuência
das altas hierarquias civis e eclesiásticas, o número de processos aumentou e
as acusações ganharam uma similitude espantosa. Adaptadas desde o século
XII ao objetivo de erradicação da heresia, as técnicas de procedimento
inquisitorial foram utilizadas, desde então, também contra as práticas de
magia, paulatinamente unificadas, nos textos cristãos, sob a designação
genérica de maleficium.”
• “(...) submetidos ao julgamento eclesiástico, os atos mágicos, mesmo
aqueles voltados para o enfrentamento de problemas e desejos pessoais,
foram, assim, nos séculos finais da Idade Média, esvaziados de suas
funções comunitárias; e os fenômenos mágicos, a princípio definidos
como ilusões demoníacas, evoluíram, gradativamente, para a condição
de práticas reais, determinadas a partir de um pacto demoníaco.”
“As concepções eclesiásticas sobre a magia tenderam à afirmação de sua participação em um plano inscrito no contexto da grande luta universal entre o Bem e o Mal.”
Satanismo e Ocultismo/Misticismo:• O movimento da Nova Era (do inglês New Age) possui muitas subdivisões,
sendo geralmente uma fusão de ensinos metafísicos de influência oriental, de
linhas teológicas, de crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas, com uma
proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social além de
integração e simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos.
• Pode ser entendido ainda como um projeto para descobrir, dar poder e legalizar
nossa autêntica natureza (interior) freqüentemente contaminada pela banalidade
do cotidiano e pelas instituições religiosas hierárquicas.
• Acredita-se que a Humanidade, assim como todas as coisas, são UM (estão em
unidade) com o Cosmos (ou “Deus”). Você mesmo assume-se como parte de
Deus.
Satanismo e Ocultismo/Misticismo:• Porém, embora o Satanismo assumido aparente-se –
ainda que vagamente – com as diversas expressões
da Nova Era (e, em parte, pode-se dizer que
surgiram em um mesmo contexto), os satanistas
apresentam uma cosmovisão completamente inversa
em relação aos new agers. Ambos estão preocupados
principalmente com o crescimento individual e com o
próprio desenvolvimento. Contudo, as Tradições da
Feitiçaria Ocidental moderna – como a Wicca, por
exemplo – são “religiões da natureza”, mesmo
quando algumas delas estão profundamente
interessadas pelo “si-mesmo”. A diferença é que o si-
mesmo para os religiosos da natureza é relacional,
enquanto é completamente individual no
Satanismo.
O Caminho Da Mão Esquerda:
• Empregando a terminologia do
ocultista Aleister Crowley, os
praticantes definem o
Satanismo como o “Caminho
da Mão Esquerda”, religiosa e
filosoficamente, rejeitando o
tradicional “Caminho da Mão
Direita” de religiões como o
Cristianismo por sua percepção
da negação da vida e ênfase
na culpa e na abstinência.
• O Caminho da Mão Esquerda
poderia ser definido como “o
processo para a criação de uma
Essência individual e poderosa
que existe acima e além da vida
animal.”
Satanismo Tradicional
• O Satanismo Tradicional ou Satanismo Teísta é uma forma
de Satanismo onde a crença primária é a de que Satã é de
fato uma deidade ou força a ser reverenciada ou adorada.
Por se basear numa construção medieval do que seria o
culto ao Demônio, também é conhecido como Satanismo
Gótico.
• Os praticantes desta vertente do Satanismo absorveram
todo o estereótipo transmitido pelos filmes de terror,
pregando a existência concreta de Satã como uma
divindade que um dia estabelecerá seu domínio sobre a
Terra e recompensará seus seguidores.
Satanismo Tradicional
• O Satanismo Gótico nada mais é que uma “anti-religião”. Em
essência, é um “Cristianismo ao contrário”, fruto de um
pensamento maniqueísta que busca equilíbrio psíquico através da
criação de extremos opostos – e, quem sabe, complementares!
• Apesar da pretensa antiguidade, estes cultos só começaram a
surgir na década de 1970, inspirados na publicação, em 1969, da
Bíblia Satânica (livro que não tem o Satanismo Gótico como
fundamento). Ainda na década de 1970 começam a surgir
fragmentos do que seria o “Livro Negro de Satã”, que também
pretensamente tem uma idade secular.
Satanismo Moderno
• Anton de LaVey fundou o Satanismo ao formar a
Church Of Satan (Igreja de Satã) em 1960, na
Califórnia, e ao escrever a Bíblia Satânica (1969) e
outros livros semelhantes.
• O Satanismo LaVeyano não envolve nenhum tipo de
adoração, usando "Satã" como um símbolo dos valores
carnais e terrenos, inerentes à natureza humana.
Anton Szandor de LaVey (1930 - 1997)
Fundador da Igreja de Satã.
• Satã é uma imagem útil para
encorajar o individualismo no que
este se refere à “oposição” e “não-
conformidade”. “A razão pela qual é
chamado de Satanismo é porque é
divertido, preciso e produtivo” (LA
VEY, 1992 apud HARVEY, 2002).
• Este não é um movimento baseado
na revelação de uma divindade,
mas uma religião própria que
encoraja cada indivíduo a alcançar
seu próprio potencial, e promove o
“interesse racional no self”.
• Magia, tal qual praticada no Satanismo LaVeyano, é definida como “a
mudança de situações ou eventos em acordância com a Vontade do
indivíduo que, usando métodos aceitos normalmente, seriam
imutáveis”. Esta definição incorpora dois tipos de mágica largamente
distintos: Inferior (manipulativa e situacional) e Superior (ritual e
cerimonial). O Satanismo LaVeyano, entretanto, não descreve a Magia
moralmente, discernindo a variedade “branca” (boa) de “negra”
(maligna). Tal neutralidade está relacionada ao ponto de vista filosófico
de Anton LaVey, de um universo pessoal e amoral.
• A Igreja de Satã difundiu-se como uma série de “pequenas
comunidades licenciadas” lideradas por pessoas que podiam demonstrar
suas credenciais “satânicas”, comprando uma licença e atraindo um
grupo. Em 1975, a Igreja de Satã interrompeu seu sistema de
comunidades licenciadas, como um experimento que havia se
completado, e desde então tem “encorajado de verdade o individualismo
e auto-engrandecimento”.• As pessoas que agora
se filiam à Igreja de
Satã tornam-se
membros de uma rede
e são livres para se
reunir, o que raramente
fazem, valorizando a
encorajada
independência.
• Após a morte de Anton LaVey, a
representação oficial da Igreja de Satã foi
assumida pelo Alto Sacerdote Peter
Gilmore e sua esposa, a Alta Sacerdotisa
Peggy Nadramia, além da ex-Alta
Sacerdotisa e atual Magistra Templi Rex
da Igreja, Blanche Barton. Ela presidencia
o “Conselho dos Nove”, grupo que
gerencia a Igreja de Satã.
Peter H. Gilmore: Alto Sacerdote (High Priester) da Igreja de Satã.
Primeira Igreja Satânica• Uma outra grande organização
ligada à ideologia LaVeyana é a
First Satanic Church (Primeira
Igreja Satânica), fundada em 1999
pela filha de Anton LaVey, Karla
LaVey. Ela argumenta que, após a
morte do pai, a Igreja se distanciou
de seu modus operandi original,
tornando-se uma máquina com fins
comerciais. Assim, a Primeira Igreja
Satânica é considerada uma re-
fundação da original.
As Nove Declarações Satânicas:1. Satã representa indulgência, ao invés de
abstinência!
2. Satã representa a existência vital, ao invés de
sonhos espirituais fantasiosos!
3. Satã representa sabedoria pura, ao invés de
auto-ilusão hipócrita!
4. Satã representa bondade para quem a merece,
ao invés de amor desperdiçado aos ingratos!
5. Satã representa vingança, ao invés de virar a outra face!
6. Satã representa responsabilidade para o responsável, ao invés
de dar atenção a vampiros espirituais!
7. Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes
melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham
sobre quatro patas, e que, por causa de seu "desenvolvimento
espiritual e intelectual", tornou-se o animal mais maligno de
todos!
8. Satã representa todos os chamados pecados, desde que eles
levem à gratificação física, mental ou emocional!
9. Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, já que é ele
que a tem mantido no mercado por todos esses anos!
Templo de Set
• O Templo de Set é uma organização internacional que
foi estabelecida como uma Igreja sem fins lucrativos
na Califórnia, em 1975, recebendo reconhecimento
estadual e federal.
• Foi fundado por Michael Aquino, um ex-membro da
Igreja de Satã, segundo o próprio, após uma “auto-
revelação de Set”.
• As origens do Templo de Set incluem uma deliberada
autodiferenciação da Igreja de Satã, mais
significativamente na Teologia e Sociologia.
Set, Deus Egípcio• Set – ou Seth – é tido por alguns como o deus egípcio da violência e da
desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e
serpentes.
• Set é intimamente associado a vários animais. Sua aparência orelhuda e
nariguda era provavelmente um agregado de vários. Dentre os animais
geralmente associados a ele, estão o asno, o cachorro, o crocodilo, o porco, o
escorpião e o hipopótamo.
• Tanto suas características comportamentais quanto seu nome ajudaram a
formular o que viria a ser chamado de Satã. Set é também chamado de Set
Hen, e este nome foi logo identificado com a palavra Satã. Tal identificação foi
feita pela comunidade cristã egípcia dos primeiros séculos da era cristã.
Set, Deus Egípcio
• O culto a Set remonta a épocas pré-
dinásticas da civilização egípcia.
Imagens de Set têm sido datadas de
antes de 3.200 aC, com estimativas
astronomicamente baseadas de
inscrições datando do ano 5.000 aC.
Set, Deus Egípcio
• A figura de Set ficou conhecida através do mito que narra a traição feita
por ele ao seu irmão Osíris, e de sua batalha contra Hórus, filho de Osíris e
divindade ligada ao poder faraônico. O mito de Set é rico em diferentes
interpretações acerca de sua simbologia “política”.
• Set, por inveja, matou seu irmão Osíris e o desmembrou e espalhou os
pedaços de seu corpo por diversas partes do Egito. Osíris era uma
divindade ligada às cheias do Nilo e ao poder de previsão destas cheias e
também à obra civilizadora. Já Set não era ligado às cheias do Nilo e seu
ritmo constante. Como “deus do vento seco do deserto”, Set era uma
energia imprevisível e indomável e contrária à obra civilizadora.
Set, Deus Egípcio
• Hórus, filho de Osíris e Ísis,
vinga o pai, vencendo Set
numa luta em que lhe corta o
pênis. Com esta vitória, torna-
se regente do Egito em
substituição a Set.
Set, Deus Egípcio• Outras interpretações apontam que Néftis, esposa de Set,
concebeu um filho de Osíris. Tal filho seria o deus Anúbis. Esta
traição de Néftis talvez tenha sido o fator determinante para a
oposição de Set contra Osíris ou até o de seu assassinato.
Set, Deus Egípcio
• A Teologia do Templo de Set entende Set
como “uma imagem metafísica mais complexa
e menos estereotipa que o judaico-cristão
Satã”, ou ainda, o “arquétipo da Consciência de
Si isolada”.
• Mesmo que Set “não seja um deus”, ele é
claramente compreendido como mais do que
uma projeção do desejo ou temor humanos,
mais do que um antropomorfismo justificando
esta ou qualquer outra religião.
Set, Deus Egípcio• A mudança entre a afirmação da realidade de Set e o
reconhecimento que esta linguagem poderia ser
metafórica, raramente é sistematizada e nunca é
problematizada no Templo de Set. Se Set é “real” ou
não, parece, no fim das contas, não importar muito: seu
papel (como um ser ou como uma idéia) é encorajar a
auto-exploração daqueles que falam dele – e talvez com
ele! Se ele simboliza a diferença entre a humanidade e
os animais, ou se esta diferença é uma dádiva de Set
(em vez de uma mudança meramente evolutiva) é
menos importante do que a tarefa escolhida de se
“transformar” (um jargão do Templo), isto é, fiquem
cada vez mais verdadeiros consigo mesmos, cada vez
mais independentes.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• A atmosfera deliberadamente individualística do Templo
de Set não é facilmente condutora a atividades em grupo
em uma rotina ou base programada. Não há congregações
de seguidores, mas apenas filósofos e magistas
cooperadores.
• Sociologicamente, o Templo de Set é organizado de modo
muito semelhante a outras ordens mágicas/esotéricas,
como a Golden Dawn, por exemplo, possuindo uma
estrutura de graus.
Estrutura e Operação do Templo de Set:Os Iniciados são reconhecidos segundo seis graus:
• Setiano I (Setian I°);
• Adepto/a II (Adept II°);
• Sacerdote/Sacerdotisa de Set
III (Priest/Priestess of Set III°);
• Magister/Magistra Templi IV°;
• Magus/Maga V°;
• Ipsissimus/Ipsissima VI°.
• Os graus III° ao VI° são propriamente
vistos não como referências
adiantadas de nível, mas como ofícios
religiosos especializados.
• Espera-se que a maioria seja do
segundo grau, ou Adepto II, uma vez
que o Templo de Set está mais
interessado em que os indivíduos se
desenvolvam e encontrem seus
próprios níveis, do que em criar uma
identidade grupal elevando-se de cada
um, seguindo exatamente os mesmos
passos.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• Muitos Iniciados são distantes geograficamente um do outro. Isso torna
mais necessário um sistema organizacional equipado para atender ao
indivíduo em vez de congregações locais. No entanto, reconhecendo o
valor do companheirismo num ambiente de estudo, o Templo providencia
Pylons (assim chamados com base nos portais — pilonos — dos antigos
templos egípcios). Os Pylons são com frequência geograficamente
isolados, mas alguns são Pylons de correspondência com afiliação e
interação global. Enquanto cada Pylon está sob a confiança e
responsabilidade de um Sentinela (II°+), eles não são congregações tipo
"líder/seguidor", mas fóruns cooperativos e interativos para Iniciados
individuais.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• As Ordens do Templo são inteiramente diferentes em
conceito e operação dos Pylons. Cada Ordem se
especializa em um ou mais campos particulares das
Artes e Ciências Mágicas. Tal especialização pode ser
transcultural ou orientada a uma área geográfica
específica, ou a um período de tempo ou a uma
tradição conceitual. Dentro de um ano após o
Reconhecimento como II°, cada Adepto deve afiliar-se
com uma Ordem que reflita seus interesses e
aptidões pessoais. O conhecimento coletivo de todas
as Ordens é geralmente disponível a todos os
Iniciados do Templo.
Referencias bibliográficas• HARVEY, G. Satanismo: realidades e acusações. Trad. L. M. P. Seixas. Revista de
Estudos da Religião. n.3, pp.1-18. 2002. Disponível em <http://www4.pucsp.br/rever/rv3_2002/p._harvey.pdf>. Acesso em maio de 2012.
• LAVEY, A.S. (1969). A Bíblia Satânica. Editora Supervirtual LTDA. Disponível em <http://ouijahp.kit.net/downloads/biblia_satanica.pdf>. Acesso em junho de 2012.
• ORESTES, J.M. , MACHADO E SILVA, A.C.R.A. & MATOS, L.O. As metamorfoses de Satã: as ressignificações do Mal. I Congresso Internacional de Religião, Mito e Magia no mundo antigo & IX Fórum de debates em História Antiga. UERJ: Rio de Janeiro, RJ. 2010. Disponível em <http://www.nea.uerj.br/Anais/coloquio/orestes.pdf>. Acesso em maio de 2012.
• PEREIRA, R.C.M. Da irrealidade dos atos mágicos ao pacto satânico: Magia, Bruxaria e Demonologia no pensamento Eclesiástico. Simpósio Internacional de Estudos Inquisitoriais. UFRB: Salvador, BA. 2011. Disponível em <http://www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-content/uploads/2012/01/Rita-Pereira.pdf>. Acesso em maio de 2012.
Referencias Digitais• The Church Of Satan Official Website. <www.churchofsatan.com>. Acesso em
junho de 2012.
• The Temple Of Set Official Website. <www.xeper.org>. Acesso em junho de 2012.
• The First Satanic Church Official Website. <www.satanicchurch.com>. Acesso em junho de 2012.
• Bíblia Online <www.bibliaon.com>. Acesso em junho de 2012.
• Espiritualismo. Religiões do Mundo. <www.espiritualismo.hostmach.com.br>. Acesso em junho de 2012.
• Fantastipédia , a Wiki de Fantasia e Mitologia (Artigos diversos). Disponível em <http://pt.fantasia.wikia.com/>. Acesso em junho de 2012.
• WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. (Artigos diversos). Disponível em <http://pt.wikipedia.org>. Acesso em junho de 2012.
FIMObrigado!
Boas Férias! :)